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Como o modelo de ciclo de aprendizado está sendo usado em hospitais e programas da ANS Edição 19 l ano 4 l R$ 54,00 www.revistamelhorespraticas.com.br ATUALIZAR MAUREEN BISOGNANO EXPLICA O QUE É EXNOVATION DIGITALIZAR O QUE FOI DISCUTIDO NO FÓRUM INTERNACIONAL E-HEALTH EXPERIÊNCIA DO PACIENTE Entrevista com o presidente do Beryl Institute TELEFONE OU E-MAIL O que é mais resolutivo para o cliente? CAIU NA REDE Redes sociais vs. concentração no trabalho

Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

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Page 1: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

Como o modelo de ciclo de aprendizado estaacute sendo usado em hospitais e programas da ANS

Ediccedilatildeo 19 l ano 4 l R$ 5400 wwwrevistamelhorespraticascombr ATUALIZAR

MAUREEN BISOGNANO EXPLICA O QUE Eacute EXNOVATION

DIGITALIZARO QUE FOI DISCUTIDO NO FOacuteRUM INTERNACIONAL E-HEALTH

EXPERIEcircNCIA DO PACIENTE Entrevista com o presidente

do Beryl Institute

TELEFONE OU E-MAILO que eacute mais resolutivo

para o cliente

CAIU NA REDERedes sociais vs

concentraccedilatildeo no trabalho

| Melh res Praacuteticas2

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 3

ANUacuteNCIO ANUacuteNCIOA GPeS Gestatildeo de Projetos em Sauacutede organizadora do

evento exclusivo de preacute-abertura da Hospitalar Feira+Foacuterum 2016 agradece aos palestrantes presentes e patrocinadores

a participaccedilatildeo no inteligente descontraiacutedo e inspirador encontro Virada

Em 2017 tem mais

| Melh res Praacuteticas4 Melh res Praacuteticas | 5

| EDITORIAL |

Odesejo por manter e desenvolver praacuteti-cas que garantam a melhor assistecircncia natildeo eacute algo novo Tampouco as contri-

buiccedilotildees dos estudiosos do tema com novos conceitos e diretrizes Se por um lado norteiam os que neles se espelham por outro precisam estar atentos para o uso excessivo de uma terminologia muito proacutepria e nem sempre de faacutecil compreensatildeo

Esse perigo acontece sempre que uma nova expressatildeo eacute introduzida no mercado Com o pouco haacutebito de leitura criacutetica da populaccedilatildeo brasileira eacute grande a chance de se multiplicar um entendimento errado ou distante da praacutetica o que seria mortal para qualquer avanccedilo na qualidade assistencial

Por isso essa ediccedilatildeo se empenha em trazer como assunto prin-cipal a forma exitosa com que a Congregaccedilatildeo Santa Catarina estaacute traduzindo as Colaborativas do Institute for Healthcare Improvement (IHI) para as suas unidades

Outro exemplo de aplicaccedilatildeo desse programa de melhoria contiacutenua pode ser encontrado na mateacuteria sobre o programa Parto Adequado da Agecircncia Nacional de Sauacutede

Ainda mais recente no setor o termo Experiecircncia do Paciente estaacute sendo cada vez mais usado a ponto de ter sido o tema central de um congresso inter-nacional que reuniu mais de 700 profissionais em Satildeo Paulo Um dos palestrantes Jason Wolf nos ajuda no entendimento da questatildeo em entrevista exclusiva complementada por mateacuteria que traz o que foi destaque nesse evento e em outro com o mesmo foco realizado pela Cleveland Clinic no iniacutecio do ano

Finalmente Maureen Bisognano presidente emeacuterita do IHI escreve sobre como Exnovation pode ajudar instituiccedilotildees de sauacutede a retomar o foco e ganhar produtividade

E falando em incorporaccedilatildeo de novas tecnologias essa ediccedilatildeo destaca tambeacutem o uso das redes sociais pelas equipes de cuidado a evoluccedilatildeo da sauacutede digital no Brasil e no mundo e o resultado de uma pesquisa que avalia os canais de comunicaccedilatildeo com o cliente

Desejo a todos uma oacutetima leitura

Gilmara EspinoSoacutecia-diretora da GPeS

Gestatildeo de Projetos em Sauacutede

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| Melh res Praacuteticas6 Melh res Praacuteticas | 7

| EXPEDIENTE |

INSTITUICcedilOtildeES ACREDITADAS CONSULTADAS NESTA EDICcedilAtildeO

Hospital das Cliacutenicas de Satildeo Paulo Satildeo Paulo - SP

paacutegina 50

Hospital do Coraccedilatildeo - HCor Satildeo Paulo - SP

paacutegina 16

Hospital Israelita Albert EinsteinSatildeo Paulo - SPpaacutegina 16 e 54

Hospital Santa CatarinaSatildeo Paulo - SP

paacutegina 32

Hospital Santa Paula

Satildeo Paulo - SP paacutegina 24 e 62

Hospital Satildeo Camilo Unidade Pompeia

Satildeo Paulo - SP paacutegina 38

Hospital Satildeo Camilo

Unidade Santana Satildeo Paulo - SP

paacutegina 38

Hospital Sepaco Satildeo Paulo - SP

paacutegina 68

Hospital Siacuterio-Libanecircs Satildeo Paulo - SP

paacuteginas 10 16 e 72

Hospital Unimed

Recife IIIRecife - PE paacutegina 62

Ano 4 | Nuacutemero 19 | AgoSetOutNov 2016

A Revista Melhores Praacuteticas natildeo se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou mateacuterias que expressam apenas o pensamento dos autores natildeo representando necessariamen-te a opiniatildeo da revista A publicaccedilatildeo se reserva o direito por motivos de espaccedilo e clareza de resumir cartas artigos e ensaios A distribuiccedilatildeo gratuita eacute limitada A Anahp se responsabiliza pela distribuiccedilatildeo de 1000 unidades encartadas com o Boletim Panorama

Poliacutetica editorial Zelando pela impar-cialidade do conteuacutedo editorial os nomes das empresas que fornecem produtos para hospitais natildeo satildeo men-cionados nos textos excetuando-se os casos em que a omissatildeo possa comprometer o entendimento do leitor Os contatos da empresa entrevistada poderatildeo ser obtidos com a redaccedilatildeo da revista

GPeS - Gestatildeo de Projetos em SauacutedeRua Dr Alceu de Campos Rodrigues 229 - cj 211 Itaim Bibi - Satildeo Paulo - SP- CEP 04544-000Tels (11) 4119-2393 e (11) 23069473wwwrevistamelhorespraticascombr

Apoio Teacutecnico e Editorial Apoio de Distribuiccedilatildeo

Diretores da GPeS Alberto Ribeiro albertoribeirogpescombrGilmara Espino gilmaraespinogpescombr

Conselho editorial Dr Joseacute Roberto Guersola vice-presidente da Rede DrsquoOr Satildeo LuizDra Maria Carolina Moreno superintendente da Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA)Dr Rubens Covello presidente do Health Services Accreditation (IQG)

Nuacutecleo de Apoio Teacutecnico Dra Maria Magalhatildees gerente da Qualidade e Seguranccedila do Paciente das Instituiccedilotildees Afiliadas SPDM Enfa Renata Michele Macedo gerente administrativa do Hospital Vila da Serra

Redaccedilatildeo Editora Gilmara EspinoEditor-assistente Felipe Ceacutesar Santosredacaogpescombr

Designer Caroline Boninidesignergpescombr

Design graacutefico e Diagramaccedilatildeo Cauecirc Cremonini - DOr Consultoriacomunicacaodorconsultoriacombr

Colaboradores Dani Dias Ferreira Erica Martin Felipe Ceacutesar Julia Duarte e Raquel Gondim (Reportagem) Tamara Espino (Apoio e pesquisa) Angela Zerbielli e Dr Marcelo Maia (Editoria Patrocinada) Aleacutexia Mandolesi Costa (Certo e Errado) Maureen Bisognano e Pedro Lopes Ribeiro (Opiniatildeo) Andreacute Cezar Medici (Indico) Renata Macedo (Indico Artigos) Marcos Paulo Novais (Sauacutede em um Clic)

Revisatildeo Cecilia Farias

Publicidade Tatiana Aguiar(11) 4119-2393gpesgpescombr

Assinaturas Tatiana Aguiar (11) 4119-2393 gpesgpescombr

Periodicidade QuadrimestralTiragem 10000 exemplaresDistribuiccedilatildeo Territoacuterio nacional ANUacuteNCIO

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| Melh res Praacuteticas8 Melh res Praacuteticas | 9

| SUMAacuteRIO |

16

14

20 24

10

28

Um retrato da pesquisa meacutedica no Brasil

Fundador do Patient Experience Institute fala sobre o conceito de lsquoexperiecircncia do pacientersquo

Uso consciente do plano de sauacutede pode ajudar a diminuir os custos para o cliente

Como redes sociais e smartphones satildeo os novos desafios na gestatildeo de pessoas nos hospitais

O que foi pauta em importantes encontros no Brasil e EUA

Veja qual o canal de comunicaccedilatildeo mais eficiente na relaccedilatildeo empresa-cliente

INOVACcedilAtildeO

PATIENT EXPERIENCE

MERCADO

GESTAtildeO DE PESSOAS

ENTREVISTA

PESQUISA

A experecircncia brasileira na aplicaccedilatildeo da Colaborativa como meacutetodo de aprendizado e formaccedilatildeo de cultura de seguranccedila

32 MELHORIA CONTIacuteNUA

bull Luiz Fernando Reis

bull Luiz Rizzo

bull Otaacutevio Berwanger

bull Andreacute Kina bull Antocircnio Carlos Abbatepaolo

bull Glauco Callias bull Luciana Lauretti

bull Marcio Coriolano

bull Angela Blatt Ortigabull Flaacutevio Pires

bull Paula Gallo

bull Kelly Rodriguesbull Toby Cosgrove

16 20 24

bull Jason Wolf

30 Como eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetivaOPINIAtildeO

bull Maureen Bisognano

| SECcedilOtildeES |

54

6258

4850

38

Plano diretor e projetos flexiacuteveis reduzem custos

Entenda a certificaccedilatildeo HIMSS

Tendecircncias globais de como a tecnologia impactaraacute na relaccedilatildeo meacutedico-paciente

A relaccedilatildeo direta entre logiacutestica e rentabilidade

Rastreabilidade eacute aposta para aumentar a seguranccedila

Desafios para implementar o modelo assistencial com hospitalistas

ARQUITETURA HOSPITALAR

HOSPITAL DIGITAL

SAUacuteDE DIGITAL

OPINIAtildeO

LOGIacuteSTICA

MEDICINA HOSPITALAR

bull George Trigueiro Filho bull Fernando Cruz bull Alexandre Dias bull Claacuteudio Giulliano Alves da Costa

bull Cobertura Foacuterum Internacional eHealth Scenarios trends e investments

bull Pedro Lopes Ribeiro

bull Guilherme Barcellos bull Marcelo Sartoribull Ron Greeno

bull Marco Bego bull Jarbas Barbosabull Mathieu Aman bull Antocircnio Britto

bull Arthur Brito bull Iside Falzetta bull James Scheulen bull Salim Lamha Neto

66 CERTO E ERRADO Administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

68 PROTOCOLO ASSISTENCIAL Parto seguro de 9 para 41 a adesatildeo ao parto normal

76 INDICO Dimensotildees econocircmicas das doenccedilas crocircnicas

77 LIVROS Leitura recomendada para ampliar o conhecimento

50 38 62

78 AGENDA Eventos da aacuterea da sauacutede

79 INDICO ARTIGOS Anaacutelise de readimissotildees e oacutebitos

80 RADAR Os movimentos da aacuterea da sauacutede

83 SAUacuteDE EM UM CLIC O focirclego das operadoras de medicina de grupo

72 Gaacutes natural eacute opccedilatildeo viaacutevel para reduccedilatildeo de custos nos hospitaisSUSTENTABILIDADE

bull Marcelo Mendonccedila bull Luiz Aramicy Bezerra Pintobull Antonio Carlos Cascatildeo bull Ricardo Michelin bull Silvio Costa

| Melh res Praacuteticas10 Melh res Praacuteticas | 11

| ENTREVISTA |

Presidente do Beryl Institute fundador e presidente do Patient Experience Institute editor fundador do Patient Experience Global

OInstituto Beryl eacute uma comunidade global aberta aos que desejam discutir estrateacutegias para perceber e atingir a expectativa de pa-

cientes e seus familiares no que se refere qualidade assistencial acolhimento e atendimento de forma geral Seu fundador Jason Wolf esteve em Satildeo Paulo em junho a convite do Hospital Israelita Albert Einstein para o I Simpoacutesio Latino-Americano para Experiecircncia do Paciente

Para um puacuteblico de quase 700 pessoas o especialista falou sobre o engajamento de profissionais e como aproveitar a oportunidade de aproximaccedilatildeo com os clientes tambeacutem para educaacute-los

Nesta entrevista exclusiva agrave Melhores Praacuteticas ele destaca como o olhar sistecircmico proposto pela Experiecircncia do Paciente reforccedila inclusive o propoacutesito e comprometimento de quem escolheu o cuidado ao outro como profissatildeo

MAIS DO QUE ATENDER

ENTREVISTA JASON WOLF

Conhecer as expectativas de clientes e familiares eacute essencial para gerenciar

possiacuteveis frustraccedilotildees e estabelecer o limite entre o possiacutevel e o desejaacutevel

| Melh res Praacuteticas10 Melh res Praacuteticas | 11

Em sua apresentaccedilatildeo o senhor ressalta que a experiecircncia do paciente depende do envolvi-mento do meacutedico a retenccedilatildeo e motivaccedilatildeo de empregados os valores da instituiccedilatildeo e o foco no paciente Como esses natildeo satildeo toacutepicos necessa-riamente novos o que o conceito Experiecircncia do Paciente traz

Tradicionalmente construiacute-mos os cuidados com a sauacutede do ponto de vista do provedor do cuidador No entanto jamais pensamos no exterior no ponto de vista do que eacute im-portante para o consumidor Isso nos levou a prestar um serviccedilo fragmentado como se fosse formado por silos A experiecircncia do paciente trata de abrigar esses cuidados ldquodesconexosrdquo como um tipo de guarda-chuva possibilitando que a conversa seja alinha-da a propoacutesitos maiores Assim quando comeccedilamos a amarrar todas as coisas em uma soacute unidade em torno da experiecircncia que desejamos promover enxergamos melhor as eficiecircncias a gestatildeo de custos e as decisotildees cliacutenicas Experiecircncia do Paciente natildeo eacute um novo conceito criativo mas sim uma nova lente por meio da qual podemos aplicar os conceitos que jaacute conhecemos

E como saber o que importa para o paciente

Perguntando e estabelecendo canais eficientes de comunicaccedilatildeo como pes-quisa grupos de enfoque ouvidoria e redes sociais Pacientes atuais familiares e antigos clientes precisam ser ouvidos Eacute uma abordagem em camadas porque vocecirc precisa estar questionando sempre Aleacutem disso em primeiro lugar a instituiccedilatildeo deve ter claro qual eacute o tipo de experiecircncia que deseja fornecer aos pacientes e comunidade

A realidade eacute que quando chegamos a perguntar sobre expectativas aumentamos o niacutevel da conversa ao ponto de poder alinhar com o cliente o que poderaacute ou natildeo ser atendido e por quecirc

As expectativas de cuidadores e pacientes natildeo seriam as mesmas

Fundamentalmente satildeo proacuteximas Somos seres humanos e nesse tra-balho os valores centrais que nos norteiam satildeo consistentes Mas como cuidadores de sauacutede temos restriccedilotildees sistemaacuteticas sobre a operaccedilatildeo no nosso sistema dentro daquilo que ele permite que faccedilamos Na condiccedilatildeo de paciente ou familiar cria-se uma imagem sobre como deveriam ser os cuidados recebidos ou sobre como as coisas poderiam ser feitas Entatildeo haacute diferenccedila em termos de expectativas Uma parte das minhas colocaccedilotildees trata de como continuamos a aumentar as expectativas dos dois lados

Expectativas crescentes natildeo contribuem para que as pessoas estejam sempre insatisfeitas

Acho que natildeo Os sistemas da aacuterea da sauacutede tecircm a obriga-ccedilatildeo de educar Natildeo se trata de fazer o que o cliente quer mas sim de fazer o que eacute certo dentro das limitaccedilotildees do sistema considerando o ponto de vista cliacutenico e reconhecendo aquilo que eacute importante para o paciente Assim por exemplo se o cliente tiver cinco expecta-tivas eu deveria me sentir confortaacutevel ao informaacute-lo por que natildeo posso atender a todas Assim na proacutexima vez em que el e retornar provavelmente jaacute saberaacute Mesmo quando natildeo gostam da resposta ao serem ouvidos sentem-se respeitados

Entatildeo a chave estaacute na transparecircncia

Exatamente A transparecircncia trata de tornar acessiacuteveis os serviccedilos de sauacutede e natildeo apenas acessiacuteveis pelo custo mas tambeacutem pelo enten-dimento Assim quando conversamos sobre expecta-tivas educamos a respeito dos termos mais criacuteticos e ajudamos o paciente e fa-miliar a identificar o que eacute importante e o que pode ser deixado de lado

Por Gilmara Espino

| Melh res Praacuteticas12 Melh res Praacuteticas | 13

| ENTREVISTA |

12

Eacute muito difiacutecil treinar as

pessoas para se comportarem de formas que natildeo

satildeo acostumadas a se comportar

Eacute possiacutevel ensinar certas

habilidades e taacuteticas mas ao final do dia

teremos que achar os profissionais

certos para assimilar e

transmitir o tipo de experiecircncia que queremos

Essa comunicaccedilatildeo depende de um colaborador que muitas vezes estaacute desmotivado estressado e ateacute mal remunerado Como preparaacute-lo

Natildeo importa como eacute o sistema ao redor do mundo este con-ceito de compaixatildeo cansaccedilo e estafa eacute bem tangiacutevel Cuidadores tecircm muitas tarefas e responsabilidades simultacirc-neas Por isso eacute fundamental reforccedilar a todo momento o propoacutesito de todo esse trabalho Mostrar como contribuem para organizaccedilotildees financeiras saudaacuteveis e tambeacutem para a fidelidade dos pacientes e comunidades Eacute o propoacutesito que leva a maioria das pessoas a optar pela aacuterea da sauacutede em primeiro lugar

Costumo dizer que eacute muito difiacutecil treinar as pessoas para se comportarem de formas que natildeo satildeo acostumadas a se comportar Posso de fato ensinar certas habilidades e taacuteticas mas ao final do dia teremos que achar os profissionais certos na aacuterea da sauacutede para assimilar e transmitir o tipo de experiecircncia que noacutes queremos

O relatoacuterio State of Patient Experience

2015 traz o resultado de uma das mais completas

pesquisas e estudo de benchmarking do Instituto

A coleta de dados envolveu mais de

1500 participantes de 21 paiacuteses

download gratuito em httpbitly2b7THYq

LEIA MAIS Vocecirc pode explorar sobre experiecircncia do paciente na ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas Especial Cuidado Centrado no Paciente

Jason Wolf explica o Instituto

Beryl como uma plataforma em

que ideacuteias se transformam em co-

nhecimento compartilhado Natildeo

somos nem uma consultoria nem

uma associaccedilatildeo Diria que somos

um hiacutebrido de uma organizaccedilatildeo

associativa de praacutetica comu-

nitaacuteria e um tipo de formadora

de opiniatildeo Assim trabalhamos

para quebrar as barreiras entre

as organizaccedilotildees e criar um am-

biente de colaboraccedilatildeo global e

compartilhamento de ideiasrdquo

O instituto se financia por

contribuiccedilotildees de filiados pa-

trociacutenios receitas de eventos e

outros produtos voltados para

a educaccedilatildeo No site eacute possiacutevel

encontrar estudos de casos

viacutedeos pesquisas e vasto material

sobre Experiecircncia do Paciente

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| Melh res Praacuteticas14 Melh res Praacuteticas | 15

L evar a melhor experiecircncia eacute promover o melhor cuidado cliacutenico seguranccedila e conforto possiacuteveis para os pacientes Tambeacutem eacute o entendimento que essa eacute uma responsabilidade coletiva dos colaboradores de uma instituiccedilatildeo de

sauacutede e natildeo apenas dos meacutedicos e enfermeiros As discussotildees sobre como transformar esse discurso em praacutetica tem movimentado grandes eventos

Jaacute na seacutetima ediccedilatildeo o Patient Experience Empathy + Innovation Summit organizado pela Cleveland Clinic nos Estados Unidos em parceria com oito organizaccedilotildees entre elas a The Joint Commission recebeu em maio de 2016 cerca de 2000 participantes vindos de 37 paiacuteses

No mecircs seguinte o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) ofereceu em Satildeo Paulo o I Simpoacutesio Latino Americano de Experiecircncia do Paciente Foram cerca de 700 presentes um nuacutemero bastante expressivo de interessados em um assunto que estava sendo abordado de forma estruturada pela primeira vez no Brasil A Revista Melhores Praacuteticas foi a miacutedia apoiadora do evento

ldquoOs dois eventos mostraram que aleacutem da experiecircncia do paciente do cuidador e da equipe assistencial os liacutederes estatildeo empenhados em discutir a experiecircncia humana abordando como conduzir a melhoria e diferenciaccedilatildeo em nossas organizaccedilotildeesrdquo conta Kelly Rodrigues soacutecia-diretora da Patient Centricity Consulting empresa nacional voltada a ajudar na

implementaccedilatildeo da metodologia de atenccedilatildeo centrada no paciente

Em comum os encontros destacaram a relevacircncia de direcionar o cuidado para o que realmente importa para o paciente o uso de ferramentas de marketing e comunicaccedilatildeo no engajamento e contato a responsabilidade do meacutedico como liacuteder do processo assistencial e o zelo indispensaacutevel aos profissionais que recebem diretamente as demandas dos pacientes e seus acompanhantes

Segundo o convidado internacional do Simpoacutesio organizado pelo Einstein Jason Wolf (ler entrevista exclusiva nessa ediccedilatildeo) as boas instituiccedilotildees realmente acreditam que de fato estatildeo cuidando de seus pacientes o que natildeo deixa de ser verdade O ponto-chave eacute saber como esse cuidado quer ser recebido

O Storytelling que eacute a capacidade de contar narrativas de maneira relevante (depoimentos por exemplo) e o Content Marketing que trata de apresentar conteuacutedo relevante como estrateacutegia para atrair e reter o puacuteblico estatildeo entre as ferramentas que podem ajudar no engajamento e na capacidade de influenciar comportamentos positivos

ldquoO fato eacute que o mundo digital estaacute transformando as relaccedilotildees e isso natildeo eacute diferente na sauacutede Temos que aprender a tirar o melhor proveito dessas miacutedias e criar experiecircncias on-line e offline para nossos pacientes pois eles querem interagir conosco de vaacuterias maneiras ao longo da sua jornada tornando a comunicaccedilatildeo consistente um desafio ainda maiorrdquo conta Kelly Rodrigues

| PATIENT EXPERIENCE |

Assunto foi tema central de encontro na Cleveland Clinic e no Hospital Albert Einstein Saiba o que foi discutido

CUIDAR DE QUEM CUIDAOlhar para aquele que recebe o cuidado eacute apenas um dos muacuteltiplos focos propostos pela Experiecircncia do Paciente Afinal do outro lado da ponta estaacute o cuidadorldquoA experiecircncia do paciente eacute uma jornada e a qualidade dos cuidados de sauacutede eacute pautada nas experiecircncias cliacutenica meacutedica e emocional O CEO da Cleveland Clinic Toby Cosgrove citou que onde temos a maior oportunidade de melhorar eacute na experiecircncia emocional pois muitas vezes os pacientes chegam aterrorizados ao hospital e desejam apenas ser tratados com carinho e cuidado Poreacutem o stress do dia a dia deste ambiente faz com que muitas vezes a equipe se distancie dessa realidade e dessa forma o paciente se torne mais um nuacutemero mais um atendimento mais uma patologiardquo comenta Kelly sobre sua participaccedilatildeo no Summit ldquo

Ela conta que a Cleveland Clinic manteacutem o programa Code Lavender em que um capelatildeo visita os andares e percebe o niacutevel de stress da equipe pacientes e familiares para endereccedilar os cuidados necessaacuterios a cada um

ldquoSatildeo tratamentos holiacutesticos para eventos emocionais com terapias de toque reiki terapias manuais incluindo massagens e reflexologia aromaterapia muacutesica arte terapia acupuntura aleacutem de apoio emocional e espiritualrdquo diz

De modo geral a conclusatildeo eacute que tudo comeccedila na escolha adequada do perfil de funcionaacuterio que se deseja o que inclui reconhecer no candidato os valores que a instituiccedilatildeo preserva E a partir daiacute construir uma trilha de aprimoramento profissional e de identificaccedilatildeo com o propoacutesito do cuidado centrado no paciente

CULTURADurante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave Durante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais

EXPERIEcircNCIA DO PACIENTE EM ALTA

A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave receber feedback e entender as fragilidades como oportunidades A segunda eacute a tratativa o dia a dia com cada caso e f inalmente a preventiva Na prevenccedilatildeo haacute uma anaacutelise macro sobre o que atuar em uma aacuterea ou accedilatildeo criacutetica identif icadardquo

bull Leia mais sobre o assunto no ldquoEspecial Cuidado Centrado no Pacienterdquo da ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas

Cultura organizacional para transformar a experiecircncia do paciente

AGENDE-SE22 a 24 de maio | Informaccedilotildees httpbitly2bMi3sY

Comprometer-se com uma meta de zero eventos adversos

Colocar os pacientes no centro do planejamento execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados

Reconhecer definir e compreender a interdependecircncia criacutetica de seguranccedila qualidade e atenccedilatildeo centrada no paciente como os trecircs elementos principais da experiecircncia do paciente

Direcionar a mudanccedila a partir de anaacutelise de dados e transparecircncia

Transformar a cultura e a lideranccedila

Focar prestaccedilatildeo de contas (accountability) e execuccedilatildeo

Seis elementos primordiais para consolidaccedilatildeo de uma cultura de experiecircncia do paciente

Gilmara Espino

| Melh res Praacuteticas16 Melh res Praacuteticas | 17

| INOVACcedilAtildeO |

E m maio deste ano a neu-rocientista e pesquisadora Suzana Herculano-Houzel aceitou uma proposta de trabalho nos Estados

Unidos deixando de fazer pesquisa em seu paiacutes natal O fato que na maior parte dos setores soaria como algo comum virou notiacutecia entre seus colegas no meio e gerou uma discussatildeo faltam recursos para a pesquisa meacutedica no Brasil

Em entrevista agrave Globo News tambeacutem em maio a proacutepria Suzana disse que sim De acordo com ela desde 2015 a verba deixou de ser repassada ldquoEu deixei de receber novos alunos inclusive estran-geiros porque os recursos para o trabalho de pesquisa deixaram de ser pagosrdquo disse na eacutepoca Ela atuava dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Culturalmente o Brasil eacute um paiacutes no qual a iniciativa privada investe pouco em pesquisa Em praticamente todos os setores a academia eacute a responsaacutevel por esse segmento e atua de forma muito distante da induacutestria Na aacuterea meacutedica natildeo eacute diferente

A ausecircncia de diaacutelogo entre cientistas e iniciativa privada gera alguns resultados ruins para o paiacutes O deacuteficit da balanccedila comercial de medicamentos por exemplo eacute de US$11 bilhotildees por ano Jaacute o de equipamentos eacute de US$45 bilhotildees O paiacutes estaacute longe de ser autossustentaacutevel nesses setores mas na opiniatildeo do diretor de ensino e pesqui-sa do Hospital Siacuterio-Libanecircs Luiz Fernando Reis a diferenccedila poderia ser menor se houvesse mais conversas entre a academia e a induacutestria

PESQUISA MEacuteDICA NO BRASILFixadas na maior parte das vezes nos hospitais universitaacuterios instituiccedilotildees de ensino e pesquisa ainda tecircm muito o que evoluir satildeo poucos os hospitais privados que investem na aacuterea

Julia Duarte

Hoje o paiacutes passa por

um segundo desafio que eacute

a qualidade do conhecimento gerado Nossa

produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircncia

ldquoO conhecimento estaacute na acade-mia enquanto a inovaccedilatildeo estaacute na induacutestria Esses dois mundos precisam conversar Fazer pesquisa eacute transformar dinheiro em conhecimento Agora noacutes precisamos fazer o caminho de volta e transformar esse conhecimento em benefiacutecios para a socie-daderdquo completa

O Siacuterio-Libanecircs eacute um dos poucos hospitais fora do meio univer-sitaacuterio que investe em pesquisa no Brasil O hospital possui o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) com cursos de especializa-ccedilatildeo residecircncia mestra-do e doutorado

Segundo Reis nos uacuteltimos 10 anos houve um aumento da quan-tidade da produccedilatildeo cientiacute f ica do paiacutes Ele atribui o cresci-mento entre outros fatores ao papel desempe-nhado pela Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (Capes) fundaccedilatildeo do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC)

ldquoHoje o paiacutes passa por um segundo desafio que eacute a quali-dade do conhecimento gerado Noacutes precisamos dar mais con-sistecircncia agrave pesquisa meacutedica Nossa produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircnciardquo afirma De acordo com ele os esforccedilos do IEP do Siacuterio-Libanecircs estatildeo voltados principalmente para o desen-volvimento institucional do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Pesquisas nessa linha satildeo in-centivadas pelo Programa de

Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) do Ministeacuterio da Sauacutede A contribuiccedilatildeo se daacute por meio do desenvolvimento incorpo-raccedilatildeo e transferecircncia de novas tecnologias e experiecircncias

em gestatildeo gerando novos conhecimentos e praacuteticas a partir de parceria entre entidades de sauacutede de reconhecida excelecircncia e os gestores do SUS

A ideia eacute a atuaccedilatildeo em conjunto na superaccedilatildeo de desafios melhoria e qualificaccedilatildeo de aacutereas estrateacutegicas na gestatildeo e prestaccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico de sauacutede no paiacutes O PROADI-SUS tem sido um impor-tante f inanciador da pesquisa meacutedica O diretor de pesquisa do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert

Einstein Luiz Rizzo tambeacutem cita o programa como um dos financiadores dos projetos da instituiccedilatildeo O foco das pes-quisas dessa instituiccedilatildeo eacute o envelhecimento sustentaacutevel

As entidades associaccedilotildees e fundaccedilotildees privadas sem fins lu-crativos como o Siacuterio- Libanecircs e o Albert Einstein ainda podem usufruir do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo Oncoloacutegica (PRONON) e do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo da Sauacutede da Pessoa com Deficiecircncia (PRONASPCD) criados para incentivar accedilotildees e serviccedilos desses oacutergatildeos no campo da oncologia e da pessoa com deficiecircncia

O diretor do Instituto de Pesquisa do Hospital do Coraccedilatildeo (HCor)

As redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia

dentro da pesquisa meacutedica

e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos

anos

| Melh res Praacuteticas18 Melh res Praacuteticas | 19

| INOVACcedilAtildeO |

Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Siacuterio-Libanecircs

Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Instituto de Pesquisa do HCor

FUNDACcedilAtildeO

TIPO DE PESQUISA

NUacuteMERO DE PESQUISADORES

2003

Cliacutenica e experimental

70 diretos mas todo o corpo cliacutenico e outros profissionais do hospital tambeacutem se envolvem

1998

Cliacutenica e experimental

21 diretos mas 700 pessoas estatildeo envolvidas em atividade de pesquisa entre meacutedicos do corpo cliacutenico e outros funcionaacuterios

2007

Cliacutenica

47 mas todo o corpo cliacutenico do hospital tambeacutem trabalha nas pesquisas

Otaacutevio Berwanger acre-dita que o f inanciamento baixo por parte da iniciativa privada eacute o principal desafio do setor Ele destaca que nos uacuteltimos anos houve um aumento nos investimentos mas o valor ainda eacute baixo ldquoHouve um crescente que parou nos uacuteltimos dois anos devido agrave crise eco-nocircmica A expectativa eacute que passada essa fase os aportes voltemrdquo afirma

O Instituto de Pesquisa do HCor tem foco prioritaacuterio em pesquisas cliacutenicas de doenccedilas cardioloacutegicas O financia-mento eacute por projeto assim como acontece nos outros institutos ldquoVer hospitais privados com institutos de pesquisa jaacute eacute uma grande evoluccedilatildeo Antes a pesquisa era vista apenas como gastordquo lembra Berwanger Ele afirma que inicialmente o Instituto exigiu investimento do hospi-tal mas hoje jaacute gera receita

Todos os trecircs institutos ouvidos nessa reportagem disseram que suas ativi-dades geram lucro para as instituiccedilotildees em que estatildeo instalados Nenhum deles revelou valores ldquoA pesquisa natildeo deve ser feita com cunho comercial somente mas tambeacutem natildeo pode ser vista apenas como despesardquo com-pleta o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor

Outros desafiosAleacutem da questatildeo financeira a pesquisa meacutedica enfrenta outros desafios Capacitaccedilatildeo de pessoal burocracia do processo cacircmbio e compe-titividade satildeo alguns deles Rizzo destaca que a formaccedilatildeo dos profissionais comeccedila na educaccedilatildeo baacutesica ldquoEacute preciso melhorar a educaccedilatildeo desde a infacircncia na escola ateacute a formaccedilatildeo meacutedica nas uni-versidades Quando vocecirc vai

olhar os rankings mundiais nossos alunos estatildeo muito abaixo da meacutedia se compara-dos a outros paiacutesesrdquo observa

Berwanger concorda ldquoFalta capacitaccedilatildeo entre os pro-fissionais para atuar com pesquisa A pesquisa cliacutenica deveria ser vista como uma especialidade dentro da medicinardquo diz

Do ponto de vista burocraacute-tico a demora na aprovaccedilatildeo de processos eacuteticos e regu-latoacuterios eacute um entrave para o crescimento da pesquisa meacutedica Aleacutem disso questotildees cambiais tambeacutem interferem ldquoA pesquisa tem um orccedilamen-to que eacute planejado a partir do cacircmbio jaacute que muitos insumos satildeo importados mas as variaccedilotildees no decorrer do projeto atrapalham bastanterdquo ressalta Rizzo Ele ainda lembra queos prazos burocraacute-ticos para importaccedilatildeo desses insumos satildeo muito longos

Outro desafio eacute a competitividade entre os institutos de pesquisa que dificilmente compartilham dados e informaccedilotildees prejudicando a evo-luccedilatildeo dos estudos Recentemente o governo norte-americano anun-ciou um plano chamado Moonshot com orccedilamento de US$1 bilhatildeo O objetivo eacute a colaboraccedilatildeo entre pesquisadores meacutedicos e entida-des para catalisar os avanccedilos na aacuterea oncoloacutegica

ldquoSe natildeo houvesse ciuacuteme entre laboratoacuterios e grupos de pesquisa poderiacuteamos evitar redundacircncias desnecessaacuterias das pesquisasrdquo disse o vice-presidente norte-a-mericano Joe Biden ao anunciar o programa ldquoVocecircs [oncologistas] aprenderam que natildeo daacute para trabalhar sozinhordquo completou

Para o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor as redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia dentro da pesquisa meacutedica e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos anos Todos os diretores de institutos ouvidos pela reporta-gem afirmaram ter parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior

Futuro da pesquisaTanto Rizzo quanto Berwanger destacaram o potencial do Brasil para a realizaccedilatildeo das pesquisas meacutedicas Eles lembraram que a miscigenaccedilatildeo da populaccedilatildeo do paiacutes eacute um aspecto riquiacutessimo do ponto de vista cientiacutefico ldquoO Brasil oferece a oportunidade de pesquisar o ser humano em sua diversidaderdquo afirma o diretor do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Para a induacutestria farmacecircutica principal-mente essa riqueza populacional eacute muito importante Testar medicamentos em uma populaccedilatildeo com geneacutetica parecida natildeo traz resultados tatildeo expressivos com isso o Brasil deve chamar mais atenccedilatildeo dessas empresas para o desenvolvimento de pesquisas

Berwanger jaacute natildeo vecirc o paiacutes apenas como um coadjuvante no cenaacuterio da pesquisa meacutedica mundial ldquoAntes a gente fornecia informaccedilotildees dos nossos pacientes para centros de pesquisa no exterior mas hoje jaacute temos pesquisas que satildeo coordenadas por noacutes e envolvem centros no mundo todo Isso mostra uma mudanccedila de posturardquo diz

Para o diretor do IEP do Siacuterio-Libanecircs o futuro da pesquisa depende da conversa entre a academia e a induacutestria ldquoEacute preciso parar com esse preconceito de que a academia natildeo pode conversar com o setor privado para que a pesquisa possa evoluir para benefiacutecios em prol da sociedaderdquo conclui

| Melh res Praacuteticas20 Melh res Praacuteticas | 21

| MERCADO |

Tdos os anos a Agecircncia N a c i o n a l d e S a uacute d e Suplementar (ANS) anuncia o reajuste aprovado nos valores dos planos de sauacutede e os beneficiaacuterios

reclamam e muito das taxas consideradas altas pela maioria Em 2016 o valor aprovado pela instituiccedilatildeo foi de ateacute 1357 A culpa na maior parte das vezes eacute colocada na inflaccedilatildeo meacutedica muito acima da inflaccedilatildeo comum e que onera os planos No entanto outro fator tambeacutem tem aumentado os custos e influenciado diretamente no valor cobrado do consumidor e das empresas o mau uso do plano de sauacutede

Um estudo de carteira com 2350 vidas realizado pela desenvol-vedora de programas de sauacutede AzimuteMed mostrou que 1355 das pessoas usam o plano de forma abusiva o que gera um gasto anual por beneficiaacuterio de R$ 267771

A meacutedia do mercado gira em torno de R$ 90696

Para driblar esse gargalo o setor estaacute se movimentando Afinal a conjuntura geral natildeo eacute favoraacutevel ndash nuacutemero de beneficiaacuterios caindo (vide tabela) ndash e reduzir custos eacute essencial O diretor executivo da Associaccedilatildeo Brasileira de Planos de Sauacutede (Abramge) Antocircnio Carlos Abbatepaolo afirma que estimativas mundiais mostram que 20 dos gastos com sauacutede satildeo desperdiacutecio De acordo com ele os beneficiaacuterios tecircm uma parcela consideraacutevel de responsabilidade por esses custos desnecessaacuterios

ldquoHaacute um padratildeo de desperdiacutecio dos beneficiaacuterios e do segmento de sauacutede Excesso de consultas e exames por exemplo eacute um problema Como natildeo existe um prontuaacuterio eletrocircnico o paciente faz um hemograma em janeiro a pedido de um meacutedico e em marccedilo quando

procura um especialista de outra aacuterea realiza o mesmo hemograma Isso gera desperdiacuteciordquo af irma Abbatepaolo

Em sua opiniatildeo para mudar o comportamento do beneficiaacuterio eacute necessaacuteria uma grande campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso do desperdiacutecio de aacutegua o que ainda natildeo aconteceu no setor de sauacutede suplementar ldquoEacute preciso mostrar que a economia tem significado no bolso do proacuteprio usuaacuterio Eles ainda natildeo entendem que os reajustes tambeacutem satildeo fruto da forma como eles utilizam o planordquo observa

Os programas de prevenccedilatildeo e cuidados integrais que estatildeo sendo adotados por operadoras e planos seriam uma forma de agir na raiz do problema com resultados a meacutedio e longo prazo ldquoSatildeo alternativas importantes para que haja economia e ganho cliacutenico para o paciente

Julia Duarte

DESPERDIacuteCIONA PONTAMau uso onera planos de sauacutede e folha de pagamento das empresas Beneficiaacuterios parecem natildeo entender como tambeacutem satildeo prejudicados poresse comportamento

Fonte Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

MecircsAno Beneficiaacuterios

Dez2012

Dez2013

Dez2014

Dez2015

Mar2016

47722948

49346927

50394741

49441541

48824150

pois evita internaccedilotildees futuras e o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas para casos de maior gravidaderdquo diz

Outro fator que ele acredita coibir o uso excessivo eacute a coparticipaccedilatildeo dos beneficiaacuterios em consultas exames e internaccedilotildees

O iacutendice de 1355 de pessoas utilizando o plano de forma abusiva encontrado na pesquisa realizada pela AzimuteMed eacute considerado alto pelo setor Por outro lado 13 dos usuaacuterios natildeo utilizam o plano E isso tambeacutem preocupa

ldquoEssas pessoas estatildeo mais propensas a desenvolver doenccedilas crocircnicas e chegar a uma internaccedilatildeo porque natildeo fazem acompanhamentordquo afirma a diretora-geral da AzimuteMed Luciana Lauretti ldquoA forma correta de utilizar eacute a consciente Eacute im-portante ter um meacutedico fixo ir agraves consultas com a frequecircncia determinada fazer exames anuais de controle e manter um estilo de vida saudaacutevelrdquo completa

No caso dos doentes crocircnicos a pesquisa mostrou um problema ainda maior A meacutedia anual de gastos por vida dentro desse grupo chega a R$ 248042 Isso acon-tece porque muitos dos pacientes abandonam o tratamento e como consequecircncia a doenccedila sai do controle surgindo a necessidade de ir ao pronto atendimento com explosatildeo de custos e deterioraccedilatildeo da qualidade de vida Nesse ponto a conscientizaccedilatildeo eacute muito importante diz Luciana Lauretti

O consumidor precisa estar

atento agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de

modo responsaacutevel e eacutetico evitando

onerar ainda mais um sistema que por sua natureza de mutualismo aumenta seus

custos na medida de sua utilizaccedilatildeo

Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice

| MERCADO |

fumar enquanto 43 tiveram uma reduccedilatildeo consideraacutevel na quantidade de cigarros consumidos por dia ldquoPara ter uma ideia a Bradesco Sauacutede tem um custo meacutedio de R$ 400 mil para tratamento de pacientes com doenccedilas causadas pelo cigarro principalmente o cacircncer de pulmatildeordquo diz Coriolano

Programas de acompanhamento Um recurso que as operadoras estatildeo cada vez mais usando satildeo as empresas terceirizadas que desenvolvem programas de acompanhamento e conscientizaccedilatildeo de pacientes que possuem algum fator de risco ou doenccedilas crocircnicas Esses programas auxiliam os pacientes no t rat a mento e t raba l ha m de forma educativa e mostram para os participantes a importacircncia de seguir as recomendaccedilotildees meacutedicas e ministrar corretamente os medicamentos

A 4BIO Medicamentos Especiais por exemplo comercializa medicamentos

especiais e presta serviccedilo para as operadoras com acompanhamento

dos pacientes que tomam essa medicaccedilatildeo em casa O funda-dor e presidente da empresa Andreacute Kina explica que o objetivo eacute evitar o abandono do tratamento ldquoEm meacutedia a taxa de adesatildeo dos pacientes

a seus tratamentos eacute em torno de 50 com o acompanhamento

conseguimos elevar essa taxa para 80 Esse ganho evita internaccedilotildees hospitalares gerando economia para as operadorasrdquo diz

A empresa funciona como um ponto de contato entre a operadora e o paciente Duas vezes por mecircs os profissionais (farmacecircuticos e enfermeiros) entram em contato com o paciente para coletar informaccedilotildees sobre o tratamento e resolver possiacuteveis duacutevidas Caso seja identificado algum problema o plano eacute avisado e o meacutedico eacute acionado para que natildeo seja necessaacuteria uma internaccedilatildeo futuramente

De acordo com Kina pesquisas mun-diais mostram que para cada R$ 1 que a operadora investe em serviccedilo de acompanhamento ela economiza R$ 10 evitando internaccedilotildees hospitalares ldquoEacute um investimento a meacutedio e longo prazo mas que traz retornordquo finaliza

Para mudar o comportamento do beneficiaacuterio

eacute necessaacuteria uma grande

campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso

do desperdiacutecio de aacutegua

Dentro das empresas

A assistecircncia meacutedica eacute o segundo maior gasto da aacuterea de recursos humanos atraacutes apenas da folha de pagamento Para garantir que seus funcionaacuterios faccedilam bom uso do plano e evitar reajustes algumas empresas estatildeo criando seu proacuteprio programa de promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de doenccedilas

Com mais de 4 mil funcionaacuterios a Contax com-panhia que atua na aacuterea de contact center criou o programa Viver Bem Contax O gerente meacutedico corporativo da empresa Glauco Callias explica que o programa foi desenhado baseado em trecircs pilares prevenccedilatildeo accedilatildeo e cuidado

A prevenccedilatildeo consiste em evitar o aparecimento de doenccedilas por meio de accedilotildees e informaccedilotildees que favoreccedilam haacutebitos de vida saudaacuteveis como a praacutetica de atividade fiacutesica alimentaccedilatildeo balanceada natildeo ingestatildeo de bebida alcooacutelica em excesso e cessaccedilatildeo do tabagismo O pilar accedilatildeo envolve atividades para reduzir o impacto de situaccedilotildees do meio ambiente como a busca ativa por focos do mosquito Aedes Aegypti e campanhas contra o H1N1

Jaacute no pilar cuidado satildeo desenvolvidos programas para puacuteblicos especiacuteficos ldquoSatildeo situaccedilotildees que jaacute existem e precisam ser gerenciadasrdquo esclarece Callias Dentro desse pilar a empresa desenvolveu o programa Gestante ldquoSe a nossa funcionaacuteria faz o preacute-natal corretamente ela tem menos chance de ter um parto prematuro e de o bebecirc precisar de uma UTI neonatal Isso eacute positivo para ela para a crianccedila e para a empresa que natildeo tem um grande impacto nos custos do convecircniordquo completa

O programa foi criado apoacutes uma pesquisa que mostrou que 55 das funcionaacuterias graacutevidas tinham realizado cesaacutereas Com ele as funcionaacuterias satildeo isentas da coparticipaccedilatildeo em exames e proce-dimentos relacionados agrave gravidez se fizerem o preacute-natal corretamente e participarem das palestras oferecidas pela empresa ldquoEssas palestras satildeo o braccedilo educacional do programa Noacutes trazemos informaccedilotildees sobre os criteacuterios para o parto normal e a cesaacuterea com o intuito de conscientizaacute-las antes de fazer a escolhardquo diz

De acordo com Callias a adesatildeo das funcionaacute-rias tem sido grande ldquoElas vecircm atraiacutedas pela isenccedilatildeo da coparticipaccedilatildeo mas depois percebem a importacircncia do programardquo observa Implantado haacute apenas seis meses o Gestante ainda natildeo tem resultados mensuraacuteveis

A expectativa eacute reduzir em 40 o nuacutemero de partos cesaacutereas e em 23 o nuacutemero de internaccedilotildees em UTI neonatal no periacuteodo de um ano Tambeacutem haacute expectativa de reduzir 10 pontos de sinistro dentro do puacuteblico do programa nesse periacuteodo

Outras empresas preocupadas com os gastos atuam junto com as operadoras para melhorar a gestatildeo do benefiacutecio de sauacutede A Bradesco Sauacutede por exemplo possui dois programas aplicados em parceria com o departamento de Recursos Humanos de seus clientes Sistema de Informaccedilotildees Gerenciais (SIGE) e Juntos Pela Sauacutede O SIGE tem como objetivo disponibilizar informaccedilotildees agraves aacutereas de RH das empresas contratantes e incrementar a gestatildeo interna de recursos delas O sistema permite o acompanhamento em profundidade das despesas incorridas pelos funcionaacuterios que usufruem do benefiacutecio em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre possibilitando a geraccedilatildeo de relatoacuterios sob medida para as necessidades de anaacutelise do comportamento das despesas meacutedicas ldquoCom isso o SIGE tambeacutem pode indicar a necessidade de implementaccedilatildeo de ajustes no desenho do planobenefiacutecio de acordo com o perfil de cada empresardquo explica Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice O sistema possibilita a extraccedilatildeo de dados e relatoacuterios que permite uma compreensatildeo adequada da gestatildeo do plano

Jaacute o ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo foi desenhado com base em estudos gerenciais para identif icaccedilatildeo de riscos Satildeo feitos exames e aplicados ques-tionaacuterios e a partir deles o programa indica accedilotildees de prevenccedilatildeo que vatildeo desde a entrega de material explicativo e realizaccedilatildeo de palestras ministradas por profissionais especializados em promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo ateacute a elaboraccedilatildeo de programas especiacuteficos de gestatildeo de patologias O programa tambeacutem desenvolve accedilotildees como imunizaccedilatildeo vacinaccedilatildeo contra gripe benefiacutecio farmaacutecia entre outros

ldquoA informaccedilatildeo e a assistecircncia oferecidas con-tribuem para que os participantes se tornem mais conscientes e motivados a mudar seus haacutebitos de vida e o comportamento em relaccedilatildeo agrave sauacutederdquo afirma o presidente

Dentro do ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo existe o programa ldquoAbandono do Tabagismordquo criado em 2012 Do total de pessoas que participaram 48 pararam de

| Melh res Praacuteticas24 Melh res Praacuteticas | 25

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

A internet eacute presenccedila indiscutiacutevel na vida do brasileiro De acordo com pesquisa publi-cada em 2015 pela agecircncia internacional We Are Social o paiacutes estaacute entre as naccedilotildees mais conectadas do mundo Satildeo mais de 9

horas on-line por dia sendo que dessas 5h e 26 minutos satildeo provenientes de tablets ou telefones moacuteveis O fenocircmeno acompanha um movimento mundial de popularizaccedilatildeo da internet Nos uacuteltimos 12 anos a conectividade permitida pelas redes sociais potencializada pela mobilidade trazida pelos smartphones tem mudado a forma como se recebe e se compartilha informaccedilatildeo Uma mudanccedila intensa que afetou profundamente as relaccedilotildees pessoais e profissionais dos indiviacuteduos em todo o planeta

No ambiente de trabalho em especial no hospitalar satildeo constantes os eventos e procedimentos que exigem foco e atenccedilatildeo das equipes E por isso esse amplo acesso agraves redes sociais faz soar um alerta Por um lado os aparelhos repletos de possibilidades satildeo ferramentas uacuteteis para otimizar a comunicaccedilatildeo interna e acessar profissionais e conteuacutedo de forma raacutepida e eficiente por outro os recursos para fazer anotaccedilotildees registrar

Como as redes sociais e smartphones transformaram o modo como a sociedade produz compartilha e se relaciona com a informaccedilatildeo e o impacto dessa mudanccedila no dia a dia dos profissionais da sauacutede

Dani Dias Ferreira

gravar fotografar e trocar mensagens satildeo potencialmente um problema quando usados de forma inde-vida jaacute que as informa-ccedilotildees em minutos podem ser compartilhadas com um nuacutemero expressivo de pessoas de forma descontrolada Isso sem falar na mistura das esferas pessoal e profissional

A velocidade da mudanccedila tem sido tatildeo intensa que natildeo houve tempo de as em-presas (nem a sociedade como um todo) se organizarem para conciliar os benefiacutecios dessas novas tecnologias e ao mesmo tempo prevenir-se dos efeitos que o uso indevido pode acarretar

Em primeiro lugar via de regra eacute neces-saacuterio recorrer ao bom senso agraves normas da instituiccedilatildeo agrave observaccedilatildeo dos princiacutepios eacuteticos e agraves boas praacuteticas Eacute o que pensa

Angela Blatt Ortiga enfermeira haacute 30 anos que atua como secretaacuteria do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) Estudiosa do assunto daacute palestras em uni-versidades e hospitais esclarecendo os limites de utilizaccedilatildeo das redes

Nesses encontros ela ressalta os proacutes e contras da utilizaccedilatildeo de aparelhos celulares e aplicativos no dia a dia dos enfermeiros Entre as vantagens estaacute o fato de a rede social ampliar a facilidade de comunicaccedilatildeo com baixo custo e as pessoas terem acesso e ser um meio uacutetil para socializar as boas praacuteticas natildeo apenas com as equipes mas tambeacutem com a comu-nidade em geral

A empresa pode limitar

o uso dos aparelhos celulares e acesso a

redes sociais durante o expediente

Entre as situaccedilotildees delicadas estatildeo aquelas ligadas agrave seguranccedila do paciente jaacute que os aparelhos tele-focircnicos moacuteveis natildeo estatildeo devidamente higienizados e podem ser um fator de contaminaccedilatildeo Como elemento de distraccedilatildeo podem contribuir com a falha humana

Durante as palestras os limites de utilizaccedilatildeo das redes sociais sempre despertam questiona-mentos dos partici-pantes As perguntas mais frequentes satildeo a adequaccedilatildeo a respeito de publicaccedilotildees fotografias e gravaccedilotildees realizadas dentro do ambiente de trabalho e o seu impacto A resposta eacute taxativa ldquoFrases reclamaccedilotildees e expressotildees como lsquotodo mundo saiu e eu fiquei sozinhorsquo ou lsquoplantatildeo mais ou menosrsquo podem prejudicar a imagem do colaborador e da institui-ccedilatildeo apesar de parecerem inofensivas Natildeo eacute soacute uma

questatildeo pessoal vocecirc estaacute lidando com privacidade direito autoral eacutetica profissionalrdquo explica a enfermeira

Comentaacuterios sobre pacientes ainda que sejam positivos podem desagradar quem estaacute em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou simplesmente natildeo gostaria de ter sua intimidade exposta Inclusive natildeo satildeo poucas as reclamaccedilotildees e denuacutencias que chegam ao Conselho sobre o uso indevido das redes daiacute a necessidade de orientar Inserir estranhos nos grupos de whatsapp ou repassar conteuacutedo profissional a grupos pessoais tambeacutem pode gerar desconforto ou mesmo permitir que informaccedilotildees sigilosas sejam vazadas para a imprensa

Demissotildees por mau uso jaacute natildeo satildeo uma novidade Natildeo satildeo casos isolados e tampouco restritos agrave realidade nacional tanto que algumas instituiccedilotildees e associaccedilotildees nos EUA por exemplo criaram e disponibilizaram materiais on-line abordando o assunto A National Council of State Boards of Nursing lanccedilou o The Nursersquos Guide to the Use of Social Media (wwwncsbnorgNCSBN_SocialMediapdf) manual detalhado de como profissionais da enfermagem devem se portar na utilizaccedilatildeo das redes sociais No Brasil nos sites do Coren e do Conselho Regional de Medicina tambeacutem eacute possiacutevel encontrar artigos e orientaccedilotildees sobre o tema

O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem Resoluccedilatildeo Cofen nordm 311 de 8 de fevereiro de 2007 traz regulamentaccedilotildees que valem tambeacutem para a atuaccedilatildeo nas redes sociais como a restriccedilatildeo a ldquoinserir imagens ou informaccedilotildees que possam identificar pessoas e instituiccedilotildees sem sua preacutevia autorizaccedilatildeordquo

Por sua vez o Coacutedigo de Eacutetica Meacutedica apesar de permitir aos meacutedicos a divulgaccedilatildeo em seu perfil nas redes sociais de dados sobre sua es-pecialidade CRM e local onde atendem proiacutebem a distribuiccedilatildeo e publicaccedilatildeo de fotos tiradas com pa-cientes em locais de aten-dimento como cirurgias ou consultas Eacute vedado ainda ao profissional con-sultar diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicaccedilatildeo em massa Jaacute o Marco Civil da Internet desde 2014 em vigor mas regula-

Melh res Praacuteticas | 27

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

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HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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71200

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Out

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75100

69400

Nov

86000

79100

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Outras instituiccedilotildees

Individual

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Ago

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Set

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142400

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Out

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Nov

172000

158200

146200

Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

| Melh res Praacuteticas44

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 45

Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

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OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 2: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas2

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 3

ANUacuteNCIO ANUacuteNCIOA GPeS Gestatildeo de Projetos em Sauacutede organizadora do

evento exclusivo de preacute-abertura da Hospitalar Feira+Foacuterum 2016 agradece aos palestrantes presentes e patrocinadores

a participaccedilatildeo no inteligente descontraiacutedo e inspirador encontro Virada

Em 2017 tem mais

| Melh res Praacuteticas4 Melh res Praacuteticas | 5

| EDITORIAL |

Odesejo por manter e desenvolver praacuteti-cas que garantam a melhor assistecircncia natildeo eacute algo novo Tampouco as contri-

buiccedilotildees dos estudiosos do tema com novos conceitos e diretrizes Se por um lado norteiam os que neles se espelham por outro precisam estar atentos para o uso excessivo de uma terminologia muito proacutepria e nem sempre de faacutecil compreensatildeo

Esse perigo acontece sempre que uma nova expressatildeo eacute introduzida no mercado Com o pouco haacutebito de leitura criacutetica da populaccedilatildeo brasileira eacute grande a chance de se multiplicar um entendimento errado ou distante da praacutetica o que seria mortal para qualquer avanccedilo na qualidade assistencial

Por isso essa ediccedilatildeo se empenha em trazer como assunto prin-cipal a forma exitosa com que a Congregaccedilatildeo Santa Catarina estaacute traduzindo as Colaborativas do Institute for Healthcare Improvement (IHI) para as suas unidades

Outro exemplo de aplicaccedilatildeo desse programa de melhoria contiacutenua pode ser encontrado na mateacuteria sobre o programa Parto Adequado da Agecircncia Nacional de Sauacutede

Ainda mais recente no setor o termo Experiecircncia do Paciente estaacute sendo cada vez mais usado a ponto de ter sido o tema central de um congresso inter-nacional que reuniu mais de 700 profissionais em Satildeo Paulo Um dos palestrantes Jason Wolf nos ajuda no entendimento da questatildeo em entrevista exclusiva complementada por mateacuteria que traz o que foi destaque nesse evento e em outro com o mesmo foco realizado pela Cleveland Clinic no iniacutecio do ano

Finalmente Maureen Bisognano presidente emeacuterita do IHI escreve sobre como Exnovation pode ajudar instituiccedilotildees de sauacutede a retomar o foco e ganhar produtividade

E falando em incorporaccedilatildeo de novas tecnologias essa ediccedilatildeo destaca tambeacutem o uso das redes sociais pelas equipes de cuidado a evoluccedilatildeo da sauacutede digital no Brasil e no mundo e o resultado de uma pesquisa que avalia os canais de comunicaccedilatildeo com o cliente

Desejo a todos uma oacutetima leitura

Gilmara EspinoSoacutecia-diretora da GPeS

Gestatildeo de Projetos em Sauacutede

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| Melh res Praacuteticas6 Melh res Praacuteticas | 7

| EXPEDIENTE |

INSTITUICcedilOtildeES ACREDITADAS CONSULTADAS NESTA EDICcedilAtildeO

Hospital das Cliacutenicas de Satildeo Paulo Satildeo Paulo - SP

paacutegina 50

Hospital do Coraccedilatildeo - HCor Satildeo Paulo - SP

paacutegina 16

Hospital Israelita Albert EinsteinSatildeo Paulo - SPpaacutegina 16 e 54

Hospital Santa CatarinaSatildeo Paulo - SP

paacutegina 32

Hospital Santa Paula

Satildeo Paulo - SP paacutegina 24 e 62

Hospital Satildeo Camilo Unidade Pompeia

Satildeo Paulo - SP paacutegina 38

Hospital Satildeo Camilo

Unidade Santana Satildeo Paulo - SP

paacutegina 38

Hospital Sepaco Satildeo Paulo - SP

paacutegina 68

Hospital Siacuterio-Libanecircs Satildeo Paulo - SP

paacuteginas 10 16 e 72

Hospital Unimed

Recife IIIRecife - PE paacutegina 62

Ano 4 | Nuacutemero 19 | AgoSetOutNov 2016

A Revista Melhores Praacuteticas natildeo se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou mateacuterias que expressam apenas o pensamento dos autores natildeo representando necessariamen-te a opiniatildeo da revista A publicaccedilatildeo se reserva o direito por motivos de espaccedilo e clareza de resumir cartas artigos e ensaios A distribuiccedilatildeo gratuita eacute limitada A Anahp se responsabiliza pela distribuiccedilatildeo de 1000 unidades encartadas com o Boletim Panorama

Poliacutetica editorial Zelando pela impar-cialidade do conteuacutedo editorial os nomes das empresas que fornecem produtos para hospitais natildeo satildeo men-cionados nos textos excetuando-se os casos em que a omissatildeo possa comprometer o entendimento do leitor Os contatos da empresa entrevistada poderatildeo ser obtidos com a redaccedilatildeo da revista

GPeS - Gestatildeo de Projetos em SauacutedeRua Dr Alceu de Campos Rodrigues 229 - cj 211 Itaim Bibi - Satildeo Paulo - SP- CEP 04544-000Tels (11) 4119-2393 e (11) 23069473wwwrevistamelhorespraticascombr

Apoio Teacutecnico e Editorial Apoio de Distribuiccedilatildeo

Diretores da GPeS Alberto Ribeiro albertoribeirogpescombrGilmara Espino gilmaraespinogpescombr

Conselho editorial Dr Joseacute Roberto Guersola vice-presidente da Rede DrsquoOr Satildeo LuizDra Maria Carolina Moreno superintendente da Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA)Dr Rubens Covello presidente do Health Services Accreditation (IQG)

Nuacutecleo de Apoio Teacutecnico Dra Maria Magalhatildees gerente da Qualidade e Seguranccedila do Paciente das Instituiccedilotildees Afiliadas SPDM Enfa Renata Michele Macedo gerente administrativa do Hospital Vila da Serra

Redaccedilatildeo Editora Gilmara EspinoEditor-assistente Felipe Ceacutesar Santosredacaogpescombr

Designer Caroline Boninidesignergpescombr

Design graacutefico e Diagramaccedilatildeo Cauecirc Cremonini - DOr Consultoriacomunicacaodorconsultoriacombr

Colaboradores Dani Dias Ferreira Erica Martin Felipe Ceacutesar Julia Duarte e Raquel Gondim (Reportagem) Tamara Espino (Apoio e pesquisa) Angela Zerbielli e Dr Marcelo Maia (Editoria Patrocinada) Aleacutexia Mandolesi Costa (Certo e Errado) Maureen Bisognano e Pedro Lopes Ribeiro (Opiniatildeo) Andreacute Cezar Medici (Indico) Renata Macedo (Indico Artigos) Marcos Paulo Novais (Sauacutede em um Clic)

Revisatildeo Cecilia Farias

Publicidade Tatiana Aguiar(11) 4119-2393gpesgpescombr

Assinaturas Tatiana Aguiar (11) 4119-2393 gpesgpescombr

Periodicidade QuadrimestralTiragem 10000 exemplaresDistribuiccedilatildeo Territoacuterio nacional ANUacuteNCIO

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| Melh res Praacuteticas8 Melh res Praacuteticas | 9

| SUMAacuteRIO |

16

14

20 24

10

28

Um retrato da pesquisa meacutedica no Brasil

Fundador do Patient Experience Institute fala sobre o conceito de lsquoexperiecircncia do pacientersquo

Uso consciente do plano de sauacutede pode ajudar a diminuir os custos para o cliente

Como redes sociais e smartphones satildeo os novos desafios na gestatildeo de pessoas nos hospitais

O que foi pauta em importantes encontros no Brasil e EUA

Veja qual o canal de comunicaccedilatildeo mais eficiente na relaccedilatildeo empresa-cliente

INOVACcedilAtildeO

PATIENT EXPERIENCE

MERCADO

GESTAtildeO DE PESSOAS

ENTREVISTA

PESQUISA

A experecircncia brasileira na aplicaccedilatildeo da Colaborativa como meacutetodo de aprendizado e formaccedilatildeo de cultura de seguranccedila

32 MELHORIA CONTIacuteNUA

bull Luiz Fernando Reis

bull Luiz Rizzo

bull Otaacutevio Berwanger

bull Andreacute Kina bull Antocircnio Carlos Abbatepaolo

bull Glauco Callias bull Luciana Lauretti

bull Marcio Coriolano

bull Angela Blatt Ortigabull Flaacutevio Pires

bull Paula Gallo

bull Kelly Rodriguesbull Toby Cosgrove

16 20 24

bull Jason Wolf

30 Como eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetivaOPINIAtildeO

bull Maureen Bisognano

| SECcedilOtildeES |

54

6258

4850

38

Plano diretor e projetos flexiacuteveis reduzem custos

Entenda a certificaccedilatildeo HIMSS

Tendecircncias globais de como a tecnologia impactaraacute na relaccedilatildeo meacutedico-paciente

A relaccedilatildeo direta entre logiacutestica e rentabilidade

Rastreabilidade eacute aposta para aumentar a seguranccedila

Desafios para implementar o modelo assistencial com hospitalistas

ARQUITETURA HOSPITALAR

HOSPITAL DIGITAL

SAUacuteDE DIGITAL

OPINIAtildeO

LOGIacuteSTICA

MEDICINA HOSPITALAR

bull George Trigueiro Filho bull Fernando Cruz bull Alexandre Dias bull Claacuteudio Giulliano Alves da Costa

bull Cobertura Foacuterum Internacional eHealth Scenarios trends e investments

bull Pedro Lopes Ribeiro

bull Guilherme Barcellos bull Marcelo Sartoribull Ron Greeno

bull Marco Bego bull Jarbas Barbosabull Mathieu Aman bull Antocircnio Britto

bull Arthur Brito bull Iside Falzetta bull James Scheulen bull Salim Lamha Neto

66 CERTO E ERRADO Administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

68 PROTOCOLO ASSISTENCIAL Parto seguro de 9 para 41 a adesatildeo ao parto normal

76 INDICO Dimensotildees econocircmicas das doenccedilas crocircnicas

77 LIVROS Leitura recomendada para ampliar o conhecimento

50 38 62

78 AGENDA Eventos da aacuterea da sauacutede

79 INDICO ARTIGOS Anaacutelise de readimissotildees e oacutebitos

80 RADAR Os movimentos da aacuterea da sauacutede

83 SAUacuteDE EM UM CLIC O focirclego das operadoras de medicina de grupo

72 Gaacutes natural eacute opccedilatildeo viaacutevel para reduccedilatildeo de custos nos hospitaisSUSTENTABILIDADE

bull Marcelo Mendonccedila bull Luiz Aramicy Bezerra Pintobull Antonio Carlos Cascatildeo bull Ricardo Michelin bull Silvio Costa

| Melh res Praacuteticas10 Melh res Praacuteticas | 11

| ENTREVISTA |

Presidente do Beryl Institute fundador e presidente do Patient Experience Institute editor fundador do Patient Experience Global

OInstituto Beryl eacute uma comunidade global aberta aos que desejam discutir estrateacutegias para perceber e atingir a expectativa de pa-

cientes e seus familiares no que se refere qualidade assistencial acolhimento e atendimento de forma geral Seu fundador Jason Wolf esteve em Satildeo Paulo em junho a convite do Hospital Israelita Albert Einstein para o I Simpoacutesio Latino-Americano para Experiecircncia do Paciente

Para um puacuteblico de quase 700 pessoas o especialista falou sobre o engajamento de profissionais e como aproveitar a oportunidade de aproximaccedilatildeo com os clientes tambeacutem para educaacute-los

Nesta entrevista exclusiva agrave Melhores Praacuteticas ele destaca como o olhar sistecircmico proposto pela Experiecircncia do Paciente reforccedila inclusive o propoacutesito e comprometimento de quem escolheu o cuidado ao outro como profissatildeo

MAIS DO QUE ATENDER

ENTREVISTA JASON WOLF

Conhecer as expectativas de clientes e familiares eacute essencial para gerenciar

possiacuteveis frustraccedilotildees e estabelecer o limite entre o possiacutevel e o desejaacutevel

| Melh res Praacuteticas10 Melh res Praacuteticas | 11

Em sua apresentaccedilatildeo o senhor ressalta que a experiecircncia do paciente depende do envolvi-mento do meacutedico a retenccedilatildeo e motivaccedilatildeo de empregados os valores da instituiccedilatildeo e o foco no paciente Como esses natildeo satildeo toacutepicos necessa-riamente novos o que o conceito Experiecircncia do Paciente traz

Tradicionalmente construiacute-mos os cuidados com a sauacutede do ponto de vista do provedor do cuidador No entanto jamais pensamos no exterior no ponto de vista do que eacute im-portante para o consumidor Isso nos levou a prestar um serviccedilo fragmentado como se fosse formado por silos A experiecircncia do paciente trata de abrigar esses cuidados ldquodesconexosrdquo como um tipo de guarda-chuva possibilitando que a conversa seja alinha-da a propoacutesitos maiores Assim quando comeccedilamos a amarrar todas as coisas em uma soacute unidade em torno da experiecircncia que desejamos promover enxergamos melhor as eficiecircncias a gestatildeo de custos e as decisotildees cliacutenicas Experiecircncia do Paciente natildeo eacute um novo conceito criativo mas sim uma nova lente por meio da qual podemos aplicar os conceitos que jaacute conhecemos

E como saber o que importa para o paciente

Perguntando e estabelecendo canais eficientes de comunicaccedilatildeo como pes-quisa grupos de enfoque ouvidoria e redes sociais Pacientes atuais familiares e antigos clientes precisam ser ouvidos Eacute uma abordagem em camadas porque vocecirc precisa estar questionando sempre Aleacutem disso em primeiro lugar a instituiccedilatildeo deve ter claro qual eacute o tipo de experiecircncia que deseja fornecer aos pacientes e comunidade

A realidade eacute que quando chegamos a perguntar sobre expectativas aumentamos o niacutevel da conversa ao ponto de poder alinhar com o cliente o que poderaacute ou natildeo ser atendido e por quecirc

As expectativas de cuidadores e pacientes natildeo seriam as mesmas

Fundamentalmente satildeo proacuteximas Somos seres humanos e nesse tra-balho os valores centrais que nos norteiam satildeo consistentes Mas como cuidadores de sauacutede temos restriccedilotildees sistemaacuteticas sobre a operaccedilatildeo no nosso sistema dentro daquilo que ele permite que faccedilamos Na condiccedilatildeo de paciente ou familiar cria-se uma imagem sobre como deveriam ser os cuidados recebidos ou sobre como as coisas poderiam ser feitas Entatildeo haacute diferenccedila em termos de expectativas Uma parte das minhas colocaccedilotildees trata de como continuamos a aumentar as expectativas dos dois lados

Expectativas crescentes natildeo contribuem para que as pessoas estejam sempre insatisfeitas

Acho que natildeo Os sistemas da aacuterea da sauacutede tecircm a obriga-ccedilatildeo de educar Natildeo se trata de fazer o que o cliente quer mas sim de fazer o que eacute certo dentro das limitaccedilotildees do sistema considerando o ponto de vista cliacutenico e reconhecendo aquilo que eacute importante para o paciente Assim por exemplo se o cliente tiver cinco expecta-tivas eu deveria me sentir confortaacutevel ao informaacute-lo por que natildeo posso atender a todas Assim na proacutexima vez em que el e retornar provavelmente jaacute saberaacute Mesmo quando natildeo gostam da resposta ao serem ouvidos sentem-se respeitados

Entatildeo a chave estaacute na transparecircncia

Exatamente A transparecircncia trata de tornar acessiacuteveis os serviccedilos de sauacutede e natildeo apenas acessiacuteveis pelo custo mas tambeacutem pelo enten-dimento Assim quando conversamos sobre expecta-tivas educamos a respeito dos termos mais criacuteticos e ajudamos o paciente e fa-miliar a identificar o que eacute importante e o que pode ser deixado de lado

Por Gilmara Espino

| Melh res Praacuteticas12 Melh res Praacuteticas | 13

| ENTREVISTA |

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Eacute muito difiacutecil treinar as

pessoas para se comportarem de formas que natildeo

satildeo acostumadas a se comportar

Eacute possiacutevel ensinar certas

habilidades e taacuteticas mas ao final do dia

teremos que achar os profissionais

certos para assimilar e

transmitir o tipo de experiecircncia que queremos

Essa comunicaccedilatildeo depende de um colaborador que muitas vezes estaacute desmotivado estressado e ateacute mal remunerado Como preparaacute-lo

Natildeo importa como eacute o sistema ao redor do mundo este con-ceito de compaixatildeo cansaccedilo e estafa eacute bem tangiacutevel Cuidadores tecircm muitas tarefas e responsabilidades simultacirc-neas Por isso eacute fundamental reforccedilar a todo momento o propoacutesito de todo esse trabalho Mostrar como contribuem para organizaccedilotildees financeiras saudaacuteveis e tambeacutem para a fidelidade dos pacientes e comunidades Eacute o propoacutesito que leva a maioria das pessoas a optar pela aacuterea da sauacutede em primeiro lugar

Costumo dizer que eacute muito difiacutecil treinar as pessoas para se comportarem de formas que natildeo satildeo acostumadas a se comportar Posso de fato ensinar certas habilidades e taacuteticas mas ao final do dia teremos que achar os profissionais certos na aacuterea da sauacutede para assimilar e transmitir o tipo de experiecircncia que noacutes queremos

O relatoacuterio State of Patient Experience

2015 traz o resultado de uma das mais completas

pesquisas e estudo de benchmarking do Instituto

A coleta de dados envolveu mais de

1500 participantes de 21 paiacuteses

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LEIA MAIS Vocecirc pode explorar sobre experiecircncia do paciente na ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas Especial Cuidado Centrado no Paciente

Jason Wolf explica o Instituto

Beryl como uma plataforma em

que ideacuteias se transformam em co-

nhecimento compartilhado Natildeo

somos nem uma consultoria nem

uma associaccedilatildeo Diria que somos

um hiacutebrido de uma organizaccedilatildeo

associativa de praacutetica comu-

nitaacuteria e um tipo de formadora

de opiniatildeo Assim trabalhamos

para quebrar as barreiras entre

as organizaccedilotildees e criar um am-

biente de colaboraccedilatildeo global e

compartilhamento de ideiasrdquo

O instituto se financia por

contribuiccedilotildees de filiados pa-

trociacutenios receitas de eventos e

outros produtos voltados para

a educaccedilatildeo No site eacute possiacutevel

encontrar estudos de casos

viacutedeos pesquisas e vasto material

sobre Experiecircncia do Paciente

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| Melh res Praacuteticas14 Melh res Praacuteticas | 15

L evar a melhor experiecircncia eacute promover o melhor cuidado cliacutenico seguranccedila e conforto possiacuteveis para os pacientes Tambeacutem eacute o entendimento que essa eacute uma responsabilidade coletiva dos colaboradores de uma instituiccedilatildeo de

sauacutede e natildeo apenas dos meacutedicos e enfermeiros As discussotildees sobre como transformar esse discurso em praacutetica tem movimentado grandes eventos

Jaacute na seacutetima ediccedilatildeo o Patient Experience Empathy + Innovation Summit organizado pela Cleveland Clinic nos Estados Unidos em parceria com oito organizaccedilotildees entre elas a The Joint Commission recebeu em maio de 2016 cerca de 2000 participantes vindos de 37 paiacuteses

No mecircs seguinte o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) ofereceu em Satildeo Paulo o I Simpoacutesio Latino Americano de Experiecircncia do Paciente Foram cerca de 700 presentes um nuacutemero bastante expressivo de interessados em um assunto que estava sendo abordado de forma estruturada pela primeira vez no Brasil A Revista Melhores Praacuteticas foi a miacutedia apoiadora do evento

ldquoOs dois eventos mostraram que aleacutem da experiecircncia do paciente do cuidador e da equipe assistencial os liacutederes estatildeo empenhados em discutir a experiecircncia humana abordando como conduzir a melhoria e diferenciaccedilatildeo em nossas organizaccedilotildeesrdquo conta Kelly Rodrigues soacutecia-diretora da Patient Centricity Consulting empresa nacional voltada a ajudar na

implementaccedilatildeo da metodologia de atenccedilatildeo centrada no paciente

Em comum os encontros destacaram a relevacircncia de direcionar o cuidado para o que realmente importa para o paciente o uso de ferramentas de marketing e comunicaccedilatildeo no engajamento e contato a responsabilidade do meacutedico como liacuteder do processo assistencial e o zelo indispensaacutevel aos profissionais que recebem diretamente as demandas dos pacientes e seus acompanhantes

Segundo o convidado internacional do Simpoacutesio organizado pelo Einstein Jason Wolf (ler entrevista exclusiva nessa ediccedilatildeo) as boas instituiccedilotildees realmente acreditam que de fato estatildeo cuidando de seus pacientes o que natildeo deixa de ser verdade O ponto-chave eacute saber como esse cuidado quer ser recebido

O Storytelling que eacute a capacidade de contar narrativas de maneira relevante (depoimentos por exemplo) e o Content Marketing que trata de apresentar conteuacutedo relevante como estrateacutegia para atrair e reter o puacuteblico estatildeo entre as ferramentas que podem ajudar no engajamento e na capacidade de influenciar comportamentos positivos

ldquoO fato eacute que o mundo digital estaacute transformando as relaccedilotildees e isso natildeo eacute diferente na sauacutede Temos que aprender a tirar o melhor proveito dessas miacutedias e criar experiecircncias on-line e offline para nossos pacientes pois eles querem interagir conosco de vaacuterias maneiras ao longo da sua jornada tornando a comunicaccedilatildeo consistente um desafio ainda maiorrdquo conta Kelly Rodrigues

| PATIENT EXPERIENCE |

Assunto foi tema central de encontro na Cleveland Clinic e no Hospital Albert Einstein Saiba o que foi discutido

CUIDAR DE QUEM CUIDAOlhar para aquele que recebe o cuidado eacute apenas um dos muacuteltiplos focos propostos pela Experiecircncia do Paciente Afinal do outro lado da ponta estaacute o cuidadorldquoA experiecircncia do paciente eacute uma jornada e a qualidade dos cuidados de sauacutede eacute pautada nas experiecircncias cliacutenica meacutedica e emocional O CEO da Cleveland Clinic Toby Cosgrove citou que onde temos a maior oportunidade de melhorar eacute na experiecircncia emocional pois muitas vezes os pacientes chegam aterrorizados ao hospital e desejam apenas ser tratados com carinho e cuidado Poreacutem o stress do dia a dia deste ambiente faz com que muitas vezes a equipe se distancie dessa realidade e dessa forma o paciente se torne mais um nuacutemero mais um atendimento mais uma patologiardquo comenta Kelly sobre sua participaccedilatildeo no Summit ldquo

