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TUTELA JURÍDICA DO PATRIMÔNIO GENÉTICO: VEGETAL, ANIMAL, FÚNGICO E MICROBIANO Franklin Anderson Sisti Geógrafo, bacharel e licenciado. Pós-graduado /Especialista em: Direito Ambiental e Empresarial, Direito e Gestão do Meio Ambiente pelo Centro Universitário Senac, Gestão Ambiental, e Saneamento Ambiental. Diretor da, da Divisão Técnica do Núcleo de Gestão Descentralizada Sul 2 e Especialista em Meio Ambiente, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente Co-autor de obras preparatórias para concursos públicos, com capítulos escritos nas áreas de Direito Ambiental, Legislação Ambiental, Geografia e História, publicadas pela editora Saraiva. .

Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

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Page 1: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

TUTELA JURÍDICA DO PATRIMÔNIO GENÉTICO:

VEGETAL, ANIMAL, FÚNGICO E MICROBIANO

Franklin Anderson Sisti

Geógrafo, bacharel e licenciado. Pós-graduado /Especialista em: Direito Ambiental e

Empresarial, Direito e Gestão do Meio Ambiente pelo Centro Universitário Senac, Gestão

Ambiental, e Saneamento Ambiental. Diretor da, da Divisão Técnica do Núcleo de Gestão

Descentralizada Sul 2 e Especialista em Meio Ambiente, da Secretaria do Verde e do Meio

Ambiente

Co-autor de obras preparatórias para concursos públicos, com capítulos escritos nas áreas de

Direito Ambiental, Legislação Ambiental, Geografia e História, publicadas pela editora Saraiva.

.

Page 2: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

“Patrimônio Genético é a informação de origem

Genética obtida em amostras do todo ou o parte de

espécime vegetal, fúngico, microbiano ou animal, (...)

coletados em condições in situ no território brasileiro,

na plataforma continental ou na zona econômica

exclusiva.”

(Celso Antônio Pacheco Fiorillo)

Page 3: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Legislação Aplicável

Constituição Federal – Art. 225, § 1º, II, IV e V.

Lei nº 9.985/2000 - institui o Sistema Nacional de Unidades de

Conservação da Natureza e dá outras providências.

Lei nº 11.105/2005 - estabelece normas de segurança e mecanismos

de fiscalização de atividades que envolvam OGM e seus derivados, cria o

Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão

Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a Política

Nacional de Biossegurança – PNB.

Resolução CONAMA nº 305, de 12 de junho 2002 - Dispõe

sobre Licenciamento Ambiental, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório

de Impacto no Meio Ambiente de atividades e empreendimentos com

Organismos Geneticamente Modificados e seus derivados.

Page 4: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Constituição Federal de 1988

Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder

Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo

para as presentes e futuras gerações.

Page 5: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao

Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais

e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio

genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à

pesquisa e manipulação de material genético;

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços

territoriais e seus componentes a serem especialmente

protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas

somente através de lei, vedada qualquer utilização que

comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua

proteção;

Produção, Comercialização, Emprego de

Técnicas e Métodos.

Page 6: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade

potencialmente causadora de significativa degradação do meio

ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará

publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de

técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para

a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

Produção, Comercialização, Emprego de

Técnicas e Métodos.

Page 7: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da

lei, as práticas que coloquem em risco sua função

ecológica, provoquem a extinção de espécies ou

submetam os animais a crueldade.

Page 8: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas

ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas

físicas ou jurídicas, a sanções penais e

administrativas, independentemente da obrigação de

reparar os danos causados.

Page 9: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Pesquisa e Manipulação do material genético

CF - Art. 218, § 2º.

Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o

desenvolvimento científico, a pesquisa e a

capacitação tecnológicas.

§ 1º - A pesquisa científica básica receberá

tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o

bem público e o progresso das ciências.

§ 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á

preponderantemente para a solução dos problemas

brasileiros e para o desenvolvimento do sistema

produtivo nacional e regional.

Page 10: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Acesso aos Recursos Genéticos e aos

conhecimentos tradicionais associados

Convenção de Diversidade Biológica (1993) – Obrigação de

estabelecer as regras para o acesso aos recursos genéticos e de

proteger os conhecimentos tradicionais, de comunidades locais e povos

indígenas.

