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Contribuições Sociais - Questões Atuais Regime Constitucional das Contribuições Prof. Rodrigo Santos Masset Lacombe

Contribuições sociais

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Contribuições nos sistema tributário Nacional

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Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

Prof. Rodrigo Santos Masset Lacombe

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questões1. Construa as Regras-Matrizes de Incidência das ContribuiçõesSociais previstas no artigo 195, inciso I, da ConstituiçãoFederal.

2. Defina os conceitos de “receita e faturamento” e, a seguir,responda (vide Questão de Ordem em Ação Cautelar 990-1/SPindicada na bibliografia):

a) o § 1º do artigo 3º da Lei Federal n° 9.718, de 27 denovembro de 1998, teria alargado a base de cálculo daCOFINS, à luz da redação original do artigo 195, inciso I, alínea“b”, da Constituição Federal, revelando-se, portanto,inconstitucional?

b) em caso positivo, a Emenda Constitucional n° 20, de 15 dedezembro de 1998, poderia ter emprestado o embasamentoconstitucional que faltava à Lei Federal 9.718/88 em questão?

3. Por que se afirma que a inclusão do ICMS na base de cálculoda COFINS é inconstitucional? Qual o posicionamento do STF arespeito dessa questão?

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4. Sobre as Contribuições para a Seguridade Social (Previdência, AssistênciaSocial e Saúde), responda:

a) a alteração de prazo para recolhimento da COFINS e do PIS deve observaro Princípio da Anterioridade Nonagesimal previsto no § 6º do artigo 195 daConstituiçãoFederal? Por quê? O que significa o termo “modificado”?

b) qual o termo inicial (a quo) do prazo da anterioridade para contribuiçãosocial criada ou majorada por medida provisória convertida em lei, na qualnão há modificações no texto? E quando há modificação no texto? Justifique.

c) o §7° do artigo 195 da Constituição Federal prevê verdadeira isenção, outrata-se de uma imunidade? Há necessidade de lei complementar paraestabelecer as exigências mencionadas no dispositivo ou basta lei ordinária?Qual a abrangência do termo “entidades beneficentes de assistência social”?

5. A emenda constitucional nº 33/2001 vedou a instituição de contribuiçõessociais e de intervenção no domínio econômico sobre receitas decorrentes deexportação. Diante dessa disposição constitucional, discorra acerca dapossibilidade de incidência da Contribuição Social sobre o Lucro Líquidoincidente sobre o lucro decorrente de exportações.

questões

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6. As sociedades civis de prestação de serviços relativos a profissãoregulamentada estão sujeitas à COFINS? Nesse caso, poderia a LeiFederal nº 9.430/96 revogar isenção concedida pela Lei Complementar nº70/1991?

7. O legislador infraconstitucional enfrenta limites constitucionais quanto àvedação de créditos no regime não-cumulativo da COFINS? Pode a leivedar créditos de valores relativos a insumos na prestação de serviços?Conceitue insumos e discorra acerca da possibilidade de geração decréditos de COFINS nas situações abaixo arroladas:

a) diárias pagas a empregados e funcionários na prestação de serviços emlocalidade diversa;

b) transporte de produtos entre estabelecimentos industriais; desses paraos centros de distribuição; de um centro de distribuição para outro ou doestabelecimento vendedor para o comprador;

c) aquisição de partes e peças de reposição e com serviços demanutenção em veículos, máquinas e equipamentos empregadosdiretamente na prestação de serviços e na produção ou fabricação debens ou produtos destinados à venda.

questões

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8. Em que diferem os métodos da não-cumutatividade do PIS e daCOFINS em relação ao método da não-cumutatividade do IPI eICMS?

9. As contribuições devidas ao INCRA e FUNRURAL são devidas porempresas urbanas?

10. Comente os limites do legislador ordinário na instituição deCIDE´s.

11. As contribuições de interesse de categorias profissionais devemsubmeter-se por completo ao Princípio da Estrita Legalidade?Comente o artigo 2º da Lei Federal nº 11.000/20043, frente aoartigo 150, inciso I, da Constituição Federal de 1988.

12. Qual a finalidade constitucionalmente prevista para asContribuições de Interesse das Categorias Profissionais ouEconômicas? Dê exemplos dessa espécie de Contribuição.

13. Defina o conceito de “contribuição”, indicando sua natureza(imposto, taxa, contribuição de melhoria ou espécie tributáriaautônoma), e indique as espécies de contribuições previstas noordenamento constitucional brasileiro.

questões

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14. Quanto às contribuições de intervenção no domínio econômico, responda:a) qual a finalidade constitucionalmente prevista para essas contribuições?

b) o que se entende por domínio econômico e quando pode o Estado intervir nessecampo?

c) as materialidades e sujeitos passivos dessas contribuições devem guardarpertinência com o grupo ou setor da economia que sofrerá a intervenção? Porquê?

