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MÉTODOS DE PREPARAÇÃO DA TINTURA-MÃE CONFORME Farmacopeia Homeopática Brasileira, 3ª edição Prof. Dr. Rinaldo Ferreira

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MÉTODOS DE PREPARAÇÃO DA

TINTURA-MÃE CONFORME

Farmacopeia Homeopática Brasileira, 3ª edição

Prof. Dr. Rinaldo Ferreira

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MÉTODOS DE PREPARAÇÃO DA

TINTURA-MÃE Abreviatura: Tint. mãe Símbolos: TM, Droga: vegetal ou animal

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PREPARAÇÃO DE TINTURA-MÃE DE ORIGEM VEGETAL

Droga: vegetal fresco ou dessecado.

Parte empregada: vegetal inteiro, parte ou

secreção.

Líquido extrator: etanol em diferentes graduações

segundo monografia da droga. Caso não haja especificação em monografias, o teor alcoólico no início da extração deverá ser de 60% (v/v) e ao final da extração deverá ser de

55% (v/v) a 65% (v/v).

Método de extração: maceração ou percolação. Relação resíduo sólido/volume final da TM: 1:10 (p/v)

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PREPARAÇÃO DE TINTURA-MÃE A PARTIR DE PLANTAS

SECAS

Podem ser preparadas por maceração ou percolação.

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PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE A PARTIR DE PLANTAS SECAS

POR MACERAÇÃO PROCEDIMENTO

Consiste em deixar o vegetal dessecado, devidamente dividido, por pelo

menos 15 dias, em contato com o volume total do líquido extrator apropriado descrito na respectiva monografia, em ambiente protegido da

ação direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. A seguir, filtrar e

guardar o filtrado.

Prensar o resíduo, filtrar e juntar o líquido resultante dessa operação

àquele anteriormente filtrado. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar

e armazenar adequadamente. Para tinturas-mãe cujas monografias determinem o

teor de marcador especificado, um ajuste de concentração desse

marcador pode ser realizado por adição de etanol de mesmo teor que aquele

utilizado para a preparação da tintura-mãe.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta. PRAZO DE VALIDADE A ser determinado pelo fabricante, segundo a legislação em vigor.

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PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE A PARTIR DE PLANTAS SECAS POR

PERCOLAÇÃO

PROCEDIMENTO

Consiste em colocar a droga vegetal dessecada, finamente dividida e tamisada

(tamis 40 ou 60- Anexo A), em recipiente adequado. Adicionar o líquido extrator em quantidade suficiente para umedecer o pó e deixar em

contato por

4 horas. Transferir cuidadosamente para percolador de capacidade ideal,

de forma a se evitar a formação de canais preferenciais para o escoamento do

solvente. Colocar volume suficiente de líquido extrator para cobrir toda a

droga e para a obtenção da quantidade almejada de tintura-mãe. Deixar em

contato por

24 horas. Percolar à velocidade de oito gotas por minuto para

cada 100 g da droga, repondo o solvente de forma a manter a droga imersa,

até se obter o volume previsto de tintura-mãe. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.

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PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE A PARTIR DE PLANTAS FRESCAS

As tinturas-mãe obtidas a partir de plantas frescas são preparadas

exclusivamente por maceração. Para a preparação da tintura-mãe, é

necessária a determinação do resíduo sólido do vegetal fresco,

conforme descrito abaixo ou de acordo com a respectiva monografia. Com

esse valor, pode-se calcular o volume total da tintura-mãe a ser obtido,

assim como o volume e o teor de etanol a ser adicionado. Em seguida, pode-se iniciar o processo extrativo.

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DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO SÓLIDO DE VEGETAL FRESCO

Tomar uma amostra de peso definido de vegetal fresco, fracioná-la em

fragmentos suficientemente reduzidos, deixando-a em estufa à

temperatura entre 100 °C e 105 °C, até peso constante, salvo quando houver outra

especificação na monografia. Calcular a porcentagem do resíduo sólido na amostra. Calcular o peso total do resíduo sólido contido no vegetal

fresco.

