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Terapias Complementare s na Infância Luciana Mateus

Terapia complementar na criança

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Page 1: Terapia complementar na criança

Terapias

Complementares

na Infância

Terapias

Complementares

na Infância

Luciana MateusLuciana Mateus

Page 2: Terapia complementar na criança

Para Hipócrates a saúde

significa a harmonia do

homem com a natureza, o

equilíbrio entre os diversos

componentes do organismo

entre si e com o meio

ambiente.

Para Hipócrates a saúde

significa a harmonia do

homem com a natureza, o

equilíbrio entre os diversos

componentes do organismo

entre si e com o meio

ambiente.

Page 3: Terapia complementar na criança

Esta visão holística está intimamente ligada com a compreensão da ação das Terapias Complementares ou Alternativas, também

consideradas como medicina tradicional pela Organização Mundial de

Saúde.

Estrategía de la OMS sobre medicina tradicional 2002-2005

Page 4: Terapia complementar na criança

Terapias

Complementares ou

Alternativas são as

técnicas que visam à

assistência à saúde

do indivíduo, seja na

prevenção,

tratamento ou cura,

considerando-o

como

mente/corpo/espírito.

Terapias

Complementares ou

Alternativas são as

técnicas que visam à

assistência à saúde

do indivíduo, seja na

prevenção,

tratamento ou cura,

considerando-o

como

mente/corpo/espírito.

Page 5: Terapia complementar na criança

As terapêuticas complementares não

substituem os tratamentos convencionais

prescritos, mas são utilizadas de forma

concomitante.

As terapêuticas complementares não

substituem os tratamentos convencionais

prescritos, mas são utilizadas de forma

concomitante.

Page 6: Terapia complementar na criança

As terapias complementares englobam diversas práticas de atenção à saúde, tais como: acupuntura, homeopatia, medicina

ayurvédica, fitoterapia, quiropraxia, massoterapia, hipnose, yoga, reiki, florais,

entre outras.

As terapias complementares englobam diversas práticas de atenção à saúde, tais como: acupuntura, homeopatia, medicina

ayurvédica, fitoterapia, quiropraxia, massoterapia, hipnose, yoga, reiki, florais,

entre outras.

Page 7: Terapia complementar na criança

Principais motivos para uso

das Terapias

Complementares:

complementação da medicina

convencional, orientação

médica, curiosidade, fator

financeiro, indicação de

conhecidos, medo de efeitos

colaterais provocados pela

medicina convencional,

presença de doença crônica,

insatisfação com a medicina

convencional.

Principais motivos para uso

das Terapias

Complementares:

complementação da medicina

convencional, orientação

médica, curiosidade, fator

financeiro, indicação de

conhecidos, medo de efeitos

colaterais provocados pela

medicina convencional,

presença de doença crônica,

insatisfação com a medicina

convencional.

Page 8: Terapia complementar na criança

A maior crítica as Terapias

Complementares é à falta de

comprovação científica.

Apesar de largamente usada,

há poucas informações sobre seus mecanismos de ação, eficácia e

segurança.

Page 9: Terapia complementar na criança

Considera-se,

erroneamente,

que as

terapêuticas

complementares

são seguras por

serem naturais.

Page 10: Terapia complementar na criança

Estudos apontam que 1,8% a 66% de

crianças fazem uso das Terapias

Complementares, sendo encontradas

prevalências mais altas no Reino Unido,

Dinamarca, Austrália e Brasil, e mais baixas

nos Estados Unidos e no Canadá.

Page 11: Terapia complementar na criança

O uso das Terapias Complementares é

freqüente no paciente pediátrico, sobretudo

oncológico, em percentagens que variam

de 18 a 73%.

Na maioria das vezes, o uso de terapias

complementares resultou da insatisfação com a

medicina tradicional e do desejo de se fazer possível a cura da

criança.

O uso das Terapias Complementares é

freqüente no paciente pediátrico, sobretudo

oncológico, em percentagens que variam

de 18 a 73%.

Na maioria das vezes, o uso de terapias

complementares resultou da insatisfação com a

medicina tradicional e do desejo de se fazer possível a cura da

criança.

Page 12: Terapia complementar na criança

Segundo dados

recentes, as

populações

em tratamento de

câncer que mais

buscam as Terapias

Complementares

são crianças e

adolescentes.

Segundo dados

recentes, as

populações

em tratamento de

câncer que mais

buscam as Terapias

Complementares

são crianças e

adolescentes.