15. Em meados do ano de 2000 foi criada a CIDE/Royalties, com a finalidade deestimular o desenvolvimento tecnológico brasileiro por meio de incentivos aprogramas de pesquisa. Diante das imprecisões dos textos legais, a FazendaNacional passou a exigir o pagamento da CIDE/Royalties sobre quaisquer valoresremetidos ao exterior a título de remuneração pelo licenciamento de software,independente de haver ou não transferência de tecnologia. Após inúmerasincursões judiciais promovida pelos contribuintes, adveio a Lei Federal nº11.452/07, acabando com a controvérsia ao dispor que, desde 1º de janeiro de2006, a CIDE/Royalties “não incide sobre a remuneração pela licença de uso ou dedireitos de comercialização ou distribuição de programa de computador, salvoquando envolverem a transferência da correspondente tecnologia”. Diante dessecenário, responda: a Lei Federal nº 11.452/07 é interpretativa? Ela possui efeitosretroativos, ou seja, os contribuintes têm direito à repetição dos valores recolhidosantes de seu advento a título de CIDE/Royalties incidentes em operaçõescontratuais que não envolvem transferência de tecnologia?

questões

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• NATUREZA JURÍDICA:

(a) classificação tricotômica, tripartite ou trinária: GERALDO ATALIBA*

(impostos, taxas e contribuições); PAULO DE BARROS CARVALHO,

ROQUE CARRAZZA, SACHA CALMON NAVARRO COÊLHO,

OCTAVIO CAMPOS FISCHER, GILBERTO DE ULHÔA CANTO,

AMÉRICO LACOMBE (impostos, taxas e contribuições de melhoria).

(b) classificação pentacótoma, quinquipartite ou quinária: LUCIANO

AMARO, MISABEL DERZI, MARÇAL JUSTEN FILHO, HUGO DE

BRITO MACHADO, MARCIAL FERREIRA JARDIM, JOSÉ EDUARDO

SOARES DE MELO, MÁRCIO SEVERO MARQUESTÁCIO LACERDA

GAMA, AROLDO GOMES DE MATTOS, IVES GANDRA DA SILVA

MARTINS, MARCO AURÉLIO GRECO (impostos, taxas, contribuições

de melhoria, contribuições especiais e empréstimos compulsórios).

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TABELA DE INDIVIDUALIZAÇÃO (Márcio Severo Marques):

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• JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:

• “As diversas espécies tributárias, determinadas pela hipótese de incidência

ou pelo fato gerador da respectiva obrigação (CTN, art. 49), são as

seguintes: a) os impostos (C.F., arts. 145, 1, 153, 154, 155 e 156); b) as

taxas (C.F., art. 145, II); c) as contribuições, que podem ser assim

classificadas: c.1. de melhoria (C.F., art., 145, III); c.2. parafiscais (C.F., art.

149), que são: c.2.l. sociais, c.2.1,1. de seguridade social (C.F., art. 195, 1, II,

III), C.2.l.2. outras de seguridade social (C.F., art. 195, parág. 4.º), c.2.1.3.

sociais gerais (o FGTS, o salário-educação, C.F., art. 212, parág. 5.º,

contribuições para o SESI, SENAI, SENAC, C.F., art. 240); c.3. especiais:

c.3.1. de intervenção no domínio econômico (C.F., art., 149) e c.3.2.

corporativas (C.F., art. 149). Constituem, ainda, espécie tributária: d) os

empréstimos compulsórios (C.F., art., 148). [...] O citado artigo 149 institui

três tipos de contribuições: a) contribuições sociais, b) de intervenção, c)

corporativas. As primeiras, as contribuições sociais, desdobram-se, por sua

vez, em a.1) contribuições de seguridade social, a.2) outras de seguridade

social e a.3) contribuições sociais gerais.” (RE 138.284-8 / CE. T. Pleno. Rel.

Min. Carlos Velloso. D.J. 28.08.92).

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• ESPÉCIES DE CONTRIBUIÇÕES (Paulo de Barros Carvalho):

(a) contribuições sociais (gerais e da seguridade social);

(b) contribuições de intervenção no domínio econômico;

(b.1) deve existir um campo em que caiba intervenção;

• domínio econômico: “o plano da linguagem social, consistente

no conjunto de atividades de produção, circulação de riqueza e

prestação de serviços” (Tácio Lacerda Gama) – livre iniciativa;

(b.2) deve se circunscrever ao setor/área/atividade objeto da

intervenção, o que se aplica à própria sujeição passiva do

tributo;

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contribuições de intervenção no domínio econômico - continuação...

(b.3) finalidade: não é instrumento de intervenção; deve

apresentar finalidade de custeio de atividade de intervenção do

domínio econômico, observado o art. 170 da CF;

•formas de intervenção (Eros Roberto Grau):

(i) por absorção ou participação: como agente econômico,

assumindo o controle dos meios de produção/troca; ou apenas de

parcela deles;

(ii) por direção: pressão sobre a economia, estabelecendo normas

de comportamento; e

(iii) por indução: manipulação dos instrumentos de intervenção

com observância das regras de funcionamento do mercado.

(b.4) limitação temporal?

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(c) contribuições no interesse de categorias profissionais

ou econômicas;

(d) Cosip (art. 149-A): Municípios e Distrito Federal:

(e) Contribuição (Estadual/Municipal/DF) para o custeio

de regime próprio de previdência de servidores públicos

(art. 149, § 1º).

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• DESTINATÁRIO CONSTITUCIONAL DO TRIBUTO:

(a)Teoria trinaria: referibilidade mediata: “a retribuição do Estado a

determinados grupos sociais (na taxa a retribuição é individual)

constitui a causa e ao mesmo tempo a finalidade em razão das

quais são instituídas e cobradas as contribuições.” (Sacha Calmon

Navarro Coelho). Por isso, somente estes – nunca terceiros

estranhos a este contexto – é que poderão ser obrigados a suportar

tais contribuições. (Roque Antônio Carrazza).

