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DISTÚRBIOS PANCREÁTICOS Faculdade Maurício de Nassau Enfermagem -7º Período Profº: Raimundo Sousa Teresina-Pi

Distúrbios pancreáticos

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DISTÚRBIOS PANCREÁTICOS

Faculdade Maurício de NassauEnfermagem -7º PeríodoProfº: Raimundo Sousa

Teresina-Pi

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Componentes: Aline Nayra Ana Carla Camila Beatrice Elanny Santos Fernanda Sávia Flaviana Mutran Joana Carolina Kamyla Sávia Laíz Alves Lídia Viana

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1.Introdução O pâncreas é um órgão indispensável em nosso organismo. Conhecer os sintomas de

seu mau funcionamento, pode nos ajudar em muitas ocasiões, inclusive para nos prevenirmos com relação a problemas graves.

Este órgão situa-se atrás do estômago e é o responsável por produzir enzimas como, por exemplo, a insulina e o glucagon. São imprescindíveis para realizar a digestão, chegam ao intestino delgado e então, favorecem a sintetização dos alimentos.

Normalmente as enzimas digestivas não se tornam ativas até que elas atingem o intestino delgado, onde começam a digerir os alimentos. Mas se estas enzimas tornarem-se ativas dentro do pâncreas, elas iniciam a "digestão" do pâncreas por si próprio (autodigestão).

 Nos casos graves, podem ocorrer hemorragia, lesão tecidual e infecção. Pseudocistos, que são acúmulos de líquido e restos de tecido, também podem se desenvolver. As enzimas e toxinas podem entrar na circulação sanguínea, lesar o coração, pulmões e rins, ou outros órgãos.  

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2.Anatomia do Pâncreas O pâncreas é uma glândula em forma de folha, com aproximadamente 15 a 23

centímetros decomprimento. Ele é circundado pela borda inferior do estômago e pela parede do duodeno (aprimeira porção do intestino delgado que se conecta ao estômago).

É composto por quatro regiões principais: a cabeça e o colo, que se estendem até a curva do duodeno, o corpo e a cauda, que é a parte final.

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3.Função do Pâncreas

O pâncreas possui duas funções: Exócrino, que tem a função de produzir sucos digestivos e enzimas que ajudam a

partir em pedaços menores as proteínas, os açúcares e as gorduras, para que possam passar para o intestino, auxiliando na digestão dos alimentos e metabolismo dos nutrientes;

Endócrino, tem uma função importante na produção de hormônios, como a insulina e glucagon, os quais regulam a forma como o organismo utiliza os açúcares.

Por terem funções diferentes, o pâncreas exócrino e endócrino são formados por células diferentes, por exemplo, o pâncreas endócrino é formado por conglomerados de células chamadas ácinos que irão produzir o suco pancreático. Misturados com os ácinos, encontram-se os Ilhotas de Langerhans, que são grupos isolados de células que produzem os hormônios que fazem o controle dos níveis de açúcar no sangue.

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4.Pancreatite É uma inflamação do pâncreas, causada pela ativação das enzimas pancreáticas

dentro da glândula, e não no duodeno, como é normal. As enzimas ativadas “digerem” a própria glândula, provocando dor e outros sintomas.

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4.1 Pancreatite Aguda A pancreatite aguda é uma inflamação aguda do pâncreas que pode ser leve ou letal.

Normalmente, o pâncreas secreta suco pancreático através do ducto pancreático ao duodeno.

Esse suco contém enzimas digestivas em uma forma inativa e um inibidor que atua sobrequalquer enzima que é ativada no seu percurso até o duodeno. A obstrução do ductopancreático (ex: por um cálculo biliar) interrompe o fluxo do suco pancreático.

Geralmente, aobstrução é temporária e causa um dano limitado, o qual é logo reparado. Entretanto, quandoa obstrução persiste, ocorre um acúmulo de enzimas ativadas no pâncreas, as quaissuplantam a capacidade do inibidor e começam a digerir as células do pâncreas, causandouma grave inflamação.

Sintomas Quase todos os indivíduos com pancreatite aguda apresentam uma dor abdominal intensa.

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Causas As duas causas mais frequentes:

Existência de cálculos (“pedras”) na vesícula e/ou vias biliares;

Os cálculos ao saírem espontaneamente da vesícula podem ficar encravados nas vias biliares produzindo alterações de pressão nos canais pancreáticos o que leva a lesão do tecido pancreático.

Consumo de álcool em excesso;

O álcool tem um efeito tóxico nas células pancreáticas.

