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Curso Direito Processual Penal - Concursos da OAB - Ana Flávia Messa - 2014

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Curso Direito Processual Penal - Concursos da OAB - Ana Flávia Messa - 2014

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  • Rua Henrique Schaumann, 270, Cerqueira Csar So Paulo SP CEP 05413-909 PABX: (11) 3613 3000SACJUR: 0800 055 7688 de 2 a 6, das 8:30 s 19:30

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    SO PAULO

    Av. Antrtica, 92 Barra Funda Fone: PABX (11) 3616-3666 So Paulo

  • ISBN 978-85-02-20138-5

    Messa, Ana FlviaCurso de direito processual penal/Ana Flvia Messa. 2. ed. So Paulo: Saraiva, 2014.

    Bibliografia.1. Processo penal Brasil Concursos 2. Processo penal Concursos I. Ttulo.

    CDU-343.1(079)

    ndices para catlogo sistemtico:

    1. Direito processual penal : Concursos 343.1(079)

    2. Processo penal : Concursos : Direito penal 343.1(079)

    Diretor editorial Luiz Roberto CuriaGerente editorial Thas de Camargo Rodrigues

    Editor Roberto NavarroAssistente editorial Thiago Fraga

    Produtora editorial Clarissa Boraschi MariaProdutor multimdia William Paiva

    Arte, diagramao e reviso Know-how EditorialServios editoriais Camila Artioli Loureiro, Tatiana dos Santos Romo e Surane Vellenich

    Capa IDE Arte e ComunicaoProduo eletrnica Know-how Editorial

    Data de fechamento da edio: 8-10-2013

    Dvidas?

    Acesse www.editorasaraiva.com.br/direito

    Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prvia autorizao da Editora Saraiva. Aviolao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

  • minha vov Leonor, in memoriam, exemplo de vida.

    Aos meus pais, pelo auxlio na minha formao.Aos meus irmos, por todo o carinho.

    Aos meus alunos, fonte de inspirao na labuta do magistrio.Ao meu amigo R.T., in memoriam, pelo legado

    de honra, honestidade e trabalho. equipe do Editorial Jurdico da Saraiva, nas pessoas de

    Luiz Roberto Curia, Lgia Alves, Roberto Navarro,Thas de Camargo Rodrigues e Thiago Fraga.

    Aos meus colegas de magistrio.

  • O homem nasceu livre, e em toda a parte est acorrentado.

    Muitos pensam que so os senhores de outros,enquanto, na realidade, so mais

    escravos ainda que os outros(Rousseau, in Contrato social).

  • Sumrio

    Prefcio

    Apresentao

    Captulo 1 Introduo ao Direito Processual Penal

    I Noes Preliminares1. Sociedade2. Sociedade e direito

    2.1. Convivncia social2.2. Funes do direito2.3. Sociedade, direito e lide

    3. Lide no processo penal

    II Trilogia Estrutural do Processo Penal1. Jurisdio

    1.1. Princpio da separao de poderes1.2. Funes do Estado1.3. Conceito e natureza jurdica1.4. Administrao da justia

    2. Ao2.1. Teorias da ao

  • 2.2. Conceito da ao3. Processo

    3.1. Natureza jurdica3.2. Conceito3.3. Caractersticas3.4. Elementos, enfoques e escopos3.5. Efeitos3.6. Processo e procedimento3.7. Pressupostos processuais3.8. Processo penal

    III Atos Processuais1. Conceito2. Atos das partes3. Atos do juiz4. Atos do escrivo ou do chefe de secretaria5. Termos processuais6. Autos, auto e ata7. Forma dos atos processuais

    7.1. Tempo dos atos processuais7.1.1. Momento dos atos processuais7.1.2. Prazos processuais

    8. Lugar dos atos processuais9. Modo dos atos processuais

    IV Direito Processual Penal1. Teorias do direito processual2. Denominao3. Conceito4. Posio jurdica5. Caractersticas6. Finalidade7. Mtodo

  • 8. Classificao do Direito Processual Penal8.1. Quanto fonte legislativa8.2. Quanto estrutura8.3. Quanto ao contedo

    9. Fontes9.1. Outras formas do Direito Processual Penal

    10. Relaes com outros ramos do direito11. Relaes com cincias jurdicas fundamentais12. Relaes com as cincias auxiliares13. Poltica criminal

    Captulo 2 Sistemas do Processo Penal1. Introduo2. Sistema inquisitivo3. Sistema acusatrio4. Sistema misto5. Sistema brasileiro6. Outros sistemas processuais

    6.1. Modelo anglo-saxnico6.2. Modelo socialista6.3. Modelo francs

    Captulo 3 Princpios do Processo Penal1. Introduo2. Caractersticas dos princpios3. Princpios do Processo Penal

    3.1. Princpio da verdade real3.2. Princpio da imparcialidade do juiz3.3. Princpio da persuaso racional ou livre-convencimento3.4. Princpio da publicidade3.5. Princpio do contraditrio3.6. Princpio da ampla defesa3.7. Princpio da iniciativa das partes

  • 3.8. Princpio da inadmissibilidade das provas obtidas por meio ilcito3.9. Princpio da inocncia ou princpio da presuno da no culpabilidade3.10. Princpio do devido processo legal3.11. Princpio da indisponibilidade3.12. Princpio da autoritariedade3.13. Princpio da oficiosidade3.14. Princpio da oficialidade3.15. Princpio da legalidade ou obrigatoriedade3.16. Princpio da celeridade processual3.17. Princpio da motivao das decises judiciais3.18. Princpio do juiz natural3.19. Princpio do favor rei ou do in dubio pro reo3.20. Princpio de duplo grau de jurisdio3.21. Princpio da igualdade das partes3.22. Princpio da identidade fsica do juiz3.23. Princpio do promotor natural3.24. Princpio da brevidade ou economia processual3.25. Princpio do impulso oficial3.26. Princpio da comunho da prova3.27. Princpio da oralidade3.28. Outros princpios

    4. Princpios informativos do processo4.1. Princpio lgico4.2. Princpio jurdico4.3. Princpio poltico4.4. Princpio econmico

    Captulo 4 Lei Processual Penal1. Norma material e norma processual2. Norma processual3. Norma processual penal

    3.1. Elementos

  • 3.2. Caractersticas3.3. Classificao

    4. Aplicao da lei processual penal4.1. Lei processual penal no tempo

    4.1.1. Nascimento da lei processual penal4.1.2. Entrada em vigor4.1.3. Aplicao da lei no tempo

    4.1.3.1. Princpio da aplicao imediata4.1.3.2. Irretroatividade da lei processual penal

    4.1.4. Normas hbridas4.1.5. Revogao da lei processual penal4.1.6. Repristinao

    4.2. Lei processual penal no espao4.2.1. Territorialidade4.2.2. Territrio4.2.3. Extraterritorialidade4.2.4. Princpio da unidade do direito processual penal

    4.3. Lei processual penal em relao s pessoas4.3.1. Imunidade diplomtica4.3.2. Imunidade do Cnsul4.3.3. Imunidades parlamentares4.3.4. Imunidade prisional4.3.5. Imunidade para servir como testemunha4.3.6. Imunidade do advogado4.3.7. Imunidade dos chefes do executivo

    5. Interpretao da lei processual penal

    Captulo 5 Processo Penal Constitucional1. Introduo2. A Constituio e o processo penal

    2.1. Supremacia constitucional2.2. Direito processual constitucional

  • 2.3. Segurana no processo penal2.3.1. Garantias criminais2.3.2. Garantias jurisdicionais2.3.3. Garantias processuais

    3. Garantias constitucionais do processo4. O processo penal na dimenso dos direitos fundamentais

    4.1. Processo penal garantista4.2. Processo penal e os direitos fundamentais

    4.2.1. Devido processo legal4.2.2. Vedao autoincriminao4.2.3. Presuno de inocncia4.2.4. Verdade real4.2.5. Ampla defesa4.2.6. Promotor natural4.2.7. Juiz natural4.2.8. Motivao das decises judiciais4.2.9. Proporcionalidade processual4.2.10. Prova

    5. Identificao criminal6. Reproduo simulada dos fatos7. Direito imagem8. Poderes investigatrios do ministrio pblico9. Comisses parlamentares de inqurito10. Uso de algemas e limites constitucionais11. Tribunal do Jri12. Assistncia judiciria13. Indenizao por erro judicirio14. Quebra de sigilo

    14.1. Direito privacidade14.2. Quebra de sigilo: requisitos e limites14.3. Espcies de quebra de sigilo

  • 14.3.1. Quebra de sigilo de correspondncia14.3.2. Quebra de sigilo telefnico14.3.3. Quebra de sigilo bancrio14.3.4. Quebra de sigilo fiscal

    15. Efetividade processual

    Captulo 6 Persecuo Penal1. Direito de punir2. Noes gerais da persecuo penal

    2.1. Introduo2.2. Conceito e caractersticas2.3. Objeto e fases

    Captulo 7 Segurana Pblica1. Introduo2. Estrutura3. Funo policial4. Exerccio da funo policial5. Organizao

    5.1. Segurana pblica municipal5.2. Segurana pblica estadual

    5.2.1. Polcia Militar (Decreto n. 88.777/93)5.2.2. Polcia Civil5.2.3. Bombeiros Militares

    5.3. Segurana pblica distrital5.4. Segurana pblica federal

    5.4.1. Polcia Ferroviria Federal5.4.2. Polcia Rodoviria Federal (Lei n. 9.654/98)5.4.3. Polcia Federal

    6. Segurana privada6.1. Estabelecimento financeiro6.2. Vigilncia ostensiva e transporte de valores6.3. Segurana privada

  • 6.4. Vigilante6.5. Atribuies do Ministro da Justia

    7. Fora Nacional de Segurana Pblica8. Conselho Nacional de Segurana Pblica9. Segurana pblica e Foras Armadas10. Questes complementares

    Captulo 8 Inqurito Policial1. Introduo2. Investigao criminal3. Inqurito policial

    3.1. Origem3.2. Conceito3.3. Caractersticas3.4. Finalidade

    4. Procedimento do inqurito policial4.1. Incio

    4.1.1. Notitia criminis4.1.2. Instaurao

    4.2. Desenvolvimento4.3. Fim

    4.3.1. Encerramento do inqurito policial4.3.2. Trancamento do inqurito policial4.3.3. Arquivamento do inqurito policial

    4.4. Destino do inqurito policial5. Indiciamento6. Questes complementares

    6.1. Garantias do investigado6.2. Direito de acesso ao inqurito policial6.3. Investigao criminal direta pelo Ministrio Pblico6.4. Inqurito extrapolicial6.5. Inqurito policial e foro por prerrogativa de funo

  • 6.6. Delatio criminis6.7. Juizado de instruo

    Captulo 9 Ao Penal1. Conceito2. Natureza jurdica3. Caractersticas4. Condies da ao penal

    4.1. Condies gerais4.2. Condies especficas

    5. Carncia da ao penal6. Classificao da ao penal

    6.1. Critrio da tutela jurisdicional6.2. Legitimidade para promover a ao penal6.3. Outras classificaes

    7. Ao penal pblica7.1. Titularidade e espcies7.2. Princpios

    8. Ao penal pblica condicionada8.1. Representao8.2. Requisio do Ministro da Justia

    9. Ao penal privada9.1. Conceito, fundamento e espcies9.2. Titularidade9.3. Princpios9.4. Atuao do Ministrio Pblico

    10. Ao penal originria10.1. Conceito10.2. Procedimento10.3. Papel do relator

    11. Renncia, perdo, perempo, decadncia11.1. Renncia

  • 11.2. Perdo11.3. Perempo11.4. Decadncia

    12. Trancamento da ao penal13. Ao penal no Cdigo Penal parte especial

    Captulo 10 Denncia e Queixa-Crime1. Aspectos gerais2. Denncia

    2.1. Prazo da denncia2.2. Excesso de prazo da denncia2.3. Aditamento da denncia2.4. Denncia genrica2.5. Denncia alternativa2.6. Denncia idnea