(a)Teoria quinária: não é uniforme quanto a tal exigência. Em geral,

exige-se o requisito em se tratando das CIDEs, porque a intervenção

no domínio econômico que legitima a instituição do tributo deve ser

sempre setorizada. “O ‘benefício especial’ presente nas

contribuições especiais não é imprescindível com relação aos

sujeitos passivos das contribuições interventivas, podendo dar-se

até mesmo o inverso.” (Etevão Horvath)

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• DESTINO DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO:

- STF - RE 164.733/SP: “[...] é da essência do regime jurídico

específico da contribuição para a seguridade social a sua

destinação constitucional” (Rel. Min. Moreira Alves: RTJ

143/691).

- Tredestinação do produto da arrecadação e direito de não

pagar o tributo: AGRRE 236.401-9/SP. Rel. Min. Carlos

Velloso. DJ 05.02.99: “... a destinação do tributo diz com a

legitimidade deste e, por isso, não ocorrendo a destinação

constitucional do mesmo, surge para o contribuinte o direito de

não pagá-lo.”

- DRU. Art. 76-Adct (EC 27/2000): Desvinculação de 20% da

receita.

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• “PARAFISCALIDADE NECESSÁRIA”:

- Questionamentos: Lei Federal n.º 8.212/1991, art. 33. A

ausência de parafiscalidade na Cofins. Lei Complementar n°

70/1991 (art. 10). LF 11.457, de 16.3.2007. Criação da

Secretaria da Receita Federal do Brasil (“Super Receita”).

- STF - ADC 01/DF. Rel. Min. Sepúlveda Pertence: é “irrelevante

a circunstância de a cobrança e fiscalização da contribuição

social serem realizadas pelos agentes encarregados do Imposto

de Renda [...]”

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• PRINCÍPIOS E IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS APLICÁVEIS:

(a)Imunidade das receitas de exportação (art. 149, § 2.º, I –

EC 33/2001)

- CSLL: STF - AC 1738 (favorável à aplicação); RE 564413/SC

(desfavorável);

- Cofins nas operações de “back to back”: RF: SC 323/ 2008:

“não caracteriza operação de exportação e, por conseguinte,

não está abrangida pela não-incidência da Cofins prevista no

art. 6º da Lei n. 10.833, de 2003”;

- Contribuição da Agroindústria (L 8.212/91, art. 22A): 2,85%:

2,5% (Seguridade Social) + 0,1% (ap. especial e RAT) +

0,25% (Senar). IN nº 68/2002 (reconhecimento da aplicação).

Imunidade e "parcela" do Senar: Nota Cosit nº 312, de 17 de

setembro de 2007 (não-aplicação da imunidade);

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Princípios e imunidades tributárias aplicáveis – continuação...

(b) Imunidade recíproca (CF, art. 150, VI, “a”): STF, Ação

Cível Originária n. 471/PR (constitucionalidade da contribuição

ao PIS/Pasep)

(c) Anterioridade nonagesimal (CF, art. 195, § 6º)

(d) Princípio da capacidade contributiva X princípio do

benefício

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• RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR:

(a) Instituição de contribuições: CF, art. 195, § 4.º: criação de novas

fontes de custeio da seguridade social. STF - RE 138.284-8/CE.

- Outros pressupostos (impossibilidade de superposição de

incidências): art. 154, I, da CF: STF (RE 228.321-0/RS. Min.

Carlos Velloso. 01/10/1998): “As contribuições, criadas na forma

do § 4.º, do art. 195, da CF, não devem ter, isto sim, fato

gerador e base de cálculo próprios das contribuições já

existentes.” No mesmo sentido, cf.: STF, RE 146.733/SP. Rel. Min.

Moreira Alves. 29/02/1992.

(b) Possibilidade de instituição de regras especiais de prescrição

e de decadência: STF - Súmula V. nº 08 (“São inconstitucionais o

parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os

artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e

decadência de crédito tributário”)

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• CONTRIBUIÇÕES E MEDIDA PROVISÓRIA:

(a)STF. Paralelismo com o DL, cf.: RE 146.733;

(b)Após a EC 32: art. 68, § 1.º: matérias (i) reservadas à lei

complementar; e (ii) já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo

Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente

da República (art. 62, § 1.º); (ii) na regulamentação de artigo da

Constituição com redação alterada entre 01/01/1995 e 11/09/2001.

- EC 20, de 15 de dezembro de 1998; Art. 195 da CF: “A MP n.

135/2003, convertida posteriormente na Lei n. 10.833/03, não

contraria o art. 246 da Carta Magna, uma vez que não promoveu a

regulamentação de norma da Constituição alterada por Emenda

Constitucional.” (TRF-5.ª Região. 3.ª T. AC 200883020013382.

Des. Fed. Augustino Chaves. DJE 22/10/2009, p. 598). No mesmo

sentido, cf: TRF-4.ª Região. 2.ª T. AC 2003.71.00.056938-5. Rel.

Des. Fed. Vânia Hack de Almeida, DE 15/10/2008.

- Lei de conversão e a convalidação de vícios originários

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Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

• MULTIPLICIDADE DE REGIMES DE INCIDÊNCIA:

- Regime cumulativo;

- Regime não-cumulativo;

- Incidência monofásica (alíquotas concentradas);

- PIS/Pasep e Cofins incidentes na importação;

- PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários;

- PIS/Pasep incidente sobre receitas e transferências de pessoas jurídicas

de direito público.

• CONSTITUCIONALIDADE:

- Princípio da isonomia; CF, art. 195, §§ 9º e 12;

- Entendimento majoritário pela constitucionalidade. Cf.: TRF-4ª R. 2.ª T. AC

2003.71.00.056938-5. Rel. Des. Fed. Vânia Hack de Almeida. DE

15/10/2008.