Para se calcular o volume final de tintura-mãe a ser obtido,

multiplicar o valor do resíduo sólido contido no vegetal fresco

por dez (10). O volume do líquido extrator a ser adicionado será

equivalente ao volume final de tintura-mãe a ser obtido subtraído

do volume de água contido no vegetal fresco. A graduação alcoólica final do líquido extrator deve ser a especificada na monografia e resultante da mistura alcoólica acrescida do teor de água contido na planta.

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Caso não haja especificação em monografias, o teor alcoólico no início da extração

deverá ser de 60% (v/v) e ao final da extração deverá ser de 55% (v/v) a 65%

(v/v), obedecendo a seguinte orientação:

- Utilizar etanol a 90% (V/V) para resíduo sólido até 29% (plantas com alto

teor de água). Se o resíduo sólido for inferior a 20% deve-se considerá-lo igual a 20%.

- Utilizar etanol a 80% (V/V) para resíduo sólido de 30% a 39% (plantas

com médio teor de água).

-Utilizar etanol a 70% (V/V) para resíduo sólido igual ou acima de 40%

(plantas com baixo teor de água).

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Exemplo 1.

Vegetal fresco = 1000 g.

Resíduo sólido = 20%.

Resíduo sólido total do vegetal = 200 g.

Quantidade de água contida no vegetal = 800 mL.

Teor alcoólico do líquido extrator a ser utilizado = 90% (v/v).

Volume de tintura-mãe a ser obtida = 2000 mL (10 vezes o resíduo sólido total).

Volume de álcool 90% (v/v) a ser adicionado: 2000 mL – 800 mL = 1200 mL. Relação resíduo sólido/volume final da TM 1:10 (p/v) (10%).

Exemplo 2. Vegetal fresco = 1000 g. Resíduo sólido = 32%. Resíduo sólido total do vegetal = 320 g. Quantidade de água contida no vegetal = 680 mL. Teor alcoólico do líquido extrator a ser utilizado = 80% (v/v). Volume de tintura-mãe a ser obtida = 3200 mL (10 vezes o resíduo sólido total). Volume de etanol 80% a ser adicionado: 3200 mL – 680 mL = 2520 mL. Relação resíduo sólido/volume final da TM 1:10 (p/v) (10%).

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PROCESSO DE MACERAÇÃO

Consiste em deixar o vegetal fresco, devidamente dividido, por pelo menos

15 dias, em contato com o volume total do líquido extrator apropriado descrito na respectiva monografia, em ambiente protegido da

ação direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. A seguir,

filtrar e guardar o filtrado. Prensar o resíduo, filtrar e juntar o

líquido resultante dessa operação àquele anteriormente filtrado. Deixar em

repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente. Para

tinturas-mãe cujas monografias determinem o teor de marcador especificado, um

ajuste de concentração deste marcador pode ser realizado por adição de

etanol de mesmo teor que aquele utilizado para a preparação da tintura-mãe.

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PREPARAÇÃO DE TINTURA-MÃE DE ORIGEM ANIMAL

Droga: animal vivo, recém sacrificado ou dessecado.

Parte empregada: animal inteiro, parte ou secreção.

Líquido extrator: etanol (65% a 70% (v/v)),

mistura de etanol, água e glicerina (1:1:1), mistura de água e glicerina (1:1), mistura de etanol e glicerina (1:1) ou outro qualquer especificado na respectiva monografia.

Relação droga/líquido extrator: 1:20 (p/v) (5%).

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Deixar a droga animal convenientemente fragmentada ou não, de acordo com a

respectiva monografia, em contato com volume do líquido extrator equivalente ao volume final da tintura-mãe, em ambiente protegido da

ação direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. Deixar em

contato por pelo menos 15 dias quando o líquido extrator for alcoólico

e por pelo menos

20 dias quando o líquido extrator for glicerinado. Filtrar sem promover a expressão. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e

armazenar adequadamente. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta. PRAZO DE VALIDADE A ser determinado pelo fabricante, segundo a legislação em vigor

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