Ela conta que a Cleveland Clinic manteacutem o programa Code Lavender em que um capelatildeo visita os andares e percebe o niacutevel de stress da equipe pacientes e familiares para endereccedilar os cuidados necessaacuterios a cada um

ldquoSatildeo tratamentos holiacutesticos para eventos emocionais com terapias de toque reiki terapias manuais incluindo massagens e reflexologia aromaterapia muacutesica arte terapia acupuntura aleacutem de apoio emocional e espiritualrdquo diz

De modo geral a conclusatildeo eacute que tudo comeccedila na escolha adequada do perfil de funcionaacuterio que se deseja o que inclui reconhecer no candidato os valores que a instituiccedilatildeo preserva E a partir daiacute construir uma trilha de aprimoramento profissional e de identificaccedilatildeo com o propoacutesito do cuidado centrado no paciente

CULTURADurante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave Durante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais

EXPERIEcircNCIA DO PACIENTE EM ALTA

A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave receber feedback e entender as fragilidades como oportunidades A segunda eacute a tratativa o dia a dia com cada caso e f inalmente a preventiva Na prevenccedilatildeo haacute uma anaacutelise macro sobre o que atuar em uma aacuterea ou accedilatildeo criacutetica identif icadardquo

bull Leia mais sobre o assunto no ldquoEspecial Cuidado Centrado no Pacienterdquo da ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas

Cultura organizacional para transformar a experiecircncia do paciente

AGENDE-SE22 a 24 de maio | Informaccedilotildees httpbitly2bMi3sY

Comprometer-se com uma meta de zero eventos adversos

Colocar os pacientes no centro do planejamento execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados

Reconhecer definir e compreender a interdependecircncia criacutetica de seguranccedila qualidade e atenccedilatildeo centrada no paciente como os trecircs elementos principais da experiecircncia do paciente

Direcionar a mudanccedila a partir de anaacutelise de dados e transparecircncia

Transformar a cultura e a lideranccedila

Focar prestaccedilatildeo de contas (accountability) e execuccedilatildeo

Seis elementos primordiais para consolidaccedilatildeo de uma cultura de experiecircncia do paciente

Gilmara Espino

| Melh res Praacuteticas16 Melh res Praacuteticas | 17

| INOVACcedilAtildeO |

E m maio deste ano a neu-rocientista e pesquisadora Suzana Herculano-Houzel aceitou uma proposta de trabalho nos Estados

Unidos deixando de fazer pesquisa em seu paiacutes natal O fato que na maior parte dos setores soaria como algo comum virou notiacutecia entre seus colegas no meio e gerou uma discussatildeo faltam recursos para a pesquisa meacutedica no Brasil

Em entrevista agrave Globo News tambeacutem em maio a proacutepria Suzana disse que sim De acordo com ela desde 2015 a verba deixou de ser repassada ldquoEu deixei de receber novos alunos inclusive estran-geiros porque os recursos para o trabalho de pesquisa deixaram de ser pagosrdquo disse na eacutepoca Ela atuava dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Culturalmente o Brasil eacute um paiacutes no qual a iniciativa privada investe pouco em pesquisa Em praticamente todos os setores a academia eacute a responsaacutevel por esse segmento e atua de forma muito distante da induacutestria Na aacuterea meacutedica natildeo eacute diferente

A ausecircncia de diaacutelogo entre cientistas e iniciativa privada gera alguns resultados ruins para o paiacutes O deacuteficit da balanccedila comercial de medicamentos por exemplo eacute de US$11 bilhotildees por ano Jaacute o de equipamentos eacute de US$45 bilhotildees O paiacutes estaacute longe de ser autossustentaacutevel nesses setores mas na opiniatildeo do diretor de ensino e pesqui-sa do Hospital Siacuterio-Libanecircs Luiz Fernando Reis a diferenccedila poderia ser menor se houvesse mais conversas entre a academia e a induacutestria

PESQUISA MEacuteDICA NO BRASILFixadas na maior parte das vezes nos hospitais universitaacuterios instituiccedilotildees de ensino e pesquisa ainda tecircm muito o que evoluir satildeo poucos os hospitais privados que investem na aacuterea

Julia Duarte

Hoje o paiacutes passa por

um segundo desafio que eacute

a qualidade do conhecimento gerado Nossa

produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircncia

ldquoO conhecimento estaacute na acade-mia enquanto a inovaccedilatildeo estaacute na induacutestria Esses dois mundos precisam conversar Fazer pesquisa eacute transformar dinheiro em conhecimento Agora noacutes precisamos fazer o caminho de volta e transformar esse conhecimento em benefiacutecios para a socie-daderdquo completa

O Siacuterio-Libanecircs eacute um dos poucos hospitais fora do meio univer-sitaacuterio que investe em pesquisa no Brasil O hospital possui o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) com cursos de especializa-ccedilatildeo residecircncia mestra-do e doutorado

Segundo Reis nos uacuteltimos 10 anos houve um aumento da quan-tidade da produccedilatildeo cientiacute f ica do paiacutes Ele atribui o cresci-mento entre outros fatores ao papel desempe-nhado pela Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (Capes) fundaccedilatildeo do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC)

ldquoHoje o paiacutes passa por um segundo desafio que eacute a quali-dade do conhecimento gerado Noacutes precisamos dar mais con-sistecircncia agrave pesquisa meacutedica Nossa produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircnciardquo afirma De acordo com ele os esforccedilos do IEP do Siacuterio-Libanecircs estatildeo voltados principalmente para o desen-volvimento institucional do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Pesquisas nessa linha satildeo in-centivadas pelo Programa de

Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) do Ministeacuterio da Sauacutede A contribuiccedilatildeo se daacute por meio do desenvolvimento incorpo-raccedilatildeo e transferecircncia de novas tecnologias e experiecircncias

em gestatildeo gerando novos conhecimentos e praacuteticas a partir de parceria entre entidades de sauacutede de reconhecida excelecircncia e os gestores do SUS

A ideia eacute a atuaccedilatildeo em conjunto na superaccedilatildeo de desafios melhoria e qualificaccedilatildeo de aacutereas estrateacutegicas na gestatildeo e prestaccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico de sauacutede no paiacutes O PROADI-SUS tem sido um impor-tante f inanciador da pesquisa meacutedica O diretor de pesquisa do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert

Einstein Luiz Rizzo tambeacutem cita o programa como um dos financiadores dos projetos da instituiccedilatildeo O foco das pes-quisas dessa instituiccedilatildeo eacute o envelhecimento sustentaacutevel

As entidades associaccedilotildees e fundaccedilotildees privadas sem fins lu-crativos como o Siacuterio- Libanecircs e o Albert Einstein ainda podem usufruir do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo Oncoloacutegica (PRONON) e do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo da Sauacutede da Pessoa com Deficiecircncia (PRONASPCD) criados para incentivar accedilotildees e serviccedilos desses oacutergatildeos no campo da oncologia e da pessoa com deficiecircncia

O diretor do Instituto de Pesquisa do Hospital do Coraccedilatildeo (HCor)

As redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia

dentro da pesquisa meacutedica

e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos

anos

| Melh res Praacuteticas18 Melh res Praacuteticas | 19

| INOVACcedilAtildeO |

Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Siacuterio-Libanecircs

Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Instituto de Pesquisa do HCor

FUNDACcedilAtildeO

TIPO DE PESQUISA

NUacuteMERO DE PESQUISADORES

2003

Cliacutenica e experimental

70 diretos mas todo o corpo cliacutenico e outros profissionais do hospital tambeacutem se envolvem

1998

Cliacutenica e experimental

21 diretos mas 700 pessoas estatildeo envolvidas em atividade de pesquisa entre meacutedicos do corpo cliacutenico e outros funcionaacuterios

2007

Cliacutenica

47 mas todo o corpo cliacutenico do hospital tambeacutem trabalha nas pesquisas

Otaacutevio Berwanger acre-dita que o f inanciamento baixo por parte da iniciativa privada eacute o principal desafio do setor Ele destaca que nos uacuteltimos anos houve um aumento nos investimentos mas o valor ainda eacute baixo ldquoHouve um crescente que parou nos uacuteltimos dois anos devido agrave crise eco-nocircmica A expectativa eacute que passada essa fase os aportes voltemrdquo afirma

O Instituto de Pesquisa do HCor tem foco prioritaacuterio em pesquisas cliacutenicas de doenccedilas cardioloacutegicas O financia-mento eacute por projeto assim como acontece nos outros institutos ldquoVer hospitais privados com institutos de pesquisa jaacute eacute uma grande evoluccedilatildeo Antes a pesquisa era vista apenas como gastordquo lembra Berwanger Ele afirma que inicialmente o Instituto exigiu investimento do hospi-tal mas hoje jaacute gera receita

Todos os trecircs institutos ouvidos nessa reportagem disseram que suas ativi-dades geram lucro para as instituiccedilotildees em que estatildeo instalados Nenhum deles revelou valores ldquoA pesquisa natildeo deve ser feita com cunho comercial somente mas tambeacutem natildeo pode ser vista apenas como despesardquo com-pleta o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor

Outros desafiosAleacutem da questatildeo financeira a pesquisa meacutedica enfrenta outros desafios Capacitaccedilatildeo de pessoal burocracia do processo cacircmbio e compe-titividade satildeo alguns deles Rizzo destaca que a formaccedilatildeo dos profissionais comeccedila na educaccedilatildeo baacutesica ldquoEacute preciso melhorar a educaccedilatildeo desde a infacircncia na escola ateacute a formaccedilatildeo meacutedica nas uni-versidades Quando vocecirc vai

olhar os rankings mundiais nossos alunos estatildeo muito abaixo da meacutedia se compara-dos a outros paiacutesesrdquo observa

Berwanger concorda ldquoFalta capacitaccedilatildeo entre os pro-fissionais para atuar com pesquisa A pesquisa cliacutenica deveria ser vista como uma especialidade dentro da medicinardquo diz

Do ponto de vista burocraacute-tico a demora na aprovaccedilatildeo de processos eacuteticos e regu-latoacuterios eacute um entrave para o crescimento da pesquisa meacutedica Aleacutem disso questotildees cambiais tambeacutem interferem ldquoA pesquisa tem um orccedilamen-to que eacute planejado a partir do cacircmbio jaacute que muitos insumos satildeo importados mas as variaccedilotildees no decorrer do projeto atrapalham bastanterdquo ressalta Rizzo Ele ainda lembra queos prazos burocraacute-ticos para importaccedilatildeo desses insumos satildeo muito longos

Outro desafio eacute a competitividade entre os institutos de pesquisa que dificilmente compartilham dados e informaccedilotildees prejudicando a evo-luccedilatildeo dos estudos Recentemente o governo norte-americano anun-ciou um plano chamado Moonshot com orccedilamento de US$1 bilhatildeo O objetivo eacute a colaboraccedilatildeo entre pesquisadores meacutedicos e entida-des para catalisar os avanccedilos na aacuterea oncoloacutegica

ldquoSe natildeo houvesse ciuacuteme entre laboratoacuterios e grupos de pesquisa poderiacuteamos evitar redundacircncias desnecessaacuterias das pesquisasrdquo disse o vice-presidente norte-a-mericano Joe Biden ao anunciar o programa ldquoVocecircs [oncologistas] aprenderam que natildeo daacute para trabalhar sozinhordquo completou

Para o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor as redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia dentro da pesquisa meacutedica e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos anos Todos os diretores de institutos ouvidos pela reporta-gem afirmaram ter parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior

Futuro da pesquisaTanto Rizzo quanto Berwanger destacaram o potencial do Brasil para a realizaccedilatildeo das pesquisas meacutedicas Eles lembraram que a miscigenaccedilatildeo da populaccedilatildeo do paiacutes eacute um aspecto riquiacutessimo do ponto de vista cientiacutefico ldquoO Brasil oferece a oportunidade de pesquisar o ser humano em sua diversidaderdquo afirma o diretor do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Para a induacutestria farmacecircutica principal-mente essa riqueza populacional eacute muito importante Testar medicamentos em uma populaccedilatildeo com geneacutetica parecida natildeo traz resultados tatildeo expressivos com isso o Brasil deve chamar mais atenccedilatildeo dessas empresas para o desenvolvimento de pesquisas

Berwanger jaacute natildeo vecirc o paiacutes apenas como um coadjuvante no cenaacuterio da pesquisa meacutedica mundial ldquoAntes a gente fornecia informaccedilotildees dos nossos pacientes para centros de pesquisa no exterior mas hoje jaacute temos pesquisas que satildeo coordenadas por noacutes e envolvem centros no mundo todo Isso mostra uma mudanccedila de posturardquo diz

Para o diretor do IEP do Siacuterio-Libanecircs o futuro da pesquisa depende da conversa entre a academia e a induacutestria ldquoEacute preciso parar com esse preconceito de que a academia natildeo pode conversar com o setor privado para que a pesquisa possa evoluir para benefiacutecios em prol da sociedaderdquo conclui

| Melh res Praacuteticas20 Melh res Praacuteticas | 21

| MERCADO |

Tdos os anos a Agecircncia N a c i o n a l d e S a uacute d e Suplementar (ANS) anuncia o reajuste aprovado nos valores dos planos de sauacutede e os beneficiaacuterios

reclamam e muito das taxas consideradas altas pela maioria Em 2016 o valor aprovado pela instituiccedilatildeo foi de ateacute 1357 A culpa na maior parte das vezes eacute colocada na inflaccedilatildeo meacutedica muito acima da inflaccedilatildeo comum e que onera os planos No entanto outro fator tambeacutem tem aumentado os custos e influenciado diretamente no valor cobrado do consumidor e das empresas o mau uso do plano de sauacutede

Um estudo de carteira com 2350 vidas realizado pela desenvol-vedora de programas de sauacutede AzimuteMed mostrou que 1355 das pessoas usam o plano de forma abusiva o que gera um gasto anual por beneficiaacuterio de R$ 267771

A meacutedia do mercado gira em torno de R$ 90696

Para driblar esse gargalo o setor estaacute se movimentando Afinal a conjuntura geral natildeo eacute favoraacutevel ndash nuacutemero de beneficiaacuterios caindo (vide tabela) ndash e reduzir custos eacute essencial O diretor executivo da Associaccedilatildeo Brasileira de Planos de Sauacutede (Abramge) Antocircnio Carlos Abbatepaolo afirma que estimativas mundiais mostram que 20 dos gastos com sauacutede satildeo desperdiacutecio De acordo com ele os beneficiaacuterios tecircm uma parcela consideraacutevel de responsabilidade por esses custos desnecessaacuterios

ldquoHaacute um padratildeo de desperdiacutecio dos beneficiaacuterios e do segmento de sauacutede Excesso de consultas e exames por exemplo eacute um problema Como natildeo existe um prontuaacuterio eletrocircnico o paciente faz um hemograma em janeiro a pedido de um meacutedico e em marccedilo quando

procura um especialista de outra aacuterea realiza o mesmo hemograma Isso gera desperdiacuteciordquo af irma Abbatepaolo

Em sua opiniatildeo para mudar o comportamento do beneficiaacuterio eacute necessaacuteria uma grande campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso do desperdiacutecio de aacutegua o que ainda natildeo aconteceu no setor de sauacutede suplementar ldquoEacute preciso mostrar que a economia tem significado no bolso do proacuteprio usuaacuterio Eles ainda natildeo entendem que os reajustes tambeacutem satildeo fruto da forma como eles utilizam o planordquo observa

Os programas de prevenccedilatildeo e cuidados integrais que estatildeo sendo adotados por operadoras e planos seriam uma forma de agir na raiz do problema com resultados a meacutedio e longo prazo ldquoSatildeo alternativas importantes para que haja economia e ganho cliacutenico para o paciente

Julia Duarte

DESPERDIacuteCIONA PONTAMau uso onera planos de sauacutede e folha de pagamento das empresas Beneficiaacuterios parecem natildeo entender como tambeacutem satildeo prejudicados poresse comportamento

Fonte Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

MecircsAno Beneficiaacuterios

Dez2012

Dez2013

Dez2014

Dez2015

Mar2016

47722948

49346927

50394741

49441541

48824150

pois evita internaccedilotildees futuras e o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas para casos de maior gravidaderdquo diz

Outro fator que ele acredita coibir o uso excessivo eacute a coparticipaccedilatildeo dos beneficiaacuterios em consultas exames e internaccedilotildees

O iacutendice de 1355 de pessoas utilizando o plano de forma abusiva encontrado na pesquisa realizada pela AzimuteMed eacute considerado alto pelo setor Por outro lado 13 dos usuaacuterios natildeo utilizam o plano E isso tambeacutem preocupa

ldquoEssas pessoas estatildeo mais propensas a desenvolver doenccedilas crocircnicas e chegar a uma internaccedilatildeo porque natildeo fazem acompanhamentordquo afirma a diretora-geral da AzimuteMed Luciana Lauretti ldquoA forma correta de utilizar eacute a consciente Eacute im-portante ter um meacutedico fixo ir agraves consultas com a frequecircncia determinada fazer exames anuais de controle e manter um estilo de vida saudaacutevelrdquo completa

No caso dos doentes crocircnicos a pesquisa mostrou um problema ainda maior A meacutedia anual de gastos por vida dentro desse grupo chega a R$ 248042 Isso acon-tece porque muitos dos pacientes abandonam o tratamento e como consequecircncia a doenccedila sai do controle surgindo a necessidade de ir ao pronto atendimento com explosatildeo de custos e deterioraccedilatildeo da qualidade de vida Nesse ponto a conscientizaccedilatildeo eacute muito importante diz Luciana Lauretti

O consumidor precisa estar

atento agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de

modo responsaacutevel e eacutetico evitando

onerar ainda mais um sistema que por sua natureza de mutualismo aumenta seus

custos na medida de sua utilizaccedilatildeo

Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice

| MERCADO |

fumar enquanto 43 tiveram uma reduccedilatildeo consideraacutevel na quantidade de cigarros consumidos por dia ldquoPara ter uma ideia a Bradesco Sauacutede tem um custo meacutedio de R$ 400 mil para tratamento de pacientes com doenccedilas causadas pelo cigarro principalmente o cacircncer de pulmatildeordquo diz Coriolano

Programas de acompanhamento Um recurso que as operadoras estatildeo cada vez mais usando satildeo as empresas terceirizadas que desenvolvem programas de acompanhamento e conscientizaccedilatildeo de pacientes que possuem algum fator de risco ou doenccedilas crocircnicas Esses programas auxiliam os pacientes no t rat a mento e t raba l ha m de forma educativa e mostram para os participantes a importacircncia de seguir as recomendaccedilotildees meacutedicas e ministrar corretamente os medicamentos

A 4BIO Medicamentos Especiais por exemplo comercializa medicamentos

especiais e presta serviccedilo para as operadoras com acompanhamento

dos pacientes que tomam essa medicaccedilatildeo em casa O funda-dor e presidente da empresa Andreacute Kina explica que o objetivo eacute evitar o abandono do tratamento ldquoEm meacutedia a taxa de adesatildeo dos pacientes

a seus tratamentos eacute em torno de 50 com o acompanhamento

conseguimos elevar essa taxa para 80 Esse ganho evita internaccedilotildees hospitalares gerando economia para as operadorasrdquo diz

A empresa funciona como um ponto de contato entre a operadora e o paciente Duas vezes por mecircs os profissionais (farmacecircuticos e enfermeiros) entram em contato com o paciente para coletar informaccedilotildees sobre o tratamento e resolver possiacuteveis duacutevidas Caso seja identificado algum problema o plano eacute avisado e o meacutedico eacute acionado para que natildeo seja necessaacuteria uma internaccedilatildeo futuramente

De acordo com Kina pesquisas mun-diais mostram que para cada R$ 1 que a operadora investe em serviccedilo de acompanhamento ela economiza R$ 10 evitando internaccedilotildees hospitalares ldquoEacute um investimento a meacutedio e longo prazo mas que traz retornordquo finaliza

Para mudar o comportamento do beneficiaacuterio

eacute necessaacuteria uma grande

campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso

do desperdiacutecio de aacutegua

Dentro das empresas

A assistecircncia meacutedica eacute o segundo maior gasto da aacuterea de recursos humanos atraacutes apenas da folha de pagamento Para garantir que seus funcionaacuterios faccedilam bom uso do plano e evitar reajustes algumas empresas estatildeo criando seu proacuteprio programa de promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de doenccedilas

Com mais de 4 mil funcionaacuterios a Contax com-panhia que atua na aacuterea de contact center criou o programa Viver Bem Contax O gerente meacutedico corporativo da empresa Glauco Callias explica que o programa foi desenhado baseado em trecircs pilares prevenccedilatildeo accedilatildeo e cuidado

A prevenccedilatildeo consiste em evitar o aparecimento de doenccedilas por meio de accedilotildees e informaccedilotildees que favoreccedilam haacutebitos de vida saudaacuteveis como a praacutetica de atividade fiacutesica alimentaccedilatildeo balanceada natildeo ingestatildeo de bebida alcooacutelica em excesso e cessaccedilatildeo do tabagismo O pilar accedilatildeo envolve atividades para reduzir o impacto de situaccedilotildees do meio ambiente como a busca ativa por focos do mosquito Aedes Aegypti e campanhas contra o H1N1

Jaacute no pilar cuidado satildeo desenvolvidos programas para puacuteblicos especiacuteficos ldquoSatildeo situaccedilotildees que jaacute existem e precisam ser gerenciadasrdquo esclarece Callias Dentro desse pilar a empresa desenvolveu o programa Gestante ldquoSe a nossa funcionaacuteria faz o preacute-natal corretamente ela tem menos chance de ter um parto prematuro e de o bebecirc precisar de uma UTI neonatal Isso eacute positivo para ela para a crianccedila e para a empresa que natildeo tem um grande impacto nos custos do convecircniordquo completa

O programa foi criado apoacutes uma pesquisa que mostrou que 55 das funcionaacuterias graacutevidas tinham realizado cesaacutereas Com ele as funcionaacuterias satildeo isentas da coparticipaccedilatildeo em exames e proce-dimentos relacionados agrave gravidez se fizerem o preacute-natal corretamente e participarem das palestras oferecidas pela empresa ldquoEssas palestras satildeo o braccedilo educacional do programa Noacutes trazemos informaccedilotildees sobre os criteacuterios para o parto normal e a cesaacuterea com o intuito de conscientizaacute-las antes de fazer a escolhardquo diz

De acordo com Callias a adesatildeo das funcionaacute-rias tem sido grande ldquoElas vecircm atraiacutedas pela isenccedilatildeo da coparticipaccedilatildeo mas depois percebem a importacircncia do programardquo observa Implantado haacute apenas seis meses o Gestante ainda natildeo tem resultados mensuraacuteveis

A expectativa eacute reduzir em 40 o nuacutemero de partos cesaacutereas e em 23 o nuacutemero de internaccedilotildees em UTI neonatal no periacuteodo de um ano Tambeacutem haacute expectativa de reduzir 10 pontos de sinistro dentro do puacuteblico do programa nesse periacuteodo

Outras empresas preocupadas com os gastos atuam junto com as operadoras para melhorar a gestatildeo do benefiacutecio de sauacutede A Bradesco Sauacutede por exemplo possui dois programas aplicados em parceria com o departamento de Recursos Humanos de seus clientes Sistema de Informaccedilotildees Gerenciais (SIGE) e Juntos Pela Sauacutede O SIGE tem como objetivo disponibilizar informaccedilotildees agraves aacutereas de RH das empresas contratantes e incrementar a gestatildeo interna de recursos delas O sistema permite o acompanhamento em profundidade das despesas incorridas pelos funcionaacuterios que usufruem do benefiacutecio em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre possibilitando a geraccedilatildeo de relatoacuterios sob medida para as necessidades de anaacutelise do comportamento das despesas meacutedicas ldquoCom isso o SIGE tambeacutem pode indicar a necessidade de implementaccedilatildeo de ajustes no desenho do planobenefiacutecio de acordo com o perfil de cada empresardquo explica Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice O sistema possibilita a extraccedilatildeo de dados e relatoacuterios que permite uma compreensatildeo adequada da gestatildeo do plano

Jaacute o ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo foi desenhado com base em estudos gerenciais para identif icaccedilatildeo de riscos Satildeo feitos exames e aplicados ques-tionaacuterios e a partir deles o programa indica accedilotildees de prevenccedilatildeo que vatildeo desde a entrega de material explicativo e realizaccedilatildeo de palestras ministradas por profissionais especializados em promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo ateacute a elaboraccedilatildeo de programas especiacuteficos de gestatildeo de patologias O programa tambeacutem desenvolve accedilotildees como imunizaccedilatildeo vacinaccedilatildeo contra gripe benefiacutecio farmaacutecia entre outros

ldquoA informaccedilatildeo e a assistecircncia oferecidas con-tribuem para que os participantes se tornem mais conscientes e motivados a mudar seus haacutebitos de vida e o comportamento em relaccedilatildeo agrave sauacutederdquo afirma o presidente

Dentro do ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo existe o programa ldquoAbandono do Tabagismordquo criado em 2012 Do total de pessoas que participaram 48 pararam de

| Melh res Praacuteticas24 Melh res Praacuteticas | 25

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

A internet eacute presenccedila indiscutiacutevel na vida do brasileiro De acordo com pesquisa publi-cada em 2015 pela agecircncia internacional We Are Social o paiacutes estaacute entre as naccedilotildees mais conectadas do mundo Satildeo mais de 9

horas on-line por dia sendo que dessas 5h e 26 minutos satildeo provenientes de tablets ou telefones moacuteveis O fenocircmeno acompanha um movimento mundial de popularizaccedilatildeo da internet Nos uacuteltimos 12 anos a conectividade permitida pelas redes sociais potencializada pela mobilidade trazida pelos smartphones tem mudado a forma como se recebe e se compartilha informaccedilatildeo Uma mudanccedila intensa que afetou profundamente as relaccedilotildees pessoais e profissionais dos indiviacuteduos em todo o planeta

No ambiente de trabalho em especial no hospitalar satildeo constantes os eventos e procedimentos que exigem foco e atenccedilatildeo das equipes E por isso esse amplo acesso agraves redes sociais faz soar um alerta Por um lado os aparelhos repletos de possibilidades satildeo ferramentas uacuteteis para otimizar a comunicaccedilatildeo interna e acessar profissionais e conteuacutedo de forma raacutepida e eficiente por outro os recursos para fazer anotaccedilotildees registrar

Como as redes sociais e smartphones transformaram o modo como a sociedade produz compartilha e se relaciona com a informaccedilatildeo e o impacto dessa mudanccedila no dia a dia dos profissionais da sauacutede

Dani Dias Ferreira

gravar fotografar e trocar mensagens satildeo potencialmente um problema quando usados de forma inde-vida jaacute que as informa-ccedilotildees em minutos podem ser compartilhadas com um nuacutemero expressivo de pessoas de forma descontrolada Isso sem falar na mistura das esferas pessoal e profissional

A velocidade da mudanccedila tem sido tatildeo intensa que natildeo houve tempo de as em-presas (nem a sociedade como um todo) se organizarem para conciliar os benefiacutecios dessas novas tecnologias e ao mesmo tempo prevenir-se dos efeitos que o uso indevido pode acarretar

Em primeiro lugar via de regra eacute neces-saacuterio recorrer ao bom senso agraves normas da instituiccedilatildeo agrave observaccedilatildeo dos princiacutepios eacuteticos e agraves boas praacuteticas Eacute o que pensa

Angela Blatt Ortiga enfermeira haacute 30 anos que atua como secretaacuteria do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) Estudiosa do assunto daacute palestras em uni-versidades e hospitais esclarecendo os limites de utilizaccedilatildeo das redes

Nesses encontros ela ressalta os proacutes e contras da utilizaccedilatildeo de aparelhos celulares e aplicativos no dia a dia dos enfermeiros Entre as vantagens estaacute o fato de a rede social ampliar a facilidade de comunicaccedilatildeo com baixo custo e as pessoas terem acesso e ser um meio uacutetil para socializar as boas praacuteticas natildeo apenas com as equipes mas tambeacutem com a comu-nidade em geral

A empresa pode limitar

o uso dos aparelhos celulares e acesso a

redes sociais durante o expediente

Entre as situaccedilotildees delicadas estatildeo aquelas ligadas agrave seguranccedila do paciente jaacute que os aparelhos tele-focircnicos moacuteveis natildeo estatildeo devidamente higienizados e podem ser um fator de contaminaccedilatildeo Como elemento de distraccedilatildeo podem contribuir com a falha humana

Durante as palestras os limites de utilizaccedilatildeo das redes sociais sempre despertam questiona-mentos dos partici-pantes As perguntas mais frequentes satildeo a adequaccedilatildeo a respeito de publicaccedilotildees fotografias e gravaccedilotildees realizadas dentro do ambiente de trabalho e o seu impacto A resposta eacute taxativa ldquoFrases reclamaccedilotildees e expressotildees como lsquotodo mundo saiu e eu fiquei sozinhorsquo ou lsquoplantatildeo mais ou menosrsquo podem prejudicar a imagem do colaborador e da institui-ccedilatildeo apesar de parecerem inofensivas Natildeo eacute soacute uma

questatildeo pessoal vocecirc estaacute lidando com privacidade direito autoral eacutetica profissionalrdquo explica a enfermeira

Comentaacuterios sobre pacientes ainda que sejam positivos podem desagradar quem estaacute em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou simplesmente natildeo gostaria de ter sua intimidade exposta Inclusive natildeo satildeo poucas as reclamaccedilotildees e denuacutencias que chegam ao Conselho sobre o uso indevido das redes daiacute a necessidade de orientar Inserir estranhos nos grupos de whatsapp ou repassar conteuacutedo profissional a grupos pessoais tambeacutem pode gerar desconforto ou mesmo permitir que informaccedilotildees sigilosas sejam vazadas para a imprensa

Demissotildees por mau uso jaacute natildeo satildeo uma novidade Natildeo satildeo casos isolados e tampouco restritos agrave realidade nacional tanto que algumas instituiccedilotildees e associaccedilotildees nos EUA por exemplo criaram e disponibilizaram materiais on-line abordando o assunto A National Council of State Boards of Nursing lanccedilou o The Nursersquos Guide to the Use of Social Media (wwwncsbnorgNCSBN_SocialMediapdf) manual detalhado de como profissionais da enfermagem devem se portar na utilizaccedilatildeo das redes sociais No Brasil nos sites do Coren e do Conselho Regional de Medicina tambeacutem eacute possiacutevel encontrar artigos e orientaccedilotildees sobre o tema

O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem Resoluccedilatildeo Cofen nordm 311 de 8 de fevereiro de 2007 traz regulamentaccedilotildees que valem tambeacutem para a atuaccedilatildeo nas redes sociais como a restriccedilatildeo a ldquoinserir imagens ou informaccedilotildees que possam identificar pessoas e instituiccedilotildees sem sua preacutevia autorizaccedilatildeordquo

Por sua vez o Coacutedigo de Eacutetica Meacutedica apesar de permitir aos meacutedicos a divulgaccedilatildeo em seu perfil nas redes sociais de dados sobre sua es-pecialidade CRM e local onde atendem proiacutebem a distribuiccedilatildeo e publicaccedilatildeo de fotos tiradas com pa-cientes em locais de aten-dimento como cirurgias ou consultas Eacute vedado ainda ao profissional con-sultar diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicaccedilatildeo em massa Jaacute o Marco Civil da Internet desde 2014 em vigor mas regula-

Melh res Praacuteticas | 27

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

Editoria Patrocinada

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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16 17 e 18 de Novembro de 2016

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3 a 5 inscriccedilotildees

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Ago

73100

67200

62100

Set

77400

71200

65800

Out

81700

75100

69400

Nov

86000

79100

73100

Outras instituiccedilotildees

Individual

3 a 5 inscriccedilotildees

acima de 6 inscriccedilotildees

Ago

146200

134500

124300

Set

154800

142400

131600

Out

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Nov

172000

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146200

Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

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Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Empresaacuterio com mais de 18 anos de experiecircncia em automaccedilatildeo logiacutestica fundador da Slidelog e Picklog

Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

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TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

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tecnologias de ponta

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C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

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| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

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| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

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| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

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ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 3: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas4 Melh res Praacuteticas | 5

| EDITORIAL |

Odesejo por manter e desenvolver praacuteti-cas que garantam a melhor assistecircncia natildeo eacute algo novo Tampouco as contri-

buiccedilotildees dos estudiosos do tema com novos conceitos e diretrizes Se por um lado norteiam os que neles se espelham por outro precisam estar atentos para o uso excessivo de uma terminologia muito proacutepria e nem sempre de faacutecil compreensatildeo

Esse perigo acontece sempre que uma nova expressatildeo eacute introduzida no mercado Com o pouco haacutebito de leitura criacutetica da populaccedilatildeo brasileira eacute grande a chance de se multiplicar um entendimento errado ou distante da praacutetica o que seria mortal para qualquer avanccedilo na qualidade assistencial

Por isso essa ediccedilatildeo se empenha em trazer como assunto prin-cipal a forma exitosa com que a Congregaccedilatildeo Santa Catarina estaacute traduzindo as Colaborativas do Institute for Healthcare Improvement (IHI) para as suas unidades

Outro exemplo de aplicaccedilatildeo desse programa de melhoria contiacutenua pode ser encontrado na mateacuteria sobre o programa Parto Adequado da Agecircncia Nacional de Sauacutede

Ainda mais recente no setor o termo Experiecircncia do Paciente estaacute sendo cada vez mais usado a ponto de ter sido o tema central de um congresso inter-nacional que reuniu mais de 700 profissionais em Satildeo Paulo Um dos palestrantes Jason Wolf nos ajuda no entendimento da questatildeo em entrevista exclusiva complementada por mateacuteria que traz o que foi destaque nesse evento e em outro com o mesmo foco realizado pela Cleveland Clinic no iniacutecio do ano

Finalmente Maureen Bisognano presidente emeacuterita do IHI escreve sobre como Exnovation pode ajudar instituiccedilotildees de sauacutede a retomar o foco e ganhar produtividade

E falando em incorporaccedilatildeo de novas tecnologias essa ediccedilatildeo destaca tambeacutem o uso das redes sociais pelas equipes de cuidado a evoluccedilatildeo da sauacutede digital no Brasil e no mundo e o resultado de uma pesquisa que avalia os canais de comunicaccedilatildeo com o cliente

Desejo a todos uma oacutetima leitura

Gilmara EspinoSoacutecia-diretora da GPeS

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Hospital do Coraccedilatildeo - HCor Satildeo Paulo - SP

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Hospital Israelita Albert EinsteinSatildeo Paulo - SPpaacutegina 16 e 54

Hospital Santa CatarinaSatildeo Paulo - SP

paacutegina 32

Hospital Santa Paula

Satildeo Paulo - SP paacutegina 24 e 62

Hospital Satildeo Camilo Unidade Pompeia

Satildeo Paulo - SP paacutegina 38

Hospital Satildeo Camilo

Unidade Santana Satildeo Paulo - SP

paacutegina 38

Hospital Sepaco Satildeo Paulo - SP

paacutegina 68

Hospital Siacuterio-Libanecircs Satildeo Paulo - SP

paacuteginas 10 16 e 72

Hospital Unimed

Recife IIIRecife - PE paacutegina 62

Ano 4 | Nuacutemero 19 | AgoSetOutNov 2016

A Revista Melhores Praacuteticas natildeo se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou mateacuterias que expressam apenas o pensamento dos autores natildeo representando necessariamen-te a opiniatildeo da revista A publicaccedilatildeo se reserva o direito por motivos de espaccedilo e clareza de resumir cartas artigos e ensaios A distribuiccedilatildeo gratuita eacute limitada A Anahp se responsabiliza pela distribuiccedilatildeo de 1000 unidades encartadas com o Boletim Panorama

Poliacutetica editorial Zelando pela impar-cialidade do conteuacutedo editorial os nomes das empresas que fornecem produtos para hospitais natildeo satildeo men-cionados nos textos excetuando-se os casos em que a omissatildeo possa comprometer o entendimento do leitor Os contatos da empresa entrevistada poderatildeo ser obtidos com a redaccedilatildeo da revista

GPeS - Gestatildeo de Projetos em SauacutedeRua Dr Alceu de Campos Rodrigues 229 - cj 211 Itaim Bibi - Satildeo Paulo - SP- CEP 04544-000Tels (11) 4119-2393 e (11) 23069473wwwrevistamelhorespraticascombr

Apoio Teacutecnico e Editorial Apoio de Distribuiccedilatildeo

Diretores da GPeS Alberto Ribeiro albertoribeirogpescombrGilmara Espino gilmaraespinogpescombr

Conselho editorial Dr Joseacute Roberto Guersola vice-presidente da Rede DrsquoOr Satildeo LuizDra Maria Carolina Moreno superintendente da Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA)Dr Rubens Covello presidente do Health Services Accreditation (IQG)

Nuacutecleo de Apoio Teacutecnico Dra Maria Magalhatildees gerente da Qualidade e Seguranccedila do Paciente das Instituiccedilotildees Afiliadas SPDM Enfa Renata Michele Macedo gerente administrativa do Hospital Vila da Serra

Redaccedilatildeo Editora Gilmara EspinoEditor-assistente Felipe Ceacutesar Santosredacaogpescombr

Designer Caroline Boninidesignergpescombr

Design graacutefico e Diagramaccedilatildeo Cauecirc Cremonini - DOr Consultoriacomunicacaodorconsultoriacombr

Colaboradores Dani Dias Ferreira Erica Martin Felipe Ceacutesar Julia Duarte e Raquel Gondim (Reportagem) Tamara Espino (Apoio e pesquisa) Angela Zerbielli e Dr Marcelo Maia (Editoria Patrocinada) Aleacutexia Mandolesi Costa (Certo e Errado) Maureen Bisognano e Pedro Lopes Ribeiro (Opiniatildeo) Andreacute Cezar Medici (Indico) Renata Macedo (Indico Artigos) Marcos Paulo Novais (Sauacutede em um Clic)

Revisatildeo Cecilia Farias

Publicidade Tatiana Aguiar(11) 4119-2393gpesgpescombr

Assinaturas Tatiana Aguiar (11) 4119-2393 gpesgpescombr

Periodicidade QuadrimestralTiragem 10000 exemplaresDistribuiccedilatildeo Territoacuterio nacional ANUacuteNCIO

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| Melh res Praacuteticas8 Melh res Praacuteticas | 9

| SUMAacuteRIO |

16

14

20 24

10

28

Um retrato da pesquisa meacutedica no Brasil

Fundador do Patient Experience Institute fala sobre o conceito de lsquoexperiecircncia do pacientersquo

Uso consciente do plano de sauacutede pode ajudar a diminuir os custos para o cliente

Como redes sociais e smartphones satildeo os novos desafios na gestatildeo de pessoas nos hospitais

O que foi pauta em importantes encontros no Brasil e EUA

Veja qual o canal de comunicaccedilatildeo mais eficiente na relaccedilatildeo empresa-cliente

INOVACcedilAtildeO

PATIENT EXPERIENCE

MERCADO

GESTAtildeO DE PESSOAS

ENTREVISTA

PESQUISA

A experecircncia brasileira na aplicaccedilatildeo da Colaborativa como meacutetodo de aprendizado e formaccedilatildeo de cultura de seguranccedila

32 MELHORIA CONTIacuteNUA

bull Luiz Fernando Reis

bull Luiz Rizzo

bull Otaacutevio Berwanger

bull Andreacute Kina bull Antocircnio Carlos Abbatepaolo

bull Glauco Callias bull Luciana Lauretti

bull Marcio Coriolano

bull Angela Blatt Ortigabull Flaacutevio Pires

bull Paula Gallo

bull Kelly Rodriguesbull Toby Cosgrove

16 20 24

bull Jason Wolf

30 Como eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetivaOPINIAtildeO

bull Maureen Bisognano

| SECcedilOtildeES |

54

6258

4850

38

Plano diretor e projetos flexiacuteveis reduzem custos

Entenda a certificaccedilatildeo HIMSS

Tendecircncias globais de como a tecnologia impactaraacute na relaccedilatildeo meacutedico-paciente

A relaccedilatildeo direta entre logiacutestica e rentabilidade

Rastreabilidade eacute aposta para aumentar a seguranccedila

Desafios para implementar o modelo assistencial com hospitalistas

ARQUITETURA HOSPITALAR

HOSPITAL DIGITAL

SAUacuteDE DIGITAL

OPINIAtildeO

LOGIacuteSTICA

MEDICINA HOSPITALAR

bull George Trigueiro Filho bull Fernando Cruz bull Alexandre Dias bull Claacuteudio Giulliano Alves da Costa

bull Cobertura Foacuterum Internacional eHealth Scenarios trends e investments

bull Pedro Lopes Ribeiro

bull Guilherme Barcellos bull Marcelo Sartoribull Ron Greeno

bull Marco Bego bull Jarbas Barbosabull Mathieu Aman bull Antocircnio Britto

bull Arthur Brito bull Iside Falzetta bull James Scheulen bull Salim Lamha Neto

66 CERTO E ERRADO Administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

68 PROTOCOLO ASSISTENCIAL Parto seguro de 9 para 41 a adesatildeo ao parto normal

76 INDICO Dimensotildees econocircmicas das doenccedilas crocircnicas

77 LIVROS Leitura recomendada para ampliar o conhecimento

50 38 62

78 AGENDA Eventos da aacuterea da sauacutede

79 INDICO ARTIGOS Anaacutelise de readimissotildees e oacutebitos

80 RADAR Os movimentos da aacuterea da sauacutede

83 SAUacuteDE EM UM CLIC O focirclego das operadoras de medicina de grupo

72 Gaacutes natural eacute opccedilatildeo viaacutevel para reduccedilatildeo de custos nos hospitaisSUSTENTABILIDADE

bull Marcelo Mendonccedila bull Luiz Aramicy Bezerra Pintobull Antonio Carlos Cascatildeo bull Ricardo Michelin bull Silvio Costa

| Melh res Praacuteticas10 Melh res Praacuteticas | 11

| ENTREVISTA |

Presidente do Beryl Institute fundador e presidente do Patient Experience Institute editor fundador do Patient Experience Global

OInstituto Beryl eacute uma comunidade global aberta aos que desejam discutir estrateacutegias para perceber e atingir a expectativa de pa-

cientes e seus familiares no que se refere qualidade assistencial acolhimento e atendimento de forma geral Seu fundador Jason Wolf esteve em Satildeo Paulo em junho a convite do Hospital Israelita Albert Einstein para o I Simpoacutesio Latino-Americano para Experiecircncia do Paciente

Para um puacuteblico de quase 700 pessoas o especialista falou sobre o engajamento de profissionais e como aproveitar a oportunidade de aproximaccedilatildeo com os clientes tambeacutem para educaacute-los

Nesta entrevista exclusiva agrave Melhores Praacuteticas ele destaca como o olhar sistecircmico proposto pela Experiecircncia do Paciente reforccedila inclusive o propoacutesito e comprometimento de quem escolheu o cuidado ao outro como profissatildeo

MAIS DO QUE ATENDER

ENTREVISTA JASON WOLF

Conhecer as expectativas de clientes e familiares eacute essencial para gerenciar

possiacuteveis frustraccedilotildees e estabelecer o limite entre o possiacutevel e o desejaacutevel

| Melh res Praacuteticas10 Melh res Praacuteticas | 11

Em sua apresentaccedilatildeo o senhor ressalta que a experiecircncia do paciente depende do envolvi-mento do meacutedico a retenccedilatildeo e motivaccedilatildeo de empregados os valores da instituiccedilatildeo e o foco no paciente Como esses natildeo satildeo toacutepicos necessa-riamente novos o que o conceito Experiecircncia do Paciente traz

Tradicionalmente construiacute-mos os cuidados com a sauacutede do ponto de vista do provedor do cuidador No entanto jamais pensamos no exterior no ponto de vista do que eacute im-portante para o consumidor Isso nos levou a prestar um serviccedilo fragmentado como se fosse formado por silos A experiecircncia do paciente trata de abrigar esses cuidados ldquodesconexosrdquo como um tipo de guarda-chuva possibilitando que a conversa seja alinha-da a propoacutesitos maiores Assim quando comeccedilamos a amarrar todas as coisas em uma soacute unidade em torno da experiecircncia que desejamos promover enxergamos melhor as eficiecircncias a gestatildeo de custos e as decisotildees cliacutenicas Experiecircncia do Paciente natildeo eacute um novo conceito criativo mas sim uma nova lente por meio da qual podemos aplicar os conceitos que jaacute conhecemos

E como saber o que importa para o paciente

Perguntando e estabelecendo canais eficientes de comunicaccedilatildeo como pes-quisa grupos de enfoque ouvidoria e redes sociais Pacientes atuais familiares e antigos clientes precisam ser ouvidos Eacute uma abordagem em camadas porque vocecirc precisa estar questionando sempre Aleacutem disso em primeiro lugar a instituiccedilatildeo deve ter claro qual eacute o tipo de experiecircncia que deseja fornecer aos pacientes e comunidade

A realidade eacute que quando chegamos a perguntar sobre expectativas aumentamos o niacutevel da conversa ao ponto de poder alinhar com o cliente o que poderaacute ou natildeo ser atendido e por quecirc

As expectativas de cuidadores e pacientes natildeo seriam as mesmas

Fundamentalmente satildeo proacuteximas Somos seres humanos e nesse tra-balho os valores centrais que nos norteiam satildeo consistentes Mas como cuidadores de sauacutede temos restriccedilotildees sistemaacuteticas sobre a operaccedilatildeo no nosso sistema dentro daquilo que ele permite que faccedilamos Na condiccedilatildeo de paciente ou familiar cria-se uma imagem sobre como deveriam ser os cuidados recebidos ou sobre como as coisas poderiam ser feitas Entatildeo haacute diferenccedila em termos de expectativas Uma parte das minhas colocaccedilotildees trata de como continuamos a aumentar as expectativas dos dois lados

Expectativas crescentes natildeo contribuem para que as pessoas estejam sempre insatisfeitas

Acho que natildeo Os sistemas da aacuterea da sauacutede tecircm a obriga-ccedilatildeo de educar Natildeo se trata de fazer o que o cliente quer mas sim de fazer o que eacute certo dentro das limitaccedilotildees do sistema considerando o ponto de vista cliacutenico e reconhecendo aquilo que eacute importante para o paciente Assim por exemplo se o cliente tiver cinco expecta-tivas eu deveria me sentir confortaacutevel ao informaacute-lo por que natildeo posso atender a todas Assim na proacutexima vez em que el e retornar provavelmente jaacute saberaacute Mesmo quando natildeo gostam da resposta ao serem ouvidos sentem-se respeitados

Entatildeo a chave estaacute na transparecircncia

Exatamente A transparecircncia trata de tornar acessiacuteveis os serviccedilos de sauacutede e natildeo apenas acessiacuteveis pelo custo mas tambeacutem pelo enten-dimento Assim quando conversamos sobre expecta-tivas educamos a respeito dos termos mais criacuteticos e ajudamos o paciente e fa-miliar a identificar o que eacute importante e o que pode ser deixado de lado

Por Gilmara Espino

| Melh res Praacuteticas12 Melh res Praacuteticas | 13

| ENTREVISTA |

12

Eacute muito difiacutecil treinar as

pessoas para se comportarem de formas que natildeo

satildeo acostumadas a se comportar

Eacute possiacutevel ensinar certas

habilidades e taacuteticas mas ao final do dia

teremos que achar os profissionais

certos para assimilar e

transmitir o tipo de experiecircncia que queremos

Essa comunicaccedilatildeo depende de um colaborador que muitas vezes estaacute desmotivado estressado e ateacute mal remunerado Como preparaacute-lo

Natildeo importa como eacute o sistema ao redor do mundo este con-ceito de compaixatildeo cansaccedilo e estafa eacute bem tangiacutevel Cuidadores tecircm muitas tarefas e responsabilidades simultacirc-neas Por isso eacute fundamental reforccedilar a todo momento o propoacutesito de todo esse trabalho Mostrar como contribuem para organizaccedilotildees financeiras saudaacuteveis e tambeacutem para a fidelidade dos pacientes e comunidades Eacute o propoacutesito que leva a maioria das pessoas a optar pela aacuterea da sauacutede em primeiro lugar

Costumo dizer que eacute muito difiacutecil treinar as pessoas para se comportarem de formas que natildeo satildeo acostumadas a se comportar Posso de fato ensinar certas habilidades e taacuteticas mas ao final do dia teremos que achar os profissionais certos na aacuterea da sauacutede para assimilar e transmitir o tipo de experiecircncia que noacutes queremos

O relatoacuterio State of Patient Experience

2015 traz o resultado de uma das mais completas

pesquisas e estudo de benchmarking do Instituto

A coleta de dados envolveu mais de

1500 participantes de 21 paiacuteses

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LEIA MAIS Vocecirc pode explorar sobre experiecircncia do paciente na ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas Especial Cuidado Centrado no Paciente

Jason Wolf explica o Instituto

Beryl como uma plataforma em

que ideacuteias se transformam em co-

nhecimento compartilhado Natildeo

somos nem uma consultoria nem

uma associaccedilatildeo Diria que somos

um hiacutebrido de uma organizaccedilatildeo

associativa de praacutetica comu-

nitaacuteria e um tipo de formadora

de opiniatildeo Assim trabalhamos

para quebrar as barreiras entre

as organizaccedilotildees e criar um am-

biente de colaboraccedilatildeo global e

compartilhamento de ideiasrdquo

O instituto se financia por

contribuiccedilotildees de filiados pa-

trociacutenios receitas de eventos e

outros produtos voltados para

a educaccedilatildeo No site eacute possiacutevel

encontrar estudos de casos

viacutedeos pesquisas e vasto material

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| Melh res Praacuteticas14 Melh res Praacuteticas | 15

L evar a melhor experiecircncia eacute promover o melhor cuidado cliacutenico seguranccedila e conforto possiacuteveis para os pacientes Tambeacutem eacute o entendimento que essa eacute uma responsabilidade coletiva dos colaboradores de uma instituiccedilatildeo de

sauacutede e natildeo apenas dos meacutedicos e enfermeiros As discussotildees sobre como transformar esse discurso em praacutetica tem movimentado grandes eventos

Jaacute na seacutetima ediccedilatildeo o Patient Experience Empathy + Innovation Summit organizado pela Cleveland Clinic nos Estados Unidos em parceria com oito organizaccedilotildees entre elas a The Joint Commission recebeu em maio de 2016 cerca de 2000 participantes vindos de 37 paiacuteses

No mecircs seguinte o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) ofereceu em Satildeo Paulo o I Simpoacutesio Latino Americano de Experiecircncia do Paciente Foram cerca de 700 presentes um nuacutemero bastante expressivo de interessados em um assunto que estava sendo abordado de forma estruturada pela primeira vez no Brasil A Revista Melhores Praacuteticas foi a miacutedia apoiadora do evento

ldquoOs dois eventos mostraram que aleacutem da experiecircncia do paciente do cuidador e da equipe assistencial os liacutederes estatildeo empenhados em discutir a experiecircncia humana abordando como conduzir a melhoria e diferenciaccedilatildeo em nossas organizaccedilotildeesrdquo conta Kelly Rodrigues soacutecia-diretora da Patient Centricity Consulting empresa nacional voltada a ajudar na

implementaccedilatildeo da metodologia de atenccedilatildeo centrada no paciente

Em comum os encontros destacaram a relevacircncia de direcionar o cuidado para o que realmente importa para o paciente o uso de ferramentas de marketing e comunicaccedilatildeo no engajamento e contato a responsabilidade do meacutedico como liacuteder do processo assistencial e o zelo indispensaacutevel aos profissionais que recebem diretamente as demandas dos pacientes e seus acompanhantes

Segundo o convidado internacional do Simpoacutesio organizado pelo Einstein Jason Wolf (ler entrevista exclusiva nessa ediccedilatildeo) as boas instituiccedilotildees realmente acreditam que de fato estatildeo cuidando de seus pacientes o que natildeo deixa de ser verdade O ponto-chave eacute saber como esse cuidado quer ser recebido

O Storytelling que eacute a capacidade de contar narrativas de maneira relevante (depoimentos por exemplo) e o Content Marketing que trata de apresentar conteuacutedo relevante como estrateacutegia para atrair e reter o puacuteblico estatildeo entre as ferramentas que podem ajudar no engajamento e na capacidade de influenciar comportamentos positivos

ldquoO fato eacute que o mundo digital estaacute transformando as relaccedilotildees e isso natildeo eacute diferente na sauacutede Temos que aprender a tirar o melhor proveito dessas miacutedias e criar experiecircncias on-line e offline para nossos pacientes pois eles querem interagir conosco de vaacuterias maneiras ao longo da sua jornada tornando a comunicaccedilatildeo consistente um desafio ainda maiorrdquo conta Kelly Rodrigues

| PATIENT EXPERIENCE |

Assunto foi tema central de encontro na Cleveland Clinic e no Hospital Albert Einstein Saiba o que foi discutido

CUIDAR DE QUEM CUIDAOlhar para aquele que recebe o cuidado eacute apenas um dos muacuteltiplos focos propostos pela Experiecircncia do Paciente Afinal do outro lado da ponta estaacute o cuidadorldquoA experiecircncia do paciente eacute uma jornada e a qualidade dos cuidados de sauacutede eacute pautada nas experiecircncias cliacutenica meacutedica e emocional O CEO da Cleveland Clinic Toby Cosgrove citou que onde temos a maior oportunidade de melhorar eacute na experiecircncia emocional pois muitas vezes os pacientes chegam aterrorizados ao hospital e desejam apenas ser tratados com carinho e cuidado Poreacutem o stress do dia a dia deste ambiente faz com que muitas vezes a equipe se distancie dessa realidade e dessa forma o paciente se torne mais um nuacutemero mais um atendimento mais uma patologiardquo comenta Kelly sobre sua participaccedilatildeo no Summit ldquo

Ela conta que a Cleveland Clinic manteacutem o programa Code Lavender em que um capelatildeo visita os andares e percebe o niacutevel de stress da equipe pacientes e familiares para endereccedilar os cuidados necessaacuterios a cada um

ldquoSatildeo tratamentos holiacutesticos para eventos emocionais com terapias de toque reiki terapias manuais incluindo massagens e reflexologia aromaterapia muacutesica arte terapia acupuntura aleacutem de apoio emocional e espiritualrdquo diz

De modo geral a conclusatildeo eacute que tudo comeccedila na escolha adequada do perfil de funcionaacuterio que se deseja o que inclui reconhecer no candidato os valores que a instituiccedilatildeo preserva E a partir daiacute construir uma trilha de aprimoramento profissional e de identificaccedilatildeo com o propoacutesito do cuidado centrado no paciente

CULTURADurante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave Durante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais

EXPERIEcircNCIA DO PACIENTE EM ALTA

A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave receber feedback e entender as fragilidades como oportunidades A segunda eacute a tratativa o dia a dia com cada caso e f inalmente a preventiva Na prevenccedilatildeo haacute uma anaacutelise macro sobre o que atuar em uma aacuterea ou accedilatildeo criacutetica identif icadardquo

bull Leia mais sobre o assunto no ldquoEspecial Cuidado Centrado no Pacienterdquo da ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas

Cultura organizacional para transformar a experiecircncia do paciente

AGENDE-SE22 a 24 de maio | Informaccedilotildees httpbitly2bMi3sY

Comprometer-se com uma meta de zero eventos adversos

Colocar os pacientes no centro do planejamento execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados

Reconhecer definir e compreender a interdependecircncia criacutetica de seguranccedila qualidade e atenccedilatildeo centrada no paciente como os trecircs elementos principais da experiecircncia do paciente

Direcionar a mudanccedila a partir de anaacutelise de dados e transparecircncia

Transformar a cultura e a lideranccedila

Focar prestaccedilatildeo de contas (accountability) e execuccedilatildeo

Seis elementos primordiais para consolidaccedilatildeo de uma cultura de experiecircncia do paciente

Gilmara Espino

| Melh res Praacuteticas16 Melh res Praacuteticas | 17

| INOVACcedilAtildeO |

E m maio deste ano a neu-rocientista e pesquisadora Suzana Herculano-Houzel aceitou uma proposta de trabalho nos Estados

Unidos deixando de fazer pesquisa em seu paiacutes natal O fato que na maior parte dos setores soaria como algo comum virou notiacutecia entre seus colegas no meio e gerou uma discussatildeo faltam recursos para a pesquisa meacutedica no Brasil

Em entrevista agrave Globo News tambeacutem em maio a proacutepria Suzana disse que sim De acordo com ela desde 2015 a verba deixou de ser repassada ldquoEu deixei de receber novos alunos inclusive estran-geiros porque os recursos para o trabalho de pesquisa deixaram de ser pagosrdquo disse na eacutepoca Ela atuava dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Culturalmente o Brasil eacute um paiacutes no qual a iniciativa privada investe pouco em pesquisa Em praticamente todos os setores a academia eacute a responsaacutevel por esse segmento e atua de forma muito distante da induacutestria Na aacuterea meacutedica natildeo eacute diferente

A ausecircncia de diaacutelogo entre cientistas e iniciativa privada gera alguns resultados ruins para o paiacutes O deacuteficit da balanccedila comercial de medicamentos por exemplo eacute de US$11 bilhotildees por ano Jaacute o de equipamentos eacute de US$45 bilhotildees O paiacutes estaacute longe de ser autossustentaacutevel nesses setores mas na opiniatildeo do diretor de ensino e pesqui-sa do Hospital Siacuterio-Libanecircs Luiz Fernando Reis a diferenccedila poderia ser menor se houvesse mais conversas entre a academia e a induacutestria

PESQUISA MEacuteDICA NO BRASILFixadas na maior parte das vezes nos hospitais universitaacuterios instituiccedilotildees de ensino e pesquisa ainda tecircm muito o que evoluir satildeo poucos os hospitais privados que investem na aacuterea

Julia Duarte

Hoje o paiacutes passa por

um segundo desafio que eacute

a qualidade do conhecimento gerado Nossa

produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircncia

ldquoO conhecimento estaacute na acade-mia enquanto a inovaccedilatildeo estaacute na induacutestria Esses dois mundos precisam conversar Fazer pesquisa eacute transformar dinheiro em conhecimento Agora noacutes precisamos fazer o caminho de volta e transformar esse conhecimento em benefiacutecios para a socie-daderdquo completa

O Siacuterio-Libanecircs eacute um dos poucos hospitais fora do meio univer-sitaacuterio que investe em pesquisa no Brasil O hospital possui o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) com cursos de especializa-ccedilatildeo residecircncia mestra-do e doutorado

Segundo Reis nos uacuteltimos 10 anos houve um aumento da quan-tidade da produccedilatildeo cientiacute f ica do paiacutes Ele atribui o cresci-mento entre outros fatores ao papel desempe-nhado pela Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (Capes) fundaccedilatildeo do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC)

ldquoHoje o paiacutes passa por um segundo desafio que eacute a quali-dade do conhecimento gerado Noacutes precisamos dar mais con-sistecircncia agrave pesquisa meacutedica Nossa produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircnciardquo afirma De acordo com ele os esforccedilos do IEP do Siacuterio-Libanecircs estatildeo voltados principalmente para o desen-volvimento institucional do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Pesquisas nessa linha satildeo in-centivadas pelo Programa de

Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) do Ministeacuterio da Sauacutede A contribuiccedilatildeo se daacute por meio do desenvolvimento incorpo-raccedilatildeo e transferecircncia de novas tecnologias e experiecircncias

em gestatildeo gerando novos conhecimentos e praacuteticas a partir de parceria entre entidades de sauacutede de reconhecida excelecircncia e os gestores do SUS

A ideia eacute a atuaccedilatildeo em conjunto na superaccedilatildeo de desafios melhoria e qualificaccedilatildeo de aacutereas estrateacutegicas na gestatildeo e prestaccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico de sauacutede no paiacutes O PROADI-SUS tem sido um impor-tante f inanciador da pesquisa meacutedica O diretor de pesquisa do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert

Einstein Luiz Rizzo tambeacutem cita o programa como um dos financiadores dos projetos da instituiccedilatildeo O foco das pes-quisas dessa instituiccedilatildeo eacute o envelhecimento sustentaacutevel

As entidades associaccedilotildees e fundaccedilotildees privadas sem fins lu-crativos como o Siacuterio- Libanecircs e o Albert Einstein ainda podem usufruir do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo Oncoloacutegica (PRONON) e do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo da Sauacutede da Pessoa com Deficiecircncia (PRONASPCD) criados para incentivar accedilotildees e serviccedilos desses oacutergatildeos no campo da oncologia e da pessoa com deficiecircncia

O diretor do Instituto de Pesquisa do Hospital do Coraccedilatildeo (HCor)

As redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia

dentro da pesquisa meacutedica

e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos

anos

| Melh res Praacuteticas18 Melh res Praacuteticas | 19

| INOVACcedilAtildeO |

Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Siacuterio-Libanecircs

Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Instituto de Pesquisa do HCor

FUNDACcedilAtildeO

TIPO DE PESQUISA

NUacuteMERO DE PESQUISADORES

2003

Cliacutenica e experimental

70 diretos mas todo o corpo cliacutenico e outros profissionais do hospital tambeacutem se envolvem

1998

Cliacutenica e experimental

21 diretos mas 700 pessoas estatildeo envolvidas em atividade de pesquisa entre meacutedicos do corpo cliacutenico e outros funcionaacuterios

2007

Cliacutenica

47 mas todo o corpo cliacutenico do hospital tambeacutem trabalha nas pesquisas

Otaacutevio Berwanger acre-dita que o f inanciamento baixo por parte da iniciativa privada eacute o principal desafio do setor Ele destaca que nos uacuteltimos anos houve um aumento nos investimentos mas o valor ainda eacute baixo ldquoHouve um crescente que parou nos uacuteltimos dois anos devido agrave crise eco-nocircmica A expectativa eacute que passada essa fase os aportes voltemrdquo afirma

O Instituto de Pesquisa do HCor tem foco prioritaacuterio em pesquisas cliacutenicas de doenccedilas cardioloacutegicas O financia-mento eacute por projeto assim como acontece nos outros institutos ldquoVer hospitais privados com institutos de pesquisa jaacute eacute uma grande evoluccedilatildeo Antes a pesquisa era vista apenas como gastordquo lembra Berwanger Ele afirma que inicialmente o Instituto exigiu investimento do hospi-tal mas hoje jaacute gera receita

Todos os trecircs institutos ouvidos nessa reportagem disseram que suas ativi-dades geram lucro para as instituiccedilotildees em que estatildeo instalados Nenhum deles revelou valores ldquoA pesquisa natildeo deve ser feita com cunho comercial somente mas tambeacutem natildeo pode ser vista apenas como despesardquo com-pleta o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor

Outros desafiosAleacutem da questatildeo financeira a pesquisa meacutedica enfrenta outros desafios Capacitaccedilatildeo de pessoal burocracia do processo cacircmbio e compe-titividade satildeo alguns deles Rizzo destaca que a formaccedilatildeo dos profissionais comeccedila na educaccedilatildeo baacutesica ldquoEacute preciso melhorar a educaccedilatildeo desde a infacircncia na escola ateacute a formaccedilatildeo meacutedica nas uni-versidades Quando vocecirc vai

olhar os rankings mundiais nossos alunos estatildeo muito abaixo da meacutedia se compara-dos a outros paiacutesesrdquo observa

Berwanger concorda ldquoFalta capacitaccedilatildeo entre os pro-fissionais para atuar com pesquisa A pesquisa cliacutenica deveria ser vista como uma especialidade dentro da medicinardquo diz

Do ponto de vista burocraacute-tico a demora na aprovaccedilatildeo de processos eacuteticos e regu-latoacuterios eacute um entrave para o crescimento da pesquisa meacutedica Aleacutem disso questotildees cambiais tambeacutem interferem ldquoA pesquisa tem um orccedilamen-to que eacute planejado a partir do cacircmbio jaacute que muitos insumos satildeo importados mas as variaccedilotildees no decorrer do projeto atrapalham bastanterdquo ressalta Rizzo Ele ainda lembra queos prazos burocraacute-ticos para importaccedilatildeo desses insumos satildeo muito longos

Outro desafio eacute a competitividade entre os institutos de pesquisa que dificilmente compartilham dados e informaccedilotildees prejudicando a evo-luccedilatildeo dos estudos Recentemente o governo norte-americano anun-ciou um plano chamado Moonshot com orccedilamento de US$1 bilhatildeo O objetivo eacute a colaboraccedilatildeo entre pesquisadores meacutedicos e entida-des para catalisar os avanccedilos na aacuterea oncoloacutegica

ldquoSe natildeo houvesse ciuacuteme entre laboratoacuterios e grupos de pesquisa poderiacuteamos evitar redundacircncias desnecessaacuterias das pesquisasrdquo disse o vice-presidente norte-a-mericano Joe Biden ao anunciar o programa ldquoVocecircs [oncologistas] aprenderam que natildeo daacute para trabalhar sozinhordquo completou

Para o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor as redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia dentro da pesquisa meacutedica e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos anos Todos os diretores de institutos ouvidos pela reporta-gem afirmaram ter parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior

Futuro da pesquisaTanto Rizzo quanto Berwanger destacaram o potencial do Brasil para a realizaccedilatildeo das pesquisas meacutedicas Eles lembraram que a miscigenaccedilatildeo da populaccedilatildeo do paiacutes eacute um aspecto riquiacutessimo do ponto de vista cientiacutefico ldquoO Brasil oferece a oportunidade de pesquisar o ser humano em sua diversidaderdquo afirma o diretor do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Para a induacutestria farmacecircutica principal-mente essa riqueza populacional eacute muito importante Testar medicamentos em uma populaccedilatildeo com geneacutetica parecida natildeo traz resultados tatildeo expressivos com isso o Brasil deve chamar mais atenccedilatildeo dessas empresas para o desenvolvimento de pesquisas

Berwanger jaacute natildeo vecirc o paiacutes apenas como um coadjuvante no cenaacuterio da pesquisa meacutedica mundial ldquoAntes a gente fornecia informaccedilotildees dos nossos pacientes para centros de pesquisa no exterior mas hoje jaacute temos pesquisas que satildeo coordenadas por noacutes e envolvem centros no mundo todo Isso mostra uma mudanccedila de posturardquo diz

Para o diretor do IEP do Siacuterio-Libanecircs o futuro da pesquisa depende da conversa entre a academia e a induacutestria ldquoEacute preciso parar com esse preconceito de que a academia natildeo pode conversar com o setor privado para que a pesquisa possa evoluir para benefiacutecios em prol da sociedaderdquo conclui

| Melh res Praacuteticas20 Melh res Praacuteticas | 21

| MERCADO |

Tdos os anos a Agecircncia N a c i o n a l d e S a uacute d e Suplementar (ANS) anuncia o reajuste aprovado nos valores dos planos de sauacutede e os beneficiaacuterios

reclamam e muito das taxas consideradas altas pela maioria Em 2016 o valor aprovado pela instituiccedilatildeo foi de ateacute 1357 A culpa na maior parte das vezes eacute colocada na inflaccedilatildeo meacutedica muito acima da inflaccedilatildeo comum e que onera os planos No entanto outro fator tambeacutem tem aumentado os custos e influenciado diretamente no valor cobrado do consumidor e das empresas o mau uso do plano de sauacutede

Um estudo de carteira com 2350 vidas realizado pela desenvol-vedora de programas de sauacutede AzimuteMed mostrou que 1355 das pessoas usam o plano de forma abusiva o que gera um gasto anual por beneficiaacuterio de R$ 267771

A meacutedia do mercado gira em torno de R$ 90696

Para driblar esse gargalo o setor estaacute se movimentando Afinal a conjuntura geral natildeo eacute favoraacutevel ndash nuacutemero de beneficiaacuterios caindo (vide tabela) ndash e reduzir custos eacute essencial O diretor executivo da Associaccedilatildeo Brasileira de Planos de Sauacutede (Abramge) Antocircnio Carlos Abbatepaolo afirma que estimativas mundiais mostram que 20 dos gastos com sauacutede satildeo desperdiacutecio De acordo com ele os beneficiaacuterios tecircm uma parcela consideraacutevel de responsabilidade por esses custos desnecessaacuterios

ldquoHaacute um padratildeo de desperdiacutecio dos beneficiaacuterios e do segmento de sauacutede Excesso de consultas e exames por exemplo eacute um problema Como natildeo existe um prontuaacuterio eletrocircnico o paciente faz um hemograma em janeiro a pedido de um meacutedico e em marccedilo quando

procura um especialista de outra aacuterea realiza o mesmo hemograma Isso gera desperdiacuteciordquo af irma Abbatepaolo

Em sua opiniatildeo para mudar o comportamento do beneficiaacuterio eacute necessaacuteria uma grande campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso do desperdiacutecio de aacutegua o que ainda natildeo aconteceu no setor de sauacutede suplementar ldquoEacute preciso mostrar que a economia tem significado no bolso do proacuteprio usuaacuterio Eles ainda natildeo entendem que os reajustes tambeacutem satildeo fruto da forma como eles utilizam o planordquo observa

Os programas de prevenccedilatildeo e cuidados integrais que estatildeo sendo adotados por operadoras e planos seriam uma forma de agir na raiz do problema com resultados a meacutedio e longo prazo ldquoSatildeo alternativas importantes para que haja economia e ganho cliacutenico para o paciente

Julia Duarte

DESPERDIacuteCIONA PONTAMau uso onera planos de sauacutede e folha de pagamento das empresas Beneficiaacuterios parecem natildeo entender como tambeacutem satildeo prejudicados poresse comportamento

Fonte Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

MecircsAno Beneficiaacuterios

Dez2012

Dez2013

Dez2014

Dez2015

Mar2016

47722948

49346927

50394741

49441541

48824150

pois evita internaccedilotildees futuras e o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas para casos de maior gravidaderdquo diz

Outro fator que ele acredita coibir o uso excessivo eacute a coparticipaccedilatildeo dos beneficiaacuterios em consultas exames e internaccedilotildees

O iacutendice de 1355 de pessoas utilizando o plano de forma abusiva encontrado na pesquisa realizada pela AzimuteMed eacute considerado alto pelo setor Por outro lado 13 dos usuaacuterios natildeo utilizam o plano E isso tambeacutem preocupa

ldquoEssas pessoas estatildeo mais propensas a desenvolver doenccedilas crocircnicas e chegar a uma internaccedilatildeo porque natildeo fazem acompanhamentordquo afirma a diretora-geral da AzimuteMed Luciana Lauretti ldquoA forma correta de utilizar eacute a consciente Eacute im-portante ter um meacutedico fixo ir agraves consultas com a frequecircncia determinada fazer exames anuais de controle e manter um estilo de vida saudaacutevelrdquo completa

No caso dos doentes crocircnicos a pesquisa mostrou um problema ainda maior A meacutedia anual de gastos por vida dentro desse grupo chega a R$ 248042 Isso acon-tece porque muitos dos pacientes abandonam o tratamento e como consequecircncia a doenccedila sai do controle surgindo a necessidade de ir ao pronto atendimento com explosatildeo de custos e deterioraccedilatildeo da qualidade de vida Nesse ponto a conscientizaccedilatildeo eacute muito importante diz Luciana Lauretti

O consumidor precisa estar

atento agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de

modo responsaacutevel e eacutetico evitando

onerar ainda mais um sistema que por sua natureza de mutualismo aumenta seus

custos na medida de sua utilizaccedilatildeo

Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice

| MERCADO |

fumar enquanto 43 tiveram uma reduccedilatildeo consideraacutevel na quantidade de cigarros consumidos por dia ldquoPara ter uma ideia a Bradesco Sauacutede tem um custo meacutedio de R$ 400 mil para tratamento de pacientes com doenccedilas causadas pelo cigarro principalmente o cacircncer de pulmatildeordquo diz Coriolano

Programas de acompanhamento Um recurso que as operadoras estatildeo cada vez mais usando satildeo as empresas terceirizadas que desenvolvem programas de acompanhamento e conscientizaccedilatildeo de pacientes que possuem algum fator de risco ou doenccedilas crocircnicas Esses programas auxiliam os pacientes no t rat a mento e t raba l ha m de forma educativa e mostram para os participantes a importacircncia de seguir as recomendaccedilotildees meacutedicas e ministrar corretamente os medicamentos

A 4BIO Medicamentos Especiais por exemplo comercializa medicamentos

especiais e presta serviccedilo para as operadoras com acompanhamento

dos pacientes que tomam essa medicaccedilatildeo em casa O funda-dor e presidente da empresa Andreacute Kina explica que o objetivo eacute evitar o abandono do tratamento ldquoEm meacutedia a taxa de adesatildeo dos pacientes

a seus tratamentos eacute em torno de 50 com o acompanhamento

conseguimos elevar essa taxa para 80 Esse ganho evita internaccedilotildees hospitalares gerando economia para as operadorasrdquo diz

A empresa funciona como um ponto de contato entre a operadora e o paciente Duas vezes por mecircs os profissionais (farmacecircuticos e enfermeiros) entram em contato com o paciente para coletar informaccedilotildees sobre o tratamento e resolver possiacuteveis duacutevidas Caso seja identificado algum problema o plano eacute avisado e o meacutedico eacute acionado para que natildeo seja necessaacuteria uma internaccedilatildeo futuramente

De acordo com Kina pesquisas mun-diais mostram que para cada R$ 1 que a operadora investe em serviccedilo de acompanhamento ela economiza R$ 10 evitando internaccedilotildees hospitalares ldquoEacute um investimento a meacutedio e longo prazo mas que traz retornordquo finaliza

Para mudar o comportamento do beneficiaacuterio

eacute necessaacuteria uma grande

campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso

do desperdiacutecio de aacutegua

Dentro das empresas

A assistecircncia meacutedica eacute o segundo maior gasto da aacuterea de recursos humanos atraacutes apenas da folha de pagamento Para garantir que seus funcionaacuterios faccedilam bom uso do plano e evitar reajustes algumas empresas estatildeo criando seu proacuteprio programa de promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de doenccedilas

Com mais de 4 mil funcionaacuterios a Contax com-panhia que atua na aacuterea de contact center criou o programa Viver Bem Contax O gerente meacutedico corporativo da empresa Glauco Callias explica que o programa foi desenhado baseado em trecircs pilares prevenccedilatildeo accedilatildeo e cuidado

A prevenccedilatildeo consiste em evitar o aparecimento de doenccedilas por meio de accedilotildees e informaccedilotildees que favoreccedilam haacutebitos de vida saudaacuteveis como a praacutetica de atividade fiacutesica alimentaccedilatildeo balanceada natildeo ingestatildeo de bebida alcooacutelica em excesso e cessaccedilatildeo do tabagismo O pilar accedilatildeo envolve atividades para reduzir o impacto de situaccedilotildees do meio ambiente como a busca ativa por focos do mosquito Aedes Aegypti e campanhas contra o H1N1

Jaacute no pilar cuidado satildeo desenvolvidos programas para puacuteblicos especiacuteficos ldquoSatildeo situaccedilotildees que jaacute existem e precisam ser gerenciadasrdquo esclarece Callias Dentro desse pilar a empresa desenvolveu o programa Gestante ldquoSe a nossa funcionaacuteria faz o preacute-natal corretamente ela tem menos chance de ter um parto prematuro e de o bebecirc precisar de uma UTI neonatal Isso eacute positivo para ela para a crianccedila e para a empresa que natildeo tem um grande impacto nos custos do convecircniordquo completa

O programa foi criado apoacutes uma pesquisa que mostrou que 55 das funcionaacuterias graacutevidas tinham realizado cesaacutereas Com ele as funcionaacuterias satildeo isentas da coparticipaccedilatildeo em exames e proce-dimentos relacionados agrave gravidez se fizerem o preacute-natal corretamente e participarem das palestras oferecidas pela empresa ldquoEssas palestras satildeo o braccedilo educacional do programa Noacutes trazemos informaccedilotildees sobre os criteacuterios para o parto normal e a cesaacuterea com o intuito de conscientizaacute-las antes de fazer a escolhardquo diz

De acordo com Callias a adesatildeo das funcionaacute-rias tem sido grande ldquoElas vecircm atraiacutedas pela isenccedilatildeo da coparticipaccedilatildeo mas depois percebem a importacircncia do programardquo observa Implantado haacute apenas seis meses o Gestante ainda natildeo tem resultados mensuraacuteveis

A expectativa eacute reduzir em 40 o nuacutemero de partos cesaacutereas e em 23 o nuacutemero de internaccedilotildees em UTI neonatal no periacuteodo de um ano Tambeacutem haacute expectativa de reduzir 10 pontos de sinistro dentro do puacuteblico do programa nesse periacuteodo

Outras empresas preocupadas com os gastos atuam junto com as operadoras para melhorar a gestatildeo do benefiacutecio de sauacutede A Bradesco Sauacutede por exemplo possui dois programas aplicados em parceria com o departamento de Recursos Humanos de seus clientes Sistema de Informaccedilotildees Gerenciais (SIGE) e Juntos Pela Sauacutede O SIGE tem como objetivo disponibilizar informaccedilotildees agraves aacutereas de RH das empresas contratantes e incrementar a gestatildeo interna de recursos delas O sistema permite o acompanhamento em profundidade das despesas incorridas pelos funcionaacuterios que usufruem do benefiacutecio em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre possibilitando a geraccedilatildeo de relatoacuterios sob medida para as necessidades de anaacutelise do comportamento das despesas meacutedicas ldquoCom isso o SIGE tambeacutem pode indicar a necessidade de implementaccedilatildeo de ajustes no desenho do planobenefiacutecio de acordo com o perfil de cada empresardquo explica Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice O sistema possibilita a extraccedilatildeo de dados e relatoacuterios que permite uma compreensatildeo adequada da gestatildeo do plano

Jaacute o ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo foi desenhado com base em estudos gerenciais para identif icaccedilatildeo de riscos Satildeo feitos exames e aplicados ques-tionaacuterios e a partir deles o programa indica accedilotildees de prevenccedilatildeo que vatildeo desde a entrega de material explicativo e realizaccedilatildeo de palestras ministradas por profissionais especializados em promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo ateacute a elaboraccedilatildeo de programas especiacuteficos de gestatildeo de patologias O programa tambeacutem desenvolve accedilotildees como imunizaccedilatildeo vacinaccedilatildeo contra gripe benefiacutecio farmaacutecia entre outros

ldquoA informaccedilatildeo e a assistecircncia oferecidas con-tribuem para que os participantes se tornem mais conscientes e motivados a mudar seus haacutebitos de vida e o comportamento em relaccedilatildeo agrave sauacutederdquo afirma o presidente

