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QUALIDADE DE VIDA NÃO INCLUI O TABACO PREVENÇÃO TABAGISMO 11/08/2017 1 J.Gretzitz

Tabagismo - Prevenção

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QUALIDADE DE VIDA NÃO INCLUI O

TABACO

PREVENÇÃO TABAGISMO

11/08/2017 1J.Gretzitz

INTRODUÇÃO

Um comportamento social aceitável e difundido por todo o mundo, reconhecido como doença a

partir do final do século passado. Em 1986 surge, nos Estados Unidos, o primeiro relatório

citando a nicotina como uma droga psicoativa e, em 1997, a Organização Mundial de Saúde a

classificando o tabagismo no grupo dos transtornos mentais e de comportamento

decorrentes do uso de substâncias psicoativas, na Décima Revisão da Classificação

Internacional de Doenças (CID-10). A dependência à nicotina obriga os fumantes a se exporem

a inúmeras substâncias tóxicas, responsáveis por cerca de 50 doenças no homem, sendo,

portanto imprescindível que todos os fumantes sejam aconselhados a parar de fumar.

Cerca de 80% dos fumantes desejam parar de fumar, porém apenas 3% o consegue sem ajuda.

O restante necessita de apoio formal para obter êxito, evidenciando a importância da abordagem

rotineira do fumante pelos profissionais de saúde.

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CONSIDERAÇÕES GERAIS

O tabagismo é uma doença crônica gerada pela

Dependência da nicotina.

O tabaco é responsável pelo desenvolvimento de pelo

menos 50 outras enfermidades, inclusive o câncer

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 200mil

mortes anuais são causadas pelo tabagismo; e 11%

da nossa população acima dos 18 anos é de fumantes.

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CONSIDERAÇÕES GERAIS

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O tabagismo é reconhecido pela medicina como doença crônica gerada

Pela Dependência da nicotina, estando, portanto, incluído na Classificação

Internacional de Doenças (CID-10) da Organização Mundial da Saúde – OMS

O usuário de tabaco é exposto a mais de 4.000 substâncias tóxicas,

muitas delas Cancerígenas.

Essa exposição faz do tabagismo o maior fator de risco isolado de

doenças graves e fatais

CONSIDERAÇÕES GERAIS

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Tabaco:

Importante no desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis

como o câncer, doenças pulmonares e cardiovasculares

Pode causar cerca de 50 outras doenças, especialmente problemas

ligados ao coração e à circulação

CONSIDERAÇÕES

Existem três aspectos da dependência à nicotina que devem ser

considerados ao se atender um fumante:

dependência física

dependência psicológica, e

condicionamentos ao fumar

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DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA

A dependência psicológica é a necessidade de utilizar uma droga

(no caso, a nicotina) para ter a sensação plena de funcionamento do

seu organismo, ou seja, o indivíduo busca no cigarro o alívio de tensões

internas, tais como angústia, sensação de vazio, depressão, ansiedade,

medo, estresse, além de imaginá-lo como um companheiro, em momentos

de solidão. Nestes momentos, não existe necessidade física de nicotina,

porém o fumante utiliza o cigarro, inconscientemente, para obter

sensação de prazer e bem-estar

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CONDICIONAMENTOS

Os condicionamentos ao fumar se caracterizam pelas associações

que o fumante faz com situações corriqueiras. Por estar presente em

sua rotina diária, muitas vezes, durante vários anos, o fumante passa a

incorporar o cigarro a essas situações, tais como:

Lembranças

Ambientes

Locais

Companhias

Pessoas

Lazer

Hobbies

Atividades

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A PANDEMIA DO TABAGISMO

Doença epidêmica que se espalha por todos

os continentes, sendo responsável pela morte

de 100milhões de pessoas no século XX

A proliferação deu-se pela glamorização do

uso do tabaco em todas as suas formas

Fumado – Mastigado – Aspirado (rapé)

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ALERTA MÉDICO

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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA)

o Tabagismo é causador de doenças com altos

índices de mortes preveníveis

No ano de 2025 ocorrerão 10milhões de mortes

Ocasionadas pelo uso do tabaco

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-O fumo pode causar câncer em locais do organismo ainda não bem estabelecidos na literatura

previamente existente, tais como: rim, cérvice uterino e medula óssea;

-O fumo interfere na saúde geral do indivíduo. Efeitos adversos do fumo iniciam antes do

nascimento e continuam ao longo da vida.

-O fumo causa catarata e contribui para o desenvolvimento da osteoporose, aumentando assim

o risco de fratura no idoso;

-No período de 1995-1999, o fumo causou 440.000 mortes prematuras nos EUA, anualmente,

levando a 13,2 anos potenciais de vida perdidos nos homens fumantes e a 14,5 anos perdidos

nas mulheres fumantes;

-Mudanças nos cigarros visando reduzir o conteúdo de nicotina não mostram benefícios

aparentes para a saúde pública.