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Regime Constitucional das Contribuições

• PIS/PASEP E COFINS - REGIME CUMULATIVO:

- Aplicabilidade: Lei nº 10.833/2003 (art. 10)

- Regra-matriz de incidência tributária:

- Hipótese: LC 70/1991. Lei nº 9.718/1998 (art. 3º, § 1º). STF,

RE 346.084/PR. Revogação pela Lei nº 11.941/2009. RE

585.235/RS (repercussão geral - art. 62-A RI-Carf). Reserva

de lei complementar (CF, art. 195, § 4.º). STF, RE 138.284-

8/CE.

- Critério material:

Auferir: regime de caixa e regime de competência; o problema

das receitas auferidas e não-recebidas; MP n. 2.158-35 (art.

20);

Faturamento: receita bruta da venda de mercadorias e/ou

serviços.

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Regime Constitucional das Contribuições

Critério material – continuação...

-Mercadoria: é bem móvel adquirido por comerciante para fins

de revenda lucrativa, o que afasta de seu âmbito conceitual

todos os bens destinados ao consumo pessoal do adquirente (a

compra feita para uso pessoal, aliás, é a própria antítese do

contrato de compra e venda mercantil)

-Serviço: “prestação de utilidade (material ou não) de qualquer

natureza, efetuada sob regime de Direito Privado mas não sob

o regime trabalhista, qualificável juridicamente como execução

de obrigação de fazer, decorrente de um contrato bilateral”

(MARÇAL JUSTEN FILHO);

-Crítica às propostas de (i) desmembramento do critério

material e (ii) à identificação do conceito de faturamento

com o de receita bruta operacional. Ministro Cezar Peluso.

RE n. 400.479/RJ;

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Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

- Critério espacial: todo território nacional.

- Critério temporal: primeiro dia do mês seguinte.

(b) Consequente:

- Critério pessoal: ativo (União); passivo (LC 70/91, art. 1.º:

pessoas jurídicas em geral e as que a ela sejam equiparadas pela

legislação do IR);

- Critério quantitativo: alíquota (3%-Cofins;0,65%-PIS); base de

cálculo (o total da receita bruta auferida no mês, excluído o IPI,

Icms-ST, vendas canceladas e devolvidas, descontos

incondicionais, receita da transferência de Icms acumulado em

exportação, entre outras do art. 3º, § 2º L 9.718/1998).

• Ver questões polêmicas no item relativos à Cofins não-cumulativa

Page 24: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

• PIS/PASEP E COFINS - REGIME NÃO-CUMULATIVO:

- Aplicabilidade: Lei nº 10.833/2003 (art. 10)

- Regra-matriz de incidência tributária:

(a)Hipótese:

- Critério material: Auferir + receita bruta

Auferir: regime de caixa e regime de competência;

• Receitas auferidas e não-recebidas: Admite a incidência, porque o risco

da atividade econômica é do contribuinte, que não pode repassá-lo ao

Estado (STJ. 2.ª T. REsp 953.011/PR - DJ 08/10/2007; 1.ª T. AgRg no

REsp 987.299/RS. DJe 29/10/2008; STJ. 1.ª T. REsp 1.029.434/CE.

DJe 18/06/2008); STF - RE 586482/RS.

• Nosso entendimento: Aplicabilidade do princípio da capacidade

contributiva. Incidência, porém, com direito a posterior restituição,

presentes os critérios do “registro de perda no recebimento de créditos”

(RIR, art. 340). Inviabilidade de aplicação, por analogia, da hipótese de

exclusão do art. 1º, § 3º, V, “a”, da Lei n. 10.833/2003 (vendas

canceladas).

Page 25: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

Critério material – continuação...

Conceito de Receita Bruta:

- Lei nº 10.833/2003: “Art. 1.º [...] § 1.º Para efeito do disposto neste artigo,

o total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e

serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais

receitas auferidas pela pessoa jurídica.”

- Conceito jurídico: “acréscimo patrimonial líquido, isoladamente

considerado, sem reservas ou condicionamentos, decorrente de

qualquer fato ou negócio jurídico” (Solon Sehn);

- Características:

i. acréscimo patrimonial; não é sinônimo de ingresso de caixa

ii.“mensuração instantânea” (“isolada em cada evento”), abstraindo-se custos

e periodicidade (Minatel);

iii.abrange os atos extintivos de dívidas (remissão), desde que não impliquem

a assunção de outra obrigação ou a perda de um direito de crédito.

Page 26: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

Critério material – continuação...

•Não constituem receita: os ingressos de caixa sem

repercussão patrimonial; as indenizações; os reembolsos; as

cauções e os depósitos, os empréstimos, bem como todas as

demais somas escrituradas sob reserva de serem restituídas ou

pagas a terceiro.

•Precedente Carf: “A noção de receita bruta, por sua vez, não

se confunde com a noção neutra de ingresso de caixa, porque,

consoante destacado em estudo sobre o tema, pressupõe, para

sua caracterização, a ocorrência de um “ato, fato ou negócio

jurídico apto a gerar alteração positiva do patrimônio líquido da

pessoa jurídica que a aufere, sem reservas, condicionamentos

ou correspondências no passivo” (Carf. S3. TE2. Acórdão nº

380200.495, de 01/07/2011).

Page 27: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

- Critério espacial: todo território nacional.

- Critério temporal: primeiro dia do mês seguinte.