Dentro do ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo existe o programa ldquoAbandono do Tabagismordquo criado em 2012 Do total de pessoas que participaram 48 pararam de

| Melh res Praacuteticas24 Melh res Praacuteticas | 25

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

A internet eacute presenccedila indiscutiacutevel na vida do brasileiro De acordo com pesquisa publi-cada em 2015 pela agecircncia internacional We Are Social o paiacutes estaacute entre as naccedilotildees mais conectadas do mundo Satildeo mais de 9

horas on-line por dia sendo que dessas 5h e 26 minutos satildeo provenientes de tablets ou telefones moacuteveis O fenocircmeno acompanha um movimento mundial de popularizaccedilatildeo da internet Nos uacuteltimos 12 anos a conectividade permitida pelas redes sociais potencializada pela mobilidade trazida pelos smartphones tem mudado a forma como se recebe e se compartilha informaccedilatildeo Uma mudanccedila intensa que afetou profundamente as relaccedilotildees pessoais e profissionais dos indiviacuteduos em todo o planeta

No ambiente de trabalho em especial no hospitalar satildeo constantes os eventos e procedimentos que exigem foco e atenccedilatildeo das equipes E por isso esse amplo acesso agraves redes sociais faz soar um alerta Por um lado os aparelhos repletos de possibilidades satildeo ferramentas uacuteteis para otimizar a comunicaccedilatildeo interna e acessar profissionais e conteuacutedo de forma raacutepida e eficiente por outro os recursos para fazer anotaccedilotildees registrar

Como as redes sociais e smartphones transformaram o modo como a sociedade produz compartilha e se relaciona com a informaccedilatildeo e o impacto dessa mudanccedila no dia a dia dos profissionais da sauacutede

Dani Dias Ferreira

gravar fotografar e trocar mensagens satildeo potencialmente um problema quando usados de forma inde-vida jaacute que as informa-ccedilotildees em minutos podem ser compartilhadas com um nuacutemero expressivo de pessoas de forma descontrolada Isso sem falar na mistura das esferas pessoal e profissional

A velocidade da mudanccedila tem sido tatildeo intensa que natildeo houve tempo de as em-presas (nem a sociedade como um todo) se organizarem para conciliar os benefiacutecios dessas novas tecnologias e ao mesmo tempo prevenir-se dos efeitos que o uso indevido pode acarretar

Em primeiro lugar via de regra eacute neces-saacuterio recorrer ao bom senso agraves normas da instituiccedilatildeo agrave observaccedilatildeo dos princiacutepios eacuteticos e agraves boas praacuteticas Eacute o que pensa

Angela Blatt Ortiga enfermeira haacute 30 anos que atua como secretaacuteria do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) Estudiosa do assunto daacute palestras em uni-versidades e hospitais esclarecendo os limites de utilizaccedilatildeo das redes

Nesses encontros ela ressalta os proacutes e contras da utilizaccedilatildeo de aparelhos celulares e aplicativos no dia a dia dos enfermeiros Entre as vantagens estaacute o fato de a rede social ampliar a facilidade de comunicaccedilatildeo com baixo custo e as pessoas terem acesso e ser um meio uacutetil para socializar as boas praacuteticas natildeo apenas com as equipes mas tambeacutem com a comu-nidade em geral

A empresa pode limitar

o uso dos aparelhos celulares e acesso a

redes sociais durante o expediente

Entre as situaccedilotildees delicadas estatildeo aquelas ligadas agrave seguranccedila do paciente jaacute que os aparelhos tele-focircnicos moacuteveis natildeo estatildeo devidamente higienizados e podem ser um fator de contaminaccedilatildeo Como elemento de distraccedilatildeo podem contribuir com a falha humana

Durante as palestras os limites de utilizaccedilatildeo das redes sociais sempre despertam questiona-mentos dos partici-pantes As perguntas mais frequentes satildeo a adequaccedilatildeo a respeito de publicaccedilotildees fotografias e gravaccedilotildees realizadas dentro do ambiente de trabalho e o seu impacto A resposta eacute taxativa ldquoFrases reclamaccedilotildees e expressotildees como lsquotodo mundo saiu e eu fiquei sozinhorsquo ou lsquoplantatildeo mais ou menosrsquo podem prejudicar a imagem do colaborador e da institui-ccedilatildeo apesar de parecerem inofensivas Natildeo eacute soacute uma

questatildeo pessoal vocecirc estaacute lidando com privacidade direito autoral eacutetica profissionalrdquo explica a enfermeira

Comentaacuterios sobre pacientes ainda que sejam positivos podem desagradar quem estaacute em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou simplesmente natildeo gostaria de ter sua intimidade exposta Inclusive natildeo satildeo poucas as reclamaccedilotildees e denuacutencias que chegam ao Conselho sobre o uso indevido das redes daiacute a necessidade de orientar Inserir estranhos nos grupos de whatsapp ou repassar conteuacutedo profissional a grupos pessoais tambeacutem pode gerar desconforto ou mesmo permitir que informaccedilotildees sigilosas sejam vazadas para a imprensa

Demissotildees por mau uso jaacute natildeo satildeo uma novidade Natildeo satildeo casos isolados e tampouco restritos agrave realidade nacional tanto que algumas instituiccedilotildees e associaccedilotildees nos EUA por exemplo criaram e disponibilizaram materiais on-line abordando o assunto A National Council of State Boards of Nursing lanccedilou o The Nursersquos Guide to the Use of Social Media (wwwncsbnorgNCSBN_SocialMediapdf) manual detalhado de como profissionais da enfermagem devem se portar na utilizaccedilatildeo das redes sociais No Brasil nos sites do Coren e do Conselho Regional de Medicina tambeacutem eacute possiacutevel encontrar artigos e orientaccedilotildees sobre o tema

O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem Resoluccedilatildeo Cofen nordm 311 de 8 de fevereiro de 2007 traz regulamentaccedilotildees que valem tambeacutem para a atuaccedilatildeo nas redes sociais como a restriccedilatildeo a ldquoinserir imagens ou informaccedilotildees que possam identificar pessoas e instituiccedilotildees sem sua preacutevia autorizaccedilatildeordquo

Por sua vez o Coacutedigo de Eacutetica Meacutedica apesar de permitir aos meacutedicos a divulgaccedilatildeo em seu perfil nas redes sociais de dados sobre sua es-pecialidade CRM e local onde atendem proiacutebem a distribuiccedilatildeo e publicaccedilatildeo de fotos tiradas com pa-cientes em locais de aten-dimento como cirurgias ou consultas Eacute vedado ainda ao profissional con-sultar diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicaccedilatildeo em massa Jaacute o Marco Civil da Internet desde 2014 em vigor mas regula-

Melh res Praacuteticas | 27

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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71200

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79100

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Individual

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134500

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Set

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Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

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Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

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C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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A L+M estaacute com vocecirc na sua jornada do design a operaccedilatildeo

ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 4: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas6 Melh res Praacuteticas | 7

| EXPEDIENTE |

INSTITUICcedilOtildeES ACREDITADAS CONSULTADAS NESTA EDICcedilAtildeO

Hospital das Cliacutenicas de Satildeo Paulo Satildeo Paulo - SP

paacutegina 50

Hospital do Coraccedilatildeo - HCor Satildeo Paulo - SP

paacutegina 16

Hospital Israelita Albert EinsteinSatildeo Paulo - SPpaacutegina 16 e 54

Hospital Santa CatarinaSatildeo Paulo - SP

paacutegina 32

Hospital Santa Paula

Satildeo Paulo - SP paacutegina 24 e 62

Hospital Satildeo Camilo Unidade Pompeia

Satildeo Paulo - SP paacutegina 38

Hospital Satildeo Camilo

Unidade Santana Satildeo Paulo - SP

paacutegina 38

Hospital Sepaco Satildeo Paulo - SP

paacutegina 68

Hospital Siacuterio-Libanecircs Satildeo Paulo - SP

paacuteginas 10 16 e 72

Hospital Unimed

Recife IIIRecife - PE paacutegina 62

Ano 4 | Nuacutemero 19 | AgoSetOutNov 2016

A Revista Melhores Praacuteticas natildeo se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou mateacuterias que expressam apenas o pensamento dos autores natildeo representando necessariamen-te a opiniatildeo da revista A publicaccedilatildeo se reserva o direito por motivos de espaccedilo e clareza de resumir cartas artigos e ensaios A distribuiccedilatildeo gratuita eacute limitada A Anahp se responsabiliza pela distribuiccedilatildeo de 1000 unidades encartadas com o Boletim Panorama

Poliacutetica editorial Zelando pela impar-cialidade do conteuacutedo editorial os nomes das empresas que fornecem produtos para hospitais natildeo satildeo men-cionados nos textos excetuando-se os casos em que a omissatildeo possa comprometer o entendimento do leitor Os contatos da empresa entrevistada poderatildeo ser obtidos com a redaccedilatildeo da revista

GPeS - Gestatildeo de Projetos em SauacutedeRua Dr Alceu de Campos Rodrigues 229 - cj 211 Itaim Bibi - Satildeo Paulo - SP- CEP 04544-000Tels (11) 4119-2393 e (11) 23069473wwwrevistamelhorespraticascombr

Apoio Teacutecnico e Editorial Apoio de Distribuiccedilatildeo

Diretores da GPeS Alberto Ribeiro albertoribeirogpescombrGilmara Espino gilmaraespinogpescombr

Conselho editorial Dr Joseacute Roberto Guersola vice-presidente da Rede DrsquoOr Satildeo LuizDra Maria Carolina Moreno superintendente da Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA)Dr Rubens Covello presidente do Health Services Accreditation (IQG)

Nuacutecleo de Apoio Teacutecnico Dra Maria Magalhatildees gerente da Qualidade e Seguranccedila do Paciente das Instituiccedilotildees Afiliadas SPDM Enfa Renata Michele Macedo gerente administrativa do Hospital Vila da Serra

Redaccedilatildeo Editora Gilmara EspinoEditor-assistente Felipe Ceacutesar Santosredacaogpescombr

Designer Caroline Boninidesignergpescombr

Design graacutefico e Diagramaccedilatildeo Cauecirc Cremonini - DOr Consultoriacomunicacaodorconsultoriacombr

Colaboradores Dani Dias Ferreira Erica Martin Felipe Ceacutesar Julia Duarte e Raquel Gondim (Reportagem) Tamara Espino (Apoio e pesquisa) Angela Zerbielli e Dr Marcelo Maia (Editoria Patrocinada) Aleacutexia Mandolesi Costa (Certo e Errado) Maureen Bisognano e Pedro Lopes Ribeiro (Opiniatildeo) Andreacute Cezar Medici (Indico) Renata Macedo (Indico Artigos) Marcos Paulo Novais (Sauacutede em um Clic)

Revisatildeo Cecilia Farias

Publicidade Tatiana Aguiar(11) 4119-2393gpesgpescombr

Assinaturas Tatiana Aguiar (11) 4119-2393 gpesgpescombr

Periodicidade QuadrimestralTiragem 10000 exemplaresDistribuiccedilatildeo Territoacuterio nacional ANUacuteNCIO

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| Melh res Praacuteticas8 Melh res Praacuteticas | 9

| SUMAacuteRIO |

16

14

20 24

10

28

Um retrato da pesquisa meacutedica no Brasil

Fundador do Patient Experience Institute fala sobre o conceito de lsquoexperiecircncia do pacientersquo

Uso consciente do plano de sauacutede pode ajudar a diminuir os custos para o cliente

Como redes sociais e smartphones satildeo os novos desafios na gestatildeo de pessoas nos hospitais

O que foi pauta em importantes encontros no Brasil e EUA

Veja qual o canal de comunicaccedilatildeo mais eficiente na relaccedilatildeo empresa-cliente

INOVACcedilAtildeO

PATIENT EXPERIENCE

MERCADO

GESTAtildeO DE PESSOAS

ENTREVISTA

PESQUISA

A experecircncia brasileira na aplicaccedilatildeo da Colaborativa como meacutetodo de aprendizado e formaccedilatildeo de cultura de seguranccedila

32 MELHORIA CONTIacuteNUA

bull Luiz Fernando Reis

bull Luiz Rizzo

bull Otaacutevio Berwanger

bull Andreacute Kina bull Antocircnio Carlos Abbatepaolo

bull Glauco Callias bull Luciana Lauretti

bull Marcio Coriolano

bull Angela Blatt Ortigabull Flaacutevio Pires

bull Paula Gallo

bull Kelly Rodriguesbull Toby Cosgrove

16 20 24

bull Jason Wolf

30 Como eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetivaOPINIAtildeO

bull Maureen Bisognano

| SECcedilOtildeES |

54

6258

4850

38

Plano diretor e projetos flexiacuteveis reduzem custos

Entenda a certificaccedilatildeo HIMSS

Tendecircncias globais de como a tecnologia impactaraacute na relaccedilatildeo meacutedico-paciente

A relaccedilatildeo direta entre logiacutestica e rentabilidade

Rastreabilidade eacute aposta para aumentar a seguranccedila

Desafios para implementar o modelo assistencial com hospitalistas

ARQUITETURA HOSPITALAR

HOSPITAL DIGITAL

SAUacuteDE DIGITAL

OPINIAtildeO

LOGIacuteSTICA

MEDICINA HOSPITALAR

bull George Trigueiro Filho bull Fernando Cruz bull Alexandre Dias bull Claacuteudio Giulliano Alves da Costa

bull Cobertura Foacuterum Internacional eHealth Scenarios trends e investments

bull Pedro Lopes Ribeiro

bull Guilherme Barcellos bull Marcelo Sartoribull Ron Greeno

bull Marco Bego bull Jarbas Barbosabull Mathieu Aman bull Antocircnio Britto

bull Arthur Brito bull Iside Falzetta bull James Scheulen bull Salim Lamha Neto

66 CERTO E ERRADO Administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

68 PROTOCOLO ASSISTENCIAL Parto seguro de 9 para 41 a adesatildeo ao parto normal

76 INDICO Dimensotildees econocircmicas das doenccedilas crocircnicas

77 LIVROS Leitura recomendada para ampliar o conhecimento

50 38 62

78 AGENDA Eventos da aacuterea da sauacutede

79 INDICO ARTIGOS Anaacutelise de readimissotildees e oacutebitos

80 RADAR Os movimentos da aacuterea da sauacutede

83 SAUacuteDE EM UM CLIC O focirclego das operadoras de medicina de grupo

72 Gaacutes natural eacute opccedilatildeo viaacutevel para reduccedilatildeo de custos nos hospitaisSUSTENTABILIDADE

bull Marcelo Mendonccedila bull Luiz Aramicy Bezerra Pintobull Antonio Carlos Cascatildeo bull Ricardo Michelin bull Silvio Costa

| Melh res Praacuteticas10 Melh res Praacuteticas | 11

| ENTREVISTA |

Presidente do Beryl Institute fundador e presidente do Patient Experience Institute editor fundador do Patient Experience Global

OInstituto Beryl eacute uma comunidade global aberta aos que desejam discutir estrateacutegias para perceber e atingir a expectativa de pa-

cientes e seus familiares no que se refere qualidade assistencial acolhimento e atendimento de forma geral Seu fundador Jason Wolf esteve em Satildeo Paulo em junho a convite do Hospital Israelita Albert Einstein para o I Simpoacutesio Latino-Americano para Experiecircncia do Paciente

Para um puacuteblico de quase 700 pessoas o especialista falou sobre o engajamento de profissionais e como aproveitar a oportunidade de aproximaccedilatildeo com os clientes tambeacutem para educaacute-los

Nesta entrevista exclusiva agrave Melhores Praacuteticas ele destaca como o olhar sistecircmico proposto pela Experiecircncia do Paciente reforccedila inclusive o propoacutesito e comprometimento de quem escolheu o cuidado ao outro como profissatildeo

MAIS DO QUE ATENDER

ENTREVISTA JASON WOLF

Conhecer as expectativas de clientes e familiares eacute essencial para gerenciar

possiacuteveis frustraccedilotildees e estabelecer o limite entre o possiacutevel e o desejaacutevel

| Melh res Praacuteticas10 Melh res Praacuteticas | 11

Em sua apresentaccedilatildeo o senhor ressalta que a experiecircncia do paciente depende do envolvi-mento do meacutedico a retenccedilatildeo e motivaccedilatildeo de empregados os valores da instituiccedilatildeo e o foco no paciente Como esses natildeo satildeo toacutepicos necessa-riamente novos o que o conceito Experiecircncia do Paciente traz

Tradicionalmente construiacute-mos os cuidados com a sauacutede do ponto de vista do provedor do cuidador No entanto jamais pensamos no exterior no ponto de vista do que eacute im-portante para o consumidor Isso nos levou a prestar um serviccedilo fragmentado como se fosse formado por silos A experiecircncia do paciente trata de abrigar esses cuidados ldquodesconexosrdquo como um tipo de guarda-chuva possibilitando que a conversa seja alinha-da a propoacutesitos maiores Assim quando comeccedilamos a amarrar todas as coisas em uma soacute unidade em torno da experiecircncia que desejamos promover enxergamos melhor as eficiecircncias a gestatildeo de custos e as decisotildees cliacutenicas Experiecircncia do Paciente natildeo eacute um novo conceito criativo mas sim uma nova lente por meio da qual podemos aplicar os conceitos que jaacute conhecemos

E como saber o que importa para o paciente

Perguntando e estabelecendo canais eficientes de comunicaccedilatildeo como pes-quisa grupos de enfoque ouvidoria e redes sociais Pacientes atuais familiares e antigos clientes precisam ser ouvidos Eacute uma abordagem em camadas porque vocecirc precisa estar questionando sempre Aleacutem disso em primeiro lugar a instituiccedilatildeo deve ter claro qual eacute o tipo de experiecircncia que deseja fornecer aos pacientes e comunidade

A realidade eacute que quando chegamos a perguntar sobre expectativas aumentamos o niacutevel da conversa ao ponto de poder alinhar com o cliente o que poderaacute ou natildeo ser atendido e por quecirc

As expectativas de cuidadores e pacientes natildeo seriam as mesmas

Fundamentalmente satildeo proacuteximas Somos seres humanos e nesse tra-balho os valores centrais que nos norteiam satildeo consistentes Mas como cuidadores de sauacutede temos restriccedilotildees sistemaacuteticas sobre a operaccedilatildeo no nosso sistema dentro daquilo que ele permite que faccedilamos Na condiccedilatildeo de paciente ou familiar cria-se uma imagem sobre como deveriam ser os cuidados recebidos ou sobre como as coisas poderiam ser feitas Entatildeo haacute diferenccedila em termos de expectativas Uma parte das minhas colocaccedilotildees trata de como continuamos a aumentar as expectativas dos dois lados

Expectativas crescentes natildeo contribuem para que as pessoas estejam sempre insatisfeitas

Acho que natildeo Os sistemas da aacuterea da sauacutede tecircm a obriga-ccedilatildeo de educar Natildeo se trata de fazer o que o cliente quer mas sim de fazer o que eacute certo dentro das limitaccedilotildees do sistema considerando o ponto de vista cliacutenico e reconhecendo aquilo que eacute importante para o paciente Assim por exemplo se o cliente tiver cinco expecta-tivas eu deveria me sentir confortaacutevel ao informaacute-lo por que natildeo posso atender a todas Assim na proacutexima vez em que el e retornar provavelmente jaacute saberaacute Mesmo quando natildeo gostam da resposta ao serem ouvidos sentem-se respeitados

Entatildeo a chave estaacute na transparecircncia

Exatamente A transparecircncia trata de tornar acessiacuteveis os serviccedilos de sauacutede e natildeo apenas acessiacuteveis pelo custo mas tambeacutem pelo enten-dimento Assim quando conversamos sobre expecta-tivas educamos a respeito dos termos mais criacuteticos e ajudamos o paciente e fa-miliar a identificar o que eacute importante e o que pode ser deixado de lado

Por Gilmara Espino

| Melh res Praacuteticas12 Melh res Praacuteticas | 13

| ENTREVISTA |

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Eacute muito difiacutecil treinar as

pessoas para se comportarem de formas que natildeo

satildeo acostumadas a se comportar

Eacute possiacutevel ensinar certas

habilidades e taacuteticas mas ao final do dia

teremos que achar os profissionais

certos para assimilar e

transmitir o tipo de experiecircncia que queremos

Essa comunicaccedilatildeo depende de um colaborador que muitas vezes estaacute desmotivado estressado e ateacute mal remunerado Como preparaacute-lo

Natildeo importa como eacute o sistema ao redor do mundo este con-ceito de compaixatildeo cansaccedilo e estafa eacute bem tangiacutevel Cuidadores tecircm muitas tarefas e responsabilidades simultacirc-neas Por isso eacute fundamental reforccedilar a todo momento o propoacutesito de todo esse trabalho Mostrar como contribuem para organizaccedilotildees financeiras saudaacuteveis e tambeacutem para a fidelidade dos pacientes e comunidades Eacute o propoacutesito que leva a maioria das pessoas a optar pela aacuterea da sauacutede em primeiro lugar

Costumo dizer que eacute muito difiacutecil treinar as pessoas para se comportarem de formas que natildeo satildeo acostumadas a se comportar Posso de fato ensinar certas habilidades e taacuteticas mas ao final do dia teremos que achar os profissionais certos na aacuterea da sauacutede para assimilar e transmitir o tipo de experiecircncia que noacutes queremos

O relatoacuterio State of Patient Experience

2015 traz o resultado de uma das mais completas

pesquisas e estudo de benchmarking do Instituto

A coleta de dados envolveu mais de

1500 participantes de 21 paiacuteses

download gratuito em httpbitly2b7THYq

LEIA MAIS Vocecirc pode explorar sobre experiecircncia do paciente na ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas Especial Cuidado Centrado no Paciente

Jason Wolf explica o Instituto

Beryl como uma plataforma em

que ideacuteias se transformam em co-

nhecimento compartilhado Natildeo

somos nem uma consultoria nem

uma associaccedilatildeo Diria que somos

um hiacutebrido de uma organizaccedilatildeo

associativa de praacutetica comu-

nitaacuteria e um tipo de formadora

de opiniatildeo Assim trabalhamos

para quebrar as barreiras entre

as organizaccedilotildees e criar um am-

biente de colaboraccedilatildeo global e

compartilhamento de ideiasrdquo

O instituto se financia por

contribuiccedilotildees de filiados pa-

trociacutenios receitas de eventos e

outros produtos voltados para

a educaccedilatildeo No site eacute possiacutevel

encontrar estudos de casos

viacutedeos pesquisas e vasto material

sobre Experiecircncia do Paciente

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L evar a melhor experiecircncia eacute promover o melhor cuidado cliacutenico seguranccedila e conforto possiacuteveis para os pacientes Tambeacutem eacute o entendimento que essa eacute uma responsabilidade coletiva dos colaboradores de uma instituiccedilatildeo de

sauacutede e natildeo apenas dos meacutedicos e enfermeiros As discussotildees sobre como transformar esse discurso em praacutetica tem movimentado grandes eventos

Jaacute na seacutetima ediccedilatildeo o Patient Experience Empathy + Innovation Summit organizado pela Cleveland Clinic nos Estados Unidos em parceria com oito organizaccedilotildees entre elas a The Joint Commission recebeu em maio de 2016 cerca de 2000 participantes vindos de 37 paiacuteses

No mecircs seguinte o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) ofereceu em Satildeo Paulo o I Simpoacutesio Latino Americano de Experiecircncia do Paciente Foram cerca de 700 presentes um nuacutemero bastante expressivo de interessados em um assunto que estava sendo abordado de forma estruturada pela primeira vez no Brasil A Revista Melhores Praacuteticas foi a miacutedia apoiadora do evento

ldquoOs dois eventos mostraram que aleacutem da experiecircncia do paciente do cuidador e da equipe assistencial os liacutederes estatildeo empenhados em discutir a experiecircncia humana abordando como conduzir a melhoria e diferenciaccedilatildeo em nossas organizaccedilotildeesrdquo conta Kelly Rodrigues soacutecia-diretora da Patient Centricity Consulting empresa nacional voltada a ajudar na

implementaccedilatildeo da metodologia de atenccedilatildeo centrada no paciente

Em comum os encontros destacaram a relevacircncia de direcionar o cuidado para o que realmente importa para o paciente o uso de ferramentas de marketing e comunicaccedilatildeo no engajamento e contato a responsabilidade do meacutedico como liacuteder do processo assistencial e o zelo indispensaacutevel aos profissionais que recebem diretamente as demandas dos pacientes e seus acompanhantes

Segundo o convidado internacional do Simpoacutesio organizado pelo Einstein Jason Wolf (ler entrevista exclusiva nessa ediccedilatildeo) as boas instituiccedilotildees realmente acreditam que de fato estatildeo cuidando de seus pacientes o que natildeo deixa de ser verdade O ponto-chave eacute saber como esse cuidado quer ser recebido

O Storytelling que eacute a capacidade de contar narrativas de maneira relevante (depoimentos por exemplo) e o Content Marketing que trata de apresentar conteuacutedo relevante como estrateacutegia para atrair e reter o puacuteblico estatildeo entre as ferramentas que podem ajudar no engajamento e na capacidade de influenciar comportamentos positivos

ldquoO fato eacute que o mundo digital estaacute transformando as relaccedilotildees e isso natildeo eacute diferente na sauacutede Temos que aprender a tirar o melhor proveito dessas miacutedias e criar experiecircncias on-line e offline para nossos pacientes pois eles querem interagir conosco de vaacuterias maneiras ao longo da sua jornada tornando a comunicaccedilatildeo consistente um desafio ainda maiorrdquo conta Kelly Rodrigues

| PATIENT EXPERIENCE |

Assunto foi tema central de encontro na Cleveland Clinic e no Hospital Albert Einstein Saiba o que foi discutido

CUIDAR DE QUEM CUIDAOlhar para aquele que recebe o cuidado eacute apenas um dos muacuteltiplos focos propostos pela Experiecircncia do Paciente Afinal do outro lado da ponta estaacute o cuidadorldquoA experiecircncia do paciente eacute uma jornada e a qualidade dos cuidados de sauacutede eacute pautada nas experiecircncias cliacutenica meacutedica e emocional O CEO da Cleveland Clinic Toby Cosgrove citou que onde temos a maior oportunidade de melhorar eacute na experiecircncia emocional pois muitas vezes os pacientes chegam aterrorizados ao hospital e desejam apenas ser tratados com carinho e cuidado Poreacutem o stress do dia a dia deste ambiente faz com que muitas vezes a equipe se distancie dessa realidade e dessa forma o paciente se torne mais um nuacutemero mais um atendimento mais uma patologiardquo comenta Kelly sobre sua participaccedilatildeo no Summit ldquo

Ela conta que a Cleveland Clinic manteacutem o programa Code Lavender em que um capelatildeo visita os andares e percebe o niacutevel de stress da equipe pacientes e familiares para endereccedilar os cuidados necessaacuterios a cada um

ldquoSatildeo tratamentos holiacutesticos para eventos emocionais com terapias de toque reiki terapias manuais incluindo massagens e reflexologia aromaterapia muacutesica arte terapia acupuntura aleacutem de apoio emocional e espiritualrdquo diz

De modo geral a conclusatildeo eacute que tudo comeccedila na escolha adequada do perfil de funcionaacuterio que se deseja o que inclui reconhecer no candidato os valores que a instituiccedilatildeo preserva E a partir daiacute construir uma trilha de aprimoramento profissional e de identificaccedilatildeo com o propoacutesito do cuidado centrado no paciente

CULTURADurante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave Durante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais

EXPERIEcircNCIA DO PACIENTE EM ALTA

A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave receber feedback e entender as fragilidades como oportunidades A segunda eacute a tratativa o dia a dia com cada caso e f inalmente a preventiva Na prevenccedilatildeo haacute uma anaacutelise macro sobre o que atuar em uma aacuterea ou accedilatildeo criacutetica identif icadardquo

bull Leia mais sobre o assunto no ldquoEspecial Cuidado Centrado no Pacienterdquo da ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas

Cultura organizacional para transformar a experiecircncia do paciente

AGENDE-SE22 a 24 de maio | Informaccedilotildees httpbitly2bMi3sY

Comprometer-se com uma meta de zero eventos adversos

Colocar os pacientes no centro do planejamento execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados

Reconhecer definir e compreender a interdependecircncia criacutetica de seguranccedila qualidade e atenccedilatildeo centrada no paciente como os trecircs elementos principais da experiecircncia do paciente

Direcionar a mudanccedila a partir de anaacutelise de dados e transparecircncia

Transformar a cultura e a lideranccedila

Focar prestaccedilatildeo de contas (accountability) e execuccedilatildeo

Seis elementos primordiais para consolidaccedilatildeo de uma cultura de experiecircncia do paciente

Gilmara Espino

| Melh res Praacuteticas16 Melh res Praacuteticas | 17

| INOVACcedilAtildeO |

E m maio deste ano a neu-rocientista e pesquisadora Suzana Herculano-Houzel aceitou uma proposta de trabalho nos Estados

Unidos deixando de fazer pesquisa em seu paiacutes natal O fato que na maior parte dos setores soaria como algo comum virou notiacutecia entre seus colegas no meio e gerou uma discussatildeo faltam recursos para a pesquisa meacutedica no Brasil

Em entrevista agrave Globo News tambeacutem em maio a proacutepria Suzana disse que sim De acordo com ela desde 2015 a verba deixou de ser repassada ldquoEu deixei de receber novos alunos inclusive estran-geiros porque os recursos para o trabalho de pesquisa deixaram de ser pagosrdquo disse na eacutepoca Ela atuava dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Culturalmente o Brasil eacute um paiacutes no qual a iniciativa privada investe pouco em pesquisa Em praticamente todos os setores a academia eacute a responsaacutevel por esse segmento e atua de forma muito distante da induacutestria Na aacuterea meacutedica natildeo eacute diferente

A ausecircncia de diaacutelogo entre cientistas e iniciativa privada gera alguns resultados ruins para o paiacutes O deacuteficit da balanccedila comercial de medicamentos por exemplo eacute de US$11 bilhotildees por ano Jaacute o de equipamentos eacute de US$45 bilhotildees O paiacutes estaacute longe de ser autossustentaacutevel nesses setores mas na opiniatildeo do diretor de ensino e pesqui-sa do Hospital Siacuterio-Libanecircs Luiz Fernando Reis a diferenccedila poderia ser menor se houvesse mais conversas entre a academia e a induacutestria

PESQUISA MEacuteDICA NO BRASILFixadas na maior parte das vezes nos hospitais universitaacuterios instituiccedilotildees de ensino e pesquisa ainda tecircm muito o que evoluir satildeo poucos os hospitais privados que investem na aacuterea

Julia Duarte

Hoje o paiacutes passa por

um segundo desafio que eacute

a qualidade do conhecimento gerado Nossa

produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircncia

ldquoO conhecimento estaacute na acade-mia enquanto a inovaccedilatildeo estaacute na induacutestria Esses dois mundos precisam conversar Fazer pesquisa eacute transformar dinheiro em conhecimento Agora noacutes precisamos fazer o caminho de volta e transformar esse conhecimento em benefiacutecios para a socie-daderdquo completa

O Siacuterio-Libanecircs eacute um dos poucos hospitais fora do meio univer-sitaacuterio que investe em pesquisa no Brasil O hospital possui o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) com cursos de especializa-ccedilatildeo residecircncia mestra-do e doutorado

Segundo Reis nos uacuteltimos 10 anos houve um aumento da quan-tidade da produccedilatildeo cientiacute f ica do paiacutes Ele atribui o cresci-mento entre outros fatores ao papel desempe-nhado pela Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (Capes) fundaccedilatildeo do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC)

ldquoHoje o paiacutes passa por um segundo desafio que eacute a quali-dade do conhecimento gerado Noacutes precisamos dar mais con-sistecircncia agrave pesquisa meacutedica Nossa produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircnciardquo afirma De acordo com ele os esforccedilos do IEP do Siacuterio-Libanecircs estatildeo voltados principalmente para o desen-volvimento institucional do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Pesquisas nessa linha satildeo in-centivadas pelo Programa de

Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) do Ministeacuterio da Sauacutede A contribuiccedilatildeo se daacute por meio do desenvolvimento incorpo-raccedilatildeo e transferecircncia de novas tecnologias e experiecircncias

em gestatildeo gerando novos conhecimentos e praacuteticas a partir de parceria entre entidades de sauacutede de reconhecida excelecircncia e os gestores do SUS

A ideia eacute a atuaccedilatildeo em conjunto na superaccedilatildeo de desafios melhoria e qualificaccedilatildeo de aacutereas estrateacutegicas na gestatildeo e prestaccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico de sauacutede no paiacutes O PROADI-SUS tem sido um impor-tante f inanciador da pesquisa meacutedica O diretor de pesquisa do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert

Einstein Luiz Rizzo tambeacutem cita o programa como um dos financiadores dos projetos da instituiccedilatildeo O foco das pes-quisas dessa instituiccedilatildeo eacute o envelhecimento sustentaacutevel

As entidades associaccedilotildees e fundaccedilotildees privadas sem fins lu-crativos como o Siacuterio- Libanecircs e o Albert Einstein ainda podem usufruir do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo Oncoloacutegica (PRONON) e do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo da Sauacutede da Pessoa com Deficiecircncia (PRONASPCD) criados para incentivar accedilotildees e serviccedilos desses oacutergatildeos no campo da oncologia e da pessoa com deficiecircncia

O diretor do Instituto de Pesquisa do Hospital do Coraccedilatildeo (HCor)

As redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia

dentro da pesquisa meacutedica

e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos

anos

| Melh res Praacuteticas18 Melh res Praacuteticas | 19

| INOVACcedilAtildeO |

Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Siacuterio-Libanecircs

Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Instituto de Pesquisa do HCor

FUNDACcedilAtildeO

TIPO DE PESQUISA

NUacuteMERO DE PESQUISADORES

2003

Cliacutenica e experimental

70 diretos mas todo o corpo cliacutenico e outros profissionais do hospital tambeacutem se envolvem

1998

Cliacutenica e experimental

21 diretos mas 700 pessoas estatildeo envolvidas em atividade de pesquisa entre meacutedicos do corpo cliacutenico e outros funcionaacuterios

2007

Cliacutenica

47 mas todo o corpo cliacutenico do hospital tambeacutem trabalha nas pesquisas

Otaacutevio Berwanger acre-dita que o f inanciamento baixo por parte da iniciativa privada eacute o principal desafio do setor Ele destaca que nos uacuteltimos anos houve um aumento nos investimentos mas o valor ainda eacute baixo ldquoHouve um crescente que parou nos uacuteltimos dois anos devido agrave crise eco-nocircmica A expectativa eacute que passada essa fase os aportes voltemrdquo afirma

O Instituto de Pesquisa do HCor tem foco prioritaacuterio em pesquisas cliacutenicas de doenccedilas cardioloacutegicas O financia-mento eacute por projeto assim como acontece nos outros institutos ldquoVer hospitais privados com institutos de pesquisa jaacute eacute uma grande evoluccedilatildeo Antes a pesquisa era vista apenas como gastordquo lembra Berwanger Ele afirma que inicialmente o Instituto exigiu investimento do hospi-tal mas hoje jaacute gera receita

Todos os trecircs institutos ouvidos nessa reportagem disseram que suas ativi-dades geram lucro para as instituiccedilotildees em que estatildeo instalados Nenhum deles revelou valores ldquoA pesquisa natildeo deve ser feita com cunho comercial somente mas tambeacutem natildeo pode ser vista apenas como despesardquo com-pleta o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor

Outros desafiosAleacutem da questatildeo financeira a pesquisa meacutedica enfrenta outros desafios Capacitaccedilatildeo de pessoal burocracia do processo cacircmbio e compe-titividade satildeo alguns deles Rizzo destaca que a formaccedilatildeo dos profissionais comeccedila na educaccedilatildeo baacutesica ldquoEacute preciso melhorar a educaccedilatildeo desde a infacircncia na escola ateacute a formaccedilatildeo meacutedica nas uni-versidades Quando vocecirc vai

olhar os rankings mundiais nossos alunos estatildeo muito abaixo da meacutedia se compara-dos a outros paiacutesesrdquo observa

Berwanger concorda ldquoFalta capacitaccedilatildeo entre os pro-fissionais para atuar com pesquisa A pesquisa cliacutenica deveria ser vista como uma especialidade dentro da medicinardquo diz

Do ponto de vista burocraacute-tico a demora na aprovaccedilatildeo de processos eacuteticos e regu-latoacuterios eacute um entrave para o crescimento da pesquisa meacutedica Aleacutem disso questotildees cambiais tambeacutem interferem ldquoA pesquisa tem um orccedilamen-to que eacute planejado a partir do cacircmbio jaacute que muitos insumos satildeo importados mas as variaccedilotildees no decorrer do projeto atrapalham bastanterdquo ressalta Rizzo Ele ainda lembra queos prazos burocraacute-ticos para importaccedilatildeo desses insumos satildeo muito longos

Outro desafio eacute a competitividade entre os institutos de pesquisa que dificilmente compartilham dados e informaccedilotildees prejudicando a evo-luccedilatildeo dos estudos Recentemente o governo norte-americano anun-ciou um plano chamado Moonshot com orccedilamento de US$1 bilhatildeo O objetivo eacute a colaboraccedilatildeo entre pesquisadores meacutedicos e entida-des para catalisar os avanccedilos na aacuterea oncoloacutegica

ldquoSe natildeo houvesse ciuacuteme entre laboratoacuterios e grupos de pesquisa poderiacuteamos evitar redundacircncias desnecessaacuterias das pesquisasrdquo disse o vice-presidente norte-a-mericano Joe Biden ao anunciar o programa ldquoVocecircs [oncologistas] aprenderam que natildeo daacute para trabalhar sozinhordquo completou

Para o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor as redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia dentro da pesquisa meacutedica e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos anos Todos os diretores de institutos ouvidos pela reporta-gem afirmaram ter parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior

Futuro da pesquisaTanto Rizzo quanto Berwanger destacaram o potencial do Brasil para a realizaccedilatildeo das pesquisas meacutedicas Eles lembraram que a miscigenaccedilatildeo da populaccedilatildeo do paiacutes eacute um aspecto riquiacutessimo do ponto de vista cientiacutefico ldquoO Brasil oferece a oportunidade de pesquisar o ser humano em sua diversidaderdquo afirma o diretor do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Para a induacutestria farmacecircutica principal-mente essa riqueza populacional eacute muito importante Testar medicamentos em uma populaccedilatildeo com geneacutetica parecida natildeo traz resultados tatildeo expressivos com isso o Brasil deve chamar mais atenccedilatildeo dessas empresas para o desenvolvimento de pesquisas

Berwanger jaacute natildeo vecirc o paiacutes apenas como um coadjuvante no cenaacuterio da pesquisa meacutedica mundial ldquoAntes a gente fornecia informaccedilotildees dos nossos pacientes para centros de pesquisa no exterior mas hoje jaacute temos pesquisas que satildeo coordenadas por noacutes e envolvem centros no mundo todo Isso mostra uma mudanccedila de posturardquo diz

Para o diretor do IEP do Siacuterio-Libanecircs o futuro da pesquisa depende da conversa entre a academia e a induacutestria ldquoEacute preciso parar com esse preconceito de que a academia natildeo pode conversar com o setor privado para que a pesquisa possa evoluir para benefiacutecios em prol da sociedaderdquo conclui

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| MERCADO |

Tdos os anos a Agecircncia N a c i o n a l d e S a uacute d e Suplementar (ANS) anuncia o reajuste aprovado nos valores dos planos de sauacutede e os beneficiaacuterios

reclamam e muito das taxas consideradas altas pela maioria Em 2016 o valor aprovado pela instituiccedilatildeo foi de ateacute 1357 A culpa na maior parte das vezes eacute colocada na inflaccedilatildeo meacutedica muito acima da inflaccedilatildeo comum e que onera os planos No entanto outro fator tambeacutem tem aumentado os custos e influenciado diretamente no valor cobrado do consumidor e das empresas o mau uso do plano de sauacutede

Um estudo de carteira com 2350 vidas realizado pela desenvol-vedora de programas de sauacutede AzimuteMed mostrou que 1355 das pessoas usam o plano de forma abusiva o que gera um gasto anual por beneficiaacuterio de R$ 267771

A meacutedia do mercado gira em torno de R$ 90696

Para driblar esse gargalo o setor estaacute se movimentando Afinal a conjuntura geral natildeo eacute favoraacutevel ndash nuacutemero de beneficiaacuterios caindo (vide tabela) ndash e reduzir custos eacute essencial O diretor executivo da Associaccedilatildeo Brasileira de Planos de Sauacutede (Abramge) Antocircnio Carlos Abbatepaolo afirma que estimativas mundiais mostram que 20 dos gastos com sauacutede satildeo desperdiacutecio De acordo com ele os beneficiaacuterios tecircm uma parcela consideraacutevel de responsabilidade por esses custos desnecessaacuterios

ldquoHaacute um padratildeo de desperdiacutecio dos beneficiaacuterios e do segmento de sauacutede Excesso de consultas e exames por exemplo eacute um problema Como natildeo existe um prontuaacuterio eletrocircnico o paciente faz um hemograma em janeiro a pedido de um meacutedico e em marccedilo quando

procura um especialista de outra aacuterea realiza o mesmo hemograma Isso gera desperdiacuteciordquo af irma Abbatepaolo

Em sua opiniatildeo para mudar o comportamento do beneficiaacuterio eacute necessaacuteria uma grande campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso do desperdiacutecio de aacutegua o que ainda natildeo aconteceu no setor de sauacutede suplementar ldquoEacute preciso mostrar que a economia tem significado no bolso do proacuteprio usuaacuterio Eles ainda natildeo entendem que os reajustes tambeacutem satildeo fruto da forma como eles utilizam o planordquo observa

Os programas de prevenccedilatildeo e cuidados integrais que estatildeo sendo adotados por operadoras e planos seriam uma forma de agir na raiz do problema com resultados a meacutedio e longo prazo ldquoSatildeo alternativas importantes para que haja economia e ganho cliacutenico para o paciente

Julia Duarte

DESPERDIacuteCIONA PONTAMau uso onera planos de sauacutede e folha de pagamento das empresas Beneficiaacuterios parecem natildeo entender como tambeacutem satildeo prejudicados poresse comportamento

Fonte Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

MecircsAno Beneficiaacuterios

Dez2012

Dez2013

Dez2014

Dez2015

Mar2016

47722948

49346927

50394741

49441541

48824150

pois evita internaccedilotildees futuras e o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas para casos de maior gravidaderdquo diz

Outro fator que ele acredita coibir o uso excessivo eacute a coparticipaccedilatildeo dos beneficiaacuterios em consultas exames e internaccedilotildees

O iacutendice de 1355 de pessoas utilizando o plano de forma abusiva encontrado na pesquisa realizada pela AzimuteMed eacute considerado alto pelo setor Por outro lado 13 dos usuaacuterios natildeo utilizam o plano E isso tambeacutem preocupa

ldquoEssas pessoas estatildeo mais propensas a desenvolver doenccedilas crocircnicas e chegar a uma internaccedilatildeo porque natildeo fazem acompanhamentordquo afirma a diretora-geral da AzimuteMed Luciana Lauretti ldquoA forma correta de utilizar eacute a consciente Eacute im-portante ter um meacutedico fixo ir agraves consultas com a frequecircncia determinada fazer exames anuais de controle e manter um estilo de vida saudaacutevelrdquo completa

No caso dos doentes crocircnicos a pesquisa mostrou um problema ainda maior A meacutedia anual de gastos por vida dentro desse grupo chega a R$ 248042 Isso acon-tece porque muitos dos pacientes abandonam o tratamento e como consequecircncia a doenccedila sai do controle surgindo a necessidade de ir ao pronto atendimento com explosatildeo de custos e deterioraccedilatildeo da qualidade de vida Nesse ponto a conscientizaccedilatildeo eacute muito importante diz Luciana Lauretti

O consumidor precisa estar

atento agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de

modo responsaacutevel e eacutetico evitando

onerar ainda mais um sistema que por sua natureza de mutualismo aumenta seus

custos na medida de sua utilizaccedilatildeo

Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice

| MERCADO |

fumar enquanto 43 tiveram uma reduccedilatildeo consideraacutevel na quantidade de cigarros consumidos por dia ldquoPara ter uma ideia a Bradesco Sauacutede tem um custo meacutedio de R$ 400 mil para tratamento de pacientes com doenccedilas causadas pelo cigarro principalmente o cacircncer de pulmatildeordquo diz Coriolano

Programas de acompanhamento Um recurso que as operadoras estatildeo cada vez mais usando satildeo as empresas terceirizadas que desenvolvem programas de acompanhamento e conscientizaccedilatildeo de pacientes que possuem algum fator de risco ou doenccedilas crocircnicas Esses programas auxiliam os pacientes no t rat a mento e t raba l ha m de forma educativa e mostram para os participantes a importacircncia de seguir as recomendaccedilotildees meacutedicas e ministrar corretamente os medicamentos

A 4BIO Medicamentos Especiais por exemplo comercializa medicamentos

especiais e presta serviccedilo para as operadoras com acompanhamento

dos pacientes que tomam essa medicaccedilatildeo em casa O funda-dor e presidente da empresa Andreacute Kina explica que o objetivo eacute evitar o abandono do tratamento ldquoEm meacutedia a taxa de adesatildeo dos pacientes

a seus tratamentos eacute em torno de 50 com o acompanhamento

conseguimos elevar essa taxa para 80 Esse ganho evita internaccedilotildees hospitalares gerando economia para as operadorasrdquo diz

A empresa funciona como um ponto de contato entre a operadora e o paciente Duas vezes por mecircs os profissionais (farmacecircuticos e enfermeiros) entram em contato com o paciente para coletar informaccedilotildees sobre o tratamento e resolver possiacuteveis duacutevidas Caso seja identificado algum problema o plano eacute avisado e o meacutedico eacute acionado para que natildeo seja necessaacuteria uma internaccedilatildeo futuramente

De acordo com Kina pesquisas mun-diais mostram que para cada R$ 1 que a operadora investe em serviccedilo de acompanhamento ela economiza R$ 10 evitando internaccedilotildees hospitalares ldquoEacute um investimento a meacutedio e longo prazo mas que traz retornordquo finaliza

Para mudar o comportamento do beneficiaacuterio

eacute necessaacuteria uma grande

campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso

do desperdiacutecio de aacutegua

Dentro das empresas

A assistecircncia meacutedica eacute o segundo maior gasto da aacuterea de recursos humanos atraacutes apenas da folha de pagamento Para garantir que seus funcionaacuterios faccedilam bom uso do plano e evitar reajustes algumas empresas estatildeo criando seu proacuteprio programa de promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de doenccedilas

Com mais de 4 mil funcionaacuterios a Contax com-panhia que atua na aacuterea de contact center criou o programa Viver Bem Contax O gerente meacutedico corporativo da empresa Glauco Callias explica que o programa foi desenhado baseado em trecircs pilares prevenccedilatildeo accedilatildeo e cuidado

A prevenccedilatildeo consiste em evitar o aparecimento de doenccedilas por meio de accedilotildees e informaccedilotildees que favoreccedilam haacutebitos de vida saudaacuteveis como a praacutetica de atividade fiacutesica alimentaccedilatildeo balanceada natildeo ingestatildeo de bebida alcooacutelica em excesso e cessaccedilatildeo do tabagismo O pilar accedilatildeo envolve atividades para reduzir o impacto de situaccedilotildees do meio ambiente como a busca ativa por focos do mosquito Aedes Aegypti e campanhas contra o H1N1

Jaacute no pilar cuidado satildeo desenvolvidos programas para puacuteblicos especiacuteficos ldquoSatildeo situaccedilotildees que jaacute existem e precisam ser gerenciadasrdquo esclarece Callias Dentro desse pilar a empresa desenvolveu o programa Gestante ldquoSe a nossa funcionaacuteria faz o preacute-natal corretamente ela tem menos chance de ter um parto prematuro e de o bebecirc precisar de uma UTI neonatal Isso eacute positivo para ela para a crianccedila e para a empresa que natildeo tem um grande impacto nos custos do convecircniordquo completa

O programa foi criado apoacutes uma pesquisa que mostrou que 55 das funcionaacuterias graacutevidas tinham realizado cesaacutereas Com ele as funcionaacuterias satildeo isentas da coparticipaccedilatildeo em exames e proce-dimentos relacionados agrave gravidez se fizerem o preacute-natal corretamente e participarem das palestras oferecidas pela empresa ldquoEssas palestras satildeo o braccedilo educacional do programa Noacutes trazemos informaccedilotildees sobre os criteacuterios para o parto normal e a cesaacuterea com o intuito de conscientizaacute-las antes de fazer a escolhardquo diz

De acordo com Callias a adesatildeo das funcionaacute-rias tem sido grande ldquoElas vecircm atraiacutedas pela isenccedilatildeo da coparticipaccedilatildeo mas depois percebem a importacircncia do programardquo observa Implantado haacute apenas seis meses o Gestante ainda natildeo tem resultados mensuraacuteveis

A expectativa eacute reduzir em 40 o nuacutemero de partos cesaacutereas e em 23 o nuacutemero de internaccedilotildees em UTI neonatal no periacuteodo de um ano Tambeacutem haacute expectativa de reduzir 10 pontos de sinistro dentro do puacuteblico do programa nesse periacuteodo

Outras empresas preocupadas com os gastos atuam junto com as operadoras para melhorar a gestatildeo do benefiacutecio de sauacutede A Bradesco Sauacutede por exemplo possui dois programas aplicados em parceria com o departamento de Recursos Humanos de seus clientes Sistema de Informaccedilotildees Gerenciais (SIGE) e Juntos Pela Sauacutede O SIGE tem como objetivo disponibilizar informaccedilotildees agraves aacutereas de RH das empresas contratantes e incrementar a gestatildeo interna de recursos delas O sistema permite o acompanhamento em profundidade das despesas incorridas pelos funcionaacuterios que usufruem do benefiacutecio em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre possibilitando a geraccedilatildeo de relatoacuterios sob medida para as necessidades de anaacutelise do comportamento das despesas meacutedicas ldquoCom isso o SIGE tambeacutem pode indicar a necessidade de implementaccedilatildeo de ajustes no desenho do planobenefiacutecio de acordo com o perfil de cada empresardquo explica Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice O sistema possibilita a extraccedilatildeo de dados e relatoacuterios que permite uma compreensatildeo adequada da gestatildeo do plano

Jaacute o ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo foi desenhado com base em estudos gerenciais para identif icaccedilatildeo de riscos Satildeo feitos exames e aplicados ques-tionaacuterios e a partir deles o programa indica accedilotildees de prevenccedilatildeo que vatildeo desde a entrega de material explicativo e realizaccedilatildeo de palestras ministradas por profissionais especializados em promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo ateacute a elaboraccedilatildeo de programas especiacuteficos de gestatildeo de patologias O programa tambeacutem desenvolve accedilotildees como imunizaccedilatildeo vacinaccedilatildeo contra gripe benefiacutecio farmaacutecia entre outros

ldquoA informaccedilatildeo e a assistecircncia oferecidas con-tribuem para que os participantes se tornem mais conscientes e motivados a mudar seus haacutebitos de vida e o comportamento em relaccedilatildeo agrave sauacutederdquo afirma o presidente

Dentro do ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo existe o programa ldquoAbandono do Tabagismordquo criado em 2012 Do total de pessoas que participaram 48 pararam de

| Melh res Praacuteticas24 Melh res Praacuteticas | 25

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

A internet eacute presenccedila indiscutiacutevel na vida do brasileiro De acordo com pesquisa publi-cada em 2015 pela agecircncia internacional We Are Social o paiacutes estaacute entre as naccedilotildees mais conectadas do mundo Satildeo mais de 9

horas on-line por dia sendo que dessas 5h e 26 minutos satildeo provenientes de tablets ou telefones moacuteveis O fenocircmeno acompanha um movimento mundial de popularizaccedilatildeo da internet Nos uacuteltimos 12 anos a conectividade permitida pelas redes sociais potencializada pela mobilidade trazida pelos smartphones tem mudado a forma como se recebe e se compartilha informaccedilatildeo Uma mudanccedila intensa que afetou profundamente as relaccedilotildees pessoais e profissionais dos indiviacuteduos em todo o planeta

No ambiente de trabalho em especial no hospitalar satildeo constantes os eventos e procedimentos que exigem foco e atenccedilatildeo das equipes E por isso esse amplo acesso agraves redes sociais faz soar um alerta Por um lado os aparelhos repletos de possibilidades satildeo ferramentas uacuteteis para otimizar a comunicaccedilatildeo interna e acessar profissionais e conteuacutedo de forma raacutepida e eficiente por outro os recursos para fazer anotaccedilotildees registrar

Como as redes sociais e smartphones transformaram o modo como a sociedade produz compartilha e se relaciona com a informaccedilatildeo e o impacto dessa mudanccedila no dia a dia dos profissionais da sauacutede

Dani Dias Ferreira

gravar fotografar e trocar mensagens satildeo potencialmente um problema quando usados de forma inde-vida jaacute que as informa-ccedilotildees em minutos podem ser compartilhadas com um nuacutemero expressivo de pessoas de forma descontrolada Isso sem falar na mistura das esferas pessoal e profissional

A velocidade da mudanccedila tem sido tatildeo intensa que natildeo houve tempo de as em-presas (nem a sociedade como um todo) se organizarem para conciliar os benefiacutecios dessas novas tecnologias e ao mesmo tempo prevenir-se dos efeitos que o uso indevido pode acarretar

Em primeiro lugar via de regra eacute neces-saacuterio recorrer ao bom senso agraves normas da instituiccedilatildeo agrave observaccedilatildeo dos princiacutepios eacuteticos e agraves boas praacuteticas Eacute o que pensa

Angela Blatt Ortiga enfermeira haacute 30 anos que atua como secretaacuteria do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) Estudiosa do assunto daacute palestras em uni-versidades e hospitais esclarecendo os limites de utilizaccedilatildeo das redes

Nesses encontros ela ressalta os proacutes e contras da utilizaccedilatildeo de aparelhos celulares e aplicativos no dia a dia dos enfermeiros Entre as vantagens estaacute o fato de a rede social ampliar a facilidade de comunicaccedilatildeo com baixo custo e as pessoas terem acesso e ser um meio uacutetil para socializar as boas praacuteticas natildeo apenas com as equipes mas tambeacutem com a comu-nidade em geral

A empresa pode limitar

o uso dos aparelhos celulares e acesso a

redes sociais durante o expediente

Entre as situaccedilotildees delicadas estatildeo aquelas ligadas agrave seguranccedila do paciente jaacute que os aparelhos tele-focircnicos moacuteveis natildeo estatildeo devidamente higienizados e podem ser um fator de contaminaccedilatildeo Como elemento de distraccedilatildeo podem contribuir com a falha humana

Durante as palestras os limites de utilizaccedilatildeo das redes sociais sempre despertam questiona-mentos dos partici-pantes As perguntas mais frequentes satildeo a adequaccedilatildeo a respeito de publicaccedilotildees fotografias e gravaccedilotildees realizadas dentro do ambiente de trabalho e o seu impacto A resposta eacute taxativa ldquoFrases reclamaccedilotildees e expressotildees como lsquotodo mundo saiu e eu fiquei sozinhorsquo ou lsquoplantatildeo mais ou menosrsquo podem prejudicar a imagem do colaborador e da institui-ccedilatildeo apesar de parecerem inofensivas Natildeo eacute soacute uma

questatildeo pessoal vocecirc estaacute lidando com privacidade direito autoral eacutetica profissionalrdquo explica a enfermeira

Comentaacuterios sobre pacientes ainda que sejam positivos podem desagradar quem estaacute em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou simplesmente natildeo gostaria de ter sua intimidade exposta Inclusive natildeo satildeo poucas as reclamaccedilotildees e denuacutencias que chegam ao Conselho sobre o uso indevido das redes daiacute a necessidade de orientar Inserir estranhos nos grupos de whatsapp ou repassar conteuacutedo profissional a grupos pessoais tambeacutem pode gerar desconforto ou mesmo permitir que informaccedilotildees sigilosas sejam vazadas para a imprensa

Demissotildees por mau uso jaacute natildeo satildeo uma novidade Natildeo satildeo casos isolados e tampouco restritos agrave realidade nacional tanto que algumas instituiccedilotildees e associaccedilotildees nos EUA por exemplo criaram e disponibilizaram materiais on-line abordando o assunto A National Council of State Boards of Nursing lanccedilou o The Nursersquos Guide to the Use of Social Media (wwwncsbnorgNCSBN_SocialMediapdf) manual detalhado de como profissionais da enfermagem devem se portar na utilizaccedilatildeo das redes sociais No Brasil nos sites do Coren e do Conselho Regional de Medicina tambeacutem eacute possiacutevel encontrar artigos e orientaccedilotildees sobre o tema

O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem Resoluccedilatildeo Cofen nordm 311 de 8 de fevereiro de 2007 traz regulamentaccedilotildees que valem tambeacutem para a atuaccedilatildeo nas redes sociais como a restriccedilatildeo a ldquoinserir imagens ou informaccedilotildees que possam identificar pessoas e instituiccedilotildees sem sua preacutevia autorizaccedilatildeordquo

Por sua vez o Coacutedigo de Eacutetica Meacutedica apesar de permitir aos meacutedicos a divulgaccedilatildeo em seu perfil nas redes sociais de dados sobre sua es-pecialidade CRM e local onde atendem proiacutebem a distribuiccedilatildeo e publicaccedilatildeo de fotos tiradas com pa-cientes em locais de aten-dimento como cirurgias ou consultas Eacute vedado ainda ao profissional con-sultar diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicaccedilatildeo em massa Jaacute o Marco Civil da Internet desde 2014 em vigor mas regula-

Melh res Praacuteticas | 27

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

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EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

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Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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Out

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Nov

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Outras instituiccedilotildees

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Ago

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134500

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Set

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Out

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Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 45

Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

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96

2014 2014

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| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| Melh res Praacuteticas62 Melh res Praacuteticas | 63

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

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2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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vida mais saudaacutevel

Page 5: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas8 Melh res Praacuteticas | 9

| SUMAacuteRIO |

16

14

20 24

10

28

Um retrato da pesquisa meacutedica no Brasil

Fundador do Patient Experience Institute fala sobre o conceito de lsquoexperiecircncia do pacientersquo

Uso consciente do plano de sauacutede pode ajudar a diminuir os custos para o cliente

Como redes sociais e smartphones satildeo os novos desafios na gestatildeo de pessoas nos hospitais

O que foi pauta em importantes encontros no Brasil e EUA

Veja qual o canal de comunicaccedilatildeo mais eficiente na relaccedilatildeo empresa-cliente

INOVACcedilAtildeO

PATIENT EXPERIENCE

MERCADO

GESTAtildeO DE PESSOAS

ENTREVISTA

PESQUISA

A experecircncia brasileira na aplicaccedilatildeo da Colaborativa como meacutetodo de aprendizado e formaccedilatildeo de cultura de seguranccedila

32 MELHORIA CONTIacuteNUA

bull Luiz Fernando Reis

bull Luiz Rizzo

bull Otaacutevio Berwanger

bull Andreacute Kina bull Antocircnio Carlos Abbatepaolo

bull Glauco Callias bull Luciana Lauretti

bull Marcio Coriolano

bull Angela Blatt Ortigabull Flaacutevio Pires

bull Paula Gallo

bull Kelly Rodriguesbull Toby Cosgrove

16 20 24

bull Jason Wolf

30 Como eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetivaOPINIAtildeO

bull Maureen Bisognano

| SECcedilOtildeES |

54

6258

4850

38

Plano diretor e projetos flexiacuteveis reduzem custos

Entenda a certificaccedilatildeo HIMSS

Tendecircncias globais de como a tecnologia impactaraacute na relaccedilatildeo meacutedico-paciente

A relaccedilatildeo direta entre logiacutestica e rentabilidade

Rastreabilidade eacute aposta para aumentar a seguranccedila

Desafios para implementar o modelo assistencial com hospitalistas

ARQUITETURA HOSPITALAR

HOSPITAL DIGITAL

SAUacuteDE DIGITAL

OPINIAtildeO

LOGIacuteSTICA

MEDICINA HOSPITALAR

bull George Trigueiro Filho bull Fernando Cruz bull Alexandre Dias bull Claacuteudio Giulliano Alves da Costa

bull Cobertura Foacuterum Internacional eHealth Scenarios trends e investments

bull Pedro Lopes Ribeiro

bull Guilherme Barcellos bull Marcelo Sartoribull Ron Greeno

bull Marco Bego bull Jarbas Barbosabull Mathieu Aman bull Antocircnio Britto

bull Arthur Brito bull Iside Falzetta bull James Scheulen bull Salim Lamha Neto

66 CERTO E ERRADO Administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

68 PROTOCOLO ASSISTENCIAL Parto seguro de 9 para 41 a adesatildeo ao parto normal

76 INDICO Dimensotildees econocircmicas das doenccedilas crocircnicas

77 LIVROS Leitura recomendada para ampliar o conhecimento

50 38 62

78 AGENDA Eventos da aacuterea da sauacutede

79 INDICO ARTIGOS Anaacutelise de readimissotildees e oacutebitos

80 RADAR Os movimentos da aacuterea da sauacutede

83 SAUacuteDE EM UM CLIC O focirclego das operadoras de medicina de grupo

72 Gaacutes natural eacute opccedilatildeo viaacutevel para reduccedilatildeo de custos nos hospitaisSUSTENTABILIDADE

bull Marcelo Mendonccedila bull Luiz Aramicy Bezerra Pintobull Antonio Carlos Cascatildeo bull Ricardo Michelin bull Silvio Costa

| Melh res Praacuteticas10 Melh res Praacuteticas | 11

| ENTREVISTA |

Presidente do Beryl Institute fundador e presidente do Patient Experience Institute editor fundador do Patient Experience Global

OInstituto Beryl eacute uma comunidade global aberta aos que desejam discutir estrateacutegias para perceber e atingir a expectativa de pa-

cientes e seus familiares no que se refere qualidade assistencial acolhimento e atendimento de forma geral Seu fundador Jason Wolf esteve em Satildeo Paulo em junho a convite do Hospital Israelita Albert Einstein para o I Simpoacutesio Latino-Americano para Experiecircncia do Paciente

Para um puacuteblico de quase 700 pessoas o especialista falou sobre o engajamento de profissionais e como aproveitar a oportunidade de aproximaccedilatildeo com os clientes tambeacutem para educaacute-los

Nesta entrevista exclusiva agrave Melhores Praacuteticas ele destaca como o olhar sistecircmico proposto pela Experiecircncia do Paciente reforccedila inclusive o propoacutesito e comprometimento de quem escolheu o cuidado ao outro como profissatildeo

MAIS DO QUE ATENDER

ENTREVISTA JASON WOLF

Conhecer as expectativas de clientes e familiares eacute essencial para gerenciar

possiacuteveis frustraccedilotildees e estabelecer o limite entre o possiacutevel e o desejaacutevel

| Melh res Praacuteticas10 Melh res Praacuteticas | 11

Em sua apresentaccedilatildeo o senhor ressalta que a experiecircncia do paciente depende do envolvi-mento do meacutedico a retenccedilatildeo e motivaccedilatildeo de empregados os valores da instituiccedilatildeo e o foco no paciente Como esses natildeo satildeo toacutepicos necessa-riamente novos o que o conceito Experiecircncia do Paciente traz

Tradicionalmente construiacute-mos os cuidados com a sauacutede do ponto de vista do provedor do cuidador No entanto jamais pensamos no exterior no ponto de vista do que eacute im-portante para o consumidor Isso nos levou a prestar um serviccedilo fragmentado como se fosse formado por silos A experiecircncia do paciente trata de abrigar esses cuidados ldquodesconexosrdquo como um tipo de guarda-chuva possibilitando que a conversa seja alinha-da a propoacutesitos maiores Assim quando comeccedilamos a amarrar todas as coisas em uma soacute unidade em torno da experiecircncia que desejamos promover enxergamos melhor as eficiecircncias a gestatildeo de custos e as decisotildees cliacutenicas Experiecircncia do Paciente natildeo eacute um novo conceito criativo mas sim uma nova lente por meio da qual podemos aplicar os conceitos que jaacute conhecemos

E como saber o que importa para o paciente

Perguntando e estabelecendo canais eficientes de comunicaccedilatildeo como pes-quisa grupos de enfoque ouvidoria e redes sociais Pacientes atuais familiares e antigos clientes precisam ser ouvidos Eacute uma abordagem em camadas porque vocecirc precisa estar questionando sempre Aleacutem disso em primeiro lugar a instituiccedilatildeo deve ter claro qual eacute o tipo de experiecircncia que deseja fornecer aos pacientes e comunidade

A realidade eacute que quando chegamos a perguntar sobre expectativas aumentamos o niacutevel da conversa ao ponto de poder alinhar com o cliente o que poderaacute ou natildeo ser atendido e por quecirc

As expectativas de cuidadores e pacientes natildeo seriam as mesmas

Fundamentalmente satildeo proacuteximas Somos seres humanos e nesse tra-balho os valores centrais que nos norteiam satildeo consistentes Mas como cuidadores de sauacutede temos restriccedilotildees sistemaacuteticas sobre a operaccedilatildeo no nosso sistema dentro daquilo que ele permite que faccedilamos Na condiccedilatildeo de paciente ou familiar cria-se uma imagem sobre como deveriam ser os cuidados recebidos ou sobre como as coisas poderiam ser feitas Entatildeo haacute diferenccedila em termos de expectativas Uma parte das minhas colocaccedilotildees trata de como continuamos a aumentar as expectativas dos dois lados

Expectativas crescentes natildeo contribuem para que as pessoas estejam sempre insatisfeitas

Acho que natildeo Os sistemas da aacuterea da sauacutede tecircm a obriga-ccedilatildeo de educar Natildeo se trata de fazer o que o cliente quer mas sim de fazer o que eacute certo dentro das limitaccedilotildees do sistema considerando o ponto de vista cliacutenico e reconhecendo aquilo que eacute importante para o paciente Assim por exemplo se o cliente tiver cinco expecta-tivas eu deveria me sentir confortaacutevel ao informaacute-lo por que natildeo posso atender a todas Assim na proacutexima vez em que el e retornar provavelmente jaacute saberaacute Mesmo quando natildeo gostam da resposta ao serem ouvidos sentem-se respeitados

Entatildeo a chave estaacute na transparecircncia

Exatamente A transparecircncia trata de tornar acessiacuteveis os serviccedilos de sauacutede e natildeo apenas acessiacuteveis pelo custo mas tambeacutem pelo enten-dimento Assim quando conversamos sobre expecta-tivas educamos a respeito dos termos mais criacuteticos e ajudamos o paciente e fa-miliar a identificar o que eacute importante e o que pode ser deixado de lado

Por Gilmara Espino

| Melh res Praacuteticas12 Melh res Praacuteticas | 13

| ENTREVISTA |

12

Eacute muito difiacutecil treinar as

pessoas para se comportarem de formas que natildeo

satildeo acostumadas a se comportar

Eacute possiacutevel ensinar certas

habilidades e taacuteticas mas ao final do dia

teremos que achar os profissionais

certos para assimilar e

transmitir o tipo de experiecircncia que queremos

Essa comunicaccedilatildeo depende de um colaborador que muitas vezes estaacute desmotivado estressado e ateacute mal remunerado Como preparaacute-lo

Natildeo importa como eacute o sistema ao redor do mundo este con-ceito de compaixatildeo cansaccedilo e estafa eacute bem tangiacutevel Cuidadores tecircm muitas tarefas e responsabilidades simultacirc-neas Por isso eacute fundamental reforccedilar a todo momento o propoacutesito de todo esse trabalho Mostrar como contribuem para organizaccedilotildees financeiras saudaacuteveis e tambeacutem para a fidelidade dos pacientes e comunidades Eacute o propoacutesito que leva a maioria das pessoas a optar pela aacuterea da sauacutede em primeiro lugar

Costumo dizer que eacute muito difiacutecil treinar as pessoas para se comportarem de formas que natildeo satildeo acostumadas a se comportar Posso de fato ensinar certas habilidades e taacuteticas mas ao final do dia teremos que achar os profissionais certos na aacuterea da sauacutede para assimilar e transmitir o tipo de experiecircncia que noacutes queremos

O relatoacuterio State of Patient Experience

2015 traz o resultado de uma das mais completas

pesquisas e estudo de benchmarking do Instituto

A coleta de dados envolveu mais de

1500 participantes de 21 paiacuteses

download gratuito em httpbitly2b7THYq

LEIA MAIS Vocecirc pode explorar sobre experiecircncia do paciente na ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas Especial Cuidado Centrado no Paciente

Jason Wolf explica o Instituto

Beryl como uma plataforma em

que ideacuteias se transformam em co-

nhecimento compartilhado Natildeo

somos nem uma consultoria nem

uma associaccedilatildeo Diria que somos

um hiacutebrido de uma organizaccedilatildeo

associativa de praacutetica comu-

nitaacuteria e um tipo de formadora

de opiniatildeo Assim trabalhamos

para quebrar as barreiras entre

as organizaccedilotildees e criar um am-

biente de colaboraccedilatildeo global e

compartilhamento de ideiasrdquo

O instituto se financia por

contribuiccedilotildees de filiados pa-

trociacutenios receitas de eventos e

outros produtos voltados para

a educaccedilatildeo No site eacute possiacutevel

encontrar estudos de casos

viacutedeos pesquisas e vasto material

sobre Experiecircncia do Paciente

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| Melh res Praacuteticas14 Melh res Praacuteticas | 15

L evar a melhor experiecircncia eacute promover o melhor cuidado cliacutenico seguranccedila e conforto possiacuteveis para os pacientes Tambeacutem eacute o entendimento que essa eacute uma responsabilidade coletiva dos colaboradores de uma instituiccedilatildeo de

sauacutede e natildeo apenas dos meacutedicos e enfermeiros As discussotildees sobre como transformar esse discurso em praacutetica tem movimentado grandes eventos

Jaacute na seacutetima ediccedilatildeo o Patient Experience Empathy + Innovation Summit organizado pela Cleveland Clinic nos Estados Unidos em parceria com oito organizaccedilotildees entre elas a The Joint Commission recebeu em maio de 2016 cerca de 2000 participantes vindos de 37 paiacuteses

No mecircs seguinte o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) ofereceu em Satildeo Paulo o I Simpoacutesio Latino Americano de Experiecircncia do Paciente Foram cerca de 700 presentes um nuacutemero bastante expressivo de interessados em um assunto que estava sendo abordado de forma estruturada pela primeira vez no Brasil A Revista Melhores Praacuteticas foi a miacutedia apoiadora do evento

ldquoOs dois eventos mostraram que aleacutem da experiecircncia do paciente do cuidador e da equipe assistencial os liacutederes estatildeo empenhados em discutir a experiecircncia humana abordando como conduzir a melhoria e diferenciaccedilatildeo em nossas organizaccedilotildeesrdquo conta Kelly Rodrigues soacutecia-diretora da Patient Centricity Consulting empresa nacional voltada a ajudar na

implementaccedilatildeo da metodologia de atenccedilatildeo centrada no paciente

Em comum os encontros destacaram a relevacircncia de direcionar o cuidado para o que realmente importa para o paciente o uso de ferramentas de marketing e comunicaccedilatildeo no engajamento e contato a responsabilidade do meacutedico como liacuteder do processo assistencial e o zelo indispensaacutevel aos profissionais que recebem diretamente as demandas dos pacientes e seus acompanhantes

Segundo o convidado internacional do Simpoacutesio organizado pelo Einstein Jason Wolf (ler entrevista exclusiva nessa ediccedilatildeo) as boas instituiccedilotildees realmente acreditam que de fato estatildeo cuidando de seus pacientes o que natildeo deixa de ser verdade O ponto-chave eacute saber como esse cuidado quer ser recebido

O Storytelling que eacute a capacidade de contar narrativas de maneira relevante (depoimentos por exemplo) e o Content Marketing que trata de apresentar conteuacutedo relevante como estrateacutegia para atrair e reter o puacuteblico estatildeo entre as ferramentas que podem ajudar no engajamento e na capacidade de influenciar comportamentos positivos

ldquoO fato eacute que o mundo digital estaacute transformando as relaccedilotildees e isso natildeo eacute diferente na sauacutede Temos que aprender a tirar o melhor proveito dessas miacutedias e criar experiecircncias on-line e offline para nossos pacientes pois eles querem interagir conosco de vaacuterias maneiras ao longo da sua jornada tornando a comunicaccedilatildeo consistente um desafio ainda maiorrdquo conta Kelly Rodrigues

| PATIENT EXPERIENCE |

Assunto foi tema central de encontro na Cleveland Clinic e no Hospital Albert Einstein Saiba o que foi discutido

CUIDAR DE QUEM CUIDAOlhar para aquele que recebe o cuidado eacute apenas um dos muacuteltiplos focos propostos pela Experiecircncia do Paciente Afinal do outro lado da ponta estaacute o cuidadorldquoA experiecircncia do paciente eacute uma jornada e a qualidade dos cuidados de sauacutede eacute pautada nas experiecircncias cliacutenica meacutedica e emocional O CEO da Cleveland Clinic Toby Cosgrove citou que onde temos a maior oportunidade de melhorar eacute na experiecircncia emocional pois muitas vezes os pacientes chegam aterrorizados ao hospital e desejam apenas ser tratados com carinho e cuidado Poreacutem o stress do dia a dia deste ambiente faz com que muitas vezes a equipe se distancie dessa realidade e dessa forma o paciente se torne mais um nuacutemero mais um atendimento mais uma patologiardquo comenta Kelly sobre sua participaccedilatildeo no Summit ldquo

Ela conta que a Cleveland Clinic manteacutem o programa Code Lavender em que um capelatildeo visita os andares e percebe o niacutevel de stress da equipe pacientes e familiares para endereccedilar os cuidados necessaacuterios a cada um

ldquoSatildeo tratamentos holiacutesticos para eventos emocionais com terapias de toque reiki terapias manuais incluindo massagens e reflexologia aromaterapia muacutesica arte terapia acupuntura aleacutem de apoio emocional e espiritualrdquo diz

De modo geral a conclusatildeo eacute que tudo comeccedila na escolha adequada do perfil de funcionaacuterio que se deseja o que inclui reconhecer no candidato os valores que a instituiccedilatildeo preserva E a partir daiacute construir uma trilha de aprimoramento profissional e de identificaccedilatildeo com o propoacutesito do cuidado centrado no paciente

CULTURADurante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave Durante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais

EXPERIEcircNCIA DO PACIENTE EM ALTA

A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave receber feedback e entender as fragilidades como oportunidades A segunda eacute a tratativa o dia a dia com cada caso e f inalmente a preventiva Na prevenccedilatildeo haacute uma anaacutelise macro sobre o que atuar em uma aacuterea ou accedilatildeo criacutetica identif icadardquo

bull Leia mais sobre o assunto no ldquoEspecial Cuidado Centrado no Pacienterdquo da ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas

Cultura organizacional para transformar a experiecircncia do paciente

AGENDE-SE22 a 24 de maio | Informaccedilotildees httpbitly2bMi3sY

Comprometer-se com uma meta de zero eventos adversos

Colocar os pacientes no centro do planejamento execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados

Reconhecer definir e compreender a interdependecircncia criacutetica de seguranccedila qualidade e atenccedilatildeo centrada no paciente como os trecircs elementos principais da experiecircncia do paciente

Direcionar a mudanccedila a partir de anaacutelise de dados e transparecircncia

Transformar a cultura e a lideranccedila

Focar prestaccedilatildeo de contas (accountability) e execuccedilatildeo

Seis elementos primordiais para consolidaccedilatildeo de uma cultura de experiecircncia do paciente

Gilmara Espino

| Melh res Praacuteticas16 Melh res Praacuteticas | 17

| INOVACcedilAtildeO |

E m maio deste ano a neu-rocientista e pesquisadora Suzana Herculano-Houzel aceitou uma proposta de trabalho nos Estados

Unidos deixando de fazer pesquisa em seu paiacutes natal O fato que na maior parte dos setores soaria como algo comum virou notiacutecia entre seus colegas no meio e gerou uma discussatildeo faltam recursos para a pesquisa meacutedica no Brasil

Em entrevista agrave Globo News tambeacutem em maio a proacutepria Suzana disse que sim De acordo com ela desde 2015 a verba deixou de ser repassada ldquoEu deixei de receber novos alunos inclusive estran-geiros porque os recursos para o trabalho de pesquisa deixaram de ser pagosrdquo disse na eacutepoca Ela atuava dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Culturalmente o Brasil eacute um paiacutes no qual a iniciativa privada investe pouco em pesquisa Em praticamente todos os setores a academia eacute a responsaacutevel por esse segmento e atua de forma muito distante da induacutestria Na aacuterea meacutedica natildeo eacute diferente

A ausecircncia de diaacutelogo entre cientistas e iniciativa privada gera alguns resultados ruins para o paiacutes O deacuteficit da balanccedila comercial de medicamentos por exemplo eacute de US$11 bilhotildees por ano Jaacute o de equipamentos eacute de US$45 bilhotildees O paiacutes estaacute longe de ser autossustentaacutevel nesses setores mas na opiniatildeo do diretor de ensino e pesqui-sa do Hospital Siacuterio-Libanecircs Luiz Fernando Reis a diferenccedila poderia ser menor se houvesse mais conversas entre a academia e a induacutestria

PESQUISA MEacuteDICA NO BRASILFixadas na maior parte das vezes nos hospitais universitaacuterios instituiccedilotildees de ensino e pesquisa ainda tecircm muito o que evoluir satildeo poucos os hospitais privados que investem na aacuterea

