1. FREDIE DIDIER JR. Professor da Faculdade de Direito da
Universidade Federal da Bahia (graduao, mestrado e doutorado).
Coordenador do curso de graduao da Faculdade Baiana de Direito,
Membro da Associao Internacional de Direito Processual (lAPL), do
lnstituto Iberoamericano de Direito Processual, do Instituto
Brasileiro de Direito Processual e da Associao Norte e Nordeste de
Professores de Processo. Mestre (UFBA), Doutor (PUC/SP),
Livre-docente (USP) e Ps-doutorado (Universidade de Lisboa).
Advogado e consultorjurdico. www.frediedidier:com.br: CURSO DE
DIREITO PROCESSUAL CIVIL INTRODUO AO DIREITO PROCESSUAL CIVILE
PROCESSO DE CONHECIMENTO VOLUME 1 15 edio Revista, ampliada e
atualizada de acordo com a EC/45, a Emenda Regimental n.
31/2009-STF (mudanas no plenrio virtual sobre a repercussogeral 110
recursoextrnordinrio)o Cdigo Civil, as smulas do STF, STJ e TFR, as
Leis Federais 11. 1 2.322/201O e 12.529/201 1 , e a Resoluo n.
125/201 2 do Conselho Nacional de Justia. 2013 1);1EDITORAf
.Ju.sPODIVM www.editorajuspodivm.com.br
2. 1); 1EDITORA f JitsPODIVM www.editorajuspoclivm.com.br Rua
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(w111v.b11e11ojardim.co111.br) Diagramao: Cendi Coelho
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parcial desta obra. por ql1alquer meio ou processo. sem a expressa
auori1.ao do autor e da Edies JusPODIVM. A violao dos direitos
autorais carac1eri1.a crime Jescrilo m1 legislao cm vigor, sem
prejuzo das sanes civis cabveis.
3. "Todo pasa y lodo queda, pero lo nuestro es pasa1; pasar
haciendo caminos, caminos sobre el mar. (..) Caminante, son tus
hue/las el camino y nada ms; caminante, no hay camino, se hace
camino ai andar. AI andar se hace camino y aivolver la vista atrs
se ve la senda que nunca se ha de volver a pisar. Caminante no hay
camino sino este/as en la mar.. " (Cantares, Antonio Machado,
1875-1939)
4. SUMRIO NOTA DO AUTOR DCIMA QUINTA
EOJO.......................................................... 19
Captulo 1 1 TRODUO TEORIA 00 PROCESSO E AO OlRElTO PROCESSUALCIVIL
CO TEMPOR EOS..................................... 2 1 !.
Introduo.........................................................................................................................
2 1 2 . Conceito de
processo........................................................................................................
22 3. Processo e direito material.
............................................................................................
Instrumental idade do processo.
......................................................................................
Relao circular entre o direito material e o
processo...................................................... 25
4. Algumas caractersticas do pensamentojurdico contemporneo
................................... 27 5. Neoconstitucionalismo,
neoprocessualismo e formalismo valorativo.
.......................... A atual fase metodolgica da cincia do
processo
........................................................... 29 6. A
cincia do processo e a nova metodologiajurdica
...................................................... 32 6. 1 .
Constituio e
processo.........................................................................................
32 6.2. Princpios
processuais...........................................................................................
33 6.3. A nova feio da atividadejurisdicional e o Direito
processual: sistema de precedentes, criatividadejudicial e clusulas
gerais processuais........ 36 6.4. Processo e direitos
fundamentais..........................................................................
40 7. A tradiojurdica brasileira: nem civil /aw nem co111mo11 /aw
...................................... 4 1 Captulo TI DEVIDO
PROCESSO LEGALE OUTROS PRINCPIOS CON STITUCIONAISD O PROCESSO
..................................................... 45 l . Devido
processo legal
......................................................................................................
45 1 . 1 . Consideraes
gerais.............................................................................................
45 1 .2. Contedo
...............................................................................................................