    3. Queixa-crime3.1. Prazo da queixa3.2. Omisses na queixa3.3. Documento indispensvel na queixa3.4. Aditamento da queixa3.5. Queixa no jri

    4. Anlise judicial4.1. Recebimento da denncia ou queixa4.2. Rejeio da denncia ou queixa

    5. Pea acusatria e aplicao do princpio da insignificncia

    Captulo 11 Ao Civil Ex Delicto

    1. Ilcito penal e civil2. Reparao do dano

    2.1. Formas2.2. Sistemas2.3. Sistema brasileiro

    3. Reparao do dano no mbito criminal

  • 3.1. Introduo3.2. Ao civil ex delicto3.3. Execuo civil ex delicto

    4. A sentena criminal e a reparao do dano4.1. Sentena condenatria4.2. Sentena absolutria

    Captulo 12 Sujeitos Processuais1. Introduo2. Do Juiz

    2.1. Poder Judicirio2.2. Garantias da magistratura

    2.2.1. Garantias institucionais2.2.2. Garantias funcionais2.2.2.1. Garantias de independncia2.2.2.2. Garantias de imparcialidade (proibies a que se sujeitam os juzes)

    2.3. Estatuto da magistratura2.4. O juiz no processo penal

    2.4.1. Funes2.4.2. Impedimento e suspeio

    3. Do Ministrio Pblico3.1. Introduo3.2. Princpios institucionais3.3. Garantias

    3.3.1. Garantias institucionais3.3.2. Garantias funcionais

    3.4. Organizao3.4.1. Ministrio Pblico da Unio3.4.2. Ministrio Pblico Estadual

    3.5. Funes institucionais3.6. Conselho Nacional do Ministrio Pblico3.7. Ministrio Pblico no processo penal

  • 4. Do acusado4.1. Conceito4.2. Capacidade4.3. Identificao4.4. Erro na identificao4.5. Presena do acusado4.6. Conduo coercitiva4.7. Direitos do acusado

    5. Defensor5.1. Direito de defesa5.2. Conceito5.3. Defesa tcnica

    5.3.1. Conceito e caractersticas5.3.2. Espcies

    5.4. Autodefesa5.5. Questes complementares

    6. Ofendido7. Assistente de acusao

    7.1. Natureza jurdica7.2. Admisso

    7.2.1. Momento7.2.2. Habilitao7.2.3. Requisito7.2.4. Impugnao da deciso7.2.5. Cabimento7.2.6. Legitimidade

    7.3. Funo7.4. Vedaes7.5. Intimao7.6. Atividades7.7. Questes complementares

  • 8. Dos auxiliares da justia8.1. Introduo8.2. Auxiliares permanentes da justia

    8.2.1. Escrivo8.2.2. Oficial de justia8.2.3. Distribuidor8.2.4. Contador judicial

    8.3. Auxiliares eventuais da justia8.3.1. Depositrio pblico8.3.2. Intrprete8.3.3. Perito

    8.4. Outros rgos no vinculados ao Judicirio

    Captulo 13 Jurisdio e Competncia

    I Jurisdio1. Fluxograma2. Caractersticas3. Princpios4. Jurisdio penal5. Elementos6. Sistema de jurisdio nica7. Desconcentrao8. Questes complementares

    II Competncia1. Conceito2. Espcies3. Competncia pela natureza da infrao

    3.1. Introduo3.2. Competncia criminal da Justia Militar3.3. Competncia criminal da Justia Eleitoral3.4. Competncia criminal da Justia Federal

    4. Competncia in ratione persona

  • 5. Competncia in ratione loci6. Competncia pelo domiclio ou residncia do ru7. Competncia por distribuio8. Competncia por preveno9. Competncia nas infraes penais cometidas a bordo de embarcaes10. Competncia nas infraes penais cometidas a bordo de aeronaves11. Competncia por conexo ou continncia

    11.1. Introduo11.2. Competncia por conexo11.3. Competncia por continncia11.4. Foro prevalente11.5. Separao do processo

    11.5.1. Obrigatria11.5.2. Facultativa

    11.6. Perpetuao da jurisdio na conexo e na continncia11.7. Avocao

    12. Delegao de competncia13. Perpetuao da competncia14. Prorrogao da competncia

    Captulo 14 Comunicao dos Atos Processuais

    I Citao1. Introduo2. Conceito3. Caractersticas4. Sujeito passivo5. Nulidades6. Efeitos

    6.1. Efeitos positivos6.2. Efeitos negativos

    7. Espcies8. Citao por mandado

  • 9. Citao por precatria10. Citao do militar11. Citao do funcionrio pblico12. Citao do ru preso13. Citao por edital14. Citao por carta rogatria15. Citao por hora certa916. Citao por carta de ordem

    II Revelia1. Contumcia2. Revelia

    2.1. Cabimento2.2. Efeitos2.3. Decretao

    3. Revelia e art. 366 do CPP

    III Intimao1. Conceito2. Regras gerais

    2.1. Intimao do defensor constitudo, do advogado do querelante e do assistente2.2. Intimao do Ministrio Pblico e do defensor nomeado2.3. Intimao de testemunha2.4. Intimao do jurado2.5. Intimao do ru2.6. Intimao na sexta-feira2.7. Intimao de acrdo2.8. Intimao por despacho judicial na petio2.9. Intimao da expedio da carta precatria2.10. Adiamento de audincia

    3. Intimao da sentena4. Intimao da deciso de pronncia5. Regras especiais

  • 5.1. Intimao para interrogatrio5.2. Intimao do assistente5.3. Intimao do perito5.4. Intimao nas medidas cautelares diversas da priso5.5. Intimao na priso em domiclio5.6. Intimao na defesa inicial (procedimento comum e do jri)5.7. Intimao para audincia de instruo e julgamento5.8. Intimao na fase preparatria do julgamento do jri5.9. Nulidade na intimao

    6. Intimao por meio eletrnico6.1. Introduo6.2. Comunicao eletrnica dos atos processuais6.3. Do processo eletrnico

    6.3.1. Atos processuais6.3.2. Documentos6.3.3. Conservao dos autos

    Captulo 15 Procedimentos Criminais1. Generalidades

    1.1. Conceito de procedimento1.2. Caractersticas do procedimento1.3. Procedimento e rito1.4. Fases do procedimento1.5. Concurso de procedimentos

    2. Espcies de procedimento3. Atos do procedimento comum

    3.1. Pea inicial acusatria3.2. Citao do acusado3.3. Defesa inicial ou resposta acusao3.4. Absolvio sumria3.5. Audincia de instruo e julgamento3.6. Fase das diligncias

  • 3.7. Alegaes finais4. Procedimento comum

    4.1. Procedimento ordinrio4.2. Procedimento sumrio4.3. Procedimento sumarssimo

    5. Procedimentos especiais do Cdigo de Processo Penal5.1. Procedimento do jri

    5.1.1. Sumrio da culpa5.1.2. Julgamento da causa

    5.2. Procedimento dos crimes de falncia5.3. Procedimento dos crimes de responsabilidade dos funcionrios pblicos5.4. Procedimento dos crimes contra a honra5.5. Procedimento dos crimes contra a propriedade imaterial5.6. Procedimento de restaurao de autos extraviados ou destrudos

    Captulo 16 Questes e Processos Incidentes

    I Introduo1. Conceito2. Caractersticas3. Espcies

    II Espcies1. Das questes prejudiciais

    1.1. Conceito e caractersticas1.2. Questo prejudicial e questo preliminar1.3. Espcies

    1.3.1. Quanto ao carter1.3.2. Quanto aos efeitos

    1.4. Suspenso do processo1.4.1. Introduo1.4.2. Suspenso obrigatria1.4.3. Suspenso facultativa

    2. Das excees

  • 2.1. Introduo2.2. Modalidades de exceo

    2.2.1. Exceo de suspeio2.2.1.1. Noes gerais2.2.1.2. Espcies2.2.2. Exceo de incompetncia2.2.3. Exceo de litispendncia2.2.4. Ilegitimidade de parte2.2.5. Coisa julgada

    3. Das incompatibilidades e impedimentos4. Do conflito de jurisdio

    4.1. Espcies4.2. Confronto

    4.2.1. Conflito de jurisdio e conflito de atribuies4.2.2. Conflito de jurisdio e conflito de competncia

    4.3. Legitimidade ativa4.4. Regularidade formal

    4.4.1. Momento4.4.2. Forma

    4.5. Procedimento4.6. Avocatria4.7. Competncia

    5. Da restituio das coisas apreendidas6. Das medidas assecuratrias

    6.1. Introduo6.2. Espcies

    6.2.1. Sequestro6.2.2. Arresto6.2.3. Pedido de especializao de hipoteca legal

    7. Incidente de Falsidade8. Incidente de insanidade mental

  • Captulo 17 Teoria Geral da Prova

    I Introduo1. Direito probatrio

    1.1. Conceito1.2. Caracterstica1.3. Fase instrutria e instruo probatria

    II Da Prova1. Conceito2. Finalidade3. Princpios4. Objeto5. nus6. Destinatrios7. Sistemas de valorao8. Classificao9. Procedimento probatrio10. Direito prova11. Questes complementares

    11.1. Prova do direito11.2. Prova emprestada11.3. Prova prima facie11.4. Prova negativa (libi)

    12. Provas ilcitas

    III Dos meios de prova1. Introduo2. Provas em espcie

    2.1. Prova pericial2.2. Interrogatrio do ru

    2.2.1. Conceito2.2.2. Caractersticas2.2.3. Presena

  • 2.2.4. Direitos do acusado2.2.5. Espcies2.2.6. Procedimento2.2.7. Interrogatrio por videoconferncia2.2.8. Interrogatrio do ru preso

    2.3. Confisso do acusado2.3.1. Conceito2.3.2. Requisitos2.3.3. Valor probatrio2.3.4. Classificao2.3.5. Retratao2.3.6. Delao2.3.7. Delao premiada

    2.4. Declaraes do ofendido2.4.1. Conceito2.4.2. Caractersticas2.4.3. Dever de comparecimento2.4.4. Ofendido e testemunha2.4.5. Direitos do ofendido2.4.6. Proteo da vtima ameaada

    2.5. Prova testemunhal2.5.1. Conceito2.5.2. Caractersticas2.5.3. Declarantes ou informantes2.5.4. Dispensa e proibio2.5.5. Lugar do depoimento2.5.6. Precatria e rogatria2.5.7. Necessidade de intrprete2.5.8. Produo antecipada ou depoimento ad perpetuam rei memoriam2.5.9. Procedimento2.5.10. Deveres e sanes

  • 2.5.11. Videoconferncia2.5.12. Testemunhas de defesa2.5.13. Casos especiais2.5.14. Valor probatrio2.5.15. Nmero mximo2.5.16. Classificao2.5.17. Observaes finais

    2.6. Reconhecimento de pessoas e coisas2.7. Acareaes

    2.7.1. Conceito2.7.2. Sujeito passivo2.7.3. Cabimento2.7.4. Procedimento

    2.8. Dos documentos2.8.1. Momento2.8.2. Contraditrio2.8.3. Conceito2.8.4. Documento autenticado2.8.5. Cartas particulares2.8.6. Exame grafotcnico2.8.7. Documentos em lngua estrangeira2.8.8. Documentos originais constantes de autos findos

