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ÚLCERA POR PRESSÃO (UPP) Discentes: Anne Cardim, Cíntia Costa, Elandia Moreno, Greice Santana, Laís Santos, Larissa Cerqueira, Laura Helena, Rafaela Lima, Shâmara Lisboa.

Úlcera Por Pressão

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Page 1: Úlcera Por Pressão

ÚLCERA POR PRESSÃO

(UPP)

Discentes:

Anne Cardim, Cíntia Costa, Elandia Moreno,

Greice Santana, Laís Santos, Larissa Cerqueira,

Laura Helena, Rafaela Lima, Shâmara Lisboa.

Page 2: Úlcera Por Pressão

DEFINIÇÃO ÚLCERA POR PRESSÃO

É uma lesão localizada na pele e/ou no tecido ou estrutura

subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea,

resultante de pressão isolada ou de pressão combinada com

fricção e/ou cisalhamento.

Esta enfermidade é caracterizada por quadro doloroso,

associado a outras complicações, tendo custo emocional e

financeiro muito alto.

(National Pressure Ulcer Advisory Panel, 2007)

Page 3: Úlcera Por Pressão

Úlcera Por Pressão (ou Úlcera de Decúbito ou Escara Sacral)

Tipo especial de lesões da pele, de

extensão e profundidade

variáveis;

A principal causa é a deficiência

prolongada na irrigação sanguínea;

Oferta insuficiente de nutrientes em

determinada área do corpo;

Devido a pressão externa exercida por

um objeto contra uma superfície óssea

ou cartilaginosa;

Aumentando a umidade e fricção no

local agravando o quadro das lesões

rapidamente;

Page 4: Úlcera Por Pressão

EPIDEMIOLOGIA ULCERA POR PRESSÃO

Apresentam alta prevalência e incidência em pacientes

hospitalizados, tanto em centros de cuidados primários, como

terciários ou em instituições especializadas para idosos ou

deficientes físicos.

Têm relação direta com a idade do paciente e com as características

da instituição onde este se encontra.

Em unidades hospitalares de atendimento de urgência, a prevalência

de UP varia de 5% a 15%, em casas de repouso, de 15% e 20% e, em

centros de reabilitação, de 30%

a 50%1.

Projeto Diretrizes. Terapia Nutricional para Portadores de Úlceras por

Pressão. São Paulo: AMB; 2011

Page 5: Úlcera Por Pressão

FATORES DE RISCO PARA A OCORRÊNCIA

DE ÚLCERA POR PRESSÃO

Uso de algumas droga como

corticóides, entre outros.

O cuidado nutricional tanto na prevenção como no

tratamento das UP é relevante e tem também impacto no

controle das demais comorbidades.

Projeto Diretrizes. Terapia Nutricional para Portadores de Úlceras por

Pressão. São Paulo: AMB; 2011

Imobilidade no leito, ma

circulação e ulcera previa.

Presença de doenças

crônicas (DM).

Desnutrição, caquexia ou

obesidade.

Page 6: Úlcera Por Pressão

CAUSAS PARA UPP

FRICÇÃO

Ocorre quando duas superfícies entram em atrito.

É a causa mais comum; acontece quando o paciente é

arrastado sobre a cama, ao invés de ser levantado.

(Dealey, 1996).

Page 7: Úlcera Por Pressão

CAUSAS PARA UPP

CISALHAMENTO

Causado por interação da gravidade e da superfície, que exercem

forças paralelas na pele.

Enquanto a gravidade empurra o corpo para baixo, há resistência

do paciente sobre a superfície da cama ou cadeira.

Page 8: Úlcera Por Pressão

Áreas de incidência de úlceras por pressão:

PONTOS MAIS CRÍTICOS DA UPP

Page 9: Úlcera Por Pressão

COMPRESSÃO DO TECIDO MOLE ENTRE UMA PROEMINÊNCIA

ÓSSEA E UMA SUPERFÍCIE RÍGIDA POR UM PERÍODO PROLONGADO

Page 10: Úlcera Por Pressão

PREVENÇÃO DA U.P. As estratégias de prevenção envolvem seis elementos

fundamentais:

Do ponto de vista nutricional, os seguintes fatores devem ser

avaliados como risco para desenvolvimento de UP: anorexia (IMC

< 18,5 kg/m2), presença de hipoalbuminemia, anemia, alterações

imunológicas, associação com doença gastrointestinal e câncer.