-Reconhecimento da Soberania dos Países sobre seus recursos

biológicos.

- Emenda Constitucional nº 618/98 que incluiu no art. 20 da CF, como

bem da União, o patrimônio genético.

-Projeto de lei que previa contratos apenas para os acessos ao

patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado nos casos

em que há potencial uso econômico.

Page 11: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

MEDIDA PROVISÓRIA nº 2186-16 de 23 de

agosto de 2001

- Dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, a

proteção e o acesso ao conhecimento tradicional

associado, a repartição de benefícios e o acesso à

tecnologia e transferência de tecnologia para sua

conservação e utilização.

- Criação do Conselho de Gestão do Patrimônio

Genético – autoridade nacional competente.

- Acesso ao patrimônio genético apenas mediante

autorização da União.

Page 12: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata

Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-

Grossense e a Zona Costeira são patrimônio

nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei,

dentro de condições que assegurem a preservação

do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos

recursos naturais.

Page 13: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Patrimônio nacional:

Floresta Amazônica;

Mata Atlântica;

Serra do Mar;

Pantanal Mato-Grossense;

Zona Costeira;

Page 14: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Desenvolvimento sustentável na CF

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do

trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim

assegurar a todos existência digna, conforme os ditames

da justiça social, observados os seguintes princípios:

VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante

tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental

dos produtos e serviços e de seus processos de

elaboração e prestação

Page 15: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Terras indígenas

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização

social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos

originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam,

competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar

todos os seus bens.

§ 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios

as por eles habitadas em caráter permanente, as

utilizadas para suas atividades produtivas, as

imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais

necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua

reprodução física e cultural, segundo seus usos,

costumes e tradições.

Page 16: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

§ 2º - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios

destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o

usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos

lagos nelas existentes.

Page 17: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

§ 6º - São nulos e extintos, não produzindo efeitos

jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o

domínio e a posse das terras a que se refere este

artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo,

dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado

relevante interesse público da União, segundo o que

dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a

extinção direito a indenização ou a ações contra a União,

salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da

ocupação de boa fé.

Page 18: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o

desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação

tecnológicas.

§ 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á

preponderantemente para a solução dos problemas

brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo

nacional e regional.

Page 19: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 9985/2000

Art. 4o O SNUC tem os seguintes objetivos:

I - contribuir para a manutenção da diversidade biológica

e dos recursos genéticos no território nacional e nas

águas jurisdicionais;

Art. 5o O SNUC será regido por diretrizes que:

VII - permitam o uso das unidades de conservação para a

conservação in situ de populações das variantes

genéticas selvagens dos animais e plantas

domesticados e recursos genéticos silvestres;

Page 20: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Função social da propriedade –

preservação do meio ambiente

Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade

rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de

exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

I - aproveitamento racional e adequado;

II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e

preservação do meio ambiente;

.

Page 21: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 9985/2000

Art. 27. As unidades de conservação devem dispor de um

Plano de Manejo.

§ 4o O Plano de Manejo poderá dispor sobre as

atividades de liberação planejada e cultivo de

organismos geneticamente modificados nas Áreas de

Proteção Ambiental e nas zonas de amortecimento das

demais categorias de unidade de conservação,

observadas as informações contidas na decisão

técnica da Comissão Técnica Nacional de

Biossegurança - CTNBio sobre:

Page 22: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 9985/2000

I - o registro de ocorrência de ancestrais diretos e parentes

silvestres;

II - as características de reprodução, dispersão e

sobrevivência do organismo geneticamente modificado;

III - o isolamento reprodutivo do organismo geneticamente

modificado em relação aos seus ancestrais diretos e

parentes silvestres; e

IV - situações de risco do organismo geneticamente

modificado à biodiversidade.

Page 23: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 9985/2000

I - o registro de ocorrência de ancestrais diretos e parentes

silvestres;

II - as características de reprodução, dispersão e

sobrevivência do organismo geneticamente modificado;

III - o isolamento reprodutivo do organismo geneticamente

modificado em relação aos seus ancestrais diretos e

parentes silvestres; e

IV - situações de risco do organismo geneticamente

modificado à biodiversidade.