(b) Consequente:

- Critério pessoal: ativo (União); passivo (pessoas jurídicas);

• Critério quantitativo: alíquota (7,6%-Cofins; Decreto n.º 5.164/04: Alíquota

zero para receitas financeiras, salvo juros sobre capital próprio e as

decorrentes de operações de hedge; 1,65-PIS); base de cálculo (art. 1º, 3º):

• O valor da receita bruta mensal, excluídas as receitas: (a) isentas ou não

alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota zero; (b)

não-operacionais, decorrentes da venda de ativo permanente; (c) auferidas

pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às

quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de

substituta tributária; (d) referentes a vendas canceladas e aos descontos

incondicionais concedidos; (e) reversões de provisões e recuperações de

créditos baixados como perda que não representem ingresso de novas

receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do

patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos

avaliados pelo custo de aquisição que tenham sido computados como

receita. (f) decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes de

créditos de ICMS originados de operações de exportação.

Page 28: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

Critério material ( continuação)

•Análise de situações específicas:

•Indenizações e reembolsos: RF, SC das 1ª, 7ª e 9ª Regiões têm-

se manifestado pela incidência do tributo; o CARF tem afastado

em casos envolvendo o recebimento de indenizações de seguros

(Acórdãos n.º 203-10.047 e 201-78.014), admitindo-a, contudo,

nas indenizações judiciais (Acórdão nº 203-10.529);

•Valores destinados ao pagamento de salários e demais encargos

trabalhistas recebidos por empresas prestadoras de trabalho

temporário: STJ. REsp 958.292-RS, Rel. Min. Francisco Falcão, j.

em 11/11/2008. No mesmo sentido, cf: REsp 954.719-SC, DJ

17/3/2008. Não confundir reembolso de despesa com reembolso

de custos.

Page 29: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

Critério material ( continuação)

•Análise de situações específicas:

•Receita de terceiros; STJ. Art. 3º, § 2º, da Lei n. 9.718/1998.

Necessidade de regulamentação. Incidência do tributo. STJ.

1ª T. AgRg no REsp 708.619/SC. Carf; Não incidência

roaming (Acórdão CSRF/02-02.218);

•Receita de tributos (Icms, ISS): STF, RMS 14.503/SP. Rel.

Min. Luiz Gallotti. DJU 24/8/1966. RE 240.785-MG e na ADC

18;

Page 30: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

• NÃO-CUMULATIVIDADE:

- Hipóteses de creditamento: (Lei nº 10.833/2002, arts. 3 e ss.):

- Bens adquiridos para revenda;

- Bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços

e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à

venda, inclusive combustíveis e lubrificantes;

- Energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa

jurídica;

- Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa

jurídica, utilizados nas atividades da empresa;

- Valor das contraprestações de operações de arrendamento

mercantil de pessoa jurídica;

- Máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo

imobilizado adquiridos para utilização na produção de bens

destinados à venda, ou na prestação de serviços;

- Edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros,

utilizados nas atividades da empresa;

Page 31: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

• Questões polêmicas: não-cumulatividade –

continuação...

(a) Base de cálculo do crédito nos bens adquiridos para

revenda: custo de aquisição do bem (art. 8º, § 3º, da IN SRF

nº 404/2005): preço de compra + frete e do seguro até o

estabelecimento do contribuinte + valor dos tributos incidentes

na operação, inclusive a própria contribuição (excluído o IPI

quando for possível a sua compensação em conta gráfica);

(b) Conceito de insumo:

IN-SRF n. 404/2004:

I – utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à

venda:

a)a matéria-prima, o produto intermediário, o material de

embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações,

tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades

físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida

sobre o produto em fabricação, desde que não estejam

incluídas no ativo imobilizado;

Page 32: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

• Questões polêmicas: não-cumulatividade –

continuação...

- Entendimento do Carf. Vertentes atuais:

i. Pela aplicação da IN 404: Acórdão 203-12.469;

ii. Interpretação-ampla: insumo como custo e despesas necessárias à

atividade da empresa:

“O conceito de insumo dentro da sistemática de apuração de créditos pela

não cumulatividade de PIS e Cofins deve ser entendido como toda e

qualquer custo ou despesa necessária à atividade da empresa, nos

termos da legislação do IRPJ, não devendo ser utilizado o conceito trazido

pela legislação do IPI, uma vez que a materialidade de tal tributo é distinta

da materialidade das contribuições em apreço” (Acórdão 3202-00.226).

iii. Posição intermediária: insumo como bem ou serviço inerente, essencial e

necessário à realização/produção do bem ou serviço. Caso Frangosul -

Processo 13053.000211/2006-72. Resp 155.483. Rel. Cons. Nanci Gama.

Câmara Superior de Recursos Fiscais. Acórdão pendente de formalização.

Page 33: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

não-cumulatividade – continuação...

•TRF-4ª Região: Apelação Cível nº 0029040-40.2008.404.7100/RS, Relator

Desembargador Federal Joel Ilan Paciornik:

“5. As Instruções Normativas SRF nº 247/2002 e 404/2004, que admitem apenas

os serviços aplicados ou consumidos na produção ou fabricação do produto

como insumos, não oferecem a melhor interpretação ao art. 3º, inciso II, das Leis

nº 10.637/2002 e 10.833/2003. A concepção estrita de insumo não se coaduna

com a base econômica de PIS e COFINS, cujo ciclo de formação não se limita à

fabricação de um produto ou à execução de um serviço, abrangendo outros

elementos necessários para a obtenção de receita com o produto ou o serviço.