46 l .3. Devido processo legal formal e devido processo legal
substancial ...................... 49 l .4. Devido processo legal e
relaesjurdicas
privadas............................................. 53 2.
Princpios constitucionais processuais
expressos.............................................................
56 2.1. Princpio cio contraditrio
.....................................................................................
56 2.2. Princpio da ampla defesa.
....................................................................................
6 1 2.3. Princpio ela
publicidade........................................................................................
6 1 2.4. Princpio da durao razovel do processo
........................................................... 67 2.5.
Princpio da igualdade processual (paridade de
armas)........................................ 69 2.6. Princpio da
eficincia...........................................................................................
70 3. Princpios constitucionais processuais implcitos
............................................................ 75 3.
1 . Princpio da boa-f processual
..............................................................................
75 3.2. Princpio da efetividade
........................................................................................
83 3.3. Princpio ela adequao (legal e jurisdicional) do processo
.................................. 84 4. Devido processo legal,
princpio da cooperao e o modelo do processo civil brasileiro
.................................................... 88 4. 1 . Nota
introdutria...................................................................................................
88 4.2. "Princpios" dispositivo e inquisitivo. Modelos tradicionais
de organizao do processo: adversaria/ e
inquisitorial....................................... 89 7
5. rREDIE DIDIER JR. 4.3. Processo cooperativo: um terceiro
modelo de organizao do processo. ........... Princpios e regras de
cooperao.
......................................................................
Eficcia do princpio da cooperao
.....................................................................
93 5. O princpio da proteo da confiana
...............................................................................
98 5 . 1 . Proteo da confiana e
seguranajurdica...........................................................
98 5.2. Pressupostos para a proteo da confiana
........................................................... 99 5.3.
Princpio da proteo da confiana e o direito processual
civil............................ 102 Captulo III
JURISDIO.........................................................................................................................
1 05 1 . Conceito e caractersticas
dajurisdio............................................................................
1 05 1 . 1 . Conceito
................................................................................................................
1 05 1.2. Deciso por terceiro imparcial -
heterocomposio................ ............................. 1 06 1
.3. Ajurisdio como manifestao do Poder: a imperatividade e a i
nevitabilidade dajurisdio
................................................ 1 08 1 .4.
Ajurisdio como atividade
criativa.....................................................................
108 1 .5. Jurisdio como tcnica de rutela de direitos mediante um
processo................... 1 1 3 1 .6. Ajurisdio sempre atua em
uma situaojurdica concreta ............................... 1 1 3 1
.7. Impossibilidade de controle externo da
atividadejurisdicional............................ 1 1 4 1.8.
Aptido para a coisajulgada material
...................................................................
1 1 5 2.
Equivalentesjurisdicionais...............................................................................................
l l 5 2. 1 .
Generalidades........................................................................................................
115 2.2.
Autotutela..............................................................................................................
1 1 5 2.3.
Autocomposio....................................................................................................
1 16 2.4. Julgamento de conflitos por tribunal administrativo
(soluo estatal no-jurisdicional de
conflitos)..................................................... 1 1
7 3.
Arbitragem........................................................................................................................
1 20 4. Princpios dajurisdio
....................................................................................................
1 24 4. 1 .
Territorialidade......................................................................................................
1 24 4.2.
lndelegabilidade....................................................................................................
1 25 4.3. lnafastabi1idade
.....................................................................................................
1 27 4.4. Juiz natural
............................................................................................................
1 30 5. Ajurisdio voluntria
.....................................................................................................
133 5 . 1 .
Generalidades........................................................................................................
133 5.2. Classificao dos procedtmentos dejurisdio voluntria de
Leonardo Greco.... 137 5.3. Ajurisdio voluntria como administrao
pblica de interesses privados........ 1 3 8 5.4. Ajurisdio
voluntria como atividade jurisdicional
........................................... 1 3 8 Captulo IV CO
MPETN
CIA...................................................................................................................
143 1 . Conceito e consideraes
gerais.......................................................................................