DOS MALEFÍCIOS DO TABACO

MALEFÍCIOS DO TABACO

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Principais órgãos afetados:

Pele

Boca

Cérebro

Coração

Corrente Sanguínea

Estômago

Fígado

Rins

Pulmão

EFEITOS SOBRE A SAÚDE

A avaliação da relação causal entre tabagismo passivo e doenças crônicas respiratórias é difícil,

pois o aparecimento de sintomas clínicos pode ocorrer após 20 anos ou mais de exposição

Estudos sobre asma no adulto e a exposição ao tabagismo passivo procuram determinar a

relação deste como fator de risco e morbidade

Os sintomas respiratórios em adultos são mais frequentes em não tabagistas expostos ao

tabagismo passivo

Masi descreve reduções na função pulmonar em adultos não tabagistas expostos ao

tabagismo passivo

O tabagismo materno e paterno foi associado por especialistas ao diagnóstico de asma

Greer estudou o tabagismo passivo no ambiente de trabalho e o aparecimento de asma por

um período de 10 anos, concluindo ser o tabagismo um fator de risco significante

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A impotência sexual masculina pode ocorrer por diminuição da irrigação sanguínea, motivada

pelos mesmos mecanismos vasculares operantes no tabagismo. Estudo da Associação

Médica Britânica, em 2003, estimou que 120 mil homens fumantes entre 30 e 50 anos de

idade tornaram-se impotentes (apud www.inca.org.br). Na mulher fumante o índice de

fertilidade é significantemente inferior ao da que não fuma.

Existem evidências de que a mulher fumante chega à menopausa alguns anos antes que as

não fumantes, provavelmente, devido aos efeitos na desregulação hormonal provocada pelos

produtos do tabaco.

O tabagismo influencia negativamente na saúde sexual e reprodutiva dos adultos nos seus

vários aspectos, desde a impotência masculina, diminuição da fecundidade da mulher, maior

morbimortalidade da gestante e feto, assim como maior taxa de mortalidade perinatal. O

cigarro reduz em cerca de 40% as chances de a mulher engravidar.

IMPOTÊNCIA SEXUAL E DISTÚRBIOS DA

REPRODUÇÃO HUMANA

EFEITOS NOCIVOS NO AMBIENTE DE

TRABALHO

O tabagismo ativo está associado ao desenvolvimento de asma

ocupacional

Jindal observou que asmáticos adultos expostos ao tabagismo

passivo apresentavam taxa mais elevada de absenteísmo no trabalho

O tabagismo passivo, juntamente com outras exposições ambientais

e/ou ocupacionais, além de fatores genéticos, são responsáveis

por 10% da mortalidade atribuível à DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)

Há previsão de que a DPOC será a quarta causa mais importante de

doença, que leva à incapacidade física, no ano 2020

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SOBRECARGA ECONÔMICA E SOCIAL

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A prevalência, morbidade e mortalidade da Doença

Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC são variáveis em

diferentes países. Geralmente estão associadas à

prevalência do tabagismo.

A DOENÇA (DPOC) resulta em sobrecarga econômica e

social que está aumentando continuamente

DADOS ALARMANTES SOBRE O TABAGISMO

Mais de 5milhões de mortes a cada ano provocadas

por doenças associadas ao uso fumo (6 mortes/s)

Apenas no Brasil mais de 200mil mortes a cada ano

são causadas pelo tabagismo

Entre 1990-2015 houve uma queda de 55,0%

(aproximadamente) no consumo do tabaco entre os

brasileiros (as)

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A PREVENÇÃO É O CAMINHO

A nível mundial foi o Brasil que registrou a

maior redução geral na prevalência do

tabagismo diário

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TABAGISMO NO BRASIL - EPIDEMIOLOGIA

Prevalência do tabagismo entre mulheres e jovens, grupo em que houve

aumento

Um terço da população mundial com 15 anos ou mais é de fumantes

Um terço da população adulta é de fumantes

O tabagismo é inversamente associado ao nível socioeconômico

O maior índice de redução do tabagismo tem ocorrido nas classes sociais

mais elevadas

Cerca de 200mil óbitos por ano são atribuídos ao tabaco

Em: Araújo, 2004

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CONCLUSÃO

Dada a dimensão dos DANOS, conclui-se que os fumantes impõem

elevados CUSTOS sanitários com relação à própria SAÚDE e à saúde dos

outros, sem contar com a AGRESSÃO causada ao Meio Ambiente.

Os RISCOS e DANOS justificam medidas para a proibição do tabagismo

em locais públicos e de trabalho, campanhas educacionais para se evitar a

exposição do VÍCIO no meio domiciliar e para encorajar o abandono do

FUMO, lembrando que o sucesso destas medidas depende da correta

implementação do binômio Legislação-Educação.

Portanto, faz-se necessário maior compromisso por parte do Poder Público,

Médicos e Sociedade no intuito de alcançar um mundo livre do tabaco.”

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REFERÊNCIA

Global Burden of Disease 2015 – Estudo publicado pela revista científica “The Lancet “(2017)

Carvalho LMT, Pereira EDB. Morbidade respiratória em crianças fumantes passivas. J. Pneumol 2002;28:8-14

Masi MA, Hanley JA, Ernst P, et al. Environmental exposure to tobacco smoke and lung function in young adults.

Am Rev Resp Dis 1988:138:296-9

Greer JR, Abbey DE, Burchette RJ. Asthma related to occupational and ambient air pollutants in nonsmokers.

J Occup Med 1993;35:909-15

Jindal SK, Gupta D, Singh A. Indices of morbidity and control of asthma in adult patients exposed to

environmental tobacco smoke. Chest 1994;106:746-9

https://www.news-medical.net/health

28th Surgeon General Report – publicado em 27 de maio de 2004.

Diretrizes para Cessação do Tabagismo - Jornal brasileiro de pneumologia. vol.30 suppl.2 São Paulo Aug. 2004

http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132004000800002

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