    2.9. Dos indcios2.10. Da busca e da apreenso

    2.10.1. Busca em territrio de jurisdio alheia

    IV Dos Meios de Obteno de Prova1. Introduo2. Exames3. Revistas4. Buscas5. Escutas telefnicas

  • Captulo 18 Nulidades

    I Teoria Geral das Nulidades1. Conceito2. Natureza jurdica3. Atipicidade constitucional4. Sistemas5. Vcios processuais

    5.1. Irregularidade5.2. Nulidade

    5.2.1. Nulidade absoluta5.2.2. Nulidade relativa

    5.3. Anulabilidade5.4. Inexistncia

    6. Eficcia7. Princpios

    II Nulidades em Espcie1. Art. 564 do CPP2. Nulidades no processo penal (rol exemplificativo)

    III Questes Complementares

    IV Smulas Aplicveis

    Captulo 19 Priso e Liberdade Provisria

    I Priso1. Conceito2. Regra geral3. Momento da priso

    3.1. Imunidade prisional eleitoral3.2. Imunidade prisional em domiclio

    4. Emprego da fora5. Resistncia priso6. Uso de algemas7. Mandado de priso

  • 8. Casos especiais de priso9. Priso especial10. Priso cautelar

    10.1. Introduo10.2. Priso temporria

    10.2.1. Histrico10.2.2. Natureza jurdica, caracterstica e finalidade10.2.3. Prazo de durao10.2.4. Momento de decretao10.2.5. Competncia para decretao10.2.6. Mandado de priso temporria10.2.7. Fundamentao10.2.8. Iniciativa10.2.9. Detrao penal10.2.10. Prazo da concluso do inqurito policial de ru preso10.2.11. Converso da priso temporria em priso preventiva10.2.12. Local do preso temporrio10.2.13. Providncias da priso temporria10.2.14. Requisitos10.2.15. Planto permanente10.2.16. Incomunicabilidade10.2.17. Recurso contra priso temporria10.2.18. Inconstitucionalidade da priso temporria10.2.19. Revogao da priso temporria

    10.3. Priso em flagrante10.3.1. Conceito, caractersticas e finalidade10.3.2. Situaes de flagrante10.3.3. Espcies de flagrante10.3.4. Sujeitos do flagrante10.3.5. Autoridade competente10.3.6. Procedimento

  • 10.4. Priso preventiva10.4.1. Fundamentos da priso preventiva

    11. Priso administrativa12. Priso civil

    12.1. Revogao da priso do depositrio infiel pelo Pacto de So Jos de Costa Rica13. Priso disciplinar14. Priso e CPI15. Priso do Presidente da Repblica16. Priso do parlamentar17. Priso domiciliar

    17.1. Priso albergue domiciliar17.2. Priso domiciliar cautelar

    18. Das medidas cautelares diversas da priso18.1. Introduo

    18.2. Espcies

    II Liberdade Provisria1. Conceito2. Caracterstica3. Concesso

    Captulo 20 Sentena1. Conceito2. Caractersticas3. Classificao

    3.1. Teorias3.2. Espcies

    4. Requisitos da sentena5. Sentena criminal

    5.1. Prembulo5.2. Ementa5.3. Relatrio5.4. Fundamentao

  • 5.5. Dispositivo5.5.1. Requisitos gerais5.5.2. Requisitos especficos

    6. Sentena condenatria7. Sentena absolutria8. Fenmenos da sentena criminal

    8.1. Princpio da correlao8.2. Emendatio libelli8.3. Mutatio libelli

    9. Efeitos da sentena10. Publicao

    10.1. Momento10.2. Providncias administrativas10.3. Efeitos da publicao da sentena

    11. Intimao da sentena12. Coisa julgada

    Captulo 21 Dos Recursos Criminais

    I Teoria Geral dos Recursos1. Conceito2. Fundamentos3. Finalidade4. Natureza5. Caractersticas6. Pressupostos recursais

    6.1. Pressupostos objetivos6.2. Pressupostos subjetivos

    7. Reexame de ofcio, recurso de ofcio, recurso obrigatrio, recurso necessrio ou recurso anmalo8. Juzos dos recursos9. Extino do recurso10. Efeitos do recurso11. Classificao dos recursos

  • 12. Recurso e ao impugnativa autnoma13. Desistncia e renncia no recurso14. Error in judicando e error in procedendo15. Reformatio in pejus16. Reformatio in pejus indireta17. Reformatio in mellius18. Modalidades de recursos criminais

    II Recursos em Espcie1. Carta testemunhvel2. Embargos de declarao3. Embargos infringentes e de nulidade4. Apelao5. Recurso em sentido estrito6. Recursos constitucionais

    6.1. Recurso ordinrio-constitucional6.2. Recurso extraordinrio6.3. Recurso especial

    7. Agravos7.1. Agravo de instrumento7.2. Agravo regimental7.3. Agravo em execuo7.4. Outros agravos

    8. Correio parcial

    Captulo 22 Aes Impugnativas Autnomas

    I Introduo

    II Espcies1. Habeas corpus

    1.1. Origem1.2. Conceito1.3. Caractersticas1.4. Legitimidade de partes

  • 1.4.1. Legitimidade ativa1.4.2. Legitimidade passiva

    1.5. Condies da ao1.6. Espcies1.7. Procedimento

    1.7.1. Procedimento em primeira instncia1.7.2. Processamento em segunda instncia

    1.8. Personagens1.9. Requisitos formais1.10. Competncia1.11. Cabimento1.12. Recurso1.13. Reiterao1.14. Julgamento1.15. Questes processuais

    2. Reviso criminal2.1. Finalidade2.2. Natureza jurdica2.3. Caractersticas2.4. Fundamento2.5. Condies da ao

    2.5.1. Possibilidade jurdica do pedido2.5.2. Interesse de agir2.5.3. Legitimidade de partes

    2.6. Reviso criminal e Ministrio Pblico2.7. Momento processual2.8. Reviso criminal e ao rescisria2.9. No cabimento2.10. Causa de pedir2.11. Competncia2.12. Procedimento

  • 2.13. Julgamento2.14. Efeitos2.15. Reviso criminal e Tribunal do Jri2.16. Indenizao2.17. Questes processuais

    3. Mandado de segurana3.1. Introduo3.2. Legitimidade de parte

    3.2.1. Legitimidade ativa3.2.2. Legitimidade passiva

    3.3. Forma3.4. Cabimento3.5. Prazo3.6. Processamento3.7. Direito lquido e certo3.8. Extino terminativa3.9. Coisa julgada3.10. Liminar3.11. Suspenso3.12. Competncia3.13. Aspectos processuais3.14. Cabimento em matria criminal

    Captulo 23 Dos Juizados Especiais Criminais1. Introduo2. Competncia

    2.1. Competncia material2.2. Competncia do Juzo Comum2.3. Competncia por prerrogativa de funo2.4. Competncia territorial

    3. Princpios4. Objetivos

  • 5. Atos processuais5.1. Forma5.2. Comunicao

    5.2.1. Citao5.2.2. Intimao

    6. Nulidades7. Da fase preliminar8. Audincia preliminar

    8.1. Finalidade8.2. Realizao

    9. Composio dos danos civis10. Transao penal11. Procedimento sumarssimo12. Provas13. Sistema recursal

    13.1. Introduo13.2. Apelao13.3. Embargos de declarao

    14. Da execuo15. Das despesas processuais16. Suspenso condicional do processo17. Questes processuais

    Captulo 24 Execuo Penal1. Direito de(a) Execuo Penal e Direito Processual Penal2. Direito de(a) Execuo Penal e Direito Penitencirio3. Execuo penal

    3.1. Natureza jurdica3.2. Objetivos3.3. Pressuposto3.4. Princpios aplicveis3.5. Disciplina legal

  • 4. Competncia na execuo penal5. Preso provisrio6. Execuo provisria7. Aplicao da lei de execuo penal8. Direitos do condenado e do internado9. Do condenado e do internado10. Da assistncia11. Egresso12. Do trabalho13. Do trabalho interno14. Do trabalho externo15. Da disciplina16. Falta grave17. Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)18. Recompensas19. Dos rgos da execuo penal

    19.1. Do Conselho Nacional de Poltica Criminal e Penitenciria19.2. Do Juzo da Execuo19.3. Do Ministrio Pblico19.4. Do Conselho Penitencirio19.5. Dos Departamentos Penitencirios

    19.5.1. Do Departamento Penitencirio Nacional19.5.2. Do Departamento Penitencirio Local

    19.6. Do Patronato19.7. Do Conselho da Comunidade19.8. Defensoria Pblica

    20. Da remio21. Dos incidentes de execuo

    21.1. Das converses21.2. Do excesso ou desvio

    22. Da anistia

  • 23. Do indulto23.1. Do indulto individual23.2. Do indulto coletivo

    24. Do procedimento judicial25. Da execuo das penas em espcie

    25.1. Pena privativa de liberdade25.1.1. Introduo25.1.2. Guia de Recolhimento para Execuo Penal25.1.3. Regime de cumprimento da pena

    25.1.3.1. Regime fechado25.1.3.2. Regime semiaberto25.1.3.3. Regime aberto

    25.1.4. Das autorizaes de sada25.1.4.1. Da permisso de sada25.1.4.2. Da sada temporria

    25.1.5. Progresso de regime25.1.6. Regresso de regime

    25.2. Execuo das penas restritivas de direitos25.2.1. Da prestao de servios comunidade25.2.2. Da limitao de fim de semana25.2.3. Da interdio temporria de direitos

    25.3. Execuo da pena de multa26. Da execuo da medida de segurana27. Dos estabelecimentos penais

    27.1. Introduo27.2. Da penitenciria27.3. Da colnia agrcola, industrial ou similar27.4. Da casa do albergado27.5. Do centro de observao27.6. Do hospital de custdia e tratamento psiquitrico27.7. Da cadeia pblica

  • 27.8. Da direo e do pessoal dos estabelecimentos penais28. Disposies gerais

    Captulo 25 Processo Penal Internacional1. Direito Internacional Penal e Direito Penal Internacional2. Condio jurdica do estrangeiro

    2.1. Asilo poltico2.2. Expulso2.3. Da deportao2.4. Da extradio

    3. Tribunal Penal Internacional4. Cooperao jurdica internacional

    4.1. Introduo4.2. Autoridade central4.3. Princpios aplicveis4.4. Redes de cooperao

    5. Das relaes jurisdicionais com autoridades estrangeiras5.1. Introduo5.2. Das cartas rogatrias

    5.2.1. Introduo5.2.2. Cartas rogatrias ativas5.2.3. Cartas rogatrias passivas

    5.3. Da homologao das sentenas estrangeiras6. O Pacto de San Jos e seu impacto no processo penal brasileiro

    Captulo 26 Aspectos Processuais das Leis Especiais1. Contravenes penais2. Crimes de responsabilidade (Lei n. 1.079/50)3. Crime de genocdio4. Crimes eleitorais5. Crimes de abuso de autoridade6. Estatuto do ndio7. Crimes contra o sistema financeiro

  • 8. Crimes de preconceito9. Processo perante o STJ e o STF10. Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA)11. Crimes hediondos12. Cdigo de Defesa do Consumidor (CDC)13. Crimes contra a ordem tributria14. Crimes nas licitaes e contratos administrativos15. Crime organizado16. Tortura17. Crimes de trnsito18. Lavagem de dinheiro19. Proteo a vtimas e testemunhas20. Estatuto do Idoso21. Estatuto do Desarmamento22. Violncia domstica23. Crime de drogas24. Reclamao

    Referncias

    Gabarito

    Anexo Smulas por Tema e Ordem Alfabtica

  • PrefcioO poder punitivo do Estado decorre do conjunto de poderes que lhe atribui a

    Constituio Federal para criar e aplicar o direito, sendo a criao das normascompetncia exclusiva do poder legislativo, enquanto sua aplicao do poder judicirio.Entretanto, este conjunto de poderes no ilimitado, mas seus limites e extenso sodefinidos atravs dos princpios que decorrem dos fundamentos apontados no artigo 1da Constituio Federal de 1988.