Julia Duarte

Hoje o paiacutes passa por

um segundo desafio que eacute

a qualidade do conhecimento gerado Nossa

produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircncia

ldquoO conhecimento estaacute na acade-mia enquanto a inovaccedilatildeo estaacute na induacutestria Esses dois mundos precisam conversar Fazer pesquisa eacute transformar dinheiro em conhecimento Agora noacutes precisamos fazer o caminho de volta e transformar esse conhecimento em benefiacutecios para a socie-daderdquo completa

O Siacuterio-Libanecircs eacute um dos poucos hospitais fora do meio univer-sitaacuterio que investe em pesquisa no Brasil O hospital possui o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) com cursos de especializa-ccedilatildeo residecircncia mestra-do e doutorado

Segundo Reis nos uacuteltimos 10 anos houve um aumento da quan-tidade da produccedilatildeo cientiacute f ica do paiacutes Ele atribui o cresci-mento entre outros fatores ao papel desempe-nhado pela Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (Capes) fundaccedilatildeo do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC)

ldquoHoje o paiacutes passa por um segundo desafio que eacute a quali-dade do conhecimento gerado Noacutes precisamos dar mais con-sistecircncia agrave pesquisa meacutedica Nossa produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircnciardquo afirma De acordo com ele os esforccedilos do IEP do Siacuterio-Libanecircs estatildeo voltados principalmente para o desen-volvimento institucional do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Pesquisas nessa linha satildeo in-centivadas pelo Programa de

Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) do Ministeacuterio da Sauacutede A contribuiccedilatildeo se daacute por meio do desenvolvimento incorpo-raccedilatildeo e transferecircncia de novas tecnologias e experiecircncias

em gestatildeo gerando novos conhecimentos e praacuteticas a partir de parceria entre entidades de sauacutede de reconhecida excelecircncia e os gestores do SUS

A ideia eacute a atuaccedilatildeo em conjunto na superaccedilatildeo de desafios melhoria e qualificaccedilatildeo de aacutereas estrateacutegicas na gestatildeo e prestaccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico de sauacutede no paiacutes O PROADI-SUS tem sido um impor-tante f inanciador da pesquisa meacutedica O diretor de pesquisa do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert

Einstein Luiz Rizzo tambeacutem cita o programa como um dos financiadores dos projetos da instituiccedilatildeo O foco das pes-quisas dessa instituiccedilatildeo eacute o envelhecimento sustentaacutevel

As entidades associaccedilotildees e fundaccedilotildees privadas sem fins lu-crativos como o Siacuterio- Libanecircs e o Albert Einstein ainda podem usufruir do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo Oncoloacutegica (PRONON) e do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo da Sauacutede da Pessoa com Deficiecircncia (PRONASPCD) criados para incentivar accedilotildees e serviccedilos desses oacutergatildeos no campo da oncologia e da pessoa com deficiecircncia

O diretor do Instituto de Pesquisa do Hospital do Coraccedilatildeo (HCor)

As redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia

dentro da pesquisa meacutedica

e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos

anos

| Melh res Praacuteticas18 Melh res Praacuteticas | 19

| INOVACcedilAtildeO |

Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Siacuterio-Libanecircs

Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Instituto de Pesquisa do HCor

FUNDACcedilAtildeO

TIPO DE PESQUISA

NUacuteMERO DE PESQUISADORES

2003

Cliacutenica e experimental

70 diretos mas todo o corpo cliacutenico e outros profissionais do hospital tambeacutem se envolvem

1998

Cliacutenica e experimental

21 diretos mas 700 pessoas estatildeo envolvidas em atividade de pesquisa entre meacutedicos do corpo cliacutenico e outros funcionaacuterios

2007

Cliacutenica

47 mas todo o corpo cliacutenico do hospital tambeacutem trabalha nas pesquisas

Otaacutevio Berwanger acre-dita que o f inanciamento baixo por parte da iniciativa privada eacute o principal desafio do setor Ele destaca que nos uacuteltimos anos houve um aumento nos investimentos mas o valor ainda eacute baixo ldquoHouve um crescente que parou nos uacuteltimos dois anos devido agrave crise eco-nocircmica A expectativa eacute que passada essa fase os aportes voltemrdquo afirma

O Instituto de Pesquisa do HCor tem foco prioritaacuterio em pesquisas cliacutenicas de doenccedilas cardioloacutegicas O financia-mento eacute por projeto assim como acontece nos outros institutos ldquoVer hospitais privados com institutos de pesquisa jaacute eacute uma grande evoluccedilatildeo Antes a pesquisa era vista apenas como gastordquo lembra Berwanger Ele afirma que inicialmente o Instituto exigiu investimento do hospi-tal mas hoje jaacute gera receita

Todos os trecircs institutos ouvidos nessa reportagem disseram que suas ativi-dades geram lucro para as instituiccedilotildees em que estatildeo instalados Nenhum deles revelou valores ldquoA pesquisa natildeo deve ser feita com cunho comercial somente mas tambeacutem natildeo pode ser vista apenas como despesardquo com-pleta o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor

Outros desafiosAleacutem da questatildeo financeira a pesquisa meacutedica enfrenta outros desafios Capacitaccedilatildeo de pessoal burocracia do processo cacircmbio e compe-titividade satildeo alguns deles Rizzo destaca que a formaccedilatildeo dos profissionais comeccedila na educaccedilatildeo baacutesica ldquoEacute preciso melhorar a educaccedilatildeo desde a infacircncia na escola ateacute a formaccedilatildeo meacutedica nas uni-versidades Quando vocecirc vai

olhar os rankings mundiais nossos alunos estatildeo muito abaixo da meacutedia se compara-dos a outros paiacutesesrdquo observa

Berwanger concorda ldquoFalta capacitaccedilatildeo entre os pro-fissionais para atuar com pesquisa A pesquisa cliacutenica deveria ser vista como uma especialidade dentro da medicinardquo diz

Do ponto de vista burocraacute-tico a demora na aprovaccedilatildeo de processos eacuteticos e regu-latoacuterios eacute um entrave para o crescimento da pesquisa meacutedica Aleacutem disso questotildees cambiais tambeacutem interferem ldquoA pesquisa tem um orccedilamen-to que eacute planejado a partir do cacircmbio jaacute que muitos insumos satildeo importados mas as variaccedilotildees no decorrer do projeto atrapalham bastanterdquo ressalta Rizzo Ele ainda lembra queos prazos burocraacute-ticos para importaccedilatildeo desses insumos satildeo muito longos

Outro desafio eacute a competitividade entre os institutos de pesquisa que dificilmente compartilham dados e informaccedilotildees prejudicando a evo-luccedilatildeo dos estudos Recentemente o governo norte-americano anun-ciou um plano chamado Moonshot com orccedilamento de US$1 bilhatildeo O objetivo eacute a colaboraccedilatildeo entre pesquisadores meacutedicos e entida-des para catalisar os avanccedilos na aacuterea oncoloacutegica

ldquoSe natildeo houvesse ciuacuteme entre laboratoacuterios e grupos de pesquisa poderiacuteamos evitar redundacircncias desnecessaacuterias das pesquisasrdquo disse o vice-presidente norte-a-mericano Joe Biden ao anunciar o programa ldquoVocecircs [oncologistas] aprenderam que natildeo daacute para trabalhar sozinhordquo completou

Para o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor as redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia dentro da pesquisa meacutedica e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos anos Todos os diretores de institutos ouvidos pela reporta-gem afirmaram ter parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior

Futuro da pesquisaTanto Rizzo quanto Berwanger destacaram o potencial do Brasil para a realizaccedilatildeo das pesquisas meacutedicas Eles lembraram que a miscigenaccedilatildeo da populaccedilatildeo do paiacutes eacute um aspecto riquiacutessimo do ponto de vista cientiacutefico ldquoO Brasil oferece a oportunidade de pesquisar o ser humano em sua diversidaderdquo afirma o diretor do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Para a induacutestria farmacecircutica principal-mente essa riqueza populacional eacute muito importante Testar medicamentos em uma populaccedilatildeo com geneacutetica parecida natildeo traz resultados tatildeo expressivos com isso o Brasil deve chamar mais atenccedilatildeo dessas empresas para o desenvolvimento de pesquisas

Berwanger jaacute natildeo vecirc o paiacutes apenas como um coadjuvante no cenaacuterio da pesquisa meacutedica mundial ldquoAntes a gente fornecia informaccedilotildees dos nossos pacientes para centros de pesquisa no exterior mas hoje jaacute temos pesquisas que satildeo coordenadas por noacutes e envolvem centros no mundo todo Isso mostra uma mudanccedila de posturardquo diz

Para o diretor do IEP do Siacuterio-Libanecircs o futuro da pesquisa depende da conversa entre a academia e a induacutestria ldquoEacute preciso parar com esse preconceito de que a academia natildeo pode conversar com o setor privado para que a pesquisa possa evoluir para benefiacutecios em prol da sociedaderdquo conclui

| Melh res Praacuteticas20 Melh res Praacuteticas | 21

| MERCADO |

Tdos os anos a Agecircncia N a c i o n a l d e S a uacute d e Suplementar (ANS) anuncia o reajuste aprovado nos valores dos planos de sauacutede e os beneficiaacuterios

reclamam e muito das taxas consideradas altas pela maioria Em 2016 o valor aprovado pela instituiccedilatildeo foi de ateacute 1357 A culpa na maior parte das vezes eacute colocada na inflaccedilatildeo meacutedica muito acima da inflaccedilatildeo comum e que onera os planos No entanto outro fator tambeacutem tem aumentado os custos e influenciado diretamente no valor cobrado do consumidor e das empresas o mau uso do plano de sauacutede

Um estudo de carteira com 2350 vidas realizado pela desenvol-vedora de programas de sauacutede AzimuteMed mostrou que 1355 das pessoas usam o plano de forma abusiva o que gera um gasto anual por beneficiaacuterio de R$ 267771

A meacutedia do mercado gira em torno de R$ 90696

Para driblar esse gargalo o setor estaacute se movimentando Afinal a conjuntura geral natildeo eacute favoraacutevel ndash nuacutemero de beneficiaacuterios caindo (vide tabela) ndash e reduzir custos eacute essencial O diretor executivo da Associaccedilatildeo Brasileira de Planos de Sauacutede (Abramge) Antocircnio Carlos Abbatepaolo afirma que estimativas mundiais mostram que 20 dos gastos com sauacutede satildeo desperdiacutecio De acordo com ele os beneficiaacuterios tecircm uma parcela consideraacutevel de responsabilidade por esses custos desnecessaacuterios

ldquoHaacute um padratildeo de desperdiacutecio dos beneficiaacuterios e do segmento de sauacutede Excesso de consultas e exames por exemplo eacute um problema Como natildeo existe um prontuaacuterio eletrocircnico o paciente faz um hemograma em janeiro a pedido de um meacutedico e em marccedilo quando

procura um especialista de outra aacuterea realiza o mesmo hemograma Isso gera desperdiacuteciordquo af irma Abbatepaolo

Em sua opiniatildeo para mudar o comportamento do beneficiaacuterio eacute necessaacuteria uma grande campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso do desperdiacutecio de aacutegua o que ainda natildeo aconteceu no setor de sauacutede suplementar ldquoEacute preciso mostrar que a economia tem significado no bolso do proacuteprio usuaacuterio Eles ainda natildeo entendem que os reajustes tambeacutem satildeo fruto da forma como eles utilizam o planordquo observa

Os programas de prevenccedilatildeo e cuidados integrais que estatildeo sendo adotados por operadoras e planos seriam uma forma de agir na raiz do problema com resultados a meacutedio e longo prazo ldquoSatildeo alternativas importantes para que haja economia e ganho cliacutenico para o paciente

Julia Duarte

DESPERDIacuteCIONA PONTAMau uso onera planos de sauacutede e folha de pagamento das empresas Beneficiaacuterios parecem natildeo entender como tambeacutem satildeo prejudicados poresse comportamento

Fonte Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

MecircsAno Beneficiaacuterios

Dez2012

Dez2013

Dez2014

Dez2015

Mar2016

47722948

49346927

50394741

49441541

48824150

pois evita internaccedilotildees futuras e o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas para casos de maior gravidaderdquo diz

Outro fator que ele acredita coibir o uso excessivo eacute a coparticipaccedilatildeo dos beneficiaacuterios em consultas exames e internaccedilotildees

O iacutendice de 1355 de pessoas utilizando o plano de forma abusiva encontrado na pesquisa realizada pela AzimuteMed eacute considerado alto pelo setor Por outro lado 13 dos usuaacuterios natildeo utilizam o plano E isso tambeacutem preocupa

ldquoEssas pessoas estatildeo mais propensas a desenvolver doenccedilas crocircnicas e chegar a uma internaccedilatildeo porque natildeo fazem acompanhamentordquo afirma a diretora-geral da AzimuteMed Luciana Lauretti ldquoA forma correta de utilizar eacute a consciente Eacute im-portante ter um meacutedico fixo ir agraves consultas com a frequecircncia determinada fazer exames anuais de controle e manter um estilo de vida saudaacutevelrdquo completa

No caso dos doentes crocircnicos a pesquisa mostrou um problema ainda maior A meacutedia anual de gastos por vida dentro desse grupo chega a R$ 248042 Isso acon-tece porque muitos dos pacientes abandonam o tratamento e como consequecircncia a doenccedila sai do controle surgindo a necessidade de ir ao pronto atendimento com explosatildeo de custos e deterioraccedilatildeo da qualidade de vida Nesse ponto a conscientizaccedilatildeo eacute muito importante diz Luciana Lauretti

O consumidor precisa estar

atento agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de

modo responsaacutevel e eacutetico evitando

onerar ainda mais um sistema que por sua natureza de mutualismo aumenta seus

custos na medida de sua utilizaccedilatildeo

Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice

| MERCADO |

fumar enquanto 43 tiveram uma reduccedilatildeo consideraacutevel na quantidade de cigarros consumidos por dia ldquoPara ter uma ideia a Bradesco Sauacutede tem um custo meacutedio de R$ 400 mil para tratamento de pacientes com doenccedilas causadas pelo cigarro principalmente o cacircncer de pulmatildeordquo diz Coriolano

Programas de acompanhamento Um recurso que as operadoras estatildeo cada vez mais usando satildeo as empresas terceirizadas que desenvolvem programas de acompanhamento e conscientizaccedilatildeo de pacientes que possuem algum fator de risco ou doenccedilas crocircnicas Esses programas auxiliam os pacientes no t rat a mento e t raba l ha m de forma educativa e mostram para os participantes a importacircncia de seguir as recomendaccedilotildees meacutedicas e ministrar corretamente os medicamentos

A 4BIO Medicamentos Especiais por exemplo comercializa medicamentos

especiais e presta serviccedilo para as operadoras com acompanhamento

dos pacientes que tomam essa medicaccedilatildeo em casa O funda-dor e presidente da empresa Andreacute Kina explica que o objetivo eacute evitar o abandono do tratamento ldquoEm meacutedia a taxa de adesatildeo dos pacientes

a seus tratamentos eacute em torno de 50 com o acompanhamento

conseguimos elevar essa taxa para 80 Esse ganho evita internaccedilotildees hospitalares gerando economia para as operadorasrdquo diz

A empresa funciona como um ponto de contato entre a operadora e o paciente Duas vezes por mecircs os profissionais (farmacecircuticos e enfermeiros) entram em contato com o paciente para coletar informaccedilotildees sobre o tratamento e resolver possiacuteveis duacutevidas Caso seja identificado algum problema o plano eacute avisado e o meacutedico eacute acionado para que natildeo seja necessaacuteria uma internaccedilatildeo futuramente

De acordo com Kina pesquisas mun-diais mostram que para cada R$ 1 que a operadora investe em serviccedilo de acompanhamento ela economiza R$ 10 evitando internaccedilotildees hospitalares ldquoEacute um investimento a meacutedio e longo prazo mas que traz retornordquo finaliza

Para mudar o comportamento do beneficiaacuterio

eacute necessaacuteria uma grande

campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso

do desperdiacutecio de aacutegua

Dentro das empresas

A assistecircncia meacutedica eacute o segundo maior gasto da aacuterea de recursos humanos atraacutes apenas da folha de pagamento Para garantir que seus funcionaacuterios faccedilam bom uso do plano e evitar reajustes algumas empresas estatildeo criando seu proacuteprio programa de promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de doenccedilas

Com mais de 4 mil funcionaacuterios a Contax com-panhia que atua na aacuterea de contact center criou o programa Viver Bem Contax O gerente meacutedico corporativo da empresa Glauco Callias explica que o programa foi desenhado baseado em trecircs pilares prevenccedilatildeo accedilatildeo e cuidado

A prevenccedilatildeo consiste em evitar o aparecimento de doenccedilas por meio de accedilotildees e informaccedilotildees que favoreccedilam haacutebitos de vida saudaacuteveis como a praacutetica de atividade fiacutesica alimentaccedilatildeo balanceada natildeo ingestatildeo de bebida alcooacutelica em excesso e cessaccedilatildeo do tabagismo O pilar accedilatildeo envolve atividades para reduzir o impacto de situaccedilotildees do meio ambiente como a busca ativa por focos do mosquito Aedes Aegypti e campanhas contra o H1N1

Jaacute no pilar cuidado satildeo desenvolvidos programas para puacuteblicos especiacuteficos ldquoSatildeo situaccedilotildees que jaacute existem e precisam ser gerenciadasrdquo esclarece Callias Dentro desse pilar a empresa desenvolveu o programa Gestante ldquoSe a nossa funcionaacuteria faz o preacute-natal corretamente ela tem menos chance de ter um parto prematuro e de o bebecirc precisar de uma UTI neonatal Isso eacute positivo para ela para a crianccedila e para a empresa que natildeo tem um grande impacto nos custos do convecircniordquo completa

O programa foi criado apoacutes uma pesquisa que mostrou que 55 das funcionaacuterias graacutevidas tinham realizado cesaacutereas Com ele as funcionaacuterias satildeo isentas da coparticipaccedilatildeo em exames e proce-dimentos relacionados agrave gravidez se fizerem o preacute-natal corretamente e participarem das palestras oferecidas pela empresa ldquoEssas palestras satildeo o braccedilo educacional do programa Noacutes trazemos informaccedilotildees sobre os criteacuterios para o parto normal e a cesaacuterea com o intuito de conscientizaacute-las antes de fazer a escolhardquo diz

De acordo com Callias a adesatildeo das funcionaacute-rias tem sido grande ldquoElas vecircm atraiacutedas pela isenccedilatildeo da coparticipaccedilatildeo mas depois percebem a importacircncia do programardquo observa Implantado haacute apenas seis meses o Gestante ainda natildeo tem resultados mensuraacuteveis

A expectativa eacute reduzir em 40 o nuacutemero de partos cesaacutereas e em 23 o nuacutemero de internaccedilotildees em UTI neonatal no periacuteodo de um ano Tambeacutem haacute expectativa de reduzir 10 pontos de sinistro dentro do puacuteblico do programa nesse periacuteodo

Outras empresas preocupadas com os gastos atuam junto com as operadoras para melhorar a gestatildeo do benefiacutecio de sauacutede A Bradesco Sauacutede por exemplo possui dois programas aplicados em parceria com o departamento de Recursos Humanos de seus clientes Sistema de Informaccedilotildees Gerenciais (SIGE) e Juntos Pela Sauacutede O SIGE tem como objetivo disponibilizar informaccedilotildees agraves aacutereas de RH das empresas contratantes e incrementar a gestatildeo interna de recursos delas O sistema permite o acompanhamento em profundidade das despesas incorridas pelos funcionaacuterios que usufruem do benefiacutecio em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre possibilitando a geraccedilatildeo de relatoacuterios sob medida para as necessidades de anaacutelise do comportamento das despesas meacutedicas ldquoCom isso o SIGE tambeacutem pode indicar a necessidade de implementaccedilatildeo de ajustes no desenho do planobenefiacutecio de acordo com o perfil de cada empresardquo explica Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice O sistema possibilita a extraccedilatildeo de dados e relatoacuterios que permite uma compreensatildeo adequada da gestatildeo do plano

Jaacute o ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo foi desenhado com base em estudos gerenciais para identif icaccedilatildeo de riscos Satildeo feitos exames e aplicados ques-tionaacuterios e a partir deles o programa indica accedilotildees de prevenccedilatildeo que vatildeo desde a entrega de material explicativo e realizaccedilatildeo de palestras ministradas por profissionais especializados em promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo ateacute a elaboraccedilatildeo de programas especiacuteficos de gestatildeo de patologias O programa tambeacutem desenvolve accedilotildees como imunizaccedilatildeo vacinaccedilatildeo contra gripe benefiacutecio farmaacutecia entre outros

ldquoA informaccedilatildeo e a assistecircncia oferecidas con-tribuem para que os participantes se tornem mais conscientes e motivados a mudar seus haacutebitos de vida e o comportamento em relaccedilatildeo agrave sauacutederdquo afirma o presidente

Dentro do ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo existe o programa ldquoAbandono do Tabagismordquo criado em 2012 Do total de pessoas que participaram 48 pararam de

| Melh res Praacuteticas24 Melh res Praacuteticas | 25

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

A internet eacute presenccedila indiscutiacutevel na vida do brasileiro De acordo com pesquisa publi-cada em 2015 pela agecircncia internacional We Are Social o paiacutes estaacute entre as naccedilotildees mais conectadas do mundo Satildeo mais de 9

horas on-line por dia sendo que dessas 5h e 26 minutos satildeo provenientes de tablets ou telefones moacuteveis O fenocircmeno acompanha um movimento mundial de popularizaccedilatildeo da internet Nos uacuteltimos 12 anos a conectividade permitida pelas redes sociais potencializada pela mobilidade trazida pelos smartphones tem mudado a forma como se recebe e se compartilha informaccedilatildeo Uma mudanccedila intensa que afetou profundamente as relaccedilotildees pessoais e profissionais dos indiviacuteduos em todo o planeta

No ambiente de trabalho em especial no hospitalar satildeo constantes os eventos e procedimentos que exigem foco e atenccedilatildeo das equipes E por isso esse amplo acesso agraves redes sociais faz soar um alerta Por um lado os aparelhos repletos de possibilidades satildeo ferramentas uacuteteis para otimizar a comunicaccedilatildeo interna e acessar profissionais e conteuacutedo de forma raacutepida e eficiente por outro os recursos para fazer anotaccedilotildees registrar

Como as redes sociais e smartphones transformaram o modo como a sociedade produz compartilha e se relaciona com a informaccedilatildeo e o impacto dessa mudanccedila no dia a dia dos profissionais da sauacutede

Dani Dias Ferreira

gravar fotografar e trocar mensagens satildeo potencialmente um problema quando usados de forma inde-vida jaacute que as informa-ccedilotildees em minutos podem ser compartilhadas com um nuacutemero expressivo de pessoas de forma descontrolada Isso sem falar na mistura das esferas pessoal e profissional

A velocidade da mudanccedila tem sido tatildeo intensa que natildeo houve tempo de as em-presas (nem a sociedade como um todo) se organizarem para conciliar os benefiacutecios dessas novas tecnologias e ao mesmo tempo prevenir-se dos efeitos que o uso indevido pode acarretar

Em primeiro lugar via de regra eacute neces-saacuterio recorrer ao bom senso agraves normas da instituiccedilatildeo agrave observaccedilatildeo dos princiacutepios eacuteticos e agraves boas praacuteticas Eacute o que pensa

Angela Blatt Ortiga enfermeira haacute 30 anos que atua como secretaacuteria do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) Estudiosa do assunto daacute palestras em uni-versidades e hospitais esclarecendo os limites de utilizaccedilatildeo das redes

Nesses encontros ela ressalta os proacutes e contras da utilizaccedilatildeo de aparelhos celulares e aplicativos no dia a dia dos enfermeiros Entre as vantagens estaacute o fato de a rede social ampliar a facilidade de comunicaccedilatildeo com baixo custo e as pessoas terem acesso e ser um meio uacutetil para socializar as boas praacuteticas natildeo apenas com as equipes mas tambeacutem com a comu-nidade em geral

A empresa pode limitar

o uso dos aparelhos celulares e acesso a

redes sociais durante o expediente

Entre as situaccedilotildees delicadas estatildeo aquelas ligadas agrave seguranccedila do paciente jaacute que os aparelhos tele-focircnicos moacuteveis natildeo estatildeo devidamente higienizados e podem ser um fator de contaminaccedilatildeo Como elemento de distraccedilatildeo podem contribuir com a falha humana

Durante as palestras os limites de utilizaccedilatildeo das redes sociais sempre despertam questiona-mentos dos partici-pantes As perguntas mais frequentes satildeo a adequaccedilatildeo a respeito de publicaccedilotildees fotografias e gravaccedilotildees realizadas dentro do ambiente de trabalho e o seu impacto A resposta eacute taxativa ldquoFrases reclamaccedilotildees e expressotildees como lsquotodo mundo saiu e eu fiquei sozinhorsquo ou lsquoplantatildeo mais ou menosrsquo podem prejudicar a imagem do colaborador e da institui-ccedilatildeo apesar de parecerem inofensivas Natildeo eacute soacute uma

questatildeo pessoal vocecirc estaacute lidando com privacidade direito autoral eacutetica profissionalrdquo explica a enfermeira

Comentaacuterios sobre pacientes ainda que sejam positivos podem desagradar quem estaacute em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou simplesmente natildeo gostaria de ter sua intimidade exposta Inclusive natildeo satildeo poucas as reclamaccedilotildees e denuacutencias que chegam ao Conselho sobre o uso indevido das redes daiacute a necessidade de orientar Inserir estranhos nos grupos de whatsapp ou repassar conteuacutedo profissional a grupos pessoais tambeacutem pode gerar desconforto ou mesmo permitir que informaccedilotildees sigilosas sejam vazadas para a imprensa

Demissotildees por mau uso jaacute natildeo satildeo uma novidade Natildeo satildeo casos isolados e tampouco restritos agrave realidade nacional tanto que algumas instituiccedilotildees e associaccedilotildees nos EUA por exemplo criaram e disponibilizaram materiais on-line abordando o assunto A National Council of State Boards of Nursing lanccedilou o The Nursersquos Guide to the Use of Social Media (wwwncsbnorgNCSBN_SocialMediapdf) manual detalhado de como profissionais da enfermagem devem se portar na utilizaccedilatildeo das redes sociais No Brasil nos sites do Coren e do Conselho Regional de Medicina tambeacutem eacute possiacutevel encontrar artigos e orientaccedilotildees sobre o tema

O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem Resoluccedilatildeo Cofen nordm 311 de 8 de fevereiro de 2007 traz regulamentaccedilotildees que valem tambeacutem para a atuaccedilatildeo nas redes sociais como a restriccedilatildeo a ldquoinserir imagens ou informaccedilotildees que possam identificar pessoas e instituiccedilotildees sem sua preacutevia autorizaccedilatildeordquo

Por sua vez o Coacutedigo de Eacutetica Meacutedica apesar de permitir aos meacutedicos a divulgaccedilatildeo em seu perfil nas redes sociais de dados sobre sua es-pecialidade CRM e local onde atendem proiacutebem a distribuiccedilatildeo e publicaccedilatildeo de fotos tiradas com pa-cientes em locais de aten-dimento como cirurgias ou consultas Eacute vedado ainda ao profissional con-sultar diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicaccedilatildeo em massa Jaacute o Marco Civil da Internet desde 2014 em vigor mas regula-

Melh res Praacuteticas | 27

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

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EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

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ISQUA wwwisquaorg

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Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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Set

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71200

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Out

81700

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Nov

86000

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Outras instituiccedilotildees

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Ago

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134500

124300

Set

154800

142400

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Out

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146200

Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 45

Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

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queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

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| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

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| OPINIAtildeO |

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RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

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ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 6: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas10 Melh res Praacuteticas | 11

| ENTREVISTA |

Presidente do Beryl Institute fundador e presidente do Patient Experience Institute editor fundador do Patient Experience Global

OInstituto Beryl eacute uma comunidade global aberta aos que desejam discutir estrateacutegias para perceber e atingir a expectativa de pa-

cientes e seus familiares no que se refere qualidade assistencial acolhimento e atendimento de forma geral Seu fundador Jason Wolf esteve em Satildeo Paulo em junho a convite do Hospital Israelita Albert Einstein para o I Simpoacutesio Latino-Americano para Experiecircncia do Paciente

Para um puacuteblico de quase 700 pessoas o especialista falou sobre o engajamento de profissionais e como aproveitar a oportunidade de aproximaccedilatildeo com os clientes tambeacutem para educaacute-los

Nesta entrevista exclusiva agrave Melhores Praacuteticas ele destaca como o olhar sistecircmico proposto pela Experiecircncia do Paciente reforccedila inclusive o propoacutesito e comprometimento de quem escolheu o cuidado ao outro como profissatildeo

MAIS DO QUE ATENDER

ENTREVISTA JASON WOLF

Conhecer as expectativas de clientes e familiares eacute essencial para gerenciar

possiacuteveis frustraccedilotildees e estabelecer o limite entre o possiacutevel e o desejaacutevel

| Melh res Praacuteticas10 Melh res Praacuteticas | 11

Em sua apresentaccedilatildeo o senhor ressalta que a experiecircncia do paciente depende do envolvi-mento do meacutedico a retenccedilatildeo e motivaccedilatildeo de empregados os valores da instituiccedilatildeo e o foco no paciente Como esses natildeo satildeo toacutepicos necessa-riamente novos o que o conceito Experiecircncia do Paciente traz

Tradicionalmente construiacute-mos os cuidados com a sauacutede do ponto de vista do provedor do cuidador No entanto jamais pensamos no exterior no ponto de vista do que eacute im-portante para o consumidor Isso nos levou a prestar um serviccedilo fragmentado como se fosse formado por silos A experiecircncia do paciente trata de abrigar esses cuidados ldquodesconexosrdquo como um tipo de guarda-chuva possibilitando que a conversa seja alinha-da a propoacutesitos maiores Assim quando comeccedilamos a amarrar todas as coisas em uma soacute unidade em torno da experiecircncia que desejamos promover enxergamos melhor as eficiecircncias a gestatildeo de custos e as decisotildees cliacutenicas Experiecircncia do Paciente natildeo eacute um novo conceito criativo mas sim uma nova lente por meio da qual podemos aplicar os conceitos que jaacute conhecemos

E como saber o que importa para o paciente

Perguntando e estabelecendo canais eficientes de comunicaccedilatildeo como pes-quisa grupos de enfoque ouvidoria e redes sociais Pacientes atuais familiares e antigos clientes precisam ser ouvidos Eacute uma abordagem em camadas porque vocecirc precisa estar questionando sempre Aleacutem disso em primeiro lugar a instituiccedilatildeo deve ter claro qual eacute o tipo de experiecircncia que deseja fornecer aos pacientes e comunidade

A realidade eacute que quando chegamos a perguntar sobre expectativas aumentamos o niacutevel da conversa ao ponto de poder alinhar com o cliente o que poderaacute ou natildeo ser atendido e por quecirc

As expectativas de cuidadores e pacientes natildeo seriam as mesmas

Fundamentalmente satildeo proacuteximas Somos seres humanos e nesse tra-balho os valores centrais que nos norteiam satildeo consistentes Mas como cuidadores de sauacutede temos restriccedilotildees sistemaacuteticas sobre a operaccedilatildeo no nosso sistema dentro daquilo que ele permite que faccedilamos Na condiccedilatildeo de paciente ou familiar cria-se uma imagem sobre como deveriam ser os cuidados recebidos ou sobre como as coisas poderiam ser feitas Entatildeo haacute diferenccedila em termos de expectativas Uma parte das minhas colocaccedilotildees trata de como continuamos a aumentar as expectativas dos dois lados

Expectativas crescentes natildeo contribuem para que as pessoas estejam sempre insatisfeitas

Acho que natildeo Os sistemas da aacuterea da sauacutede tecircm a obriga-ccedilatildeo de educar Natildeo se trata de fazer o que o cliente quer mas sim de fazer o que eacute certo dentro das limitaccedilotildees do sistema considerando o ponto de vista cliacutenico e reconhecendo aquilo que eacute importante para o paciente Assim por exemplo se o cliente tiver cinco expecta-tivas eu deveria me sentir confortaacutevel ao informaacute-lo por que natildeo posso atender a todas Assim na proacutexima vez em que el e retornar provavelmente jaacute saberaacute Mesmo quando natildeo gostam da resposta ao serem ouvidos sentem-se respeitados

Entatildeo a chave estaacute na transparecircncia

Exatamente A transparecircncia trata de tornar acessiacuteveis os serviccedilos de sauacutede e natildeo apenas acessiacuteveis pelo custo mas tambeacutem pelo enten-dimento Assim quando conversamos sobre expecta-tivas educamos a respeito dos termos mais criacuteticos e ajudamos o paciente e fa-miliar a identificar o que eacute importante e o que pode ser deixado de lado

Por Gilmara Espino

| Melh res Praacuteticas12 Melh res Praacuteticas | 13

| ENTREVISTA |

12

Eacute muito difiacutecil treinar as

pessoas para se comportarem de formas que natildeo

satildeo acostumadas a se comportar

Eacute possiacutevel ensinar certas

habilidades e taacuteticas mas ao final do dia

teremos que achar os profissionais

certos para assimilar e

transmitir o tipo de experiecircncia que queremos

Essa comunicaccedilatildeo depende de um colaborador que muitas vezes estaacute desmotivado estressado e ateacute mal remunerado Como preparaacute-lo

Natildeo importa como eacute o sistema ao redor do mundo este con-ceito de compaixatildeo cansaccedilo e estafa eacute bem tangiacutevel Cuidadores tecircm muitas tarefas e responsabilidades simultacirc-neas Por isso eacute fundamental reforccedilar a todo momento o propoacutesito de todo esse trabalho Mostrar como contribuem para organizaccedilotildees financeiras saudaacuteveis e tambeacutem para a fidelidade dos pacientes e comunidades Eacute o propoacutesito que leva a maioria das pessoas a optar pela aacuterea da sauacutede em primeiro lugar

Costumo dizer que eacute muito difiacutecil treinar as pessoas para se comportarem de formas que natildeo satildeo acostumadas a se comportar Posso de fato ensinar certas habilidades e taacuteticas mas ao final do dia teremos que achar os profissionais certos na aacuterea da sauacutede para assimilar e transmitir o tipo de experiecircncia que noacutes queremos

O relatoacuterio State of Patient Experience

2015 traz o resultado de uma das mais completas

pesquisas e estudo de benchmarking do Instituto

A coleta de dados envolveu mais de

1500 participantes de 21 paiacuteses

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LEIA MAIS Vocecirc pode explorar sobre experiecircncia do paciente na ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas Especial Cuidado Centrado no Paciente

Jason Wolf explica o Instituto

Beryl como uma plataforma em

que ideacuteias se transformam em co-

nhecimento compartilhado Natildeo

somos nem uma consultoria nem

uma associaccedilatildeo Diria que somos

um hiacutebrido de uma organizaccedilatildeo

associativa de praacutetica comu-

nitaacuteria e um tipo de formadora

de opiniatildeo Assim trabalhamos

para quebrar as barreiras entre

as organizaccedilotildees e criar um am-

biente de colaboraccedilatildeo global e

compartilhamento de ideiasrdquo

O instituto se financia por

contribuiccedilotildees de filiados pa-

trociacutenios receitas de eventos e

outros produtos voltados para

a educaccedilatildeo No site eacute possiacutevel

encontrar estudos de casos

viacutedeos pesquisas e vasto material

sobre Experiecircncia do Paciente

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| Melh res Praacuteticas14 Melh res Praacuteticas | 15

L evar a melhor experiecircncia eacute promover o melhor cuidado cliacutenico seguranccedila e conforto possiacuteveis para os pacientes Tambeacutem eacute o entendimento que essa eacute uma responsabilidade coletiva dos colaboradores de uma instituiccedilatildeo de

sauacutede e natildeo apenas dos meacutedicos e enfermeiros As discussotildees sobre como transformar esse discurso em praacutetica tem movimentado grandes eventos

Jaacute na seacutetima ediccedilatildeo o Patient Experience Empathy + Innovation Summit organizado pela Cleveland Clinic nos Estados Unidos em parceria com oito organizaccedilotildees entre elas a The Joint Commission recebeu em maio de 2016 cerca de 2000 participantes vindos de 37 paiacuteses

No mecircs seguinte o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) ofereceu em Satildeo Paulo o I Simpoacutesio Latino Americano de Experiecircncia do Paciente Foram cerca de 700 presentes um nuacutemero bastante expressivo de interessados em um assunto que estava sendo abordado de forma estruturada pela primeira vez no Brasil A Revista Melhores Praacuteticas foi a miacutedia apoiadora do evento

ldquoOs dois eventos mostraram que aleacutem da experiecircncia do paciente do cuidador e da equipe assistencial os liacutederes estatildeo empenhados em discutir a experiecircncia humana abordando como conduzir a melhoria e diferenciaccedilatildeo em nossas organizaccedilotildeesrdquo conta Kelly Rodrigues soacutecia-diretora da Patient Centricity Consulting empresa nacional voltada a ajudar na

implementaccedilatildeo da metodologia de atenccedilatildeo centrada no paciente

Em comum os encontros destacaram a relevacircncia de direcionar o cuidado para o que realmente importa para o paciente o uso de ferramentas de marketing e comunicaccedilatildeo no engajamento e contato a responsabilidade do meacutedico como liacuteder do processo assistencial e o zelo indispensaacutevel aos profissionais que recebem diretamente as demandas dos pacientes e seus acompanhantes

Segundo o convidado internacional do Simpoacutesio organizado pelo Einstein Jason Wolf (ler entrevista exclusiva nessa ediccedilatildeo) as boas instituiccedilotildees realmente acreditam que de fato estatildeo cuidando de seus pacientes o que natildeo deixa de ser verdade O ponto-chave eacute saber como esse cuidado quer ser recebido

O Storytelling que eacute a capacidade de contar narrativas de maneira relevante (depoimentos por exemplo) e o Content Marketing que trata de apresentar conteuacutedo relevante como estrateacutegia para atrair e reter o puacuteblico estatildeo entre as ferramentas que podem ajudar no engajamento e na capacidade de influenciar comportamentos positivos

ldquoO fato eacute que o mundo digital estaacute transformando as relaccedilotildees e isso natildeo eacute diferente na sauacutede Temos que aprender a tirar o melhor proveito dessas miacutedias e criar experiecircncias on-line e offline para nossos pacientes pois eles querem interagir conosco de vaacuterias maneiras ao longo da sua jornada tornando a comunicaccedilatildeo consistente um desafio ainda maiorrdquo conta Kelly Rodrigues

| PATIENT EXPERIENCE |

Assunto foi tema central de encontro na Cleveland Clinic e no Hospital Albert Einstein Saiba o que foi discutido

CUIDAR DE QUEM CUIDAOlhar para aquele que recebe o cuidado eacute apenas um dos muacuteltiplos focos propostos pela Experiecircncia do Paciente Afinal do outro lado da ponta estaacute o cuidadorldquoA experiecircncia do paciente eacute uma jornada e a qualidade dos cuidados de sauacutede eacute pautada nas experiecircncias cliacutenica meacutedica e emocional O CEO da Cleveland Clinic Toby Cosgrove citou que onde temos a maior oportunidade de melhorar eacute na experiecircncia emocional pois muitas vezes os pacientes chegam aterrorizados ao hospital e desejam apenas ser tratados com carinho e cuidado Poreacutem o stress do dia a dia deste ambiente faz com que muitas vezes a equipe se distancie dessa realidade e dessa forma o paciente se torne mais um nuacutemero mais um atendimento mais uma patologiardquo comenta Kelly sobre sua participaccedilatildeo no Summit ldquo

Ela conta que a Cleveland Clinic manteacutem o programa Code Lavender em que um capelatildeo visita os andares e percebe o niacutevel de stress da equipe pacientes e familiares para endereccedilar os cuidados necessaacuterios a cada um

ldquoSatildeo tratamentos holiacutesticos para eventos emocionais com terapias de toque reiki terapias manuais incluindo massagens e reflexologia aromaterapia muacutesica arte terapia acupuntura aleacutem de apoio emocional e espiritualrdquo diz

De modo geral a conclusatildeo eacute que tudo comeccedila na escolha adequada do perfil de funcionaacuterio que se deseja o que inclui reconhecer no candidato os valores que a instituiccedilatildeo preserva E a partir daiacute construir uma trilha de aprimoramento profissional e de identificaccedilatildeo com o propoacutesito do cuidado centrado no paciente

CULTURADurante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave Durante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais

EXPERIEcircNCIA DO PACIENTE EM ALTA

A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave receber feedback e entender as fragilidades como oportunidades A segunda eacute a tratativa o dia a dia com cada caso e f inalmente a preventiva Na prevenccedilatildeo haacute uma anaacutelise macro sobre o que atuar em uma aacuterea ou accedilatildeo criacutetica identif icadardquo

bull Leia mais sobre o assunto no ldquoEspecial Cuidado Centrado no Pacienterdquo da ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas

Cultura organizacional para transformar a experiecircncia do paciente

AGENDE-SE22 a 24 de maio | Informaccedilotildees httpbitly2bMi3sY

Comprometer-se com uma meta de zero eventos adversos

Colocar os pacientes no centro do planejamento execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados

Reconhecer definir e compreender a interdependecircncia criacutetica de seguranccedila qualidade e atenccedilatildeo centrada no paciente como os trecircs elementos principais da experiecircncia do paciente

Direcionar a mudanccedila a partir de anaacutelise de dados e transparecircncia

Transformar a cultura e a lideranccedila

Focar prestaccedilatildeo de contas (accountability) e execuccedilatildeo

Seis elementos primordiais para consolidaccedilatildeo de uma cultura de experiecircncia do paciente

Gilmara Espino

| Melh res Praacuteticas16 Melh res Praacuteticas | 17

| INOVACcedilAtildeO |

E m maio deste ano a neu-rocientista e pesquisadora Suzana Herculano-Houzel aceitou uma proposta de trabalho nos Estados

Unidos deixando de fazer pesquisa em seu paiacutes natal O fato que na maior parte dos setores soaria como algo comum virou notiacutecia entre seus colegas no meio e gerou uma discussatildeo faltam recursos para a pesquisa meacutedica no Brasil

Em entrevista agrave Globo News tambeacutem em maio a proacutepria Suzana disse que sim De acordo com ela desde 2015 a verba deixou de ser repassada ldquoEu deixei de receber novos alunos inclusive estran-geiros porque os recursos para o trabalho de pesquisa deixaram de ser pagosrdquo disse na eacutepoca Ela atuava dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Culturalmente o Brasil eacute um paiacutes no qual a iniciativa privada investe pouco em pesquisa Em praticamente todos os setores a academia eacute a responsaacutevel por esse segmento e atua de forma muito distante da induacutestria Na aacuterea meacutedica natildeo eacute diferente

A ausecircncia de diaacutelogo entre cientistas e iniciativa privada gera alguns resultados ruins para o paiacutes O deacuteficit da balanccedila comercial de medicamentos por exemplo eacute de US$11 bilhotildees por ano Jaacute o de equipamentos eacute de US$45 bilhotildees O paiacutes estaacute longe de ser autossustentaacutevel nesses setores mas na opiniatildeo do diretor de ensino e pesqui-sa do Hospital Siacuterio-Libanecircs Luiz Fernando Reis a diferenccedila poderia ser menor se houvesse mais conversas entre a academia e a induacutestria

PESQUISA MEacuteDICA NO BRASILFixadas na maior parte das vezes nos hospitais universitaacuterios instituiccedilotildees de ensino e pesquisa ainda tecircm muito o que evoluir satildeo poucos os hospitais privados que investem na aacuterea

Julia Duarte

Hoje o paiacutes passa por

um segundo desafio que eacute

a qualidade do conhecimento gerado Nossa

produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircncia

ldquoO conhecimento estaacute na acade-mia enquanto a inovaccedilatildeo estaacute na induacutestria Esses dois mundos precisam conversar Fazer pesquisa eacute transformar dinheiro em conhecimento Agora noacutes precisamos fazer o caminho de volta e transformar esse conhecimento em benefiacutecios para a socie-daderdquo completa

O Siacuterio-Libanecircs eacute um dos poucos hospitais fora do meio univer-sitaacuterio que investe em pesquisa no Brasil O hospital possui o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) com cursos de especializa-ccedilatildeo residecircncia mestra-do e doutorado

Segundo Reis nos uacuteltimos 10 anos houve um aumento da quan-tidade da produccedilatildeo cientiacute f ica do paiacutes Ele atribui o cresci-mento entre outros fatores ao papel desempe-nhado pela Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (Capes) fundaccedilatildeo do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC)

ldquoHoje o paiacutes passa por um segundo desafio que eacute a quali-dade do conhecimento gerado Noacutes precisamos dar mais con-sistecircncia agrave pesquisa meacutedica Nossa produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircnciardquo afirma De acordo com ele os esforccedilos do IEP do Siacuterio-Libanecircs estatildeo voltados principalmente para o desen-volvimento institucional do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Pesquisas nessa linha satildeo in-centivadas pelo Programa de

Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) do Ministeacuterio da Sauacutede A contribuiccedilatildeo se daacute por meio do desenvolvimento incorpo-raccedilatildeo e transferecircncia de novas tecnologias e experiecircncias

em gestatildeo gerando novos conhecimentos e praacuteticas a partir de parceria entre entidades de sauacutede de reconhecida excelecircncia e os gestores do SUS

A ideia eacute a atuaccedilatildeo em conjunto na superaccedilatildeo de desafios melhoria e qualificaccedilatildeo de aacutereas estrateacutegicas na gestatildeo e prestaccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico de sauacutede no paiacutes O PROADI-SUS tem sido um impor-tante f inanciador da pesquisa meacutedica O diretor de pesquisa do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert

Einstein Luiz Rizzo tambeacutem cita o programa como um dos financiadores dos projetos da instituiccedilatildeo O foco das pes-quisas dessa instituiccedilatildeo eacute o envelhecimento sustentaacutevel

As entidades associaccedilotildees e fundaccedilotildees privadas sem fins lu-crativos como o Siacuterio- Libanecircs e o Albert Einstein ainda podem usufruir do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo Oncoloacutegica (PRONON) e do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo da Sauacutede da Pessoa com Deficiecircncia (PRONASPCD) criados para incentivar accedilotildees e serviccedilos desses oacutergatildeos no campo da oncologia e da pessoa com deficiecircncia

O diretor do Instituto de Pesquisa do Hospital do Coraccedilatildeo (HCor)

As redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia

dentro da pesquisa meacutedica

e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos

anos

| Melh res Praacuteticas18 Melh res Praacuteticas | 19

| INOVACcedilAtildeO |

Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Siacuterio-Libanecircs

Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Instituto de Pesquisa do HCor

FUNDACcedilAtildeO

TIPO DE PESQUISA

NUacuteMERO DE PESQUISADORES

2003

Cliacutenica e experimental

70 diretos mas todo o corpo cliacutenico e outros profissionais do hospital tambeacutem se envolvem

1998

Cliacutenica e experimental

21 diretos mas 700 pessoas estatildeo envolvidas em atividade de pesquisa entre meacutedicos do corpo cliacutenico e outros funcionaacuterios

2007

Cliacutenica

47 mas todo o corpo cliacutenico do hospital tambeacutem trabalha nas pesquisas

Otaacutevio Berwanger acre-dita que o f inanciamento baixo por parte da iniciativa privada eacute o principal desafio do setor Ele destaca que nos uacuteltimos anos houve um aumento nos investimentos mas o valor ainda eacute baixo ldquoHouve um crescente que parou nos uacuteltimos dois anos devido agrave crise eco-nocircmica A expectativa eacute que passada essa fase os aportes voltemrdquo afirma

O Instituto de Pesquisa do HCor tem foco prioritaacuterio em pesquisas cliacutenicas de doenccedilas cardioloacutegicas O financia-mento eacute por projeto assim como acontece nos outros institutos ldquoVer hospitais privados com institutos de pesquisa jaacute eacute uma grande evoluccedilatildeo Antes a pesquisa era vista apenas como gastordquo lembra Berwanger Ele afirma que inicialmente o Instituto exigiu investimento do hospi-tal mas hoje jaacute gera receita

Todos os trecircs institutos ouvidos nessa reportagem disseram que suas ativi-dades geram lucro para as instituiccedilotildees em que estatildeo instalados Nenhum deles revelou valores ldquoA pesquisa natildeo deve ser feita com cunho comercial somente mas tambeacutem natildeo pode ser vista apenas como despesardquo com-pleta o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor

Outros desafiosAleacutem da questatildeo financeira a pesquisa meacutedica enfrenta outros desafios Capacitaccedilatildeo de pessoal burocracia do processo cacircmbio e compe-titividade satildeo alguns deles Rizzo destaca que a formaccedilatildeo dos profissionais comeccedila na educaccedilatildeo baacutesica ldquoEacute preciso melhorar a educaccedilatildeo desde a infacircncia na escola ateacute a formaccedilatildeo meacutedica nas uni-versidades Quando vocecirc vai

olhar os rankings mundiais nossos alunos estatildeo muito abaixo da meacutedia se compara-dos a outros paiacutesesrdquo observa

Berwanger concorda ldquoFalta capacitaccedilatildeo entre os pro-fissionais para atuar com pesquisa A pesquisa cliacutenica deveria ser vista como uma especialidade dentro da medicinardquo diz

Do ponto de vista burocraacute-tico a demora na aprovaccedilatildeo de processos eacuteticos e regu-latoacuterios eacute um entrave para o crescimento da pesquisa meacutedica Aleacutem disso questotildees cambiais tambeacutem interferem ldquoA pesquisa tem um orccedilamen-to que eacute planejado a partir do cacircmbio jaacute que muitos insumos satildeo importados mas as variaccedilotildees no decorrer do projeto atrapalham bastanterdquo ressalta Rizzo Ele ainda lembra queos prazos burocraacute-ticos para importaccedilatildeo desses insumos satildeo muito longos

Outro desafio eacute a competitividade entre os institutos de pesquisa que dificilmente compartilham dados e informaccedilotildees prejudicando a evo-luccedilatildeo dos estudos Recentemente o governo norte-americano anun-ciou um plano chamado Moonshot com orccedilamento de US$1 bilhatildeo O objetivo eacute a colaboraccedilatildeo entre pesquisadores meacutedicos e entida-des para catalisar os avanccedilos na aacuterea oncoloacutegica

ldquoSe natildeo houvesse ciuacuteme entre laboratoacuterios e grupos de pesquisa poderiacuteamos evitar redundacircncias desnecessaacuterias das pesquisasrdquo disse o vice-presidente norte-a-mericano Joe Biden ao anunciar o programa ldquoVocecircs [oncologistas] aprenderam que natildeo daacute para trabalhar sozinhordquo completou

Para o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor as redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia dentro da pesquisa meacutedica e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos anos Todos os diretores de institutos ouvidos pela reporta-gem afirmaram ter parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior

Futuro da pesquisaTanto Rizzo quanto Berwanger destacaram o potencial do Brasil para a realizaccedilatildeo das pesquisas meacutedicas Eles lembraram que a miscigenaccedilatildeo da populaccedilatildeo do paiacutes eacute um aspecto riquiacutessimo do ponto de vista cientiacutefico ldquoO Brasil oferece a oportunidade de pesquisar o ser humano em sua diversidaderdquo afirma o diretor do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Para a induacutestria farmacecircutica principal-mente essa riqueza populacional eacute muito importante Testar medicamentos em uma populaccedilatildeo com geneacutetica parecida natildeo traz resultados tatildeo expressivos com isso o Brasil deve chamar mais atenccedilatildeo dessas empresas para o desenvolvimento de pesquisas

Berwanger jaacute natildeo vecirc o paiacutes apenas como um coadjuvante no cenaacuterio da pesquisa meacutedica mundial ldquoAntes a gente fornecia informaccedilotildees dos nossos pacientes para centros de pesquisa no exterior mas hoje jaacute temos pesquisas que satildeo coordenadas por noacutes e envolvem centros no mundo todo Isso mostra uma mudanccedila de posturardquo diz

Para o diretor do IEP do Siacuterio-Libanecircs o futuro da pesquisa depende da conversa entre a academia e a induacutestria ldquoEacute preciso parar com esse preconceito de que a academia natildeo pode conversar com o setor privado para que a pesquisa possa evoluir para benefiacutecios em prol da sociedaderdquo conclui

| Melh res Praacuteticas20 Melh res Praacuteticas | 21

| MERCADO |

Tdos os anos a Agecircncia N a c i o n a l d e S a uacute d e Suplementar (ANS) anuncia o reajuste aprovado nos valores dos planos de sauacutede e os beneficiaacuterios

reclamam e muito das taxas consideradas altas pela maioria Em 2016 o valor aprovado pela instituiccedilatildeo foi de ateacute 1357 A culpa na maior parte das vezes eacute colocada na inflaccedilatildeo meacutedica muito acima da inflaccedilatildeo comum e que onera os planos No entanto outro fator tambeacutem tem aumentado os custos e influenciado diretamente no valor cobrado do consumidor e das empresas o mau uso do plano de sauacutede

Um estudo de carteira com 2350 vidas realizado pela desenvol-vedora de programas de sauacutede AzimuteMed mostrou que 1355 das pessoas usam o plano de forma abusiva o que gera um gasto anual por beneficiaacuterio de R$ 267771

A meacutedia do mercado gira em torno de R$ 90696

Para driblar esse gargalo o setor estaacute se movimentando Afinal a conjuntura geral natildeo eacute favoraacutevel ndash nuacutemero de beneficiaacuterios caindo (vide tabela) ndash e reduzir custos eacute essencial O diretor executivo da Associaccedilatildeo Brasileira de Planos de Sauacutede (Abramge) Antocircnio Carlos Abbatepaolo afirma que estimativas mundiais mostram que 20 dos gastos com sauacutede satildeo desperdiacutecio De acordo com ele os beneficiaacuterios tecircm uma parcela consideraacutevel de responsabilidade por esses custos desnecessaacuterios

ldquoHaacute um padratildeo de desperdiacutecio dos beneficiaacuterios e do segmento de sauacutede Excesso de consultas e exames por exemplo eacute um problema Como natildeo existe um prontuaacuterio eletrocircnico o paciente faz um hemograma em janeiro a pedido de um meacutedico e em marccedilo quando

procura um especialista de outra aacuterea realiza o mesmo hemograma Isso gera desperdiacuteciordquo af irma Abbatepaolo

Em sua opiniatildeo para mudar o comportamento do beneficiaacuterio eacute necessaacuteria uma grande campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso do desperdiacutecio de aacutegua o que ainda natildeo aconteceu no setor de sauacutede suplementar ldquoEacute preciso mostrar que a economia tem significado no bolso do proacuteprio usuaacuterio Eles ainda natildeo entendem que os reajustes tambeacutem satildeo fruto da forma como eles utilizam o planordquo observa

Os programas de prevenccedilatildeo e cuidados integrais que estatildeo sendo adotados por operadoras e planos seriam uma forma de agir na raiz do problema com resultados a meacutedio e longo prazo ldquoSatildeo alternativas importantes para que haja economia e ganho cliacutenico para o paciente

Julia Duarte

DESPERDIacuteCIONA PONTAMau uso onera planos de sauacutede e folha de pagamento das empresas Beneficiaacuterios parecem natildeo entender como tambeacutem satildeo prejudicados poresse comportamento

Fonte Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

MecircsAno Beneficiaacuterios

Dez2012

Dez2013

Dez2014

Dez2015

Mar2016

47722948

49346927

50394741

49441541

48824150

pois evita internaccedilotildees futuras e o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas para casos de maior gravidaderdquo diz

Outro fator que ele acredita coibir o uso excessivo eacute a coparticipaccedilatildeo dos beneficiaacuterios em consultas exames e internaccedilotildees

O iacutendice de 1355 de pessoas utilizando o plano de forma abusiva encontrado na pesquisa realizada pela AzimuteMed eacute considerado alto pelo setor Por outro lado 13 dos usuaacuterios natildeo utilizam o plano E isso tambeacutem preocupa

ldquoEssas pessoas estatildeo mais propensas a desenvolver doenccedilas crocircnicas e chegar a uma internaccedilatildeo porque natildeo fazem acompanhamentordquo afirma a diretora-geral da AzimuteMed Luciana Lauretti ldquoA forma correta de utilizar eacute a consciente Eacute im-portante ter um meacutedico fixo ir agraves consultas com a frequecircncia determinada fazer exames anuais de controle e manter um estilo de vida saudaacutevelrdquo completa

No caso dos doentes crocircnicos a pesquisa mostrou um problema ainda maior A meacutedia anual de gastos por vida dentro desse grupo chega a R$ 248042 Isso acon-tece porque muitos dos pacientes abandonam o tratamento e como consequecircncia a doenccedila sai do controle surgindo a necessidade de ir ao pronto atendimento com explosatildeo de custos e deterioraccedilatildeo da qualidade de vida Nesse ponto a conscientizaccedilatildeo eacute muito importante diz Luciana Lauretti

O consumidor precisa estar

atento agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de

modo responsaacutevel e eacutetico evitando

onerar ainda mais um sistema que por sua natureza de mutualismo aumenta seus

custos na medida de sua utilizaccedilatildeo

Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice

| MERCADO |

fumar enquanto 43 tiveram uma reduccedilatildeo consideraacutevel na quantidade de cigarros consumidos por dia ldquoPara ter uma ideia a Bradesco Sauacutede tem um custo meacutedio de R$ 400 mil para tratamento de pacientes com doenccedilas causadas pelo cigarro principalmente o cacircncer de pulmatildeordquo diz Coriolano

Programas de acompanhamento Um recurso que as operadoras estatildeo cada vez mais usando satildeo as empresas terceirizadas que desenvolvem programas de acompanhamento e conscientizaccedilatildeo de pacientes que possuem algum fator de risco ou doenccedilas crocircnicas Esses programas auxiliam os pacientes no t rat a mento e t raba l ha m de forma educativa e mostram para os participantes a importacircncia de seguir as recomendaccedilotildees meacutedicas e ministrar corretamente os medicamentos

A 4BIO Medicamentos Especiais por exemplo comercializa medicamentos

especiais e presta serviccedilo para as operadoras com acompanhamento

dos pacientes que tomam essa medicaccedilatildeo em casa O funda-dor e presidente da empresa Andreacute Kina explica que o objetivo eacute evitar o abandono do tratamento ldquoEm meacutedia a taxa de adesatildeo dos pacientes

a seus tratamentos eacute em torno de 50 com o acompanhamento

conseguimos elevar essa taxa para 80 Esse ganho evita internaccedilotildees hospitalares gerando economia para as operadorasrdquo diz

A empresa funciona como um ponto de contato entre a operadora e o paciente Duas vezes por mecircs os profissionais (farmacecircuticos e enfermeiros) entram em contato com o paciente para coletar informaccedilotildees sobre o tratamento e resolver possiacuteveis duacutevidas Caso seja identificado algum problema o plano eacute avisado e o meacutedico eacute acionado para que natildeo seja necessaacuteria uma internaccedilatildeo futuramente

De acordo com Kina pesquisas mun-diais mostram que para cada R$ 1 que a operadora investe em serviccedilo de acompanhamento ela economiza R$ 10 evitando internaccedilotildees hospitalares ldquoEacute um investimento a meacutedio e longo prazo mas que traz retornordquo finaliza

Para mudar o comportamento do beneficiaacuterio

eacute necessaacuteria uma grande

campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso

do desperdiacutecio de aacutegua

Dentro das empresas

A assistecircncia meacutedica eacute o segundo maior gasto da aacuterea de recursos humanos atraacutes apenas da folha de pagamento Para garantir que seus funcionaacuterios faccedilam bom uso do plano e evitar reajustes algumas empresas estatildeo criando seu proacuteprio programa de promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de doenccedilas

Com mais de 4 mil funcionaacuterios a Contax com-panhia que atua na aacuterea de contact center criou o programa Viver Bem Contax O gerente meacutedico corporativo da empresa Glauco Callias explica que o programa foi desenhado baseado em trecircs pilares prevenccedilatildeo accedilatildeo e cuidado

A prevenccedilatildeo consiste em evitar o aparecimento de doenccedilas por meio de accedilotildees e informaccedilotildees que favoreccedilam haacutebitos de vida saudaacuteveis como a praacutetica de atividade fiacutesica alimentaccedilatildeo balanceada natildeo ingestatildeo de bebida alcooacutelica em excesso e cessaccedilatildeo do tabagismo O pilar accedilatildeo envolve atividades para reduzir o impacto de situaccedilotildees do meio ambiente como a busca ativa por focos do mosquito Aedes Aegypti e campanhas contra o H1N1

Jaacute no pilar cuidado satildeo desenvolvidos programas para puacuteblicos especiacuteficos ldquoSatildeo situaccedilotildees que jaacute existem e precisam ser gerenciadasrdquo esclarece Callias Dentro desse pilar a empresa desenvolveu o programa Gestante ldquoSe a nossa funcionaacuteria faz o preacute-natal corretamente ela tem menos chance de ter um parto prematuro e de o bebecirc precisar de uma UTI neonatal Isso eacute positivo para ela para a crianccedila e para a empresa que natildeo tem um grande impacto nos custos do convecircniordquo completa

O programa foi criado apoacutes uma pesquisa que mostrou que 55 das funcionaacuterias graacutevidas tinham realizado cesaacutereas Com ele as funcionaacuterias satildeo isentas da coparticipaccedilatildeo em exames e proce-dimentos relacionados agrave gravidez se fizerem o preacute-natal corretamente e participarem das palestras oferecidas pela empresa ldquoEssas palestras satildeo o braccedilo educacional do programa Noacutes trazemos informaccedilotildees sobre os criteacuterios para o parto normal e a cesaacuterea com o intuito de conscientizaacute-las antes de fazer a escolhardquo diz

De acordo com Callias a adesatildeo das funcionaacute-rias tem sido grande ldquoElas vecircm atraiacutedas pela isenccedilatildeo da coparticipaccedilatildeo mas depois percebem a importacircncia do programardquo observa Implantado haacute apenas seis meses o Gestante ainda natildeo tem resultados mensuraacuteveis

A expectativa eacute reduzir em 40 o nuacutemero de partos cesaacutereas e em 23 o nuacutemero de internaccedilotildees em UTI neonatal no periacuteodo de um ano Tambeacutem haacute expectativa de reduzir 10 pontos de sinistro dentro do puacuteblico do programa nesse periacuteodo

Outras empresas preocupadas com os gastos atuam junto com as operadoras para melhorar a gestatildeo do benefiacutecio de sauacutede A Bradesco Sauacutede por exemplo possui dois programas aplicados em parceria com o departamento de Recursos Humanos de seus clientes Sistema de Informaccedilotildees Gerenciais (SIGE) e Juntos Pela Sauacutede O SIGE tem como objetivo disponibilizar informaccedilotildees agraves aacutereas de RH das empresas contratantes e incrementar a gestatildeo interna de recursos delas O sistema permite o acompanhamento em profundidade das despesas incorridas pelos funcionaacuterios que usufruem do benefiacutecio em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre possibilitando a geraccedilatildeo de relatoacuterios sob medida para as necessidades de anaacutelise do comportamento das despesas meacutedicas ldquoCom isso o SIGE tambeacutem pode indicar a necessidade de implementaccedilatildeo de ajustes no desenho do planobenefiacutecio de acordo com o perfil de cada empresardquo explica Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice O sistema possibilita a extraccedilatildeo de dados e relatoacuterios que permite uma compreensatildeo adequada da gestatildeo do plano

Jaacute o ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo foi desenhado com base em estudos gerenciais para identif icaccedilatildeo de riscos Satildeo feitos exames e aplicados ques-tionaacuterios e a partir deles o programa indica accedilotildees de prevenccedilatildeo que vatildeo desde a entrega de material explicativo e realizaccedilatildeo de palestras ministradas por profissionais especializados em promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo ateacute a elaboraccedilatildeo de programas especiacuteficos de gestatildeo de patologias O programa tambeacutem desenvolve accedilotildees como imunizaccedilatildeo vacinaccedilatildeo contra gripe benefiacutecio farmaacutecia entre outros

ldquoA informaccedilatildeo e a assistecircncia oferecidas con-tribuem para que os participantes se tornem mais conscientes e motivados a mudar seus haacutebitos de vida e o comportamento em relaccedilatildeo agrave sauacutederdquo afirma o presidente

Dentro do ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo existe o programa ldquoAbandono do Tabagismordquo criado em 2012 Do total de pessoas que participaram 48 pararam de

| Melh res Praacuteticas24 Melh res Praacuteticas | 25

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

A internet eacute presenccedila indiscutiacutevel na vida do brasileiro De acordo com pesquisa publi-cada em 2015 pela agecircncia internacional We Are Social o paiacutes estaacute entre as naccedilotildees mais conectadas do mundo Satildeo mais de 9

horas on-line por dia sendo que dessas 5h e 26 minutos satildeo provenientes de tablets ou telefones moacuteveis O fenocircmeno acompanha um movimento mundial de popularizaccedilatildeo da internet Nos uacuteltimos 12 anos a conectividade permitida pelas redes sociais potencializada pela mobilidade trazida pelos smartphones tem mudado a forma como se recebe e se compartilha informaccedilatildeo Uma mudanccedila intensa que afetou profundamente as relaccedilotildees pessoais e profissionais dos indiviacuteduos em todo o planeta

No ambiente de trabalho em especial no hospitalar satildeo constantes os eventos e procedimentos que exigem foco e atenccedilatildeo das equipes E por isso esse amplo acesso agraves redes sociais faz soar um alerta Por um lado os aparelhos repletos de possibilidades satildeo ferramentas uacuteteis para otimizar a comunicaccedilatildeo interna e acessar profissionais e conteuacutedo de forma raacutepida e eficiente por outro os recursos para fazer anotaccedilotildees registrar

Como as redes sociais e smartphones transformaram o modo como a sociedade produz compartilha e se relaciona com a informaccedilatildeo e o impacto dessa mudanccedila no dia a dia dos profissionais da sauacutede

Dani Dias Ferreira

gravar fotografar e trocar mensagens satildeo potencialmente um problema quando usados de forma inde-vida jaacute que as informa-ccedilotildees em minutos podem ser compartilhadas com um nuacutemero expressivo de pessoas de forma descontrolada Isso sem falar na mistura das esferas pessoal e profissional

A velocidade da mudanccedila tem sido tatildeo intensa que natildeo houve tempo de as em-presas (nem a sociedade como um todo) se organizarem para conciliar os benefiacutecios dessas novas tecnologias e ao mesmo tempo prevenir-se dos efeitos que o uso indevido pode acarretar

Em primeiro lugar via de regra eacute neces-saacuterio recorrer ao bom senso agraves normas da instituiccedilatildeo agrave observaccedilatildeo dos princiacutepios eacuteticos e agraves boas praacuteticas Eacute o que pensa

Angela Blatt Ortiga enfermeira haacute 30 anos que atua como secretaacuteria do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) Estudiosa do assunto daacute palestras em uni-versidades e hospitais esclarecendo os limites de utilizaccedilatildeo das redes

Nesses encontros ela ressalta os proacutes e contras da utilizaccedilatildeo de aparelhos celulares e aplicativos no dia a dia dos enfermeiros Entre as vantagens estaacute o fato de a rede social ampliar a facilidade de comunicaccedilatildeo com baixo custo e as pessoas terem acesso e ser um meio uacutetil para socializar as boas praacuteticas natildeo apenas com as equipes mas tambeacutem com a comu-nidade em geral

A empresa pode limitar

o uso dos aparelhos celulares e acesso a

redes sociais durante o expediente

Entre as situaccedilotildees delicadas estatildeo aquelas ligadas agrave seguranccedila do paciente jaacute que os aparelhos tele-focircnicos moacuteveis natildeo estatildeo devidamente higienizados e podem ser um fator de contaminaccedilatildeo Como elemento de distraccedilatildeo podem contribuir com a falha humana

Durante as palestras os limites de utilizaccedilatildeo das redes sociais sempre despertam questiona-mentos dos partici-pantes As perguntas mais frequentes satildeo a adequaccedilatildeo a respeito de publicaccedilotildees fotografias e gravaccedilotildees realizadas dentro do ambiente de trabalho e o seu impacto A resposta eacute taxativa ldquoFrases reclamaccedilotildees e expressotildees como lsquotodo mundo saiu e eu fiquei sozinhorsquo ou lsquoplantatildeo mais ou menosrsquo podem prejudicar a imagem do colaborador e da institui-ccedilatildeo apesar de parecerem inofensivas Natildeo eacute soacute uma

questatildeo pessoal vocecirc estaacute lidando com privacidade direito autoral eacutetica profissionalrdquo explica a enfermeira

Comentaacuterios sobre pacientes ainda que sejam positivos podem desagradar quem estaacute em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou simplesmente natildeo gostaria de ter sua intimidade exposta Inclusive natildeo satildeo poucas as reclamaccedilotildees e denuacutencias que chegam ao Conselho sobre o uso indevido das redes daiacute a necessidade de orientar Inserir estranhos nos grupos de whatsapp ou repassar conteuacutedo profissional a grupos pessoais tambeacutem pode gerar desconforto ou mesmo permitir que informaccedilotildees sigilosas sejam vazadas para a imprensa

Demissotildees por mau uso jaacute natildeo satildeo uma novidade Natildeo satildeo casos isolados e tampouco restritos agrave realidade nacional tanto que algumas instituiccedilotildees e associaccedilotildees nos EUA por exemplo criaram e disponibilizaram materiais on-line abordando o assunto A National Council of State Boards of Nursing lanccedilou o The Nursersquos Guide to the Use of Social Media (wwwncsbnorgNCSBN_SocialMediapdf) manual detalhado de como profissionais da enfermagem devem se portar na utilizaccedilatildeo das redes sociais No Brasil nos sites do Coren e do Conselho Regional de Medicina tambeacutem eacute possiacutevel encontrar artigos e orientaccedilotildees sobre o tema

O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem Resoluccedilatildeo Cofen nordm 311 de 8 de fevereiro de 2007 traz regulamentaccedilotildees que valem tambeacutem para a atuaccedilatildeo nas redes sociais como a restriccedilatildeo a ldquoinserir imagens ou informaccedilotildees que possam identificar pessoas e instituiccedilotildees sem sua preacutevia autorizaccedilatildeordquo

Por sua vez o Coacutedigo de Eacutetica Meacutedica apesar de permitir aos meacutedicos a divulgaccedilatildeo em seu perfil nas redes sociais de dados sobre sua es-pecialidade CRM e local onde atendem proiacutebem a distribuiccedilatildeo e publicaccedilatildeo de fotos tiradas com pa-cientes em locais de aten-dimento como cirurgias ou consultas Eacute vedado ainda ao profissional con-sultar diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicaccedilatildeo em massa Jaacute o Marco Civil da Internet desde 2014 em vigor mas regula-

Melh res Praacuteticas | 27

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

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4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

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Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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Ago

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134500

124300

Set

154800

142400

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Out

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Nov

172000

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146200

Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

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Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

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A DATA LIMITE PARASUBMISSAtildeO DO SEUTRABALHO Eacute DIA08072016

Anucio Revista Premio Melhores Praticasindd 1 020516 1346

Empresaacuterio com mais de 18 anos de experiecircncia em automaccedilatildeo logiacutestica fundador da Slidelog e Picklog

Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

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| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

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| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

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| OPINIAtildeO |

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RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

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ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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vida mais saudaacutevel

Page 7: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas12 Melh res Praacuteticas | 13

| ENTREVISTA |

12

Eacute muito difiacutecil treinar as

pessoas para se comportarem de formas que natildeo

satildeo acostumadas a se comportar

Eacute possiacutevel ensinar certas

habilidades e taacuteticas mas ao final do dia

teremos que achar os profissionais

certos para assimilar e

transmitir o tipo de experiecircncia que queremos

Essa comunicaccedilatildeo depende de um colaborador que muitas vezes estaacute desmotivado estressado e ateacute mal remunerado Como preparaacute-lo

Natildeo importa como eacute o sistema ao redor do mundo este con-ceito de compaixatildeo cansaccedilo e estafa eacute bem tangiacutevel Cuidadores tecircm muitas tarefas e responsabilidades simultacirc-neas Por isso eacute fundamental reforccedilar a todo momento o propoacutesito de todo esse trabalho Mostrar como contribuem para organizaccedilotildees financeiras saudaacuteveis e tambeacutem para a fidelidade dos pacientes e comunidades Eacute o propoacutesito que leva a maioria das pessoas a optar pela aacuterea da sauacutede em primeiro lugar

Costumo dizer que eacute muito difiacutecil treinar as pessoas para se comportarem de formas que natildeo satildeo acostumadas a se comportar Posso de fato ensinar certas habilidades e taacuteticas mas ao final do dia teremos que achar os profissionais certos na aacuterea da sauacutede para assimilar e transmitir o tipo de experiecircncia que noacutes queremos

O relatoacuterio State of Patient Experience

2015 traz o resultado de uma das mais completas

pesquisas e estudo de benchmarking do Instituto

A coleta de dados envolveu mais de

1500 participantes de 21 paiacuteses

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LEIA MAIS Vocecirc pode explorar sobre experiecircncia do paciente na ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas Especial Cuidado Centrado no Paciente

Jason Wolf explica o Instituto

Beryl como uma plataforma em

que ideacuteias se transformam em co-

nhecimento compartilhado Natildeo

somos nem uma consultoria nem

uma associaccedilatildeo Diria que somos

um hiacutebrido de uma organizaccedilatildeo

associativa de praacutetica comu-

nitaacuteria e um tipo de formadora

de opiniatildeo Assim trabalhamos

para quebrar as barreiras entre

as organizaccedilotildees e criar um am-

biente de colaboraccedilatildeo global e

compartilhamento de ideiasrdquo

O instituto se financia por

contribuiccedilotildees de filiados pa-

trociacutenios receitas de eventos e

outros produtos voltados para

a educaccedilatildeo No site eacute possiacutevel

encontrar estudos de casos

viacutedeos pesquisas e vasto material

sobre Experiecircncia do Paciente

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| Melh res Praacuteticas14 Melh res Praacuteticas | 15

L evar a melhor experiecircncia eacute promover o melhor cuidado cliacutenico seguranccedila e conforto possiacuteveis para os pacientes Tambeacutem eacute o entendimento que essa eacute uma responsabilidade coletiva dos colaboradores de uma instituiccedilatildeo de

sauacutede e natildeo apenas dos meacutedicos e enfermeiros As discussotildees sobre como transformar esse discurso em praacutetica tem movimentado grandes eventos

Jaacute na seacutetima ediccedilatildeo o Patient Experience Empathy + Innovation Summit organizado pela Cleveland Clinic nos Estados Unidos em parceria com oito organizaccedilotildees entre elas a The Joint Commission recebeu em maio de 2016 cerca de 2000 participantes vindos de 37 paiacuteses

No mecircs seguinte o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) ofereceu em Satildeo Paulo o I Simpoacutesio Latino Americano de Experiecircncia do Paciente Foram cerca de 700 presentes um nuacutemero bastante expressivo de interessados em um assunto que estava sendo abordado de forma estruturada pela primeira vez no Brasil A Revista Melhores Praacuteticas foi a miacutedia apoiadora do evento

ldquoOs dois eventos mostraram que aleacutem da experiecircncia do paciente do cuidador e da equipe assistencial os liacutederes estatildeo empenhados em discutir a experiecircncia humana abordando como conduzir a melhoria e diferenciaccedilatildeo em nossas organizaccedilotildeesrdquo conta Kelly Rodrigues soacutecia-diretora da Patient Centricity Consulting empresa nacional voltada a ajudar na

implementaccedilatildeo da metodologia de atenccedilatildeo centrada no paciente

Em comum os encontros destacaram a relevacircncia de direcionar o cuidado para o que realmente importa para o paciente o uso de ferramentas de marketing e comunicaccedilatildeo no engajamento e contato a responsabilidade do meacutedico como liacuteder do processo assistencial e o zelo indispensaacutevel aos profissionais que recebem diretamente as demandas dos pacientes e seus acompanhantes

Segundo o convidado internacional do Simpoacutesio organizado pelo Einstein Jason Wolf (ler entrevista exclusiva nessa ediccedilatildeo) as boas instituiccedilotildees realmente acreditam que de fato estatildeo cuidando de seus pacientes o que natildeo deixa de ser verdade O ponto-chave eacute saber como esse cuidado quer ser recebido

O Storytelling que eacute a capacidade de contar narrativas de maneira relevante (depoimentos por exemplo) e o Content Marketing que trata de apresentar conteuacutedo relevante como estrateacutegia para atrair e reter o puacuteblico estatildeo entre as ferramentas que podem ajudar no engajamento e na capacidade de influenciar comportamentos positivos

ldquoO fato eacute que o mundo digital estaacute transformando as relaccedilotildees e isso natildeo eacute diferente na sauacutede Temos que aprender a tirar o melhor proveito dessas miacutedias e criar experiecircncias on-line e offline para nossos pacientes pois eles querem interagir conosco de vaacuterias maneiras ao longo da sua jornada tornando a comunicaccedilatildeo consistente um desafio ainda maiorrdquo conta Kelly Rodrigues

| PATIENT EXPERIENCE |

Assunto foi tema central de encontro na Cleveland Clinic e no Hospital Albert Einstein Saiba o que foi discutido

CUIDAR DE QUEM CUIDAOlhar para aquele que recebe o cuidado eacute apenas um dos muacuteltiplos focos propostos pela Experiecircncia do Paciente Afinal do outro lado da ponta estaacute o cuidadorldquoA experiecircncia do paciente eacute uma jornada e a qualidade dos cuidados de sauacutede eacute pautada nas experiecircncias cliacutenica meacutedica e emocional O CEO da Cleveland Clinic Toby Cosgrove citou que onde temos a maior oportunidade de melhorar eacute na experiecircncia emocional pois muitas vezes os pacientes chegam aterrorizados ao hospital e desejam apenas ser tratados com carinho e cuidado Poreacutem o stress do dia a dia deste ambiente faz com que muitas vezes a equipe se distancie dessa realidade e dessa forma o paciente se torne mais um nuacutemero mais um atendimento mais uma patologiardquo comenta Kelly sobre sua participaccedilatildeo no Summit ldquo