Adequar a nutrição e

a hidratação

Projeto Diretrizes. Terapia Nutricional para Portadores de Úlceras por

Pressão. São Paulo: AMB; 2011

Diariamente reavaliar

Minimizar a pressão

sobre as áreas corporais

Controlar a umidade da

pele

Inspecionar a pele

Avaliar à admissão

Page 11: Úlcera Por Pressão

SÃO FATORES DE RISCO PARA A OCORRÊNCIA

DE UP

Fatores intrínseco = tolerância tecidual, alterações

cutâneas pré – existentes, déficit nutricionais, hipotensão/

perfusão residual prejudicada, idade avançada, mobilidade

reduzida, sensibilizada reduzida, peso corpóreo alterado,

drogas, diminuição do nível de consciência, dor.

Fatores extrínseco = umidade, pressão (intensidade e

duração), friccao e cisalhamento.

Page 12: Úlcera Por Pressão

ESTÁGIOS DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO

• Estágio I - Edema + eritema da pele ainda intacta.

• Estágio II - Escarificação da pele.

• Estágio III - Dano da espessura total da pele, indo até o

músculo sem atravessá-lo.

• Estágio IV - Destruição de todos os tecidos, inclusive o

muscular e o ósseo.

(National Pressure Ulcer Advisory Panel)

Page 13: Úlcera Por Pressão

ESTÁGIO I Coloração

Dor ou prurido

Presença de eritema não esbranquiçado, com pele intacta.

Em pacientes com pele escura, a descoloração da pele, calor,

edema, endurecimento.

Podem ser indicadores de lesão neste estágio.

Page 14: Úlcera Por Pressão

ESTÁGIO II É uma perda parcial da pele, envolvendo epiderme, derme, ou

ambos. A úlcera é superficial e apresenta-se clinicamente como

um abrasão, uma bolha ou uma cratera rasa.

Page 15: Úlcera Por Pressão

ESTÁGIO III

Perda de toda espessura da pele com envolvimento do tecido

subcutâneo podendo se estender à fáscia. A úlcera se apresenta

clinicamente como uma cratera profunda.

Page 16: Úlcera Por Pressão

ESTÁGIO IV

Perda total de tecido com exposição óssea, de músculo ou tendão.

Pode haver presença de esfacelo ou escara em algumas partes do

leito da ferida. Freqüentemente, inclui descolamento e túneis.

Page 17: Úlcera Por Pressão

ULCERA QUE NÃO PODE SER CLASSIFICADA

Lesão com perda total de tecido, na qual a base da úlcera

está coberta por esfacelo, (amarelo, marrom, cinza,

esverdeado ou castanho) e /ou a escara (marrom, castanha,

negra) no leito da lesão.

Page 18: Úlcera Por Pressão

ESCALAS PARA AVALIAÇÃO DO RISCO PARA ÚLCERA

POR PRESSÃO

Escala de Norton Escala de Braden Escala de Waterlow Escala de Gosnell

Page 19: Úlcera Por Pressão

Escala de NORTON - Total de <14 pontos = “Correndo Risco”

Condições

Físicas

Condições

Mentais Atividades Mobilidade Continência

Boa 4 Alerta 4 Deambula 4 Plena 4 Boa 4

Razoável 3 Apático 3 Deambula com ajuda 3 Discretamente

limitada 3 Ocasional 3

Ruim 2 Confuso 2 Senta em uma cadeira 2 Muito limitada 2 Freqüente 2

Muito Ruim 1 Torporoso 1 Permanece no leito 1 Imóvel 1 Urinária e

Fecal 1

Total: _____ Total: ____ Total: _____ Total: _____ Total: _____

A escala consiste de cinco fatores de risco: condição física, estado

mental, atividade, mobilidade e incontinência.

Cada um dos fatores de risco é dividido em vários níveis, e cada

nível é pontuado numa escala de 1 a 4, com uma ou duas palavras

descritivas para cada nível.

Page 20: Úlcera Por Pressão

• A contagem de pontos baixa, indica uma baixa habilidade funcional, estando o indivíduo em alto risco para desenvolver a úlcera de pressão. • A pontuação pode ir de 4 a 23. • Pacientes adultos hospitalizados, com uma contagem < que 16 pontos, são considerados de risco. • Uma pontuação de 16 é considerada risco mínimo; de 13 a 14, risco moderado; de 12 ou menos, risco elevado.