Page 13: Terapia complementar na criança

Pesquisa sobre o uso de medicina não-convencional em

crianças portadoras de câncer - Hospital Universitário de Brasília.

Pesquisa sobre o uso de medicina não-convencional em

crianças portadoras de câncer - Hospital Universitário de Brasília.

Cerca de 55% das crianças utilizaram tratamentos não-

convencionais, sendo o mais freqüentemente a fitoterapia.

Page 14: Terapia complementar na criança

A fitoterapia e o uso de suplementos alimentares são as

terapêuticas complementares mais usadas em crianças.

Também são utilizadas com frequência a homeopatia,

tratamentos espirituais, técnicas de relaxamento e massagens.

Chama atenção o fato de que mesmo para doenças

pediátricas comuns são usadas terapias complementares.

A fitoterapia e o uso de suplementos alimentares são as

terapêuticas complementares mais usadas em crianças.

Também são utilizadas com frequência a homeopatia,

tratamentos espirituais, técnicas de relaxamento e massagens.

Chama atenção o fato de que mesmo para doenças

pediátricas comuns são usadas terapias complementares.

Page 15: Terapia complementar na criança

Uso de terapias complementares por mães em seus filhos

87,6% utilizaram as Terapias Complementares

72,8% utilizaram chás

12,9% utilizaram remédios/xaropes caseiros

4,0% utilizaram homeopatia

2,0% utilizaram massagem

1,5% utilizaram reiki e florais

Page 16: Terapia complementar na criança

Na percepção das mães, a reação

dos médicos diante do conhecimento

do uso das Terapias

Complementares nas crianças:

47,2% aprovaram

38,9% foram indiferentes

11,1% recomendaram a suspensão

2,8% recomendaram cuidado na

utilização

Page 17: Terapia complementar na criança

A utilização de plantas

medicinais em

crianças para o

tratamento de

doenças possui seus

riscos e benefícios,

que precisam ser

avaliados pelos

profissionais de

saúde.

A utilização de plantas

medicinais em

crianças para o

tratamento de

doenças possui seus

riscos e benefícios,

que precisam ser

avaliados pelos

profissionais de

saúde.

Page 18: Terapia complementar na criança

Uso de plantas medicinais em crianças hospitalizadas em João Pessoa

Uso de plantas medicinais em crianças hospitalizadas em João Pessoa

71,1% de crianças, de 0 a 6 anos, foram tratadas com Terapias Complementares.

2,9% apresentaram possíveis efeitos tóxicos:

1) vômitos e sudorese, provocados pela hortelã da-folha-miúda (Mentha x villosa Huds), e o

sabugueiro

(Sambucus australis Cham e Schlecht);

2) diarréia, provocada pela associação do mastruz (Chenopodium ambrosioides L.), com o saião

(Kalanchoe brasiliensis Camb).

71,1% de crianças, de 0 a 6 anos, foram tratadas com Terapias Complementares.

2,9% apresentaram possíveis efeitos tóxicos:

1) vômitos e sudorese, provocados pela hortelã da-folha-miúda (Mentha x villosa Huds), e o

sabugueiro

(Sambucus australis Cham e Schlecht);

2) diarréia, provocada pela associação do mastruz (Chenopodium ambrosioides L.), com o saião

(Kalanchoe brasiliensis Camb).

Page 19: Terapia complementar na criança

Devido a efeitos hepatotóxicos, o mastruz é

contra indicado para crianças, salvo com

acompanhamento de algum profissional da

saúde.

Devido a efeitos hepatotóxicos, o mastruz é

contra indicado para crianças, salvo com

acompanhamento de algum profissional da

saúde.

Page 20: Terapia complementar na criança

O uso de plantas medicinais

em crianças, principalmente

nos bebês, pode acarretar

efeitos mais intensos.

A utilização de chás, de forma

indiscriminada, em crianças

portadoras de enfermidades

hepáticas, renais ou outras

doenças, poderá lhes trazer

sérias conseqüências para a

saúde se não houver

acompanhamento médico.

Page 21: Terapia complementar na criança

Nos Estados Unidos a

incidência de efeitos adversos

por uso de ervas medicinais

em crianças é de 4,5 a 9,8 %;

no Brasil, desconhecem-se

estudos semelhantes.

A segurança para o uso de

plantas medicinais na pediatria

precisa ser bem avaliada.