    Os princpios que norteiam os direitos e garantias previstos na Carta Magna so aslinhas mestras que estabelecem os limites da atuao do Estado na sociedadecontempornea. A simples existncia de direitos fundamentais separada de suasgarantias de nada vale, pois, como afirma o jurista lusitano Jorge Miranda, os direitospermitem a realizao das pessoas e tm interferncia imediata nas esferas jurdicas,enquanto as garantias se estabelecem em funo do nexo que possuem com aqueles.

    Assim, o processo penal contemporneo se afasta cada vez mais das preocupaesformais, buscando concluses na lgica existencial e na efetiva prestao jurisdicional.

    No podemos mais estar presos a esquema preestabelecido, limitao ou hierarquia deprovas; a verdade, no sentido da reconstruo do fato delituoso, deve ser a meta dospartcipes do processo. No se concebem mais presunes ou situaes no definidas deforma clara e transparente.

    O crime conduta juridicamente valorada. O direito penal e o respectivo processopenal passam por uma reviso crtica, para no serem transformados em mero trabalhoburocrtico.

    Nesse sentido, o presente livro, Curso de Direito Processual Penal, trata de forma atuale com mtodo cientfico da matria. A autora, ANA FLVIA MESSA, valendo-se de suaexperincia como professora, pesquisadora e jurista, traz a lume uma obra que dignificao estudo do Direito Processual Penal, percorrendo os princpios constitucionais, direitosfundamentais, eficcia e segurana jurdica, enfatizando a tutela dentro de nossa

  • democracia, alm de outros pontos de relevo.Demonstrou preocupao sistemtica, valeu-se de bibliografia idnea, manejando com

    os diversos institutos do processo penal de forma sistemtica e didtica; este livro indicaum trabalho realizado com seriedade e profundidade, tratando de forma adequada asquestes de maior pertinncia que envolvem os temas estudados.

    Felicito a ilustre autora, Ana Flvia Messa, e o leitor, que poder contar com umtrabalho de flego e respeito. O processo penal se enriquece ainda mais com a presenteobra.

    So Paulo, agosto (inverno) de 2013.

    Marco Antonio Marques da SilvaProfessor Titular em Direito Processual Penal da

    Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo.Desembargador do Tribunal de Justia de So Paulo.

    Presidente da Academia Brasileira de Direito Criminal.

  • ApresentaoA obra Curso de Direito Processual Penal rene em vinte e seis captulos importantes

    estudos do Processo Penal, numa linguagem objetiva e direta, o que certamente seruma contribuio til na formao acadmica e tambm na atuao profissional dosoperadores da rea jurdica.

    Fruto da experincia sedimentada na docncia universitria, a obra traz os principaistemas do Processo Penal, com enfrentamento dos seus desafios na atualidade, dentro docontexto da clareza e da abrangncia temtica.

    Ponto alto do estudo o referente discusso do Processo Penal na dimenso dosdireitos fundamentais, bem como efetividade processual em compatibilidade com asexigncias da sociedade contempornea na busca de um processo de tutela da seguranae da justia como valores essenciais de um Estado Democrtico de Direito.

    So Paulo, julho de 2013.

    Ana Flvia Messa

  • CAPTULO1

    INTRODUO AO DIREITOPROCESSUAL PENAL

    I Noes Preliminares

    1. SociedadeAo longo da histria da humanidade, desde o prprio aparecimento do homem, j com

    uma postura bpede, os seres humanos buscaram aproximaes, seja por um instintonatural, seja por ato de coero, formando agrupamentos de pessoas ou diversos tiposde sociabilidade[1].

    O pensamento predominante o de que em qualquer poca e local o homemestabeleceu convvio social[2]. possvel afirmar que o ser humano que no vive emcoletividade um ser humano no seu sentido fsico e biolgico, mas no desenvolve ashabilidades humanas, no se diferenciando do restante dos animais. A espcie humanano nasceu para o isolamento[3]. Porm, h quem diga que nem sempre o homemformou sociedades, sendo aceita a figura do homem singular.

    O ser humano no vive sozinho. Para evitar as dificuldades e obter benefcios, buscavida coletiva. O estado de convivncia entre os seres humanos originado da busca devnculos comuns entre eles, formando-se grupos, dos mais simples (famlia, clube, igreja,universidade) aos mais complexos (cidade, Estado, Planeta Terra).

    Com a intensificao do intercmbio internacional de bens, servios e pessoas, asrelaes humanas perpassam as fronteiras dos Estados, gerando Estados diferentes,organismos internacionais e pessoas (fsicas e jurdicas) em diferentes partes do GloboTerrestre. A reunio entre os Estados, organismos internacionais e o homem forma asociedade internacional[4].

  • Nesse tipo de sociedade, surge um aprofundamento da integrao internacional, porum processo gradual de disseminao mundial[5], por meio da eliminao de barreiras econcomitante aumento nas trocas de bens e servios, no progresso tecnolgico e naintensificao da interao internacional[6].

    A globalizao[7] restringe a capacidade de auto-organizao dos Estados; implica anecessidade de reconfigurao das relaes econmicas dentro de um contexto deutilidade e eficincia; faz gerar abertura de fronteiras com aumento de produtos eservios de abrangncia mundial; acarreta revoluo tecnolgica por meio de fluxointenso nas telecomunicaes e informtica, com interdependncia dos mercadosfinanceiros e transaes econmicas; padroniza comportamentos consumeristas; e, porfim, diminui sensivelmente a qualidade de vida, com aumento do desemprego, dapobreza e da fome.

    Questode prova

    A prova de Promotor de Justia MP/AM/2007 considerou INCORRETA a afirmativa: Osfenmenos globalizao, internacionalizao e integrao interestatal puseram em francaascendncia o modelo de Estado como unidade poltica soberana.

    2. Sociedade e direito2.1. Convivncia social

    A convivncia social depende de uma organizao estabelecida pela existncia denormas jurdicas, pela consagrao da liberdade dos cidados[8] e de uma fora que sejacapaz de fazer cumprir as normas jurdicas. Tal fora o poder estatal [9], supremo noplano interno e independente no plano internacional[10].

    Questode prova

    A prova de Promotor de Justia MP/AM/2007 considerou CORRETA a afirmativa: Asoberania do Estado, no plano interno, traduz-se no monoplio da edio do direito positivopelo Estado e no monoplio da coao fsica legtima, para impor a efetividade das suasregulaes e dos seus comandos.

    A manuteno da supremacia estatal, com a imposio coativa do cumprimento daordem jurdica, depende de um poder estatal que use meios materiais ou humanos paraconsecuo do bem comum[11], na forma da Constituio e das leis, e que sejaorganizado tanto na forma vertical, pela adoo ou no da diviso espacial do poder[12],como na forma horizontal, pela implantao ou no da tcnica da separao de poderes.

    2.2. Funes do direitoA convivncia social possvel, desde que exista uma organizao representada por

    normas jurdicas. O conjunto das normas jurdicas forma o Direito. No h sociedade semDireito (ubi societas ibi ius). A sociedade sem o direito no resistiria, seria anrquica,teria o seu fim. O direito a grande coluna que sustenta a sociedade. Criado pelohomem, para corrigir a sua imperfeio, o direito representa um grande esforo paraadaptar o mundo exterior s suas necessidades de vida[13].

    Questode prova

    A prova de Defensor Pblico RO/2012 considerou INCORRETA a afirmativa: O direito,definido como conjunto de princpios imanentes, constitui a substncia jurdica dahumanidade, segundo a sua natureza e o seu fim; tais princpios, imutveis em essncia, se

  • adaptam realidade histrica e geogrfica.

    O Direito exerce as seguintes funes na sociedade:a) Ordem: o Direito estabelece normas jurdicas que regulam o comportamento na vida

    em sociedade, gerando um equilbrio na convivncia social. Direito a ordenao dasrelaes de convivncia[14].

    b) Estabilidade: o Direito estabelece normas que visam prevenir, gerir e solucionareventuais conflitos na sociedade. Quando estabelece critrios para resolver osconflitos, h normas materiais; quando estabelece a forma de resolv-los, h normasprocessuais.

    c) Tutela jurdica: o Direito, ao estabelecer normas jurdicas, protege valores dasociedade e instala uma ordem e uma harmonia social. A tarefa da ordem jurdica exatamente a de harmonizar as relaes sociais intersubjetivas, a fim de ensejar amxima realizao dos valores humanos com o mnimo de sacrifcio e desgaste[15].

    d) Controle social: o Direito, ao direcionar comportamentos na vida em sociedade,funciona como instrumento que visa socializar e educar os membros da coletividadepara estabelecer convivncia e harmonia social. O homem vive em sociedade e spode assim viver; a sociedade mantm-se apenas pela solidariedade que une seusindivduos. Assim uma regra de conduta impe-se ao homem social pelas prpriascontingncias contextuais, e esta regra pode formular-se do seguinte modo: Nopraticar nada que possa atentar contra a solidariedade social sob qualquer das suasformas e, a par com isso, realizar toda atividade propcia a desenvolv-laorganicamente. O direito objetivo resume-se nesta frmula, e a lei positiva, para serlegtima, deve ser a expresso e o desenvolvimento deste princpio. (...) A regra dedireito social pelo seu fundamento, no sentido de que s existe porque os homensvivem em sociedade[16].

    2.3. Sociedade, direito e lideNa associao humana, o homem consegue a satisfao de suas necessidades e o

  • aperfeioamento nas suas aptides fsicas, morais e intelectuais[17].Na vida social, o homem depende de certos bens (alguns essenciais para a

    sobrevivncia, outros teis para o seu desenvolvimento) para satisfazer suasnecessidades. O interesse consiste na posio favorvel satisfao de uma necessidadee pode ser:a) interesse individual: o sujeito do interesse o indivduo;b) interesse coletivo: o sujeito do interesse um grupo ou vrios indivduos, em

    conjunto: No interesse individual, a razo est entre o bem e o homem, conformesuas necessidades; no interesse coletivo, a razo ainda est entre o bem e o homem,mas apreciadas as suas necessidades em relao a necessidades idnticas do gruposocial[18];

    c) interesse difuso: o sujeito do interesse so pessoas indeterminadas ligadas porvnculos fticos exsurgidos de alguma circunstancial identidade de situao.Na vida social, considerando que os interesses humanos so ilimitados e os bens da

    vida limitados, pode ser que duas ou mais pessoas tenham interesse pelo mesmo bem,que a uma s pode satisfazer, surgindo conflitos de interesses. A ambio do homem ilimitada, enquanto os bens, corpreos ou incorpreos, possveis de serem objetos dessaambio so limitados; a disputa, por conseguinte, inevitvel[19].