143 2. Distribuio da competncia
............................................................................................
1 44 3. Princpios da tipicidade e da indisponibilidade da
competncia...................................... 144 4. Regra da
Kompetenzkompetenz
........................................................................................
145 5. A perpetuao dajurisdio
.............................................................................................
1 45 6. Competncia por distribuio.. .......................
................................................................. 1
48 7. Classificao da competncia..
........................................................................................
149 8 7. l. Competncia do foro (territorial) e competncia do juzo
.................................... 149 7.2. Competncia originria
e derivada
.......................................................................
149 7.3. Incompetncia relativa: Incompetncia absoluta
................................................ 149
6. SuMRJO 8. Foros concorrenles,forum shopping,forum 11011
conveniens e princpio da competncia
adequada......................................................................................................
1 52 9. Competncia
constitucional.............................................................................................
154 1 O. Competncia
internacional...............................................................................................
1 55 1 0. 1 . Consideraes
gerais.............................................................................................
1 55 1 0.2. Competncia internacional concorrente ou cumulativa
(art. 88, CPC)................. 158 1 0.3. Competncia internacional
exclusiva (art. 89,
CPC)............................................ 158 1 0.4.
Competncia concorrente e litispendncia (art. 90, CPC)
.................................... 1 59 1 1 . Mtodos para
identificar ojuzo
competente...................................................................
1 59 12. Critrios determinativos de djst ribuio da
competncia................................................. 1 60 1
2 . 1 . Considerao
introdutria.....................................................................................
160 1 2.2. Objetivo: em razo da malria, em razo da pessoa e em razo
do valor da causa ................................................
1 60 12.3.
Territorial..............................................................................................................
1 6 1 12.4.
Funcional...............................................................................................................
162 1 2.4. l.
Generalidades..........................................................................................
162 1 2.4.2. Competncia funcional x Competncia territorial
absoluta.................... 1 63 12.4.3. A competncia funcional
pela vinculao dojuiz ao processo - o princpio da identidade fsica
dojuiz (art. 132, CPC).......................... 164 1 3.
Principais regras de competncia
territorial.....................................................................
166 14. Modificaes da
competncia..........................................................................................
172 14. 1 .
Generalidades........................................................................................................
1 72 14.2. No-oposio da exceo de
incompetncia.........................................................
1 73 14.3. Foro de eleio (art. 1 1 1 ,
CPC).............................................................................
1 73 14.3. 1 .
Generalidades..........................................................................................
1 73 14.3.2. Invalidade de clusula de foro de eleio e remessa dos
autos aojuzo competente (art. 1 12, par. n., CPC). Nova hiptese de
prorrogao da competncia (art. 1 1 4 do CPC)
................................. 1 74 1 4.4. Conexo e
continncia..........................................................................................
1 77 14.4. 1 . Consideraes gerais sobre a conexo. Conceitos legais
de conexo e continncia. Insuficincia do conceito legal. A conexo
por prejudicialidade ou por
preliminaridade......................... 177 14.4.2. Conexo n a
instncia
recursai.................................................................
1 82 14.4.3. Forma de
alegao...................................................................................
1 82 14.4.4. Distino entre a alegao de modificao de competncia e a
alegao de incompetncia
relativa................................................... 1 83
14.4.5. A conexo em causas coletivas pode importar modificao da
competncia
absolula..................................................... 1 84
14.4.6. Possibilidade de reunio de causas conexas, sendo uma de
conhecimento e a outra de execuo................................ 1
85 14.4.7. Conexo por afinidade. Um novo modelo de conexo para
ojulgamento de causas
repetitivas.................................................. 188
14.5.
Preveno..............................................................................................................
1 89 14.6. Outras regras de modificao da
competncia...................................................... 1
90 15. Conflito de
competncia...................................................................................................
190 15. l . Conceito
................................................................................................................
1.90 1 5.2. Legitimidade e participao do Ministrio
Pblico.............................................. 1 91 1 5.3.
