A história de um sonho - A Casa da Cultura Digital e as redes político-culturais

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1. A HISTRIA DE UM SONHO Dois movimentos 1. A Casa da Cultura Digital 2. As redes poltico-culturais por Rodrigo Savazoni 2. ...como tudo comeou... 3. ...como tudo comeou Um grupo de pessoas, jovens em sua maioria, com vontade de fazer, fazer e fazer, sem se submeter aos ditames do mercado e com forte sentimento de que vivemos um novo momento poltico e cultural, permitido,fundamentalmente, pela internet e pelo computador. Um momento de afirmao da liberdade, em que o colaborar suplanta o competir; em que borram-se as fronteiras entre cpia e original; em que o participar modifica a forma de assistir; em que a audincia se torna comunidade; em que o processo passa a valer tanto quanto o produto; que a descentralizao e as formas distribudas engolem a centralizao e o controle unitrio; em que mais bonito ser aberto que fechado; em que o consumir se torna uma outra experincia; em que o dilogo regra, no mais o monlogo; em que a conversa toma o lugar da palestra; e em que o gratuito coloca os defensores do pago em maus lenis. Uma era em que os prefixos re- e co- ganham fora, promovendo a recombinao e a cooperao nas dinmicas de criao. 4. ...os primeiros passos... Em 2008 um grupo se juntou para criar uma ONG chamada Laboratrio Brasileiro de Cultura Digital; Outro grupo, muito diverso, de pessoas que se conheciam pela internet, elaborou um projeto de cobertura cidad das eleies municipais de So Paulo; Esses dois grupos se uniram e criaram uma lista de discusso, virtual, em que comearam a compartilhar ideias; Esse grupo da lista de discusso resolve buscar um espao coletivo de trabalho. Primeiro, encontram uma casa nas imediaes da Rua Augusta. A casa, no entanto, vendida, e destruda para virar um prdio; Esse grupo reafirma o interesse de caminhar junto, e ento alugam duas casas em uma vila, o Parque Savia, prdio tombado pelo patrimnio histrico, na Barra Funda; Durante os primeiros trs meses, devido a problemas com a Telefnica, que impedida de expandir seus servios pela Anatel, a Casa da Cultura Digital opera sem internet; A CCD comea a ser ocupada. Construmos nossos prprios mveis. Compartilhamos equipamentos e decorao; 5. ...o cinturo do Batman... A CCD sempre se caracterizou por ser um hub de articulao de pessoas, que se organizavam de diferentes formas: coletivos, associaes, redes descentralizadas, empresas, produtoras. Ou seja, no possua uma soluo institucional nica e as diferentes pessoas jurdicas existentes eram utilizadas de forma cooperativa para viabilizar os projetos, adequando-se s exigncias do poder pblico, do mercado ou mesmo da sociedade civil organizada. 6. Nossas questes 7. Experincias principais 8. ...inaugurando a CCD... 9. CulturaDigital.Br Rede CulturaDigital.Br Frum da Cultura Digital (2009) Frum da Cultura Digital (2010) Simpsio Acervos Digitais (2010) Cibercultura 10+10 (2010) Futurvel (2010) Festival CulturaDigital.Br (2011) 10. Rede CulturaDigital.Br 11. Frum da Cultura Digital (2009) 12. Frum da Cultura Digital 2010 13. Festival CulturaDigital.Br (2011) 14. Festival CulturaDigital.Br (2011) 15. Festival CulturaDigital.Br (2011) 16. Transparncia Hacker 17. Hack Day 18. Invases Hacker 19. nibus Hacker 20. Produo Cultural no Brasil 21. Produo Cultural no Brasil 22. Baixo Centro 23. Baixo Centro 24. ...primeiro hackerspace do Brasil... 25. ...Garoa Hacker... 26. Metamquina 27. Remixofagia 28. Retalhos 29. Arte Fora do Museu 30. Mapas de Vista 31. Mapa da Cachaa 32. Jandig 33. Samba na Casa do Gato 34. A era dos levantes 35. Cultura Digital Articulaes crescem com a popularizao da internet e das novas tecnologias no Brasil e com a organizao de uma cultura digital brasileira; jovens realizadores no s descrevem a realidade, mas acima de tudo transformam- na. Tcnica e poltica, neste debate, jamais podem ser observadas em separado 36. Diversidade ideolgica Sem filiaes ideolgicas rgidas; Ao como forma de encontrar caminhos; Esquerda libertria; Disputa se estabelece tambm no contexto da cultura corporativa narrativas e guerra de memes. 37. A vida ps-partidos Sem submisso aos partidos polticos (ps- partidarismo como opo poltica) Sem relao de subordinao aos movimentos sociais surgidos nas trs dcadas anteriores; Induo por meio de polticas pblicas de valorizao das expresses culturais contemporneas, perifricas e da utilizao de tecnologias livres multiplicidade e fomento s dissidncias; 38. Novos territrios Defesa da democracia (relao aberta com o poder pblico e no desenvolvimento de polticas pblicas) Valorizao do Comum (software livre e questionamento da propriedade intelectual) O DIY, fazer com as prprias mos, ganha o apoio do DIT, que fazer junto (organizao em coletivos tticos e arranjos provisrios) 39. Novos territrios tica Hacker mais que perceptvel reivindicada por essas redes de ativismo (criao do verbo raquear) raqueamento como mtodo permanente de relacionamento com as estruturas tradicionais de poder Experimentao de variadas formas de organizao e articulao: laboratrio de experimentos polticos em rede (zonas autnomas temporrias e permanentes, aglomeraes, comunidades) 40. Novos territrios Processo de ao individual (singular) e coletivo em busca do desenvolvimento de tecnologia (compreendida de uma forma muito ampla): formas inovadoras de solucionar problemas reais; Articulao entre redes; A cultura como locus de afirmao da tra1nsformao da sociedade: emergncia de uma nova cultura poltica. 41. Redes poltico-culturais Recorro expresso poltico-cultural por enxergar nela uma forma de expressar concentradamente trs caractersticas que observo nesses grupos que esto produzindo a histria do nosso tempo: (1) a organizao do campo da produo imaterial, ou simblica, ou cultural; (2) a formulao de uma nova cultura poltica, baseada na colaborao, no afeto e em dinmicas em rede (mais ou menos horizontais); (3) a interferncia, a partir da comunicao, da cultura, da mobilizao e da interveno direta, nas dinmicas de poder tradicionais. 42. Ativismo reticulador "O ativismo reticulador aquele que tece redes, que se incumbe de, como no delicado tecido reticular de nossos crebros, desenvolver-se estabelecendo conexes entre diferentes elementos. O ativismo digital reticulador tem no ato de organizar redes um fim em si e um meio para atingir seus objetivos estratgicos, to amplos como confrontar os 1% do planeta que dirigem o capitalismo global, ou to especficos como reorganizar a vida comunitria em bairros perifricos." 43. Fora do Eixo 44. Agncia Solano Trindade 45. Rede Metareciclagem 46. Rede Enraizados 47. ...da utopia... 48. ...ao cercamento... 49. Obrigado Rodrigo Savazoni [email protected] @rodrigosavazoni