Avaliação do grau de risco - Escala de BRADEN

Percepção

Sensorial

1. Totalmente

limitado

2. Muito

limitado

3. Levemente

limitado

4. Nenhuma

limitação

Umidade 1. Excessiva 2. Muita 3. Ocasional 4. Rara

Atividade 1. Acamado 2. Confinado a

cadeira

3. Deambula

ocasionalmente

4. Deambula

freqüentemente

Mobilidade 1. Imóvel 2. Muito

limitado 3. Discreta limitação 4. Sem limitação

Nutrição 1. Deficiente 2. Inadequada 3. Adequada 4. Excelente

Fricção e

Cisalhamento 1. Problema

2. Problema

potencial

3. Sem problema

aparente __________

Total: Risco Brando

15 a 16 ( )

Risco Moderado de

12 a 14 ( )

Risco Severo

abaixo de 11 ( )

Page 21: Úlcera Por Pressão

Cartão de Pontuação de WATERLOW

Tipo de pele Mobilidade Débito

Neurológico Continência

Riscos Especiais

Má Nutrição Tecidual

Cirurgia

grande porte ou trauma

Medicação

Saudável 0 Total 0 MS.

Paraplegia 4 - 6

Normal 0 Caquexia terminal 8

Ortopédica

abaixo cintura, espinha dorsal 5

Esteroides 4

Fina - Folha de papel 1

Nervoso 1 Incontinência Ocasional 1

Insuficiência cardíaca 5

Na mesa de

operação: > 2 horas 5

Citotóxicos 4

Seca 1 Apático 2 Cateter

Incontinência 2 Doença vascular

periférica 5 Anti-

inflamatório 4

Edematosa 1 Restrita 3 Incontinência

Dupla 3 Anemia 2

Viscosa Inerte/ Tração

4 Fumo 1

Descorada 2 Preso à

cadeira de rodas 5

Quebradiça 3

Médio risco > 10 pontos

Alto risco > 15 pontos

Ela classifica em: “de risco”, “alto risco” e “risco muito alto”

Os últimos 04 fatores são considerados de risco especial.

Page 22: Úlcera Por Pressão

Escala de Gosnell

A escala de Gosnell está constituída também de cinco

fatores de risco: estado mental, continência, mobilidade,

atividade e nutrição, contendo três ou mais palavras ou

sentenças descritivas para cada fator de risco.

A faixa de pontuação possível para a escala de Gosnell

varia de 5 a 20;

Page 23: Úlcera Por Pressão

Escala de Avaliação de Risco de Gosnell

Identidade Idade, Sexo, Altura, Peso Diagnóstico Médico Diagnóstico de Enfermagem Data de Admissão Data de Saída *Complete todas as categorias com 24 horas de admissão e todos os outros dias em diante.

Estado

Mental Continência Mobilidade Atividade Nutrição Total de Pontos

Alerta

1

Completamente

controlada

1

Completa

1 Deambulante

1 Boa

1

Apático

2

Usualmente

controlada

2

Ligeiramente

limitada 2

Caminha com

assistência

2

Regular

2

Confuso 3

Minimamente

controlada

3

Muito Limitada

3 Limitado a

cadeira 3 Pobre

3

Torporoso

4

Ausência de controle 4

Imóvel 4

Acamado 4

Inconsciente

5

Data

Sinais Vitais Dieta

Balanço

Fluído

de 24

horas

Aparência Geral da Pele

Intervenções

Cor Umidade Temperatura Textura

1. Pálida 1. Seco 1. Baixa 1. Lisa

2. Manchada 2. Úmido 2. Muito baixa 2. Aspera

3. Rósea 3.

Oleoso 3. Quente

3. Delgada/

Transparente

4.Acinzentada 4. Outro 4. Elevada 4.

Escamosa

5. Rubra 5. Grosseira

6. Cianótica 6. Outra

7. Ictérica

Temp. Pulso F.Resp. P.A.

Entrada Saída 8. Outro Sim Não Descreve

Page 24: Úlcera Por Pressão

CUIDADOS COM HIGIENE O CURATIVO

Manter o meio úmido:

Estímulo para aumento de mitoses

Reduz a dor

Aumento da velocidade de cicatrização

Promoção da epitelização.

Otimizar o volume de exsudato:

Evitar a maceração da pele adjacente.

Reavaliação

Uma úlcera limpa e com fluxo sanguíneo adequado deve

mostrar melhora em 2 a 4 semanas.