Page 24: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 9985/2000

Art. 57-A. O Poder Executivo estabelecerá os limites

para o plantio de organismos geneticamente

modificados nas áreas que circundam as unidades de

conservação até que seja fixada sua zona de

amortecimento e aprovado o seu respectivo Plano de

Manejo.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se

aplica às Áreas de Proteção Ambiental e Reservas de

Particulares do Patrimônio Nacional.

Page 25: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

São as Unidades de Proteção Integral:

Estação Ecológica;

Reserva Biológica;

Parque Nacional;

Monumento Natural;

Refúgio da Vida Silvestre;

Page 26: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

São as categorias de Unidades de Uso

Sustentável:

Área de Proteção Integral (APA);

Área de Relevante Interesse Ecológico;

Florestal Nacional;

Reserva Extrativista;

Reserva de Fauna;

Reserva de Desenvolvimento Sustentável;

Reserva Particular do Patrimônio Natural

(RPPN);

Page 27: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Unidades de Conservação de Proteção

IntegralCategoria/ tipologia Usos permitidos Restrições

Estação

Ecológica

pesquisas científicas;

medidas de

restauração de

ecossistemas

modificados;

manejo de espécies

com o fim de

preservar a

diversidade

biológica;

proibida a visitação

pública;

domínio público -

proibido área particular

em seus limites;

Page 28: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Reserva biológica pesquisas

científicas;

proibida a visitação

pública;

domínio público,

proibido área

particular em seus

limites;

Parque Nacional pesquisas

científicas;

visitação pública;

desenvolvimento

de atividades de

educação

ambiental;

turismo ecológico.

domínio público,

proibido área

particular em seus

limites;

Page 29: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Reserva biológica pesquisas

científicas;

proibida a visitação

pública;

domínio público,

proibido área

particular em seus

limites;

Parque Nacional pesquisas

científicas;

visitação pública;

desenvolvimento

de atividades de

educação

ambiental;

turismo ecológico.

domínio público,

proibido área

particular em seus

limites;

Page 30: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Monumento Natural pode ser constituído por

áreas particulares;

visitação pública.

Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído por

áreas particulares;

pesquisas científicas;

visitação pública.

Page 31: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 1105/2005

Art. 1o Esta Lei estabelece normas de segurança e

mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a

produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a

importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a

comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente

e o descarte de organismos geneticamente modificados –

OGM e seus derivados, tendo como diretrizes o estímulo ao

avanço científico na área de biossegurança e biotecnologia,

a proteção à vida e à saúde humana, animal e

vegetal, e a observância do princípio da precaução

para a proteção do meio ambiente.

Page 32: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 1105/2005

Art. 13. A CTNBio constituirá subcomissões setoriais

permanentes na área de saúde humana, na área animal,

na área vegetal e na área ambiental, e poderá constituir

subcomissões extraordinárias, para análise prévia dos

temas a serem submetidos ao plenário da Comissão.

Page 33: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 1105/2005

Art. 10. A CTNBio, integrante do Ministério da Ciência e

Tecnologia, é instância colegiada multidisciplinar de caráter

consultivo e deliberativo, para prestar apoio técnico e de

assessoramento ao Governo Federal na formulação,

atualização e implementação da PNB de OGM e seus

derivados, bem como no estabelecimento de normas

técnicas de segurança e de pareceres técnicos referentes

à autorização para atividades que envolvam pesquisa e

uso comercial de OGM e seus derivados, com base na

avaliação de seu risco zoofitossanitário, à saúde

humana e ao meio ambiente.

Page 34: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 1105/2005

Art. 16. Caberá aos órgãos e entidades de registro e

fiscalização do Ministério da Saúde, do Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Ministério do

Meio Ambiente, e da Secretaria Especial de Aqüicultura e

Pesca da Presidência da República entre outras

atribuições, no campo de suas competências, observadas

a decisão técnica da CTNBio, as deliberações do CNBS e

os mecanismos estabelecidos nesta Lei e na sua

regulamentação:

Page 35: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 1105/2005

§ 1o Após manifestação favorável da CTNBio, ou do CNBS,

em caso de avocação ou recurso, caberá, em decorrência

de análise específica e decisão pertinente:

I – ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

emitir as autorizações e registros e fiscalizar produtos e

atividades que utilizem OGM e seus derivados

destinados a uso animal, na agricultura, pecuária,

agroindústria e áreas afins, de acordo com a legislação

em vigor e segundo o regulamento desta Lei;

Page 36: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

Art. 8o Fica protegido por esta Medida Provisória o

conhecimento tradicional das comunidades indígenas

e das comunidades locais, associado ao patrimônio

genético, contra a utilização e exploração ilícita e

outras ações lesivas ou não autorizadas pelo Conselho

de Gestão de que trata o art. 10, ou por instituição

credenciada.