Competncia..........................................................................................................
1 9 1 1 5.4. Procedimento
........................................................................................................
192 9
7. fREOIC DIDIER JR. 1 6. Competncia da Justia Federal
.......................................................................................
1 93 1 6. 1 . Caractersticas
.......................................................................................................
1 93 1 6.2. Competncia dosjuzes federais em razo da pessoa
........................................... 1 93 16.2.1 . Causas do
art. 1 09, l, CF/88
....................................................................
1 93 1 6.2.2. Causas do art. 1 09. 11,
CF/88...................................................................
200 16.2.3. Causas do art. 109, VIII, CF/88
.............................................................. 200
16.3. Competncia funcional: a1t. 1 09, X, segunda parte
.............................................. 202 1 6.4.
Competncia da Justia Federal cm razo da
matria........................................... 202 16.4. 1 .
Causas do an. 1 09, I ll, CF/88
.................................................................
202 1 6.4.2. Causas do art. 1 09, V-A: grave violao a direitos
humanos.................. 204 16.4.3. Causas do an. 1 09, XI,
CF/88: disputa sobre direitos indgenas ............ 207 1 6.4.4.
Causas referentes nacionalidade e naturalizao: art. 1 09, X,
fine.... 207 16.5. Competncia territorial da Justia
Federal............................................................
208 16.5 . 1 . Consideraes
gerais...............................................................................
208 16.5.2. CF/88, art. 1 09, 3: juzo estadual com competncia
federal ................ 209 1 6.6. Competncia do Tribunal Regional
Federal (art. 108 da CF/88) .......................... 2 1 3
Captulo V MEDlAOE
CONClLlAO.........................................................................................
2 1 7 1 . A poltica pblica de tratamento adequado dos conflitos
jurdicos .................................. 2 1 7 2. A Resoluo n.
125/201 O do Conselho Nacional de Justia
............................................ 2 1 8 3. Mediao e
conciliao: distines e semelhanas
.......................................................... 2 1 9 4.
Normas que regem a mediao e a
conciliao................................................................
220 5. O centro de soluo de conflitos e cidadania
...................................................................
221 6. As cmaras privadas de media0 e
conciliao..............................................................
222 7. As cmaras administrativas de mediao e
conciliao................................................... 222 8.
Consideraes crticas
......................................................................................................
223 Captulo VI TEORIA
DAAO...............................................................................................................
225 1 . Direito de ao, ao, procedimento e direito
afimrndo................................................... 225 2.
O direito de ao como um complexo de
situaesjurdicas........................................... 227 3. A
demanda e a relaojurdica
substancial......................................................................
230 4. Elementos da "ao"..................
.....................................................................................
23 1 4.1. Causa de pedir e pedido ..
.....................................................................................
23 1 4.2. Partes...............................
.....................................................................................
23 1 5. Condies da "ao"..................
.....................................................................................
232 10 5. 1. Generalidades..................
.....................................................................................
232 5.2. Notas sobre a teoria da assero
...........................................................................
234 5.3. A possibilidadejurdica do
pedido........................................................................
237 5.4. A legitimidade para agir
emjuzo.........................................................................
238 5.4. 1 . Noo
......................................................................................................
238 5.4.2. Classificao......
.....................................................................................
240 5.4.3. Substituio processual ou legitimao
extraordinria........................... 242 5.4.4. Substituio
processual e sucesso processual
....................................... 244 5.4.5. Substituio
processual e representao processual ...............................
245 5.5. O interesse de
agir.................................................................................................
245 5.5 . 1 . Generalidades....
.....................................................................................
245 5.5.2. O
interesse-utilidade................................................................................
247 5.5.3. O interesse-necessidade e as aes necessrias
...................................... 247
8. SUMRIO 5.5.4. O denominado
interesse-adequao........................................................
248 6. Tipologia das
"aes".......................................................................................................
249 6. 1 . Classificao segundo a natureza da relaojurdica
discutida: real e pessoal .... 249 6.2. Classificao segundo o
objeto do pedido mediato: mobiliria ou imobiliria .... 250 6.3.