    Para a soluo dos conflitos, surgem os mecanismos de resoluo (superar conflito deinteresses a composio):a) autotutela ou autodefesa: a ideia de se fazer justia com as prprias mos; no

    h um juiz distinto das partes, mas a imposio da deciso por uma das partes outra; a prevalncia do mais forte sobre o mais fraco; o uso da fora e outros meiosblicos para pacificao do conflito;

    b) autocomposio: o conflito solucionado pelas partes, sem a interveno deterceiro. So formas de autocomposio: renncia (quando por ato unilateral a parteabre mo do seu direito); submisso (uma das partes reconhece o direito da outra);transao;

    c) heterocomposio: ocorre quando o conflito solucionado com a interveno de umterceiro diferente das partes em relao conflitual: arbitragem: as pessoas em litgio escolhem, de comum acordo, um ou mais rbitrospara decidirem o caso que lhes foi apresentado, cuja deciso deve ser aceita peloslitigantes. No Brasil, em face da Lei n. 9.307/96, o rbitro no pode ser juiz decarreira; conforme a Lei n. 9.099/95, o rbitro escolhido dentre os juzes leigos;

    Questode prova

    A prova de Agente da Defensoria DP/SP/2010 considerou CORRETA a afirmativa: Um meiode resoluo de controvrsias, referentes a direitos patrimoniais disponveis, no qual ocorre ainterveno de um terceiro independente e imparcial, que recebe poderes de umaconveno para decidir por elas, sendo sua deciso equivalente a uma sentena judicial denominado de Arbitragem.

    mediao: o terceiro chamado mediador apenas aproxima as partes, estimulando apacificao do conflito; implica sempre a interveno de um terceiro que no dispe,ao contrrio do rbitro, de poder para pr fim ao litgio;

  • conciliao: o terceiro dirige a composio entre as partes, com o objetivo de buscaruma soluo que, uma vez encontrada, dar origem a documento escrito (acordo);

    Questode prova

    A prova de Analista Processual TJ/RR/2012 considerou INCORRETA a afirmativa: Segundo adoutrina, o juzo de conciliao configura uma das categorias dos atos de jurisdiovoluntria.

    jurisdio: o conflito resolvido pelo juiz, por meio do processo, uma entidadecomplexa formada por dois aspectos: intrnseco: a relao jurdica que une ossujeitos do processo; extrnseco: procedimento pelo qual se sucedem os atosprocessuais.

    O Direito, instrumento que regula comportamentos na vida em sociedade, estabelece

    uma ordem jurdica e uma harmonia social, possibilitando a convivncia entre as pessoas.A existncia do Direito, ao direcionar comportamentos com normas jurdicas, serve

    para prevenir e compor os conflitos. Porm, nem sempre o Direito alcana a funo deevit-los ou elimin-los. Dessa forma, surgem os conflitos de interesses individuais,coletivos ou difusos (os titulares so pessoas indeterminveis, ligadas por circunstnciasde fato).

    Na tica jurdica, no basta a pretenso (exigncia de subordinao de interessealheio ao prprio) para o nascimento de um litgio ou uma lide, sendo necessria aresistncia de outro(s), de forma que a lide um conflito (intersubjetivo) de interesses,qualificado por uma pretenso resistida[20].

    Questode prova

    A prova da Magistratura do Trabalho TRT 9 Regio/2006 considerou INCORRETA aafirmativa: Pretenso de direito material corresponde faculdade que o titular de um direitosubjetivo possui de exigir que tal direito seja respeitado em caso de violao.

    O Processo um dos instrumentos usados para composio da lide pelo Judicirio.

    Questode prova

    A prova da Magistratura do Trabalho TRT 1 Regio/2008 considerou CORRETA aafirmativa: Entre as categorias jurdicas includas no estudo do direito processual esto ajurisdio, a defesa, a ao e, tambm, o processo.

    O juiz no atua de ofcio, dependendo da provocao da parte ou interessado(no h jurisdio sem provocao). Ao o direito de provocar o Judicirio para a

  • aplicao do Direito Objetivo ao caso concreto. Nesse conceito, h a presena doselementos fundamentais e caracterizadores da ao: a) poder de provocar a instauraodo processo; b) direito de obter uma tutela que substituir a vontade das partes.

    Questes de prova

    A prova de Analista Judicirio TJ/ES/2011 considerou CORRETA a afirmativa: Uma dascaractersticas da atividade jurisdicional a sua inrcia, razo pela qual, em nenhumahiptese, o juiz deve determinar, de ofcio, que se inicie o processo.A prova de Analista Judicirio TRE/MA/2009 considerou INCORRETA a afirmativa: O meiode se provocar a jurisdio a exceo processual, direito pblico subjetivo a umpronunciamento estatal que solucione o litgio.A prova de Analista Processual RO/2012 considerou CORRETA a afirmativa: De acordo como princpio da inrcia judicial, o prosseguimento do processo depender sempre derequerimento da parte ou do interessado, no podendo o juiz agir de ofcio.

    A Ao gera a Defesa, a reao do ru contra a ao movida pelo autor, que podedirigir-se contra o processo ou ao (exceo processual) ou contra o mrito (exceosubstancial). A defesa pode ser: direta, quando ataca o fundamento do pedido formuladopelo autor; ou indireta, quando acrescenta fato impeditivo, modificativo ou extintivo dodireito do autor.

    3. Lide no processo penalNo Processo Penal, h divergncias na doutrina a respeito da existncia da lide penal,

    de forma que temos dois posicionamentos:a) Existncia da lide penal: a posio majoritria (Tourinho Filho, Capez, Frederico

    Marques): com a prtica da infrao penal, surge um conflito de interesses entre odireito de punir do Estado e o direito de liberdade do suposto autor da infrao penal.A exigncia de subordinao do interesse do autor da infrao penal ao interesse doEstado a pretenso punitiva. Havendo oposio do infrator da lei penal, titular dodireito liberdade, passa a existir a lide penal. Mesmo quando o autor da condutapunvel no ope resistncia pretenso estatal, deve o Estado faz-lo, j quetambm tutela o direito de liberdade.

    b) Inexistncia da lide penal: a posio minoritria: o processo penal apresenta emseu contedo uma controvrsia a respeito da veracidade ou no da imputao criminal;o interesse do Estado a apurao da violao da norma penal para a consequenteaplicao da sano penal (descoberta da verdade real); no h conflito de interesses,pois o direito de punir do Estado s aparece, de fato, na sentena condenatriairrecorrvel, em que o sujeito passa de ru a culpado. Alm disso, em termosconstitucionais, no pode haver direito de punir contra o ru, pois a seu favor existe apresuno de inocncia (CF, art. 5, LVII).

    II Trilogia Estrutural do Processo Penal

  • 1. Jurisdio1.1. Princpio da separao de poderes

    O princpio da Separao de Poderes[21], previsto no art. 2 da Constituio Federal,alm de reconhecer a diviso funcional e orgnica do Poder, cria um sistema de freios econtrapesos[22], que evita a predominncia de um Poder sobre o outro, contendo oarbtrio estatal e efetivando os direitos e garantias fundamentais[23]. Conforme acentuaFbio Konder Comparato:

    Uma das razes para a tendncia de expanso e fortalecimento do poder que a busca por sua conquista emanuteno se revela como uma das mais fortes paixes do homem, cujo objeto, muito mais do que o resultadode seu exerccio, ou seja, as transformaes na realidade que podem decorrer da ao daquele que o detm, oseu prprio exerccio, pois o respeito, a venerao e a submisso que ele muitas vezes desperta que causamprazer no seu detentor. Essa paixo acaba fazendo com que aquele que exerce o poder sem limitaesacabe sendo dominado por ele, procurando conserv-lo e ampli-lo a qualquer custo, inclusive secorrompendo (grifos nossos)[24].

    Dessa forma, em face do princpio da Separao de Poderes, pode-se afirmar que,quanto sua vontade, o Estado a manifesta pelos seus poderes, que so o Legislativo, oExecutivo e o Judicirio. So imanentes e estruturais, com funes (exercidas nocumprimento do dever de alcanar o interesse pblico, mediante o uso dos poderesconferidos pela ordem jurdica) tpicas e atpicas. A funo tpica do Legislativo elaborarlei. A do Executivo converter a lei em ato individual e concreto. A do Judicirio aaplicao coativa da lei aos litigantes.

    Questode prova

    A prova de Analista Judicirio TST/2012 considerou CORRETA a afirmativa: De acordo coma Constituio Federal, so Poderes da Unio, independentes e harmnicos entre si, oLegislativo, o Executivo e o Judicirio.

    1.2. Funes do EstadoNos dias atuais, no mundo ocidental, prevalece a afirmao de que existem trs

    funes no Estado: a legislativa, a administrativa ou executiva e a jurisdicional. Taisfunes so distribudas entre trs poderes, de forma predominante e no exclusiva. Adiviso orgnica foi idealizada por Montesquieu, visando impedir a concentrao depoderes para preservar a liberdade dos homens contra os abusos e tiranias dosgovernantes.

    Os critrios de distino das funes do Estado so: a) orgnico ou subjetivo: afuno identificada pelo sujeito que produz a funo; b) objetivo: leva em conta aatividade. O critrio objetivo subdivido em dois: 1) material ou substancial: a funo identificada pelos seus elementos intrnsecos; 2) formal: a funo identificada pelotratamento normativo. O critrio aceito pela maioria doutrinria o objetivo formal.

    Questode prova

    A prova da Magistratura do Trabalho TRT 2 Regio/2010 considerou INCORRETA aafirmativa: A jurisdio funo estatal cometida exclusivamente ao Poder Judicirio, deacordo com o critrio orgnico.

    A Funo Legislativa exercida por normas gerais, normalmente abstratas, que inovaminicialmente a ordem jurdica, isto , que se fundam de forma direta e imediata na CF; a

  • Funo Jurisdicional exercida por decises que resolvem controvrsias com fora decoisa julgada; a Funo Administrativa exercida pelo Estado ou por quem lhe faa asvezes, na intimidade de uma estrutura e regime hierrquicos, e no sistema constitucionalbrasileiro se caracteriza pelo fato de ser desempenhada por comportamentos infralegaisou, de forma excepcional, infraconstitucionais, submissos todos ao controle de legalidadedo Judicirio.

    Questode prova

    A prova da Magistratura TJ/MT/2009 considerou CORRETA a afirmativa: A Jurisdio comofuno do Estado destinada soluo imperativa de conflitos e exercida mediante aatuao da vontade do julgador em casos concretos.

    Em relao s funes do Estado, a jurisdio depende da iniciativa da parteinteressada, mediante o ajuizamento de uma ao, visando aplicar a lei a uma pretensode direito material, por meio de processo. Tem carter substitutivo, e o juiz atua comoparte alheia demanda. A Administrao, por sua vez, pode ser exercida de ofcio ou porrequerimento do interessado, visando promover o bem comum, por meio deprocedimentos. Tem carter originrio ou primrio e atua como parte interessada.

    ITENS JURISDIO ADMINISTRAO

    Iniciativa Depende de provocao (no h jurisdiosem ao).Pode ser exercida de ofcio ou porrequerimento do interessado.

    Finalidade Aplicar a lei ao caso concreto. Satisfazer o interesse pblico.Forma da iniciativa Ao. Requerimento.Modo de proceder Processo. Procedimento.

    NaturezaAtividade substitutiva, pois o juiz, ao decidir,substitui a vontade das partes ouinteressados.

    Atividade primria ou originria, pois aAdministrao Pblica no substitui a vontadedas pessoas.

    Posio O juiz atua de forma imparcial. A Administrao Pblica parte interessada.

    Questes de prova

    A prova de Auditor do TCE/RS/2011 considerou INCORRETA a afirmativa: A imperatividadee a inafastabilidade so caractersticas da jurisdio, enquanto a substitutividade no.A prova de Analista Judicirio TJ/ES/2011 considerou CORRETA a afirmativa: A funojurisdicional , em regra, de ndole substitutiva, ou seja, substitui-se a vontade privada poruma atividade pblica.A prova de Analista Judicirio TJ/ES/2011 considerou CORRETA a afirmativa: Uma dasdistines entre a funo jurisdicional e a administrativa identificada na imparcialidade dorgo estatal que exerce a funo jurisdicional.