§ 1o O Estado reconhece o direito das comunidades

indígenas e das comunidades locais para decidir sobre

o uso de seus conhecimentos tradicionais associados

ao patrimônio genético do País, nos termos desta

Medida Provisória e do seu regulamento.

Page 37: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

Art. 8o Fica protegido por esta Medida Provisória o

conhecimento tradicional das comunidades indígenas e

das comunidades locais, associado ao patrimônio genético,

contra a utilização e exploração ilícita e outras ações

lesivas ou não autorizadas pelo Conselho de Gestão de

que trata o art. 10, ou por instituição credenciada.

§ 1o O Estado reconhece o direito das comunidades

indígenas e das comunidades locais para decidir sobre o

uso de seus conhecimentos tradicionais associados ao

patrimônio genético do País, nos termos desta Medida

Provisória e do seu regulamento.

Page 38: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

§ 2o O conhecimento tradicional associado ao

patrimônio genético de que trata esta Medida

Provisória integra o patrimônio cultural brasileiro e

poderá ser objeto de cadastro, conforme dispuser o

Conselho de Gestão ou legislação específica.

Page 39: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

Art. 9o À comunidade indígena e à comunidade local

que criam, desenvolvem, detêm ou conservam

conhecimento tradicional associado ao patrimônio

genético, é garantido o direito de:

I - ter indicada a origem do acesso ao conhecimento

tradicional em todas as publicações, utilizações,

explorações e divulgações;

Page 40: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

II - impedir terceiros não autorizados de:

a) utilizar, realizar testes, pesquisas ou exploração,

relacionados ao conhecimento tradicional associado;

b) divulgar, transmitir ou retransmitir dados ou informações

que integram ou constituem conhecimento tradicional

associado;

Page 41: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

Art. 9o À comunidade indígena e à comunidade local que

criam, desenvolvem, detêm ou conservam conhecimento

tradicional associado ao patrimônio genético, é garantido o

direito de:

II - impedir terceiros não autorizados de:

a) utilizar, realizar testes, pesquisas ou exploração,

relacionados ao conhecimento tradicional associado;

b) divulgar, transmitir ou retransmitir dados ou informações

que integram ou constituem conhecimento tradicional

associado;

Page 42: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

III - perceber benefícios pela exploração econômica por

terceiros, direta ou indiretamente, de conhecimento

tradicional associado, cujos direitos são de sua titularidade,

nos termos desta Medida Provisória.

Parágrafo único. Para efeito desta Medida Provisória,

qualquer conhecimento tradicional associado ao patrimônio

genético poderá ser de titularidade da comunidade, ainda

que apenas um indivíduo, membro dessa comunidade,

detenha esse conhecimento.

Page 43: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

Art. 16. O acesso a componente do patrimônio

genético existente em condições in situ no território

nacional, na plataforma continental e na zona

econômica exclusiva, e ao conhecimento tradicional

associado far-se-á mediante a coleta de amostra e de

informação, respectivamente, e somente será

autorizado a instituição nacional, pública ou privada,

que exerça atividades de pesquisa e desenvolvimento

nas áreas biológicas e afins, mediante prévia

autorização, na forma desta Medida Provisória.

Page 44: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

§ 4o Quando houver perspectiva de uso comercial, o

acesso a amostra de componente do patrimônio

genético, em condições in situ, e ao conhecimento

tradicional associado só poderá ocorrer após

assinatura de Contrato de Utilização do Patrimônio

Genético e de Repartição de Benefícios.

Page 45: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

§ 7o A pesquisa sobre componentes do patrimônio

genético deve ser realizada preferencialmente no território

nacional.

§ 8o A Autorização de Acesso e de Remessa de amostra

de componente do patrimônio genético de espécie de

endemismo estrito ou ameaçada de extinção dependerá da

anuência prévia do órgão competente.