Classificao segundo o tipo de tutela jurisdicional: conhecimento,
cautelar e executiva.
...................................................................
Aes
sincrticas...................................................................................................
250 6.4. Classificao das aes de conhecimento (certificao)
....................................... 250 6.4. 1 . Aes de
prestao..................................................................................
250 6.4.2. Aes
constitutivas..................................................................................
254 6.4.3. Aes meramente
declaratrias...............................................................
255 6.4.4. O art. 4, par. n,CPC. Distino entre ao meramente
declaratria e ao de prestao (condenatria). O art. 475-N, 1, do CPC,
acrescentado pela Lei Federal n. l l
.232/2005.......................... 259 5.5. Aes dplices
......................................................................................................
26 1 6. Cumulao de aes
.........................................................................................................
262 7. Concurso de
aes............................................................................................................
262 Captulo VII OS "PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS"
..........................................................................
265 1 . "Pressuposto processual": uma
apresentao...................................................................
265 2. Pressupostos de existncia e requisitos de
validade.........................................................
266 3. A classificao proposta, baseada na obra de Jos Orlando Rocha
de Carvalho ............. 268 4. Pressupostos processuais
subjetivos.................................................................................
269 4.1 . Capacidade de ser
parte.........................................................................................
269 4.2. Existncia de rgo investido dejurisdio
.......................................................... 270 4.3.
Pressuposto processual objetivo: a existncia de ato inicial do
procedimento que introduza o objeto da
deciso............................................. 270 5.
Requisitos processuais subjetivos de validade
.................................................................
27 1 5. 1 . Capacidade processual
..........................................................................................
27 1 5.2. Capacidade postulatria
........................................................................................
274 5.3.
Competncia..........................................................................................................
277 5.4.
lmparcialidade.......................................................................................................
277 6. Requisito processual objetivo intrnseco: respeito ao
formalismo processual ................. 278 7. Requisitos
processuais objetivos extrnsecos ou
negativos.............................................. 279 8.
Regramento processual das pessoas
casadas....................................................................
280 8.1. Considerao
introdutria.....................................................................................
280 8.2. Capacidade processual dos cnjuges nas aes reais
imobilirias ....................... 280 8.2.1 . O art. 1 .647 do
CC-2002
.........................................................................
280 8.2.2. A restrio da capacidade processual e a ressalva prevista
no Cdigo Civil de 2002 ........................................ 281
8.2.3. Forma e prova do consentimento
............................................................ 283
8.2.4. Aplicao na unio estvel
......................................................................
284 8.2.5. O controle da ilegitimidade processual do cnjuge
................................ 285 8.2.6. Suprimentojudicial cio
consentimento (art. 1 1 do CPC e art. 1 .648 do
CC-2002)............................................... 286 8.3.
Dvidas solidrias e litisconsrcio necessrio entre os cnjuges
(incisos 11 e Ili do 1 do an. 1 O do CPC)
........................................................... 287 9.
O curador especial
............................................................................................................
289 11
9. FREDIE IDJER JR. Captulo VIII TEORIA DOS FATOS JURDICO
PROCESSUAIS - PLANO DA
EXISTNCIA...................................................................
295 1 . Nota
explicativa................................................................................................................
295 2. Ato e procedimento ................:...
.....................................................................................
296 3. Classificao dos fatos processuais em sentido
amplo..................................................... 296 4.
Conceito de ato processual
...............................................................................................
300 5. Ato ilcito processual
........................................................................................................
302 Captulo I X INVA LIDADES PROCESSUA
IS.........................................................................................
305 1 . Considerao introdutria
................................................................................................
305 2. Noes bsicas sobre os planos da existncia, validade e eficcia
dos fatosjurdicos
..............................................................................
306 3. Sistema de invalidades processuais - regras
....................................................................
