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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO Vara do Trabalho de Teodoro Sampaio Processo: 0010672-76.2016.5.15.0127 AUTOR: ANTONIO DESOTTI RÉU: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS SENTENÇA RELATÓRIO ANTONIO DESOTTI, qualificado na petição inicial, ajuizou demanda trabalhista em face de EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS, também qualificada nos autos. O reclamante pleiteia o pagamento de diferenças salariais e reflexos pela integração salarial do vale alimentação/refeição/cesta base; indenização por danos morais, além dos benefícios da Justiça gratuita. Juntou documentos. Deu à causa o https://pje.trt15.jus.br/primeirograu/VisualizaDocumento/Autenticado/... 1 de 8 28/10/2016 08:37

Empregados dos Correios admitidos antes de 1987 têm direito à incorporação do vale refeição

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PODER JUDICIÁRIOJUSTIÇA DO TRABALHOTRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOVara do Trabalho de Teodoro Sampaio

Processo: 0010672-76.2016.5.15.0127AUTOR: ANTONIO DESOTTIRÉU: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS

SENTENÇA

RELATÓRIO

ANTONIO DESOTTI, qualificado na petição inicial, ajuizou

demanda trabalhista em face de EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS,

também qualificada nos autos. O reclamante pleiteia o pagamento de diferenças salariais e

reflexos pela integração salarial do vale alimentação/refeição/cesta base; indenização por

danos morais, além dos benefícios da Justiça gratuita. Juntou documentos. Deu à causa o

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valor de R$150.000,00.

A reclamada apresentou defesa escrita com documentos, na qual

invoca preliminar de incompetência da Justiça do Trabalho e prejudicial de mérito de prescrição

quinquenal, e, no mérito, impugna as alegações do reclamante e requer a improcedência da

ação.

Em audiência, foram dispensados os depoimentos pessoais das

partes e não foram ouvidas testemunhas (ID 2bdc3f7).

A requerimento das partes, foi encerrada a instrução processual.

Partes inconciliadas.

Razões finais remissivas.

É o Relatório.

DECIDE-SE

Incompetência da Justiça do Trabalho

A reclamada invocapreliminar de incompetência desta

Especializada para processar e julgar os pedidos de condenação de valores inerentes à

previdência privada (POSTALIS) ou atinentes ao INSS, nos termos dos Recursos

Extraordinários nº 586453 e 583050 do STF.

De fato, a Justiça do Trabalho é incompetente no tocante à

complementação de aposentadoria, diante dos termos da decisão de Recurso Extraordinário,

perante o STF (RE 586.453 RS) que entendeu ser incompetente a Justiça do Trabalho para

julgar pedidos relativos à complementação de aposentadoria, interpretando que o art. 202,

parágrafo segundo, da Constituição Federal de 1988 determina que os estatutos, regulamentos

e planos de benefício das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho

dos participantes. A essa decisão foi dado efeito de repercussão geral para todos os processos

que não tiveram sentença de mérito até 20.02.2013.

Da mesma forma, a competência da Justiça do Trabalho quanto às

contribuições previdenciárias restringe-se à execução das referidas contribuições apenas sobre

as sentenças condenatórias.

Neste sentido, os seguintes Acórdãos deste Regional:

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"AGRAVO DE PETIÇÃO. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO

TRABALHO PARA EXECUÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DECORRENTES

DO RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO. DECISÃO DO E. STF, NOS AUTOS

DO RE N. 569.056-3/PA, TRANSITADA EM JULGADO EM 5.3.2015. Nos termos do art. 876,

parágrafo único, da CLT, c/c o art. 114, inciso VIII, da CF de 1988, entendia-se ser a Justiça do

Trabalho competente para executar as Contribuições Sociais decorrentes do reconhecimento

de vínculo de emprego. Contudo, em 5.3.2015, transitou em julgado a Decisão do E. STF,

proferida nos autos do Recurso Extraordinário n. 569.056-3/PA, que restringiu a competência

da Justiça do Trabalho à execução das contribuições previdenciárias, apenas sobre as

sentenças condenatórias. Como a matéria em questão é de ordem pública, revejo

posicionamento anteriormente adotado, para reconhecer a incompetência desta Justiça

Especializada para prosseguir na execução das contribuições previdenciárias decorrentes de

vínculo empregatício reconhecido. Recurso não provido no particular. TRT/SP 15ª Região

077000-21.2005.5.15.0079 AP - Ac. 3ª Câmara 39.387/15-PATR. Rel. Helcio Dantas Lobo

Junior. DEJT 16 jul. 2015, p. 2202.".

"INCOMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO.

CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. RECOLHIMENTO RELATIVO A TODO O CONTRATO

DE TRABALHO. A Emenda Constitucional n. 20/1998, ao ampliar a competência da Justiça do

Trabalho com relação às contribuições previdenciárias, não se estendeu às hipóteses de

recolhimento previdenciário relativo a todo o contrato de trabalho, nos termos da Lei n.

10.035/2000 e da Súmula n. 368 do Col. TST. Recurso da reclamada parcialmente provido,

para 379 Coleção de Ementas, v29 2015 declarar a incompetência material da Justiça do

Trabalho. TRT/SP 15ª Região 000899-37.2012.5.15.0130 RO - Ac. 7ª Câmara 7.214/15-PATR.

Rel. Manuel Soares Ferreira Carradita. DEJT 26 fev. 2015, p. 778.".

"VÍNCULO DE EMPREGO RECONHECIDO EM JUÍZO.

EXECUÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. PARCELAS SALARIAIS PAGAS

DURANTE O LIAME EMPREGATÍCIO. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Nos

termos do art. 114, VIII da CF/88 e da Súmula n. 368, I, do C. TST, a competência da Justiça do

Trabalho para execução das contribuições previdenciárias limita-se às sentenças condenatórias

em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de

contribuição. Nessa senda, refoge à competência desta Justiça Especializada a execução das

contribuições sociais incidentes sobre os salários pagos durante o período de vínculo de

emprego reconhecido em Juízo. TRT/SP 15ª Região 194600-81.2007.5.15.0115 AP - Ac. 11ª

Câmara 59.416/15-PATR. Rel. Eder Sivers. DEJT 18 nov. 2015, p. 3358.".

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"SALÁRIO EXTRAFOLHA. RECONHECIMENTO EM JUÍZO.

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. A

Justiça do Trabalho não detém competência para a execução das contribuições previdenciárias

devidas em razão da relação de emprego reconhecida em sentença declaratória ou sobre

verbas pagas durante a contratualidade. PEDIDO DE DEMISSÃO...TRT/SP 15ª Região

000534- 83.2011.5.15.0011 RO - Ac. 9ª Câmara 49.506/15-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim.

DEJT 17 set. 2015, p. 2077.".

Afasta-se a presente preliminar, contudo, na medida em que, da

análise da petição inicial, verifica-se que o reclamante formula pedido de recolhimentos

previdenciários somente sobre as verbas objeto da condenação.

Prescrição

A reclamada invoca preliminar de prescrição quinquenal.

O reclamante requer a aplicação da prescrição trintenária, quanto

aos reflexos das diferenças salariais pela integração salarial dos vales alimentação/refeição

/cesta nos depósitos em FGTS e na indenização de 40% sobre os depósitos em FGTS.

Na medida em que o reclamante não pede o pagamento dos

depósitos em FGTS em si, mas apenas os reflexos das verbas já recebidas em FGTS e demais

verbas, a prescrição a ser aplicada é a quinquenal, já que a prescrição do pedido acessório

acompanha a do pedido principal. Oportunamente arguida, acolhe-se a prejudicial de mérito,

para declarar prescritos todos os eventuais créditos anteriores a 14/7/2011.

Integração salarial do vale refeição/alimentação/cesta -

diferenças salariais e reflexos

O reclamante assevera, em sua petição inicial, que trabalhou na

reclamada de 10.02.1977 a 02.09.2014, na função de auxiliar de serviços postais. Assevera,

ainda, que percebeu vales alimentação/refeição/cesta desde o ano de 1986 e que houve

modificação do caráter dos benefícios de salarial para indenizatório quando a reclamada aderiu

ao PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) em 1988, o que lhe causou severos danos,

haja vista a não inclusão das verbas nos cálculos de depósitos em FGTS, recolhimentos

previdenciários, DSRs, férias e terços constitucionais, gratificações natalinas, anuênios, índice

de gratificação de qualidade e produtividade (IGPQ), horas excedentes, gratificações de

funções, adicionais e demais abonos pecuniários. Pede a declaração da natureza

remuneratória dos vales alimentação/refeição/cesta, integração salarial e pagamento de

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diferenças salariais e reflexos.