6. O critério que se mostra consentâneo com a noção de receita é o adotado

pela legislação do imposto de renda. Insumos, então, são os gastos que, ligados

inseparavelmente aos elementos produtivos, proporcionam a existência do

produto ou serviço, o seu funcionamento, a sua manutenção ou o seu

aprimoramento. Sob essa ótica, o insumo pode integrar as etapas que resultam

no produto ou serviço ou até mesmo as posteriores, desde que seja

imprescindível para o funcionamento do fator de produção.”

Page 34: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

não-cumulatividade – continuação…

- STJ. REsp nº 1.246.317-MG: Rel. Min. Campbell Marques, acompanhado

pelos Ministros Castro Meira e Humberto Martins, manifestou-se pela não

aplicação do conceito de insumos da legislação do IPI. Atualmente, o processo

aguarda voto de vista do Ministro Herman Benjamim.

- Nossa posição: salvo nas hipóteses expressamente vedadas pela Lei n.

10.833/2003, o crédito de insumo deve ser calculado a partir do custo de

produção da legislação do imposto de renda (DL 1.598/1977, art. 13, § 1º; Dec.

3.000/1999, arts. 290 e 291), abrangendo as matérias-primas e quaisquer

outros bens, direitos ou serviços aplicados ou consumidos no processo de

fabricação, diretos ou indiretos, independente de desgaste, dano ou perda de

propriedades físico-químicas, desde que não incluídos no ativo imobilizado, na

linha sustentada originariamente por Ricardo Mariz de Oliveira.

- Lei nº 12.431/2011: Art. 10 altera das regras do crédito presumido de

PIS/Pasep e Cofins na atividade agropecuária sobre aquisição de insumos

(previsto no § 3º do art. 8º da Lei nº 10.925/2004): estabelece um novo

conceito de insumo, que abrange todos os custos, despesas e encargos

vinculados à receita auferida com a venda do produto tributado.

Page 35: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

não-cumulatividade – continuação...

(d) Produtos isentos, não tributados e sujeitos à alíquota zero (§ 2º, art. 3º, da Lei

nº 10.833/2003): Não há direito ao crédito na aquisição de bens ou de serviços

não sujeitos ao pagamento da contribuição, mesmo quando a operação

subsequente for tributada. No caso de isenção, o direito ao crédito é afastado

apenas quando o bem adquirido for objeto de revenda ou utilizado como insumo

em produtos ou serviços igualmente isentos, sujeitos à alíquota zero ou não

tributados.

- A expressão “não sujeitos ao pagamento da contribuição”: SRF - SC n. 19/2008,

abrange a aquisição de insumos sujeitos à alíquota zero. Essa solução não parece

a mais adequada, porque, a rigor, a alíquota zero constitui uma modalidade de

isenção.

(e) Creditamento por empresas submetidas à alíquota concentrada (“incidência

monofásica”). Art. 3º, I, “b”, e § 2º, II, da Lei n. 10.833/2003. Direito ao crédito

relativo aos custos, despesas e encargos vinculados à fabricação ou à importação

dos bens sujeitos à alíquota concentrada. O mesmo se aplica ao contribuinte que

adquire tais produtos para fins de revenda, salvo no que se refere exclusivamente

à operação de compra, em face da vedação prevista no art. 3º, I, “b”. Os demais

custos, despesas e encargos, ainda quando vinculados a receita da venda de

bens submetidos à tributação concentrada, geram direito ao crédito.

Page 36: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

• PIS/PASEP E COFINS – IMPORTAÇÃO:

- Regra-matriz de incidência tributária:

(a) Hipótese:

- Critério material (arts. 1.º, caput e § 1.º, e 3.º da Lei n.º

10.865/2004):

(i) importar produtos estrangeiros; e

(ii) pagar ou creditar valores a residente ou domiciliado em

território estrangeiro (pessoa física ou jurídica), a título de

contraprestação por serviços provenientes do exterior

executados no Brasil ou cujo resultado aqui se verifique.

Page 37: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

critério material – continuação…

•Importação: não se confunde com o mero ingresso físico de um

bem no território nacional. Embora no passado já tenha tido esse

sentido, atualmente, o ato de importar é caracterizado como a

introdução de bens provenientes do exterior no mercado

nacional, em caráter definitivo, para fins de uso, consumo,

venda ou integração no processo produtivo;

•Não é considerada importação: (a) a entrada de uma mercadoria

em trânsito, com destino a outro país, ou a título transitório, como

ocorre em relação ao produto enviado para reparo ou para

exposição em uma feira de negócios; (b) o ingresso de pertences

e a bagagem de pessoas físicas em visita ou de passagem no

território nacional, inclusive os respectivos meios de locomoção

(automóveis, embarcações ou aeronaves) – salvo se

caracterizado, pela quantidade ou outra característica, intuito

comercial.

Page 38: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

- Critério temporal (L. 10.865/2004, art. 4º):

(a) na importação de bens:

(i) na data do registro da DI (declaração de importação) de

bens submetidos a despacho para consumo;

(ii) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário,

quando se tratar de bens constantes de manifesto ou de

outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou

avaria for apurado pela autoridade aduaneira;

(iii) na data do vencimento do prazo de permanência dos bens

em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho

aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento, na

situação prevista pelo art. 18 da Lei n.° 9.779/1999;

(b) na importação de serviços, na data do pagamento, do crédito,

da entrega, do emprego ou da remessa de valores.