Page 46: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

§ 9o A Autorização de Acesso e de Remessa dar-se-á

após a anuência prévia:

I - da comunidade indígena envolvida, ouvido o órgão

indigenista oficial, quando o acesso ocorrer em terra

indígena;

II - do órgão competente, quando o acesso ocorrer em

área protegida;

III - do titular de área privada, quando o acesso nela

ocorrer;

Page 47: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

IV - do Conselho de Defesa Nacional, quando o acesso se

der em área indispensável à segurança nacional;

V - da autoridade marítima, quando o acesso se der em

águas jurisdicionais brasileiras, na plataforma continental e

na zona econômica exclusiva.

Page 48: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

Art. 24. Os benefícios resultantes da exploração

econômica de produto ou processo desenvolvido a partir

de amostra de componente do patrimônio genético e de

conhecimento tradicional associado, obtidos por instituição

nacional ou instituição sediada no exterior, serão

repartidos, de forma justa e eqüitativa, entre as partes

contratantes, conforme dispuser o regulamento e a

legislação pertinente.

Page 49: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

Art. 24. Os benefícios resultantes da exploração

econômica de produto ou processo desenvolvido a partir

de amostra de componente do patrimônio genético e de

conhecimento tradicional associado, obtidos por instituição

nacional ou instituição sediada no exterior, serão

repartidos, de forma justa e eqüitativa, entre as partes

contratantes, conforme dispuser o regulamento e a

legislação pertinente.

Page 50: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Medida Provisória n° 2186-16/2005

Art. 27. O Contrato de Utilização do Patrimônio

Genético e de Repartição de Benefícios deverá indicar e

qualificar com clareza as partes contratantes, sendo, de um

lado, o proprietário da área pública ou privada, ou o

representante da comunidade indígena e do órgão

indigenista oficial, ou o representante da comunidade

local e, de outro, a instituição nacional autorizada a

efetuar o acesso e a instituição destinatária.

Page 51: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 11284/2006

Art. 2o Constituem princípios da gestão de florestas

públicas:

I - a proteção dos ecossistemas, do solo, da água, da

biodiversidade e valores culturais associados, bem como

do patrimônio público;

IV - a promoção do processamento local e o incentivo ao

incremento da agregação de valor aos produtos e serviços

da floresta, bem como à diversificação industrial, ao

desenvolvimento tecnológico, à utilização e à capacitação

de empreendedores locais e da mão-de-obra regional;

Page 52: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Princípios da gestão das florestas públicas

proteção dos ecossistemas, do solo, da água, da

biodiversidade e valores culturais

estabelecimento de atividades que promovam o uso

eficiente e racional das florestas e o

desenvolvimento sustentável

respeito ao direito da população acesso às florestas

públicas e aos benefícios dela

promoção do processamento local e o incentivo da

agregação de valor aos produtos e serviços da

floresta, diversificação industrial, ao

desenvolvimento tecnológico, à utilização e à

capacitação de empreendedores locais e da mão-

de-obra regional

Page 53: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

acesso livre de qualquer indivíduo às

informações referentes à gestão de florestas

públicas

a promoção e difusão da pesquisa florestal,

faunística e edáfica

conscientização da população sobre a

importância da conservação e do manejo

sustentável

garantia de condições que estimulem

investimentos de longo prazo no manejo, na

conservação e na recuperação das florestas

Page 54: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 11284/2006

Art. 14. A concessão florestal terá como objeto a

exploração de produtos e serviços florestais,

contratualmente especificados, em unidade de manejo

de floresta pública, com perímetro georreferenciado,

registrada no respectivo cadastro de florestas públicas e

incluída no lote de concessão florestal.

Page 55: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 11284/2006

§ 1o É vedada a outorga de qualquer dos seguintes

direitos no âmbito da concessão florestal:

II - acesso ao patrimônio genético para fins de pesquisa

e desenvolvimento, bioprospecção ou constituição de

coleções;

Page 56: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 11284/2006

A concessão florestal deve ser formalizada mediante a

lavratura de um contrato;

As unidades de conservação, as quais serão objeto do

instrumento de concessão florestal, deverão estar

contempladas no

Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF);

Page 57: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 11284/2006

São objetos / elementos autorizados no processo

de concessão florestal:

Exploração de produtos e serviços florestais -

aos quais estarão especificados no contrato

lavrado, para concessão florestal.