A reclamada, em sua defesa, sustenta que os valores concedidos a

título de vale refeição/alimentação, vale cesta e vale extra não podem ser considerados como

salário utilidade, haja vista que os benefícios não foram fornecidos de forma gratuita, já que os

obreiros contribuem com o percentual variável de 5% até 15% do valor de tais benefícios,

conforme preveem os Acordos Coletivos de Trabalho e de acordo com a faixa salarial de cada

empregado, de forma que os benefícios têm natureza indenizatória e não salarial. Sustenta,

ainda, que, como está inscrita no Programa de Alimentação do Trabalhador, forçoso é concluir

que os benefícios têm natureza de cunho indenizatório e não salarial. Aduz que, como não

subsiste a pretendida natureza salarial do vale alimentação ou assemelhados, não há

incidência da contribuição previdenciária, de maneira que não há qualquer dano material a ser

indenizado e todos os pedidos obreiros devem, no mérito, ser julgados improcedentes.

Incontroverso nos autos que a reclamada adimplia habitualmente

os títulos em destaque anteriormente à adesão ao Programa de Alimentação do Trabalhador

(PAT) e antes de qualquer previsão de natureza indenizatória dos referidos benefícios em

Instrumento Coletivo, é aplicável o art. 458 da CLT, integrando tais verbas a remuneração do

reclamante para todos os efeitos legais, nos termos da OJ nº 413-SDI 1 do C. TST.

Neste sentido, os seguintes Acórdãos do TRT da 15ª Região:

"AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. NATUREZA JURÍDICA ALTERADA

POR INSTRUMENTO COLETIVO OU POSTERIOR ADESÃO DO EMPREGADOR AO PAT.

Nos termos do artigo 458 da CLT e Súmula nº 241 do C. TST, o auxílio-alimentação fornecido

habitualmente ao empregado, por força do contrato de trabalho, ostenta natureza salarial.

Posterior pactuação em instrumento coletivo, atribuindo natureza indenizatória ao auxílio-

alimentação, ou posterior adesão do empregador ao Programa de Alimentação do Trabalhador

- PAT, não afeta os trabalhadores que já percebiam o benefício antes da alteração, eis que a

condição mais benéfica (natureza salarial) aderiu ao contrato laboral daqueles empregados.

Inteligência da Súmula nº 51, I, do C. TST e OJ nº 413 da SDI-1 do C. TST." (Decisão

069444/2013-PATR do Processo 0002502-30.2011.5.15.0018 RO disponível a partir de

23/08/2013, Relator(a): ANA PAULA PELLEGRINA LOCKMANN).".

"AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO. INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO. O auxílio

alimentação, ainda que quitado por terceiro, mas em razão do contrato de trabalho, ostenta

natureza salarial, devendo integrar a remuneração do empregado para todos os efeitos legais,

nos termos da Súmula n. 241 do TST. TRT/SP 15ª Região 121800-04.2008.5.15.0153 RO - Ac.

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9ª Câmara 8.798/15-PATR. Rel. Luiz Antonio Lazarim. DEJT 5 mar. 2015, p. 1425.".

Neste sentido, ainda, a Súmula 72 do TRT da 15ª Região:

"AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO E CESTA-ALIMENTAÇÃO.

ALTERAÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA POR NORMA COLETIVA OU ADESÃO AO PAT. OJ

Nº 413-SDI1/TST.A pactuação em norma coletiva conferindo caráter indenizatório à verba

"auxílio-alimentação" ou a adesão posterior do empregador ao Programa de Alimentação do

Trabalhador - PAT - não altera a natureza salarial da parcela, instituída anteriormente, para

aqueles empregados que, habitualmente, já percebiam o benefício. Aplicação da OJ nº

413-SDI1/TST." (RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 014/2016, de 3 de outubro de 2016-

Divulgada no D.E.J.T. de 5/10/2016, págs. 01-02; D.E.J.T. de 6/10/2016, págs. 01-02; D.E.J.T.

de 7/10/2016, págs. 01-02)".