Page 25: Úlcera Por Pressão

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS

Segundo o (IBANUTI, 2001), 50% dos indivíduos hospitalizados no Brasil em hospitais gerais possuem desnutrição. Recomendação de dieta hipercalórica.

VET (Kcal/kg) 30 a 35 kcal/kg/dia de energia, podendo variar de acordo

com as doenças concomitantes;

PTN (g/kg) 1,2-1,5 g/kg/dia de proteínas

1,5 g/kg/dia em situações de grande catabolismo

CHO (%) 45-65% do VET - DRIs

LIP (%) 20 – 35% do VET - DRIs

Líquidos 2,7 mL/dia/mulher – 3,7 mL/dia/homem - DRIs

Fibras 20 – 25 g/dia

Vitamina A Regula o desenvolvimento epidérmico e atua na imunidade;

B6 (piridoxina) falta pode deixar a pele escamosa;

Page 26: Úlcera Por Pressão

FONTE : Revista Ciências em Saúde, 2011

Nutrientes Envolvidos na UPP

Page 27: Úlcera Por Pressão

IMPORTÂNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL

O estado nutricional interfere diretamente na reparação

tecidual.

A desnutrição está associada à cicatrização inadequada, por

redução da produção de fibroblastos, de neoangiogênese e de

síntese de colágeno, além de menor capacidade de

remodelação tecidual.

Assim sendo, o adequado aporte nutricional é fundamental

nas diferentes etapas de cicatrização.

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Pressão. São Paulo: AMB; 2011

Page 28: Úlcera Por Pressão

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

O rastreamento e a avaliação do estado nutricional em

indivíduos de risco de UP podem ser realizados utilizando

medidas relativamente simples:

Estatura e peso em conjunção com IMC

Aferição de pregas cutâneas

Avaliação do consumo alimentar e

Índices bioquímicos: hematocrito, hemoglobina, albumina

sérica entre outros.

(CASTILHO,CALIRI,2005, EPUAP,NPUAP,2009,YATABE,2011)

Page 29: Úlcera Por Pressão

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

Quando não houver condições de realizar medidas mais

objetivas pode-se utilizar medidas de Avaliação subjetivas

global (ASG) como meio de acesso ao estado nutricional do

paciente (GARAVEL, et al 1988).

Page 30: Úlcera Por Pressão

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

A avaliação clínica, da qual se destaca a avaliação global

subjetiva é, em geral, a técnica mais indicada por avaliar

alterações da composição corporal e da ingestão alimentar,

além de alterações funcionais do paciente.

É um processo simples, de baixo custo e não invasivo, que

pode ser realizado à beira do leito por diferentes membros

da equipe multidisciplinar de terapia nutricional.

A avaliação global subjetiva é a forma mais

indicada de avaliar o estado nutricional de

pacientes com UP.

Projeto Diretrizes. Terapia Nutricional para Portadores de Úlceras por

Pressão. São Paulo: AMB; 2011.

Page 31: Úlcera Por Pressão

SUPLEMENTAÇÃO EM UPP

Cubitan Support 200ml

fórmula hiperprotéica, contem arginina e com alto teor de

micronutrientes relacionados à cicatrização (zinco, vitamina

C, A e E, selênio) além da presença do mix de carotenóides.

Isento de glúten e contém sacarose.

Deve – se proporcionar suplementos nutricionais as

pessoas em que se identifique alguma deficiência.

Indicações de uso do produto:

ÚLCERAS DE GRAU I E II - 1 a 2 unidades/dia

ÚLCERAS DE GRAU III E IV - 2 a 3 unidades/dia

Volume a ser consumido para atingir as necessidade

diárias de vitaminas e minerais (IDR): 212ml (EPUAP,2013)

Page 32: Úlcera Por Pressão

LEMBRETE!

Page 33: Úlcera Por Pressão

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral;

Associação Brasileira de Nutrologia; Sociedade Brasileira

de Clínica Médica. Projeto Diretrizes. Terapia

Nutricional para Portadores de Úlceras por Pressão.

São Paulo: AMB; 2011.

European Pressure Ulcer Advisory Panel. Directrizes de

nutrição na prevenção e tratamento de úlceras de pressão.

2003.

SILVA, da Carolina. Perfil nutricional e Úlceras por

Pressão em pacientes hospitalizados, Porto Alegre,2011.

European Pressure Ulcer Advisory Panel (EPUAP), 2013.