Ela conta que a Cleveland Clinic manteacutem o programa Code Lavender em que um capelatildeo visita os andares e percebe o niacutevel de stress da equipe pacientes e familiares para endereccedilar os cuidados necessaacuterios a cada um

ldquoSatildeo tratamentos holiacutesticos para eventos emocionais com terapias de toque reiki terapias manuais incluindo massagens e reflexologia aromaterapia muacutesica arte terapia acupuntura aleacutem de apoio emocional e espiritualrdquo diz

De modo geral a conclusatildeo eacute que tudo comeccedila na escolha adequada do perfil de funcionaacuterio que se deseja o que inclui reconhecer no candidato os valores que a instituiccedilatildeo preserva E a partir daiacute construir uma trilha de aprimoramento profissional e de identificaccedilatildeo com o propoacutesito do cuidado centrado no paciente

CULTURADurante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave Durante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais

EXPERIEcircNCIA DO PACIENTE EM ALTA

A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave receber feedback e entender as fragilidades como oportunidades A segunda eacute a tratativa o dia a dia com cada caso e f inalmente a preventiva Na prevenccedilatildeo haacute uma anaacutelise macro sobre o que atuar em uma aacuterea ou accedilatildeo criacutetica identif icadardquo

bull Leia mais sobre o assunto no ldquoEspecial Cuidado Centrado no Pacienterdquo da ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas

Cultura organizacional para transformar a experiecircncia do paciente

AGENDE-SE22 a 24 de maio | Informaccedilotildees httpbitly2bMi3sY

Comprometer-se com uma meta de zero eventos adversos

Colocar os pacientes no centro do planejamento execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados

Reconhecer definir e compreender a interdependecircncia criacutetica de seguranccedila qualidade e atenccedilatildeo centrada no paciente como os trecircs elementos principais da experiecircncia do paciente

Direcionar a mudanccedila a partir de anaacutelise de dados e transparecircncia

Transformar a cultura e a lideranccedila

Focar prestaccedilatildeo de contas (accountability) e execuccedilatildeo

Seis elementos primordiais para consolidaccedilatildeo de uma cultura de experiecircncia do paciente

Gilmara Espino

| Melh res Praacuteticas16 Melh res Praacuteticas | 17

| INOVACcedilAtildeO |

E m maio deste ano a neu-rocientista e pesquisadora Suzana Herculano-Houzel aceitou uma proposta de trabalho nos Estados

Unidos deixando de fazer pesquisa em seu paiacutes natal O fato que na maior parte dos setores soaria como algo comum virou notiacutecia entre seus colegas no meio e gerou uma discussatildeo faltam recursos para a pesquisa meacutedica no Brasil

Em entrevista agrave Globo News tambeacutem em maio a proacutepria Suzana disse que sim De acordo com ela desde 2015 a verba deixou de ser repassada ldquoEu deixei de receber novos alunos inclusive estran-geiros porque os recursos para o trabalho de pesquisa deixaram de ser pagosrdquo disse na eacutepoca Ela atuava dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Culturalmente o Brasil eacute um paiacutes no qual a iniciativa privada investe pouco em pesquisa Em praticamente todos os setores a academia eacute a responsaacutevel por esse segmento e atua de forma muito distante da induacutestria Na aacuterea meacutedica natildeo eacute diferente

A ausecircncia de diaacutelogo entre cientistas e iniciativa privada gera alguns resultados ruins para o paiacutes O deacuteficit da balanccedila comercial de medicamentos por exemplo eacute de US$11 bilhotildees por ano Jaacute o de equipamentos eacute de US$45 bilhotildees O paiacutes estaacute longe de ser autossustentaacutevel nesses setores mas na opiniatildeo do diretor de ensino e pesqui-sa do Hospital Siacuterio-Libanecircs Luiz Fernando Reis a diferenccedila poderia ser menor se houvesse mais conversas entre a academia e a induacutestria

PESQUISA MEacuteDICA NO BRASILFixadas na maior parte das vezes nos hospitais universitaacuterios instituiccedilotildees de ensino e pesquisa ainda tecircm muito o que evoluir satildeo poucos os hospitais privados que investem na aacuterea

Julia Duarte

Hoje o paiacutes passa por

um segundo desafio que eacute

a qualidade do conhecimento gerado Nossa

produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircncia

ldquoO conhecimento estaacute na acade-mia enquanto a inovaccedilatildeo estaacute na induacutestria Esses dois mundos precisam conversar Fazer pesquisa eacute transformar dinheiro em conhecimento Agora noacutes precisamos fazer o caminho de volta e transformar esse conhecimento em benefiacutecios para a socie-daderdquo completa

O Siacuterio-Libanecircs eacute um dos poucos hospitais fora do meio univer-sitaacuterio que investe em pesquisa no Brasil O hospital possui o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) com cursos de especializa-ccedilatildeo residecircncia mestra-do e doutorado

Segundo Reis nos uacuteltimos 10 anos houve um aumento da quan-tidade da produccedilatildeo cientiacute f ica do paiacutes Ele atribui o cresci-mento entre outros fatores ao papel desempe-nhado pela Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (Capes) fundaccedilatildeo do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC)

ldquoHoje o paiacutes passa por um segundo desafio que eacute a quali-dade do conhecimento gerado Noacutes precisamos dar mais con-sistecircncia agrave pesquisa meacutedica Nossa produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircnciardquo afirma De acordo com ele os esforccedilos do IEP do Siacuterio-Libanecircs estatildeo voltados principalmente para o desen-volvimento institucional do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Pesquisas nessa linha satildeo in-centivadas pelo Programa de

Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) do Ministeacuterio da Sauacutede A contribuiccedilatildeo se daacute por meio do desenvolvimento incorpo-raccedilatildeo e transferecircncia de novas tecnologias e experiecircncias

em gestatildeo gerando novos conhecimentos e praacuteticas a partir de parceria entre entidades de sauacutede de reconhecida excelecircncia e os gestores do SUS

A ideia eacute a atuaccedilatildeo em conjunto na superaccedilatildeo de desafios melhoria e qualificaccedilatildeo de aacutereas estrateacutegicas na gestatildeo e prestaccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico de sauacutede no paiacutes O PROADI-SUS tem sido um impor-tante f inanciador da pesquisa meacutedica O diretor de pesquisa do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert

Einstein Luiz Rizzo tambeacutem cita o programa como um dos financiadores dos projetos da instituiccedilatildeo O foco das pes-quisas dessa instituiccedilatildeo eacute o envelhecimento sustentaacutevel

As entidades associaccedilotildees e fundaccedilotildees privadas sem fins lu-crativos como o Siacuterio- Libanecircs e o Albert Einstein ainda podem usufruir do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo Oncoloacutegica (PRONON) e do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo da Sauacutede da Pessoa com Deficiecircncia (PRONASPCD) criados para incentivar accedilotildees e serviccedilos desses oacutergatildeos no campo da oncologia e da pessoa com deficiecircncia

O diretor do Instituto de Pesquisa do Hospital do Coraccedilatildeo (HCor)

As redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia

dentro da pesquisa meacutedica

e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos

anos

| Melh res Praacuteticas18 Melh res Praacuteticas | 19

| INOVACcedilAtildeO |

Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Siacuterio-Libanecircs

Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Instituto de Pesquisa do HCor

FUNDACcedilAtildeO

TIPO DE PESQUISA

NUacuteMERO DE PESQUISADORES

2003

Cliacutenica e experimental

70 diretos mas todo o corpo cliacutenico e outros profissionais do hospital tambeacutem se envolvem

1998

Cliacutenica e experimental

21 diretos mas 700 pessoas estatildeo envolvidas em atividade de pesquisa entre meacutedicos do corpo cliacutenico e outros funcionaacuterios

2007

Cliacutenica

47 mas todo o corpo cliacutenico do hospital tambeacutem trabalha nas pesquisas

Otaacutevio Berwanger acre-dita que o f inanciamento baixo por parte da iniciativa privada eacute o principal desafio do setor Ele destaca que nos uacuteltimos anos houve um aumento nos investimentos mas o valor ainda eacute baixo ldquoHouve um crescente que parou nos uacuteltimos dois anos devido agrave crise eco-nocircmica A expectativa eacute que passada essa fase os aportes voltemrdquo afirma

O Instituto de Pesquisa do HCor tem foco prioritaacuterio em pesquisas cliacutenicas de doenccedilas cardioloacutegicas O financia-mento eacute por projeto assim como acontece nos outros institutos ldquoVer hospitais privados com institutos de pesquisa jaacute eacute uma grande evoluccedilatildeo Antes a pesquisa era vista apenas como gastordquo lembra Berwanger Ele afirma que inicialmente o Instituto exigiu investimento do hospi-tal mas hoje jaacute gera receita

Todos os trecircs institutos ouvidos nessa reportagem disseram que suas ativi-dades geram lucro para as instituiccedilotildees em que estatildeo instalados Nenhum deles revelou valores ldquoA pesquisa natildeo deve ser feita com cunho comercial somente mas tambeacutem natildeo pode ser vista apenas como despesardquo com-pleta o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor

Outros desafiosAleacutem da questatildeo financeira a pesquisa meacutedica enfrenta outros desafios Capacitaccedilatildeo de pessoal burocracia do processo cacircmbio e compe-titividade satildeo alguns deles Rizzo destaca que a formaccedilatildeo dos profissionais comeccedila na educaccedilatildeo baacutesica ldquoEacute preciso melhorar a educaccedilatildeo desde a infacircncia na escola ateacute a formaccedilatildeo meacutedica nas uni-versidades Quando vocecirc vai

olhar os rankings mundiais nossos alunos estatildeo muito abaixo da meacutedia se compara-dos a outros paiacutesesrdquo observa

Berwanger concorda ldquoFalta capacitaccedilatildeo entre os pro-fissionais para atuar com pesquisa A pesquisa cliacutenica deveria ser vista como uma especialidade dentro da medicinardquo diz

Do ponto de vista burocraacute-tico a demora na aprovaccedilatildeo de processos eacuteticos e regu-latoacuterios eacute um entrave para o crescimento da pesquisa meacutedica Aleacutem disso questotildees cambiais tambeacutem interferem ldquoA pesquisa tem um orccedilamen-to que eacute planejado a partir do cacircmbio jaacute que muitos insumos satildeo importados mas as variaccedilotildees no decorrer do projeto atrapalham bastanterdquo ressalta Rizzo Ele ainda lembra queos prazos burocraacute-ticos para importaccedilatildeo desses insumos satildeo muito longos

Outro desafio eacute a competitividade entre os institutos de pesquisa que dificilmente compartilham dados e informaccedilotildees prejudicando a evo-luccedilatildeo dos estudos Recentemente o governo norte-americano anun-ciou um plano chamado Moonshot com orccedilamento de US$1 bilhatildeo O objetivo eacute a colaboraccedilatildeo entre pesquisadores meacutedicos e entida-des para catalisar os avanccedilos na aacuterea oncoloacutegica

ldquoSe natildeo houvesse ciuacuteme entre laboratoacuterios e grupos de pesquisa poderiacuteamos evitar redundacircncias desnecessaacuterias das pesquisasrdquo disse o vice-presidente norte-a-mericano Joe Biden ao anunciar o programa ldquoVocecircs [oncologistas] aprenderam que natildeo daacute para trabalhar sozinhordquo completou

Para o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor as redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia dentro da pesquisa meacutedica e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos anos Todos os diretores de institutos ouvidos pela reporta-gem afirmaram ter parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior

Futuro da pesquisaTanto Rizzo quanto Berwanger destacaram o potencial do Brasil para a realizaccedilatildeo das pesquisas meacutedicas Eles lembraram que a miscigenaccedilatildeo da populaccedilatildeo do paiacutes eacute um aspecto riquiacutessimo do ponto de vista cientiacutefico ldquoO Brasil oferece a oportunidade de pesquisar o ser humano em sua diversidaderdquo afirma o diretor do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Para a induacutestria farmacecircutica principal-mente essa riqueza populacional eacute muito importante Testar medicamentos em uma populaccedilatildeo com geneacutetica parecida natildeo traz resultados tatildeo expressivos com isso o Brasil deve chamar mais atenccedilatildeo dessas empresas para o desenvolvimento de pesquisas

Berwanger jaacute natildeo vecirc o paiacutes apenas como um coadjuvante no cenaacuterio da pesquisa meacutedica mundial ldquoAntes a gente fornecia informaccedilotildees dos nossos pacientes para centros de pesquisa no exterior mas hoje jaacute temos pesquisas que satildeo coordenadas por noacutes e envolvem centros no mundo todo Isso mostra uma mudanccedila de posturardquo diz

Para o diretor do IEP do Siacuterio-Libanecircs o futuro da pesquisa depende da conversa entre a academia e a induacutestria ldquoEacute preciso parar com esse preconceito de que a academia natildeo pode conversar com o setor privado para que a pesquisa possa evoluir para benefiacutecios em prol da sociedaderdquo conclui

| Melh res Praacuteticas20 Melh res Praacuteticas | 21

| MERCADO |

Tdos os anos a Agecircncia N a c i o n a l d e S a uacute d e Suplementar (ANS) anuncia o reajuste aprovado nos valores dos planos de sauacutede e os beneficiaacuterios

reclamam e muito das taxas consideradas altas pela maioria Em 2016 o valor aprovado pela instituiccedilatildeo foi de ateacute 1357 A culpa na maior parte das vezes eacute colocada na inflaccedilatildeo meacutedica muito acima da inflaccedilatildeo comum e que onera os planos No entanto outro fator tambeacutem tem aumentado os custos e influenciado diretamente no valor cobrado do consumidor e das empresas o mau uso do plano de sauacutede

Um estudo de carteira com 2350 vidas realizado pela desenvol-vedora de programas de sauacutede AzimuteMed mostrou que 1355 das pessoas usam o plano de forma abusiva o que gera um gasto anual por beneficiaacuterio de R$ 267771

A meacutedia do mercado gira em torno de R$ 90696

Para driblar esse gargalo o setor estaacute se movimentando Afinal a conjuntura geral natildeo eacute favoraacutevel ndash nuacutemero de beneficiaacuterios caindo (vide tabela) ndash e reduzir custos eacute essencial O diretor executivo da Associaccedilatildeo Brasileira de Planos de Sauacutede (Abramge) Antocircnio Carlos Abbatepaolo afirma que estimativas mundiais mostram que 20 dos gastos com sauacutede satildeo desperdiacutecio De acordo com ele os beneficiaacuterios tecircm uma parcela consideraacutevel de responsabilidade por esses custos desnecessaacuterios

ldquoHaacute um padratildeo de desperdiacutecio dos beneficiaacuterios e do segmento de sauacutede Excesso de consultas e exames por exemplo eacute um problema Como natildeo existe um prontuaacuterio eletrocircnico o paciente faz um hemograma em janeiro a pedido de um meacutedico e em marccedilo quando

procura um especialista de outra aacuterea realiza o mesmo hemograma Isso gera desperdiacuteciordquo af irma Abbatepaolo

Em sua opiniatildeo para mudar o comportamento do beneficiaacuterio eacute necessaacuteria uma grande campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso do desperdiacutecio de aacutegua o que ainda natildeo aconteceu no setor de sauacutede suplementar ldquoEacute preciso mostrar que a economia tem significado no bolso do proacuteprio usuaacuterio Eles ainda natildeo entendem que os reajustes tambeacutem satildeo fruto da forma como eles utilizam o planordquo observa

Os programas de prevenccedilatildeo e cuidados integrais que estatildeo sendo adotados por operadoras e planos seriam uma forma de agir na raiz do problema com resultados a meacutedio e longo prazo ldquoSatildeo alternativas importantes para que haja economia e ganho cliacutenico para o paciente

Julia Duarte

DESPERDIacuteCIONA PONTAMau uso onera planos de sauacutede e folha de pagamento das empresas Beneficiaacuterios parecem natildeo entender como tambeacutem satildeo prejudicados poresse comportamento

Fonte Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

MecircsAno Beneficiaacuterios

Dez2012

Dez2013

Dez2014

Dez2015

Mar2016

47722948

49346927

50394741

49441541

48824150

pois evita internaccedilotildees futuras e o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas para casos de maior gravidaderdquo diz

Outro fator que ele acredita coibir o uso excessivo eacute a coparticipaccedilatildeo dos beneficiaacuterios em consultas exames e internaccedilotildees

O iacutendice de 1355 de pessoas utilizando o plano de forma abusiva encontrado na pesquisa realizada pela AzimuteMed eacute considerado alto pelo setor Por outro lado 13 dos usuaacuterios natildeo utilizam o plano E isso tambeacutem preocupa

ldquoEssas pessoas estatildeo mais propensas a desenvolver doenccedilas crocircnicas e chegar a uma internaccedilatildeo porque natildeo fazem acompanhamentordquo afirma a diretora-geral da AzimuteMed Luciana Lauretti ldquoA forma correta de utilizar eacute a consciente Eacute im-portante ter um meacutedico fixo ir agraves consultas com a frequecircncia determinada fazer exames anuais de controle e manter um estilo de vida saudaacutevelrdquo completa

No caso dos doentes crocircnicos a pesquisa mostrou um problema ainda maior A meacutedia anual de gastos por vida dentro desse grupo chega a R$ 248042 Isso acon-tece porque muitos dos pacientes abandonam o tratamento e como consequecircncia a doenccedila sai do controle surgindo a necessidade de ir ao pronto atendimento com explosatildeo de custos e deterioraccedilatildeo da qualidade de vida Nesse ponto a conscientizaccedilatildeo eacute muito importante diz Luciana Lauretti

O consumidor precisa estar

atento agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de

modo responsaacutevel e eacutetico evitando

onerar ainda mais um sistema que por sua natureza de mutualismo aumenta seus

custos na medida de sua utilizaccedilatildeo

Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice

| MERCADO |

fumar enquanto 43 tiveram uma reduccedilatildeo consideraacutevel na quantidade de cigarros consumidos por dia ldquoPara ter uma ideia a Bradesco Sauacutede tem um custo meacutedio de R$ 400 mil para tratamento de pacientes com doenccedilas causadas pelo cigarro principalmente o cacircncer de pulmatildeordquo diz Coriolano

Programas de acompanhamento Um recurso que as operadoras estatildeo cada vez mais usando satildeo as empresas terceirizadas que desenvolvem programas de acompanhamento e conscientizaccedilatildeo de pacientes que possuem algum fator de risco ou doenccedilas crocircnicas Esses programas auxiliam os pacientes no t rat a mento e t raba l ha m de forma educativa e mostram para os participantes a importacircncia de seguir as recomendaccedilotildees meacutedicas e ministrar corretamente os medicamentos

A 4BIO Medicamentos Especiais por exemplo comercializa medicamentos

especiais e presta serviccedilo para as operadoras com acompanhamento

dos pacientes que tomam essa medicaccedilatildeo em casa O funda-dor e presidente da empresa Andreacute Kina explica que o objetivo eacute evitar o abandono do tratamento ldquoEm meacutedia a taxa de adesatildeo dos pacientes

a seus tratamentos eacute em torno de 50 com o acompanhamento

conseguimos elevar essa taxa para 80 Esse ganho evita internaccedilotildees hospitalares gerando economia para as operadorasrdquo diz

A empresa funciona como um ponto de contato entre a operadora e o paciente Duas vezes por mecircs os profissionais (farmacecircuticos e enfermeiros) entram em contato com o paciente para coletar informaccedilotildees sobre o tratamento e resolver possiacuteveis duacutevidas Caso seja identificado algum problema o plano eacute avisado e o meacutedico eacute acionado para que natildeo seja necessaacuteria uma internaccedilatildeo futuramente

De acordo com Kina pesquisas mun-diais mostram que para cada R$ 1 que a operadora investe em serviccedilo de acompanhamento ela economiza R$ 10 evitando internaccedilotildees hospitalares ldquoEacute um investimento a meacutedio e longo prazo mas que traz retornordquo finaliza

Para mudar o comportamento do beneficiaacuterio

eacute necessaacuteria uma grande

campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso

do desperdiacutecio de aacutegua

Dentro das empresas

A assistecircncia meacutedica eacute o segundo maior gasto da aacuterea de recursos humanos atraacutes apenas da folha de pagamento Para garantir que seus funcionaacuterios faccedilam bom uso do plano e evitar reajustes algumas empresas estatildeo criando seu proacuteprio programa de promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de doenccedilas

Com mais de 4 mil funcionaacuterios a Contax com-panhia que atua na aacuterea de contact center criou o programa Viver Bem Contax O gerente meacutedico corporativo da empresa Glauco Callias explica que o programa foi desenhado baseado em trecircs pilares prevenccedilatildeo accedilatildeo e cuidado

A prevenccedilatildeo consiste em evitar o aparecimento de doenccedilas por meio de accedilotildees e informaccedilotildees que favoreccedilam haacutebitos de vida saudaacuteveis como a praacutetica de atividade fiacutesica alimentaccedilatildeo balanceada natildeo ingestatildeo de bebida alcooacutelica em excesso e cessaccedilatildeo do tabagismo O pilar accedilatildeo envolve atividades para reduzir o impacto de situaccedilotildees do meio ambiente como a busca ativa por focos do mosquito Aedes Aegypti e campanhas contra o H1N1

Jaacute no pilar cuidado satildeo desenvolvidos programas para puacuteblicos especiacuteficos ldquoSatildeo situaccedilotildees que jaacute existem e precisam ser gerenciadasrdquo esclarece Callias Dentro desse pilar a empresa desenvolveu o programa Gestante ldquoSe a nossa funcionaacuteria faz o preacute-natal corretamente ela tem menos chance de ter um parto prematuro e de o bebecirc precisar de uma UTI neonatal Isso eacute positivo para ela para a crianccedila e para a empresa que natildeo tem um grande impacto nos custos do convecircniordquo completa

O programa foi criado apoacutes uma pesquisa que mostrou que 55 das funcionaacuterias graacutevidas tinham realizado cesaacutereas Com ele as funcionaacuterias satildeo isentas da coparticipaccedilatildeo em exames e proce-dimentos relacionados agrave gravidez se fizerem o preacute-natal corretamente e participarem das palestras oferecidas pela empresa ldquoEssas palestras satildeo o braccedilo educacional do programa Noacutes trazemos informaccedilotildees sobre os criteacuterios para o parto normal e a cesaacuterea com o intuito de conscientizaacute-las antes de fazer a escolhardquo diz

De acordo com Callias a adesatildeo das funcionaacute-rias tem sido grande ldquoElas vecircm atraiacutedas pela isenccedilatildeo da coparticipaccedilatildeo mas depois percebem a importacircncia do programardquo observa Implantado haacute apenas seis meses o Gestante ainda natildeo tem resultados mensuraacuteveis

A expectativa eacute reduzir em 40 o nuacutemero de partos cesaacutereas e em 23 o nuacutemero de internaccedilotildees em UTI neonatal no periacuteodo de um ano Tambeacutem haacute expectativa de reduzir 10 pontos de sinistro dentro do puacuteblico do programa nesse periacuteodo

Outras empresas preocupadas com os gastos atuam junto com as operadoras para melhorar a gestatildeo do benefiacutecio de sauacutede A Bradesco Sauacutede por exemplo possui dois programas aplicados em parceria com o departamento de Recursos Humanos de seus clientes Sistema de Informaccedilotildees Gerenciais (SIGE) e Juntos Pela Sauacutede O SIGE tem como objetivo disponibilizar informaccedilotildees agraves aacutereas de RH das empresas contratantes e incrementar a gestatildeo interna de recursos delas O sistema permite o acompanhamento em profundidade das despesas incorridas pelos funcionaacuterios que usufruem do benefiacutecio em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre possibilitando a geraccedilatildeo de relatoacuterios sob medida para as necessidades de anaacutelise do comportamento das despesas meacutedicas ldquoCom isso o SIGE tambeacutem pode indicar a necessidade de implementaccedilatildeo de ajustes no desenho do planobenefiacutecio de acordo com o perfil de cada empresardquo explica Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice O sistema possibilita a extraccedilatildeo de dados e relatoacuterios que permite uma compreensatildeo adequada da gestatildeo do plano

Jaacute o ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo foi desenhado com base em estudos gerenciais para identif icaccedilatildeo de riscos Satildeo feitos exames e aplicados ques-tionaacuterios e a partir deles o programa indica accedilotildees de prevenccedilatildeo que vatildeo desde a entrega de material explicativo e realizaccedilatildeo de palestras ministradas por profissionais especializados em promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo ateacute a elaboraccedilatildeo de programas especiacuteficos de gestatildeo de patologias O programa tambeacutem desenvolve accedilotildees como imunizaccedilatildeo vacinaccedilatildeo contra gripe benefiacutecio farmaacutecia entre outros

ldquoA informaccedilatildeo e a assistecircncia oferecidas con-tribuem para que os participantes se tornem mais conscientes e motivados a mudar seus haacutebitos de vida e o comportamento em relaccedilatildeo agrave sauacutederdquo afirma o presidente

Dentro do ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo existe o programa ldquoAbandono do Tabagismordquo criado em 2012 Do total de pessoas que participaram 48 pararam de

| Melh res Praacuteticas24 Melh res Praacuteticas | 25

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

A internet eacute presenccedila indiscutiacutevel na vida do brasileiro De acordo com pesquisa publi-cada em 2015 pela agecircncia internacional We Are Social o paiacutes estaacute entre as naccedilotildees mais conectadas do mundo Satildeo mais de 9

horas on-line por dia sendo que dessas 5h e 26 minutos satildeo provenientes de tablets ou telefones moacuteveis O fenocircmeno acompanha um movimento mundial de popularizaccedilatildeo da internet Nos uacuteltimos 12 anos a conectividade permitida pelas redes sociais potencializada pela mobilidade trazida pelos smartphones tem mudado a forma como se recebe e se compartilha informaccedilatildeo Uma mudanccedila intensa que afetou profundamente as relaccedilotildees pessoais e profissionais dos indiviacuteduos em todo o planeta

No ambiente de trabalho em especial no hospitalar satildeo constantes os eventos e procedimentos que exigem foco e atenccedilatildeo das equipes E por isso esse amplo acesso agraves redes sociais faz soar um alerta Por um lado os aparelhos repletos de possibilidades satildeo ferramentas uacuteteis para otimizar a comunicaccedilatildeo interna e acessar profissionais e conteuacutedo de forma raacutepida e eficiente por outro os recursos para fazer anotaccedilotildees registrar

Como as redes sociais e smartphones transformaram o modo como a sociedade produz compartilha e se relaciona com a informaccedilatildeo e o impacto dessa mudanccedila no dia a dia dos profissionais da sauacutede

Dani Dias Ferreira

gravar fotografar e trocar mensagens satildeo potencialmente um problema quando usados de forma inde-vida jaacute que as informa-ccedilotildees em minutos podem ser compartilhadas com um nuacutemero expressivo de pessoas de forma descontrolada Isso sem falar na mistura das esferas pessoal e profissional

A velocidade da mudanccedila tem sido tatildeo intensa que natildeo houve tempo de as em-presas (nem a sociedade como um todo) se organizarem para conciliar os benefiacutecios dessas novas tecnologias e ao mesmo tempo prevenir-se dos efeitos que o uso indevido pode acarretar

Em primeiro lugar via de regra eacute neces-saacuterio recorrer ao bom senso agraves normas da instituiccedilatildeo agrave observaccedilatildeo dos princiacutepios eacuteticos e agraves boas praacuteticas Eacute o que pensa

Angela Blatt Ortiga enfermeira haacute 30 anos que atua como secretaacuteria do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) Estudiosa do assunto daacute palestras em uni-versidades e hospitais esclarecendo os limites de utilizaccedilatildeo das redes

Nesses encontros ela ressalta os proacutes e contras da utilizaccedilatildeo de aparelhos celulares e aplicativos no dia a dia dos enfermeiros Entre as vantagens estaacute o fato de a rede social ampliar a facilidade de comunicaccedilatildeo com baixo custo e as pessoas terem acesso e ser um meio uacutetil para socializar as boas praacuteticas natildeo apenas com as equipes mas tambeacutem com a comu-nidade em geral

A empresa pode limitar

o uso dos aparelhos celulares e acesso a

redes sociais durante o expediente

Entre as situaccedilotildees delicadas estatildeo aquelas ligadas agrave seguranccedila do paciente jaacute que os aparelhos tele-focircnicos moacuteveis natildeo estatildeo devidamente higienizados e podem ser um fator de contaminaccedilatildeo Como elemento de distraccedilatildeo podem contribuir com a falha humana

Durante as palestras os limites de utilizaccedilatildeo das redes sociais sempre despertam questiona-mentos dos partici-pantes As perguntas mais frequentes satildeo a adequaccedilatildeo a respeito de publicaccedilotildees fotografias e gravaccedilotildees realizadas dentro do ambiente de trabalho e o seu impacto A resposta eacute taxativa ldquoFrases reclamaccedilotildees e expressotildees como lsquotodo mundo saiu e eu fiquei sozinhorsquo ou lsquoplantatildeo mais ou menosrsquo podem prejudicar a imagem do colaborador e da institui-ccedilatildeo apesar de parecerem inofensivas Natildeo eacute soacute uma

questatildeo pessoal vocecirc estaacute lidando com privacidade direito autoral eacutetica profissionalrdquo explica a enfermeira

Comentaacuterios sobre pacientes ainda que sejam positivos podem desagradar quem estaacute em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou simplesmente natildeo gostaria de ter sua intimidade exposta Inclusive natildeo satildeo poucas as reclamaccedilotildees e denuacutencias que chegam ao Conselho sobre o uso indevido das redes daiacute a necessidade de orientar Inserir estranhos nos grupos de whatsapp ou repassar conteuacutedo profissional a grupos pessoais tambeacutem pode gerar desconforto ou mesmo permitir que informaccedilotildees sigilosas sejam vazadas para a imprensa

Demissotildees por mau uso jaacute natildeo satildeo uma novidade Natildeo satildeo casos isolados e tampouco restritos agrave realidade nacional tanto que algumas instituiccedilotildees e associaccedilotildees nos EUA por exemplo criaram e disponibilizaram materiais on-line abordando o assunto A National Council of State Boards of Nursing lanccedilou o The Nursersquos Guide to the Use of Social Media (wwwncsbnorgNCSBN_SocialMediapdf) manual detalhado de como profissionais da enfermagem devem se portar na utilizaccedilatildeo das redes sociais No Brasil nos sites do Coren e do Conselho Regional de Medicina tambeacutem eacute possiacutevel encontrar artigos e orientaccedilotildees sobre o tema

O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem Resoluccedilatildeo Cofen nordm 311 de 8 de fevereiro de 2007 traz regulamentaccedilotildees que valem tambeacutem para a atuaccedilatildeo nas redes sociais como a restriccedilatildeo a ldquoinserir imagens ou informaccedilotildees que possam identificar pessoas e instituiccedilotildees sem sua preacutevia autorizaccedilatildeordquo

Por sua vez o Coacutedigo de Eacutetica Meacutedica apesar de permitir aos meacutedicos a divulgaccedilatildeo em seu perfil nas redes sociais de dados sobre sua es-pecialidade CRM e local onde atendem proiacutebem a distribuiccedilatildeo e publicaccedilatildeo de fotos tiradas com pa-cientes em locais de aten-dimento como cirurgias ou consultas Eacute vedado ainda ao profissional con-sultar diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicaccedilatildeo em massa Jaacute o Marco Civil da Internet desde 2014 em vigor mas regula-

Melh res Praacuteticas | 27

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

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Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

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Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

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| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

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EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

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Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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Out

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Outras instituiccedilotildees

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Ago

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Set

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142400

131600

Out

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Nov

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158200

146200

Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

| Melh res Praacuteticas44

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 45

Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| Melh res Praacuteticas62 Melh res Praacuteticas | 63

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

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2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 8: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas14 Melh res Praacuteticas | 15

L evar a melhor experiecircncia eacute promover o melhor cuidado cliacutenico seguranccedila e conforto possiacuteveis para os pacientes Tambeacutem eacute o entendimento que essa eacute uma responsabilidade coletiva dos colaboradores de uma instituiccedilatildeo de

sauacutede e natildeo apenas dos meacutedicos e enfermeiros As discussotildees sobre como transformar esse discurso em praacutetica tem movimentado grandes eventos

Jaacute na seacutetima ediccedilatildeo o Patient Experience Empathy + Innovation Summit organizado pela Cleveland Clinic nos Estados Unidos em parceria com oito organizaccedilotildees entre elas a The Joint Commission recebeu em maio de 2016 cerca de 2000 participantes vindos de 37 paiacuteses

No mecircs seguinte o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) ofereceu em Satildeo Paulo o I Simpoacutesio Latino Americano de Experiecircncia do Paciente Foram cerca de 700 presentes um nuacutemero bastante expressivo de interessados em um assunto que estava sendo abordado de forma estruturada pela primeira vez no Brasil A Revista Melhores Praacuteticas foi a miacutedia apoiadora do evento

ldquoOs dois eventos mostraram que aleacutem da experiecircncia do paciente do cuidador e da equipe assistencial os liacutederes estatildeo empenhados em discutir a experiecircncia humana abordando como conduzir a melhoria e diferenciaccedilatildeo em nossas organizaccedilotildeesrdquo conta Kelly Rodrigues soacutecia-diretora da Patient Centricity Consulting empresa nacional voltada a ajudar na

implementaccedilatildeo da metodologia de atenccedilatildeo centrada no paciente

Em comum os encontros destacaram a relevacircncia de direcionar o cuidado para o que realmente importa para o paciente o uso de ferramentas de marketing e comunicaccedilatildeo no engajamento e contato a responsabilidade do meacutedico como liacuteder do processo assistencial e o zelo indispensaacutevel aos profissionais que recebem diretamente as demandas dos pacientes e seus acompanhantes

Segundo o convidado internacional do Simpoacutesio organizado pelo Einstein Jason Wolf (ler entrevista exclusiva nessa ediccedilatildeo) as boas instituiccedilotildees realmente acreditam que de fato estatildeo cuidando de seus pacientes o que natildeo deixa de ser verdade O ponto-chave eacute saber como esse cuidado quer ser recebido

O Storytelling que eacute a capacidade de contar narrativas de maneira relevante (depoimentos por exemplo) e o Content Marketing que trata de apresentar conteuacutedo relevante como estrateacutegia para atrair e reter o puacuteblico estatildeo entre as ferramentas que podem ajudar no engajamento e na capacidade de influenciar comportamentos positivos

ldquoO fato eacute que o mundo digital estaacute transformando as relaccedilotildees e isso natildeo eacute diferente na sauacutede Temos que aprender a tirar o melhor proveito dessas miacutedias e criar experiecircncias on-line e offline para nossos pacientes pois eles querem interagir conosco de vaacuterias maneiras ao longo da sua jornada tornando a comunicaccedilatildeo consistente um desafio ainda maiorrdquo conta Kelly Rodrigues

| PATIENT EXPERIENCE |

Assunto foi tema central de encontro na Cleveland Clinic e no Hospital Albert Einstein Saiba o que foi discutido

CUIDAR DE QUEM CUIDAOlhar para aquele que recebe o cuidado eacute apenas um dos muacuteltiplos focos propostos pela Experiecircncia do Paciente Afinal do outro lado da ponta estaacute o cuidadorldquoA experiecircncia do paciente eacute uma jornada e a qualidade dos cuidados de sauacutede eacute pautada nas experiecircncias cliacutenica meacutedica e emocional O CEO da Cleveland Clinic Toby Cosgrove citou que onde temos a maior oportunidade de melhorar eacute na experiecircncia emocional pois muitas vezes os pacientes chegam aterrorizados ao hospital e desejam apenas ser tratados com carinho e cuidado Poreacutem o stress do dia a dia deste ambiente faz com que muitas vezes a equipe se distancie dessa realidade e dessa forma o paciente se torne mais um nuacutemero mais um atendimento mais uma patologiardquo comenta Kelly sobre sua participaccedilatildeo no Summit ldquo

Ela conta que a Cleveland Clinic manteacutem o programa Code Lavender em que um capelatildeo visita os andares e percebe o niacutevel de stress da equipe pacientes e familiares para endereccedilar os cuidados necessaacuterios a cada um

ldquoSatildeo tratamentos holiacutesticos para eventos emocionais com terapias de toque reiki terapias manuais incluindo massagens e reflexologia aromaterapia muacutesica arte terapia acupuntura aleacutem de apoio emocional e espiritualrdquo diz

De modo geral a conclusatildeo eacute que tudo comeccedila na escolha adequada do perfil de funcionaacuterio que se deseja o que inclui reconhecer no candidato os valores que a instituiccedilatildeo preserva E a partir daiacute construir uma trilha de aprimoramento profissional e de identificaccedilatildeo com o propoacutesito do cuidado centrado no paciente

CULTURADurante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave Durante o curso preacute-simpoacutesio do HIAE Marcelo Alvarenga destacou como a cultura de valorizaccedilatildeo da experiecircncia do paciente se molda ldquoSatildeo trecircs questotildees fundametais

EXPERIEcircNCIA DO PACIENTE EM ALTA

A primeira eacute imparcialidade O gestor natildeo pode tratar sua aacuterea com um silo isolado precisa estar aberto agrave receber feedback e entender as fragilidades como oportunidades A segunda eacute a tratativa o dia a dia com cada caso e f inalmente a preventiva Na prevenccedilatildeo haacute uma anaacutelise macro sobre o que atuar em uma aacuterea ou accedilatildeo criacutetica identif icadardquo

bull Leia mais sobre o assunto no ldquoEspecial Cuidado Centrado no Pacienterdquo da ediccedilatildeo 16 da Revista Melhores Praacuteticas

Cultura organizacional para transformar a experiecircncia do paciente

AGENDE-SE22 a 24 de maio | Informaccedilotildees httpbitly2bMi3sY

Comprometer-se com uma meta de zero eventos adversos

Colocar os pacientes no centro do planejamento execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos cuidados

Reconhecer definir e compreender a interdependecircncia criacutetica de seguranccedila qualidade e atenccedilatildeo centrada no paciente como os trecircs elementos principais da experiecircncia do paciente

Direcionar a mudanccedila a partir de anaacutelise de dados e transparecircncia

Transformar a cultura e a lideranccedila

Focar prestaccedilatildeo de contas (accountability) e execuccedilatildeo

Seis elementos primordiais para consolidaccedilatildeo de uma cultura de experiecircncia do paciente

Gilmara Espino

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| INOVACcedilAtildeO |

E m maio deste ano a neu-rocientista e pesquisadora Suzana Herculano-Houzel aceitou uma proposta de trabalho nos Estados

Unidos deixando de fazer pesquisa em seu paiacutes natal O fato que na maior parte dos setores soaria como algo comum virou notiacutecia entre seus colegas no meio e gerou uma discussatildeo faltam recursos para a pesquisa meacutedica no Brasil

Em entrevista agrave Globo News tambeacutem em maio a proacutepria Suzana disse que sim De acordo com ela desde 2015 a verba deixou de ser repassada ldquoEu deixei de receber novos alunos inclusive estran-geiros porque os recursos para o trabalho de pesquisa deixaram de ser pagosrdquo disse na eacutepoca Ela atuava dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Culturalmente o Brasil eacute um paiacutes no qual a iniciativa privada investe pouco em pesquisa Em praticamente todos os setores a academia eacute a responsaacutevel por esse segmento e atua de forma muito distante da induacutestria Na aacuterea meacutedica natildeo eacute diferente

A ausecircncia de diaacutelogo entre cientistas e iniciativa privada gera alguns resultados ruins para o paiacutes O deacuteficit da balanccedila comercial de medicamentos por exemplo eacute de US$11 bilhotildees por ano Jaacute o de equipamentos eacute de US$45 bilhotildees O paiacutes estaacute longe de ser autossustentaacutevel nesses setores mas na opiniatildeo do diretor de ensino e pesqui-sa do Hospital Siacuterio-Libanecircs Luiz Fernando Reis a diferenccedila poderia ser menor se houvesse mais conversas entre a academia e a induacutestria

PESQUISA MEacuteDICA NO BRASILFixadas na maior parte das vezes nos hospitais universitaacuterios instituiccedilotildees de ensino e pesquisa ainda tecircm muito o que evoluir satildeo poucos os hospitais privados que investem na aacuterea

Julia Duarte

Hoje o paiacutes passa por

um segundo desafio que eacute

a qualidade do conhecimento gerado Nossa

produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircncia

ldquoO conhecimento estaacute na acade-mia enquanto a inovaccedilatildeo estaacute na induacutestria Esses dois mundos precisam conversar Fazer pesquisa eacute transformar dinheiro em conhecimento Agora noacutes precisamos fazer o caminho de volta e transformar esse conhecimento em benefiacutecios para a socie-daderdquo completa

O Siacuterio-Libanecircs eacute um dos poucos hospitais fora do meio univer-sitaacuterio que investe em pesquisa no Brasil O hospital possui o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) com cursos de especializa-ccedilatildeo residecircncia mestra-do e doutorado

Segundo Reis nos uacuteltimos 10 anos houve um aumento da quan-tidade da produccedilatildeo cientiacute f ica do paiacutes Ele atribui o cresci-mento entre outros fatores ao papel desempe-nhado pela Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (Capes) fundaccedilatildeo do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC)

ldquoHoje o paiacutes passa por um segundo desafio que eacute a quali-dade do conhecimento gerado Noacutes precisamos dar mais con-sistecircncia agrave pesquisa meacutedica Nossa produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircnciardquo afirma De acordo com ele os esforccedilos do IEP do Siacuterio-Libanecircs estatildeo voltados principalmente para o desen-volvimento institucional do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Pesquisas nessa linha satildeo in-centivadas pelo Programa de

Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) do Ministeacuterio da Sauacutede A contribuiccedilatildeo se daacute por meio do desenvolvimento incorpo-raccedilatildeo e transferecircncia de novas tecnologias e experiecircncias

em gestatildeo gerando novos conhecimentos e praacuteticas a partir de parceria entre entidades de sauacutede de reconhecida excelecircncia e os gestores do SUS

A ideia eacute a atuaccedilatildeo em conjunto na superaccedilatildeo de desafios melhoria e qualificaccedilatildeo de aacutereas estrateacutegicas na gestatildeo e prestaccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico de sauacutede no paiacutes O PROADI-SUS tem sido um impor-tante f inanciador da pesquisa meacutedica O diretor de pesquisa do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert

Einstein Luiz Rizzo tambeacutem cita o programa como um dos financiadores dos projetos da instituiccedilatildeo O foco das pes-quisas dessa instituiccedilatildeo eacute o envelhecimento sustentaacutevel

As entidades associaccedilotildees e fundaccedilotildees privadas sem fins lu-crativos como o Siacuterio- Libanecircs e o Albert Einstein ainda podem usufruir do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo Oncoloacutegica (PRONON) e do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo da Sauacutede da Pessoa com Deficiecircncia (PRONASPCD) criados para incentivar accedilotildees e serviccedilos desses oacutergatildeos no campo da oncologia e da pessoa com deficiecircncia

O diretor do Instituto de Pesquisa do Hospital do Coraccedilatildeo (HCor)

As redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia

dentro da pesquisa meacutedica

e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos

anos

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| INOVACcedilAtildeO |

Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Siacuterio-Libanecircs

Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Instituto de Pesquisa do HCor

FUNDACcedilAtildeO

TIPO DE PESQUISA

NUacuteMERO DE PESQUISADORES

2003

Cliacutenica e experimental

70 diretos mas todo o corpo cliacutenico e outros profissionais do hospital tambeacutem se envolvem

1998

Cliacutenica e experimental

21 diretos mas 700 pessoas estatildeo envolvidas em atividade de pesquisa entre meacutedicos do corpo cliacutenico e outros funcionaacuterios

2007

Cliacutenica

47 mas todo o corpo cliacutenico do hospital tambeacutem trabalha nas pesquisas

Otaacutevio Berwanger acre-dita que o f inanciamento baixo por parte da iniciativa privada eacute o principal desafio do setor Ele destaca que nos uacuteltimos anos houve um aumento nos investimentos mas o valor ainda eacute baixo ldquoHouve um crescente que parou nos uacuteltimos dois anos devido agrave crise eco-nocircmica A expectativa eacute que passada essa fase os aportes voltemrdquo afirma

O Instituto de Pesquisa do HCor tem foco prioritaacuterio em pesquisas cliacutenicas de doenccedilas cardioloacutegicas O financia-mento eacute por projeto assim como acontece nos outros institutos ldquoVer hospitais privados com institutos de pesquisa jaacute eacute uma grande evoluccedilatildeo Antes a pesquisa era vista apenas como gastordquo lembra Berwanger Ele afirma que inicialmente o Instituto exigiu investimento do hospi-tal mas hoje jaacute gera receita

Todos os trecircs institutos ouvidos nessa reportagem disseram que suas ativi-dades geram lucro para as instituiccedilotildees em que estatildeo instalados Nenhum deles revelou valores ldquoA pesquisa natildeo deve ser feita com cunho comercial somente mas tambeacutem natildeo pode ser vista apenas como despesardquo com-pleta o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor

Outros desafiosAleacutem da questatildeo financeira a pesquisa meacutedica enfrenta outros desafios Capacitaccedilatildeo de pessoal burocracia do processo cacircmbio e compe-titividade satildeo alguns deles Rizzo destaca que a formaccedilatildeo dos profissionais comeccedila na educaccedilatildeo baacutesica ldquoEacute preciso melhorar a educaccedilatildeo desde a infacircncia na escola ateacute a formaccedilatildeo meacutedica nas uni-versidades Quando vocecirc vai

olhar os rankings mundiais nossos alunos estatildeo muito abaixo da meacutedia se compara-dos a outros paiacutesesrdquo observa

Berwanger concorda ldquoFalta capacitaccedilatildeo entre os pro-fissionais para atuar com pesquisa A pesquisa cliacutenica deveria ser vista como uma especialidade dentro da medicinardquo diz

Do ponto de vista burocraacute-tico a demora na aprovaccedilatildeo de processos eacuteticos e regu-latoacuterios eacute um entrave para o crescimento da pesquisa meacutedica Aleacutem disso questotildees cambiais tambeacutem interferem ldquoA pesquisa tem um orccedilamen-to que eacute planejado a partir do cacircmbio jaacute que muitos insumos satildeo importados mas as variaccedilotildees no decorrer do projeto atrapalham bastanterdquo ressalta Rizzo Ele ainda lembra queos prazos burocraacute-ticos para importaccedilatildeo desses insumos satildeo muito longos

Outro desafio eacute a competitividade entre os institutos de pesquisa que dificilmente compartilham dados e informaccedilotildees prejudicando a evo-luccedilatildeo dos estudos Recentemente o governo norte-americano anun-ciou um plano chamado Moonshot com orccedilamento de US$1 bilhatildeo O objetivo eacute a colaboraccedilatildeo entre pesquisadores meacutedicos e entida-des para catalisar os avanccedilos na aacuterea oncoloacutegica

ldquoSe natildeo houvesse ciuacuteme entre laboratoacuterios e grupos de pesquisa poderiacuteamos evitar redundacircncias desnecessaacuterias das pesquisasrdquo disse o vice-presidente norte-a-mericano Joe Biden ao anunciar o programa ldquoVocecircs [oncologistas] aprenderam que natildeo daacute para trabalhar sozinhordquo completou

Para o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor as redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia dentro da pesquisa meacutedica e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos anos Todos os diretores de institutos ouvidos pela reporta-gem afirmaram ter parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior

Futuro da pesquisaTanto Rizzo quanto Berwanger destacaram o potencial do Brasil para a realizaccedilatildeo das pesquisas meacutedicas Eles lembraram que a miscigenaccedilatildeo da populaccedilatildeo do paiacutes eacute um aspecto riquiacutessimo do ponto de vista cientiacutefico ldquoO Brasil oferece a oportunidade de pesquisar o ser humano em sua diversidaderdquo afirma o diretor do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Para a induacutestria farmacecircutica principal-mente essa riqueza populacional eacute muito importante Testar medicamentos em uma populaccedilatildeo com geneacutetica parecida natildeo traz resultados tatildeo expressivos com isso o Brasil deve chamar mais atenccedilatildeo dessas empresas para o desenvolvimento de pesquisas

Berwanger jaacute natildeo vecirc o paiacutes apenas como um coadjuvante no cenaacuterio da pesquisa meacutedica mundial ldquoAntes a gente fornecia informaccedilotildees dos nossos pacientes para centros de pesquisa no exterior mas hoje jaacute temos pesquisas que satildeo coordenadas por noacutes e envolvem centros no mundo todo Isso mostra uma mudanccedila de posturardquo diz

Para o diretor do IEP do Siacuterio-Libanecircs o futuro da pesquisa depende da conversa entre a academia e a induacutestria ldquoEacute preciso parar com esse preconceito de que a academia natildeo pode conversar com o setor privado para que a pesquisa possa evoluir para benefiacutecios em prol da sociedaderdquo conclui

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| MERCADO |

Tdos os anos a Agecircncia N a c i o n a l d e S a uacute d e Suplementar (ANS) anuncia o reajuste aprovado nos valores dos planos de sauacutede e os beneficiaacuterios

reclamam e muito das taxas consideradas altas pela maioria Em 2016 o valor aprovado pela instituiccedilatildeo foi de ateacute 1357 A culpa na maior parte das vezes eacute colocada na inflaccedilatildeo meacutedica muito acima da inflaccedilatildeo comum e que onera os planos No entanto outro fator tambeacutem tem aumentado os custos e influenciado diretamente no valor cobrado do consumidor e das empresas o mau uso do plano de sauacutede

Um estudo de carteira com 2350 vidas realizado pela desenvol-vedora de programas de sauacutede AzimuteMed mostrou que 1355 das pessoas usam o plano de forma abusiva o que gera um gasto anual por beneficiaacuterio de R$ 267771

A meacutedia do mercado gira em torno de R$ 90696

Para driblar esse gargalo o setor estaacute se movimentando Afinal a conjuntura geral natildeo eacute favoraacutevel ndash nuacutemero de beneficiaacuterios caindo (vide tabela) ndash e reduzir custos eacute essencial O diretor executivo da Associaccedilatildeo Brasileira de Planos de Sauacutede (Abramge) Antocircnio Carlos Abbatepaolo afirma que estimativas mundiais mostram que 20 dos gastos com sauacutede satildeo desperdiacutecio De acordo com ele os beneficiaacuterios tecircm uma parcela consideraacutevel de responsabilidade por esses custos desnecessaacuterios

ldquoHaacute um padratildeo de desperdiacutecio dos beneficiaacuterios e do segmento de sauacutede Excesso de consultas e exames por exemplo eacute um problema Como natildeo existe um prontuaacuterio eletrocircnico o paciente faz um hemograma em janeiro a pedido de um meacutedico e em marccedilo quando

procura um especialista de outra aacuterea realiza o mesmo hemograma Isso gera desperdiacuteciordquo af irma Abbatepaolo

Em sua opiniatildeo para mudar o comportamento do beneficiaacuterio eacute necessaacuteria uma grande campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso do desperdiacutecio de aacutegua o que ainda natildeo aconteceu no setor de sauacutede suplementar ldquoEacute preciso mostrar que a economia tem significado no bolso do proacuteprio usuaacuterio Eles ainda natildeo entendem que os reajustes tambeacutem satildeo fruto da forma como eles utilizam o planordquo observa

Os programas de prevenccedilatildeo e cuidados integrais que estatildeo sendo adotados por operadoras e planos seriam uma forma de agir na raiz do problema com resultados a meacutedio e longo prazo ldquoSatildeo alternativas importantes para que haja economia e ganho cliacutenico para o paciente

Julia Duarte

DESPERDIacuteCIONA PONTAMau uso onera planos de sauacutede e folha de pagamento das empresas Beneficiaacuterios parecem natildeo entender como tambeacutem satildeo prejudicados poresse comportamento

Fonte Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

MecircsAno Beneficiaacuterios

Dez2012

Dez2013

Dez2014

Dez2015

Mar2016

47722948

49346927

50394741

49441541

48824150

pois evita internaccedilotildees futuras e o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas para casos de maior gravidaderdquo diz

Outro fator que ele acredita coibir o uso excessivo eacute a coparticipaccedilatildeo dos beneficiaacuterios em consultas exames e internaccedilotildees

O iacutendice de 1355 de pessoas utilizando o plano de forma abusiva encontrado na pesquisa realizada pela AzimuteMed eacute considerado alto pelo setor Por outro lado 13 dos usuaacuterios natildeo utilizam o plano E isso tambeacutem preocupa

ldquoEssas pessoas estatildeo mais propensas a desenvolver doenccedilas crocircnicas e chegar a uma internaccedilatildeo porque natildeo fazem acompanhamentordquo afirma a diretora-geral da AzimuteMed Luciana Lauretti ldquoA forma correta de utilizar eacute a consciente Eacute im-portante ter um meacutedico fixo ir agraves consultas com a frequecircncia determinada fazer exames anuais de controle e manter um estilo de vida saudaacutevelrdquo completa

No caso dos doentes crocircnicos a pesquisa mostrou um problema ainda maior A meacutedia anual de gastos por vida dentro desse grupo chega a R$ 248042 Isso acon-tece porque muitos dos pacientes abandonam o tratamento e como consequecircncia a doenccedila sai do controle surgindo a necessidade de ir ao pronto atendimento com explosatildeo de custos e deterioraccedilatildeo da qualidade de vida Nesse ponto a conscientizaccedilatildeo eacute muito importante diz Luciana Lauretti

O consumidor precisa estar

atento agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de

modo responsaacutevel e eacutetico evitando

onerar ainda mais um sistema que por sua natureza de mutualismo aumenta seus

custos na medida de sua utilizaccedilatildeo

Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice

| MERCADO |

fumar enquanto 43 tiveram uma reduccedilatildeo consideraacutevel na quantidade de cigarros consumidos por dia ldquoPara ter uma ideia a Bradesco Sauacutede tem um custo meacutedio de R$ 400 mil para tratamento de pacientes com doenccedilas causadas pelo cigarro principalmente o cacircncer de pulmatildeordquo diz Coriolano

Programas de acompanhamento Um recurso que as operadoras estatildeo cada vez mais usando satildeo as empresas terceirizadas que desenvolvem programas de acompanhamento e conscientizaccedilatildeo de pacientes que possuem algum fator de risco ou doenccedilas crocircnicas Esses programas auxiliam os pacientes no t rat a mento e t raba l ha m de forma educativa e mostram para os participantes a importacircncia de seguir as recomendaccedilotildees meacutedicas e ministrar corretamente os medicamentos

A 4BIO Medicamentos Especiais por exemplo comercializa medicamentos

especiais e presta serviccedilo para as operadoras com acompanhamento

dos pacientes que tomam essa medicaccedilatildeo em casa O funda-dor e presidente da empresa Andreacute Kina explica que o objetivo eacute evitar o abandono do tratamento ldquoEm meacutedia a taxa de adesatildeo dos pacientes

a seus tratamentos eacute em torno de 50 com o acompanhamento

conseguimos elevar essa taxa para 80 Esse ganho evita internaccedilotildees hospitalares gerando economia para as operadorasrdquo diz

A empresa funciona como um ponto de contato entre a operadora e o paciente Duas vezes por mecircs os profissionais (farmacecircuticos e enfermeiros) entram em contato com o paciente para coletar informaccedilotildees sobre o tratamento e resolver possiacuteveis duacutevidas Caso seja identificado algum problema o plano eacute avisado e o meacutedico eacute acionado para que natildeo seja necessaacuteria uma internaccedilatildeo futuramente

De acordo com Kina pesquisas mun-diais mostram que para cada R$ 1 que a operadora investe em serviccedilo de acompanhamento ela economiza R$ 10 evitando internaccedilotildees hospitalares ldquoEacute um investimento a meacutedio e longo prazo mas que traz retornordquo finaliza

Para mudar o comportamento do beneficiaacuterio

eacute necessaacuteria uma grande

campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso

do desperdiacutecio de aacutegua

Dentro das empresas

A assistecircncia meacutedica eacute o segundo maior gasto da aacuterea de recursos humanos atraacutes apenas da folha de pagamento Para garantir que seus funcionaacuterios faccedilam bom uso do plano e evitar reajustes algumas empresas estatildeo criando seu proacuteprio programa de promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de doenccedilas

Com mais de 4 mil funcionaacuterios a Contax com-panhia que atua na aacuterea de contact center criou o programa Viver Bem Contax O gerente meacutedico corporativo da empresa Glauco Callias explica que o programa foi desenhado baseado em trecircs pilares prevenccedilatildeo accedilatildeo e cuidado

A prevenccedilatildeo consiste em evitar o aparecimento de doenccedilas por meio de accedilotildees e informaccedilotildees que favoreccedilam haacutebitos de vida saudaacuteveis como a praacutetica de atividade fiacutesica alimentaccedilatildeo balanceada natildeo ingestatildeo de bebida alcooacutelica em excesso e cessaccedilatildeo do tabagismo O pilar accedilatildeo envolve atividades para reduzir o impacto de situaccedilotildees do meio ambiente como a busca ativa por focos do mosquito Aedes Aegypti e campanhas contra o H1N1

Jaacute no pilar cuidado satildeo desenvolvidos programas para puacuteblicos especiacuteficos ldquoSatildeo situaccedilotildees que jaacute existem e precisam ser gerenciadasrdquo esclarece Callias Dentro desse pilar a empresa desenvolveu o programa Gestante ldquoSe a nossa funcionaacuteria faz o preacute-natal corretamente ela tem menos chance de ter um parto prematuro e de o bebecirc precisar de uma UTI neonatal Isso eacute positivo para ela para a crianccedila e para a empresa que natildeo tem um grande impacto nos custos do convecircniordquo completa

O programa foi criado apoacutes uma pesquisa que mostrou que 55 das funcionaacuterias graacutevidas tinham realizado cesaacutereas Com ele as funcionaacuterias satildeo isentas da coparticipaccedilatildeo em exames e proce-dimentos relacionados agrave gravidez se fizerem o preacute-natal corretamente e participarem das palestras oferecidas pela empresa ldquoEssas palestras satildeo o braccedilo educacional do programa Noacutes trazemos informaccedilotildees sobre os criteacuterios para o parto normal e a cesaacuterea com o intuito de conscientizaacute-las antes de fazer a escolhardquo diz

De acordo com Callias a adesatildeo das funcionaacute-rias tem sido grande ldquoElas vecircm atraiacutedas pela isenccedilatildeo da coparticipaccedilatildeo mas depois percebem a importacircncia do programardquo observa Implantado haacute apenas seis meses o Gestante ainda natildeo tem resultados mensuraacuteveis

A expectativa eacute reduzir em 40 o nuacutemero de partos cesaacutereas e em 23 o nuacutemero de internaccedilotildees em UTI neonatal no periacuteodo de um ano Tambeacutem haacute expectativa de reduzir 10 pontos de sinistro dentro do puacuteblico do programa nesse periacuteodo

Outras empresas preocupadas com os gastos atuam junto com as operadoras para melhorar a gestatildeo do benefiacutecio de sauacutede A Bradesco Sauacutede por exemplo possui dois programas aplicados em parceria com o departamento de Recursos Humanos de seus clientes Sistema de Informaccedilotildees Gerenciais (SIGE) e Juntos Pela Sauacutede O SIGE tem como objetivo disponibilizar informaccedilotildees agraves aacutereas de RH das empresas contratantes e incrementar a gestatildeo interna de recursos delas O sistema permite o acompanhamento em profundidade das despesas incorridas pelos funcionaacuterios que usufruem do benefiacutecio em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre possibilitando a geraccedilatildeo de relatoacuterios sob medida para as necessidades de anaacutelise do comportamento das despesas meacutedicas ldquoCom isso o SIGE tambeacutem pode indicar a necessidade de implementaccedilatildeo de ajustes no desenho do planobenefiacutecio de acordo com o perfil de cada empresardquo explica Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice O sistema possibilita a extraccedilatildeo de dados e relatoacuterios que permite uma compreensatildeo adequada da gestatildeo do plano

Jaacute o ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo foi desenhado com base em estudos gerenciais para identif icaccedilatildeo de riscos Satildeo feitos exames e aplicados ques-tionaacuterios e a partir deles o programa indica accedilotildees de prevenccedilatildeo que vatildeo desde a entrega de material explicativo e realizaccedilatildeo de palestras ministradas por profissionais especializados em promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo ateacute a elaboraccedilatildeo de programas especiacuteficos de gestatildeo de patologias O programa tambeacutem desenvolve accedilotildees como imunizaccedilatildeo vacinaccedilatildeo contra gripe benefiacutecio farmaacutecia entre outros

ldquoA informaccedilatildeo e a assistecircncia oferecidas con-tribuem para que os participantes se tornem mais conscientes e motivados a mudar seus haacutebitos de vida e o comportamento em relaccedilatildeo agrave sauacutederdquo afirma o presidente

Dentro do ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo existe o programa ldquoAbandono do Tabagismordquo criado em 2012 Do total de pessoas que participaram 48 pararam de

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| GESTAtildeO DE PESSOAS |

A internet eacute presenccedila indiscutiacutevel na vida do brasileiro De acordo com pesquisa publi-cada em 2015 pela agecircncia internacional We Are Social o paiacutes estaacute entre as naccedilotildees mais conectadas do mundo Satildeo mais de 9

horas on-line por dia sendo que dessas 5h e 26 minutos satildeo provenientes de tablets ou telefones moacuteveis O fenocircmeno acompanha um movimento mundial de popularizaccedilatildeo da internet Nos uacuteltimos 12 anos a conectividade permitida pelas redes sociais potencializada pela mobilidade trazida pelos smartphones tem mudado a forma como se recebe e se compartilha informaccedilatildeo Uma mudanccedila intensa que afetou profundamente as relaccedilotildees pessoais e profissionais dos indiviacuteduos em todo o planeta

No ambiente de trabalho em especial no hospitalar satildeo constantes os eventos e procedimentos que exigem foco e atenccedilatildeo das equipes E por isso esse amplo acesso agraves redes sociais faz soar um alerta Por um lado os aparelhos repletos de possibilidades satildeo ferramentas uacuteteis para otimizar a comunicaccedilatildeo interna e acessar profissionais e conteuacutedo de forma raacutepida e eficiente por outro os recursos para fazer anotaccedilotildees registrar

Como as redes sociais e smartphones transformaram o modo como a sociedade produz compartilha e se relaciona com a informaccedilatildeo e o impacto dessa mudanccedila no dia a dia dos profissionais da sauacutede

Dani Dias Ferreira

gravar fotografar e trocar mensagens satildeo potencialmente um problema quando usados de forma inde-vida jaacute que as informa-ccedilotildees em minutos podem ser compartilhadas com um nuacutemero expressivo de pessoas de forma descontrolada Isso sem falar na mistura das esferas pessoal e profissional

A velocidade da mudanccedila tem sido tatildeo intensa que natildeo houve tempo de as em-presas (nem a sociedade como um todo) se organizarem para conciliar os benefiacutecios dessas novas tecnologias e ao mesmo tempo prevenir-se dos efeitos que o uso indevido pode acarretar

Em primeiro lugar via de regra eacute neces-saacuterio recorrer ao bom senso agraves normas da instituiccedilatildeo agrave observaccedilatildeo dos princiacutepios eacuteticos e agraves boas praacuteticas Eacute o que pensa

Angela Blatt Ortiga enfermeira haacute 30 anos que atua como secretaacuteria do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) Estudiosa do assunto daacute palestras em uni-versidades e hospitais esclarecendo os limites de utilizaccedilatildeo das redes

Nesses encontros ela ressalta os proacutes e contras da utilizaccedilatildeo de aparelhos celulares e aplicativos no dia a dia dos enfermeiros Entre as vantagens estaacute o fato de a rede social ampliar a facilidade de comunicaccedilatildeo com baixo custo e as pessoas terem acesso e ser um meio uacutetil para socializar as boas praacuteticas natildeo apenas com as equipes mas tambeacutem com a comu-nidade em geral

A empresa pode limitar

o uso dos aparelhos celulares e acesso a

redes sociais durante o expediente

Entre as situaccedilotildees delicadas estatildeo aquelas ligadas agrave seguranccedila do paciente jaacute que os aparelhos tele-focircnicos moacuteveis natildeo estatildeo devidamente higienizados e podem ser um fator de contaminaccedilatildeo Como elemento de distraccedilatildeo podem contribuir com a falha humana

Durante as palestras os limites de utilizaccedilatildeo das redes sociais sempre despertam questiona-mentos dos partici-pantes As perguntas mais frequentes satildeo a adequaccedilatildeo a respeito de publicaccedilotildees fotografias e gravaccedilotildees realizadas dentro do ambiente de trabalho e o seu impacto A resposta eacute taxativa ldquoFrases reclamaccedilotildees e expressotildees como lsquotodo mundo saiu e eu fiquei sozinhorsquo ou lsquoplantatildeo mais ou menosrsquo podem prejudicar a imagem do colaborador e da institui-ccedilatildeo apesar de parecerem inofensivas Natildeo eacute soacute uma

questatildeo pessoal vocecirc estaacute lidando com privacidade direito autoral eacutetica profissionalrdquo explica a enfermeira

Comentaacuterios sobre pacientes ainda que sejam positivos podem desagradar quem estaacute em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou simplesmente natildeo gostaria de ter sua intimidade exposta Inclusive natildeo satildeo poucas as reclamaccedilotildees e denuacutencias que chegam ao Conselho sobre o uso indevido das redes daiacute a necessidade de orientar Inserir estranhos nos grupos de whatsapp ou repassar conteuacutedo profissional a grupos pessoais tambeacutem pode gerar desconforto ou mesmo permitir que informaccedilotildees sigilosas sejam vazadas para a imprensa

Demissotildees por mau uso jaacute natildeo satildeo uma novidade Natildeo satildeo casos isolados e tampouco restritos agrave realidade nacional tanto que algumas instituiccedilotildees e associaccedilotildees nos EUA por exemplo criaram e disponibilizaram materiais on-line abordando o assunto A National Council of State Boards of Nursing lanccedilou o The Nursersquos Guide to the Use of Social Media (wwwncsbnorgNCSBN_SocialMediapdf) manual detalhado de como profissionais da enfermagem devem se portar na utilizaccedilatildeo das redes sociais No Brasil nos sites do Coren e do Conselho Regional de Medicina tambeacutem eacute possiacutevel encontrar artigos e orientaccedilotildees sobre o tema

O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem Resoluccedilatildeo Cofen nordm 311 de 8 de fevereiro de 2007 traz regulamentaccedilotildees que valem tambeacutem para a atuaccedilatildeo nas redes sociais como a restriccedilatildeo a ldquoinserir imagens ou informaccedilotildees que possam identificar pessoas e instituiccedilotildees sem sua preacutevia autorizaccedilatildeordquo

Por sua vez o Coacutedigo de Eacutetica Meacutedica apesar de permitir aos meacutedicos a divulgaccedilatildeo em seu perfil nas redes sociais de dados sobre sua es-pecialidade CRM e local onde atendem proiacutebem a distribuiccedilatildeo e publicaccedilatildeo de fotos tiradas com pa-cientes em locais de aten-dimento como cirurgias ou consultas Eacute vedado ainda ao profissional con-sultar diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicaccedilatildeo em massa Jaacute o Marco Civil da Internet desde 2014 em vigor mas regula-

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| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

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HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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71200

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Out

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75100

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Nov

86000

79100

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Outras instituiccedilotildees

Individual

3 a 5 inscriccedilotildees

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Ago

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134500

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Set

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Out

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Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 45

Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 9: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas16 Melh res Praacuteticas | 17

| INOVACcedilAtildeO |

E m maio deste ano a neu-rocientista e pesquisadora Suzana Herculano-Houzel aceitou uma proposta de trabalho nos Estados

Unidos deixando de fazer pesquisa em seu paiacutes natal O fato que na maior parte dos setores soaria como algo comum virou notiacutecia entre seus colegas no meio e gerou uma discussatildeo faltam recursos para a pesquisa meacutedica no Brasil

Em entrevista agrave Globo News tambeacutem em maio a proacutepria Suzana disse que sim De acordo com ela desde 2015 a verba deixou de ser repassada ldquoEu deixei de receber novos alunos inclusive estran-geiros porque os recursos para o trabalho de pesquisa deixaram de ser pagosrdquo disse na eacutepoca Ela atuava dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Culturalmente o Brasil eacute um paiacutes no qual a iniciativa privada investe pouco em pesquisa Em praticamente todos os setores a academia eacute a responsaacutevel por esse segmento e atua de forma muito distante da induacutestria Na aacuterea meacutedica natildeo eacute diferente

A ausecircncia de diaacutelogo entre cientistas e iniciativa privada gera alguns resultados ruins para o paiacutes O deacuteficit da balanccedila comercial de medicamentos por exemplo eacute de US$11 bilhotildees por ano Jaacute o de equipamentos eacute de US$45 bilhotildees O paiacutes estaacute longe de ser autossustentaacutevel nesses setores mas na opiniatildeo do diretor de ensino e pesqui-sa do Hospital Siacuterio-Libanecircs Luiz Fernando Reis a diferenccedila poderia ser menor se houvesse mais conversas entre a academia e a induacutestria

PESQUISA MEacuteDICA NO BRASILFixadas na maior parte das vezes nos hospitais universitaacuterios instituiccedilotildees de ensino e pesquisa ainda tecircm muito o que evoluir satildeo poucos os hospitais privados que investem na aacuterea

Julia Duarte

Hoje o paiacutes passa por

um segundo desafio que eacute

a qualidade do conhecimento gerado Nossa

produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircncia

ldquoO conhecimento estaacute na acade-mia enquanto a inovaccedilatildeo estaacute na induacutestria Esses dois mundos precisam conversar Fazer pesquisa eacute transformar dinheiro em conhecimento Agora noacutes precisamos fazer o caminho de volta e transformar esse conhecimento em benefiacutecios para a socie-daderdquo completa

O Siacuterio-Libanecircs eacute um dos poucos hospitais fora do meio univer-sitaacuterio que investe em pesquisa no Brasil O hospital possui o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) com cursos de especializa-ccedilatildeo residecircncia mestra-do e doutorado

Segundo Reis nos uacuteltimos 10 anos houve um aumento da quan-tidade da produccedilatildeo cientiacute f ica do paiacutes Ele atribui o cresci-mento entre outros fatores ao papel desempe-nhado pela Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (Capes) fundaccedilatildeo do Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC)

ldquoHoje o paiacutes passa por um segundo desafio que eacute a quali-dade do conhecimento gerado Noacutes precisamos dar mais con-sistecircncia agrave pesquisa meacutedica Nossa produccedilatildeo ainda gera pouco impacto na melhoria da assistecircnciardquo afirma De acordo com ele os esforccedilos do IEP do Siacuterio-Libanecircs estatildeo voltados principalmente para o desen-volvimento institucional do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

Pesquisas nessa linha satildeo in-centivadas pelo Programa de

Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) do Ministeacuterio da Sauacutede A contribuiccedilatildeo se daacute por meio do desenvolvimento incorpo-raccedilatildeo e transferecircncia de novas tecnologias e experiecircncias

em gestatildeo gerando novos conhecimentos e praacuteticas a partir de parceria entre entidades de sauacutede de reconhecida excelecircncia e os gestores do SUS

A ideia eacute a atuaccedilatildeo em conjunto na superaccedilatildeo de desafios melhoria e qualificaccedilatildeo de aacutereas estrateacutegicas na gestatildeo e prestaccedilatildeo do serviccedilo puacuteblico de sauacutede no paiacutes O PROADI-SUS tem sido um impor-tante f inanciador da pesquisa meacutedica O diretor de pesquisa do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert

Einstein Luiz Rizzo tambeacutem cita o programa como um dos financiadores dos projetos da instituiccedilatildeo O foco das pes-quisas dessa instituiccedilatildeo eacute o envelhecimento sustentaacutevel

As entidades associaccedilotildees e fundaccedilotildees privadas sem fins lu-crativos como o Siacuterio- Libanecircs e o Albert Einstein ainda podem usufruir do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo Oncoloacutegica (PRONON) e do Programa Nacional de Apoio agrave Atenccedilatildeo da Sauacutede da Pessoa com Deficiecircncia (PRONASPCD) criados para incentivar accedilotildees e serviccedilos desses oacutergatildeos no campo da oncologia e da pessoa com deficiecircncia

O diretor do Instituto de Pesquisa do Hospital do Coraccedilatildeo (HCor)

As redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia

dentro da pesquisa meacutedica

e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos

anos

| Melh res Praacuteticas18 Melh res Praacuteticas | 19

| INOVACcedilAtildeO |

Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Siacuterio-Libanecircs

Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Instituto de Pesquisa do HCor

FUNDACcedilAtildeO

TIPO DE PESQUISA

NUacuteMERO DE PESQUISADORES

2003

Cliacutenica e experimental

70 diretos mas todo o corpo cliacutenico e outros profissionais do hospital tambeacutem se envolvem

1998

Cliacutenica e experimental

21 diretos mas 700 pessoas estatildeo envolvidas em atividade de pesquisa entre meacutedicos do corpo cliacutenico e outros funcionaacuterios

2007

Cliacutenica

47 mas todo o corpo cliacutenico do hospital tambeacutem trabalha nas pesquisas

Otaacutevio Berwanger acre-dita que o f inanciamento baixo por parte da iniciativa privada eacute o principal desafio do setor Ele destaca que nos uacuteltimos anos houve um aumento nos investimentos mas o valor ainda eacute baixo ldquoHouve um crescente que parou nos uacuteltimos dois anos devido agrave crise eco-nocircmica A expectativa eacute que passada essa fase os aportes voltemrdquo afirma

O Instituto de Pesquisa do HCor tem foco prioritaacuterio em pesquisas cliacutenicas de doenccedilas cardioloacutegicas O financia-mento eacute por projeto assim como acontece nos outros institutos ldquoVer hospitais privados com institutos de pesquisa jaacute eacute uma grande evoluccedilatildeo Antes a pesquisa era vista apenas como gastordquo lembra Berwanger Ele afirma que inicialmente o Instituto exigiu investimento do hospi-tal mas hoje jaacute gera receita

Todos os trecircs institutos ouvidos nessa reportagem disseram que suas ativi-dades geram lucro para as instituiccedilotildees em que estatildeo instalados Nenhum deles revelou valores ldquoA pesquisa natildeo deve ser feita com cunho comercial somente mas tambeacutem natildeo pode ser vista apenas como despesardquo com-pleta o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor

Outros desafiosAleacutem da questatildeo financeira a pesquisa meacutedica enfrenta outros desafios Capacitaccedilatildeo de pessoal burocracia do processo cacircmbio e compe-titividade satildeo alguns deles Rizzo destaca que a formaccedilatildeo dos profissionais comeccedila na educaccedilatildeo baacutesica ldquoEacute preciso melhorar a educaccedilatildeo desde a infacircncia na escola ateacute a formaccedilatildeo meacutedica nas uni-versidades Quando vocecirc vai

olhar os rankings mundiais nossos alunos estatildeo muito abaixo da meacutedia se compara-dos a outros paiacutesesrdquo observa

Berwanger concorda ldquoFalta capacitaccedilatildeo entre os pro-fissionais para atuar com pesquisa A pesquisa cliacutenica deveria ser vista como uma especialidade dentro da medicinardquo diz

Do ponto de vista burocraacute-tico a demora na aprovaccedilatildeo de processos eacuteticos e regu-latoacuterios eacute um entrave para o crescimento da pesquisa meacutedica Aleacutem disso questotildees cambiais tambeacutem interferem ldquoA pesquisa tem um orccedilamen-to que eacute planejado a partir do cacircmbio jaacute que muitos insumos satildeo importados mas as variaccedilotildees no decorrer do projeto atrapalham bastanterdquo ressalta Rizzo Ele ainda lembra queos prazos burocraacute-ticos para importaccedilatildeo desses insumos satildeo muito longos

Outro desafio eacute a competitividade entre os institutos de pesquisa que dificilmente compartilham dados e informaccedilotildees prejudicando a evo-luccedilatildeo dos estudos Recentemente o governo norte-americano anun-ciou um plano chamado Moonshot com orccedilamento de US$1 bilhatildeo O objetivo eacute a colaboraccedilatildeo entre pesquisadores meacutedicos e entida-des para catalisar os avanccedilos na aacuterea oncoloacutegica

ldquoSe natildeo houvesse ciuacuteme entre laboratoacuterios e grupos de pesquisa poderiacuteamos evitar redundacircncias desnecessaacuterias das pesquisasrdquo disse o vice-presidente norte-a-mericano Joe Biden ao anunciar o programa ldquoVocecircs [oncologistas] aprenderam que natildeo daacute para trabalhar sozinhordquo completou

Para o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor as redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia dentro da pesquisa meacutedica e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos anos Todos os diretores de institutos ouvidos pela reporta-gem afirmaram ter parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior

Futuro da pesquisaTanto Rizzo quanto Berwanger destacaram o potencial do Brasil para a realizaccedilatildeo das pesquisas meacutedicas Eles lembraram que a miscigenaccedilatildeo da populaccedilatildeo do paiacutes eacute um aspecto riquiacutessimo do ponto de vista cientiacutefico ldquoO Brasil oferece a oportunidade de pesquisar o ser humano em sua diversidaderdquo afirma o diretor do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Para a induacutestria farmacecircutica principal-mente essa riqueza populacional eacute muito importante Testar medicamentos em uma populaccedilatildeo com geneacutetica parecida natildeo traz resultados tatildeo expressivos com isso o Brasil deve chamar mais atenccedilatildeo dessas empresas para o desenvolvimento de pesquisas

Berwanger jaacute natildeo vecirc o paiacutes apenas como um coadjuvante no cenaacuterio da pesquisa meacutedica mundial ldquoAntes a gente fornecia informaccedilotildees dos nossos pacientes para centros de pesquisa no exterior mas hoje jaacute temos pesquisas que satildeo coordenadas por noacutes e envolvem centros no mundo todo Isso mostra uma mudanccedila de posturardquo diz