Nos Estados Unidos a

incidência de efeitos adversos

por uso de ervas medicinais

em crianças é de 4,5 a 9,8 %;

no Brasil, desconhecem-se

estudos semelhantes.

A segurança para o uso de

plantas medicinais na pediatria

precisa ser bem avaliada.

Page 22: Terapia complementar na criança

Pesquisas revelam

que 27,3% dos

acompanhantes usam

plantas medicinais em

suas crianças antes

de procurar o serviço

hospitalar.

Page 23: Terapia complementar na criança

Segundo um

levantamento

bibliográfico de

estudos científicos,

de 105 plantas

selecionadas, apenas

23,8% possuem

dados sobre

interação

medicamentosa.

Page 24: Terapia complementar na criança
Page 25: Terapia complementar na criança

Entre os chás e

remédios/xaropes

caseiros, as ervas mais

utilizadas foram erva-doce

(16,7%), camomila (14,8%)

e hortelã (10,9%).

Entre os chás e

remédios/xaropes

caseiros, as ervas mais

utilizadas foram erva-doce

(16,7%), camomila (14,8%)

e hortelã (10,9%).

Page 26: Terapia complementar na criança

Os riscos das ervas incluem o potencial para

sensibilização de numerosos remédios,

podendo levar à dermatite de contato, causar

toxicidade hepática, renal e/ou cardíaca, além de

interagir com outras drogas.

Existe o potencial de algumas ervas para

carcinogênese.

Page 27: Terapia complementar na criança

A dermatite atópica na infância é uma doença comum e sua incidência tem aumentado.

A homeopatia e a fitoterapia, na forma de banhos e chás, foram os recursos da Terapia

Complementar mais utilizados.

A maioria desses recursos foram ineficazes e houve piora do prurido em 80% dos usuários.

Page 28: Terapia complementar na criança

Pesquisas revelam que diversas Terapias

Complementares são promissoras no

tratamento da dor em pacientes pediátricos,

entre elas a acupuntura, fitoterapia,

massoterapia, homeopatia e hipnose.

Page 29: Terapia complementar na criança

As massagens têm alta prevalência de

uso, quase 100% nos neonatos, em

países orientais.

Page 30: Terapia complementar na criança

Em um estudo realizado, utilizando a música no tratamento de uma criança com autismo, verificou que ela se constitui em instrumento

que o profissional pode utilizar para se aproximar da criança, além de facilitar a

integração dessa com as outras pessoas de seu convívio social.

Page 31: Terapia complementar na criança

A intervenção musical promove a redução e controle da dor; diminuição da agitação e de comportamentos agressivos;

redução da ansiedade; relaxamento; redução de

náuseas e vômitos; melhora nos parâmetros vitais; diminuição do medo e

sofrimento; melhora nas habilidades cognitivas, sociais e físicas; indução do sono e

modulação do humor.

Page 32: Terapia complementar na criança

A intervenção musical durante a assistência à

criança hospitalizada possibilita que esta

verbalize seus estresses e ansiedades e

desenvolva estratégias de enfrentamento para

as suas dificuldades.

Page 33: Terapia complementar na criança

Para promover

tranqüilidade, a

música deve ser lenta,

com tons graves; para

ampliar o estado de

alerta, as músicas

devem ser mais

agitadas e rápidas,

com tons mais

agudos.

Page 34: Terapia complementar na criança

No mundo externo tudo se transforma

rapidamente, mas em nosso mundo interior, o

ritmo é outro.

Ensinar crianças e adolescentes a relaxar, a meditar, a permanecer um

pouco em silêncio, a cuidar tanto de si como dos outros, a acalmar o corpo e a mente é uma

tarefa fundamental e imprescindível em nossa

sociedade.

Page 35: Terapia complementar na criança

A prática de Yoga auxilia no

desenvolvimento físico e mental das crianças.

Vários trabalhos científicos têm sido

publicados e sugerem que ensinar Yoga às

crianças é uma atividade que traz benefícios à

saúde tanto física como mental.

Page 36: Terapia complementar na criança

O riso ativa uma parte

cerebral envolvida com as

emoções e na sensação

de recompensa (córtex pré

frontal medial ventral).

O riso é contagioso, pois

ativa a área de motivação,

do prazer e inclusive do

vício, isto é, o ato de rir

induz a vontade de rir

mais.

Risoterapia

Page 37: Terapia complementar na criança

“Estudos afirmam que rir parece ser tão benéfico quanto 30 minutos de exercícios três

vezes por semana.”

