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A estruturalização filogenética anatômica das funções!

Córtex e áreas cerebrais

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A estruturalização filogenética anatômica

das funções!

Córtex = casca possui vários dobramentos ou convoluções;

Os giros e sulcos possuem a funcionalidade de otimizar o espaço craniano e aproximam as diversas redes neuronais interligando mais rápido diferentes áreas;

Sua camada mede cerca de 3 mm;

Possui a função de recepção, organização e resposta aos mais variados estímulos.

O cérebro não é homogêneo, o que permite que seja dividido em diversas e diferentes áreas, com base em critérios anatômicos, filogenéticos, estruturais e funcionais;

A divisão mais comum das áreas cerebrais é a divisão anatômica;

Esta baseia-se na divisão do cérebro em sulcos, giros e lobos;

São 4 as divisões principais (ou 5 se considerarmos o lobo límbico): Lobo frontal, lobo parietal, lobo temporal e lobo occiptal;

Os sulcos mais profundos são chamados de fissuras e delimitam algumas divisões anatômicas específicas (ex.: a fissura longitudinal.

Baseia-se na divisão das áreas cerebrais com base em sua ordem evolutiva;

Classifica-se em: aquicórtex, paleocórtex e neo-córtex;

Ou conforme defendia MacLean: cérebro reptiliano, sistema límbico e neocórtex;

Baseia-se em estudos histológicos da estrutura do córtex, levando-se em conta aspectos como composição e característica das camadas, espessura das camadas e espessura das raias e estrias;

Dividiu-se então em áreas citoarquiteturais;

As diversas áreas corticais são classificadas de acordo com suas características comuns e destas para grupos maiores;

A divisão estrutural mais conhecida e aceita atualmente foi proposta por Korbinian Brodmann, dividindo o cérebro em 52 áreas dispostas numericamente.

Do ponto de vista funcional, as áreas corticais não são homogêneas, conforme se acreditava no início do século XIX;

Broca foi um dos primeiros a encontrar essa relação ao relacionar lesões em áreas do lobo frontal com a perda da linguagem;

Fritsch e Hitzig conseguiram provocar movimentos em partes do corpo por estimulações elétricas em áreas específicas do cérebro do cão;

Esses foram os primeiros autores a fazerem o primeiro mapeamento da área motora do córtex;

Porém, mais tarde, foi comprovada que uma determinada área não possuía especificidade única, pois uma área exclusivamente sensitiva era capaz também de produzir movimento.

As áreas funcionais foram classificadas em dois grandes grupos: áreas de projeção e áreas de associação;

Áreas de projeção: recebem ou dão origem as fibras relacionadas com a sensibilidade e motricidade;

Áreas de associação: estão relacionadas com as funções psíquicas complexas (memória, processos simbólicos, pensamento abstrato, etc.);

As áreas de projeção são subdivididas em áreas sensitivas e áreas motoras;

A. R. Lúria propôs um modelo para a divisão funcional dessas partes, baseadas no grau de relacionamento com a motricidade;

As áreas de projeção são chamadas de áreas primárias, já as áreas de associação são divididas em secundárias e terciárias, sendo as áreas secundárias também chamadas de unimodais e as terciária chamadas de supramodais.

GAZZANIGA, M. S.; IVRY, B.; MANGUN, R. Neurociência cognitiva: a biologia da mente. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 88 – 90;

MACHADO, Angelo B. M. Neuroanatomia funcional. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2006. p. 256 – 265.