    Jurisdio a aplicao do direito preexistente. Na legislao, a atividade constitutiva, pois o legislador tem como funo criar normas jurdicas.

    ITENS JURISDIO LEGISLAO

    Natureza Atividade declaratria, j que visa aplicar odireito preexistente.Atividade constitutiva, j que visa criar normasjurdicas.

    Finalidade Aplicar a lei ao caso concreto. Regular a vida em sociedade.

    A jurisdio no atividade exclusiva do Poder Judicirio. Os demais Poderes,Legislativo e Executivo, tambm a exercem, porm de forma atpica. A doutrina acentuaque o exerccio da jurisdio por rgos alheios ao Judicirio denominado jurisdio

  • anmala. Contudo, h quem sustente que se trata de funo estatal exercida comexclusividade pelo Poder Judicirio.

    A falta de jurisdio gera divergncia: para uns gera nulidade do processo, inclusive dasentena; para outros, a inexistncia do ato.

    1.3. Conceito e natureza jurdicaNo sentido etimolgico, jurisdio vem do latim jurisdictio (juris direito; dictio

    dizer), que significa dizer o direito. No sentido amplo, jurisdio poder de conhecer edecidir com autoridade os conflitos existentes na sociedade. No sentido restrito, opoder-dever de julgar um caso concreto de acordo com o ordenamento jurdico, por meiode um processo. uma funo soberana estatal, necessria para manter a ordem social.No sentido teleolgico, a jurisdio visa aplicar as normas do direito objetivo pblico ouprivado em relao a uma pretenso.

    Sobre o conceito de jurisdio, h os seguintes posicionamentos: a) Chiovenda[25]: afuno do Estado que tem por escopo a atuao da vontade concreta da lei por meio dasubstituio, pela atividade de rgos pblicos, da atividade de particulares ou de outrosrgos pblicos; b) Carnelutti[26]: uma funo de busca da justa composio da lide.

    A posio majoritria usar os dois conceitos, j que so complementares, de formaque jurisdio uma funo do Estado de atuar a vontade concreta da lei, com o fim deobter a justa composio da lide.

    Questode prova

    A prova da Magistratura do TRT 8 Regio/2005 considerou INCORRETA a afirmativa: atravs da jurisdio que o Estado cumpre o seu compromisso de assegurar a aplicao dodireito objetivo e subjetivo, como forma de eliminar a justia pelas prprias mos.

    A jurisdio pode ser analisada de diversas formas: a) como poder, ou seja,emanao ou parcela da soberania nacional; b) como funo, ou seja, a incumbnciado juiz de aplicar, por meio do processo, lei aos casos concretos; c) como atividade, ouseja, a diligncia do juiz de dar a cada um o que seu; d) como dever, ou seja, j queo juiz obrigado a agir diante de um caso concreto que lhe seja apresentado.

  • 1.4. Administrao da justiaAs normas de organizao judiciria so aquelas que regulam o funcionamento da

    estrutura do Poder Judicirio, mediante a atribuio de funes e divises dacompetncia de seus rgos, singulares ou colegiados, e por meio do regramento de seusservios auxiliares[27]. O Poder Judicirio formado por:a) rgos principais: so os que exercem jurisdio. So os juzes e os tribunais. Na

    organizao da Justia Brasileira, os rgos principais da rea criminal so: JustiaEleitoral; Justia Militar; Justia Comum Federal; Justia Comum Estadual. Soformados por magistrados ou juzes togados. A particularidade o Tribunal do Jri, que rgo formado tambm por jurados (juzes de fato). Em regra, os juzos de primeirograu so monocrticos, salvo na justia eleitoral, justia militar e na justia comum(juizados e Tribunal do Jri).

    Questode prova

    A prova da Magistratura do Trabalho TRT 11 Regio/AM/2012 considerou INCORRETA aafirmativa: No Brasil existe uma justia especializada para julgar as causas de interesse doEstado.

    b) rgos secundrios: so os que no exercem a jurisdio, mas auxiliam para queos principais consigam julgar. So chamados auxiliares da justia ou serventurios dajustia.

    c) rgo diferenciado: integrante do judicirio, no exerce jurisdio, tendo comofuno a fiscalizao administrativa, financeira oramentria e funcional de todo ojudicirio, inclusive do STF. o Conselho Nacional de Justia, criado em 31 dedezembro de 2004, instalado em 14 de junho de 2005, com sede em Braslia-DF.Compe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma)reconduo, sendo: o Presidente do Supremo Tribunal Federal; um Ministro do SuperiorTribunal de Justia, que ser o Corregedor Nacional de Justia; um Ministro do TribunalSuperior do Trabalho; um Desembargador de Tribunal de Justia; um Juiz Estadual; umJuiz do Tribunal Regional Federal; um Juiz Federal; um Juiz de Tribunal Regional doTrabalho; um Juiz do Trabalho; um Membro do Ministrio Pblico da Unio; umMembro do Ministrio Pblico Estadual; dois advogados; dois cidados de notvel saberjurdico e reputao ilibada.

    Questes de prova

    A prova de Promotor de Justia MP/DF/2011 considerou INCORRETA a afirmativa: OConselho Nacional de Justia possui natureza apenas administrativa, sendo rgo externo decontrole administrativo, financeiro e disciplinar da magistratura e do Judicirio.A prova da Magistratura TJ/SP/2011 considerou INCORRETA a afirmativa: O ConselhoNacional de Justia (...) se compe de quinze membros com mais de trinta e cinco e menosde sessenta e cinco anos de idade, com mandato de dois anos, admitida uma reconduo(adaptado da Emenda Constitucional n. 61).

    2. Ao2.1. Teorias da ao

    A teoria civilista ou clssica ou imanentista da ao, que vigorou at a metade dosculo XIX e teve como um dos seus maiores defensores Savigny, concebe a ao como

  • um anexo, elemento, aspecto ou momento do direito material ameaado ou violado.

    Questode prova

    A prova de Promotor de Justia MP/GO/2009 considerou INCORRETA a afirmativa: A teoriacivilista de Savigny considera que o direito de ao tem autonomia em relao ao direitomaterial.

    A doutrina imanentista comeou a ser superada com a famosa polmica entre osjuristas alemes Windscheid e Mther a respeito do conceito de ao, que passou a sercompreendido como um direito autnomo prestao jurisdicional.

    No ano de 1885, surge ento a teoria concreta da ao ou teoria do direitoconcreto de agir ou teoria concretista, desenvolvida por Adolf Wach, segundo a qualo direito de ao seria o direito a um provimento jurisdicional favorvel, quereconhecesse ser o autor detentor do direito material que alegou ter em sua demanda.

    Questode prova

    A prova de Promotor de Justia MP/GO/2009 considerou INCORRETA a afirmativa: A teoriado direito concreto (Blow e Wach) no reconhece a autonomia do direito processual emrelao ao direito material, de maneira que para a mesma tais direitos se identificam noexercitamento da pretenso.

    No incio do sculo XX, Chiovenda criou uma variante da teoria concreta: a teoria dodireito potestativo de agir, pela qual a ao seria um direito voltado contra o ru eteria a mesma natureza (pblica ou privada) da relao material posta em juzo.

    As teorias concretas da ao foram superadas com a edio das obras de Degenkolb(Alemanha) e Plsz (Hungria), que passaram a considerar a ao como um direitoabstrato, totalmente desvinculado do direito material. Surge a teoria abstrata ou dodireito abstrato de agir, na qual o direito de ao seria o direito a um provimentojurisdicional, independente do seu resultado.

    Questode prova

    A prova de Promotor de Justia MP/GO/2009 considerou INCORRETA a afirmativa: A teoriado direito abstrato (Degenkolb e Plsz) preconiza que somente ter havido o exerccio daao se a tutela jurisdicional invocada for concedida.

    A teoria mais aceita atualmente no Brasil foi formulada por Liebman e denomina-seteoria ecltica da ao. De acordo com ela, a ao um direito abstrato (desvinculadado direito material ou da obteno de um provimento favorvel), mas, para que exista, indispensvel a ocorrncia de certos requisitos, denominados condies da ao. Casoessas condies no estejam presentes, ocorre o fenmeno da carncia de ao.

    Questode prova

    A prova de Promotor de Justia MP/GO/2009 considerou CORRETA a afirmativa: ParaEnrico Tulio Liebman (teoria ecltica), o direito de ao tem dois aspectos, o direito dedemanda ou de acesso ou petio (incondicionado) e o direito de ao propriamente dito,que exige o preenchimento de condies a viabilizar o julgamento efetivo da pretensodeduzida.

    2.2. Conceito da aoQuestode prova

    A prova de Delegado da Polcia Civil/DF/2009 considerou INCORRETA a afirmativa: Ao areao do prprio direito material violado ou ameaado de leso.

    Numa viso jurdica, a ao a provocao do Judicirio para que haja a prestao

  • jurisdicional. Numa viso poltica, a ao meio de instaurao do processo, instrumentoque visa apurao e julgamento da demanda, para estabelecer a paz social.

    Atualmente, a ao considerada um poder: a) autnomo: distinto do direitomaterial (direito de punir); b) abstrato: independe da existncia do direito material e,portanto, da sentena favorvel; c) pblico: exercido perante o Estado para a invocaoda tutela jurisdicional; d) subjetivo: o titular tem o direito de exigir a prestaojurisdicional devida; e) instrumental: meio usado para efetivar o direito material; f)determinado: a pretenso deduzida em juzo visa obter um provimento jurisdicionalrelacionado a um caso concreto.

    Questes de prova

    A prova de Analista Judicirio TRT 23 Regio/2007 considerou CORRETA a afirmativa: totalmente correto afirmar que o direito de ao um direito subjetivo, pblico, autnomo eabstrato.A prova da Magistratura do Trabalho TRT 9 Regio/2006 considerou CORRETA aafirmativa: Entender o direito de ao como autnomo e abstrato significa distingui-lo dodireito material disputado entre os litigantes, bem como reconhecer que sua existnciaindepende da prpria existncia do direito material controvertido.A prova de Delegado da Polcia Civil/DF/2009 considerou INCORRETA a afirmativa: Aabstrao do direito de ao explica-se por ser ele mesmo o direito material disputado entreos litigantes.A prova de Advogado do DETRAN/DF/2009 considerou CORRETA a afirmativa: O direito deao exercido contra o Estado-juiz e no contra quem, na perspectiva de quem o exercita,lesiona ou ameaa direito seu.

    Dada a importncia do instituto, a ao se encontra fundamentada no art. 5, XXXV,da Constituio: a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa adireito.

    3. Processo3.1. Natureza jurdica

    Durante a fase do praxismo, o processo era visto como um procedimento, ou seja,uma sequncia ordenada de atos. A dedicao dos praxistas era ao estudo da prticaforense, sem grandes preocupaes tericas. Nessa fase, destaca-se Francisco de PaulaBaptista.

    N a teoria contratualista, o processo explicado por meio da litiscontestatito, ouseja, um contrato pelo qual as partes aceitam de comum acordo a frmula que tenhasido deferida pelo magistrado. baseada em um texto de Ulpiano e defendida entreoutros por Pothier.

    Na teoria quase contratualista, o processo um quase contrato. Essa teoria foidefendida por um jurista francs do sculo XIX, Arnault de Gunyvau.

    As teorias que consideravam o processo como categoria do direito privado foramabandonadas quando o Direito Processual ganhou autonomia cientfica, em meados dosculo XIX, com Oskar Von Blow. Segundo o jurista alemo, em sua obra Teoria dasexcees processuais e dos pressupostos processuais, o processo uma relao jurdicaentre pessoas, dinmica, de direito pblico, que tem seus prprios sujeitos e requisitos,

  • cujo contedo uma relao de direito material. Com a teoria da relao processual,surgiu divergncia na sua configurao: a) uns pregam a relao triangular (juizautorru); b) outros pregam a relao singular (juizpartes); c) outros ainda pregam a relaolinear (juizautor).