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4.2 Pancreatite Crônica É uma inflamação que se repete. Os pacientes com pancreatite crônica podem sofrer

danos permanentes ao pâncreas. Sua incidência é estimada entre cinco e 10 casos para cada 100mil indivíduos por ano.

O tecido cicatricial se desenvolve a partir de inflamação de longa duração e pode fazer o pâncreas parar de produzir a quantidade normal de enzimas digestivas. Como resultado, é provável que o paciente tenha problemas para digerir gorduras.

O abuso de álcool é a causa mais comum de pancreatite crônica em adultos. Doenças autoimunes e doenças genéticas, tais como a fibrose cística, também podem causar a pancreatite crônica em alguns pacientes.

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Sintomas

Os sintomas da pancreatite crônica geralmente se enquadram em dois padrões. Em um deles,o indivíduo apresenta uma dor na região média do abdômen de intensidade variável. Nooutro, o indivíduo apresenta episódios intermitentes de pancreatite com sintomassemelhantes aos de uma pancreatite aguda leve a moderada.

Algumas vezes, a dor é intensa edura de muitas horas a vários dias. Em ambos os padrões, à medida que a pancreatitecrônica evolui, as células que secretam enzimas digestivas são lentamente destruídas e,finalmente, a dor desaparece.

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Diagnóstico da Pancreatite

O diagnóstico da pancreatite é feito através da observação do indivíduo e de seu histórico clínico e confirmada através de exames de diagnóstico, como:

Exames de sangue; Ultra-som abdominal; Raio X do abdômen ou Tomografia computadorizada.

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Fatores de Risco

Alguns fatores são considerados de risco para a pancreatite aguda e pancreatite crônica, incluindo:

Alcoolismo Cálculos biliares Cirurgia abdominal Tabagismo Fibrose cística História familiar de pancreatite Níveis elevados de cálcio no sangue Altos níveis de triglicérides no sangue Lesão no abdômen Câncer de pâncreas

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Tratamento

O tratamento para pancreatite é feito em meio hospitalar e inicia-se com jejum, hidratação e repouso, que é suficiente para diminuir a dor em cerca de 80% dos casos e é seguido de:

Ingestão de analgésicos, anti-inflamatórios e inibidores da enzima pancreática; Dieta para pancreatite indicada por um nutricionista; Pode ser necessária a ingestão de antibióticos e de medicamentos, como

heparina e vasopressina; Casos mais graves podem necessitar de cirurgia para retirada da parte do

pâncreas e/ou pedras na vesícula.

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Pancreatite Tem Cura?

A pancreatite tem cura e ela pode ser alcançada com o tratamento específico para a doença.

Alguns casos necessitam de cirurgia e o tempo de internamento hospitalar pode variar de 15 a 60 dias, mas é importante para garantir que o pâncreas volte a sua atividade normal.

Contudo, alguns casos podem ser mais graves e a inflamação do pâncreas pode afetar outros órgãos e sistemas, aumentando o risco de choque séptico, uma situação mais perigosa que pode levar o indivíduo à morte.

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4.3Adenocarcinoma do Pâncreas

O adenocarcinoma do pâncreas é um tumor canceroso que se origina nas células querevestem o ducto pancreático. Aproximadamente 95% dos tumores cancerosos do pâncreassão adenocarcinomas.

Esses tumores afetam os homens quase duas vezes mais do que asmulheres e são discretamente mais comuns entre os indivíduos da raça negra.

O adenocarcinoma do pâncreas é duas a três vezes mais comum em tabagistas inveterados. Osindivíduos com pancreatite crônica apresentam um maior risco de apresentá-lo.

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Sinais e Sintomas Os sintomas mais frequentes são perda de peso, dor na parte superior do abdômen,

icterícia (amarelão da pele e olhos).

Além disso, anorexia (perda de apetite) e graus variados de desnutrição podem estar presentes a depender do quão avançada se encontra a doença.

A icterícia se dá pela obstrução do colédoco (ducto de drenagem das vias biliares do fígado que carregam a bilirrubina).

Devido à compressão ou invasão do colédoco por lesões na cabeça do pâncreas, há acúmulo de bilirrubina e esta passa para circulação sanguínea e seus derivados acumulam-se nos tecidos levando a cor amarelada da pele e das escleras, deixando os olhos amarelados.

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Diagnóstico

O diagnóstico leva em conta os sinas e sintomas e o resultado de exames de laboratório (especialmente a dosagem de uma proteína no sangue) e de imagem, tais como ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPER).

Em alguns casos, é preciso realizar uma biópsia para fechar o diagnóstico.

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Como Prevenir Esse Tipo de Câncer?