308 3.1. Sistema de invalidades processuais e sistema de
invalidades do direito material
........................................................ 308 3.2. O
ato processual defeituoso produz efeitos at a sua invalidao. Toda
invalidade processual decretada
................................................................
309 3.3. Os tipos de defeito
processual...............................................................................
309 3.4. No h invalidade sem
prejuzo............................................................................
311 3.5. interveno do Ministrio Pblico e invalidade
................................................... 3 1 2 3.6.
Princpio do aproveitamento dos atos processuais defeituosos.
......................... O princpio da fungibilidade
.................................................................................
3 1 3 3.7. Sanabilidade de qualquer defeito processual
........................................................ 3 1 4 3.8.
1nvalidade do procedimento (inadmissibilidade) e invalidade de cada
um dos atos do
procedimento.............................................. 3 14
3.9. lnvalidao de atos do juiz, das partes e dos auxiliares
dajustia........................ 316 3 . 1O. Princpios da
proporcionalidade, cooperao e economia processual aplicados ao
sistema das invalidades processuais...............................
3 1 8 3.11. O princpio da boa-f processual (proibio do venire
contrafac/um
propriwn)...................................................... 3
19 3.12. Deciso sobre a invalidade e
precluso.................................................................
321 4. Painel doutrinrio
.............................................................................................................
322 Captulo X
PRECLUSO.........................................................................................................................
327 1.
Conceito............................................................................................................................
327 2. Fundamentos da precluso e o seu papel no formalismo
processual ............................... 328 3.
Classificao.....................................................................................................................
330 3.1.
Generalidades........................................................................................................
330 3.2. Precluso temporal
................................................................................................
331 3.3. Precluso lgica
...............................................................................
..................... 332 3.4. Precluso consumativa
......................................................
................................... 333 3.5. Precluso-sano ou
precluso punitiva
............................................................... 334
4. Naturezajuridica ......
........................................................................................................
335 4.1. A precluso como fato e como efeito jurdico
...................................................... 335 4.2. A
precluso como
sano......................................................................................
336 5. Precluso, prescrio e decadncia
..................................................................................
337 6. Precluso para
ojuiz.........................................................................................................
338 1 2
10. SUMRIO 7. Efeitos da
precluso..........................................................................................................
339 Captulo XI TEORIA DA COG N IO
JUDICIAL................................................................................
341 1 . Conceito de cognio
.......................................................................................................
341 2. Conceito de
questo..........................................................................................................
341 3. Resoluo das questes: resoluo incidenter tantum (mera cognio)
e resoluo principaliter (deciso)
........................................................ 342 4.
Objeto do processo e objeto litigioso do processo
........................................................... 343 5.
Objeto da cogniojudicial (tipologia das
questes)....................................................... 347
5.1. Considerao
introdutria.....................................................................................
347 5.2. Questes de fato e questes de direito
..................................................................
347 5.3. Questes preliminares e questes
prejudiciais......................................................
349 5.4. Condies da ao, pressupostos processuais e mrito: questes
de admissibilidade e questes de mrito
................................................ 352 6. Espcies de
cognio........................................................................................................
354 Captulo XII LITISCO N SRCIO
......................................................................
........................................ 357 1 .
Conceito............................................................................................................................
357 2.
Classificao.....................................................................................................................
357 2.1 . Ativo, passivo e
misto...........................................................................................
357 2.2. Inicial e
ulterior.....................................................................................................
357 2.3. O confronto entre os litisconsrcios unitrio, simples,
necessrio e facultativo
............................................................ 358 3.
Litisconsrcio facultativo unitrio e
coisajulgada...........................................................
362 4. Regime de tratamento dos
litisconsortes..........................................................................
363 5. Litisconsrcio
eventual.....................................................................................................
365 6. Litisconsrcio alternativo
.................................................................................................
366 7. Litisconsrcio
sucessivo...................................................................................................
367 8. Litisconsrcio facultativo imprprio.
.............................................................................
Litisconsrcio recusvel.
................................................................................................
Litisconsrcio multitudinrio
...........................................................................................