Dr. Michael Moleiro. Ver. Enferm. UNISA 2005; 6: 70-3.

Page 38: Terapia complementar na criança

Alguns especialistas afirmam que mesmo o riso

forçado tem a capacidade de gerar estados de

ânimo diferentes, que são reações do sistema

nervoso central, mais especificamente do sistema

límbico. Estes estados de ânimo influenciam não só

na manutenção do corpo, como também na melhor

recuperação da saúde.

Page 39: Terapia complementar na criança

O riso estimula o

hipotálamo a sintetizar as

beta-endorfinas, que são

substâncias analgésicas,

similares às morfinas,

mas com potência

analgésica cem vezes

maior.

Page 40: Terapia complementar na criança

O riso produz a contração de

todos os músculos do

rosto, tonificando a

musculatura.

O riso produz a contração de

todos os músculos do

rosto, tonificando a

musculatura.

Eleva a produção de lágrimas e

saliva, aumentando a hidratação das

mucosas e prevenindo

infecções orais e oftálmicas.

Eleva a produção de lágrimas e

saliva, aumentando a hidratação das

mucosas e prevenindo

infecções orais e oftálmicas.

Page 41: Terapia complementar na criança

No sistema respiratório, quando damos gargalhadas, ingerimos ar renovando em

grande quantidade, inibindo o desenvolvimento de afecções brônquicas.

Page 42: Terapia complementar na criança

No sistema circulatório, ao

oxigenamos mais nosso

sangue, a qualidade

melhora, acelerando o ritmo

cardíaco e a circulação

sanguínea, tanto nas veias

como nas artérias, ajudando

a eliminar toxinas, diminuir a

pressão arterial e também os

riscos de infartos.

Page 43: Terapia complementar na criança

No sistema digestivo,

durante os movimentos dos

músculos lisos, há

estimulação de órgãos

externos, como o pâncreas,

o fígado e os intestinos,

que produzem maior

quantidade de suco

gástrico e saliva,

melhorando a digestão.

No sistema digestivo,

durante os movimentos dos

músculos lisos, há

estimulação de órgãos

externos, como o pâncreas,

o fígado e os intestinos,

que produzem maior

quantidade de suco

gástrico e saliva,

melhorando a digestão.

Page 44: Terapia complementar na criança

“Doutores da Alegria” é um grupo que surgiu no Brasil em 1991, formado por

médicos que se denominam especialmente treinados para levar alegria

às crianças hospitalizadas.

“Doutores da Alegria” é um grupo que surgiu no Brasil em 1991, formado por

médicos que se denominam especialmente treinados para levar alegria

às crianças hospitalizadas.

Page 45: Terapia complementar na criança

Todas as pesquisas relatam que

as crianças hospitalizadas que

participam da risoterapia são mais

colaborativas durante os exames e

procedimentos, mais acessíveis ao

entendimento do processo saúde

e doença, tem diminuição do

incômodo, sofrimento e receios

frente ao ambiente hospitalar,

levando a uma postura mais

positiva com relação à

hospitalização e ao tratamento.

Page 46: Terapia complementar na criança

O grande interesse e o uso significativo das Terapias Complementares são um desafio para os

profissionais de saúde que tratam de crianças.

É essencial o conhecimento adequado dos benefícios e riscos de cada técnica complementar, a fim de atender de maneira eficiente cada criança.

Page 47: Terapia complementar na criança

Compreender as etapas do desenvolvimento infantil

também é fundamental para tratar crianças.

Cada criança tem seu ritmo próprio de aprendizagem e

de evolução, mas todas passam pelas mesmas fases.

Estas transformações dependem dos fatores

biológicos de maturação e dos fatores ambientais.

Compreender as etapas do desenvolvimento infantil

também é fundamental para tratar crianças.

Cada criança tem seu ritmo próprio de aprendizagem e

de evolução, mas todas passam pelas mesmas fases.

Estas transformações dependem dos fatores

biológicos de maturação e dos fatores ambientais.

Page 48: Terapia complementar na criança

Como não possuem recursos para enfrentar o

mundo, as crianças necessitam ser rodeadas

de pessoas responsáveis por sua assistência,

dispostas a auxiliá-las nos momentos difíceis.

Page 49: Terapia complementar na criança

Obrigada

pela sua atenção!Obrigada

pela sua atenção!

Luciana Mateus [email protected]