    N a teoria da situao jurdica, criada por James Goldschmidt[28], o processo composto de uma srie de situaes jurdicas ativas, capazes de gerar para os seussujeitos deveres, poderes, faculdades, nus e sujeies.

    N a teoria da instituio, criada por Jaime Guasp e defendida por Eduardo JuanCouture, o processo uma instituio submetida ao regime da lei, a qual regula acondio das pessoas, a situao das coisas e o ordenamento dos atos que tendem obteno dos fins da jurisdio. O processo um complexo de atividades relacionadasentre si pelo vnculo de uma ideia comum objetiva: a satisfao da pretenso.

    N a teoria da categoria jurdica autnoma, criada por Juan Monteiro Arouca, oprocesso um instituto jurdico diverso de todos os demais componentes da cinciajurdica, possuindo ontologia prpria.

    N a teoria da entidade complexa, defendida por Cndido Rangel Dinamarco, oprocesso o procedimento animado por uma relao jurdica processual.

    3.2. ConceitoNa etimologia, processo vem de procedere, que significa marcha avante. O conceito

    de processo transcende o direito processual, funcionando como instrumento para olegtimo exerccio do poder, presente em todas as atividades estatais e no estatais.

    No Direito Processual, antes de 1868, com a obra de Blow, o processo era confundidocom o procedimento. Aps 1868, o processo um instrumento da jurisdio, uma relaojurdica que une os sujeitos processuais. um procedimento em contraditrio animadopela relao jurdica processual.

    No seu conceito, podemos afirmar que, alm de conter uma sequncia de atosprocessuais e ser uma relao jurdica que une sujeitos processuais, um mtodoutilizado pelo Estado para promover a atuao do Direito.

    Do ponto de vista funcional, processo um instrumento ou mtodo para aplicao dodireito penal objetivo no caso concreto. Do ponto de vista estrutural, uma relaojurdica triangular (posio majoritria) que se desenvolve por uma sequncia ordenadade atos.

    3.3. CaractersticasTendo em vista que a posio majoritria a de que o processo tem a natureza de

    uma relao jurdica, podemos enumerar as seguintes caractersticas: relao jurdica: feita de acordo com as normas jurdicas e produz efeitosjurdicos; relao de direito pblico: h a presena de um rgo do Estado, o Juiz; relao autnoma: independe da existncia da relao de direito material;

    Questode prova

    A prova de Delegado da Polcia Civil/DF/2009 considerou INCORRETA a afirmativa: Quanto sua existncia, a relao jurdica processual depende de relao jurdica material.

  • relao complexa: desenvolve-se por meio de uma srie de atos processuais; relao unitria: todos os atos do processo visam um fim nico, a sentena final; relao dinmica: evolui na marcha em busca da sentena final; relao concreta: no se forma sem um contedo material; no serve a merasespeculaes abstratas ou tericas das partes; relao progressiva: desenvolve-se por fases para atingir a soluo do casoconcreto.

    3.4. Elementos, enfoques e escoposEntendido como relao jurdica, o processo possui dois tipos de elemento: a)

    subjetivos: so os sujeitos da relao processual: os principais (partes e o juiz) e ossecundrios (auxiliares da justia); b) objetivo: o objeto da relao processual, ouseja, o servio jurisdicional que o Estado tem o dever de prestar, formado por provas ebens.

    O processo pode ser visto sob dois enfoques: a) dinmico: como um complexo deatos e/ou fatos processuais; b) esttico: como uma situao com elementos e umarelao entre eles.

    Possui trs tipos de escopo: a) sociais: o processo como instrumento de composiodos litgios visa paz social, conscientizando os membros da sociedade dos seus direitos edeveres; b) polticos: a estabilidade das instituies polticas, o exerccio da cidadania ea preservao do valor liberdade; c) jurdicos: a realizao do direito material.

    3.5. EfeitosA relao processual produz efeitos subjetivos, ou seja, efeitos dirigidos aos sujeitos

    processuais (partes, julgador e auxiliares), bem como efeitos objetivos, que podem serpositivos (direitos ou faculdades processuais) e negativos (nus processual, deverprocessual e obrigao processual).

    importante no confundir termos processuais:a) direito processual: so os direitos que obrigam o Estado a dar cumprimento ao

    dever de prestao jurisdicional;b) dever processual: vnculo jurdico que sujeita algum a prestao de valor no

    econmico;c) obrigao processual: vnculo jurdico que sujeita algum a prestao de valor

    econmico;d) nus processual: so atos no obrigatrios para a realizao no processo, que se

    no forem feitos acarretam prejuzos.ITENS NUS PROCESSUAL DEVER/OBRIGAO PROCESSUAL

    Alvo Partes Partes/juiz/auxiliaresSanes Formais GravesDisponibilidade Tem No temObjeto Direito ou interesse da parte Prestao da parte direito de outremDescumprimento Prejuzos jurdicos Fato contrrio ao ordenamento jurdico

  • 3.6. Processo e procedimentoNo h processo sem procedimento. No h processo que no se refira a um

    procedimento. Para cada tipo de processo, h uma variedade de procedimentos.N a fase praxista, como vimos anteriormente, o processo era confundido com o

    procedimento. Na fase moderna, processo mtodo utilizado para compor lide einstrumento da jurisdio; j o procedimento o aspecto exterior do processo, meioextrnseco pelo qual se instaura, se desenvolve e termina o processo. H umacoordenao dos atos e frmulas da ordem legal do processo.

    O processo tem um conceito finalstico, constituindo uma relao de direito pblicotraduzida num mtodo de que se servem as partes para buscar uma soluo ao casoconcreto. O processo o meio ou instrumento utilizado pelo Estado para cumprir a funojurisdicional. Tem natureza teleolgica, pois o objetivo a atuao concreta da vontadeda lei.

    O fim do processo se d com a entrega definitiva da prestao jurisdicional, ou seja,com o trnsito em julgado da sentena criminal.

    J sobre o incio do processo, existem trs correntes: a) Tourinho Filho: com ooferecimento da denncia ou queixa, em homenagem ao princpio da inrcia dajurisdio; b) doutrina majoritria: com o recebimento da denncia ou queixa, comfundamento da lei processual penal; c) doutrina minoritria: com a citao doacusado, pois apenas com a citao a instncia se completa.

    O procedimento tem um conceito formal, ou seja, o modo e a forma pelos quais semovem os atos do processo; a maneira pela qual se sucedem os atos processuais. Oprocedimento o aspecto extrnseco ou exterior do processo, ou seja, a forma ou modopelo qual o processo se exterioriza. Segundo Calamandrei, o procedimento o aspectoexterior do fenmeno processual.

    Na viso de Vicente Greco, o processo uma entidade complexa, que possui doisaspectos: a) intrnseco: uma relao jurdica; b) extrnseco: um procedimento.

    Para Dinamarco, o processo soma de fatores: procedimento + relao processual +contraditrio. um termo amplo que abrange procedimento (sequncia de atos que sedesenvolvem visando um resultado final), relao jurdica (ligao entre o juiz e aspartes) e o contraditrio (debate da causa).

    A principal distino entre processo penal e civil reside na natureza da relao jurdicalitigiosa, ou seja, na causa da relao processual. No processo civil se faz justia medida do fato; no processo penal se faz justia medida do homem[29].

    No confundir processo com o inqurito policial: o inqurito fase da persecuo penalque visa investigar fato delituoso; j o processo penal fase da persecuo penal quevisa imputar um ilcito penal a algum.

    3.7. Pressupostos processuaisOs pressupostos processuais so requisitos da relao processual. A construo terica

    foi iniciada com Blow, mas no recebeu da doutrina uma sistematizao adequada.Numa viso funcional, so requisitos de admissibilidade para a tramitao da relao

    processual. Numa viso estrutural, so requisitos constitutivos da relao processual

  • necessrios para que seja proferida deciso sobre um caso concreto.Sob uma perspectiva jurdico-processual, pressupostos processuais so os requisitos

    de existncia (constituio) e validade (regularidade) da relao processual. Existe adiviso em: pressupostos positivos (necessrios no processo) e negativos (que nopodem ocorrer no processo); subjetivos (dizem respeito aos sujeitos principais doprocesso) e objetivos (dizem respeito ao prprio processo).

    Questode prova

    A prova da Magistratura TJ/MG/2012 considerou CORRETA a afirmativa: Os pressupostosde existncia vlida ou de desenvolvimento regular do processo podem ser de ordemsubjetiva e objetiva.

    H divergncia doutrinria a respeito da enumerao dos pressupostos processuais,que podem ser de duas espcies:a) Existncia: so intrnsecos, ou seja, presentes no interior do processo. H diversos

    posicionamentos. Teresa Arruda Alvim e outros autores consideram como pressupostosprocessuais de existncia: a petio inicial; a jurisdio; a citao; a representao doautor (capacidade postulatria). J boa parte da doutrina considera vlida acaracterizao dos pressupostos de existncia como: capacidade processual, rgojurisdicional e demanda regular. Outros ainda consideram os seguintes elementosprocessuais penais: rgo investido de jurisdio e competente (juiz natural);postulao inicial (instrumento pelo qual se exerce o direito de ao); e partes (deacordo com Chiovenda, aquele que pede e aquele em face de quem se pede: sentidoformal).

    b) Validade: h doutrinadores que dividem os pressupostos de validade em: 1)intrnsecos: a petio inicial vlida; a competncia do juzo e a imparcialidade do juiz;a capacidade processual e a legitimidade processual; e 2) extrnsecos (exteriores aoprocesso) ou negativos (cuja presena gera a no validade do processo): alitispendncia; e a coisa julgada. Outros os dividem em: 1) subjetivos (relacionadoscom a figura do juiz e os exigidos das partes); e 2) objetivos (ausncia delitispendncia e de coisa julgada).Numa viso majoritria, podemos afirmar que os pressupostos processuais de

    existncia so: demanda (ato que d impulso inicial atuao do juiz); rgojurisdicional; partes. E os pressupostos processuais de validade so: subjetivos:relacionados aos sujeitos processuais: juiz (investidura, competncia e imparcialidade);partes (capacidade de ser parte; capacidade de estar em juzo e capacidadepostulatria); e objetivos: inexistncia de fatos impeditivos ou extintivos; regularidadeformal da demanda, com subordinao do procedimento lei.

    Questode prova

    A prova de Advogado BNB/2006 considerou INCORRETA a afirmativa: Pressupostosprocessuais subjetivos dizem respeito inexistncia de fatos impeditivos formao darelao processual.

    3.8. Processo penalNo processo penal, h o interesse pblico de defesa da sociedade por meio da

    punio do suposto infrator da lei penal, bem como o de resguardar na tramitao

  • processual os direitos fundamentais na realizao da justia. um campo em que sedebate a correlao entre o interesse do Estado, na perseguio dos criminosos paradefesa da sociedade, e o da pessoa, na defesa da sua liberdade, honra e patrimnio[30].

    No tocante aos fins do processo penal, podemos delimitar duas perspectivas:a) jurdico-processual: o processo penal tem a funo instrumental de servir de

    instrumento para aplicao da lei penal aos casos concretos;b) metaprocessual: o processo penal visa a realizao da justia por meio da

    descoberta da verdade (com respeito aos direitos fundamentais da pessoa) e dorestabelecimento da paz jurdica; e, com a sentena transitada em julgado, alcana asegurana.O Direito Penal define as infraes penais e as sanes penais. O processo penal

    instrumento para verificar a ocorrncia da infrao penal, determinar seu agente e, porfim, aplicar, se for o caso, a sano penal. O Direito Processual Penal um conjunto denormas jurdicas que disciplinam o processo penal.