367 9. Litisconsrcio necessrio ativo
........................................................................................
369 1 O. A interveno iussu iudicis (art. 47, par. n., do CPC)
.................................................... 376 Captulo
XIU INTERVE N O DE TERCEIROS....................................
................................................. 381 1.
Introduo.........................................................................................................................
381 2. Fundamento da interveno de
terceiro............................................................................
382 3. Conceitos fundamentais
...................................................................................................
382 3. l . Conceito de parte
..................................................................................................
382 3.2. Conceito de terceiro
..............................................................................................
383 3.3. Conceito de interveno de
terceiro......................................................................
383 3.4. Processo incidente e incidente do processo
.......................................................... 383 4.
Efeitos na relaojurdica processual
..............................................................
................ 384 5. Controle do magistrado
....................................................................................................
384 6. Momento
..........................................................................................................................
384 7. Hipteses excepcionais de cabimento
..............................................................................
385 7. 1 . Juizados
Especiais.................................................................................................
385 13
11. fREDIE DIDIER .IR. 7.2. lnterveno de terceiro nos processos
de controle concentrado da constitucionalidade
................................................... 385 7.3.
loterveno de terceiros no procedimento sumrio
.............................................. 388 8.
Assistncia........................................................................................................................
388 8 . 1 . Consideraes
gerais.............................................................................................
388 8.2. Procedimento ..................
.....................................................................................
389 8.3. Classificao....................
.....................................................................................
389 8.3. 1 . Assistncia simples ou adesiva
............................................................... 389
8.3.2. Assistncia litisconsorcial
.......................................................................
393 8.4. lnterveno do
colegitimado.................................................................................
394 8.5. Interveno de legitimado extraordinrio para a defesa de
direitos coletivos (lato sensu) como assistente simples em processo
individual .............. 395 9.
Oposio....................................
......................................................................................
397 9.1 . Conceito .........................
......................................................................................
397 9.2. Tipos...............................
......................................................................................
398 9.3. Reconhecimento da procedncia do pedido pelos opostos
................................... 399 9.4. Oposies sucessivas e
oposies
convergentes................................................... 399
1 O. Nomeao autoria
..........................................................................................................
399 1 O. 1 .
Generalidades........................................................................................................
399 1 0.2. A nomeao autoria feita pelo mero detentor (art. 62 do
CPC) e a regra do art. 1 .228 do
CC-2002............................................ 401 10.3. A
nomeao autoria feita pelo preposto (art. 63 doCPC). Confronto com
os arts. 932, Ili. e 942, ambos do CC-2002
................................. 402 1 0.4. Procedimento
................
.......................................................................................
403 1 1 . Denunciao da lide
.........................................................................................................
404 1 1 . 1 .
Generalidades........................................................................................................
404 1 1.2. "Obrigatoriedade" da denunciao da
lide............................................................
406 1 1 .3. Si111ao processual do
denunciado.......................................................................
408 1 1 .4. A denunciao da lide em caso de evico (art. 70, 1. CPC)
e a regra do art. 456
doCC....................................................... A
denominada denunciao da
lidepersalrum.....................................................
409 1 1 .5. A denunciao da lide com base no inciso 11 do art. 70 do
CPC .......................... 4 1 3 1 1 .6. A denunciao da lide
com base no inciso 1 1 1 do art. 7 0 do
CPC......................... 4 1 4 1 1 .6. I . Consideraes
gerais...............................................................................
4 1 4 J 1 .6.2. A concepo restritiva
.............................................................................
4 1 4 1 1 .6.3. A concepo ampliativa
..........................................................................
4 1 7 1 1 .6.4. A posio do Superior Tribunal de
Justia.............................................. 4 1 9 1 1
.6.5. Sntese concluiva: a nossa opinio
........................................................ 420 1 1
.7. Procedimento da denunciao da lide formulada pelo autor (art.