Acolhe-se, portanto, nos limites do pedido, o pedido de pagamento

de diferenças salariais e reflexos pela integração salarial do vale alimentação/refeição/cesta no

salário-base do reclamante.

Danos morais

O reclamante aduz que o fato de a reclamada ter alterado a

natureza dos vales alimentação/refeição/cesta de salarial para indenizatória, causaram-lhe,

além de severos prejuízos salariais, prejuízos de ordem moral, motivo pelo qual pleiteia o

pagamento de indenização por danos morais.

A mera alteração da natureza jurídica dos vales

alimentação/refeição/cesta de salarial para indenizatória, por si só, não é apta a gerar o direito

à indenização moral, isso porque a ocorrência de dano moral pressupõe uma agressão à

personalidade do indivíduo. Em outras palavras, o dano moral é aquele que implica violação de

direito geral de personalidade e não exige prova do prejuízo moral, que é presumido pela

violação em si (in re ipsa).

Assim sendo, dada a natureza do direito debatido, é incabível a

reparação moral, uma vez que o reclamante não demonstrou qualquer desdobramento psíquico

ou moral da alteração da natureza jurídica das verbas em questão. O dano causado foi

meramente material e já foi sanado na presente decisão.

Desta forma, rejeita-se o pedido de pagamento de indenização por

danos morais.

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Honorários advocatícios

Apesar do disposto na Súmula nº 219 do Tribunal Superior do

Trabalho, os honorários advocatícios, calculados à base de 15% sobre o valor da condenação,

são devidos aos procuradores do reclamante e deverão ser abatidos dos honorários

eventualmente contratados entre o reclamante e os seus procuradores, com a finalidade de

garantir, para o reclamante, com base nos princípios "pro homine" ("pro operario"), do valor

social do trabalho e da reparação integral, até o máximo possível, a justa remuneração que foi

sonegada pelo empregador e que constitui o objeto da tutela jurisdicional efetiva. Destaca-se

que, nos termos da lei processual comum, aplicada de forma subsidiária, a condenação da

reclamada, sucumbente, ao pagamento de honorários advocatícios independe de expresso

pedido na inicial.

Justiça gratuita

Os benefícios da Justiça Gratuita são devidos a todos aqueles que,

em juízo, declarem sua miserabilidade jurídica, conforme Lei nº 1060/50. Pedido deferido,

sendo que a mera declaração já basta para a concessão da justiça gratuita, não sendo

necessária a comprovação da miserabilidade jurídica, conforme entendimento da Súmula 33 do

TRT da 15ª Região. Pedido deferido ao reclamante.

DISPOSITIVO

A Vara do Trabalho de Teodoro Sampaio julga PARCIALMENTE

PROCEDENTE a demanda ajuizada por ANTONIO DESOTTI em face de EMPRESA

BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS para, declarando a prescrição quinquenal,

condenar a reclamada a pagar ao reclamante as seguintes verbas: diferenças salariais e

reflexos pela integração salarial do vale alimentação/refeição/cesta base no salário-base do

reclamante; honorários advocatícios.

As verbas deferidas serão apuradas em liquidação de sentença,

nos exatos termos da fundamentação, que ora integra esse dispositivo, autorizada a dedução

de eventuais valores pagos sob o mesmo título, conforme comprovantes de pagamentos

juntados aos autos.

A seguinte verba tem caráter indenizatório: honorários

advocatícios. A remanescente tem caráter salarial.

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Descontos fiscais e previdenciários na forma da Consolidação dos

Provimentos da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho.

Autorizados os descontos fiscais e previdenciários, com alíquotas

incidentes mês a mês, observando-se o teto do salário-de-contribuição e o princípio

constitucional da progressividade (art. 153, parágrafo segundo, I, da Constituição Federal de

1988).

Na forma da lei, os juros de mora e, desde a distribuição do feito, a

correção monetária, tomada como época própria o mês do efetivo pagamento.

Custas pela reclamada de R$200,00 calculadas sobre o valor da

condenação ora arbitrados em R$10.000,00, das quais fica isenta nos termos do art. 12 do

Decreto-Lei nº 509/69.

Intimem-se as partes.

Teodoro Sampaio, 27 de outubro de 2016.

CANDY FLORENCIO THOME

Juíza Titular do Trabalho

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a:[CANDY FLORENCIO THOME]

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16092917590400500000044976030

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