Page 58: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Atividades não contempladas na concessão florestal

titularidade imobiliária ou preferência em sua aquisição

acesso ao patrimônio genético para fins de pesquisa e

desenvolvimento, bioprospecção ou constituição de

coleções

uso dos recursos hídricos acima do especificado

exploração dos recursos minerais

exploração de recursos pesqueiros ou da fauna silvestre

comercialização de créditos de carbono em florestas

naturais

Page 59: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade
Page 60: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 12651/2012

Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida,

coberta ou não por vegetação nativa, com a função

ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a

estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo

gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-

estar das populações humanas;

Page 61: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Decreto Federal n° 4703/2003

Art. 1o O Programa Nacional da Diversidade Biológica -

PRONABIO e a Comissão Coordenadora do PRONABIO,

doravante denominada Comissão Nacional de

Biodiversidade, instituídos pelo Decreto no 1.354, de 29 de

dezembro de 1994, passam a reger-se pelas disposições

deste Decreto.

Page 62: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Decreto Federal n° 4703/2003

Art. 3o O PRONABIO deverá ser implementado por meio de

ações de âmbito nacional ou direcionadas a conjuntos de

biomas, com estrutura que compreenda:

I - componentes temáticos:

a) conhecimento da biodiversidade;

b) conservação da biodiversidade;

e) acesso aos recursos genéticos e aos conhecimentos

tradicionais associados e repartição de benefícios;

Page 63: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Decreto Federal n° 4703/2003

II - conjunto de biomas:

a) Amazônia;

b) Cerrado e Pantanal;

c) Caatinga;

d) Mata Atlântica e Campos Sulinos;

e) Zona Costeira e Marinha.

Page 64: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Decreto Federal n° 4339/2002

Art. 1o Ficam instituídos, conforme o disposto no Anexo a

este Decreto, princípios e diretrizes para a implementação,

na forma da lei, da Política Nacional da Biodiversidade, com

a participação dos governos federal, distrital, estaduais e

municipais, e da sociedade civil.

Page 65: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Decreto Federal n° 4339/2002

A N E X O

Da Política Nacional da Biodiversidade

N E X

1. Os princípios estabelecidos neste Anexo derivam,

basicamente, daqueles estabelecidos na Convenção sobre

Diversidade Biológica e na Declaração do Rio, ambas de

1992, na Constituição e na legislação nacional vigente sobre

a matéria.

Page 66: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Decreto Federal n° 4339/2002

A N E X O

Da Política Nacional da Biodiversidade

N E X

2. A Política Nacional da Biodiversidade reger-se-á pelos

seguintes princípios:

I - a diversidade biológica tem valor intrínseco,

merecendo respeito independentemente de seu valor

para o homem ou potencial para uso humano;

Page 67: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Decreto Federal n° 4339/2002

N E X

3. A Política Nacional da Biodiversidade aplica-se aos

componentes da diversidade biológica localizados nas áreas

sob jurisdição nacional, incluindo o território nacional, a

plataforma continental e a zona econômica exclusiva; e aos

processos e atividades realizados sob sua jurisdição ou

controle, independentemente de onde ocorram seus efeitos,

dentro da área sob jurisdição nacional ou além dos limites

desta.

Page 68: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Decreto Federal n° 4339/2002

9. A Política Nacional da Biodiversidade abrange os

seguintes Componentes:

I - Componente 1 - Conhecimento da Biodiversidade (...);

II - Componente 2 - Conservação da Biodiversidade (...);

III - Componente 3 - Utilização Sustentável dos

Componentes da Biodiversidade (...);

IV - Componente 4 - Monitoramento, Avaliação, Prevenção e

Mitigação de Impactos sobre a Biodiversidade (...);

Page 69: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Decreto Federal n° 4339/2002

N E X

V - Componente 5 - Acesso aos Recursos Genéticos e

aos Conhecimentos Tradicionais Associados e

Repartição de Benefícios: alinha diretrizes que promovam

o acesso controlado, com vistas à agregação de valor

mediante pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico,

e a distribuição dos benefícios gerados pela utilização dos

recursos genéticos, dos componentes do patrimônio genético

e dos conhecimentos tradicionais associados, de modo que

sejam compartilhados, de forma justa e eqüitativa, com a

sociedade brasileira e, inclusive, com os povos indígenas,

com os quilombolas e com outras comunidades locais;