Para o diretor do IEP do Siacuterio-Libanecircs o futuro da pesquisa depende da conversa entre a academia e a induacutestria ldquoEacute preciso parar com esse preconceito de que a academia natildeo pode conversar com o setor privado para que a pesquisa possa evoluir para benefiacutecios em prol da sociedaderdquo conclui

| Melh res Praacuteticas20 Melh res Praacuteticas | 21

| MERCADO |

Tdos os anos a Agecircncia N a c i o n a l d e S a uacute d e Suplementar (ANS) anuncia o reajuste aprovado nos valores dos planos de sauacutede e os beneficiaacuterios

reclamam e muito das taxas consideradas altas pela maioria Em 2016 o valor aprovado pela instituiccedilatildeo foi de ateacute 1357 A culpa na maior parte das vezes eacute colocada na inflaccedilatildeo meacutedica muito acima da inflaccedilatildeo comum e que onera os planos No entanto outro fator tambeacutem tem aumentado os custos e influenciado diretamente no valor cobrado do consumidor e das empresas o mau uso do plano de sauacutede

Um estudo de carteira com 2350 vidas realizado pela desenvol-vedora de programas de sauacutede AzimuteMed mostrou que 1355 das pessoas usam o plano de forma abusiva o que gera um gasto anual por beneficiaacuterio de R$ 267771

A meacutedia do mercado gira em torno de R$ 90696

Para driblar esse gargalo o setor estaacute se movimentando Afinal a conjuntura geral natildeo eacute favoraacutevel ndash nuacutemero de beneficiaacuterios caindo (vide tabela) ndash e reduzir custos eacute essencial O diretor executivo da Associaccedilatildeo Brasileira de Planos de Sauacutede (Abramge) Antocircnio Carlos Abbatepaolo afirma que estimativas mundiais mostram que 20 dos gastos com sauacutede satildeo desperdiacutecio De acordo com ele os beneficiaacuterios tecircm uma parcela consideraacutevel de responsabilidade por esses custos desnecessaacuterios

ldquoHaacute um padratildeo de desperdiacutecio dos beneficiaacuterios e do segmento de sauacutede Excesso de consultas e exames por exemplo eacute um problema Como natildeo existe um prontuaacuterio eletrocircnico o paciente faz um hemograma em janeiro a pedido de um meacutedico e em marccedilo quando

procura um especialista de outra aacuterea realiza o mesmo hemograma Isso gera desperdiacuteciordquo af irma Abbatepaolo

Em sua opiniatildeo para mudar o comportamento do beneficiaacuterio eacute necessaacuteria uma grande campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso do desperdiacutecio de aacutegua o que ainda natildeo aconteceu no setor de sauacutede suplementar ldquoEacute preciso mostrar que a economia tem significado no bolso do proacuteprio usuaacuterio Eles ainda natildeo entendem que os reajustes tambeacutem satildeo fruto da forma como eles utilizam o planordquo observa

Os programas de prevenccedilatildeo e cuidados integrais que estatildeo sendo adotados por operadoras e planos seriam uma forma de agir na raiz do problema com resultados a meacutedio e longo prazo ldquoSatildeo alternativas importantes para que haja economia e ganho cliacutenico para o paciente

Julia Duarte

DESPERDIacuteCIONA PONTAMau uso onera planos de sauacutede e folha de pagamento das empresas Beneficiaacuterios parecem natildeo entender como tambeacutem satildeo prejudicados poresse comportamento

Fonte Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

MecircsAno Beneficiaacuterios

Dez2012

Dez2013

Dez2014

Dez2015

Mar2016

47722948

49346927

50394741

49441541

48824150

pois evita internaccedilotildees futuras e o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas para casos de maior gravidaderdquo diz

Outro fator que ele acredita coibir o uso excessivo eacute a coparticipaccedilatildeo dos beneficiaacuterios em consultas exames e internaccedilotildees

O iacutendice de 1355 de pessoas utilizando o plano de forma abusiva encontrado na pesquisa realizada pela AzimuteMed eacute considerado alto pelo setor Por outro lado 13 dos usuaacuterios natildeo utilizam o plano E isso tambeacutem preocupa

ldquoEssas pessoas estatildeo mais propensas a desenvolver doenccedilas crocircnicas e chegar a uma internaccedilatildeo porque natildeo fazem acompanhamentordquo afirma a diretora-geral da AzimuteMed Luciana Lauretti ldquoA forma correta de utilizar eacute a consciente Eacute im-portante ter um meacutedico fixo ir agraves consultas com a frequecircncia determinada fazer exames anuais de controle e manter um estilo de vida saudaacutevelrdquo completa

No caso dos doentes crocircnicos a pesquisa mostrou um problema ainda maior A meacutedia anual de gastos por vida dentro desse grupo chega a R$ 248042 Isso acon-tece porque muitos dos pacientes abandonam o tratamento e como consequecircncia a doenccedila sai do controle surgindo a necessidade de ir ao pronto atendimento com explosatildeo de custos e deterioraccedilatildeo da qualidade de vida Nesse ponto a conscientizaccedilatildeo eacute muito importante diz Luciana Lauretti

O consumidor precisa estar

atento agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de

modo responsaacutevel e eacutetico evitando

onerar ainda mais um sistema que por sua natureza de mutualismo aumenta seus

custos na medida de sua utilizaccedilatildeo

Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice

| MERCADO |

fumar enquanto 43 tiveram uma reduccedilatildeo consideraacutevel na quantidade de cigarros consumidos por dia ldquoPara ter uma ideia a Bradesco Sauacutede tem um custo meacutedio de R$ 400 mil para tratamento de pacientes com doenccedilas causadas pelo cigarro principalmente o cacircncer de pulmatildeordquo diz Coriolano

Programas de acompanhamento Um recurso que as operadoras estatildeo cada vez mais usando satildeo as empresas terceirizadas que desenvolvem programas de acompanhamento e conscientizaccedilatildeo de pacientes que possuem algum fator de risco ou doenccedilas crocircnicas Esses programas auxiliam os pacientes no t rat a mento e t raba l ha m de forma educativa e mostram para os participantes a importacircncia de seguir as recomendaccedilotildees meacutedicas e ministrar corretamente os medicamentos

A 4BIO Medicamentos Especiais por exemplo comercializa medicamentos

especiais e presta serviccedilo para as operadoras com acompanhamento

dos pacientes que tomam essa medicaccedilatildeo em casa O funda-dor e presidente da empresa Andreacute Kina explica que o objetivo eacute evitar o abandono do tratamento ldquoEm meacutedia a taxa de adesatildeo dos pacientes

a seus tratamentos eacute em torno de 50 com o acompanhamento

conseguimos elevar essa taxa para 80 Esse ganho evita internaccedilotildees hospitalares gerando economia para as operadorasrdquo diz

A empresa funciona como um ponto de contato entre a operadora e o paciente Duas vezes por mecircs os profissionais (farmacecircuticos e enfermeiros) entram em contato com o paciente para coletar informaccedilotildees sobre o tratamento e resolver possiacuteveis duacutevidas Caso seja identificado algum problema o plano eacute avisado e o meacutedico eacute acionado para que natildeo seja necessaacuteria uma internaccedilatildeo futuramente

De acordo com Kina pesquisas mun-diais mostram que para cada R$ 1 que a operadora investe em serviccedilo de acompanhamento ela economiza R$ 10 evitando internaccedilotildees hospitalares ldquoEacute um investimento a meacutedio e longo prazo mas que traz retornordquo finaliza

Para mudar o comportamento do beneficiaacuterio

eacute necessaacuteria uma grande

campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso

do desperdiacutecio de aacutegua

Dentro das empresas

A assistecircncia meacutedica eacute o segundo maior gasto da aacuterea de recursos humanos atraacutes apenas da folha de pagamento Para garantir que seus funcionaacuterios faccedilam bom uso do plano e evitar reajustes algumas empresas estatildeo criando seu proacuteprio programa de promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de doenccedilas

Com mais de 4 mil funcionaacuterios a Contax com-panhia que atua na aacuterea de contact center criou o programa Viver Bem Contax O gerente meacutedico corporativo da empresa Glauco Callias explica que o programa foi desenhado baseado em trecircs pilares prevenccedilatildeo accedilatildeo e cuidado

A prevenccedilatildeo consiste em evitar o aparecimento de doenccedilas por meio de accedilotildees e informaccedilotildees que favoreccedilam haacutebitos de vida saudaacuteveis como a praacutetica de atividade fiacutesica alimentaccedilatildeo balanceada natildeo ingestatildeo de bebida alcooacutelica em excesso e cessaccedilatildeo do tabagismo O pilar accedilatildeo envolve atividades para reduzir o impacto de situaccedilotildees do meio ambiente como a busca ativa por focos do mosquito Aedes Aegypti e campanhas contra o H1N1

Jaacute no pilar cuidado satildeo desenvolvidos programas para puacuteblicos especiacuteficos ldquoSatildeo situaccedilotildees que jaacute existem e precisam ser gerenciadasrdquo esclarece Callias Dentro desse pilar a empresa desenvolveu o programa Gestante ldquoSe a nossa funcionaacuteria faz o preacute-natal corretamente ela tem menos chance de ter um parto prematuro e de o bebecirc precisar de uma UTI neonatal Isso eacute positivo para ela para a crianccedila e para a empresa que natildeo tem um grande impacto nos custos do convecircniordquo completa

O programa foi criado apoacutes uma pesquisa que mostrou que 55 das funcionaacuterias graacutevidas tinham realizado cesaacutereas Com ele as funcionaacuterias satildeo isentas da coparticipaccedilatildeo em exames e proce-dimentos relacionados agrave gravidez se fizerem o preacute-natal corretamente e participarem das palestras oferecidas pela empresa ldquoEssas palestras satildeo o braccedilo educacional do programa Noacutes trazemos informaccedilotildees sobre os criteacuterios para o parto normal e a cesaacuterea com o intuito de conscientizaacute-las antes de fazer a escolhardquo diz

De acordo com Callias a adesatildeo das funcionaacute-rias tem sido grande ldquoElas vecircm atraiacutedas pela isenccedilatildeo da coparticipaccedilatildeo mas depois percebem a importacircncia do programardquo observa Implantado haacute apenas seis meses o Gestante ainda natildeo tem resultados mensuraacuteveis

A expectativa eacute reduzir em 40 o nuacutemero de partos cesaacutereas e em 23 o nuacutemero de internaccedilotildees em UTI neonatal no periacuteodo de um ano Tambeacutem haacute expectativa de reduzir 10 pontos de sinistro dentro do puacuteblico do programa nesse periacuteodo

Outras empresas preocupadas com os gastos atuam junto com as operadoras para melhorar a gestatildeo do benefiacutecio de sauacutede A Bradesco Sauacutede por exemplo possui dois programas aplicados em parceria com o departamento de Recursos Humanos de seus clientes Sistema de Informaccedilotildees Gerenciais (SIGE) e Juntos Pela Sauacutede O SIGE tem como objetivo disponibilizar informaccedilotildees agraves aacutereas de RH das empresas contratantes e incrementar a gestatildeo interna de recursos delas O sistema permite o acompanhamento em profundidade das despesas incorridas pelos funcionaacuterios que usufruem do benefiacutecio em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre possibilitando a geraccedilatildeo de relatoacuterios sob medida para as necessidades de anaacutelise do comportamento das despesas meacutedicas ldquoCom isso o SIGE tambeacutem pode indicar a necessidade de implementaccedilatildeo de ajustes no desenho do planobenefiacutecio de acordo com o perfil de cada empresardquo explica Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice O sistema possibilita a extraccedilatildeo de dados e relatoacuterios que permite uma compreensatildeo adequada da gestatildeo do plano

Jaacute o ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo foi desenhado com base em estudos gerenciais para identif icaccedilatildeo de riscos Satildeo feitos exames e aplicados ques-tionaacuterios e a partir deles o programa indica accedilotildees de prevenccedilatildeo que vatildeo desde a entrega de material explicativo e realizaccedilatildeo de palestras ministradas por profissionais especializados em promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo ateacute a elaboraccedilatildeo de programas especiacuteficos de gestatildeo de patologias O programa tambeacutem desenvolve accedilotildees como imunizaccedilatildeo vacinaccedilatildeo contra gripe benefiacutecio farmaacutecia entre outros

ldquoA informaccedilatildeo e a assistecircncia oferecidas con-tribuem para que os participantes se tornem mais conscientes e motivados a mudar seus haacutebitos de vida e o comportamento em relaccedilatildeo agrave sauacutederdquo afirma o presidente

Dentro do ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo existe o programa ldquoAbandono do Tabagismordquo criado em 2012 Do total de pessoas que participaram 48 pararam de

| Melh res Praacuteticas24 Melh res Praacuteticas | 25

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

A internet eacute presenccedila indiscutiacutevel na vida do brasileiro De acordo com pesquisa publi-cada em 2015 pela agecircncia internacional We Are Social o paiacutes estaacute entre as naccedilotildees mais conectadas do mundo Satildeo mais de 9

horas on-line por dia sendo que dessas 5h e 26 minutos satildeo provenientes de tablets ou telefones moacuteveis O fenocircmeno acompanha um movimento mundial de popularizaccedilatildeo da internet Nos uacuteltimos 12 anos a conectividade permitida pelas redes sociais potencializada pela mobilidade trazida pelos smartphones tem mudado a forma como se recebe e se compartilha informaccedilatildeo Uma mudanccedila intensa que afetou profundamente as relaccedilotildees pessoais e profissionais dos indiviacuteduos em todo o planeta

No ambiente de trabalho em especial no hospitalar satildeo constantes os eventos e procedimentos que exigem foco e atenccedilatildeo das equipes E por isso esse amplo acesso agraves redes sociais faz soar um alerta Por um lado os aparelhos repletos de possibilidades satildeo ferramentas uacuteteis para otimizar a comunicaccedilatildeo interna e acessar profissionais e conteuacutedo de forma raacutepida e eficiente por outro os recursos para fazer anotaccedilotildees registrar

Como as redes sociais e smartphones transformaram o modo como a sociedade produz compartilha e se relaciona com a informaccedilatildeo e o impacto dessa mudanccedila no dia a dia dos profissionais da sauacutede

Dani Dias Ferreira

gravar fotografar e trocar mensagens satildeo potencialmente um problema quando usados de forma inde-vida jaacute que as informa-ccedilotildees em minutos podem ser compartilhadas com um nuacutemero expressivo de pessoas de forma descontrolada Isso sem falar na mistura das esferas pessoal e profissional

A velocidade da mudanccedila tem sido tatildeo intensa que natildeo houve tempo de as em-presas (nem a sociedade como um todo) se organizarem para conciliar os benefiacutecios dessas novas tecnologias e ao mesmo tempo prevenir-se dos efeitos que o uso indevido pode acarretar

Em primeiro lugar via de regra eacute neces-saacuterio recorrer ao bom senso agraves normas da instituiccedilatildeo agrave observaccedilatildeo dos princiacutepios eacuteticos e agraves boas praacuteticas Eacute o que pensa

Angela Blatt Ortiga enfermeira haacute 30 anos que atua como secretaacuteria do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) Estudiosa do assunto daacute palestras em uni-versidades e hospitais esclarecendo os limites de utilizaccedilatildeo das redes

Nesses encontros ela ressalta os proacutes e contras da utilizaccedilatildeo de aparelhos celulares e aplicativos no dia a dia dos enfermeiros Entre as vantagens estaacute o fato de a rede social ampliar a facilidade de comunicaccedilatildeo com baixo custo e as pessoas terem acesso e ser um meio uacutetil para socializar as boas praacuteticas natildeo apenas com as equipes mas tambeacutem com a comu-nidade em geral

A empresa pode limitar

o uso dos aparelhos celulares e acesso a

redes sociais durante o expediente

Entre as situaccedilotildees delicadas estatildeo aquelas ligadas agrave seguranccedila do paciente jaacute que os aparelhos tele-focircnicos moacuteveis natildeo estatildeo devidamente higienizados e podem ser um fator de contaminaccedilatildeo Como elemento de distraccedilatildeo podem contribuir com a falha humana

Durante as palestras os limites de utilizaccedilatildeo das redes sociais sempre despertam questiona-mentos dos partici-pantes As perguntas mais frequentes satildeo a adequaccedilatildeo a respeito de publicaccedilotildees fotografias e gravaccedilotildees realizadas dentro do ambiente de trabalho e o seu impacto A resposta eacute taxativa ldquoFrases reclamaccedilotildees e expressotildees como lsquotodo mundo saiu e eu fiquei sozinhorsquo ou lsquoplantatildeo mais ou menosrsquo podem prejudicar a imagem do colaborador e da institui-ccedilatildeo apesar de parecerem inofensivas Natildeo eacute soacute uma

questatildeo pessoal vocecirc estaacute lidando com privacidade direito autoral eacutetica profissionalrdquo explica a enfermeira

Comentaacuterios sobre pacientes ainda que sejam positivos podem desagradar quem estaacute em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou simplesmente natildeo gostaria de ter sua intimidade exposta Inclusive natildeo satildeo poucas as reclamaccedilotildees e denuacutencias que chegam ao Conselho sobre o uso indevido das redes daiacute a necessidade de orientar Inserir estranhos nos grupos de whatsapp ou repassar conteuacutedo profissional a grupos pessoais tambeacutem pode gerar desconforto ou mesmo permitir que informaccedilotildees sigilosas sejam vazadas para a imprensa

Demissotildees por mau uso jaacute natildeo satildeo uma novidade Natildeo satildeo casos isolados e tampouco restritos agrave realidade nacional tanto que algumas instituiccedilotildees e associaccedilotildees nos EUA por exemplo criaram e disponibilizaram materiais on-line abordando o assunto A National Council of State Boards of Nursing lanccedilou o The Nursersquos Guide to the Use of Social Media (wwwncsbnorgNCSBN_SocialMediapdf) manual detalhado de como profissionais da enfermagem devem se portar na utilizaccedilatildeo das redes sociais No Brasil nos sites do Coren e do Conselho Regional de Medicina tambeacutem eacute possiacutevel encontrar artigos e orientaccedilotildees sobre o tema

O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem Resoluccedilatildeo Cofen nordm 311 de 8 de fevereiro de 2007 traz regulamentaccedilotildees que valem tambeacutem para a atuaccedilatildeo nas redes sociais como a restriccedilatildeo a ldquoinserir imagens ou informaccedilotildees que possam identificar pessoas e instituiccedilotildees sem sua preacutevia autorizaccedilatildeordquo

Por sua vez o Coacutedigo de Eacutetica Meacutedica apesar de permitir aos meacutedicos a divulgaccedilatildeo em seu perfil nas redes sociais de dados sobre sua es-pecialidade CRM e local onde atendem proiacutebem a distribuiccedilatildeo e publicaccedilatildeo de fotos tiradas com pa-cientes em locais de aten-dimento como cirurgias ou consultas Eacute vedado ainda ao profissional con-sultar diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicaccedilatildeo em massa Jaacute o Marco Civil da Internet desde 2014 em vigor mas regula-

Melh res Praacuteticas | 27

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

Editoria Patrocinada

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

4ordm CONAHPCongresso Nacional de Hospitais Privados

16 17 e 18 de Novembro de 2016

WTC | Satildeo Paulo

EacuteTICA A SUSTENTABILIDADE DA SAUacuteDE NO BRASIL

wwwconahporgbr

Saiba mais sobre o principal evento do setor sauacutede no Brasil

O ACESSO QUE VOCEcirc BUSCA

A PROXIMIDADE QUE VOCEcirc PRECISA

Associados e afiliados agrave Anahp

Individual

3 a 5 inscriccedilotildees

acima de 6 inscriccedilotildees

Ago

73100

67200

62100

Set

77400

71200

65800

Out

81700

75100

69400

Nov

86000

79100

73100

Outras instituiccedilotildees

Individual

3 a 5 inscriccedilotildees

acima de 6 inscriccedilotildees

Ago

146200

134500

124300

Set

154800

142400

131600

Out

163400

150300

138900

Nov

172000

158200

146200

Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

| Melh res Praacuteticas44

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 45

Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

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CY

CMY

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

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| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

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| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

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Page 10: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas18 Melh res Praacuteticas | 19

| INOVACcedilAtildeO |

Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Siacuterio-Libanecircs

Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Instituto de Pesquisa do HCor

FUNDACcedilAtildeO

TIPO DE PESQUISA

NUacuteMERO DE PESQUISADORES

2003

Cliacutenica e experimental

70 diretos mas todo o corpo cliacutenico e outros profissionais do hospital tambeacutem se envolvem

1998

Cliacutenica e experimental

21 diretos mas 700 pessoas estatildeo envolvidas em atividade de pesquisa entre meacutedicos do corpo cliacutenico e outros funcionaacuterios

2007

Cliacutenica

47 mas todo o corpo cliacutenico do hospital tambeacutem trabalha nas pesquisas

Otaacutevio Berwanger acre-dita que o f inanciamento baixo por parte da iniciativa privada eacute o principal desafio do setor Ele destaca que nos uacuteltimos anos houve um aumento nos investimentos mas o valor ainda eacute baixo ldquoHouve um crescente que parou nos uacuteltimos dois anos devido agrave crise eco-nocircmica A expectativa eacute que passada essa fase os aportes voltemrdquo afirma

O Instituto de Pesquisa do HCor tem foco prioritaacuterio em pesquisas cliacutenicas de doenccedilas cardioloacutegicas O financia-mento eacute por projeto assim como acontece nos outros institutos ldquoVer hospitais privados com institutos de pesquisa jaacute eacute uma grande evoluccedilatildeo Antes a pesquisa era vista apenas como gastordquo lembra Berwanger Ele afirma que inicialmente o Instituto exigiu investimento do hospi-tal mas hoje jaacute gera receita

Todos os trecircs institutos ouvidos nessa reportagem disseram que suas ativi-dades geram lucro para as instituiccedilotildees em que estatildeo instalados Nenhum deles revelou valores ldquoA pesquisa natildeo deve ser feita com cunho comercial somente mas tambeacutem natildeo pode ser vista apenas como despesardquo com-pleta o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor

Outros desafiosAleacutem da questatildeo financeira a pesquisa meacutedica enfrenta outros desafios Capacitaccedilatildeo de pessoal burocracia do processo cacircmbio e compe-titividade satildeo alguns deles Rizzo destaca que a formaccedilatildeo dos profissionais comeccedila na educaccedilatildeo baacutesica ldquoEacute preciso melhorar a educaccedilatildeo desde a infacircncia na escola ateacute a formaccedilatildeo meacutedica nas uni-versidades Quando vocecirc vai

olhar os rankings mundiais nossos alunos estatildeo muito abaixo da meacutedia se compara-dos a outros paiacutesesrdquo observa

Berwanger concorda ldquoFalta capacitaccedilatildeo entre os pro-fissionais para atuar com pesquisa A pesquisa cliacutenica deveria ser vista como uma especialidade dentro da medicinardquo diz

Do ponto de vista burocraacute-tico a demora na aprovaccedilatildeo de processos eacuteticos e regu-latoacuterios eacute um entrave para o crescimento da pesquisa meacutedica Aleacutem disso questotildees cambiais tambeacutem interferem ldquoA pesquisa tem um orccedilamen-to que eacute planejado a partir do cacircmbio jaacute que muitos insumos satildeo importados mas as variaccedilotildees no decorrer do projeto atrapalham bastanterdquo ressalta Rizzo Ele ainda lembra queos prazos burocraacute-ticos para importaccedilatildeo desses insumos satildeo muito longos

Outro desafio eacute a competitividade entre os institutos de pesquisa que dificilmente compartilham dados e informaccedilotildees prejudicando a evo-luccedilatildeo dos estudos Recentemente o governo norte-americano anun-ciou um plano chamado Moonshot com orccedilamento de US$1 bilhatildeo O objetivo eacute a colaboraccedilatildeo entre pesquisadores meacutedicos e entida-des para catalisar os avanccedilos na aacuterea oncoloacutegica

ldquoSe natildeo houvesse ciuacuteme entre laboratoacuterios e grupos de pesquisa poderiacuteamos evitar redundacircncias desnecessaacuterias das pesquisasrdquo disse o vice-presidente norte-a-mericano Joe Biden ao anunciar o programa ldquoVocecircs [oncologistas] aprenderam que natildeo daacute para trabalhar sozinhordquo completou

Para o diretor do Instituto de Pesquisa do HCor as redes de colaboraccedilatildeo satildeo tendecircncia dentro da pesquisa meacutedica e o cenaacuterio de competitividade deve melhorar nos proacuteximos anos Todos os diretores de institutos ouvidos pela reporta-gem afirmaram ter parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior

Futuro da pesquisaTanto Rizzo quanto Berwanger destacaram o potencial do Brasil para a realizaccedilatildeo das pesquisas meacutedicas Eles lembraram que a miscigenaccedilatildeo da populaccedilatildeo do paiacutes eacute um aspecto riquiacutessimo do ponto de vista cientiacutefico ldquoO Brasil oferece a oportunidade de pesquisar o ser humano em sua diversidaderdquo afirma o diretor do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Para a induacutestria farmacecircutica principal-mente essa riqueza populacional eacute muito importante Testar medicamentos em uma populaccedilatildeo com geneacutetica parecida natildeo traz resultados tatildeo expressivos com isso o Brasil deve chamar mais atenccedilatildeo dessas empresas para o desenvolvimento de pesquisas

Berwanger jaacute natildeo vecirc o paiacutes apenas como um coadjuvante no cenaacuterio da pesquisa meacutedica mundial ldquoAntes a gente fornecia informaccedilotildees dos nossos pacientes para centros de pesquisa no exterior mas hoje jaacute temos pesquisas que satildeo coordenadas por noacutes e envolvem centros no mundo todo Isso mostra uma mudanccedila de posturardquo diz

Para o diretor do IEP do Siacuterio-Libanecircs o futuro da pesquisa depende da conversa entre a academia e a induacutestria ldquoEacute preciso parar com esse preconceito de que a academia natildeo pode conversar com o setor privado para que a pesquisa possa evoluir para benefiacutecios em prol da sociedaderdquo conclui

| Melh res Praacuteticas20 Melh res Praacuteticas | 21

| MERCADO |

Tdos os anos a Agecircncia N a c i o n a l d e S a uacute d e Suplementar (ANS) anuncia o reajuste aprovado nos valores dos planos de sauacutede e os beneficiaacuterios

reclamam e muito das taxas consideradas altas pela maioria Em 2016 o valor aprovado pela instituiccedilatildeo foi de ateacute 1357 A culpa na maior parte das vezes eacute colocada na inflaccedilatildeo meacutedica muito acima da inflaccedilatildeo comum e que onera os planos No entanto outro fator tambeacutem tem aumentado os custos e influenciado diretamente no valor cobrado do consumidor e das empresas o mau uso do plano de sauacutede

Um estudo de carteira com 2350 vidas realizado pela desenvol-vedora de programas de sauacutede AzimuteMed mostrou que 1355 das pessoas usam o plano de forma abusiva o que gera um gasto anual por beneficiaacuterio de R$ 267771

A meacutedia do mercado gira em torno de R$ 90696

Para driblar esse gargalo o setor estaacute se movimentando Afinal a conjuntura geral natildeo eacute favoraacutevel ndash nuacutemero de beneficiaacuterios caindo (vide tabela) ndash e reduzir custos eacute essencial O diretor executivo da Associaccedilatildeo Brasileira de Planos de Sauacutede (Abramge) Antocircnio Carlos Abbatepaolo afirma que estimativas mundiais mostram que 20 dos gastos com sauacutede satildeo desperdiacutecio De acordo com ele os beneficiaacuterios tecircm uma parcela consideraacutevel de responsabilidade por esses custos desnecessaacuterios

ldquoHaacute um padratildeo de desperdiacutecio dos beneficiaacuterios e do segmento de sauacutede Excesso de consultas e exames por exemplo eacute um problema Como natildeo existe um prontuaacuterio eletrocircnico o paciente faz um hemograma em janeiro a pedido de um meacutedico e em marccedilo quando

procura um especialista de outra aacuterea realiza o mesmo hemograma Isso gera desperdiacuteciordquo af irma Abbatepaolo

Em sua opiniatildeo para mudar o comportamento do beneficiaacuterio eacute necessaacuteria uma grande campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso do desperdiacutecio de aacutegua o que ainda natildeo aconteceu no setor de sauacutede suplementar ldquoEacute preciso mostrar que a economia tem significado no bolso do proacuteprio usuaacuterio Eles ainda natildeo entendem que os reajustes tambeacutem satildeo fruto da forma como eles utilizam o planordquo observa

Os programas de prevenccedilatildeo e cuidados integrais que estatildeo sendo adotados por operadoras e planos seriam uma forma de agir na raiz do problema com resultados a meacutedio e longo prazo ldquoSatildeo alternativas importantes para que haja economia e ganho cliacutenico para o paciente

Julia Duarte

DESPERDIacuteCIONA PONTAMau uso onera planos de sauacutede e folha de pagamento das empresas Beneficiaacuterios parecem natildeo entender como tambeacutem satildeo prejudicados poresse comportamento

Fonte Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

MecircsAno Beneficiaacuterios

Dez2012

Dez2013

Dez2014

Dez2015

Mar2016

47722948

49346927

50394741

49441541

48824150

pois evita internaccedilotildees futuras e o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas para casos de maior gravidaderdquo diz

Outro fator que ele acredita coibir o uso excessivo eacute a coparticipaccedilatildeo dos beneficiaacuterios em consultas exames e internaccedilotildees

O iacutendice de 1355 de pessoas utilizando o plano de forma abusiva encontrado na pesquisa realizada pela AzimuteMed eacute considerado alto pelo setor Por outro lado 13 dos usuaacuterios natildeo utilizam o plano E isso tambeacutem preocupa

ldquoEssas pessoas estatildeo mais propensas a desenvolver doenccedilas crocircnicas e chegar a uma internaccedilatildeo porque natildeo fazem acompanhamentordquo afirma a diretora-geral da AzimuteMed Luciana Lauretti ldquoA forma correta de utilizar eacute a consciente Eacute im-portante ter um meacutedico fixo ir agraves consultas com a frequecircncia determinada fazer exames anuais de controle e manter um estilo de vida saudaacutevelrdquo completa

No caso dos doentes crocircnicos a pesquisa mostrou um problema ainda maior A meacutedia anual de gastos por vida dentro desse grupo chega a R$ 248042 Isso acon-tece porque muitos dos pacientes abandonam o tratamento e como consequecircncia a doenccedila sai do controle surgindo a necessidade de ir ao pronto atendimento com explosatildeo de custos e deterioraccedilatildeo da qualidade de vida Nesse ponto a conscientizaccedilatildeo eacute muito importante diz Luciana Lauretti

O consumidor precisa estar

atento agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de

modo responsaacutevel e eacutetico evitando

onerar ainda mais um sistema que por sua natureza de mutualismo aumenta seus

custos na medida de sua utilizaccedilatildeo

Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice

| MERCADO |

fumar enquanto 43 tiveram uma reduccedilatildeo consideraacutevel na quantidade de cigarros consumidos por dia ldquoPara ter uma ideia a Bradesco Sauacutede tem um custo meacutedio de R$ 400 mil para tratamento de pacientes com doenccedilas causadas pelo cigarro principalmente o cacircncer de pulmatildeordquo diz Coriolano

Programas de acompanhamento Um recurso que as operadoras estatildeo cada vez mais usando satildeo as empresas terceirizadas que desenvolvem programas de acompanhamento e conscientizaccedilatildeo de pacientes que possuem algum fator de risco ou doenccedilas crocircnicas Esses programas auxiliam os pacientes no t rat a mento e t raba l ha m de forma educativa e mostram para os participantes a importacircncia de seguir as recomendaccedilotildees meacutedicas e ministrar corretamente os medicamentos

A 4BIO Medicamentos Especiais por exemplo comercializa medicamentos

especiais e presta serviccedilo para as operadoras com acompanhamento

dos pacientes que tomam essa medicaccedilatildeo em casa O funda-dor e presidente da empresa Andreacute Kina explica que o objetivo eacute evitar o abandono do tratamento ldquoEm meacutedia a taxa de adesatildeo dos pacientes

a seus tratamentos eacute em torno de 50 com o acompanhamento

conseguimos elevar essa taxa para 80 Esse ganho evita internaccedilotildees hospitalares gerando economia para as operadorasrdquo diz

A empresa funciona como um ponto de contato entre a operadora e o paciente Duas vezes por mecircs os profissionais (farmacecircuticos e enfermeiros) entram em contato com o paciente para coletar informaccedilotildees sobre o tratamento e resolver possiacuteveis duacutevidas Caso seja identificado algum problema o plano eacute avisado e o meacutedico eacute acionado para que natildeo seja necessaacuteria uma internaccedilatildeo futuramente

De acordo com Kina pesquisas mun-diais mostram que para cada R$ 1 que a operadora investe em serviccedilo de acompanhamento ela economiza R$ 10 evitando internaccedilotildees hospitalares ldquoEacute um investimento a meacutedio e longo prazo mas que traz retornordquo finaliza

Para mudar o comportamento do beneficiaacuterio

eacute necessaacuteria uma grande

campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso

do desperdiacutecio de aacutegua

Dentro das empresas

A assistecircncia meacutedica eacute o segundo maior gasto da aacuterea de recursos humanos atraacutes apenas da folha de pagamento Para garantir que seus funcionaacuterios faccedilam bom uso do plano e evitar reajustes algumas empresas estatildeo criando seu proacuteprio programa de promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de doenccedilas

Com mais de 4 mil funcionaacuterios a Contax com-panhia que atua na aacuterea de contact center criou o programa Viver Bem Contax O gerente meacutedico corporativo da empresa Glauco Callias explica que o programa foi desenhado baseado em trecircs pilares prevenccedilatildeo accedilatildeo e cuidado

A prevenccedilatildeo consiste em evitar o aparecimento de doenccedilas por meio de accedilotildees e informaccedilotildees que favoreccedilam haacutebitos de vida saudaacuteveis como a praacutetica de atividade fiacutesica alimentaccedilatildeo balanceada natildeo ingestatildeo de bebida alcooacutelica em excesso e cessaccedilatildeo do tabagismo O pilar accedilatildeo envolve atividades para reduzir o impacto de situaccedilotildees do meio ambiente como a busca ativa por focos do mosquito Aedes Aegypti e campanhas contra o H1N1

Jaacute no pilar cuidado satildeo desenvolvidos programas para puacuteblicos especiacuteficos ldquoSatildeo situaccedilotildees que jaacute existem e precisam ser gerenciadasrdquo esclarece Callias Dentro desse pilar a empresa desenvolveu o programa Gestante ldquoSe a nossa funcionaacuteria faz o preacute-natal corretamente ela tem menos chance de ter um parto prematuro e de o bebecirc precisar de uma UTI neonatal Isso eacute positivo para ela para a crianccedila e para a empresa que natildeo tem um grande impacto nos custos do convecircniordquo completa

O programa foi criado apoacutes uma pesquisa que mostrou que 55 das funcionaacuterias graacutevidas tinham realizado cesaacutereas Com ele as funcionaacuterias satildeo isentas da coparticipaccedilatildeo em exames e proce-dimentos relacionados agrave gravidez se fizerem o preacute-natal corretamente e participarem das palestras oferecidas pela empresa ldquoEssas palestras satildeo o braccedilo educacional do programa Noacutes trazemos informaccedilotildees sobre os criteacuterios para o parto normal e a cesaacuterea com o intuito de conscientizaacute-las antes de fazer a escolhardquo diz

De acordo com Callias a adesatildeo das funcionaacute-rias tem sido grande ldquoElas vecircm atraiacutedas pela isenccedilatildeo da coparticipaccedilatildeo mas depois percebem a importacircncia do programardquo observa Implantado haacute apenas seis meses o Gestante ainda natildeo tem resultados mensuraacuteveis

A expectativa eacute reduzir em 40 o nuacutemero de partos cesaacutereas e em 23 o nuacutemero de internaccedilotildees em UTI neonatal no periacuteodo de um ano Tambeacutem haacute expectativa de reduzir 10 pontos de sinistro dentro do puacuteblico do programa nesse periacuteodo

Outras empresas preocupadas com os gastos atuam junto com as operadoras para melhorar a gestatildeo do benefiacutecio de sauacutede A Bradesco Sauacutede por exemplo possui dois programas aplicados em parceria com o departamento de Recursos Humanos de seus clientes Sistema de Informaccedilotildees Gerenciais (SIGE) e Juntos Pela Sauacutede O SIGE tem como objetivo disponibilizar informaccedilotildees agraves aacutereas de RH das empresas contratantes e incrementar a gestatildeo interna de recursos delas O sistema permite o acompanhamento em profundidade das despesas incorridas pelos funcionaacuterios que usufruem do benefiacutecio em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre possibilitando a geraccedilatildeo de relatoacuterios sob medida para as necessidades de anaacutelise do comportamento das despesas meacutedicas ldquoCom isso o SIGE tambeacutem pode indicar a necessidade de implementaccedilatildeo de ajustes no desenho do planobenefiacutecio de acordo com o perfil de cada empresardquo explica Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice O sistema possibilita a extraccedilatildeo de dados e relatoacuterios que permite uma compreensatildeo adequada da gestatildeo do plano

Jaacute o ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo foi desenhado com base em estudos gerenciais para identif icaccedilatildeo de riscos Satildeo feitos exames e aplicados ques-tionaacuterios e a partir deles o programa indica accedilotildees de prevenccedilatildeo que vatildeo desde a entrega de material explicativo e realizaccedilatildeo de palestras ministradas por profissionais especializados em promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo ateacute a elaboraccedilatildeo de programas especiacuteficos de gestatildeo de patologias O programa tambeacutem desenvolve accedilotildees como imunizaccedilatildeo vacinaccedilatildeo contra gripe benefiacutecio farmaacutecia entre outros

ldquoA informaccedilatildeo e a assistecircncia oferecidas con-tribuem para que os participantes se tornem mais conscientes e motivados a mudar seus haacutebitos de vida e o comportamento em relaccedilatildeo agrave sauacutederdquo afirma o presidente

Dentro do ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo existe o programa ldquoAbandono do Tabagismordquo criado em 2012 Do total de pessoas que participaram 48 pararam de

| Melh res Praacuteticas24 Melh res Praacuteticas | 25

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

A internet eacute presenccedila indiscutiacutevel na vida do brasileiro De acordo com pesquisa publi-cada em 2015 pela agecircncia internacional We Are Social o paiacutes estaacute entre as naccedilotildees mais conectadas do mundo Satildeo mais de 9

horas on-line por dia sendo que dessas 5h e 26 minutos satildeo provenientes de tablets ou telefones moacuteveis O fenocircmeno acompanha um movimento mundial de popularizaccedilatildeo da internet Nos uacuteltimos 12 anos a conectividade permitida pelas redes sociais potencializada pela mobilidade trazida pelos smartphones tem mudado a forma como se recebe e se compartilha informaccedilatildeo Uma mudanccedila intensa que afetou profundamente as relaccedilotildees pessoais e profissionais dos indiviacuteduos em todo o planeta

No ambiente de trabalho em especial no hospitalar satildeo constantes os eventos e procedimentos que exigem foco e atenccedilatildeo das equipes E por isso esse amplo acesso agraves redes sociais faz soar um alerta Por um lado os aparelhos repletos de possibilidades satildeo ferramentas uacuteteis para otimizar a comunicaccedilatildeo interna e acessar profissionais e conteuacutedo de forma raacutepida e eficiente por outro os recursos para fazer anotaccedilotildees registrar

Como as redes sociais e smartphones transformaram o modo como a sociedade produz compartilha e se relaciona com a informaccedilatildeo e o impacto dessa mudanccedila no dia a dia dos profissionais da sauacutede

Dani Dias Ferreira

gravar fotografar e trocar mensagens satildeo potencialmente um problema quando usados de forma inde-vida jaacute que as informa-ccedilotildees em minutos podem ser compartilhadas com um nuacutemero expressivo de pessoas de forma descontrolada Isso sem falar na mistura das esferas pessoal e profissional

A velocidade da mudanccedila tem sido tatildeo intensa que natildeo houve tempo de as em-presas (nem a sociedade como um todo) se organizarem para conciliar os benefiacutecios dessas novas tecnologias e ao mesmo tempo prevenir-se dos efeitos que o uso indevido pode acarretar

Em primeiro lugar via de regra eacute neces-saacuterio recorrer ao bom senso agraves normas da instituiccedilatildeo agrave observaccedilatildeo dos princiacutepios eacuteticos e agraves boas praacuteticas Eacute o que pensa

Angela Blatt Ortiga enfermeira haacute 30 anos que atua como secretaacuteria do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) Estudiosa do assunto daacute palestras em uni-versidades e hospitais esclarecendo os limites de utilizaccedilatildeo das redes

Nesses encontros ela ressalta os proacutes e contras da utilizaccedilatildeo de aparelhos celulares e aplicativos no dia a dia dos enfermeiros Entre as vantagens estaacute o fato de a rede social ampliar a facilidade de comunicaccedilatildeo com baixo custo e as pessoas terem acesso e ser um meio uacutetil para socializar as boas praacuteticas natildeo apenas com as equipes mas tambeacutem com a comu-nidade em geral

A empresa pode limitar

o uso dos aparelhos celulares e acesso a

redes sociais durante o expediente

Entre as situaccedilotildees delicadas estatildeo aquelas ligadas agrave seguranccedila do paciente jaacute que os aparelhos tele-focircnicos moacuteveis natildeo estatildeo devidamente higienizados e podem ser um fator de contaminaccedilatildeo Como elemento de distraccedilatildeo podem contribuir com a falha humana

Durante as palestras os limites de utilizaccedilatildeo das redes sociais sempre despertam questiona-mentos dos partici-pantes As perguntas mais frequentes satildeo a adequaccedilatildeo a respeito de publicaccedilotildees fotografias e gravaccedilotildees realizadas dentro do ambiente de trabalho e o seu impacto A resposta eacute taxativa ldquoFrases reclamaccedilotildees e expressotildees como lsquotodo mundo saiu e eu fiquei sozinhorsquo ou lsquoplantatildeo mais ou menosrsquo podem prejudicar a imagem do colaborador e da institui-ccedilatildeo apesar de parecerem inofensivas Natildeo eacute soacute uma

questatildeo pessoal vocecirc estaacute lidando com privacidade direito autoral eacutetica profissionalrdquo explica a enfermeira

Comentaacuterios sobre pacientes ainda que sejam positivos podem desagradar quem estaacute em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou simplesmente natildeo gostaria de ter sua intimidade exposta Inclusive natildeo satildeo poucas as reclamaccedilotildees e denuacutencias que chegam ao Conselho sobre o uso indevido das redes daiacute a necessidade de orientar Inserir estranhos nos grupos de whatsapp ou repassar conteuacutedo profissional a grupos pessoais tambeacutem pode gerar desconforto ou mesmo permitir que informaccedilotildees sigilosas sejam vazadas para a imprensa

Demissotildees por mau uso jaacute natildeo satildeo uma novidade Natildeo satildeo casos isolados e tampouco restritos agrave realidade nacional tanto que algumas instituiccedilotildees e associaccedilotildees nos EUA por exemplo criaram e disponibilizaram materiais on-line abordando o assunto A National Council of State Boards of Nursing lanccedilou o The Nursersquos Guide to the Use of Social Media (wwwncsbnorgNCSBN_SocialMediapdf) manual detalhado de como profissionais da enfermagem devem se portar na utilizaccedilatildeo das redes sociais No Brasil nos sites do Coren e do Conselho Regional de Medicina tambeacutem eacute possiacutevel encontrar artigos e orientaccedilotildees sobre o tema

O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem Resoluccedilatildeo Cofen nordm 311 de 8 de fevereiro de 2007 traz regulamentaccedilotildees que valem tambeacutem para a atuaccedilatildeo nas redes sociais como a restriccedilatildeo a ldquoinserir imagens ou informaccedilotildees que possam identificar pessoas e instituiccedilotildees sem sua preacutevia autorizaccedilatildeordquo

Por sua vez o Coacutedigo de Eacutetica Meacutedica apesar de permitir aos meacutedicos a divulgaccedilatildeo em seu perfil nas redes sociais de dados sobre sua es-pecialidade CRM e local onde atendem proiacutebem a distribuiccedilatildeo e publicaccedilatildeo de fotos tiradas com pa-cientes em locais de aten-dimento como cirurgias ou consultas Eacute vedado ainda ao profissional con-sultar diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicaccedilatildeo em massa Jaacute o Marco Civil da Internet desde 2014 em vigor mas regula-

Melh res Praacuteticas | 27

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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Ago

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Out

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Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 45

Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

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| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 11: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas20 Melh res Praacuteticas | 21

| MERCADO |

Tdos os anos a Agecircncia N a c i o n a l d e S a uacute d e Suplementar (ANS) anuncia o reajuste aprovado nos valores dos planos de sauacutede e os beneficiaacuterios

reclamam e muito das taxas consideradas altas pela maioria Em 2016 o valor aprovado pela instituiccedilatildeo foi de ateacute 1357 A culpa na maior parte das vezes eacute colocada na inflaccedilatildeo meacutedica muito acima da inflaccedilatildeo comum e que onera os planos No entanto outro fator tambeacutem tem aumentado os custos e influenciado diretamente no valor cobrado do consumidor e das empresas o mau uso do plano de sauacutede

Um estudo de carteira com 2350 vidas realizado pela desenvol-vedora de programas de sauacutede AzimuteMed mostrou que 1355 das pessoas usam o plano de forma abusiva o que gera um gasto anual por beneficiaacuterio de R$ 267771

A meacutedia do mercado gira em torno de R$ 90696

Para driblar esse gargalo o setor estaacute se movimentando Afinal a conjuntura geral natildeo eacute favoraacutevel ndash nuacutemero de beneficiaacuterios caindo (vide tabela) ndash e reduzir custos eacute essencial O diretor executivo da Associaccedilatildeo Brasileira de Planos de Sauacutede (Abramge) Antocircnio Carlos Abbatepaolo afirma que estimativas mundiais mostram que 20 dos gastos com sauacutede satildeo desperdiacutecio De acordo com ele os beneficiaacuterios tecircm uma parcela consideraacutevel de responsabilidade por esses custos desnecessaacuterios

ldquoHaacute um padratildeo de desperdiacutecio dos beneficiaacuterios e do segmento de sauacutede Excesso de consultas e exames por exemplo eacute um problema Como natildeo existe um prontuaacuterio eletrocircnico o paciente faz um hemograma em janeiro a pedido de um meacutedico e em marccedilo quando

procura um especialista de outra aacuterea realiza o mesmo hemograma Isso gera desperdiacuteciordquo af irma Abbatepaolo

Em sua opiniatildeo para mudar o comportamento do beneficiaacuterio eacute necessaacuteria uma grande campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso do desperdiacutecio de aacutegua o que ainda natildeo aconteceu no setor de sauacutede suplementar ldquoEacute preciso mostrar que a economia tem significado no bolso do proacuteprio usuaacuterio Eles ainda natildeo entendem que os reajustes tambeacutem satildeo fruto da forma como eles utilizam o planordquo observa

Os programas de prevenccedilatildeo e cuidados integrais que estatildeo sendo adotados por operadoras e planos seriam uma forma de agir na raiz do problema com resultados a meacutedio e longo prazo ldquoSatildeo alternativas importantes para que haja economia e ganho cliacutenico para o paciente

Julia Duarte

DESPERDIacuteCIONA PONTAMau uso onera planos de sauacutede e folha de pagamento das empresas Beneficiaacuterios parecem natildeo entender como tambeacutem satildeo prejudicados poresse comportamento

Fonte Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar

MecircsAno Beneficiaacuterios

Dez2012

Dez2013

Dez2014

Dez2015

Mar2016

47722948

49346927

50394741

49441541

48824150

pois evita internaccedilotildees futuras e o desenvolvimento de doenccedilas crocircnicas para casos de maior gravidaderdquo diz

Outro fator que ele acredita coibir o uso excessivo eacute a coparticipaccedilatildeo dos beneficiaacuterios em consultas exames e internaccedilotildees

O iacutendice de 1355 de pessoas utilizando o plano de forma abusiva encontrado na pesquisa realizada pela AzimuteMed eacute considerado alto pelo setor Por outro lado 13 dos usuaacuterios natildeo utilizam o plano E isso tambeacutem preocupa

ldquoEssas pessoas estatildeo mais propensas a desenvolver doenccedilas crocircnicas e chegar a uma internaccedilatildeo porque natildeo fazem acompanhamentordquo afirma a diretora-geral da AzimuteMed Luciana Lauretti ldquoA forma correta de utilizar eacute a consciente Eacute im-portante ter um meacutedico fixo ir agraves consultas com a frequecircncia determinada fazer exames anuais de controle e manter um estilo de vida saudaacutevelrdquo completa

No caso dos doentes crocircnicos a pesquisa mostrou um problema ainda maior A meacutedia anual de gastos por vida dentro desse grupo chega a R$ 248042 Isso acon-tece porque muitos dos pacientes abandonam o tratamento e como consequecircncia a doenccedila sai do controle surgindo a necessidade de ir ao pronto atendimento com explosatildeo de custos e deterioraccedilatildeo da qualidade de vida Nesse ponto a conscientizaccedilatildeo eacute muito importante diz Luciana Lauretti

O consumidor precisa estar

atento agrave utilizaccedilatildeo dos serviccedilos de

modo responsaacutevel e eacutetico evitando

onerar ainda mais um sistema que por sua natureza de mutualismo aumenta seus

custos na medida de sua utilizaccedilatildeo

Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice

| MERCADO |

fumar enquanto 43 tiveram uma reduccedilatildeo consideraacutevel na quantidade de cigarros consumidos por dia ldquoPara ter uma ideia a Bradesco Sauacutede tem um custo meacutedio de R$ 400 mil para tratamento de pacientes com doenccedilas causadas pelo cigarro principalmente o cacircncer de pulmatildeordquo diz Coriolano

Programas de acompanhamento Um recurso que as operadoras estatildeo cada vez mais usando satildeo as empresas terceirizadas que desenvolvem programas de acompanhamento e conscientizaccedilatildeo de pacientes que possuem algum fator de risco ou doenccedilas crocircnicas Esses programas auxiliam os pacientes no t rat a mento e t raba l ha m de forma educativa e mostram para os participantes a importacircncia de seguir as recomendaccedilotildees meacutedicas e ministrar corretamente os medicamentos

A 4BIO Medicamentos Especiais por exemplo comercializa medicamentos

especiais e presta serviccedilo para as operadoras com acompanhamento

dos pacientes que tomam essa medicaccedilatildeo em casa O funda-dor e presidente da empresa Andreacute Kina explica que o objetivo eacute evitar o abandono do tratamento ldquoEm meacutedia a taxa de adesatildeo dos pacientes

a seus tratamentos eacute em torno de 50 com o acompanhamento

conseguimos elevar essa taxa para 80 Esse ganho evita internaccedilotildees hospitalares gerando economia para as operadorasrdquo diz

A empresa funciona como um ponto de contato entre a operadora e o paciente Duas vezes por mecircs os profissionais (farmacecircuticos e enfermeiros) entram em contato com o paciente para coletar informaccedilotildees sobre o tratamento e resolver possiacuteveis duacutevidas Caso seja identificado algum problema o plano eacute avisado e o meacutedico eacute acionado para que natildeo seja necessaacuteria uma internaccedilatildeo futuramente

De acordo com Kina pesquisas mun-diais mostram que para cada R$ 1 que a operadora investe em serviccedilo de acompanhamento ela economiza R$ 10 evitando internaccedilotildees hospitalares ldquoEacute um investimento a meacutedio e longo prazo mas que traz retornordquo finaliza

Para mudar o comportamento do beneficiaacuterio

eacute necessaacuteria uma grande

campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso

do desperdiacutecio de aacutegua

Dentro das empresas

A assistecircncia meacutedica eacute o segundo maior gasto da aacuterea de recursos humanos atraacutes apenas da folha de pagamento Para garantir que seus funcionaacuterios faccedilam bom uso do plano e evitar reajustes algumas empresas estatildeo criando seu proacuteprio programa de promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de doenccedilas

Com mais de 4 mil funcionaacuterios a Contax com-panhia que atua na aacuterea de contact center criou o programa Viver Bem Contax O gerente meacutedico corporativo da empresa Glauco Callias explica que o programa foi desenhado baseado em trecircs pilares prevenccedilatildeo accedilatildeo e cuidado

A prevenccedilatildeo consiste em evitar o aparecimento de doenccedilas por meio de accedilotildees e informaccedilotildees que favoreccedilam haacutebitos de vida saudaacuteveis como a praacutetica de atividade fiacutesica alimentaccedilatildeo balanceada natildeo ingestatildeo de bebida alcooacutelica em excesso e cessaccedilatildeo do tabagismo O pilar accedilatildeo envolve atividades para reduzir o impacto de situaccedilotildees do meio ambiente como a busca ativa por focos do mosquito Aedes Aegypti e campanhas contra o H1N1

Jaacute no pilar cuidado satildeo desenvolvidos programas para puacuteblicos especiacuteficos ldquoSatildeo situaccedilotildees que jaacute existem e precisam ser gerenciadasrdquo esclarece Callias Dentro desse pilar a empresa desenvolveu o programa Gestante ldquoSe a nossa funcionaacuteria faz o preacute-natal corretamente ela tem menos chance de ter um parto prematuro e de o bebecirc precisar de uma UTI neonatal Isso eacute positivo para ela para a crianccedila e para a empresa que natildeo tem um grande impacto nos custos do convecircniordquo completa

O programa foi criado apoacutes uma pesquisa que mostrou que 55 das funcionaacuterias graacutevidas tinham realizado cesaacutereas Com ele as funcionaacuterias satildeo isentas da coparticipaccedilatildeo em exames e proce-dimentos relacionados agrave gravidez se fizerem o preacute-natal corretamente e participarem das palestras oferecidas pela empresa ldquoEssas palestras satildeo o braccedilo educacional do programa Noacutes trazemos informaccedilotildees sobre os criteacuterios para o parto normal e a cesaacuterea com o intuito de conscientizaacute-las antes de fazer a escolhardquo diz

De acordo com Callias a adesatildeo das funcionaacute-rias tem sido grande ldquoElas vecircm atraiacutedas pela isenccedilatildeo da coparticipaccedilatildeo mas depois percebem a importacircncia do programardquo observa Implantado haacute apenas seis meses o Gestante ainda natildeo tem resultados mensuraacuteveis

A expectativa eacute reduzir em 40 o nuacutemero de partos cesaacutereas e em 23 o nuacutemero de internaccedilotildees em UTI neonatal no periacuteodo de um ano Tambeacutem haacute expectativa de reduzir 10 pontos de sinistro dentro do puacuteblico do programa nesse periacuteodo

Outras empresas preocupadas com os gastos atuam junto com as operadoras para melhorar a gestatildeo do benefiacutecio de sauacutede A Bradesco Sauacutede por exemplo possui dois programas aplicados em parceria com o departamento de Recursos Humanos de seus clientes Sistema de Informaccedilotildees Gerenciais (SIGE) e Juntos Pela Sauacutede O SIGE tem como objetivo disponibilizar informaccedilotildees agraves aacutereas de RH das empresas contratantes e incrementar a gestatildeo interna de recursos delas O sistema permite o acompanhamento em profundidade das despesas incorridas pelos funcionaacuterios que usufruem do benefiacutecio em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre possibilitando a geraccedilatildeo de relatoacuterios sob medida para as necessidades de anaacutelise do comportamento das despesas meacutedicas ldquoCom isso o SIGE tambeacutem pode indicar a necessidade de implementaccedilatildeo de ajustes no desenho do planobenefiacutecio de acordo com o perfil de cada empresardquo explica Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice O sistema possibilita a extraccedilatildeo de dados e relatoacuterios que permite uma compreensatildeo adequada da gestatildeo do plano

Jaacute o ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo foi desenhado com base em estudos gerenciais para identif icaccedilatildeo de riscos Satildeo feitos exames e aplicados ques-tionaacuterios e a partir deles o programa indica accedilotildees de prevenccedilatildeo que vatildeo desde a entrega de material explicativo e realizaccedilatildeo de palestras ministradas por profissionais especializados em promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo ateacute a elaboraccedilatildeo de programas especiacuteficos de gestatildeo de patologias O programa tambeacutem desenvolve accedilotildees como imunizaccedilatildeo vacinaccedilatildeo contra gripe benefiacutecio farmaacutecia entre outros

ldquoA informaccedilatildeo e a assistecircncia oferecidas con-tribuem para que os participantes se tornem mais conscientes e motivados a mudar seus haacutebitos de vida e o comportamento em relaccedilatildeo agrave sauacutederdquo afirma o presidente

Dentro do ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo existe o programa ldquoAbandono do Tabagismordquo criado em 2012 Do total de pessoas que participaram 48 pararam de

| Melh res Praacuteticas24 Melh res Praacuteticas | 25

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

A internet eacute presenccedila indiscutiacutevel na vida do brasileiro De acordo com pesquisa publi-cada em 2015 pela agecircncia internacional We Are Social o paiacutes estaacute entre as naccedilotildees mais conectadas do mundo Satildeo mais de 9

horas on-line por dia sendo que dessas 5h e 26 minutos satildeo provenientes de tablets ou telefones moacuteveis O fenocircmeno acompanha um movimento mundial de popularizaccedilatildeo da internet Nos uacuteltimos 12 anos a conectividade permitida pelas redes sociais potencializada pela mobilidade trazida pelos smartphones tem mudado a forma como se recebe e se compartilha informaccedilatildeo Uma mudanccedila intensa que afetou profundamente as relaccedilotildees pessoais e profissionais dos indiviacuteduos em todo o planeta

No ambiente de trabalho em especial no hospitalar satildeo constantes os eventos e procedimentos que exigem foco e atenccedilatildeo das equipes E por isso esse amplo acesso agraves redes sociais faz soar um alerta Por um lado os aparelhos repletos de possibilidades satildeo ferramentas uacuteteis para otimizar a comunicaccedilatildeo interna e acessar profissionais e conteuacutedo de forma raacutepida e eficiente por outro os recursos para fazer anotaccedilotildees registrar

Como as redes sociais e smartphones transformaram o modo como a sociedade produz compartilha e se relaciona com a informaccedilatildeo e o impacto dessa mudanccedila no dia a dia dos profissionais da sauacutede

Dani Dias Ferreira

gravar fotografar e trocar mensagens satildeo potencialmente um problema quando usados de forma inde-vida jaacute que as informa-ccedilotildees em minutos podem ser compartilhadas com um nuacutemero expressivo de pessoas de forma descontrolada Isso sem falar na mistura das esferas pessoal e profissional

A velocidade da mudanccedila tem sido tatildeo intensa que natildeo houve tempo de as em-presas (nem a sociedade como um todo) se organizarem para conciliar os benefiacutecios dessas novas tecnologias e ao mesmo tempo prevenir-se dos efeitos que o uso indevido pode acarretar

Em primeiro lugar via de regra eacute neces-saacuterio recorrer ao bom senso agraves normas da instituiccedilatildeo agrave observaccedilatildeo dos princiacutepios eacuteticos e agraves boas praacuteticas Eacute o que pensa

Angela Blatt Ortiga enfermeira haacute 30 anos que atua como secretaacuteria do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) Estudiosa do assunto daacute palestras em uni-versidades e hospitais esclarecendo os limites de utilizaccedilatildeo das redes

Nesses encontros ela ressalta os proacutes e contras da utilizaccedilatildeo de aparelhos celulares e aplicativos no dia a dia dos enfermeiros Entre as vantagens estaacute o fato de a rede social ampliar a facilidade de comunicaccedilatildeo com baixo custo e as pessoas terem acesso e ser um meio uacutetil para socializar as boas praacuteticas natildeo apenas com as equipes mas tambeacutem com a comu-nidade em geral

A empresa pode limitar

o uso dos aparelhos celulares e acesso a

redes sociais durante o expediente

Entre as situaccedilotildees delicadas estatildeo aquelas ligadas agrave seguranccedila do paciente jaacute que os aparelhos tele-focircnicos moacuteveis natildeo estatildeo devidamente higienizados e podem ser um fator de contaminaccedilatildeo Como elemento de distraccedilatildeo podem contribuir com a falha humana

Durante as palestras os limites de utilizaccedilatildeo das redes sociais sempre despertam questiona-mentos dos partici-pantes As perguntas mais frequentes satildeo a adequaccedilatildeo a respeito de publicaccedilotildees fotografias e gravaccedilotildees realizadas dentro do ambiente de trabalho e o seu impacto A resposta eacute taxativa ldquoFrases reclamaccedilotildees e expressotildees como lsquotodo mundo saiu e eu fiquei sozinhorsquo ou lsquoplantatildeo mais ou menosrsquo podem prejudicar a imagem do colaborador e da institui-ccedilatildeo apesar de parecerem inofensivas Natildeo eacute soacute uma

questatildeo pessoal vocecirc estaacute lidando com privacidade direito autoral eacutetica profissionalrdquo explica a enfermeira

Comentaacuterios sobre pacientes ainda que sejam positivos podem desagradar quem estaacute em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou simplesmente natildeo gostaria de ter sua intimidade exposta Inclusive natildeo satildeo poucas as reclamaccedilotildees e denuacutencias que chegam ao Conselho sobre o uso indevido das redes daiacute a necessidade de orientar Inserir estranhos nos grupos de whatsapp ou repassar conteuacutedo profissional a grupos pessoais tambeacutem pode gerar desconforto ou mesmo permitir que informaccedilotildees sigilosas sejam vazadas para a imprensa

Demissotildees por mau uso jaacute natildeo satildeo uma novidade Natildeo satildeo casos isolados e tampouco restritos agrave realidade nacional tanto que algumas instituiccedilotildees e associaccedilotildees nos EUA por exemplo criaram e disponibilizaram materiais on-line abordando o assunto A National Council of State Boards of Nursing lanccedilou o The Nursersquos Guide to the Use of Social Media (wwwncsbnorgNCSBN_SocialMediapdf) manual detalhado de como profissionais da enfermagem devem se portar na utilizaccedilatildeo das redes sociais No Brasil nos sites do Coren e do Conselho Regional de Medicina tambeacutem eacute possiacutevel encontrar artigos e orientaccedilotildees sobre o tema

O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem Resoluccedilatildeo Cofen nordm 311 de 8 de fevereiro de 2007 traz regulamentaccedilotildees que valem tambeacutem para a atuaccedilatildeo nas redes sociais como a restriccedilatildeo a ldquoinserir imagens ou informaccedilotildees que possam identificar pessoas e instituiccedilotildees sem sua preacutevia autorizaccedilatildeordquo

Por sua vez o Coacutedigo de Eacutetica Meacutedica apesar de permitir aos meacutedicos a divulgaccedilatildeo em seu perfil nas redes sociais de dados sobre sua es-pecialidade CRM e local onde atendem proiacutebem a distribuiccedilatildeo e publicaccedilatildeo de fotos tiradas com pa-cientes em locais de aten-dimento como cirurgias ou consultas Eacute vedado ainda ao profissional con-sultar diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicaccedilatildeo em massa Jaacute o Marco Civil da Internet desde 2014 em vigor mas regula-

Melh res Praacuteticas | 27

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

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Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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Set

77400

71200

65800

Out

81700

75100

69400

Nov

86000

79100

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Outras instituiccedilotildees

Individual

3 a 5 inscriccedilotildees

acima de 6 inscriccedilotildees

Ago

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134500

124300

Set

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Out

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Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

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Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 12: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| MERCADO |

fumar enquanto 43 tiveram uma reduccedilatildeo consideraacutevel na quantidade de cigarros consumidos por dia ldquoPara ter uma ideia a Bradesco Sauacutede tem um custo meacutedio de R$ 400 mil para tratamento de pacientes com doenccedilas causadas pelo cigarro principalmente o cacircncer de pulmatildeordquo diz Coriolano

Programas de acompanhamento Um recurso que as operadoras estatildeo cada vez mais usando satildeo as empresas terceirizadas que desenvolvem programas de acompanhamento e conscientizaccedilatildeo de pacientes que possuem algum fator de risco ou doenccedilas crocircnicas Esses programas auxiliam os pacientes no t rat a mento e t raba l ha m de forma educativa e mostram para os participantes a importacircncia de seguir as recomendaccedilotildees meacutedicas e ministrar corretamente os medicamentos

A 4BIO Medicamentos Especiais por exemplo comercializa medicamentos

especiais e presta serviccedilo para as operadoras com acompanhamento

dos pacientes que tomam essa medicaccedilatildeo em casa O funda-dor e presidente da empresa Andreacute Kina explica que o objetivo eacute evitar o abandono do tratamento ldquoEm meacutedia a taxa de adesatildeo dos pacientes

a seus tratamentos eacute em torno de 50 com o acompanhamento

conseguimos elevar essa taxa para 80 Esse ganho evita internaccedilotildees hospitalares gerando economia para as operadorasrdquo diz

A empresa funciona como um ponto de contato entre a operadora e o paciente Duas vezes por mecircs os profissionais (farmacecircuticos e enfermeiros) entram em contato com o paciente para coletar informaccedilotildees sobre o tratamento e resolver possiacuteveis duacutevidas Caso seja identificado algum problema o plano eacute avisado e o meacutedico eacute acionado para que natildeo seja necessaacuteria uma internaccedilatildeo futuramente

De acordo com Kina pesquisas mun-diais mostram que para cada R$ 1 que a operadora investe em serviccedilo de acompanhamento ela economiza R$ 10 evitando internaccedilotildees hospitalares ldquoEacute um investimento a meacutedio e longo prazo mas que traz retornordquo finaliza

Para mudar o comportamento do beneficiaacuterio

eacute necessaacuteria uma grande

campanha de conscientizaccedilatildeo assim como foi feito no caso

do desperdiacutecio de aacutegua

Dentro das empresas

A assistecircncia meacutedica eacute o segundo maior gasto da aacuterea de recursos humanos atraacutes apenas da folha de pagamento Para garantir que seus funcionaacuterios faccedilam bom uso do plano e evitar reajustes algumas empresas estatildeo criando seu proacuteprio programa de promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de doenccedilas

Com mais de 4 mil funcionaacuterios a Contax com-panhia que atua na aacuterea de contact center criou o programa Viver Bem Contax O gerente meacutedico corporativo da empresa Glauco Callias explica que o programa foi desenhado baseado em trecircs pilares prevenccedilatildeo accedilatildeo e cuidado

A prevenccedilatildeo consiste em evitar o aparecimento de doenccedilas por meio de accedilotildees e informaccedilotildees que favoreccedilam haacutebitos de vida saudaacuteveis como a praacutetica de atividade fiacutesica alimentaccedilatildeo balanceada natildeo ingestatildeo de bebida alcooacutelica em excesso e cessaccedilatildeo do tabagismo O pilar accedilatildeo envolve atividades para reduzir o impacto de situaccedilotildees do meio ambiente como a busca ativa por focos do mosquito Aedes Aegypti e campanhas contra o H1N1

Jaacute no pilar cuidado satildeo desenvolvidos programas para puacuteblicos especiacuteficos ldquoSatildeo situaccedilotildees que jaacute existem e precisam ser gerenciadasrdquo esclarece Callias Dentro desse pilar a empresa desenvolveu o programa Gestante ldquoSe a nossa funcionaacuteria faz o preacute-natal corretamente ela tem menos chance de ter um parto prematuro e de o bebecirc precisar de uma UTI neonatal Isso eacute positivo para ela para a crianccedila e para a empresa que natildeo tem um grande impacto nos custos do convecircniordquo completa

O programa foi criado apoacutes uma pesquisa que mostrou que 55 das funcionaacuterias graacutevidas tinham realizado cesaacutereas Com ele as funcionaacuterias satildeo isentas da coparticipaccedilatildeo em exames e proce-dimentos relacionados agrave gravidez se fizerem o preacute-natal corretamente e participarem das palestras oferecidas pela empresa ldquoEssas palestras satildeo o braccedilo educacional do programa Noacutes trazemos informaccedilotildees sobre os criteacuterios para o parto normal e a cesaacuterea com o intuito de conscientizaacute-las antes de fazer a escolhardquo diz

De acordo com Callias a adesatildeo das funcionaacute-rias tem sido grande ldquoElas vecircm atraiacutedas pela isenccedilatildeo da coparticipaccedilatildeo mas depois percebem a importacircncia do programardquo observa Implantado haacute apenas seis meses o Gestante ainda natildeo tem resultados mensuraacuteveis

A expectativa eacute reduzir em 40 o nuacutemero de partos cesaacutereas e em 23 o nuacutemero de internaccedilotildees em UTI neonatal no periacuteodo de um ano Tambeacutem haacute expectativa de reduzir 10 pontos de sinistro dentro do puacuteblico do programa nesse periacuteodo

Outras empresas preocupadas com os gastos atuam junto com as operadoras para melhorar a gestatildeo do benefiacutecio de sauacutede A Bradesco Sauacutede por exemplo possui dois programas aplicados em parceria com o departamento de Recursos Humanos de seus clientes Sistema de Informaccedilotildees Gerenciais (SIGE) e Juntos Pela Sauacutede O SIGE tem como objetivo disponibilizar informaccedilotildees agraves aacutereas de RH das empresas contratantes e incrementar a gestatildeo interna de recursos delas O sistema permite o acompanhamento em profundidade das despesas incorridas pelos funcionaacuterios que usufruem do benefiacutecio em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre possibilitando a geraccedilatildeo de relatoacuterios sob medida para as necessidades de anaacutelise do comportamento das despesas meacutedicas ldquoCom isso o SIGE tambeacutem pode indicar a necessidade de implementaccedilatildeo de ajustes no desenho do planobenefiacutecio de acordo com o perfil de cada empresardquo explica Marcio Coriolano presidente da Bradesco Sauacutede e da Mediservice O sistema possibilita a extraccedilatildeo de dados e relatoacuterios que permite uma compreensatildeo adequada da gestatildeo do plano

Jaacute o ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo foi desenhado com base em estudos gerenciais para identif icaccedilatildeo de riscos Satildeo feitos exames e aplicados ques-tionaacuterios e a partir deles o programa indica accedilotildees de prevenccedilatildeo que vatildeo desde a entrega de material explicativo e realizaccedilatildeo de palestras ministradas por profissionais especializados em promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo ateacute a elaboraccedilatildeo de programas especiacuteficos de gestatildeo de patologias O programa tambeacutem desenvolve accedilotildees como imunizaccedilatildeo vacinaccedilatildeo contra gripe benefiacutecio farmaacutecia entre outros

ldquoA informaccedilatildeo e a assistecircncia oferecidas con-tribuem para que os participantes se tornem mais conscientes e motivados a mudar seus haacutebitos de vida e o comportamento em relaccedilatildeo agrave sauacutederdquo afirma o presidente

Dentro do ldquoJuntos Pela Sauacutederdquo existe o programa ldquoAbandono do Tabagismordquo criado em 2012 Do total de pessoas que participaram 48 pararam de

| Melh res Praacuteticas24 Melh res Praacuteticas | 25

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

A internet eacute presenccedila indiscutiacutevel na vida do brasileiro De acordo com pesquisa publi-cada em 2015 pela agecircncia internacional We Are Social o paiacutes estaacute entre as naccedilotildees mais conectadas do mundo Satildeo mais de 9

horas on-line por dia sendo que dessas 5h e 26 minutos satildeo provenientes de tablets ou telefones moacuteveis O fenocircmeno acompanha um movimento mundial de popularizaccedilatildeo da internet Nos uacuteltimos 12 anos a conectividade permitida pelas redes sociais potencializada pela mobilidade trazida pelos smartphones tem mudado a forma como se recebe e se compartilha informaccedilatildeo Uma mudanccedila intensa que afetou profundamente as relaccedilotildees pessoais e profissionais dos indiviacuteduos em todo o planeta

No ambiente de trabalho em especial no hospitalar satildeo constantes os eventos e procedimentos que exigem foco e atenccedilatildeo das equipes E por isso esse amplo acesso agraves redes sociais faz soar um alerta Por um lado os aparelhos repletos de possibilidades satildeo ferramentas uacuteteis para otimizar a comunicaccedilatildeo interna e acessar profissionais e conteuacutedo de forma raacutepida e eficiente por outro os recursos para fazer anotaccedilotildees registrar

Como as redes sociais e smartphones transformaram o modo como a sociedade produz compartilha e se relaciona com a informaccedilatildeo e o impacto dessa mudanccedila no dia a dia dos profissionais da sauacutede

Dani Dias Ferreira

gravar fotografar e trocar mensagens satildeo potencialmente um problema quando usados de forma inde-vida jaacute que as informa-ccedilotildees em minutos podem ser compartilhadas com um nuacutemero expressivo de pessoas de forma descontrolada Isso sem falar na mistura das esferas pessoal e profissional

A velocidade da mudanccedila tem sido tatildeo intensa que natildeo houve tempo de as em-presas (nem a sociedade como um todo) se organizarem para conciliar os benefiacutecios dessas novas tecnologias e ao mesmo tempo prevenir-se dos efeitos que o uso indevido pode acarretar

Em primeiro lugar via de regra eacute neces-saacuterio recorrer ao bom senso agraves normas da instituiccedilatildeo agrave observaccedilatildeo dos princiacutepios eacuteticos e agraves boas praacuteticas Eacute o que pensa

Angela Blatt Ortiga enfermeira haacute 30 anos que atua como secretaacuteria do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) Estudiosa do assunto daacute palestras em uni-versidades e hospitais esclarecendo os limites de utilizaccedilatildeo das redes

Nesses encontros ela ressalta os proacutes e contras da utilizaccedilatildeo de aparelhos celulares e aplicativos no dia a dia dos enfermeiros Entre as vantagens estaacute o fato de a rede social ampliar a facilidade de comunicaccedilatildeo com baixo custo e as pessoas terem acesso e ser um meio uacutetil para socializar as boas praacuteticas natildeo apenas com as equipes mas tambeacutem com a comu-nidade em geral

A empresa pode limitar

o uso dos aparelhos celulares e acesso a

redes sociais durante o expediente

Entre as situaccedilotildees delicadas estatildeo aquelas ligadas agrave seguranccedila do paciente jaacute que os aparelhos tele-focircnicos moacuteveis natildeo estatildeo devidamente higienizados e podem ser um fator de contaminaccedilatildeo Como elemento de distraccedilatildeo podem contribuir com a falha humana

Durante as palestras os limites de utilizaccedilatildeo das redes sociais sempre despertam questiona-mentos dos partici-pantes As perguntas mais frequentes satildeo a adequaccedilatildeo a respeito de publicaccedilotildees fotografias e gravaccedilotildees realizadas dentro do ambiente de trabalho e o seu impacto A resposta eacute taxativa ldquoFrases reclamaccedilotildees e expressotildees como lsquotodo mundo saiu e eu fiquei sozinhorsquo ou lsquoplantatildeo mais ou menosrsquo podem prejudicar a imagem do colaborador e da institui-ccedilatildeo apesar de parecerem inofensivas Natildeo eacute soacute uma

questatildeo pessoal vocecirc estaacute lidando com privacidade direito autoral eacutetica profissionalrdquo explica a enfermeira

Comentaacuterios sobre pacientes ainda que sejam positivos podem desagradar quem estaacute em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou simplesmente natildeo gostaria de ter sua intimidade exposta Inclusive natildeo satildeo poucas as reclamaccedilotildees e denuacutencias que chegam ao Conselho sobre o uso indevido das redes daiacute a necessidade de orientar Inserir estranhos nos grupos de whatsapp ou repassar conteuacutedo profissional a grupos pessoais tambeacutem pode gerar desconforto ou mesmo permitir que informaccedilotildees sigilosas sejam vazadas para a imprensa

Demissotildees por mau uso jaacute natildeo satildeo uma novidade Natildeo satildeo casos isolados e tampouco restritos agrave realidade nacional tanto que algumas instituiccedilotildees e associaccedilotildees nos EUA por exemplo criaram e disponibilizaram materiais on-line abordando o assunto A National Council of State Boards of Nursing lanccedilou o The Nursersquos Guide to the Use of Social Media (wwwncsbnorgNCSBN_SocialMediapdf) manual detalhado de como profissionais da enfermagem devem se portar na utilizaccedilatildeo das redes sociais No Brasil nos sites do Coren e do Conselho Regional de Medicina tambeacutem eacute possiacutevel encontrar artigos e orientaccedilotildees sobre o tema

O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem Resoluccedilatildeo Cofen nordm 311 de 8 de fevereiro de 2007 traz regulamentaccedilotildees que valem tambeacutem para a atuaccedilatildeo nas redes sociais como a restriccedilatildeo a ldquoinserir imagens ou informaccedilotildees que possam identificar pessoas e instituiccedilotildees sem sua preacutevia autorizaccedilatildeordquo

Por sua vez o Coacutedigo de Eacutetica Meacutedica apesar de permitir aos meacutedicos a divulgaccedilatildeo em seu perfil nas redes sociais de dados sobre sua es-pecialidade CRM e local onde atendem proiacutebem a distribuiccedilatildeo e publicaccedilatildeo de fotos tiradas com pa-cientes em locais de aten-dimento como cirurgias ou consultas Eacute vedado ainda ao profissional con-sultar diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicaccedilatildeo em massa Jaacute o Marco Civil da Internet desde 2014 em vigor mas regula-

Melh res Praacuteticas | 27

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

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Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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71200

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Out

81700

75100

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Nov

86000

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Outras instituiccedilotildees

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Ago

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134500

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Set

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Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 45

Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

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| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

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| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

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NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

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2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 13: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas24 Melh res Praacuteticas | 25

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

A internet eacute presenccedila indiscutiacutevel na vida do brasileiro De acordo com pesquisa publi-cada em 2015 pela agecircncia internacional We Are Social o paiacutes estaacute entre as naccedilotildees mais conectadas do mundo Satildeo mais de 9

horas on-line por dia sendo que dessas 5h e 26 minutos satildeo provenientes de tablets ou telefones moacuteveis O fenocircmeno acompanha um movimento mundial de popularizaccedilatildeo da internet Nos uacuteltimos 12 anos a conectividade permitida pelas redes sociais potencializada pela mobilidade trazida pelos smartphones tem mudado a forma como se recebe e se compartilha informaccedilatildeo Uma mudanccedila intensa que afetou profundamente as relaccedilotildees pessoais e profissionais dos indiviacuteduos em todo o planeta