- Critério espacial: todo território nacional

Page 39: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

(b) Consequente:

-Critério pessoal: ativo (União); passivo (importador,

contratante de serviços de residente ou domiciliado no exterior

ou o beneficiário do serviço, na hipótese em que o contratante

também seja residente ou domiciliado no exterior);

-Critério quantitativo: alíquota (7,6%-Cofins;1,65%-PIS); base

de cálculo (art. 7.º):

(a) na importação de bens, o valor aduaneiro, assim entendido

o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo do

imposto de importação, acrescido do valor ICMS incidente no

desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições;

ou

(b) na importação de serviço, o valor pago, creditado, entregue,

empregado ou remetido para o exterior, antes da retenção do

imposto de renda, acrescido do ISS e do valor das próprias

contribuições.

Page 40: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

- Importação. Base de cálculo. Valor Aduaneiro (CF, art. 149, § 2.º,

III, “a”).

•Dec. 92.930/1986. GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio).

Cláusula VII (2): preço normal do bem importado no mercado

internacional posta no porto de chegada, acrescido dos custos de

transporte e seguro (CIF).

•LF 10.865/2004. Inclusão do ICMS, IPI e outros tributos. Cálculo

“por dentro”. TRF-4.º R. AC 2004.72.05.0033141:

“1. O valor aduaneiro não abrange o montante devido a título do

próprio imposto sobre a importação e dos demais impostos

eventualmente incidentes sobre a importação, como o IPI e o

ICMS, tampouco o montante de novas contribuições.

2. A Lei 10.865/04 extrapolou o conceito constitucional de valor

aduaneiro, definindo-o como se pudesse abranger, também, na

importação de bens, o ICMS devido na importação e o montante

das próprias contribuições.” (DE 14/06/2007).

•STF. RE 559.607/SC. Repercussão geral (26/09/2007).

Page 41: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

QUESTÕES CONTROVERTIDAS - INCIDÊNCIA:

Incidência na transposição de estoques - “autoconsumo”:

“A pessoa jurídica, ao promover o consumo interno de um

bem, não aufere receita bruta, o que afasta a incidência da

contribuição. A operação configura mera transposição de

estoques, que e caracterizada sempre que determinado

produto, adquirido para revenda, tem a sua destinação

alterada para fins de integração ao ativo fixo ou de uso e

consumo do estabelecimento. Ha apenas uma mudança

da finalidade aquisitiva, gerando, se o contribuinte estiver

sujeito ao regime não-cumulativo, a obrigação de estorno

do crédito correspondente, desde que o autoconsumo

também não autorize o creditamento.” (Carf. S3-TE2.

Acórdão nº 3802-00.494).

Page 42: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

Questões controvertidas - incidência – continuação...

Incidência no PIS/Cofins na recuperação de custos: constitui receita da pessoa

jurídica (Carf. S3-TE2. Acórdão nº 3802-01.171, de 17/07/2012). IRPJ, Lei nº

9.430/1996, art. 53.

- Comentários:

i.STJ. Alguns acórdãos têm interpretado que a recomposição de custo não

constitui receita (REsp 1.003.029/RS). Os julgados, porém, referem-se a ações

ajuizadas em períodos anteriores à vigência do regime cumulativo, quando o

conceito de receita bruta era tido por boa parte da jurisprudência como sinônimo

de faturamento. Ver, por exemplo, o do REsp nº 807.130/SC: “a base de cálculo

do PIS e da Cofins e o faturamento, que equivale a receita bruta, resultado da

venda de bens e serviços pela empresa”.

ii.Essa interpretação somente tem cabimento no tocante ao período anterior à

vigência das Lei nº 10.637/2002 e nº 10.833/2003 ou para os contribuintes

submetidos ao regime cumulativo, porque, em tais hipóteses, a cobrança da

exação restringe-se ao faturamento.

Page 43: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

Questões controvertidas - incidência – continuação...

Incidência sobre créditos presumidos de IPI e crédito presumido de Icms na

importação:

-Não-enquadramento no conceito de receita. Precedentes: TRF-5ª R.,

AGTR 118.940-PE: “[...] a recente jurisprudência do STJ vem se posicionando

no sentido de que os créditos presumidos oriundos de incentivos fiscais não

se caracterizam como receita, por não haver efetiva incorporação dos

referidos créditos ao patrimônio da empresa.”

-Contabilização como subvenção para investimentos. Reserva de capital.

Decreto-Lei nº 1.598/1977, art. 38, § 2º. Lei nº 11.638/2007, revogação do art.

182, § 1º, “d”, da Lei nº 6.404/1976. Regime Tributário de Transição (RTT),

Lei nº 11.941/2009. Aplicação ao Irpj, Csll, PIS/Pasep e Cofins (art. 21 da Lei

nº 10.941/2009). Parecer Normativo CST nº 112/1978. Aplicação em capital

de giro. Nota Explicativa da Instrução CVM nº 59/1986. Parecer José Bulhões

Pedreira. Carf. Acórdão nº 107-08.739. “A subvenção para investimento (...),

caracteriza-se em função de sua natureza - de uma transferência de capital

sendo irrelevante a destinação do seu valor.”

Page 44: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

QUESTÕES CONTROVERTIDAS - NÃO CUMULATIVIDADE:

Contabilização do crédito. Implicações Irpj-Csll:

-Ato Declaratório Interpretativo n.º 3/2007; Interpretação Técnica do

IBRACON nº 01/2004: contabilização como redução de custo, o que

pode implicar uma perda de cerca de 35%; contabilização como

subvenção para investimentos (Decreto-Lei n.º 1.598, de 1977, art.