Page 70: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Decreto Federal n° 4339/2002

N E X

VI - Componente 6 - Educação, Sensibilização Pública,

Informação e Divulgação sobre Biodiversidade (...);

VII - Componente 7 - Fortalecimento Jurídico e Institucional

para a Gestão da Biodiversidade:

Page 71: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Decreto Federal n° 4297/2002

N E X

Art. 2o O ZEE, instrumento de organização do território a ser

obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e

atividades públicas e privadas, estabelece medidas e

padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a

qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a

conservação da biodiversidade, garantindo o

desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de

vida da população.

Page 72: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Decreto Federal n° 4297/2002

N E X

Art. 4o O processo de elaboração e implementação do ZEE:

I - buscará a sustentabilidade ecológica, econômica e social,

com vistas a compatibilizar o crescimento econômico e a

proteção dos recursos naturais, em favor das presentes e

futuras gerações, em decorrência do reconhecimento de

valor intrínseco à biodiversidade e a seus componentes;

Page 73: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei n° 9605/1998

Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que

possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à

flora ou aos ecossistemas:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Page 74: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei n° 9605/1998

Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e

répteis em bruto, sem a autorização da autoridade ambiental

competente:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem

parecer técnico oficial favorável e licença expedida por

autoridade competente:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Page 75: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei n° 9605/1998

Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou

secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração,

do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das

normas de proteção:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou

ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será

reduzida à metade.

Page 76: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei n° 9605/1998

Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de

Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº

99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua

localização:

Art. 40.

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de

extinção no interior das Unidades de Conservação de Uso

Sustentável será considerada circunstância agravante para a

fixação da pena.

Page 77: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei n° 9605/1998

Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas

ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues,

objeto de especial preservação:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo

substâncias ou instrumentos próprios para caça ou para

exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem

licença da autoridade competente:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Page 78: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 9605/1998

Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar,

comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter

em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa

ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em

desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos

seus regulamentos:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Page 79: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Responsabilidade Solidária

Lei Federal n° 9605/98

Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática

dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes

cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como

o diretor, o administrador, o membro de conselho e de

órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou

mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta

criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática,

quando podia agir para evitá-la.

Page 80: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Responsabilidade da Pessoa jurídica

Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas

administrativa, civil e penalmente conforme o disposto

nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida

por decisão de seu representante legal ou contratual, ou

de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da

sua entidade.

Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas

jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-

autoras ou partícipes do mesmo fato.

Page 81: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 1105/2005

Art. 20. Sem prejuízo da aplicação das penas previstas nesta

Lei, os responsáveis pelos danos ao meio ambiente e a

terceiros responderão, solidariamente, por sua indenização

ou reparação integral, independentemente da existência de

culpa.

Page 82: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 1105/2005

Art. 21. Considera-se infração administrativa toda ação ou

omissão que viole as normas previstas nesta Lei e demais

disposições legais pertinentes.

Parágrafo único. As infrações administrativas serão punidas

na forma estabelecida no regulamento desta Lei,

independentemente das medidas cautelares de apreensão

de produtos, suspensão de venda de produto e embargos de

atividades, com as seguintes sanções:

.

Page 83: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 1105/2005

CAPÍTULO VIII - Dos Crimes e das Penas

Art. 27. Liberar ou descartar OGM no meio ambiente, em

desacordo com as normas estabelecidas pela CTNBio e

pelos órgãos e entidades de registro e fiscalização:

Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

§ 2o Agrava-se a pena:

II – de 1/3 (um terço) até a metade, se resultar dano ao

meio ambiente;

.

Page 84: Direito do Patrimônio Genético e da Biodiversidade

Lei Federal n° 1105/2005

Art. 28. Utilizar, comercializar, registrar, patentear e licenciar

tecnologias genéticas de restrição do uso:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Art. 29. Produzir, armazenar, transportar, comercializar,

importar ou exportar OGM ou seus derivados, sem

autorização ou em desacordo com as normas estabelecidas

pela CTNBio e pelos órgãos e entidades de registro e

fiscalização:

Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

.