No ambiente de trabalho em especial no hospitalar satildeo constantes os eventos e procedimentos que exigem foco e atenccedilatildeo das equipes E por isso esse amplo acesso agraves redes sociais faz soar um alerta Por um lado os aparelhos repletos de possibilidades satildeo ferramentas uacuteteis para otimizar a comunicaccedilatildeo interna e acessar profissionais e conteuacutedo de forma raacutepida e eficiente por outro os recursos para fazer anotaccedilotildees registrar

Como as redes sociais e smartphones transformaram o modo como a sociedade produz compartilha e se relaciona com a informaccedilatildeo e o impacto dessa mudanccedila no dia a dia dos profissionais da sauacutede

Dani Dias Ferreira

gravar fotografar e trocar mensagens satildeo potencialmente um problema quando usados de forma inde-vida jaacute que as informa-ccedilotildees em minutos podem ser compartilhadas com um nuacutemero expressivo de pessoas de forma descontrolada Isso sem falar na mistura das esferas pessoal e profissional

A velocidade da mudanccedila tem sido tatildeo intensa que natildeo houve tempo de as em-presas (nem a sociedade como um todo) se organizarem para conciliar os benefiacutecios dessas novas tecnologias e ao mesmo tempo prevenir-se dos efeitos que o uso indevido pode acarretar

Em primeiro lugar via de regra eacute neces-saacuterio recorrer ao bom senso agraves normas da instituiccedilatildeo agrave observaccedilatildeo dos princiacutepios eacuteticos e agraves boas praacuteticas Eacute o que pensa

Angela Blatt Ortiga enfermeira haacute 30 anos que atua como secretaacuteria do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) Estudiosa do assunto daacute palestras em uni-versidades e hospitais esclarecendo os limites de utilizaccedilatildeo das redes

Nesses encontros ela ressalta os proacutes e contras da utilizaccedilatildeo de aparelhos celulares e aplicativos no dia a dia dos enfermeiros Entre as vantagens estaacute o fato de a rede social ampliar a facilidade de comunicaccedilatildeo com baixo custo e as pessoas terem acesso e ser um meio uacutetil para socializar as boas praacuteticas natildeo apenas com as equipes mas tambeacutem com a comu-nidade em geral

A empresa pode limitar

o uso dos aparelhos celulares e acesso a

redes sociais durante o expediente

Entre as situaccedilotildees delicadas estatildeo aquelas ligadas agrave seguranccedila do paciente jaacute que os aparelhos tele-focircnicos moacuteveis natildeo estatildeo devidamente higienizados e podem ser um fator de contaminaccedilatildeo Como elemento de distraccedilatildeo podem contribuir com a falha humana

Durante as palestras os limites de utilizaccedilatildeo das redes sociais sempre despertam questiona-mentos dos partici-pantes As perguntas mais frequentes satildeo a adequaccedilatildeo a respeito de publicaccedilotildees fotografias e gravaccedilotildees realizadas dentro do ambiente de trabalho e o seu impacto A resposta eacute taxativa ldquoFrases reclamaccedilotildees e expressotildees como lsquotodo mundo saiu e eu fiquei sozinhorsquo ou lsquoplantatildeo mais ou menosrsquo podem prejudicar a imagem do colaborador e da institui-ccedilatildeo apesar de parecerem inofensivas Natildeo eacute soacute uma

questatildeo pessoal vocecirc estaacute lidando com privacidade direito autoral eacutetica profissionalrdquo explica a enfermeira

Comentaacuterios sobre pacientes ainda que sejam positivos podem desagradar quem estaacute em situaccedilatildeo de vulnerabilidade ou simplesmente natildeo gostaria de ter sua intimidade exposta Inclusive natildeo satildeo poucas as reclamaccedilotildees e denuacutencias que chegam ao Conselho sobre o uso indevido das redes daiacute a necessidade de orientar Inserir estranhos nos grupos de whatsapp ou repassar conteuacutedo profissional a grupos pessoais tambeacutem pode gerar desconforto ou mesmo permitir que informaccedilotildees sigilosas sejam vazadas para a imprensa

Demissotildees por mau uso jaacute natildeo satildeo uma novidade Natildeo satildeo casos isolados e tampouco restritos agrave realidade nacional tanto que algumas instituiccedilotildees e associaccedilotildees nos EUA por exemplo criaram e disponibilizaram materiais on-line abordando o assunto A National Council of State Boards of Nursing lanccedilou o The Nursersquos Guide to the Use of Social Media (wwwncsbnorgNCSBN_SocialMediapdf) manual detalhado de como profissionais da enfermagem devem se portar na utilizaccedilatildeo das redes sociais No Brasil nos sites do Coren e do Conselho Regional de Medicina tambeacutem eacute possiacutevel encontrar artigos e orientaccedilotildees sobre o tema

O Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem Resoluccedilatildeo Cofen nordm 311 de 8 de fevereiro de 2007 traz regulamentaccedilotildees que valem tambeacutem para a atuaccedilatildeo nas redes sociais como a restriccedilatildeo a ldquoinserir imagens ou informaccedilotildees que possam identificar pessoas e instituiccedilotildees sem sua preacutevia autorizaccedilatildeordquo

Por sua vez o Coacutedigo de Eacutetica Meacutedica apesar de permitir aos meacutedicos a divulgaccedilatildeo em seu perfil nas redes sociais de dados sobre sua es-pecialidade CRM e local onde atendem proiacutebem a distribuiccedilatildeo e publicaccedilatildeo de fotos tiradas com pa-cientes em locais de aten-dimento como cirurgias ou consultas Eacute vedado ainda ao profissional con-sultar diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicaccedilatildeo em massa Jaacute o Marco Civil da Internet desde 2014 em vigor mas regula-

Melh res Praacuteticas | 27

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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cliacutenicas e laboratoacuterios desde o

fornecimento de gases medicinais

ateacute equipamentos meacutedicos

de alta tecnologia para centros

ciruacutergicos terapia intensiva

e transporte

Air Liquide Healthcare

Protegemos vidas vulneraacuteveis

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AF_an_healthcare_206x276pdf 1 8516 1004 AM

| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

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2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 14: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

Melh res Praacuteticas | 27

| GESTAtildeO DE PESSOAS |

mentado neste ano estabelece os direitos e deveres para usuaacuterios e provedores o que promete diminuir ou ao menos facilitar a delegaccedilatildeo de responsabilidades e diminuir a sensaccedilatildeo de que a web eacute um territoacuterio sem lei

Cabe lembrar que apesar de a nova forma de se relacionar com a informaccedilatildeo ter se incorporado completamente agrave vida das pessoas as sanccedilotildees legais presentes no mundo real se aplicam tambeacutem ao mundo virtual e inclusive o conteuacutedo publicado pode servir como uma prova igual a outra qualquer em processos legais

De acordo com Flaacutevio Pires soacutecio do setor trabalhista do escritoacuterio Siqueira Castro Advogados haacute uma linha muito tecircnue quando se fala em direito agrave privacidade e no que isso pode interferir para terceiros

Do ponto de vista juriacutedico quanto mais claros estiverem os termos melhor tanto para o hospital como para o empregado ldquoQuando

temos dentro da empresa um regimento claro do que se pode ou natildeo fazer seja por meio de um manual ou de uma circular natildeo haacute como alegar desconheci-mento das normas Algumas pessoas preferem inseri-las no contrato de trabalho mas tambeacutem podem fazer uma simples menccedilatildeo de que o funcionaacuterio fica submetido agraves regras da empresardquo explica Flaacutevio Pires

Independentemente das normas estarem ou natildeo no contrato o empregador tem o poder diretivo da empresa e pode inclusive proibir ou limitar o uso dos aparelhos celulares e acesso a redes sociais durante o expedien-te Por descumprimento o funcionaacuterio pode receber diferentes penalidades como advertecircncia verbal

escrita suspensatildeo e ateacute demissatildeo por justa causa claro atentando aos princiacutepios da razoabilidade e proporcionalidade analisando-se caso a caso Mas o advogado alerta que essa questatildeo eacute uma via de matildeo dupla O empregador que por exemplo aproveita o uso de aplicativos sistemas de mensagens instantacircneas ou outros meios para solicitar coisas fora do horaacuterio de trabalho pode ser penalizado ldquoEste pode ter que pagar horas extras adicional noturno ou dependendo do caso ateacute sofrer o pedido de remissatildeo do contrato por justa causa por parte do funcionaacuteriordquo pontua Pires

No Brasil haacute casos de proibiccedilatildeo estrita de uso como a que aconteceu em Mato Grosso O secretaacuterio de Sauacutede de Cuiabaacute Ary Soares de Souza Junior por meio da Portaria 202015 proibiu o uso de aparelhos celulares ou similares durante o expediente de trabalho para funccedilotildees como internet miacutedias e redes sociais e emissotildees de sons

como ouvir muacutesicas viacutedeos ou similares dentro das unidades de sauacutede de Cuiabaacute

Do ponto de vista da gestatildeo embora proibir seja uma possibilidade tambeacutem eacute uma medida riacutegida que impede a utilizaccedilatildeo do melhor que a uniatildeo de smartphones com aplicativos e redes sociais pode oferecer

Segundo Paula Gallo gerente de marketing do Hospital Santa Paula hoje em dia eacute inviaacutevel natildeo acompanhar a velocidade das informaccedilotildees por meio da tecnologia disponiacutevel Para se prevenir o hos-pital que estaacute presente em algumas redes sociais como Instagram Facebook e Linkedin tem contiacutenuo monitoramento para que o uso seja realmente para informaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo

A utilizaccedilatildeo de grupos de whatsapp eacute permitida para agilizar a co-municaccedilatildeo entre os profissionais e a tomada de decisotildees aleacutem de diminuir o nuacutemero de reuniotildees desnecessaacuterias ldquoPoreacutem tomamos o cuidado de natildeo envolver nos grupos pessoas que natildeo podem usar o celular durante o horaacuterio de trabalho como os assistentes da UTI e recepcionistas Hoje temos uma campanha forte internamente para a conscientizaccedilatildeo do uso adequado do celularrdquo afirma Paula Gallo

O equiliacutebrio como em tudo estaacute no bom senso

Cartaz afixado nos elevadores do Hospital Santa Paula

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| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

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Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

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6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

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| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

Editoria Patrocinada

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

4ordm CONAHPCongresso Nacional de Hospitais Privados

16 17 e 18 de Novembro de 2016

WTC | Satildeo Paulo

EacuteTICA A SUSTENTABILIDADE DA SAUacuteDE NO BRASIL

wwwconahporgbr

Saiba mais sobre o principal evento do setor sauacutede no Brasil

O ACESSO QUE VOCEcirc BUSCA

A PROXIMIDADE QUE VOCEcirc PRECISA

Associados e afiliados agrave Anahp

Individual

3 a 5 inscriccedilotildees

acima de 6 inscriccedilotildees

Ago

73100

67200

62100

Set

77400

71200

65800

Out

81700

75100

69400

Nov

86000

79100

73100

Outras instituiccedilotildees

Individual

3 a 5 inscriccedilotildees

acima de 6 inscriccedilotildees

Ago

146200

134500

124300

Set

154800

142400

131600

Out

163400

150300

138900

Nov

172000

158200

146200

Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

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Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

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Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

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CY

CMY

K

Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| Melh res Praacuteticas62 Melh res Praacuteticas | 63

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Teremos muito prazer em atendecirc-lo

NOSSOS DIFERENCIAIS UNIQUE HEALTH by Sodexo bull Acolhimento do paciente com atendimento humanizadobull Gastronomia cliacutenica adequada ao perfil do paciente com dietas especializadasbull Qualidade de Vida e Bem Estar com refeiccedilotildees mais balanceadasbull Equipe especializada

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Page 15: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas28 Melh res Praacuteticas | 29

| PESQUISA |

O QUE ESPERAR DOS CANAIS DE COMUNICACcedilAtildeO QUE SUA EMPRESA DISPONIBILIZA

E ssa foi uma das questotildees levantadas pela SAX Customer Experience Metrics em parceria com o Centro de Inteligecircncia Padratildeo para as 169 empresas inscritas na 17ordf ediccedilatildeo do Precircmio Consumidor Moderno de Serviccedilos

Realizada entre marccedilo e abril de 2016 o processo de avaliaccedilatildeo incluiu uma etapa de Mystery Shopping em que um pesquisador se passa por um cliente simulando um atendimento

Embora o resultado ref lita a realidade de 46 diferentes segmentos de negoacutecio e natildeo apenas o setor de sauacutede as conclusotildees tecircm valor para todos uma vez que na vida real se trata de um mesmo cliente

ou indiviacuteduo transportando suas experiecircncias e expectativas de um prestador ou setor para o outro A seguir os resultados para telefone e-mail e redes sociais ldquoAtender de forma consistente e integrada nos diferentes canais disponibilizados eacute um grande desaf io para as empresas E conseguir essa performance eacute fundamental uma vez que os cl ientes estatildeo cada vez mais buscando informaccedilotildees em diferentes meios Uma exper iecircncia f rustada pode comprometer a satisfaccedilatildeo e impactar nos resultados f inanceiros da empresardquo conclui a pesquisa

O telefone ainda eacute o canal que apresenta melhores resultados e maior fluidez porque o atendimento eacute humano diretoimediato Isso facilita a interaccedilatildeo com o consumidor pois as duacutevidas satildeo sanadas no momento do contato

O chat aparece como um substituto promissor ao telefone Isso porque ele une o atendimento humano real time com a facilidade do on-line o consumidor tem a interaccedilatildeo imediata sana as suas duacutevidas e jaacute tem o registro completo da conversa

A ouvidoria apresenta o menor iacutendice de

resolutividade

935 das empresas

realizam monitoramento

das redes sociais

Eficiecircncia por canal avaliado

De maneira geral a navegaccedilatildeo foi muito bem avaliada Os clientes misteriosos natildeo tiveram dificuldades em encontrar o formulaacuterio ou e-mail para envio da duacutevida

766

944982

817

Resultados gerais de redes sociais

As oportunidades satildeo muitas

RESULTADOS GERAIS E-mailFale Conosco

103 dos clientes misteriosos natildeo conseguiram fazer suas ligaccedilotildees

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

074800

TEMPO MEacuteDIO PARA RESPOSTA FOI DE

190700

O whatsapp eacute o canal que apresentou o maior iacutendice

de resolu-tividade no primeiro contato

Apenas um pe-queno nuacutemero de empresas

oferecem hoje atendimento por meio do whatsapp

487 dos clientes natildeo esperam para serem atendidos

Cliente recebeu

resposta referente

agrave sua manifestaccedilatildeo

Informaccedilotildees

passadas de

forma clara

Respostas

sem erros

gramaticais

das mensagens foram respondidas

das mensagens foram respondidas

Manifestaccedilatildeo

totalmente

resolvida com

a resposta recebida

Atender com o mesmo padratildeo em todos os canais afinal o cliente estaacute cada dia mais ldquomulticanalrdquo

Responder rapidamente e de forma satisfatoacuteria

Demonstrar interesse (falar o proacuteprio nome e perguntar o nome do cliente fazer perguntas para entender as neces-sidades e demonstrar empenho em resolver a questatildeo que ele apresenta)

dos clientes conseguiram ser atendidos na primeira tentativa de contato com a empresa

TELEFONEE-MAIL

FALE CONOSCO CHATREDES

SOCIAIS

823 583 614 642

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 45

Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

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| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

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NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

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sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

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1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 16: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

Presidente Emeacuterita e Secircnior Fellow do Institute for Healthcare Improvement

Novas ferramentas para melho-rar os cuidados de sauacutede se espalham rapidamente entre sistemas e organizaccedilotildees de sauacutede Muitas instituiccedilotildees tecircm programas para ensinar

praacuteticas de melhoria e apoiar projetos para tornar o cuidado mais seguro mais eficiente e mais centrado no paciente

Por exemplo focado em Quality Improvement o Open School do IHI jaacute capacitou mais de 400000 estudantes de 84 paiacuteses entre meacutedicos estudantes de enfermagem e administraccedilatildeo E muitas outras organi-zaccedilotildees de grande porte desenvolveram Laboratoacuterios de Inovaccedilatildeo para projetar novas e melhores maneiras de cuidar de pacientes

Existe uma ferramenta no entanto que eacute subutilizada o Exnovation Em sauacutede somos geralmente exitosos na adoccedilatildeo

de novas tecnologias procedimentos medicamentos e muito mais Mas natildeo somos tatildeo eficientes em eliminar velhos conceitos e desperdiacutecios Por isso o Exnovation precisa estar tatildeo integrado agrave nossa experiecircncia diaacuteria quanto a nossa expertise com melhoria e inovaccedilatildeo

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

Quando assumi a posiccedilatildeo de diretora em um hospital nos Estados Unidos comecei aplicando cursos de aperfeiccediloamento e de gerenciamento de projetos mas descobri que o ritmo da mudanccedila era dolorosamente lento Entatildeo convoquei os liacutederes do hospital para uma reuniatildeo e lhes perguntei por que natildeo dedicavam mais tempo para desenvolver e executar melhorias A resposta foi imediata e unacircnime ldquoEstamos em reuniotildeesrdquo

DANDO LUGAR AO NOVO

Exnovation trata de eliminar o que natildeo resulta em melhoria efetiva

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas30

Maureen Bisognano

Melh res Praacuteticas | 31

Exnovation eacute definido pelo descarte de praacuteticas existentes associadas a inovaccedilotildees antigas a fim de liberar a energia e recursos para inovar e melhorar novamente

REFEREcircNCIAS bull Kimberly J R 1981 Managerial innovation In P C Nystrom amp W H Starbuck (Eds) Hand- book of organizational design 84ndash104 New York Oxford University Press

bull COUTEUR D L et al Deprescribing Aust Prescr [sl] v 34 n 6 p182-185 1 dez 2011 NPS MedicineWise httpdxdoiorg1018773austprescr2011095

bull Davidoff F 2015 On the Undiffusion of Established Practices JAMA Intern Med May175(5)809ndash11

Acordamos sobre como realizar reuniotildees mais eficazes e declarou-se que todas as reuniotildees desse ponto em diante aconteceriam na metade da fre-quecircncia anterior ou teriam a metade da duraccedilatildeo que costumavam ter

Com o tempo cada encontro passou a ser mais produtivo do que o realizado no dia anterior Os gerentes me disseram que ateacute 15 horas por semana foram liberadas de suas agendas o que lhes permitiu mais foco em accedilotildees estrateacutegicas de melhoria Tambeacutem afirmaram se sentir renovados e mais motivados com o trabalho Repetimos este ciclo Exnovation com relatoacuterios procedimentos e processos de gestatildeo Em cada ciclo eliminamos o desperdiacutecio e melhoramos a moral

O meu amigo e colega Frank Davidoff MD editor emeacuterito do Annals of Internal Medicine explorou a necessidade de Exnovate em praacuteticas meacutedicas uma vez que algumas jaacute podem ser consideradas ineficazes Davidoff afirma que precisamos de sistemas confiaacuteveis que natildeo propaguem antigos guidelines tecnologias

paracircmetros crenccedilas e equipamentos que muitas vezes permanecem inquestionados complicando a vida dos meacutedicos e levando a cuidados e processos menos seguros

Um novo exemplo de Exnovation vem do aumento da praacutetica que estaacute sendo chamada de ldquodeprescribingrdquo (desmame planejado de medicamentos ) Os problemas com a administraccedilatildeo de polifaacutermacos satildeo muitos incluindo complicaccedilotildees fiacutesicas inesperadas incapa-cidade de alcanccedilar os resultados cliacutenicos desejados e custos excessivos Olhar atentamente para quais medicamentos satildeo necessaacuterios e ldquodesprescribingrdquo aqueles que natildeo satildeo constituem passos essenciais para mitigar os efeitos potencialmente prejudiciais de polifarmaacutecia

Por meio de processos confiaacuteveis efetivos e que eli-minem o trabalho frustrante e ineficaz o Exnovation passa a fazer parte do leque de ferramentas para o atual desenvolvimento de melhores praacuteticas equipes e lideranccedilas o que contribuiraacute para um sistema mais seguro e com funcionaacuterios mais motivados

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

| CAPA |

Melh res Praacuteticas | 35

| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

Editoria Patrocinada

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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16 17 e 18 de Novembro de 2016

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3 a 5 inscriccedilotildees

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Ago

73100

67200

62100

Set

77400

71200

65800

Out

81700

75100

69400

Nov

86000

79100

73100

Outras instituiccedilotildees

Individual

3 a 5 inscriccedilotildees

acima de 6 inscriccedilotildees

Ago

146200

134500

124300

Set

154800

142400

131600

Out

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Nov

172000

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146200

Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

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Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Empresaacuterio com mais de 18 anos de experiecircncia em automaccedilatildeo logiacutestica fundador da Slidelog e Picklog

Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

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TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

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tecnologias de ponta

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C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

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| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

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| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

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| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

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ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 17: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas32 Melh res Praacuteticas | 33

Como a Colaborativa metodologia de Melhoria Contiacutenua do IHI propotildee consolidar resultados e melhorar o cuidado ao paciente

Felipe Ceacutesar

Mesmo apoacutes 16 anos do lanccedilamento do l ivro To Err i s Human publicado pelo Institute of Medicine dos EUA

(IOM) e que lanccedilou luz agrave inefi-ciecircncia do sistema em prevenir danos causados pelo cuidado ainda haacute muito a evoluir no sentido de se criar uma cultura consistente de seguranccedila do paciente nas instituiccedilotildees de sauacutede

Entre as iniciativas mundiais nesse sentido merecem destaque os chamados programas de melhoria contiacutenua abordagens sistemaacuteticas que utilizam teacutecnicas especiacuteficas para que se melhore cada uma das dimensotildees da qualidade na linha de cuidado

Os programas de melhoria contiacutenua se apoiam na mudanccedila de comportamento dos profissio-nais e da organizaccedilatildeo de sauacutede para conseguir os resultados desejados no que se refere ao serviccedilo prestado e a experiecircncia do paciente1

Eacute o que estaacute sendo executado por exemplo em 12 hospitais portugueses na reduccedilatildeo de 50

de infecccedilotildees hospitalares e no Programa Parto Adequado no qual 28 hospitais brasilei-ros trabalham para diminuir a quantidade de partos cesarianos Ambos os casos contados pela Melhores Praacuteticas (Leia ldquoAlvo Comumrdquo ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas e ldquoParto Adequadordquo nesta ediccedilatildeo)

O que eacute ColaborativaHaacute uma seacuterie de modelos e meacutetodos que podem ser aplicados em Programas de Melhoria contiacutenua de forma isolada ou combinada2 A metodologia de trabalho promo-vida pelo Institute of Healthcare Improvement (IHI) organizaccedilatildeo norte-americana sem fins lucrativos referecircncia no assunto consiste na aplicaccedilatildeo de ciclos de aprendizado para a resoluccedilatildeo de um problema definido

Em termos praacuteticos identifica-se um problema propotildee-se uma seacuterie de mudanccedilas para solucionaacute-lo e executa-se o plano de accedilatildeo Esse processo eacute chamado de Colaborativa3 proposta inovado-ra desenhada por Donald Berwick e Paul Batalden em 1994

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Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

IMPROVEMENT SCIENCE CONSULTING wwwimprovement-sciencecom

Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

Editoria Patrocinada

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

4ordm CONAHPCongresso Nacional de Hospitais Privados

16 17 e 18 de Novembro de 2016

WTC | Satildeo Paulo

EacuteTICA A SUSTENTABILIDADE DA SAUacuteDE NO BRASIL

wwwconahporgbr

Saiba mais sobre o principal evento do setor sauacutede no Brasil

O ACESSO QUE VOCEcirc BUSCA

A PROXIMIDADE QUE VOCEcirc PRECISA

Associados e afiliados agrave Anahp

Individual

3 a 5 inscriccedilotildees

acima de 6 inscriccedilotildees

Ago

73100

67200

62100

Set

77400

71200

65800

Out

81700

75100

69400

Nov

86000

79100

73100

Outras instituiccedilotildees

Individual

3 a 5 inscriccedilotildees

acima de 6 inscriccedilotildees

Ago

146200

134500

124300

Set

154800

142400

131600

Out

163400

150300

138900

Nov

172000

158200

146200

Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

| Melh res Praacuteticas44

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 45

Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

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| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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Natildeo importa aonde vocecirc esteja

A L+M estaacute com vocecirc na sua jornada do design a operaccedilatildeo

ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

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| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

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Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 18: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

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| CAPA |

Caso praacuteticoEm 2015 a Associaccedilatildeo Congregaccedilatildeo de Santa Catarina (ACSC) criou a Diretoria Corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente uma nova estru-tura dirigida por Camila Sardenberg com o objetivo de padronizar o aten-dimento e propor melhorias dentro da linha de cuidado A ACSC eacute formada por 33 casas de sauacutede espalhadas por 8 estados brasileiros

Como estrateacutegia inicial Camila Sardenberg e a gerente meacutedica corporativa de Sauacutede Medicina e Seguranccedila do Paciente da ACSC Camila Lajolo reuniram-se com cada um dos diretores executivos irmatildes da congregaccedilatildeo e represen-tantes das unidades do grupo a fim de mapear qual a necessidade de melhoria impacto e prioridade de cada instituiccedilatildeo e definir como implantar uma accedilatildeo na qual pudesse aglutinar toda a organizaccedilatildeo

Apoacutes esse levantamento foi deci-dido investir no modelo escocecircs de melhoria no qual eacute aplicada a metodologia do IHI ndash Colaborativa ldquoA Escoacutecia lanccedilou um programva de seguranccedila (poliacutetica de governo) adotando o modelo de melhoria como ferramenta O programa inicialmente tem o objetivo de diminuir em 15 a mortalidade padronizada nos hospitais e em 30 os eventos adversos naquele paiacutesrdquo conta Camila Lajolo Na Congregaccedilatildeo o programa recebeu o nome de Salus Vitae do latim ldquoPreservaccedilatildeo da Vidardquo

ldquoO Salus Vitae abraccedila todas as unidades que prestam cuidado de sauacutede e assistecircncia social na ACSC em um objetivo comum que eacute a reduccedilatildeo do sofrimento para pacientes e familiares e natildeo apenas a reduccedilatildeo do danordquo esclarece a diretora

Mais sobre o PDSA e BUNDLE Desenvolvida pela Associates in Process Improvement4 o modelo de melhoria contiacutenua eacute baseado em trecircs questotildees fundamentais para verificar se o processo estaacute surtindo o efeito pretendido e foi idealizado para me-lhorar o desempenho organizacional de qualquer empresa ou processo

As propostas de mudanccedila satildeo testadas atraveacutes de ciclos PDSA que satildeo utilizados para a construccedilatildeo de conhecimento e para refinar a discussatildeo sobre o que eacute necessaacuterio fazer para se chegar ao objetivo A sigla vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo)

Cada PDSA deve responder as seguintes perguntas para ter efetividade dentro do processo

OBJETIVOO que estamos tentando realizar A equipe determina os resultados especiacuteficos que estatildeo tentando mudar

MENSURACcedilAtildeOComo saberemos se uma mudanccedila eacute uma melhoria Os membros da equipe identificam os meacutetodos de mensuraccedilatildeo para avaliar os resultados

MUDANCcedilAO que podemos fazer que resultaraacute em melhoria A equipe identifica as accedilotildees que colocaratildeo em praacutetica na linha de cuidado

Jaacute o bundle eacute um pacote de intervenccedilotildees baseado em evidecircncias para serem executadas de forma linear e conjunta (geralmente o pacote tem entre 3 e 5 intervenccedilotildees) O objetivo do bundle eacute reduzir ou zerar a incidecircncia de erros sendo aplicado em um ldquodeterminado tipo de paciente e em um determinado ambiente de cuidado que quando implantadas (intervenccedilotildees) conjuntamente podem trazer resultados significativamente melhores do que quando implantadas individualmenterdquo sup2

Programa Salus VitaeO objetivo eacute reduzir em 50 a infecccedilatildeo associada a dispositivos invasivos em UTI Adulto O programa tem 18 meses de duraccedilatildeo e estaacute sendo executado em UTIs da ACSC com teacutermino previsto para dezembro de 2016 Estaacute estruturado em trecircs pilares

Capacitaccedilatildeo (por meio da ciecircncia da melhoria na praacutetica) resultados (comunidade de aprendizado ou Colaborativa) e Lideranccedila de Alto Impacto (accedilotildees de sensibilizaccedilatildeo e inserccedilatildeo do tema Seguranccedila do Paciente como prioridade estrateacutegica para diretores executivos diretores teacutecnicos e meacutedia gerecircncia)

Resultados parciais de 13 UTIs ndash 12 meses de projeto

Reduccedilatildeo de 26 de infecccedilatildeo do trato urinaacuterio associada a sonda vesical de demora

Reduccedilatildeo de 47 de infecccedilatildeo de corrente sanguiacutenea associada a cateter venoso central

Reduccedilatildeo de 24 de pneumonia associada a ventilaccedilatildeo mecacircnica

Identificar um problema que afeta o cuidado Nesse item pode ser um problema macro que afeta todo o sistema de sauacutede de um paiacutes como os exemplos citados anteriormente de Portugal e Brasil ou pode ser um problema de um uacutenico hospital ou toda uma rede de hospitais

Reunir as lideranccedilas checar se o problema eacute mesmo consenso entre todos estabelecer as responsabilidades de cada um dentro do processo e definir os membros da equipe multidisciplinar Essa equipe seraacute responsaacutevel por executar o pacote de mudanccedilas na ponta

Formada a equipe multidisciplinar eacute hora de propor mudanccedilas dentro do processo na linha de cuidado Anote todos os passos do processo assistencial iden-tifique os ldquogargalosrdquo e os ldquodesperdiacuteciosrdquo e faccedila uma proposta de mudanccedilas o chamado bundle (pacote) Eacute extremamente importante que a equipe participe de encontros sobre o tema (problema) e aulas de atuali-zaccedilatildeo para conseguir fazer o planejamento correto e implementar as mudanccedilas que resultaratildeo em melhorias

Com a equipe capacitada eacute hora de executar a Colaborativa Dentro do planejamento haacute trecircs momentos do cuidado em que as mudanccedilas seratildeo implementadas juntamente com um ciclo de aprendi-zado que eacute chamado de SAP ndash Sessatildeo de Aprendizado Presencial Eacute simples a equipe participa da SAP que eacute ministrada por especialistas do IHI ou da empresa contratada faz o PDSA (o bundle estaacute inserido dentro do PDSA) e o executa em um nuacutemero reduzido de pacientes Funcionou Aumenta-se o nuacutemero de pacientes a serem submetidos agrave nova linha de cuidado e assim progressivamente

Entre uma SAP e outra a equipe tem todo o suporte do IHI (ou da empresa contrata-da) em reuniotildees agendadas por videoconferecircncia ou e-mail

Ao f inal da Colaborativa eacute hora de mensurar todos os resultados Confira as melhorias para os pacientes e profissionais e veja o impacto causado pela mudanccedila em todos os aspectos do triple aim (melhor assistecircncia com o menor custo e melhor sauacutede populacional) Vocecirc pode entender melhor o triple aim na ediccedilatildeo 17 da Revista Melhores Praacuteticas na entre-vista com Donald Berwick

123

4

5

6

EQUIPE CAPACITADA A capacitaccedilatildeo eacute importante porque nas sessotildees de aprendizado natildeo satildeo abordados assuntos relacionados agrave assistecircncia e sim indicadores como monitoraacute-los interpretaacute--los e mostraacute-los por meio de graacuteficos de seacuterie temporal ou de controle estatiacutestico de processos Eacute importante os profissionais terem fundamento de indicadores (compreensatildeo e foacutermula) e saberem profundamente todos os aspectos do cuidado em discussatildeo na Colaborativa

ETAPAS PRINCIPAIS

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| CAPA |

IHI OPEN SCHOOLpossui aulas em portuguecircs e eacute gratuito Acesse ihiorg clique em Education Courses e depois em Portuguecircs que apareceraacute no lado esquerdo da tela

TREINAMENTO SEcircNIOR DO IHI PARA LIDERANCcedilAS fellowships at IHI ndash informaccedilotildees em ihiorgengagefellowships

KO AWATEA wwwkoawateaconz

THE HEALTH FOUNDATION wwwhealthorguk

ISQUA wwwisquaorg

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Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

Editoria Patrocinada

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

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CY

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| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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Natildeo importa aonde vocecirc esteja

A L+M estaacute com vocecirc na sua jornada do design a operaccedilatildeo

ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

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| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

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| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

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075

2 -

Agos

to2

016

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ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

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Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 19: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

Melh res Praacuteticas | 37

| CAPA |

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Formaccedilatildeo das equipes e progresso da Colaborativa

As equipes de trabalho (uma por unidade) tecircm quatro profissionais que trabalham diretamente na assistecircncia e o segredo estaacute na escolha dos integrantes ldquoSe vocecirc coloca um meacutedico superconcei-tuado e um teacutecnico ou auxiliar este uacuteltimo vai ldquosumirrdquo dentro da equipe Todos devem estar alinhados com os processos ter conhecimento e saber do que estatildeo falandordquo explica a diretora

Sendo assim a equipe de cada unidade foi composta por dois meacutedicos e dois enfermeiros (um meacutedico intensivista e outro da SCIH ndash Serviccedilo de Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar a mesma coisa para os enfermeiros Em alguns casos a equipe tinha cinco membros com fisioterapeuta ou enfermeiro da Qualidade) ldquoO mais importante eacute que a equipe precisa estar alinhada ao problema colocado Se o problema for importante somente para uma pessoa da equipe entatildeo o processo natildeo funcionaraacute O problema precisa ser da equipe e natildeo de uma soacute pessoardquo ressalta a gerente

A grande aposta desse projeto eacute que cada unidade aprenda a me-todologia da Ciecircncia da Melhoria para que no futuro cada hospital tenha a autonomia de resolver seus proacuteprios problemas

ldquoDeixamos bem claro qual era o objetivo desse investimento vocecirc natildeo compra a ideia do Salus Vitae para reduzir a infecccedilatildeo no hospital e sim porque reduziraacute o

sofrimento das pessoas esse eacute o impacto que queremos que cada colaborador enxerguerdquo afirma Camila Sardenberg

Para chegar a esse objetivo eacute necessaacuteria a mudanccedila de compor-tamento da equipe e dos liacutederes e entatildeo a tatildeo desejada mudanccedila de cultura vem automaticamente uma vez que os profissionais jaacute estatildeo com a ideia da melhoria contiacutenua fixa na mente

ldquoO primeiro pilar eacute trabalhar a mudanccedila de comportamento das lideranccedilas de alta performance Os diretores teacutecnicos em sua maioria satildeo meacutedicos que tra-balharam durante boa parte da vida com outras metodologias e possuem outra formaccedilatildeo Satildeo eles que devem ser convencidos a ter outro olhar para o cuidado e o processo explica Lajolo

ldquoPara implantar a melhoria em larga escala natildeo eacute seguindo uma ldquoreceitardquo que se vai conseguir chegar a um resultado aceitaacutevel Vocecirc tem de respeitar e conhecer como as pessoas trabalham entender que seratildeo elas que iratildeo resolver o problema daquele hospital por isso eacute fundamental ouvir os profissionais da ponta e inseri-los no planejamento do problema e soluccedilatildeordquo completa Sardenberg

Para 2017 a ideia eacute formar 15 especialistas em Ciecircncia da Melhoria dentro da ACSC para entatildeo aplicar novas Colaborativas para atacar outros problemas A intenccedilatildeo eacute que cada unidade tenha o seu coaching para ajudar a desenvolver novas Colaborativas

A p oacute s o t eacute r m i n o d e s s a Colaborativa a diretoria pretende formular um novo trabalho para combater a Sepse nas unidades do grupo com o envolvimento dos prontos-socorros alas de internaccedilatildeo e UTIs

DesafiosNa fase de identificaccedilatildeo dos problemas um dos desafios enfrentados foi conhecer o iacutendice de eventos adversos de cada casa de sauacutede da organizaccedilatildeo ldquoA postura das equipes era defensiva uma cultura que natildeo eacute exclusividade da ACSC e sim de toda aacuterea da sauacutede no paiacutes Ateacute hoje temos essa dificuldade em menos escala mas temos A partir do momento em que estabelecemos um viacutenculo de confianccedila e mostramos que a intenccedilatildeo natildeo eacute punir conseguimos avanccedilarrdquo conta a diretora Camila Sardenberg

Aleacutem do acesso aos dados de cada unidade outra dificuldade foi adaptar a proposta do IHI para as caracteriacutesticas dos profis-sionais brasileiros jaacute que o programa modelo foi desenhado com os conceitos e fundamentos de um paiacutes desenvolvido

ldquoA capacitaccedilatildeo profissional foi uma barreira porque muitos profissionais apre-sentaram deficiecircncia em alguns procedimentos teacutecnicos de UTI e di-f iculdade em aplicar as melhores praacuteticasrdquo conta Sardenberg Esse obstaacuteculo foi solucionado com um treinamento especiacutefico em terapia intensiva realizado em junho

ldquoTatildeo importante quanto ensinar a Ciecircncia da Melhoria eacute garantir que todos partam do mesmo ponto de conhecimento especiacutefico daquele temardquo complementa Lajolo

HOSPITAL SANTA CATARINA

HOSPITAL DE CLIacuteNICAS NOSSA SENHORA DA

CONCEICcedilAtildeO

ORGANIZACcedilAtildeO SOCIAL SANTA CATARINA

ndash FARMAacuteCIA O B J E T I V O

Garantir bundle do uso racional baseado em evi-decircncia de anti-microbianos para gt 90 dos pacien-tes da oncologia cliacutenica unidade 4A ateacute marccedilo de 2016

Reduzir o tempo de espera na internaccedilatildeo do paciente ciruacutergico elet ivo (convecircnio e particular) em 25 ou seja de 64 minutos para 48 minutos no periacuteodo de agosto2015 a marccedilo2016

Reduzir 70 das falhas nas dispensaccedilotildees de medica-mentos (de 87 para 26) e zerar o iacutendice de falhas nas dispensaccedilotildees de medi-camentos do tipo ldquotroca de princiacutepios ativos e dosagensrdquo (de 19 para 0) na farmaacute-cia da UBSI Miriam II ateacute marccedilo de 2016

R E S U L T A D O

Reduccedilatildeo da meacutedia do tempo entre prescri-ccedilatildeo e administraccedilatildeo de antibioacutetico de 151 para 34 minutos (in-dicador de processo)

Reduccedilatildeo da mediana do tempo de espera para internaccedilatildeo de 60 minutos para 10 minutos

Reduccedilatildeo da meacutedia de re-ceitas com falha de 848 para 034 e da meacutedia de dispensaccedilotildees com troca de medicamento de 218 para 022

REFEREcircNCIAS 1 OslashVRETVEIT J Does improving quality save money A review of evidence of which improvements to quality reduce costs to health service providers Stockholm The Health Foundation 2009 Disponiacutevel em lthttpgooglJheKaHgt Acesso em 21 jul 20162 FOUNDATION The Health

(Ed) Simplificando a melhoria da qualidade O que todos devem saber sobre melhoria da qualidade do cuidado de sauacutede Brasil Proqualis 2013 Disponiacutevel em lthttpgoogl34ESyTgt Acesso em 21 jul 2016 IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos

Collaborative Model for Achieving Breakthrough Improvement Cambridge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em lthttpgoogl85C2zQgt Acesso em 21 jul 20163IMPROVEMENT Institute For Healthcare (Org) The Breakthrough Series IHIrsquos Collaborative Model for

Achieving Breakthrough Improvement Cambrid-ge Institute For Healthcare Improvement 2003 Disponiacutevel em httpbitly2blY9n4 4LANGLEY Gerald J et al The Improvement Guide 2 ed San Francisco Jossey-bass 2009 479 p Disponiacutevel em httpbitly2aZURou

ONDE APRENDER A CIEcircNCIA DA MELHORIA

Ciecircncia da Melhoria na PraacuteticaParalelamente agrave Colaborativa todas as unidades da ACSC tiveram de identificar um problema que na visatildeo de cada uma afetasse a assistecircn-cia prestada e representasse potencial dano ao paciente

Foram selecionadas 22 equipes para participar do curso de Ciecircncia da Melhoria na Praacutetica (Improvement Science in Action - ISIA) As equipes em sua maioria assistenciais desenvolveram ao longo de nove meses pro-jetos com foco na melhoria de algum aspecto do cuidado capacitando-se assim em aspectos baacutesicos da ciecircncia da melhoria

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

Editoria Patrocinada

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

4ordm CONAHPCongresso Nacional de Hospitais Privados

16 17 e 18 de Novembro de 2016

WTC | Satildeo Paulo

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67200

62100

Set

77400

71200

65800

Out

81700

75100

69400

Nov

86000

79100

73100

Outras instituiccedilotildees

Individual

3 a 5 inscriccedilotildees

acima de 6 inscriccedilotildees

Ago

146200

134500

124300

Set

154800

142400

131600

Out

163400

150300

138900

Nov

172000

158200

146200

Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

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C

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Y

CM

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CY

CMY

K

Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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Natildeo importa aonde vocecirc esteja

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

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| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

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| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

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Page 20: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

Melh res Praacuteticas | 39

| MEDICINA HOSPITALAR |

INTERLOCUCcedilAtildeO FACILITADA

A Medicina Hospitalar ainda natildeo se firmou como especialidade em todo o Brasil ainda que seja praticamente consenso atribuir ao meacutedico hospitalista a melhoria substancial na gestatildeo do

cuidado e na reduccedilatildeo do tempo de permanecircncia e reinternaccedilatildeo hospitalares

Nos EUA esse movimento comeccedilou na deacutecada de 1980 a partir da busca por novos modelos de pagamento aos meacutedicos que aliassem um melhor cuidado com o menor custo

ldquoAs seguradoras norte-americanas foram mudando a forma de remuneraccedilatildeo e ao inveacutes de pagar por uma cirurgia por exemplo passou-se a pagar por paciente atendido Pelo novo meacutetodo os serviccedilos seriam pagos pela assistecircncia a uma determinada populaccedilatildeo Se a instituiccedilatildeo conseguisse atender sem gastar toda a verba destinada para esse fim ficaria com o restante caso contraacuterio arcaria com o prejuiacutezo Era um riscordquo explicou Ron Greeno durante palestra promovida no Simpoacutesio Internacional de Qualidade e Seguranccedila do Paciente em abril deste ano em Satildeo Paulo

Greeno eacute membro fundador da Society of Hospital Medicine (SHM) e um dos 18 meacutedicos no mundo a ter o tiacutetulo de Master in Hospital Medicine Segundo conta foi graccedilas a essa pressatildeo por mais eficiecircncia que surgiu a necessidade de ter um meacutedico ou um grupo de meacutedicos com permanecircncia fixa no hospital para apoio cliacutenico e administrativo

A partir daiacute surgiu a Medicina Hospitalar nos EUA Em 1993 (o termo hospitalista soacute passou a ser usado trecircs anos depois) havia cerca de 300 a 400 profissionais trabalhando nessa aacuterea Atualmente satildeo 52 mil meacutedicos hospitalistas soacute no setor de sauacutede norte-americano segundo informaccedilotildees da SHM ldquoEsse modelo foi crescendo e deu certo porque a especialidade consegue dar um padratildeo de aten-dimento com resultados e desfechos melhores com menor custo quando comparado ao modelo tradicionalrdquo afirma Greeno

Para ele diferentemente de outros projetos em que profissionais se juntam para criar uma especialidade meacutedica a medicina hospitalar surge geralmente por motivo econocircmico para dar mais qualidade e efetividade aos processos

Trabalho de hospitalistas jaacute eacute praacutetica fora do Brasil Internamente os desafios satildeo a capacitaccedilatildeo profissional remuneraccedilatildeo e resistecircncia de outros profissionais

Felipe Ceacutesar

Praacutetica no BrasilA Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo implantou o modelo de hospitalista haacute 10 anos ldquoNoacutes tiacutenhamos uma variabilidade muito grande de conduta Queriacuteamos padronizar as linhas de cuidado para as principais patologias do hospital conforme protocolos e as melhores evidecircncias e estar mais proacuteximos da equipe meacutedicardquo explica Marcelo Sartori diretor de Praacuteticas Assistenciais

Jaacute no Hospital Divina Providecircncia em Porto Alegre o programa funciona haacute dois anos e surgiu da necessidade de reduzir custos com a hospitalizaccedilatildeo ldquoNo final de 2013 o desafio era sermos mais eficientes nas interna-ccedilotildees melhorando o giro de leitos Com dois anos consolidados de trabalho (2014 e 2015) reduzimos em 50 o tempo de permanecircnciardquo conta Guilherme Barcellos Senior Fellow da SHM e coordenador do programa de hospitalistas do Divina Providecircncia

No hospital aleacutem das atividades jaacute mencionadas o hospitalis ta exerce o cargo de coorde nador meacutedico da equipe da Comissatildeo de Oacutebitos do Controle de Infecccedilatildeo Hospitalar e da equipe multidisciplinar de Terapia Nutricional ndash EMTN

Na Rede de Hospitais Satildeo Camilo de Satildeo Paulo os principais pontos de atuaccedilatildeo do meacutedico hospitalista incluem

bull Suporte ao corpo cliacutenico no atendimento ao paciente hospitalizado

bull Parceria com a farmaacutecia cliacutenica intervenccedilotildees farmacecircuticas reconciliaccedilatildeo medicamentosa e Protocolo de Profilaxia de TEV (Tromboembolismo Venoso)

bull Atendimento ao paciente em situaccedilotildees de urgecircncia (Protocolo de Coacutedigo Amarelo) e emergecircncia (Protocolo de Coacutedigo Azul)

bull Rondas diaacuterias em trecircs periacuteodos nas unidades de internaccedilatildeo para gerenciamento de risco e resoluccedilatildeo de pendecircncias natildeo urgentes (ronda proacute-ativa)

O que esperar da medicina hospitalar

bull Apoio na implementaccedilatildeo dos protocolos de seguranccedila e profilaxia adotados pela instituiccedilatildeo

bull Padronizaccedilatildeo dos planos terapecircuticos

bull Lideranccedila e gestatildeo das comissotildees meacutedicas

bull Maior integraccedilatildeo com o corpo de enfermagem e equipe multidisciplinar

bull Gestatildeo do cuidado com ganhos na previsibilidade da alta hospitalar

bull Gerenciamento e mais eficiecircncia no ldquogirordquo de leitos

bull Mensuraccedilatildeo da qualidade do atendimento por meio dos resultados dos desfechos

bull Auxiacutelio agrave equipe ciruacutergica no preacute e poacutes-operatoacuterio

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 45

Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

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Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

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queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

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| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

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| OPINIAtildeO |

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RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

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ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 21: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas40 Melh res Praacuteticas | 41

| MEDICINA HOSPITALAR |

Desafios de implementaccedilatildeoHaacute duas questotildees ini-ciais a serem discutidas em inst ituiccedilotildees que desejam adotar o modelo A primeira eacute definir a forma de remuneraccedilatildeo do hospitalista uma vez que a maioria dos meacutedicos costuma se dedicar a mais de um local de trabalho e pelo modelo passaria a ficar um turno no hospital pelo menos A segunda diz respeito agrave eventual resistecircncia de outros pro-fissionais da assistecircncia natildeo acostumados com as contribuiccedilotildees e suporte que passariam a ter de um terceiro

Sobre remunerar adequa-damente Ron Greeno da SHM insiste que antes

de tudo eacute importante que a alta lideranccedila jaacute tenha avaliado quais os resultados financeiros que o trabalho com hospita-listas poderia representar

Jaacute para enfrentar a resis-tecircncia de colegas eacute preciso persistecircncia paciecircncia e comunicaccedilatildeo institucio-nal planejada deixando claro que o objetivo natildeo eacute o de competir com os meacutedicos especialistas mas sim apoiaacute-los

ldquoNos EUA os meacutedicos de atenccedilatildeo primaacuteria se sentiram ameaccedilados pelo modelo e hoje satildeo os nossos maiores fatildes porque eles podem traba-lhar melhor em seus con-sultoacuteriosrdquo conta Greeno

Foi justamente nessa direccedilatildeo que Barcellos ca-minhou para conquistar o corpo cliacutenico do hospi-

tal ldquoOs especialistas do Divina Providecircncia natildeo precisam mais ldquopassar visitardquo todos os dias na unidade Eles permitem que o hospitalista faccedila essa funccedilatildeo e atuam como consultores caso haja alguma necessidade Dessa forma eles ganha-ram tempo para atuar em seus ambulatoacuterios Para minimizar essa resistecircn-cia e ter uma relaccedilatildeo de confianccedila com o corpo cliacutenico o meacutedico precisa ter a certeza de que seu paciente seraacute ldquodevolvi-dordquo aos seus cuidadosrdquo comenta o coordenador

Finalmente os hospi-tais tecircm dificuldade de encontrar um meacutedico com o perf il desejado para o cargo jaacute que esse prof issional tem que saber liderar e elaborar um plano de gestatildeo que

envolve a assistecircncia meacutedica o impacto finan-ceiro do serviccedilo prestado e o cumprimento de metas

Por ter essa especializa-ccedilatildeo Guilherme Barcellos contratou quatro jovens meacutedicos para compor a sua equipe de hospita-listas e os treinou para desempenhar a funccedilatildeo no hospital Atualmente dois membros da equipe atuam em periacuteodo integral e trecircs em meio periacuteodo

No Hospital Satildeo Camilo ndash Unidade Pompeia haacute trecircs profissionais com cobertura 24h A direccedilatildeo procurou profissionais que pudessem atender agraves especificaccedilotildees da funccedilatildeo desejada pelo hospital mas natildeo considerou necessaacuterio treinamento especiacutefico

Tendecircncias da medicina hospitalar nos Estados Unidos

de acordo com Ron Greeno fundador da Society of

Hospital Medicine (SHM)

HOSPITALISTA NAS ESPECIALIDADES Cresce nos EUA os hospitalistas que atuam em especialidades Haacute hospitalistas focados na ortopedia na cardiologia cirurgia obstetriacutecia neurologia entre outros Para conhecer mais sobre essa tendecircncia e buscar material teacutecnico de apoio acesse o site da Society of Hospital Medicine wwwhospitalmedicineorg

READMISSAtildeOPara evitar a reinternaccedilatildeo alguns hospitais estatildeo trabalhando com cliacutenicas dentro da unidade para oferecer atendimento a pacientes que acabaram de passar por cirurgia Entatildeo dois dias apoacutes a alta o paciente ao inveacutes de ir ao consultoacuterio do meacutedico vai para essa cliacutenica e eacute avaliado pelo hospitalista

Resultados da medicina hospitalar no Hospital Divina

ProvidecircnciaIniacutecio do programa

Janeiro de 2014

MORTALIDADE HOSPITAL AR976 com hospitalistas vs 1197 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 221 quando comparado ao modelo de atendimento tradicional

TEMPO DE PERMANEcircNCIA950 dias com hospitalistas vs 19 dias com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional Reduccedilatildeo de 50 no nuacutemero de dias de internaccedilatildeo

READMISSOtildeES EM 30 DIAS 333 com hospitalistas vs 581 com meacutedicos cliacutenicos no modelo tradicional

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

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| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

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C

M

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CM

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CY

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| Melh res Praacuteticas62 Melh res Praacuteticas | 63

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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A L+M estaacute com vocecirc na sua jornada do design a operaccedilatildeo

ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 22: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas42 Melh res Praacuteticas | 43

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

N o modelo assistencial adotado pela Rede DrsquoOr Satildeo Luiz satildeo trabalhados os seis pilares de governanccedila cliacutenica efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica auditoria cliacutenica gestatildeo eficiente do risco de

eventos adversos educaccedilatildeo e treinamento de profissionais praacutetica baseada em evidecircncia e fomento agrave pesquisa cliacutenica e por uacuteltimo transparecircncia nos processos e relaccedilotildees interpessoais O objetivo eacute incentivar as unidades a melhorarem continuamente a qualidade dos seus serviccedilos e garantir elevados padrotildees de atendimento num ambiente de excelecircncia dos cuidados cliacutenicos

Buscando a efetividade da intervenccedilatildeo cliacutenica satildeo realizadas reuniotildees mensais de Praacuteticas Assistenciais entre todas as unidades com o objetivo de compartilhar diretrizes e padrotildees para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das melhores praacuteticas

Satildeo adotados Protocolos Cliacutenicos Gerenciados que satildeo implementados com o intuito de padronizar criteacuterios miacutenimos de atendimento sempre adotando as melhores evidecircncias A meta eacute incentivar o pensamento criacutetico

sobre o trabalho desenvolvido buscando os melhores resultados e a seguranccedila assistencial Acreditamos que um grande benefiacutecio de trabalharmos em rede eacute a possibilidade do compartilhamento de boas praacuteticas

O Protocolo de Sepse eacute um dos exemplos de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado Com a colaboraccedilatildeo de especialistas de equipe multidisciplinar da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz foram elaborados criteacuterios miacutenimos para diagnoacutestico precoce e a padronizaccedilatildeo de medidas terapecircuticas iniciais para o manejo da sepse Esse protocolo tem seu desempenho monitorado sendo um dos indicadores de qualidade teacutecnica (IQT) avaliados pela alta lideranccedila

Atualmente a sepse eacute a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia superando o infarto do miocaacuterdio e o cacircncer Tem alta mortalidade no paiacutes chegando a 65 dos casos enquanto a meacutedia mundial estaacute em torno de 30-40 Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress a mortalidade da sepse no Brasil eacute maior que a de paiacuteses como Iacutendia e Argentina

Angela Zerbielli ndash Enfermeira gerente de Qualidade Regional SPMarcelo Maia ndash Meacutedico coordenador do CTI do Hospital Santa Luzia da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Regional DF coordenador regional da PG da AMIB do DF e membro da Cacircmara Teacutecnica de Medicina Intensiva do CRM DF

ATUALIZANDO O PROTOCOLO DE SEPSE

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Realizaccedilatildeo Miacutedia apoiadora

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| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 45

Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

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Melh res Praacuteticas | 47

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

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Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| Melh res Praacuteticas62 Melh res Praacuteticas | 63

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

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2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 23: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas44

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 45

Devido agrave exclusatildeo da SIRS foi necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de escores e criteacuterios O Sequential [Sepsis-related] Organ Failure Assessment (SOFA) foi o escore escolhido poreacutem adaptado agrave emergecircncia com um novo modelo baseado na anaacutelise multivariada da amostra ndash utilizando regressatildeo logiacutestica O quick SOFA (quick sepsis-related organ failure assesment) como foi denominado tem em sua pontuaccedilatildeo uma variaccedilatildeo de 0-3 pontos com 1 ponto para cada evento quando presente Nele encontram se associados agrave hipotensatildeo sistoacutelica [le100 mm Hg] e taquipneacuteia [ge22 min] ou atividade mental alterada) qSOFA uma pontuaccedilatildeo maior igual a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanecircncia prolongada no CTI

O qSOFA foi proposto com o objetivo de auxiliar na identificaccedilatildeo precoce de pacientes com maior risco de evoluccedilatildeo para sepse por experimentarem pior prognoacutestico fora da unidade de terapia intensiva (UTI) utilizando criteacuterios de identificaccedilatildeo e alerta raacutepidos a serem aplicados em unidades de pronto atendimento e internaccedilatildeo

Como esse novo consenso impacta na nossa praacutetica

Toda mudanccedila gera uma grande mobilizaccedilatildeo e treinamento das equipes para implantaccedilatildeo de um novo modelo O reconhecimento e a identificaccedilatildeo da sepse pelos profissionais na aacuterea de sauacutede ainda ainda satildeo grandes desafiosApesar desse novo modelo estrutural ter sido baseado em um grande banco de dados ainda natildeo possuiacutemos a real dimensatildeo da sua aplicaccedilatildeo na praacutetica cliacutenica diaacuteria

A ideia da forccedila-tarefa era de que o modelo anterior para diagnoacutestico apresentava elevada sensibilidade sem acompanhamento da especificidade e os pacientes eram incluiacutedos nos protocolos de sepse de forma inadvertida sendo que outros natildeo eram incluiacutedos podendo gerar custos e desfechos desfavoraacuteveis

Quais os desafios que teremos para acompanhar essas mudanccedilas

O que mudou nas diretrizes para diagnoacutestico e tratamento da sepse

REFEREcircNCIAS 1 Conselho Federal de Medicina e Instituto Latino -americano para Estudos da Sepse (ILAS) Sepse Um problema de sauacutede puacuteblica Brasiacutelia 2015

2 Mervyn S et al The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (SEPSIS-3) JAMA 2016 315 (8) 801-810

A doenccedila eacute a principal geradora de custos nos setores puacuteblico e privado Isso se deve agrave necessidade de utilizar equipamentos sofisticados medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe meacutedica

Em 2003 aconteceram 398000 casos e 227000 mortes por choque seacuteptico no Brasil com destinaccedilatildeo de cerca de R$ 1734 bilhotildees ao tratamento A importacircncia na implementaccedilatildeo de programas de sepse gerenciados se deve agrave elevada mortalidade em pacientes portadores de sepse grave e choque seacuteptico

Dados norte -amer icanos demonstram que quando o paciente sobrevive o custo hospitalar fica em torno de 20600 doacutelares e quando morre em torno de 25900 doacutelares Num levantamento recente do protocolo gerenciado de sepse no Hospital Santa Luzia Rede DrsquoOr Satildeo LuizBrasiacutelia encontramos custo anual em torno de 15 bilhotildees de reais por ano sendo o custo de pacientes que vatildeo a oacutebito cerca de 57 maior em relaccedilatildeo aos pacientes que sobrevivem

No monitoramento do Protocolo de Sepse na Rede DrsquoOr a efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de 85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo ao ano de 2014

Justifica-se entatildeo a adoccedilatildeo de um Protocolo Cliacutenico Gerenciado em todas as unidades da Rede DrsquoOr Satildeo Luiz Da mesma forma que eacute importante a adoccedilatildeo desses protocolos eacute essencial a atualizaccedilatildeo permanente dos conceitos seguindo evidecircncias cientiacuteficas Assim desde maio de 2016 discutimos nas reuniotildees de Praacuteticas Assistenciais com participaccedilatildeo de todas as unidades a nova diretriz do Protocolo de Sepse publicada em 23022016 no JAMA referenciando o Terceiro Consenso Internacional para Sepse e Choque Seacuteptico Essa nova diretriz do JAMA se baseia em uma revisatildeo extensa da literatura por meio de um banco de dados tambeacutem robusto no qual especialistas recomendam a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave

Buscando auxiliar o entendimento das mudanccedilas propostas nesse novo consenso utilizamos a colaboraccedilatildeo do Dr Marcelo Maia especialista em medicina intensiva pela Associaccedilatildeo de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)

A efetividade na prevenccedilatildeo do oacutebito por sepse no ano de 2015 foi de

85 com uma melhora de 39 em comparaccedilatildeo

ao ano de 2014

PRAacuteTICAS ASSISTENCIAISEditoria Patrocinada

Dr Marcelo Maia como podemos alinhar o conceito de sepse

Antigamente a sepse era conhecida como septicemia ou infecccedilatildeo generalizada A sepse eacute uma inflamaccedilatildeo generalizada do organismo contra uma infecccedilatildeo que pode estar localizada em qualquer oacutergatildeo A sepse pode levar agrave parada de funcionamento de um ou mais oacutergatildeos ou levar agrave morte quando natildeo descoberta e tratada rapidamente

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PRAacuteTICAS ASSISTENCIAIS

Apoacutes publicaccedilatildeo no JAMA denominada SEPSIS-3 em fevereiro deste ano novas definiccedilotildees foram sugeridas e a sepse foi definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo

A construccedilatildeo dessas novas diretrizes foi feita apoacutes uma revisatildeo extensa da literatura baseada num banco de dados tambeacutem robusto Foi criada uma forccedila -tarefa composta por especialistas com a finalidade de redefinir as mudanccedilas nas diretrizes para diagnoacutestico da sepse Em 23 de fevereiro foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) o artigo ldquoAssessment of Clinical Criteria for Sepsis For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)rdquo contendo as novas definiccedilotildees de sepse iniciativa da Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da European Society of Intensive Care Medicine (ESICM)

A forccedila-tarefa recomenda a eliminaccedilatildeo dos termos Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) e Sepse grave A sepse seria definida como ldquodisfunccedilatildeo orgacircnica com risco de morte devido a uma resposta do hospedeiro desregulada agrave infecccedilatildeordquo Em nota a forccedila-tarefa natildeo tentou redefinir a infecccedilatildeo Em vez disso procurou criar recomendaccedilotildees para criteacuterios cliacutenicos que poderiam ser utilizados com a finalidade de identificar sepse entre os pacientes com infecccedilatildeo suspeita ou confirmada Foram analisados os bancos de dados de 12 hospitais da Pensilvacircnia nos EUA Apoacutes realizada confirmaccedilatildeo em milhares de atendimentos em 165 hospitais dos EUA e Alemanha para explorar a validaccedilatildeo o criteacuterio de validade existente assim como os novos criteacuterios associados agrave sepse

Em relaccedilatildeo ao tratamento nada mudou As mudanccedilas estatildeo relacionadas somente aos criteacuterios dos diagnoacutesticos

| Melh res Praacuteticas46

| OPINIAtildeO |

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Anucio Revista Premio Melhores Praticasindd 1 020516 1346

Empresaacuterio com mais de 18 anos de experiecircncia em automaccedilatildeo logiacutestica fundador da Slidelog e Picklog

Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

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SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

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Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

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| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

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| OPINIAtildeO |

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RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

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Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

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ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

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Page 24: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas46

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Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

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| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

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| OPINIAtildeO |

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RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

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ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 25: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

Empresaacuterio com mais de 18 anos de experiecircncia em automaccedilatildeo logiacutestica fundador da Slidelog e Picklog

Cerca de 897 da receita de hospitais privados e filantroacutepicos proveacutem de pacientes com planos de sauacutede O sistema suplementar por sua vez estaacute concentrado (menos 32 em 10 anos) e devido agrave inflaccedilatildeo meacutedica

queda de beneficiaacuterios e novas exigecircncias da ANS apresenta margens cada vez mais reduzidas o que aumenta a pressatildeo que operadoras exercem sobre hospitais

A soluccedilatildeo teraacute de passar pela via de reduccedilatildeo de custos Em um cenaacuterio em que haacute crescentes gastos com a normatizaccedilatildeo de serviccedilos de sauacutede restriccedilotildees e complexidade na busca de reduccedilatildeo de pessoal (implicando frequen-temente investimento em novos processos e tecnologias de suporte operacional) urge encontrar uma estrateacutegia de inovaccedilatildeo para alcanccedilar maior eficiecircncia e rentabilidade

Em 2015 segundo a Associaccedilatildeo Nacional de Hospitais Privados (Anahp) a estrutura logiacutestica e os insumos hospitalares corresponderam

PARCEIROS INSEPARAacuteVEIS

Para prestadores de serviccedilos de sauacutede rentabilidade e

logiacutestica andam juntos

| OPINIAtildeO |

| Melh res Praacuteticas48

Pedro Lopes Ribeiro

juntos a 319 das despesas totais por saiacuteda hospitalar (ver tabela) atraacutes apenas dos gastos com contrataccedilatildeo direta de pessoal Natildeo se pode discutir portanto a eficiecircncia e rentabilidade dos hospitais sem um olhar atento para a gestatildeo logiacutestica de toda a cadeia de suprimentos desde a chegada de um produto ao centro de distribuiccedilatildeo ateacute seu destino final seja o leito do paciente ou o retorno do produto ao estoque

Essa discussatildeo passa natildeo apenas por conhecer as exigecircncias de mercado e ampliar aacutereas de negoacutecio mas principalmente por implementar planos de maximizaccedilatildeo da eficiecircncia reduzir niacuteveis de estoque e dominar a operacionalizaccedilatildeo de at ivida-des conhecendo em detalhes seus custos e identif icando desperdiacutecios ndash considerado um dos maiores proble- mas do setor

REFEREcircNCIAS 1 Observatoacuterio da ANAHP de 2016 2 Asta D D amp Barbosa A P (2014) ldquoModelo Conceitual de Mensuraccedilatildeo de Desperdiacutecios em Hospitais Privadosrdquo Revista de Gestatildeo em Sistemas de Sauacutede 3(1) 40-56 Retirado de httpgooglDA3AXq

3 Andrade M Reis S Grassia E D A amp Nonato J C C (2012) Logiacutestica em sauacutede especificidades e semelhanccedilas com outros setores Revista Debates GVsauacutede (14) 29-34

Melh res Praacuteticas | 49

Para ter uma ideia do impacto no controle de custos e no consequente resultado de um hospital pesquisadores constataram que de 20 a 30 dos serviccedilos e produtos hospita-lares satildeo penalizados por desperdiacutecios e sua eliminaccedilatildeo natildeo afetaria a qualidade dos serviccedilos prestados Satildeo como pequenas goteiras que precisam ser identificadas e eliminadas Na praacutetica e a tiacutetulo de exemplo o gestor pode se perguntar qual o potencial de reduccedilatildeo de compras emergenciais O que se poderia fazer com os milhotildees de reais desperdiccedilados com estoque excedente ou vencido Minha instituiccedilatildeo sabe com acuraacutecia qual o tempo de execuccedilatildeo de muacuteltiplas tarefas e qual o necessaacuterio grau de especializaccedilatildeo de quem as executa

EVOLUCcedilAtildeO DA RECEITA LIacuteQUIDA E DESPESAS TOTAIS DOS ASSOCIADOS DA ANAHP1 Valores nominais em Bilhotildees de Reais

EVOLUCcedilAtildeO DA DESPESA DOS ASSOCIADOS DA ANAPH1

Diante de um mercado com margens de re-muneraccedilatildeo cada vez mais estreitas soacute estaratildeo preparados os que conhecerem em detalhes as ineficiecircncias de suas proacuteprias instituiccedilotildees e natildeo adiarem a tomada de decisotildees cruciais como a implementaccedilatildeo de sistemas integrados de informaccedilatildeo revisatildeo dos seus processos logiacutesticos alteraccedilatildeo dos meacutetodos de custeio implementaccedilatildeo de indicadores de desempenho interdisciplinares ou de certificaccedilatildeo

Em outras palavras a competitividade termina por selecionar naturalmente as organizaccedilotildees que para aleacutem da qualidade assistencial ho-telaria e conforto prestados aos seus clientes conseguem reconhecer que a logiacutestica eacute um ldquosegredo escondidordquo que lhes pode oferecer ganhos muito significativos em mateacuteria de melhoria de desempenho financeiro

LEIA NA PROacuteXIMA EDICcedilAtildeO Indicadores de desempenho logiacutestico para suporte agrave tomada de decisatildeo

TIPOS DE DESPESAS 2014 2015 VA R I A Ccedil Atilde O 2015 2014 2015

DESPESA TOTAL POR SAIacuteDA HOSPITALAR 17832 18979 64 COMPOSICcedilAtildeO

PESSOAL ndash CONTRATACcedilAtildeO DIRETA 7405 8030 84 415 423

CONTRATOS COM TERCEIROS TEacuteCNICO E OPERACIONAL

2311 2252 -26 130 119

APOIO E LOGIacuteSTICA 1200 1293 78 67 68

INSUMOS HOSPITALARES 4887 4770 -24 274 251

MEDICAMENTOS 1836 1916 44 103 101

OPME MATERIAIS ESPECIAIS 1101 992 -99 62 52

GASES MEDICINAIS 27 29 52 02 02

OUTROS INSUMOS 536 574 71 30 30

MANUTENCcedilAtildeO E ASSISTEcircNCIA TEacuteCNICA 377 366 -30 21 19

AacuteGUA ENERGIA ELEacuteTRICA E DEMAIS PRECcedilOS ADMINISTRADOS PELO GOVERNO

304 403 324 17 21

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

OUTRAS (ENCARGOS FINANCEIROS + DEPRECIACcedilAtildeO)

784 1263 610 44 67

Receita liacutequida total Despesas Totais

850

54

96

2014 2014

895

2015 2015

710779

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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BR_Adaptacion_business_salud_2pdf 1 7516 348 PM

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

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| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

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| OPINIAtildeO |

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RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

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Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

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ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 26: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas50 Melh res Praacuteticas | 51

| LOGIacuteSTICA |

NO RASTRO DO REMEacuteDIORastreabilidade eacute a grande aposta para impedir fraudes e diminuir os prejuiacutezos financeiros e assistenciais na aacuterea da sauacutede

O Grupo de Atuaccedilatildeo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu uma quadrilha no municiacutepio de Bauru em SP suspeita de desviar medicamentos para tratamento de cacircncer e posteriormente participar de licitaccedilotildees para vender o

produto Essa operaccedilatildeo foi realizada em maio de 2016 em conjunto com a Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (Anvisa) e a Poliacutecia Militar

Na ocasiatildeo foram apreendidos R$ 4 milhotildees em medicamentos a maioria de uso exclusivo em hospitais

Essa eacute soacute a ponta do iceberg De acordo com infor-maccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede soacute em 2008 a Anvisa apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos sem registro seja contrabandeado ou falsificado

Para combater esse tipo de crime que prejudica toda a cadeia de suprimentos o Governo Federal publicou em 2009 a Lei 11903 que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) Dentro da lei estaacute prevista a implantaccedilatildeo de um sistema de rastreabilidade que visa rastrear cada medicamento de um lote de forma individual da origem (faacutebrica) ateacute o consumidor final (beira do leito ou comeacutercio varejista)

ldquoDentro do escopo da Lei cabe agrave Anvisa regulamentar o funcionamento do SNCM bem como viabilizar mecanismos que possibilitem aos vaacuterios atores da cadeia logiacutestica de medicamentos prestar informaccedilotildees sobre as transaccedilotildees (saiacutedaentrada) de todos os produtos garantindo a seguranccedila dos dadosrdquo explica Jarbas Barbosa diretor-presidente da agecircncia

Para Mathieu Aman liacuteder global de Gestatildeo Logiacutestica e Compliance de empresa farmacecircutica um sistema de rastreabilidade eacute uma maneira de colocar mais informaccedilatildeo e inteligecircncia em uma embalagem ou pacote trazendo tecnologia para melhorar o sistema de sauacutede aos pacientes e profissionais ldquotendo a certeza de que o produto correto chegue ao paciente correto e dessa maneira evitan-do eventos adversos com doses erradas ou produtos que jaacute perde-ram a validade Basta um simples escanea-mento do produto e evitamos issordquo disse durante o Seminaacuterio de Tecnologia para Rastreabilidade de Medicamentos rea-lizado em junho no Instituto de Radiologia d o H o s p i t a l d a s Cliacutenicas de Satildeo Paulo

Apesar dos benefiacutecios citados estaacute em discussatildeo no Congresso Nacional um projeto de lei que altera a proposta original de 2009 no que diz respeito ao prazo que previa a implantaccedilatildeo completa do sistema de rastreabilidade ateacute o final de 2016

Principais medidas do PL 40692015 que altera a lei de 2009 bull Possibilidade de definir categorias de medicamentos que estaratildeo sujeitas ao SNCM

bull Organizaccedilatildeo de informaccedilotildees miacutenimas para identificaccedilatildeo individual do medicamento

bull A decisatildeo de que o banco de dados seraacute centralizado e fica sob gestatildeo do governo

bull Proposta de etapas de implantaccedilatildeo do SNCM

A nova previsatildeo para que o sistema esteja em

funcionamento no Brasil eacute para o ano de 2021 (prazo

natildeo confirmado pela Anvisa) 39 bilhotildees de embalagens

seratildeo impactadas pela nova regra

Caso praacuteticoIndiferente aos conflitos poliacuteticos que surgem com um projeto dessa complexidade o Hospital das Cliacutenicas (HC) desenvolveu um projeto-piloto em conjunto com o GAESI-USP (Gestatildeo em Automaccedilatildeo e TI) com o objetivo de verificar a eficiecircncia de um sistema de rastreabilidade

ldquoNo comeccedilo a ideia era checar se o que constava na Lei correspon-dia com a praacutetica do dia a dia e o HC queria testar esse modelo A gente precisava ver como tudo iria funcionar quais seriam os gargalos as perdas como solu-cionaacute-los e os ganhos que esse sistema proporcionaria agrave cadeiardquo conta Marco Bego diretor de Infraestrutura e Logiacutestica do HC

A partir daiacute o Centro de Inovaccedilatildeo do HC implementou o projeto-piloto junto com uma empresa fornecedora de medicamentos que se colocou agrave disposiccedilatildeo para representar a induacutestria farmacecircutica no processo jaacute que a rastreabilidade jaacute comeccedila dentro da linha de produccedilatildeo

ldquoEm todas essas etapas foi si-mulada a rastreabilidade e quais eram as informaccedilotildees necessaacuterias em cada fase do processo Foi um trabalho de desenvolvimento com sete meses de duraccedilatildeo A ideia agora eacute ampliar o escopo do projeto-piloto com o envolvi-mento de mais instituiccedilotildees com mais laboratoacuterios e hospitais para identificarmos onde estatildeo os problemas e propormos so-luccedilotildees para tornar o processo factiacutevel para todos dentro da cadeiardquo diz Bego

A Anvisa apoia a mudanccedila no prazo enquanto algumas organi-zaccedilotildees satildeo radicalmente contra como a Associaccedilatildeo da Induacutestria Fa r m a c ecirc ut i c a d e Pe s qu i s a (Interfarma) ldquoEstamos haacute 12 ou 14 anos do iniacutecio dessa discussatildeo Haacute uma lei determinando mas ela natildeo estaacute sendo cumprida Portanto a posiccedilatildeo da Interfarma desde o iniacutecio eacute defender que a rastreabi-lidade tenha definidas as condiccedilotildees que ainda faltam e comece a ser implementada com urgecircncia no Brasilrdquo rebate Antocircnio Britto presidente-executivo da associaccedilatildeo

A posiccedilatildeo da Interfarma eacute

defender que a rastreabilidade tenha definidas as condiccedilotildees que

ainda faltam e comece a ser implementada imediatamente

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

wwwunihealthcombr unihealthlog unihealthlog unihealthlogisticahospitalar

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Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

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| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

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2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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bem-estar de pacientes acompanhantes meacutedicos e colaboradores

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vida mais saudaacutevel

Page 27: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas52 Melh res Praacuteticas | 53

Serializaccedilatildeo e datamatrix

A tecnologia eacute a grande aliada dentro

da criaccedilatildeo de um sistema de ras-

treabilidade Duas tecnologias satildeo

fundamentais para que esse controle

seja eficaz a serializaccedilatildeo e o coacutedigo

de barras bidimensional (datamatrix)

A serializaccedilatildeo permite a marcaccedilatildeo

individual do medicamento tornando-o

uacutenico dentro do lote evitando assim

fraudes no processo de logiacutestica dos

produtos e sendo possiacutevel mapear

o medicamento desde a sua origem

ateacute o destino final Isso impossibilita

qualquer tipo de fraude ou desvio

desde que haja fiscalizaccedilatildeo

De acordo com o diretor foi montada uma estrutura de software com a utilizaccedilatildeo de ferramentas para diagnosticar quais seriam as perdas e ganhos de produtividade nas vaacuterias etapas do processo ldquoEm determinado momento eu recebia produto serializado e produto natildeo serializado isso gerava problemas que ateacute entatildeo natildeo haviacuteamos pensadordquo conta

ldquoO ganho principal desse sistema eacute agregar mais qualidade e se-guranccedila ao consumidor mas tambeacutem possibilitar garantias ao setor regulado e ao sistema de sauacutede uma vez que as informaccedilotildees geradas pelos elos da cadeia vatildeo permitir que se conheccedila sobre mercadorias oriundas de roubos circulaccedilatildeo de medicamentos natildeo registrados medicamentos falsificados com data de validade vencida ou com falhas de fabricaccedilatildeo por exemplordquo afirma Barbosa

Com a Lei de rastreabilidade seraacute possiacutevel os hospitais trocarem informaccedilotildees com a induacutestria de uma forma mais organizada ldquoCom isso no futuro podemos ter ganhos adicionais na parte de logiacutestica A troca de informaccedilotildees teraacute mais credibilidade e seraacute mais raacutepida melhorando o sistema de estocagem e de comunicaccedilatildeordquo finaliza Bego

LEIA TAMBEacuteM EM EDICcedilOtildeES ANTERIORES MP 1 Administraccedilatildeo de Medicamentos ndash

Estudos de caso (Rio de Janeiro e Porto Alegre)

MP 10 Especial Farmaacutecia

MP 16 Gestatildeo de Fornecedores

Com a Lei de rastreabilidade

seraacute possiacutevel os hospitais

trocarem informaccedilotildees

com a induacutestria de uma forma

mais organizada

EFICIEcircNCIA E RESULTADOS PARA O SEU HOSPITALEconomia controle de estoque provisionamento correto de compras e reposiccedilatildeo de insumos e medicamentos aleacutem de mais

seguranccedila para gestores e pacientes satildeo alguns dos benefiacutecios com o investimento em uma logiacutestica hospitalar de qualidade

Insumos e medicamentos etiquetados com coacutedigos de barras data matrix tornam o atendimento ao paciente mais

aacutegil e seguro por meio da reduccedilatildeo de erros de prescriccedilatildeo e eventos adversos na leitura agrave beira do leito

Medicamentos fracionados na sua unidade miacutenima de consumo etiquetados com coacutedigos de barras datamatrix

garantem a rastreabilidade de cada item ateacute chegar ao paciente

Organizaccedilatildeo e rastreamento dos insumos reduzem os gastos com estoques em 40 e as perdas de materiais em

mais de 30

UniHealth Logiacutestica HospitalarInteligecircncia agrave serviccedilo da excelecircncia

Para todas as necessidades e todos os desafios noacutes temos sempre uma soluccedilatildeo

TransparecircnciaReduccedilatildeo de

recursos humanos

Planejamento

de compras

Processos prontos

para acreditaccedilatildeo

Melhores praacuteticas e

tecnologias de ponta

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C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Revistapdf 1 070716 1747

| LOGIacuteSTICA |

| Melh res Praacuteticas54 Melh res Praacuteticas | 55

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

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NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

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| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

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| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

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| OPINIAtildeO |

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RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

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Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

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Page 28: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