38, §2º); Parecer Normativo CST n. 112/1978; Precedente do Carf

(ICMS): Acórdão n. 107-08.739;

“Insumos” de venda. Publicidade e propaganda:

- “TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO. PIS. CRÉDITO. GASTOS COM

PUBLICIDADE. Não é possível o creditamento de PIS sobre gastos

com publicidade, já que não guardam relação direta com a produção”.

(2ª Câmara, Processo Administrativo nº 11065.002121/2004-90,

Relator Luciano Lopes de Almeida Moraes, Data da Sessão:

28/02/2012).

Page 45: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

Questões controvertidas – não cumulatividade – continuação...

Crédito de armazenagem e frete:

Previsão legal: Art. 3º [...] IX - armazenagem de mercadoria e frete na

operação de venda, nos casos dos incisos I e II, quando o ônus for

suportado pelo vendedor.

Frete entre na transferência das mercadorias entre estabelecimento da

mesma empresa: não admitido, cf. Solução de Divergência Cosit nº 11, de

27 de setembro de 2007;

Frete na aquisição de insumos: “O frete pago na aquisição dos insumos é

considerado como parte do custo daqueles, integrando o cálculo do crédito

da Cofins não-cumulativa” (SC Disit 08 nº 169/2006);

Despesas com entregas de mercadoria via correio: serviços postais, não

admite o crédito, cf. SC Disit/10ª RF n. 131/2005. Orientação afastada na

SC Disit/9ª RF n. 40/2009:

Page 46: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

Questões controvertidas – não cumulatividade – continuação...

Crédito. Vale-transporte, vale-refeição ou alimentação,

fardamento ou uniforme

Previsão legal: Art. 3º, X, da Lei n. 10.833/2003, na redação

decorrente da Lei n. 11.898/2009: autoriza o creditamento para

pessoa jurídica prestadora de serviços de limpeza, conservação e

manutenção;

Aplicação em outros segmentos, desde que configure insumo:

possível analogia ao caso Frangosul, que envolvida o crédito de

uniforme.

Page 47: Contribuições sociais

Contribuições Sociais - Questões Atuais

Regime Constitucional das Contribuições

Questões controvertidas – não cumulatividade – continuação...

- SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 364 de 25 de Setembro de 2012

EMENTA: COFINS-IMPORTAÇÃO. CRÉDITO. ALÍQUOTA. Na

apuração dos créditos da Cofins-Importação, relativamente aos bens

adquiridos para revenda relacionados no §21 do art. 8º da Lei nº

10.865, de 2004, deverá ser utilizada a alíquota de 7,6%, sem o

acréscimo estabelecido nesse dispositivo, que deverá ser aplicado

apenas para cálculo do tributo.

- Despesas de desembaraço aduaneiro. Entendimento inicial

admitindo o crédito (SC nº 93/2006; SC nº 146/2010). Posição atual:

Solução de Divergência nº 07/2012. Ato Declaratório Interpretativo nº

04: “Os gastos com desembaraço aduaneiro na importação de

mercadorias não geram direito ao desconto de créditos...”. De acordo

com essa interpretação, somente há direito ao crédito no tocante aos

gastos com desembaraço aduaneiro incluídos na base de cálculo das

contribuições.

Page 48: Contribuições sociais

Acabou?!

Não!!!

Page 49: Contribuições sociais

A.U.Saleem

ÀS VEZES

Page 50: Contribuições sociais

A.U.Saleem

QUANDO VOCÊ SE

SENTE...

Page 51: Contribuições sociais

A.U.Saleem

À BEIRA DO

PRECIPÍCIO…

Page 52: Contribuições sociais

A.U.Saleem

TRAÍDO…

Page 53: Contribuições sociais

A.U.Saleem

DEPRIMIDO...

Page 54: Contribuições sociais

A.U.Saleem

QUE FAZER?

Page 55: Contribuições sociais

A.U.Saleem

CHORAR DE

DESESPERO?

Page 56: Contribuições sociais

A.U.Saleem

FICAR NERVOSO ?

Page 57: Contribuições sociais

A.U.Saleem

TOMAR UM PORRE?

Page 58: Contribuições sociais

MESMO SE VOCÊ SE

SENTE …

Page 59: Contribuições sociais

A.U.Saleem

MUITO TRISTE…

Page 60: Contribuições sociais

A.U.Saleem

SÓ…

Page 61: Contribuições sociais

A.U.Saleem

CULPADO…

Page 62: Contribuições sociais

A.U.Saleem

ASSUSTADO…

Page 63: Contribuições sociais

A.U.Saleem

PEQUENINO…

Page 64: Contribuições sociais

A.U.Saleem

LEMBRE-SE

Page 65: Contribuições sociais

A.U.Saleem

HÁ ALGUÉM…

Page 66: Contribuições sociais

A.U.Saleem

QUE TEM UM

ENORMEINTERESSE POR VOCÊ

Page 67: Contribuições sociais

A.U.Saleem

MESMO NA HORA EM

QUE TODOS O

ABANDONAM

Page 68: Contribuições sociais

A.U.Saleem

O TEMPO TODO,

OLHA PARA

VOCÊ

Page 69: Contribuições sociais

A.U.Saleem

QUE TE AMA

DE VERDADE

Page 70: Contribuições sociais

A

ESTARÁ SEMPRE PERTO DE

VOCÊ

E JAMAIS O ABANDONARÁ.

Page 71: Contribuições sociais