Este é um tipo de câncer bastante relacionado a hábitos de vida, apesar de mesmo pacientes sem história de tabagismo ou ingesta alcoólica poderem apresentar.

Sendo assim, a melhor maneira de evitá-los é com hábitos de vida saudáveis evitando fumo e ingesta de álcool.

Não há uma justificativa para realização de exames de imagem em pacientes assintomáticos na população.

Mas se com a realização destes exames houver a identificação de alguma lesão pré-maligna, estas podem ser seguidas com exames de imagem de rotina ou mesmo operadas a depender de sua apresentação.

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Tratamento O tratamento do câncer de pâncreas depende do tipo de tumor, localização, o quão

avançado ele se encontra e do estado geral de saúde do paciente. A cirurgia isolada pode propiciar um tratamento com intenção curativa nas fases

iniciais. Mas muitas vezes, faz-se necessário o tratamento complementar com radioterapia

e quimioterapia, ou só quimioterapia, que pode ser feito antes ou após cirurgia, a depender da apresentação inicial.

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4.4. Diabeteso O diabetes mellitus é hoje um dos maiores problemas de saúde em todo o mundo.

Atualmente, mais de 250 milhões de pessoas convivem com a doença. O Brasil ocupa a 4ª posição entre os países com maior prevalência de diabetes: são 13,7 milhões de pessoas, e muitas ainda nem foram diagnosticadas.

São diversas as classificações do diabetes mellitus. Os mais conhecidos são:

Diabetes Tipo 1

Diabetes tipo 2

Diabetes Gestacional

Pré-Diabetes

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Sintomas Principais sintomas do diabetes tipo 1:

Poliúria Fome frequente Sede constante Perda de peso Fraqueza Fadiga Mudanças de humor Náusea e vômito. Principais sintomas do diabetes tipo 2:

Infecções frequentes Alteração visual (visão embaçada) Dificuldade na cicatrização de feridas Formigamento nos pés e furúnculos.

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Diagnóstico

O diagnóstico laboratorial do Diabetes Mellitus é estabelecido pela medida da glicemia no soro ou plasma, após um jejum de 8 a 12 horas.

Em decorrência do fato de que uma grande percentagem de pacientes com DM tipo II descobre sua doença muito tardiamente, já com graves complicações crônicas, tem se recomendado o diagnóstico precoce e o rastreamento da doença em várias situações.

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Fatores de Risco Idade maior ou igual a 45 anos; História Familiar de DM; Sedentarismo; Hipertensão arterial; Doença coronariana; DM gestacional prévio ; Filhos com peso maior do que 4 kg, abortos de repetição.

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Tratamento

Plano alimentar Atividade Física Medicamentos Rastreamento

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Como se prevenir?

A prevenção do DM só pode ser realizada no tipo II e nas formas associadas a outras alterações pancreáticas. No DM tipo I, na medida em que o mesmo se desenvolve a partir de alterações autoimunes, essas podem ser até mesmo identificadas antes do estado de aumento do açúcar no sangue.

No DM tipo II, na medida em que uma série de fatores de risco são bem conhecidos, pacientes que sejam portadores dessas alterações podem ser rastreados periodicamente e orientados a adotarem comportamentos e medidas que os retire do grupo de risco.

Assim pacientes com história familiar de DM, devem ser orientados a: 

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Manter peso normal Praticar atividade física regular Não fumar Controlar a pressão arterial Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas (cortisona,

diuréticos tiazídicos)

Essas medidas, sendo adotadas precocemente, podem resultar no não aparecimento do DM em pessoas geneticamente predisposta, ou levar a um retardo importante no seu aparecimento e na severidade de suas complicações.

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Como Cuidar de Seu Pâncreas?

Limite o consumo de açúcar e farinhas refinadas;

Se você fuma, deixe o vício. É essencial para prevenir, o câncer de pâncreas;

Evite o álcool. Segundo os nutricionistas, consumir uma taça de vinho por dia pode ser saudável, mas, se saímos dessa dose de forma constante e cometemos excessos, o efeito sobre o pâncreas é imediato. Então, evite o hábito, para o bem de sua saúde.

Consuma alimentos ricos em fibras, especialmente cereais integrais;

As proteínas são indispensáveis para tratar e prevenir as doenças relacionadas ao pâncreas tente consumir sempre legumes e peixes.

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Referências

Melhor com saúde. Disponível em: <http://www.melhorcomsaude.com.br> Acesso em:06.mar.2016

Pancreatite.Disponível em:< http://www.fbg.org.br> Acesso em:06.mar.2016ABC Da Saúde. Disponível em: <https://www.abcdasaude.com.br> Acesso em:

06.mar.2016

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OBRIGADA!