    O processo penal um fenmeno complexo, que conjuga valores culturais de umasociedade em determinado histrico com as ideologias do poder.

    III Atos Processuais

    1. ConceitoAtos processuais so manifestaes da vontade humana que visam criar, modificar

    ou extinguir direitos processuais. J o fato processual o acontecimento no dependenteda vontade das pessoas, mas que acarreta alguma modificao na situao jurdicaprocessual.

    Questode prova

    A prova de Auditor de Controle Externo TCE/ES/2012 considerou INCORRETA a afirmativa:Ato processual toda ao humana que produz efeito sobre a relao jurdica de direitomaterial.

    A ordem jurdica brasileira, em relao aos atos processuais, adota classificaosubjetiva, pois leva em conta como critrio o sujeito que pratica o ato processual: a)atos do escrivo ou chefe de secretaria; b) atos do juiz; c) atos das partes.

    2. Atos das partesa) Atos postulatrios: so aqueles em que as partes visam pedir algo ao juiz. Existem

    duas espcies: requerimentos: dizem respeito a questes processuais; pedidos: dizem respeito ao mrito da causa.

    b) Atos dispositivos: so declaraes de vontade que visam criar, modificar ouextinguir direitos no processo. Podem ser: unilaterais: quando praticados por apenas uma das partes, como a renncia ou adesistncia da ao; concordantes: praticados por ambas as partes, como a transao.

    c) Atos instrutrios: so os que tm por finalidade convencer o julgador da verdade

  • real. Existem duas espcies: alegaes: manifestaes das partes; atos probatrios: atos de produo de prova praticados pelas partes.

    d) Atos reais ou materiais: so os praticados pelas partes por meio de condutapessoal; manifestam-se em coisas, e no em palavras.

    3. Atos do juiza) Atos decisrios ou de provimento ou jurisdicionais prprios, que podem ser:

    despacho de mero expediente: visam dar andamento ao processo; decises interlocutrias simples: resolvem questes relativas ordem doprocesso, visando sua movimentao, sem pr fim ao processo; no resolvem mrito; decises interlocutrias mistas ou com fora de definitivas: so as queencerram uma etapa do procedimento (no terminativas) ou o prprio processo(terminativas), sem resolver o mrito da causa; decises definitivas: so as que resolvem o mrito da causa e podem ser:condenatrias (julgam procedente a pretenso punitiva, no todo ou em parte);absolutrias (julgam improcedente a pretenso punitiva: se aplicarem medida desegurana, so imprprias; se no aplicarem, so prprias); terminativas de mritoou definitivas em sentido estrito (julgam mrito, sem condenar ou absolver, comoa sentena de declarao de extino da punibilidade).

    b) Atos no decisrios, que podem ser: de documentao: rubrica ou assinatura do juiz nos atos e termos processuais; reais: inspees judiciais, presidncia da audincia, interrogatrio de testemunhas; instrutrios: os realizados pelo juiz visando esclarecer a verdade real dos fatos; polcia processual: os determinados para manter a ordem processual; administrativos: os de organizao de audincias e sesses de julgamento; de coero: visam exigir que algum faa ou deixe de fazer algo; anmalos: os que no so prprios da funo jurisdicional.

    4. Atos do escrivo ou do chefe de secretariaa) Atos de documentao: visam registrar por escrito os atos processuais.b) Atos de movimentao: visam dar andamento processual.c) Atos de comunicao: visam noticiar o andamento processual.d) Atos de execuo: visam cumprir determinaes do rgo julgador.

  • 5. Termos processuaisSo os registros escritos de um ato processual, feitos por serventurios da justia no

    exerccio de suas atribuies. Existem as seguintes espcies de termos:a) termo de autuao: o escrivo atesta o incio do processo criminal, inclusive a

    apresentao da pea acusatria e os documentos que a acompanham;b) termo de juntada: o escrivo atesta a entrada nos autos do processo de uma

    petio, um requerimento ou um documento;c) termo de vista: o escrivo atesta que possibilitou o acesso dos autos para

    manifestao processual s partes ou ao Ministrio Pblico;

  • d) termo de concluso: o escrivo atesta que os autos vo subir ao juiz, para algumdespacho ou sentena;

    e) termo de intimao: o escrivo cientifica as partes ou o Ministrio Pblico de algumdespacho ou sentena;

    f) termo de remessa: o escrivo atesta a remessa dos autos a outro juzo;g) termo de recebimento: o escrivo atesta que os autos voltaram a cartrio, vindos

    de outro juzo;h) termo de apensamento: o escrivo atesta que aos autos principais foram

    apensados outros autos;i) termo de desentranhamento: o escrivo atesta que, por despacho do juiz, foram

    desentranhados dos autos determinadas peas ou documentos.

    6. Autos, auto e ataAutos o conjunto dos atos e termos do processo, podendo ser originais e

    suplementares. Auto o termo que documenta atividades do juiz, dos peritos eserventurios quando essas atividades se realizam fora dos cartrios ou da sede do juzo.Ata a narrao escrita dos fatos ocorridos nas sesses de julgamento dos tribunais.

    7. Forma dos atos processuais7.1. Tempo dos atos processuais7.1.1. Momento dos atos processuais

    Excetuadas as sesses de julgamento, que no sero marcadas para domingos ouferiados, os demais atos do processo podero ser praticados em perodo de frias, emdomingos e feriados. Todavia, os julgamentos iniciados em dia til no se interromperopela supervenincia de feriado ou domingo.7.1.2. Prazos processuais

    a) Conceito o lapso temporal dentro do qual permitida a prtica de um ato processual.

    b) Classificao Legal, judicial e convencional: o prazo pode ser legal (fixado em lei); judicial(fixado pelo juiz); convencional (fixado de comum acordo entre as partes). Comum e particular: o prazo pode ser comum (quando corre para ambas as partes)ou particular (quando corre para uma parte). Peremptrio e dilatrio: o prazo pode ser dilatrio (pode ser alterado) ouperemptrio (no pode ser alterado). Prprio e imprprio: o prazo pode ser prprio (corre para as partes e o decurso trazprecluso) ou imprprio (corre para os juzes e auxiliares da justia e o decursoacarreta apenas procedimento disciplinar). Especial: os prazos para a Defensoria Pblica so contados em dobro.

  • c) PrincpiosNa teoria dos prazos, h os seguintes princpios informadores: Princpio da paridade de tratamento: aos atos idnticos, prazos idnticos paraambas as partes. As excees devem ser previstas em lei. Princpio da brevidade: o processo deve ser desenvolvido dentro de um prazorazovel, sem prejuzo da veracidade e da realizao da justia. Princpio da utilidade: o prazo deve ser suficiente para a prtica conveniente doato processual. Princpio da continuidade: o prazo no deve ser interrompido ou suspenso, salvonos casos previstos em lei. Princpio da inalterabilidade: ao juiz no lcito alterar prazo fixado em lei. Princpio da peremptoriedade: em regra, os prazos terminam no seu termo final. Princpio da precluso: a perda do direito de praticar um ato processual pela suano prtica no prazo legal.

  • d) Contagem dos prazosd.1) Regras da contagem dos prazos no processo penal

    Prazo fixado em minutos: a contagem ser feita de minuto a minuto. Prazo fixado em horas: quando abaixo de 24 horas: ser contado de minuto emminuto; quando igual ou acima de 24 horas: ser contado como dia. Prazo fixado em dias: o prazo contado dia a dia, com excluso do dia do comeoe incluso do dia do vencimento. Prazo fixado em meses e ano: o prazo em meses ou anos contado de acordocom o calendrio (o ms poder ter 28, 29, 30 ou 31 dias e o ano poder ter 365 ou366 dias). Considera-se ano o perodo de doze meses contado do dia do incio ao dia ems correspondentes do ano seguinte. Considera-se ms o perodo de tempo contadodo dia do incio ao dia correspondente do ms seguinte. Quando no ano ou ms dovencimento no houver o dia correspondente ao do incio do prazo, este findar noprimeiro dia subsequente. Assim, os prazos de meses e anos expiram no dia de igualnmero do de incio, ou no imediato, se faltar exata correspondncia. No caso de instituto hbrido (regulado tanto pelo direito penal como pelo direitoprocessual penal): aplica-se a regra do art. 10 do CP, ou seja, inclui-se o dia docomeo na contagem do prazo.

    d.2) Determinao do termo inicial ou fixao do dies a quoEm face do Cdigo de Processo Penal, salvo nos casos expressos, o termo inicial (o dia

    do comeo do prazo) ser o da intimao; da audincia ou sesso em que for proferida adeciso, se a ela estiver presente a parte; do dia em que a parte manifestar nos autoscincia inequvoca da sentena ou despacho.

    Para o juiz, os prazos contar-se-o do termo de concluso. J para o Ministrio Pblico(MP), do termo de vista, salvo para a interposio do recurso, em que o termo inicial sero da intimao; da audincia ou sesso em que for proferida a deciso, se a ela estiverpresente; do dia em que a parte manifestar nos autos cincia inequvoca da sentena oudespacho. No processo penal, contam-se os prazos da data da intimao, e no dajuntada aos autos do mandado ou da carta precatria ou de ordem, nos termos daSmula 710 do STF.

    Questode prova

    A prova de Defensor Pblico AL/2009 considerou CORRETA a afirmativa: No processopenal, contam-se os prazos da data da intimao, e no da juntada aos autos do mandadoou da carta precatria ou de ordem.

  • d.3) Determinao do termo final ou fixao do dies ad quemO prazo se encerra no ltimo minuto do expediente oficial do dia do vencimento.

    Porm, o prazo que terminar em domingo ou feriado considerar-se- prorrogado at o diatil imediato.

    Em face da Lei n. 4.674/65, os prazos judiciais que se iniciarem ou vencerem aossbados sero prorrogados por um dia til.

    A terminao dos prazos ser certificada nos autos pelo escrivo; ser, porm,considerado findo o prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita prova do diaem que comeou a correr.d.4) Forma de contagem dos prazos

    Os prazos no processo penal correro em cartrio e sero contnuos e peremptrios,no se interrompendo por frias, domingo ou feriado.

    Questode prova

    A prova de Auditor de Controle Externo TCE/ES/2012 considerou INCORRETA a afirmativa:A contagem do prazo dos atos processuais contnua, interrompendo-se apenas em casode recesso e de frias.

    Na contagem dos prazos, no se computar o dia do comeo, incluindo-se, porm, o dovencimento.

    O prazo inicia sua contagem a partir do primeiro dia til seguinte ao seu marco inicial etermina no dia do vencimento; se este cair em domingo ou feriado, o prazo serprorrogado para o primeiro dia til seguinte.

    Questode prova

    A prova de Analista Judicirio TRE/MT/2010 considerou CORRETA a afirmativa: Nos prazosprocessuais penais, no se computa o dia do comeo, incluindo-se, porm, o do vencimento;todavia, o prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se- prorrogado at odia til imediato.

    Em face da Smula 310 do STF, quando a intimao tiver lugar na sexta-feira, ou apublicao com efeito de intimao for feita nesse dia, o prazo judicial ter incio nasegunda-feira imediata, salvo se no houver expediente, caso em que comear noprimeiro dia til que se seguir.

    So hipteses legais de suspenso do prazo: se houver impedimento do juiz; foramaior; obstculo judicial oposto pela parte contrria.d.5) Precluso

    O ato processual praticado no prazo vlido. O praticado fora do prazo gera precluso(perda do d