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| ARQUITETURA HOSPITALAR |

MELHOR PROJETO MENOR CUSTO

No setor de sauacutede cuja ad-ministraccedilatildeo requer altos niacuteveis de eficiecircncia estaacute cada vez mais claro que os hospitais inteligentes satildeo aqueles que subs-

tituem os ldquopuxadinhosrdquo por um modelo planejado de construccedilatildeo capaz de aliar a economia de re-cursos e do tempo dos funcionaacute-rios com uma visatildeo para o futuro A arquitetura eacute hoje o maior ativo imobilizado dos hospitais Alguns centros de sauacutede possuem orccedilamento de cerca de R$ 100 milhotildeesano para obras de expansatildeo e melhorias de suas instalaccedilotildees E os especialistas da aacuterea garantem o uso correto desse orccedilamento faz a diferenccedila para o dia a dia do negoacutecio e inclusive para o atendimento dos pacien-tes ldquoHospitais inovadores buscam um plano diretor de longo prazo para sua estrutura fiacutesicardquo confirma

Arthur Brito diretor-executivo de design e arquitetura da Kahn do Brasil empresa especializada em projetos hospitalares e para sauacutede Por plano diretor entende-se um escopo de trabalho que abrange cerca de 10 anos incluindo constru-ccedilotildees e reformas Fato eacute que inde-pendentemente do projeto os hospi-tais seratildeo sempre obras inacabadas jaacute que seus desenhos tendem a mudar para suprir o desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina Brito destaca que quando natildeo haacute planejamento adequado o hos-pital vira um conjunto de obras desconexas sem sentido para a eficiecircncia da empresa ldquoNesses casos as novas instalaccedilotildees e as mudanccedilas ocorrem onde daacute Natildeo eacute pouco comum ver a UTI preacute-natal ser instalada longe do centro obsteacutetrico Algo que natildeo faz sentidordquo

Plano diretor detalhado projetos flexiacuteveis e uso da tecnologia satildeo aliados

no aprimoramento dos serviccedilos e reduccedilatildeo dos gastos dos hospitais com constantes obras

Raquel Gondim

Os hospitais seratildeo sempre obras inaca-badas Seu desenho

mudam para suprir o

desgaste do tempo e as evoluccedilotildees da proacutepria medicina

DiagnoacutesticoO processo de colocar no papel o futuro desenho de um hospital comeccedila com um diagnoacutestico do estabelecimento como funciona gargalos do atendimento dificuldades de fluxo etc Eacute a partir desse trabalho inicial que os profissionais especializados conseguem definir uma logiacutestica mais eficiente e tambeacutem econocircmica para o centro de sauacutede Brito diz que nessa etapa todos os detalhes satildeo analisados ldquoO processo de limpeza dos ambientes eacute um exemplo Dependendo do desenho do fluxo esses funcionaacuterios conseguem liberar as salas de cirurgia mais rapidamente para novos procedimentosrdquo destaca

Para aprimorar o processo as empresas especializadas trabalham com modelos de simulaccedilatildeo A principal ferramenta nesse caso satildeo softwares que consideram variaacuteveis e diferentes cenaacuterios A tecnologia consegue simular entre outros o fluxo da aacuterea de emergecircncia e assim apresentar sugestotildees de alteraccedilotildees no modelo de atendimento

O administrador do Johns Hopkins Department of Emergency Medicine localizado na cidade norte-americana de Baltimore James Scheulen concorda que as simulaccedilotildees datildeo as respostas corretas para o desenvolvimento de um setor de emergecircncia ldquoO f luxo de trabalho tem que projetar para frente existem modelos matemaacuteticos para isso comparando com o benchmarking da induacutestriardquo explica ldquoOs modelos natildeo consideram a demanda meacutedia mas os picos porque o dia meacutedio natildeo importa vocecirc tem que estar preparado para chegar ao picordquo reforccedila acrescentando que ao dimensionar o centro de emergecircncia o hospital consegue melhorar seus processos aleacutem de estimar o nuacutemero de leitos de internaccedilatildeo de acordo com sua demanda Como resultado eacute possiacutevel cortar custos tiacutepicos de centros superdimensionados

Expansatildeo Haacute 40 anos fazendo projetos e gerenciamento de obras na aacuterea da sauacutede Salim Lamha Neto um dos soacutecios fundadores da MHA Engenharia diz que um dos principais fundamentos dos projetos hospitalares eacute a expansibilidade Isso porque a contiacutenua evoluccedilatildeo da medicina exige novos padrotildees e procedimentos entatildeo a obra jaacute precisa ser desenhada para ser alterada e expandida

Lamha Neto lembra que no passado as cirur-gias de modo geral eram complexas e exigiam grandes periacuteodos de internaccedilatildeo Hoje o cenaacuterio eacute diferente com cirurgias menos invasivas que demandam tempo reduzido do paciente no hospital ldquoPor outro lado o setor de diagnoacutesticos cresceu muito Ou seja o projetista tem que dar menos importacircncia para os quartos e mais para as salas de examesrdquo salienta

O especialista cita ainda a importacircncia da aces-sibilidade do edifiacutecio ldquoE natildeo falo somente de acessibilidade fiacutesica para cadeirantes por exemplo mas de acessibilidade agrave proacutepria infraestrutura Com a construccedilatildeo correta eu consigo alterar aacutereas complexas do hospital sem interromper seu funcionamentordquo

Iside Falzetta que trabalhou por mais de 20 anos na L+M (companhia especializada em arquitetura e administraccedilatildeo hospitalar) enfatiza que no caso dos hospitais cada metro quadrado mal levantado traraacute como consequecircncia o mau uso do espaccedilo durante anos E projetos mal elaborados podem se traduzir em alta demanda de investimentos desnecessaacuterios ldquoSe natildeo houver cuidado com a ensolaccedilatildeo os gastos com ar-condicionado seratildeo enormes Eacute preciso priorizar ainda o melhor uso da iluminaccedilatildeo natural e a fuga dos focos de barulho O arquiteto que estaacute lidando com a aacuterea de sauacutede precisa estar atento para todos os detalhesrdquo diz

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| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

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NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

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| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

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2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 29: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas56 Melh res Praacuteticas | 57

| ARQUITETURA HOSPITALAR |

TendecircnciasDe fato naccedilotildees mais desenvolvidas que o Brasil tecircm revelado o uso de novas tecnologias e tendecircncias na aacuterea d sauacutede o que varia muito dependendo da realidade local Iside cita o exemplo do Japatildeo Alemanha Inglaterra e Estados Unidos na busca por maior autonomia para os idosos

Jaacute Arthur Brito lembra o caso do Obamacare reforma do governo Barack Obama com o objetivo de democratizar o acesso dos norte-americanos aos planos de sauacutede Laacute ldquoeles querem saber como atender a populaccedilatildeo a menores custos e muitos hospitais estatildeo usando a arquitetura para catalisar isso Satildeo experiecircncias fantaacutesticasrdquo

Outros paiacuteses como a Holanda jaacute tecircm tra-balhado com um sistema de remuneraccedilatildeo em sauacutede em que ateacute mesmo a depreciaccedilatildeo do bem eacute remunerada Brito fez uma conta de quanto custaria no Brasil a depreciaccedilatildeo de uma sala de cirurgia considerando um espaccedilo ocupado de entre 150 a 200 metros quadrados e um custo de construccedilatildeo entre R$ 6 mil a R$ 10 mil por metro quadrado ldquoSe essa sala fizer mil cirurgias por ano sem contar o custo financeiro teriacuteamos que cobrar R$ 200 a mais por caso ciruacutergico para repor esse ativordquo calcula ldquoIsso tem que ser debatido no Brasilrdquo conclui

ProjetosQuestionada sobre construccedilotildees com alto niacutevel de detalhamento Iside cita um dos projetos de-senvolvidos pela L+M no Paraacute Na reforma de um hospital o peacute-direito foi pensado para favorecer a ventilaccedilatildeo natural assim como o posicionamento do edifiacutecio que auxilia o uso da luz do sol As chuvas tambeacutem foram estudadas para definiccedilatildeo de estruturas como o telhado

Outro exemplo de projeto bem--sucedido dessa vez citado por Arthur Brito eacute o do Albert Einstein em Satildeo Paulo A Kahn do Brasil trabalhou no plano diretor do hospital abrangendo o periacuteodo de 2003 a 2013 com foco no aprimoramento da experiecircncia do paciente Ele explica que no primeiro plano diretor ndash jaacute haacute um novo para o intervalo de 2015 a 2025 ndash foi preciso levar em conta uma mudanccedila no perfil de atendi-mento do Einstein Antes muito focado em internaccedilatildeo o hospital teve uma grande expansatildeo do setor ambulatorial o que exigiu transformaccedilotildees ldquoO paciente que ia fazer um exame cruzava com o que estava internado e as filas de atendimento eram as mesmasrdquo lembra Hoje esses pacientes circulam em ambientes diferentes o que gera uma melhor receptividade e aten-dimento mais aacutegil sobretudo do ambulatoacuterio

Para complementar a setori-zaccedilatildeo que eacute uma tendecircncia os hospitais mais modernos lanccedilam matildeo de recursos tecnoloacutegicos para fazer a integraccedilatildeo entre seus vaacuterios processos Os pron-tuaacuterios eletrocircnicos por exemplo permitem o acompanhamento

completo do histoacuterico do paciente com menos deslocamento fiacutesico

A tecnologia teve peso decisi-vo no processo de expansatildeo do Siacuterio-Libanecircs em Satildeo Paulo Lamha Neto da MHA lembra que naquela eacutepoca a Usina de Itaipu entrou em operaccedilatildeo e houve incentivo grande do Governo para as caldeiras a oacuteleo serem substituiacutedas pela energia eleacutetrica Poreacutem o edifiacutecio entrou efeti-vamente em operaccedilatildeo 15 anos apoacutes ser projetado em 1980 e o incentivo para o uso da energia eleacutetrica jaacute tinha terminado Ainda assim o executivo se recorda que graccedilas agraves premissas do projeto todo o conceito do hospital pocircde ser redefinido para adequaacute-lo aos novos tempos o que possibilitou inclusive uma reduccedilatildeo dos custos

Poreacutem nem sempre a tecno-logia surpreende e evolui na velo-cidade imagina-da Iside Falzetta lembra que na deacutecada de 1970 d iz ia - se que em um futuro proacuteximo o abas-tecimento dos hospitais seria feito por robocircs ldquoE ateacute hoje natildeo temos i s sordquo brinca ldquoHoje vocecirc consegue fazer check-in pelo computador para pegar um voo mas natildeo para se internar Existe esse gap mas outros paiacuteses jaacute estatildeo olhando para issordquo afirma

Outros paiacuteses jaacute tecircm trabalhado

com um sistema de

remuneraccedilatildeo em que ateacute mesmo a

depreciaccedilatildeo do bem eacute

remunerada

DESENHANDO COM O CLIENTE Uma tendecircncia que vem sendo trabalhada pelos principais hospitais do mundo eacute o projeto de arquitetura desenvolvido a partir do olhar do colaborador e o envolvimento do cliente final

A metodologia recebe o nome de cocriaccedilatildeo e pode incluir workshops entrevistas e pesquisas de campo com o paciente e seus familiares aleacutem dos gestores de diferentes aacutereas do hospital O objetivo do arquiteto eacute fazer o projeto de acordo com as necessidades que foram identificadas pelos usuaacuterios seja o profissional ou o consumidor em consonacircncia com o que foi exigido pela diretoria do hospital

ldquoO projeto arquitetocircnico ganha valor a partir do momento em que as propostas de melhoria faccedilam sentido para os profissionais da ponta e gerem impacto para o cuidado ao pacienterdquo diz Iside Falzetta soacutecia-fundadora da INOAH empresa que aposta na cocriaccedilatildeo como diferencial competitivo

ldquoNa metodologia que vamos estruturar e aplicar eacute importante criar novos modelos e testaacute-los seja atraveacutes de simulaccedilotildees modelagens 3D ou animaccedilotildeesrdquo completa Sueli Nogueira tambeacutem soacutecia-fundadora da INOAH

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

C

M

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CM

MY

CY

CMY

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BR_Adaptacion_business_salud_2pdf 1 7516 348 PM

| Melh res Praacuteticas62 Melh res Praacuteticas | 63

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

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Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 30: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas58 Melh res Praacuteticas | 59

NAtildeO Eacute MAIS SONHO OU UTOPIA

Eacute REALIDADEA era da informaccedilatildeo chegou agrave sauacutede Vocecirc estaacute preparado para as mudanccedilas que ela vai

provocar no sistema de sauacutede

No mecircs de maio durante a Hospitalar Feira+Foacuterum aconteceu o ldquoFoacuterum Internacional eHealth Scenarios trends and investmentsrdquo criado e promovido pela UBM Brazil Foram quatro dias de palestras e debates com 14 palestrantes

internacionais e 28 nacionais

Em um evento completo sobre tecnologia na aacuterea da sauacutede o Foacuterum mostrou aos participantes e convidados que a sauacutede digital chegou e veio com forccedila para mudar todo um sistema de atendimento

baseado no ldquocorpo a corpordquo para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pa-cientes e ajudam o meacutedico a tomar as suas decisotildees

O Foacuterum foi dividido em quatro grandes temas Soluccedilotildees inovadoras para a cadeia de hospitais Venture Capital Demandas e oportunidades em Telessauacutede e Consumerizaccedilatildeo do cuidado em sauacutede A Revista Melhores Praacuteticas uma das miacutedias apoiadoras relacionou as principais tendecircncias discutidas no encontro sobre o que estaacute acontecendo no mundo Acompanhe

1 | TelessauacutedeO monitoramento remoto de pa-cientes crocircnicos ou com doenccedilas cardiovasculares jaacute eacute uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo Justus Wolff especialista em projetos de eHealth na Alemanha Reino Unido e Ameacuterica Latina apresentou cases de empresas que jaacute prestam o serviccedilo de forma global ou seja possuem sua base de negoacutecios e operacional em um paiacutes mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades

O serviccedilo consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitora-mento (com alarmes) e orientaccedilatildeo de um profissional de sauacutede via telefone chat ou videoconferecircncia Em casos de emergecircncia um meacutedico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor soluccedilatildeo para o atendimento imediato

Outro diferencial satildeo serviccedilos perso-nalizados para pacientes que fizeram implantes cardiacuteacos com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota

Todos os dados do paciente resultados de exames consultas meacutedicas (virtuais ou presenciais) alteraccedilotildees dos sinais vitais atendimentos de emergecircncia prescriccedilotildees etc satildeo armazenados em um eHealth Center que eacute responsaacutevel por entregar as informaccedilotildees de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente meacutedico enfermeiro operadora gestor)

2 | Comunicaccedilatildeo entre a equipeEssa eacute uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo A ideia central eacute otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicaccedilatildeo aleacutem de tornaacute-la raacutepida e eficiente Objetivos

bull Reduzir o tempo para identificar e encontrar o meacutedico do paciente

bull Reduzir o tempo para obter as in-formaccedilotildees necessaacuterias do paciente entre a equipe multidisciplinar

bull Reduzir a readmissatildeo devido agrave falta de comunicaccedilatildeo entre os meacutedicos

bull Compartilhamento do cuidado

Qi Li diretor de Inovaccedilatildeo de empresa especia-lizada no setor apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvacircnia no qual a equipe conseguiu ganhar ateacute 90 minutos por dia com a utilizaccedilatildeo do aplicativo para se comunicar entre si

O app Cureatrtrade utilizado nesse projeto piloto foi desenvolvido para compartilhar informaccedilotildees em tempo real como textos e fotos enviar mensagens instantacircneas com a opccedilatildeo de modo urgente fazer a transiccedilatildeo do cuidado de forma digital programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapecircutico

Os meacutedicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles trocando experiecircncias e compartilhando as melhores praacuteticas baseadas em evidecircncias e resultados da assistecircncia E os meacutedicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o meacutedico hospitalista ou com o meacutedico cliacutenico do paciente

| SAUacuteDE DIGITAL |

Felipe Ceacutesar

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

C

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BR_Adaptacion_business_salud_2pdf 1 7516 348 PM

| Melh res Praacuteticas62 Melh res Praacuteticas | 63

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

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2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 31: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas60 Melh res Praacuteticas | 61

| SAUacuteDE DIGITAL |

SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare publicado na ediccedilatildeo 18 da Revista Melhores Praacuteticas

3 | AutocuidadoSensores dispositivos meacutedicos e aplica-tivos estatildeo cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educaccedilatildeo em sauacutede Essa tendecircncia soacute cresce e apps para os segmentos de sauacutede e bem-estar e adesatildeo ao tratamento medicamentoso ganham espaccedilo entre os consumidores

Foram apresentados durante o Foacuterum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exerciacutecios de se alimentar no horaacuterio correto de tomar o remeacutedio mas a forma de ldquoavisarrdquo o consumidor eacute o que chamou a atenccedilatildeo da plateia presente no evento Haacute desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicaccedilatildeo e que permitem receber a prescriccedilatildeo meacutedica no proacuteprio aplicativo outros que oferecem recompensas caso o indiviacuteduo cumpra os exerciacutecios nos horaacuterios e dias corretos e ateacute modelos que datildeo um leve choque para lembrar o usuaacuterio de fazer sua corrida diaacuteria

4 | IOT e as transformaccedilotildees que ela proporcionaA internet das coisas (IOT) vem causando uma revoluccedilatildeo tecnoloacutegica no modo de vida da sociedade moderna e na aacuterea da sauacutede vem transformando a relaccedilatildeo meacutedico-paciente

Faacutebio Scopeta liacuteder do Centro de Competecircncia da IBM para aacuterea da sauacutede na Ameacuterica Latina apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando meacutedicos a tomarem impor-tantes decisotildees no tratamento oncoloacutegico de pacientes

O IBM Watson eacute um sistema baseado na computaccedilatildeo cognitiva De forma resumida ele possui um enorme banco de dados e dessas informaccedilotildees ele fornece aos meacutedicos opccedilotildees de protocolos e tratamento baseado em evidecircncias com cases de outras instituiccedilotildees publicaccedilotildees cientiacutef icas e experiecircncias de outros meacutedicos indicando a opccedilatildeo terapecircutica para cada tratamento Trata-se da maacutequina interagindo com o meacutedico e o ajudando a tomar uma decisatildeo

Hospitais dos EUA jaacute trabalham com o Watson na linha oncoloacutegica o MD Anderson em Houston no Texas e o Memorial Sloan-Kettering em Nova York

Em outra linha de atuaccedilatildeo o Watson analisa vaacuterias fontes de informaccedilotildees como redes sociais pesquisas linhas de tratamento etc com o objetivo de ldquoaprenderrdquo sobre o paciente sua perso-nalidade e doenccedila Essas informaccedilotildees satildeo reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de sauacutede do hospital e com isso a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente

C

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BR_Adaptacion_business_salud_2pdf 1 7516 348 PM

| Melh res Praacuteticas62 Melh res Praacuteticas | 63

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

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2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 32: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas62 Melh res Praacuteticas | 63

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para que um hospital

se torne 100 digital ele deve estar de acordo

com os oito estaacutegios evolutivos

do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS

Caso praacutetico 1 HOSPITAL lsquoNASCErsquo COM CONCEITO PAPERLESS O Hospital Unimed Recife III foi uma das primeiras instituiccedilotildees a obter a certificaccedilatildeo niacutevel 6 da HIMSS no Brasil e um dos poucos a ser construiacutedo jaacute com a estrutura 100 digital A unidade jaacute trabalha para conquistar o niacutevel 7 da certificaccedilatildeo e caso consiga seraacute a pri-meira da Ameacuterica Latina a ter esse reconhecimento

Com 202 leitos e atendimento de niacutevel terciaacuterio todos os processos de registro meacutedico satildeo digitais e a integraccedilatildeo entre os diferentes serviccedilos ocorre de forma transparente para o colaborador ou seja pelo pron-tuaacuterio eletrocircni-co do paciente (PEP) eacute possiacutevel acessar exames de imagem labo-ratoacuterio e hemo-componentes em tempo real

ldquoO grande diferencial do PEP estaacute na integraccedilatildeo e no manuseamento das informaccedilotildees de forma inteligente Ele permite ao gestor tomar decisotildees de forma mais raacutepida e os processos satildeo mais eficientesrdquo destaca George Trigueiro Filho gestor hospitalar da instituiccedilatildeo

Para obter a certificaccedilatildeo da HIMSS o gestor conta que foi preciso fazer apenas alguns ajustes jaacute que a instituiccedilatildeo jaacute foi construiacuteda com o conceito paperless (sem papel) ldquoNatildeo preciso ter no hospital um espaccedilo fiacutesico para armazenamento de prontuaacuterio de papel como um SAME por exemplo (Serviccedilo de Arquivo Meacutedico e Estatiacutestica) Isso economiza custo natildeo soacute dessa estrutura como tambeacutem de pessoalrdquo

Aleacutem de ganhar eficiecircncia nos processos de gerenciamento de internaccedilatildeo e do faturamento o PEP possibilita uma verdadeira transformaccedilatildeo na gestatildeo da assistecircncia O suporte agrave decisatildeo

Niacuteveis da certificaccedilatildeo internacional da HIMSS

Benefiacutecio cliacutenico pela TI limitado Nenhum dos sistemas de Serviccedilos de Apoio estaacute instalado (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

Repositoacuterio de Dados Cliacutenicos (CDR) Vocabulaacuterio Meacutedico Controlado Suporte e Decisatildeo Cliacutenica e Interoperabilidade de Informaccedilatildeo (IHE)

Documentaccedilatildeo cliacutenica CDSS (Sistema de Suporte agrave Decisatildeo) com verificaccedilatildeo de erros

Sistema de Entrada de Ordens Meacutedicas (CPOE) suporte agrave decisatildeo cliacutenica fundamentada em protocolos cliacutenicos

Todos os sistemas PACS de Radiologia instalados

Documentaccedilatildeo meacutedica (modelos) sistema de suporte agrave decisatildeo cliacutenica completo circuito fechado de medicaccedilatildeo completo

Hospital Digital Registro Meacutedico Eletrocircnico (EMR) completo sistemas analiacuteticos para melhorar os cuidados com a sauacutede

Fonte HIMSS-AL

Todos os sistemas de Serviccedilos de Apoio estatildeo instalados (Laboratoacuterio Radiologia e Farmaacutecia)

cliacutenica eacute uma das maiores vantagens da ferramenta auxiliando o meacutedico com alertas quando surge um risco no tratamento medi-camentoso ou oferecendo protocolos cliacutenicos para o plano de cuidado

ldquoTem algumas patologias para as quais a equipe meacutedica precisa ter resultados de laboratoacuterio de imagem e de sangue o mais raacutepido possiacutevel para implementar uma linha de cuidado Com o PEP vocecirc abre um novo cenaacuterio com mais agilidade e eficiecircncia tornando a assis-

tecircncia muito mais assertiva com qualidade e seguranccedilardquo explica o diretor meacutedico do Hospital Fernando Cruz

No caso do Unimed Recife haacute cinco protocolos cliacutenicos adotados pela instituiccedilatildeo disponiacuteveis dentro da fer-ramenta protocolo de enfarto do miocaacuterdio de AVC Sepse TEV (tromboembolismo venoso) e PAC (Pneumonia Adquirida na Comunidade) Estaacute sendo implantado tambeacutem o protocolo de insuf iciecircncia cardiacuteaca e outro para fratura do colo de fecircmur

Felipe Ceacutesar

A REVOLUCcedilAtildeO DO HOSPITAL DIGITALEntenda a certificaccedilatildeo HIMSS e acompanhe como dois hospitais partiram de realidades diferentes rumo ao uso do Prontuaacuterio Eletrocircnico do Paciente

Hospitais de todo o mundo vecircm planejando a im-plantaccedilatildeo de tecnolo-gias para melhorar seus processos e dar mais eficaacutecia ao tratamento

meacutedico prestado com reduccedilatildeo de custos e melhoria no atendimento

Para que a estrateacutegia seja conduzida da forma correta as organizaccedilotildees tecircm recorrido ao processo de ava-liaccedilatildeo da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) a principal instituiccedilatildeo de TI na aacuterea da sauacutede A HIMSS eacute uma organizaccedilatildeo global sem fins lucrativos que tem um uacutenico objetivo melhorar a sauacutede por meio da tecnologia

Para que um hospital se torne 100 digital ele deve estar de acordo com os oito estaacutegios evo-lutivos do modelo de prontuaacuterio eletrocircnico da HIMSS o chamado Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) Funciona como uma espeacutecie de acreditaccedilatildeo em TI na sauacutede Haacute uma seacuterie de requisitos que o estabelecimento de sauacutede deve

cumprir em cada estaacutegio para obter a certificaccedilatildeo

ldquoO passo nordm 1 eacute o planejamento em longo prazo natildeo seraacute em dois ou trecircs meses que o hos-pital colocaraacute para rodar um prontuaacuterio eletrocircnico ou um sistema de gestatildeo hospitalar A implantaccedilatildeo pode levar o ano inteirordquo pondera Claacuteudio Giulliano Alves da Costa diretor executivo da Folks eSauacutede Ele explica ainda que a implantaccedilatildeo eacute complexa e a instituiccedilatildeo deve planejar as accedilotildees e observar o funcionamento ldquoA informatizaccedilatildeo deve ser feita com cuidado para entregar os resultados da forma correta e segurardquo

A vantagem do processo de certificaccedilatildeo da HIMSS eacute que o hospital pode se comparar com outras instituiccedilotildees do mundo Para dar o start no processo o hospital precisa saber em qual estaacutegio ele se encontra satildeo oito estaacutegios que vatildeo do 0 ao 7 O estabelecimento de sauacutede precisa responder a um questionaacuterio da HIMSS sobre as tecnologias

utilizadas dessa forma de acordo com o que eacute recomendado em cada estaacutegio eacute definida a classificaccedilatildeo do hospital

Nos casos em que a classificaccedilatildeo atingir os estaacutegios 6 ou 7 entatildeo haacute um processo de validaccedilatildeo pela HIMSS para comprovar que o hospital esteja com todas as tecnologias exigidas e em pleno funcionamento

Haacute duas etapas para essa com-provaccedilatildeo uma eacute a aplicaccedilatildeo de outro questionaacuterio que tem como objetivo verificar a adoccedilatildeo do prontuaacuterio eletrocircnico e seu impacto nas decisotildees cliacutenicas Apoacutes esse processo auditores da HIMSS realizam uma videocon-ferecircncia com a equipe do hospital para tirar duacutevidas e certificar as informaccedilotildees jaacute declaradas nos processos anteriores Caso o hospital avance a proacutexima etapa seraacute com a visita in loco pelos auditores da HIMSS e se forem validadas todas as conformidades e especificaccedilotildees o hospital recebe a certificaccedilatildeo com um relatoacuterio detalhado dos auditores

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 33: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas64 Melh res Praacuteticas | 65

| SAUacuteDE DIGITAL |

Para conquistar o niacutevel 7 Trigueiro Filho explica que estaacute sendo preciso fazer alguns investimentos para cumprir com as exigecircncias da HIMSS A dispensaccedilatildeo de medi-camentos e a leitura de sinais vitais na beira do leito foram alguns dos processos que passaram pela digitalizaccedilatildeo Agora a farmaacutecia cliacutenica recebe a prescriccedilatildeo pelo PEP verifica os alertas que o sistema gera o farmacecircutico avalia esses alertas e tem acesso a todo o plano terapecircutico do meacutedico e pode entatildeo tomar a sua decisatildeo seja liberando a medicaccedilatildeo ou entrando em contato com o meacutedico

Quando o medicamento chega ao paciente a checagem eacute feita com um aparelho de leitura de coacutedigos de barras Ao fazer a conferecircncia pela pulseira de identificaccedilatildeo se a medicaccedilatildeo natildeo estiver prescrita para aquele paciente o sistema gera um alerta avisando o profissional ldquoisso reduz a quase zero a troca de medicaccedilatildeo e erros de dosagemrdquo diz o diretor meacutedico

No caso dos sinais vitais antes um enfermeiro transcrevia as infor-maccedilotildees e registrava no prontuaacuterio eletrocircnico Agora (ainda em fase de testes) a equipe assistencial natildeo precisa fazer nada os equipamentos tecircm conectividade com o sistema as informaccedilotildees satildeo registradas dire-tamente no PEP Para conseguir a certificaccedilatildeo 7 todos os leitos de UTI precisam ter esse monitoramento digital funcionando em tempo real

ldquoA previsatildeo eacute recebermos a visita da equipe da HIMSS em outubrordquo finaliza o gestor

Caso praacutetico 2 - DO PAPEL PARA O DIGITAL Em Satildeo Paulo o Hospital Santa Paula comeccedilou seu processo de digitalizaccedilatildeo do prontuaacuterio entre 2006 e 2007 O planejamento foi feito por etapas comeccedilou com a implantaccedilatildeo da ferramenta no Administrativo para depois ir para as aacutereas assistenciais

O setor administrativo fazia entatildeo o processo de internaccedilatildeo pela ferra-menta e transcrevia a prescriccedilatildeo do meacutedico do papel para o eletrocircnico Nessa fase jaacute era possiacutevel gerar o faturamento de forma eletrocircnica

Em 2008 foi iniciado o processo assistencial Natildeo havia mais a neces-sidade da transcriccedilatildeo o meacutedico jaacute conseguia ver a evoluccedilatildeo do paciente e fazer o plano terapecircutico pelo PEP Nessa etapa foram incluiacutedas a unidade de Emergecircncia e uma parte da UTI

ldquoA ideia era testar dois cenaacuterios distintos uma parte da UTI que tinha a caracteriacutestica de receber pacientes de longa permanecircncia enquanto na Emergecircncia era o inverso o paciente chegava era tratado e liberado Outro aspecto que influenciou para iniciarmos a transiccedilatildeo nesses dois setores foi o perfil do corpo cliacutenico fechado Entatildeo tenho os mesmos pro-fissionais trabalhando todos os dias e apontando os ajustes a serem feitosrdquo conta Alexandre Dias gerente de Tecnologia da Informaccedilatildeo da instituiccedilatildeo

Desde 2012 a unidade tem todos os processos funcionando no PEP desde a enfermagem ateacute toda a equipe multiprofissional que engloba Nutriccedilatildeo Psicologia Farmaacutecia entre outros De acordo com Dias muitos profissionais tiveram dificuldade de adaptaccedilatildeo que foi resolvida com treinamento e com o proacuteprio uso da ferramenta mas natildeo houve nenhum problema de aceitaccedilatildeo da tecnologia

Para que todos os colaboradores estivessem aptos a usar o sistema foi feito um plano de capacitaccedilatildeo que envolveu todos os setores do hospital Cada setor tem uma pessoa bem treinada no uso do PEP e eacute esse colaborador o responsaacutevel por treinar os profissionais do seu departamento e fazer a ldquoponterdquo entre o suporte da equipe de TI e os profissionais que possuiacuterem duacutevidas que ele natildeo consegue sanar

O sucesso de uma transiccedilatildeo benfeita depende do planejamento da equipe de TI e do envolvimento do corpo cliacutenico ldquoNenhum meacutedico me ques-tionou sobre o uso da ferramenta pelo contraacuterio hoje eles enxergam que natildeo haacute condiccedilotildees de prestar a assistecircncia sem antes consultaacute-lardquo ressalta ldquoEacute o meacutedico quem estaacute no topo da assistecircncia junto com o pa-ciente eacute ele quem toma as decisotildees entatildeo o trabalho deve comeccedilar por esse profissional Uma vez que os meacutedicos estiverem engajados o restante flui naturalmenterdquo

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ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

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REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

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Page 34: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

ADMINISTRACcedilAtildeO DE CONTRASTE RADIOLOacuteGICO EM EXAMES DE IMAGEM

A administraccedilatildeo de meios de contraste eacute necessaacuteria para diversos tipos de exames de radiologia e natildeo eacute isenta de riscos desde perturbaccedilotildees fisioloacutegicas menores ateacute situaccedilotildees de risco de morte apesar de raras

A preparaccedilatildeo para o tratamento imediato dos eventos e reaccedilotildees adversas deve incluir

pessoal devidamente treinado equipamentos e medicamentos Adicionalmente deve-se sistematizar a avaliaccedilatildeo de risco do paciente contra o benefiacutecio potencial do exame bem como considerar a aplicaccedilatildeo do Termo de Consentimento Informado de modo a assegurar o direito do paciente agrave recusa da administraccedilatildeo do medicamento

CERTOPacientes com histoacuterico de alergia insuficiecircncia renal ou problemas cardiacuteacos devem ser avaliados pelo radiologista que poderaacute indicar preacute-medicaccedilotildees ou condutas para manejo dos sintomas para realizaccedilatildeo do exame

ERRADOPacientes com histoacuterico de hipersensibilidade natildeo devem realizar qualquer exame com aplicaccedilatildeo de contraste radioloacutegico

Avaliaccedilatildeo do paciente

CERTOSe o extravasamento de contraste eacute detectado por palpaccedilatildeo ou visualiza-ccedilatildeo a injeccedilatildeo deve ser interrompida imediatamente A comunicaccedilatildeo com o paciente atraveacutes de um sistema de intercomunicaccedilatildeo deve ser mantida durante todo o exame

ERRADOExtravasamentos de contrastes radioloacutegicos satildeo esperados e natildeo haacute medidas preventivas para gerenciar esse risco do paciente

Extravasamento de contraste

Fonte ACR Manual on Contrast Media Version 101

American College of Radiology 2015

ERRADOTodos os meios de contrastes precisam ser aquecidos ateacute atingir a temperatura corpoacuterea

CERTOA viscosidade do contraste estaacute relacionada com a temperatura Meios de contraste agrave base de gadoliacutenio satildeo administrados agrave temperatura ambiente (15 a 30 degC) e de acordo com a bula natildeo devem ser aquecidos externamente para aplicaccedilotildees cliacutenicas de rotina

Aquecimento do contraste radioloacutegico

Uso de bomba de infusatildeo Uso de metformina

ERRADOMetformina eacute um hipoglicemiante oral que natildeo apresenta riscos ao paciente que realizaraacute a administraccedilatildeo de contraste radioloacutegico

CERTOO uso de metformina pelo paciente eacute um fator de risco para a acidose laacutectica associada agrave metformina com taxa de mortalidade de cerca de 50 Uma lista com os nomes comerciais dos medicamentos que contecircm a substacircncia deve ser usada para identificar se o paciente faz uso da droga previamente agrave realizaccedilatildeo do exame contrastado

Fonte Trecho da resposta do Coleacutegio Brasileiro de Radiologia no caso de morte de estudante 18 anos em que o uso do contraste iodado iocircnico resultou em um choque anafilaacutetico

As reaccedilotildees adversas ao exame feito com iodado iocircnico acontecem numa proporccedilatildeo de 1150 mil pacientes entre esses as mortes acontecem

em 115 mil rdquo

ERRADOEmbolia venosa (injeccedilatildeo de ar na veia do paciente) eacute uma complicaccedilatildeo potencialmente fatal mas extremamente rara na administraccedilatildeo de contraste Portanto natildeo haacute como evitaacute-la

CERTOA embolia venosa ocorre geralmente quando o meio de contraste eacute administrado por injeccedilatildeo manual O uso de bomba de infusatildeo minimiza o risco dessa complicaccedilatildeo Injeccedilatildeo de grandes quantidades de ar para o sistema venoso pode resultar em falta de ar edema pulmonar e ateacute acidente vascular cerebral

| Melh res Praacuteticas66 Melh res Praacuteticas | 67

| CERTO E ERRADO |

ALEacuteXIA MANDOLESI COSTA

Eacute farmacecircutica graduada pela Universidade Catoacutelica de Santos mestre em Geneacutetica e Genomas e avaliadora de sistemas de sauacutede Atualmente eacute diretora de ensino e

capacitaccedilatildeo do Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede ndash IBES e fellow da ISQua

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

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2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 35: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas68

| OPINIAtildeO |

Melh res Praacuteticas | 69

RETORNO AgraveS ORIGENSO parto cesariano se tornou ldquopadratildeordquo no sistema

de sauacutede brasileiro Mas o parto normal voltou a ganhar forccedila entre as instituiccedilotildees

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

Felipe Ceacutesar

Pode-se dizer que o Brasil deixou de ser o paiacutes do futebol para ser a naccedilatildeo campeatilde em partos do tipo cesariano em todo o mundo Soacute na sauacutede suplementar do total de partos realizados 846 satildeo cesarianos E na rede puacuteblica de sauacutede natildeo eacute diferente

40 dos partos tambeacutem satildeo cesarianos Os dados satildeo da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) e mostra que meacutedicos e instituiccedilotildees de sauacutede adotaram esse procedimento como padratildeo enquanto o parto normal eacute quase uma exceccedilatildeo

Mas esse cenaacuterio vem mudando desde o primeiro semestre de 2015 quando a ANS colocou em praacutetica o programa Parto Adequado Lanccedilado em 2014 com as parcerias do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e apoio do Ministeacuterio da Sauacutede o programa pretende mudar o modelo de atenccedilatildeo ao parto com a reduccedilatildeo do nuacutemero de cesarianas sem indicaccedilatildeo cliacutenica e promover maior seguranccedila agrave gestante e ao receacutem-nascido Em marccedilo de 2015 foram publicados os 28 hospitais selecionados para a execuccedilatildeo do projeto piloto

O Hospital Sepaco em Satildeo Paulo eacute um dos hospitais participantes do programa Mas bem antes do projeto a diretoria da unidade jaacute havia identificado a necessidade de uma mudanccedila de cultura que incentivasse parto normal e promovesse uma maior seguranccedila para a gestante durante todo o processo do trabalho de parto e tambeacutem no poacutes-parto

Entre 2014 e iniacutecio de 2015 algumas mudanccedilas significativas foram feitas no hospital A principal foi a de natildeo aceitar mais de forma passiva a indicaccedilatildeo do meacutedico para parto cesaacuterea ldquoPor que temos de aceitar a opiniatildeo de um meacutedico externo se eacute a equipe do hospital que conduziraacute o parto da paciente Essa foi a primeira quebra de paradigma que promovemos Noacutes passamos a perguntar agrave paciente se aquele eacute mesmo o desejo dela e apresentar o outro ladordquo diz Linus Fascina superintendente meacutedico hospitalar do Hospital Sepaco

Aleacutem dessa mudanccedila foram feitos ajustes no curso de gestante promovido pela instituiccedilatildeo O trecho que explicava sobre o parto cesariano foi retirado e foi dada ecircnfase ao parto normal

ldquoExplicamos que o parto normal eacute feito com acompanhamento de uma equipe multiprofissional e o marido estaacute presente em todo o processordquo comenta o superintendente O hospital permitiu tambeacutem a entrada das doulas mesmo antes da realizaccedilatildeo do parto inclusive com a implantaccedilatildeo de um cadastro das doulas para controle interno

Somente com essas accedilotildees o hospital conseguiu aumentar de 9 para 14 o iacutendice de partos normais Com a aplicaccedilatildeo do programa Parto Adequado o desafio para a instituiccedilatildeo ficou maior

A meta era alcanccedilar 40 de partos normais na populaccedilatildeo piloto atendida pelo hospital

Passo a passo

O projeto gira em torno de um raciociacutenio chamado de teoria de mudanccedila que faz parte da metodologia do IHI chamada Ciecircncia da Melhoria (saiba mais na mateacuteria de capa desta ediccedilatildeo) Basicamente o meacutetodo de trabalho se sustenta em um problema e na soluccedilatildeo para resolvecirc-lo promovendo mudanccedilas nos processos gerando melhorias e quebrando paradigmas

Melhorias dentro do processo para alcanccedilar a meta

O hospital Sepaco aplicou o PDSA metodologia de ciclos de melhoria - o nome vem do inglecircs plan (planejar) do (fazer) study (estudar) e act (agir ou accedilatildeo) Em seguida iniciou o processo de aprendizagem Para atingir a meta foram planejados cinco ciclos

Paralelamente aos ciclos a diretoria do hospital promoveu uma mudanccedila importante proibiu o agendamento de partos antes de 39 semanas de gestaccedilatildeosup1 ldquoCom essa medida noacutes perdemos alguns meacutedicos que escolhiam a nossa instituiccedilatildeo para fazer o parto Em contrapartida muitas gestantes migraram para o nosso pronto -atendimento procurando o serviccedilo e iniciando o preacute-natal com a equipe do hospitalrdquo explica Fascina

Populaccedilatildeo piloto

Mulheres na primeira gravidez (primiacutepara) e que teratildeo o f ilho com a equ ipe do hospit a l Em meacutedia no hospital SEPACO satildeo realizados 140 partos de primiacuteparas por mecircs

CICLO 1 CICLO 3Pesquisar modelos de curso de ges-tantes em outras maternidades (dentro ou fora do programa Parto Adequado) de Satildeo Paulo e do Brasil com o objetivo de fazer benchmarking

CICLO 2Criar um grupo responsaacutevel dentro do hospital para estudar especificamente como reestruturar o curso de gestante

Decidir qual modelo o hospital vai adotar para o curso de gestante

CICLO 4Definir a equipe do projeto para aplicar o curso na populaccedilatildeo piloto um meacutedico um enfermeiro um nutricionista e um fisioterapeuta

CICLO 5Recolher feedback de quem assistiu ao curso para comprovar se a mensagem foi compreendida em sua totalidade a valorizaccedilatildeo do parto normal e se as gestantes estavam aptas a seguirem em frente Nessa fase foi identificada a necessidade de informaccedilatildeo sobre exerciacutecios para o periacuteneo (preparar o periacuteneo para o parto normal) Entatildeo foi criada uma nova sequecircncia dos ciclos agora com uma fisioterapeuta especializada contratada para orientar os profissionais sobre exerciacutecios para o periacuteneo para que entatildeo a equipe do hospital pudesse utilizar essas informaccedilotildees no curso de gestantes

Resultado

2015 Em seis meses de maio a novembro o hospital Sepaco atingiu o iacutendice de 21 de partos normais

2016 De dezembro de 2015 a maio de 2016 a equipe ultrapassou a meta chegando a 41 de partos normais realizados na populaccedilatildeo piloto

Para chegar agrave meta foi necessaacuteria a participaccedilatildeo ativa da superintendecircncia meacutedica Uma simples pergunta aos meacutedicos e enfermeiros deu a motivaccedilatildeo que faltava para impulsionar o projeto o que vocecirc como meacutedico (ou enfermeiro obstetra) faraacute de diferente para atingir a meta e mudar a cultura

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 36: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas70 Melh res Praacuteticas | 71

Parto seguro

Aleacutem das melhorias implantadas no processo assis-tencial agraves gestantes o Hospital Sepaco trabalha com o checklist desenvolvido pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS)sup2 Satildeo quatro momentos essenciais em que o checklist deve ser aplicado com o objetivo principal de reduzir a mortalidade materna e neonatal

MOMENTO 1

ADMISSAtildeO

Examinando a matildee no momento da admissatildeo eacute importante detectar e tratar as complicaccedilotildees jaacute existentes para confirmar se ela precisaraacute de atendimento com outro especialista aleacutem de preparaacute-la (e seu companheiro) para o parto e educaacute-la sobre sinais de perigo para que ela possa solicitar ajuda

MOMENTO 2

ANTES DE DAR Agrave LUZ (ou antes da cesariana)

Verificar a matildee um pouco antes de iniciar o processo de ldquoempurrarrdquo o bebecirc (ou antes da cesariana) para detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer durante o trabalho de parto aleacutem de preparar a equipe para eventos de rotina e possiacuteveis situaccedilotildees de crise que podem ocorrer apoacutes o nascimento

MOMENTO 3 (DENTRO DE 1 HORA) LOGO APOacuteS O NASCIMENTO Verificar a matildee e o receacutem-nascido logo apoacutes o nascimento (dentro de 1 hora) Eacute importante detectar e tratar complicaccedilotildees que podem ocorrer apoacutes o parto e educar a matildee (e seu companheiro) sobre sinais de perigo para os quais ela deve sempre solicitar auxiacutelio da equipe meacutedica

MOMENTO 4

ANTES DA ALTA

Deve-se ter certeza de que a matildee e o receacutem-nascido estatildeo saudaacuteveis antes da alta hospitalar e se o bebecirc estaacute se alimentando bem Discutir e oferecer opccedilotildees de planejamento familiar para a matildee e orientaacute-la assim como o acompanhante para identificar sinais de perigo como sangramento e outras complicaccedilotildees que possam surgir Procurar ajuda meacutedica imediatamente

ldquoO checklist da OMS nos auxilia a prestar o devido atendimento nas quatro fases da gestaccedilatildeo permitindo um atendimento linear natural e espontacircneo com total seguranccedila Assim podemos atuar em qualquer situaccedilatildeo que possa fugir do normalrdquo explica Linus Fascina

Coacutedigo rosa

Criaccedilatildeo da equipe do Hospital Sepaco o Coacutedigo Rosa atua em conjunto com o checklist da OMS Em qualquer momento dentro do intervalo do checklist o meacutedico eacute acionado imediatamente caso a gestante apresente alguma queixa

Com essa accedilatildeo a equipe conseguiu reduzir radicalmente o tempo de atendimento do meacutedico A gestante aguarda no maacuteximo cinco minutos ateacute a chegada dele mas enquanto isso ela jaacute eacute assistida pela equipe de enfermagem

| PROTOCOLO ASSISTENCIAL |

SAIBA MAISNo dia 22 de junho o Conselho Federal de Medicina publicou a

resoluccedilatildeo nordm 21442016 que determina que o parto cesaacutereo soacute poderaacute ser realizado a partir de 39 semanas

O Instituto Brasileiro para Excelecircncia em Sauacutede (IBES) fez a

traduccedilatildeo do checklist ndash parto seguro Vocecirc pode obtecirc-lo no portal do IBES

menu Artigos ndash Artigos teacutecnicos

PROGRAMASAFETY ZONE

bull Projeto assistencial focado na qualidade e seguranccedila do paciente hospitalizado

bull Gerenciamento e reduccedilatildeo do risco de TEV no ambiente hospitalar

bull Alinhado com as metodologias das agecircncias acreditadoras

O paciente pode estar imobilizado Noacutes natildeo podemos

Entre em contato e saiba mais sobre o projeto safetyzonesanoficom

SABR

EN

O16

0 7

075

2 -

Agos

to2

016

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 37: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

Melh res Praacuteticas | 73

ENERGIA EFICIENTEN

atildeo eacute de hoje que as empresas buscam formas de geraccedilatildeo de energia mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente Nos hospitais onde o custo com eletricidade costuma ser alto o uso de gaacutes natural

tem sido uma das saiacutedas para economizar No Brasil a disponibilidade desse recurso encontrado geralmente no subsolo junto a jazidas de petroacuteleo tem crescido Prova disso eacute o aumento da produccedilatildeo interna que tem registrado recordes frequentes Em fevereiro o montante foi de 1012 milhotildees de msup3dia superando a marca anterior (de 1004 milhotildees msup3dia) registrada em dezembro do ano passado

Com a recente reduccedilatildeo na tarifa em maio para os segmentos comercial e industrial e para residecircncias que consomem mais de sete metros cuacutebicosmecircs diversos setores da economia tambeacutem estatildeo sendo estimulados a usar o gaacutes natural cujo custo eacute 50 menor em relaccedilatildeo ao oacuteleo combustiacutevel Aleacutem disso o gaacutes natural agride menos o planeta por ser mais limpo e gerar baixa emissatildeo de poluentes ldquoEacute uma forma de energia versaacutetil usada em vaacuterias aplicaccedilotildees e equipamentos oferecendo muitas soluccedilotildees de fornecimento de energia como gaacutes de botijatildeo e a proacutepria energia eleacutetricardquo explica Marcelo Mendonccedila gerente de planejamento estrateacutegico e competitividade da Associaccedilatildeo

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Para se ter uma ideia o gasto com energia chega a representar 20 do faturamento de pequenos hospitais e ateacute 30 quando se tratam de grandes centros cliacutenicos que dependem ainda mais de equipamentos com alto consumo de energia caso dos elevadores ldquoAleacutem de funcionar 24 horas por dia um hospital tem itens que demandam muita capacidade energeacutetica como aparelhos de ar-condicionadordquo aponta Luiz Aramicy Bezerra Pinto presidente da Federaccedilatildeo Brasileira de Hospitais (FBH)

Cabe lembrar que nas instituiccedilotildees de sauacutede o gaacutes natural jaacute eacute utilizado por exemplo para o aquecimento de aacutegua Sua funccedilatildeo como gerador de energia eleacutetrica tem se intensificado em razatildeo do modelo tarifaacuterio praticado pelas concessionaacuterias nos chamados horaacuterios de ponta (das 17h30 agraves 20h30 no caso da cidade de Satildeo Paulo) ndash quando a tarifa da energia eleacutetrica convencional pode custar ateacute quatro vezes mais Na praacutetica as empresas consomem muita eletricidade nessa faixa de horaacuterio o que torna ainda mais necessaacuterio o uso de outras formas de geraccedilatildeo de energia como o gaacutes natural

Aleacutem da reduccedilatildeo no custo e o impacto menor ao meio ambiente a faacutecil logiacutestica

| SUSTENTABILIDADE |

Menos prejudicial ao meio ambiente gaacutes natural garante reduccedilatildeo de custo e ganhos operacionais aos hospitais

Erica Martin

torna o gaacutes natural um grande aliado dos hospitais independentemente do porte da instituiccedilatildeo ldquoA garantia de fornecimento contiacutenuo de gaacutes a qualquer hora dispensando a formaccedilatildeo de estoques de combustiacutevel no local de consumo aleacutem da praticidade jaacute que natildeo requer transporte troca ou

armazenagem satildeo as prin-cipais vantagensrdquo destaca Mendonccedila da Abegaacutes ldquoOs hospitais podem abrir matildeo de cilindros ou tanques e usar os espaccedilos para outras finalidades jaacute que o recurso chega de forma canalizadardquo

Em novembro do ano passado o Hospital Siacuterio -Libanecircs adotou um kit bicombustiacutevel que permite que os motores de quatro geradores ndash originalmente

abastecidos com diesel ndash tra-balhem tambeacutem com gaacutes natural Ao substituir cerca de 70 do oacuteleo diesel prin-cipal causador de doenccedilas respiratoacuterias a soluccedilatildeo pro-porciona uma economia de R$ 80 mil por mecircs o que fez a instituiccedilatildeo recuperar apoacutes 10 meses o valor do investimento ndash R$ 800 mil

Com a utilizaccedilatildeo do combustiacutevel o hospi-tal tambeacutem passou a reduzir a emissatildeo de 14 toneladas de gaacutes carbocircnico mensal-mente o equivalente a plantar 126 aacutervores ldquoEstamos sempre em busca do que traz eficiecircncia para o hos-pital e menor impacto para o meio ambiente Quando os dois ele-mentos se casam o cenaacuterio eacute perfeitordquo comemora Antonio Carlos Cascatildeo diretor de Engenharia e Obras do Siacuterio-Libanecircs

A tecnologia pode ser aplicada em gerado-res convencionais que funcionam com com-bustiacutevel jaacute que o gaacutes natural eacute introduzido no equipamento sem intervenccedilatildeo no motor

ldquoO kit bicombustiacutevel eacute uma soluccedilatildeo segura e eficiente para aproveitar e converter geradores jaacute existentes originalmente concebidos para operaccedilatildeo apenas com diesel Permite que o cliente possa usar gaacutes natural e reduzir custos sem que seja preciso investir na aquisiccedilatildeo de novos equipamentos de geraccedilatildeordquo reforccedila Ricardo Michelin gerente de novas aplicaccedilotildees da Companhia

POTENCIAL GERADORPrincipais vantagens do gaacutes natural

Fonte Associaccedilatildeo Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gaacutes Canalizado (Abegaacutes)

Consumo de gaacutes

natural cresceu 727 entre

janeiro e maio

deste ano em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo de 2015

bull Maior flexibilidade

bull Disponibilidade ampla

bull Custo bastante competitivo em relaccedilatildeo a outros combustiacuteveis

bull Possui caracteriacutesticas que garantem maior durabilidade aos equipamentos

bull Sem enxofre sua combustatildeo eacute completa liberando dois componentes natildeo toacutexicos o que faz do gaacutes natural uma energia ecoloacutegica e natildeo poluente

bull Natildeo necessita transporte troca ou armazenagem

bull A queima eacute limpa gerando grande quantidade de energia e natildeo deixando resiacuteduos na cacircmara de combustatildeo

bull Eacute seguro por ser mais leve que o ar dissipa-se rapidamentee diminui o risco de explosotildees

bull A ingestatildeo ou inalaccedilatildeo acidental de gaacutes natural natildeo provoca danos agrave sauacutede das pessoas natildeo eacute toacutexico

bull Pode ser usado no cozimento dos alimentos e aquecimento de aacutegua em chuveiros e lavanderias

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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Page 38: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas74 Melh res Praacuteticas | 75

| SUSTENTABILIDADE |

de Gaacutes de Satildeo Paulo (Comgaacutes) conces-sionaacuteria parceira no desenvolvimento da soluccedilatildeo

Opccedilotildees como essa podem ser implantadas por instituiccedilotildees de sauacutede de diferentes portes Silvio Costa coordenador de suporte teacutecnico da Sotreq empresa desenvolvedora da tecnologia explica que a uacutenica premissa para a utilizaccedilatildeo do sistema eacute que o gerador receptor do kit tenha potecircncia de pelo menos 400 quilowatts (kW) equivalente ao consumo de 13 geladeiras durante o periacuteodo de um mecircs O custo aproximado para instalaccedilatildeo desse modelo em um equipamento desse porte eacute de R$ 60 mil ldquoA expectativa eacute de uma reduccedilatildeo de 30 no custo de energia em horaacuterios de ponta Com isso o hospital consegue recuperar rapidamente o valor investidordquo afirma

Em junho deste ano o Hospital Municipal de Cliacutenicas e Maternidade de Santos no litoral paulista passou a ser capaz de produzir a proacutepria energia a partir do gaacutes natural O complexo hospitalar adotou um sistema de geraccedilatildeo de energia eleacutetrica que seraacute acionado em situaccedilotildees de emergecircncia e em horaacuterio de ponta A instituiccedilatildeo instalou ainda um modelo de climatizaccedilatildeo a gaacutes para refrigerar o ar ndash o sistema reduz cerca de 300 kW de demanda eleacutetrica de acordo com informaccedilotildees da Comgaacutes

ECONOMIA DO BEMReduccedilatildeo de gastos ao usar gaacutes natural nos geradores

ECONOMIA 266ou 228MWh R$15 mil eacute o valor poupado por mecircs

ECONOMIA 474ou 406MWh

R$27 mil eacute o valor poupado por mecircs

GERADORES QUE USAM 40DE DIESEL60 DE GAacuteS NATURAL

GERADORES QUE USAM

100 DE GAacuteS NATURAL

Fonte Abegaacutes

GAacuteS NATURAL EM ACcedilAtildeOEm seis passos como o combustiacutevel funciona nos hospitais

1 Natildeo eacute necessaacuteria

a compra de novos geradores

eacute possiacutevel reaproveitar os

equipamentos que funcionam com oacuteleo

combustiacutevel

2 O gaacutes natural eacute introduzido no gerador sem

intervenccedilatildeo no motor e passa

a funcionar com biocombustiacutevel

3 Eacute fundamental que cada equipamento tenha potecircncia de

400 quilowatts (kW)

4 O custo para implantaccedilatildeo comeccedila em

R$ 60 mil

5 O hospital natildeo

precisa se preocupar com o abastecimento e armazenamento do gaacutes jaacute que o

recurso chega de forma canalizada

6 O acompanhamento

do sistema eacute feito de forma

automatizada e remotamente

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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vida mais saudaacutevel

Page 39: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

Dimensotildees Econocircmicas das Doenccedilas Crocircnicas Desafios para paiacuteses em desenvolvimento

O impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees

Desde os anos 1990 o Disease Control Priorities Program ndash DCPP (Programa de Controle das Doenccedilas Prioritaacuterias) eacute uma das principais iniciativas globais a mapear e propor soluccedilotildees para os grandes problemas que afetam a sauacutede nos paiacuteses em desenvolvimento

Trata-se de um esforccedilo contiacutenuo para avaliar as prioridades de controle de doenccedilas e produzir anaacutelises baseadas em evidecircncias para a adequada gestatildeo das poliacuteticas de sauacutede

Uma vez em cada deacutecada o DCPP publica o estado da arte dessas avaliaccedilotildees fornecendo material tecnicamente atualizado Os dois primeiros compilados DCP1 e DCP2 foram lanccedilados em 1993 e 2006 respectivamente

Com base nas publicaccedilotildees anteriores o DCP3 estaacute agora disponiacutevel e reuacutene as mais recentes evidecircncias sobre custo e efetividade dos programas de combate a doenccedilas fornecendo avaliaccedilatildeo econocircmica sistemaacutetica

de escolhas poliacuteticas que afetam o acesso a absorccedilatildeo e a qualidade das intervenccedilotildees bem como avaliando as plataformas para a entrega dos serviccedilos de sauacutede para os paiacuteses de baixa e meacutedia renda

Aleacutem disso o DCP3 introduz novos meacutetodos de anaacutelise pensados para incorporar os aspectos de equida-de e de proteccedilatildeo financeira das poliacuteticas de sauacutede e seus impactos macroeconocircmicos

Diferentemente do ocorrido no DCP1 E DCP2 as publicaccedilotildees (livros artigos capiacutetulos) do DCP3 foram sendo oferecidos eletronicamente desde 2013 e eacute a versatildeo impressa reunida que jaacute pode ser acessada gratuitamente

Recomendo a consulta porque ediccedilatildeo apoacutes ediccedilatildeo o impacto do DCPP tem revolucionado os meacutetodos de anaacutelise da epidemiologia e da apresentaccedilatildeo de dados para a tomada de decisotildees em todas as partes do mundo mas especialmente nos paiacuteses em desenvolvimento

| Melh res Praacuteticas76 Melh res Praacuteticas | 77

| INDICO |

Eacute doutor em Histoacuteria da Economia

pela Universidade de Satildeo Paulo

graduado em Administraccedilatildeo Puacuteblica

pela Fundaccedilatildeo Getulio Vargas e Mestre

em Economia pela Universidade

Estadual de Campinas Desde

1996 trabalhou como consultor

internacional em mais de 30

paiacuteses Tem mais de 200 trabalhos

publicados em diversos idiomas

sobre temas de sauacutede e de poliacuteticas

sociais no Brasil e em vaacuterios paiacuteses

Eacute editor do blog Monitor de Sauacutede

wwwmonitordesaudeblogspotcom Andreacute Cezar Medici

| LIVROS |

1 Manual de Enfermagem Meacutedico-Ciruacutergica Em formato de bolso traz aproximadamente 200 doenccedilas e distuacuterbios organizados em ordem alfabeacutetica com todos os aspectos relacionados ao cuidado de enferma-gem meacutedico-ciruacutergica

Brunner amp Suddarth Manual de Enfermagem Meacutedico-Cirurgica | AutoresJanice Hinkle e Kerry Cheever | Editora Guanabara

2 Gestatildeo em Sauacutede Dos jaacute renomados Gonzalo Vecina e Ana Maria Malik a segunda ediccedilatildeo deste livro foi rev isada e apr imo-rada para adequar o conteuacutedo agrave atual rea-lidade poliacutetica econocirc-mica e social do Brasil

Gestatildeo em Sauacutede | Autores Vecina Neto e Ana Maria Malik | Editora Guanabara

5 Gestatildeo Hospitalar Sem rodeios trata da sauacutede como negoacutecio e comenta o sistema brasileiro e a questatildeo da sauacutede suplementar com foco em aacutereas segmentadas como pessoas suprimentos qualidade e serviccedilos de diagnose e terapia

Gestatildeo em Sauacutede ndash Seacuterie Eixos | Autora Sanmya Feitosa Tajra | Editora Eacuterica

3 Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Traz conhecimentos sobre diversos aspectos da profissatildeo desde a administraccedilatildeo geral da farmaacutecia hospitalar ateacute o relacionamento com profissionais de outros departamentos Tambeacutem relaciona importantes conceitos aos profissionais das aacutereas relacionadas

Gestatildeo de Farmaacutecia Hospitalar Autor Gustavo Alves Andrade dos Santos | Editora Senac

6 Aplicando a Lideranccedila Jaacute na 8ordf ediccedilatildeo este livro tem como foco principal a lideranccedila e as decisotildees baseadas em evidecircncias As autoras prometem abordar o raciociacutenio criacutetico a soluccedilatildeo de problemas e a tomada de decisatildeo

Administraccedilatildeo e Lideranccedila em Enfermagem - 8ordfEdiccedilatildeo | Autores Carol Huston e Bessie Marquis | Editora Artmed

4 Enfermagem Completa A obra tem como pro-posta oferecer a todos que buscam aprimorar seus conhecimentos na aacuterea de enfermagem os principais temas de forma esclarecedora e organizada baseada no conteuacutedo mais completo do mercado

Expert Enfermagem | Organizadora Rosangela Aparecida Sala Jeronimo | Editora Rideel

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

Gerente Administrativo do Hospital Vila da SerraInstituto Materno Infantil de Minas Gerais Membro do Comitecirc Teacutecnico da Re-vista Melhores Praacuteticas Renata Macedo

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

Conheccedila melhor nossas soluccedilotildees em wwwsodexoservicoscombr ou envie um e-mail para sejaclientesodexocom

Teremos muito prazer em atendecirc-lo

NOSSOS DIFERENCIAIS UNIQUE HEALTH by Sodexo bull Acolhimento do paciente com atendimento humanizadobull Gastronomia cliacutenica adequada ao perfil do paciente com dietas especializadasbull Qualidade de Vida e Bem Estar com refeiccedilotildees mais balanceadasbull Equipe especializada

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bull Espaccedilo diferenciado com ambiente elegante e confortaacutevelbull Cardaacutepios variados para a equipe meacutedicabull Funcionamento 24 horas por diabull Alimentaccedilatildeo saudaacutevel com espaccedilo de conveniecircncia e relaxamento

ALIMENTACcedilAtildeO SOB MEDIDACOM FOCO EM SAUacuteDE E BEM ESTARA Sodexo possui diversas soluccedilotildees em serviccedilos de alimentaccedilatildeo

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bem-estar de pacientes acompanhantes meacutedicos e colaboradores

da aacuterea Nossas ofertas de sauacutede Unique Health by Sodexo

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perfil com soluccedilotildees inteligentes e sob medida para garantir uma

vida mais saudaacutevel

Page 40: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas78 Melh res Praacuteticas | 79

| AGENDA |

SETEM

BRO

OUTU

BRO

13 a 16VIII Simpoacutesio Internacional de EnfermagemPromovido pelo Hospital Israelita Albert Einstein o evento abordaraacute a enfermagem como elemento chave para o enfrenta-mento dos desafios globais na sauacutede Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrpesquisa-cientificaindexhtml

04 a 06HIMSS Brasil ediccedilatildeo 2016Ediccedilatildeo com novo formato inclui trecircs apresentaccedilotildees dentro de hospitais na Ameacuterica do Sul onde o sistema de PEP poderaacute ser exibido aos convidados Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwhimssbrazilorgehome174122sobre

22 e 23I Foacuterum Internacional Norte e Nordeste de Gestatildeo e Excelecircncia em SauacutedeEvento do Coleacutegio Brasileiro de Executivos em Sauacutede (CBEx) teraacute especialistas hospitalares de instituiccedilotildees renomadas para de-bater o papel do gestor no sistema de sauacutede Em Fortaleza (CE)Informaccedilotildees httpforumgestaosaudecombrprogramacao--cientifica

21 e 222ordm Congresso Brasileiro de Meacutedicos HospitalistasPalestrantes internacionais abordaratildeo a medicina hospi-talar e meacutedicos brasileiros iratildeo expor cases da inserccedilatildeo do hospitalista no mercado brasileiro Em Curitiba (PR)Informaccedilotildees httpwwwhospitalistasmedbr

20 a 224ordm Simpoacutesio de Reabilitaccedilatildeo GeriaacutetricaO evento tem como objetivo reunir especialistas de diversas aacutereas para debater as siacutendromes geriaacutetricas e os desafios do envelhecimen-to da populaccedilatildeo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpappseinsteinbrfronteiras-do-envelhecimentoindexhtml

30 a 01Curso de Capacitaccedilatildeo para AvaliadoresPromovido pelo IQG tem o objetivo de desenvolver a capa-cidade de avaliaccedilatildeo nos profissionais com metodologias conceituadas internacionalmente Em Salvador (BA)Informaccedilotildees httpwww2iqgcombrsiteprincipaleventos9217-curso-capacitacao-para-avaliadores

NOVEM

BRO

07 e 08VIII Seminaacuterio Nacional em Acreditaccedilatildeo InternacionalO CBA apresentaraacute seu seminaacuterio com o tema ldquoGestatildeo de Instituiccedilotildees de Sauacutede diagnoacutestico e tratamento atraveacutes da acreditaccedilatildeo internacionalrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpcbacredorgbrseminario-nacionalviii

08 a 10XII Congresso Mundial de Farmacecircuticos de Liacutengua Portuguesa A Associaccedilatildeo de Farmacecircuticos dos Paiacuteses de Liacutengua Portuguesa e o Conselho Federal de Farmaacutecia discutem a praacutetica cliacutenica do farmacecircutico Em Gramado (RS)Informaccedilotildees httpwwwcongressomundialorgbr

16 a 184ordm Conahp O Congresso Nacional de Hospitais Privados entra na sua quarta ediccedilatildeo com o tema ldquoEacutetica a Sustentabilidade da Sauacutede no Brasilrdquo Em Satildeo Paulo (SP)Informaccedilotildees httpwwwconahporgbr2016

Examination of unplanned 30-Day readmissions to a comprehensive cancer hospital

Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety

| INDICO ARTIGOS |

SAUNDERS N D et al Examination of Unplanned 30-Day Readmissions to a Comprehensive Cancer Hospital Journal Of Oncology Practice [sl] v 11 n 2 p177-181 13 jan 2015 American Society of Clinical Oncology (ASCO) httpbitlyMP30day

As anaacutelises das readmissotildees em 30 dias satildeo muito utilizadas inclusive em novos mode-los de remuneraccedilatildeo como DRGs No arti-go sugerido foram acompanhadas readmissotildees dos pacientes oncoloacutegicos de um hospital As readmissotildees foram classificadas como natildeo evitaacuteveis ou potencialmente evitaacute-veis Cerca de 79 das readmissotildees foram consideradas natildeo evitaacuteveis e se relacio-

nam a novos diagnoacutesticos natildeo presentes na primeira admissatildeo novos sintomas ou agravamento devido agrave progressatildeo da doenccedila e complicaccedilotildees de procedimentos Foram consideradas como potencialmente evitaacuteveis as readmissotildees que se relacionam ao con-trole inadequado da dor ou outro sintoma dentro de 48 horas apoacutes a alta tratamento inadequado de uma condiccedilatildeo presente na admissatildeo (infecccedilatildeo natildeo diagnosticada ou tratada inadequadamente erros de medi-caccedilatildeo ou erros no planejamento de alta educaccedilatildeo inadequada do paciente e falhas de diagnoacutestico) Recomendo a leitura des-se artigo porque a classificaccedilatildeo utilizada eacute simples e objetiva Funcionou bem com oncologia e pode auxiliar outros hospitais

HIGGINSON Juliet WALTERS Rhiannon FULOP Naomi Mortality and morbidity meetings an untapped resource for improving the governance of patient safety Bmj Qual Saf [sl] v 21 n 7 p576-585 3 maio 2012 BMJ httpbitlyMPmortality

Trata das anaacutelises da mortalidade e mor-bidade a fim de examinar as mortes como parte do aprendizado profissional e asse-gurar que natildeo estatildeo ocorrendo em conse-quecircncia de praacuteticas cliacutenicas inseguras O artigo propotildee que as reuniotildees para anaacute-lise dos oacutebitos sejam estruturadas e sis-temaacuteticas por exemplo em pontos como

ldquoO oacutebito era evitaacutevelrdquo ldquoHouve alguma condiccedilatildeo que possa ter contribuiacutedo para o oacutebitordquo Tambeacutem cita a necessidade de se identificar os fatores contributivos como documentaccedilatildeo complicaccedilatildeo imprevista no procedimento atraso no diagnoacutestico ou diagnoacutestico natildeo suspeito atraso no proce-dimento na revisatildeo ou em accedilotildees cliacutenicas atrasos na transferecircncia interna ou entre hospitais comunicaccedilatildeo inadequada erro na prescriccedilatildeo ou administraccedilatildeo de drogas insucesso no salvamento e deterioraccedilatildeo do paciente infecccedilatildeo evitaacutevel e problemas de adesatildeo ao protocolo entre outros Para essa anaacutelise o trabalho propotildee um ques-tionaacuterio praacutetico e que pode ser acessado em httpbitlyMPmortalidade

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| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

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ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

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ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

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ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

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O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

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COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

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bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

| SAUacuteDE EM UM CLIC |

Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

Venda liacutequida de planos de sauacutede por trimestre ndash jun15 a jun16

Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

| OPINIAtildeO |

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bull Espaccedilo diferenciado com ambiente elegante e confortaacutevelbull Cardaacutepios variados para a equipe meacutedicabull Funcionamento 24 horas por diabull Alimentaccedilatildeo saudaacutevel com espaccedilo de conveniecircncia e relaxamento

ALIMENTACcedilAtildeO SOB MEDIDACOM FOCO EM SAUacuteDE E BEM ESTARA Sodexo possui diversas soluccedilotildees em serviccedilos de alimentaccedilatildeo

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vida mais saudaacutevel

Page 41: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

| Melh res Praacuteticas80 Melh res Praacuteticas | 81

| RADAR |

5ordm CONGRESSO DE GESTAtildeO EM SAUacuteDE Eacute DESTAQUE NA HOSPITAL MEDO SindHospe ndash Sindicato dos Hospitais de Pernam-buco em parceria com a GPeS-Gestatildeo de Projetos em Sauacutede promoveu o 5ordm Congresso Norte-Nordeste de Gestatildeo em Sauacutede realizado em Recife nos dias 17 e 18 de agosto durante a HospitalMed

A mesa de abertura dis-cutiu as oportunidades de negoacutecios na regiatildeo Norte-Nordeste frente aos recentes movimentos de fusatildeo e aquisiccedilatildeo Tambeacutem

abordou novos modelos de remuneraccedilatildeo e estrateacutegias para enfrentar o envelhe-cimento da populaccedilatildeo e desperdiacutecios em processos de compras e logiacutestica

ldquoFoi um programa estru-turado em quatro blocos chamados de Rodadas de Gestatildeo Assim para que o puacuteblico em sua maioria gestores de instituiccedilotildees de sauacutede pudessem par-ticipar do Congresso sem comprometer o tempo reservado para a visita agrave Feirardquo diz a soacutecia-diretora da GPeS Gilmara Espino

Foram patrocinadores a MV e DrsquoOr Consultoria

OPERADORA INICIA PROCESSO DE ACREDITACcedilAtildeO EM SEUS HOSPITAISA maior operadora das regiotildees Norte e Nordeste do Brasil a Hapvida iniciou um programa de acreditaccedilatildeo na sua rede de hospitais Todas as unidades passaratildeo por um processo de certificaccedilatildeo e na primeira fase do processo sete hospitais foram selecionados para o programa

ldquoCom a certificaccedilatildeo o Hapvida pretende melhorar o alinhamento estrateacutegico na gestatildeo organizacional e operacional aumentar a eficiecircncia dos processos administrativos aleacutem de capacitar a equipe de gestores e melhorar os resultados dos hospitais buscando qualidade e seguranccedila nos serviccedilos

IQG Eacute QUALIFICADA NOS 3 EIXOS DE QUALIDADE DA ANSO IQG instituiccedilatildeo acreditadora da ONA e da metodologia canadense acaba de ter seus programas de dis-tinccedilatildeoexcelecircncia reconhecidos pela Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar (ANS) como Entidade Acreditadora Colaboradora e Gestora

Com a medida o IQG que jaacute eacute uma certificadora pela ISQua agora passa a ser reconhecida tambeacutem nacionalmente por seus programas especiacuteficos para TEV UTI Higiene Hospitalar Sepse Hemodiniamica e AVC ldquoA qualidade eacute resultado multidimensional por isso somos impulsionados a desenvolver accedilotildees inovadoras para a implementaccedilatildeo efetiva da qualidade e seguranccedilardquo afirma Rubens Covello presidente da instituicatildeo

ONA TEM NOVO ENDERECcedilOA Organizaccedilatildeo Nacional de Acreditaccedilatildeo (ONA) estaacute de casa nova A sede da ONA saiu do centro ldquovelhordquo de Satildeo Paulo e foi para o ldquocentro expandidordquo na regiatildeo da Avenida Paulista

A mudanccedila aconteceu no mecircs de maio e facilitaraacute o acesso de clientes e parceiros da empresa

Novo endereccedilo Rua Bela Cintra 986 ndash conj 82 Bairro da Consolaccedilatildeo Satildeo Paulo -SP

PREcircMIO MELHORES PRAacuteTICAS TEM RECORDE DE TRABALHOS INSCRITOSA Revista Melhores Praacuteticas em Sauacutede Qualidade e Acreditaccedilatildeo e a ONA promovem o 2ordm Precircmio Melhores Praacuteticas que acontece durante o Seminaacuterio Internacional de Acreditaccedilatildeo e Seguranccedila do Paciente realizado em Satildeo Paulo e organizado pela ONA

O nuacutemero de inscritos cresceu 20 em relaccedilatildeo ao ano passado quando aconteceu a primeira ediccedilatildeo do precircmio Satildeo 127 trabalhos que seratildeo avaliados pela comissatildeo cientiacutefica da premiaccedilatildeo Os trecircs primeiros colocados teratildeo seus trabalhos publicados na ediccedilatildeo 20 da Revista Melhores Praacuteticas

O Precircmio tem o objetivo de valorizar e disseminar as boas praacuteticas de organizaccedilotildees de sauacutede Para participar o profissional precisa apresentar sua proposta de melhoria no hospital que trabalha (a instituiccedilatildeo deve possuir certificado de acreditaccedilatildeo) e com o

trabalho executado na unidade de sauacutede deve-se fazer um relatoacuterio com-provando os resultados positivos que seu trabalho provocou no processo e enviar o projeto cientiacutefico agrave comissatildeo do precircmio

COTAS DE PCDO Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou no dia 20 de maio jurisprudecircncia sobre o cumprimento da cota de pessoas com deficiecircncia fiacutesica no quadro de funcionaacuterios das empresas Agora as empresas natildeo podem mais serem punidas por natildeo conseguirem cumprir a cota estabelecida na Lei nordm 812391 ndash artigo 93 No entanto recomenda-se que o departamento juriacutedico dos hospitais arquivem comprovante de divulgaccedilatildeo de vagas (processos seletivos) e cursos ofertados agraves pessoas com deficiecircncia

Decisatildeo o TST entendeu que natildeo eacute possiacutevel penalizar a empresa que tenta mas que por fatos alheios agrave sua vontade natildeo consegue trabalhado-res com deficiecircncia em nuacutemero suficiente para cumprimento da cota Com a decisatildeo os oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo como o Ministeacuterio Puacuteblico do Trabalho por exemplo deveratildeo considerar o esforccedilo realizado pela empresa para cumprir a cota antes de proceder com a autuaccedilatildeo

CREMESP Eacute CONTRA PLANOS DE SAUacuteDE ldquoACESSIacuteVEISO Conselho Regional de Medicina do Estado de Satildeo Paulo (Cremesp) tem se manifestado contraacuterio agrave proposta do Ministeacuterio da Sauacutede sobre a criaccedilatildeo de planos populares com cobertura reduzida Entre os motivos destaca

bull Muitas especialidades meacutedicas exames e pro-cedimentos natildeo seriam incluiacutedos limitando o acircmbito de cuidados aos pacientes

bull Planos acessiacuteveis seriam incompatiacuteveis com hono-raacuterios dignos e assistecircncia de qualidade

bull Os meacutedicos teriam que assinar outro tipo de contrato com as empre-sas de planos de sauacutede diferente das regras de contratualizaccedilatildeo vigentes

O comunicado do CRESMESP chama de ldquoretrocessordquo a proposta de mudanccedila e af irma Eacute fundamental o desaparelhamento da Agecircncia Nacional de Sauacutede Suplementar dos interesses privados e lesivos ao inte-resse puacuteblicordquo

Rubens Covello presidente do IQG

Seguradoras Medicinas de Grupo Cooperativas Meacutedicas

2ordm tri15 3ordm tri15 4ordm tri15 1ordm tri16 2ordm tri16

234952

-18184

-62792 -57029 -44112

50223

-446654845

-439036

-286186

-223256-279982

37247

-74201

-193368

REMANDO CONTRA A MAREacute

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Economista-chefe do Sistema Abramge SinamgeSinog graduado em economia e mestre em economia aplicada pela UFJF e poacutes-graduado em inteligecircncia de mercado pela FIAP

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Na contramatildeo do mercado as operado-ras da mo-dalidade de Medicina de

Grupo registram vendas liacutequidas positivas de planos de sauacutede Nos uacuteltimos 15 meses foram comercial izados em termos liacutequidos mais de 300 mil novos planos

enquanto as segura-doras apuraram perda liacutequida de mais de 500 mil beneficiaacuterios e as cooperativas meacutedicas de mais de 11 milhatildeo

Aleacutem disso as 10 maiores operadoras de medicina de grupo todas elas verticalizadas regis-traram no consolidado a entrada de mais de 760

mil novos beneficiaacuterios no mesmo periacuteodo

Com modelo assis -tencia l baseado em rede de atendimento proacutepria e organizada para atender a demanda conforme o perf il da carteira de clientes as medicinas de grupo conseguem ofer ta r planos com preccedilo meacutedio equivalente quase agrave metade do registra-do por operadoras de outras modalida-des ndash este deve ser o principal diferencial competitivo e a mola propulsora do resulta-do positivo registrado

Fonte Elaborado pela Abramge com base em informaccedilotildees da ANS

Melh res Praacuteticas | 83

Marcos Paulo Novais

| Melh res Praacuteticas84

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Page 42: Revista Melhores Práticas sobre o Projeto Parto Adequado

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