74, CPC) ......... 421 1 1 .8. Procedimento da denunciao da lide
formulada pelo ru (art. 75, CPC) ............ 422 1 1 .9. O par. n.
do an. 456 do CC-2002 e o inciso I I do art. 75 doCPC
...................... 422 1 2. Chamamento ao
processo.................................................................................................
429 J 3. Outras
questes.................................................................................................................
432 14 1 3 . 1 . A denunciao da lide e o chamamento ao processo nas
causas de consumo ...... 432 1 3.2. Interveno especial da Unio e
das pessoasjurdicas de direito pblico ............ 435 1 3.3.
Interveno litisconsorcial voluntria ou litisconsrcio facultativo
ulterior
simples........................................................ 440
1 3.4. Interveno do amicus curiae
...............................................................................
442 1 3.4. 1 . Noo e
hipteses....................................................................................
442
12. SUMRIO 1 3.4.2. Poderes processuais do a111ic11s
curiae.................................................... 446 1
3.5. A nova interveno de terceiro na ao de alimentos (art. 1 .698
do CC-2002)....... 448 14. Quadros sinticos
.............................................................................................................
453 Captulo XIV ALIENAO DA COISA OU DO DIREITO LITlGIOSO
.............................................. 455 Captulo XV PETIO
INICIAL
..............................................................................................................
461 1. Petio inicial e demanda
.................................................................................................
461 2. Requisitos
.........................................................................................................................
461 3. Emenda da petio
inicial.................................................................................................
469 4. I ndeferimento da petio inicial
.......................................................................................
470 4. 1 . Consideraes
gerais.............................................................................................
470 4.2. 1-lipteses de
indeferimento...................................................................................
474 5.
Pedido...............................................................................................................................
477 5.1. Conceito e
diviso.................................................................................................
477 5.2.
Requisitos..............................................................................................................
478 5.3. Cumulao de pedidos
..........................................................................................
479 5.3 . 1 . Cumulao prpria: simples ou
sucessiva............................................... 479 5.3.2.
Cumulao imprpria: subsidiria ou alternativa
................................... 480 5.3.3. Cumulao inicial e
cumulao ulterior................................. ...
.............. 484 5.3.4. Requisitos para a
cumulao...................................................................
484 5.4. Ampliao da
demanda.........................................................................................
487 5.5. Reduo da demanda
............................................................................................
488 5.6. Alterao objetiva da
demanda.............................................................................
488 5.7. Espcies de pedi
do................................................................................................
491 5.7. 1 . Pedido
genrico.......................................................................................
49 1 5.7.2. Pedido
alternativo....................................................................................
493 5.7.3. Pedido cominatrio
.................................................................................
495 5.7.4. Pedido relativo a obrigao indivisvel
................................................... 498 5.8. I
nterpretao do pedido e pedido
implcito...........................................................
500 5.8. 1 . Interpretao da petio inicial. Regras gerais sobre a
interpretao dos atos postulatrios. .................... 500 5.8.2.
Pedido implcito.
.....................................................................................
504 Captulo XVI JULGAMENTO LIMI NAR DE MRJ TO- A IM PROCED ClA
PRIMA FAC/E
................................................................................
507 1 .
Generalidades...................................................................................................................
507 2. Indefer imento da petio inicial em razo do reconhecimento de
prescrio ou decadncia
legal..................................................... 508 3.
Julgamento imediato de causas
repetitivas.......................................................................
5 1 5 Capitulo XVII
CITAO...............................................................................................................................
521 1. Generalidades
...................................................................................................................
521 2. A citao como "pressuposto
processual"........................................................................
521 3. Comparecimento do ru no-citado
.................................................................................
523 4. A recorribilidade do "cite-se"
..........................................................................................
523 15
13. fREDIE DIDIER JR. 5. Pessoalidade (art. 2 1 5,
CPC)............................................................................................
525 6. Local (art. 2 1 6, CPC)
.......................................................................................................
525 7. Impedimento legal para a citao (art. 2 1 7, CPC)
........................................................... 525 8.
Efeitos da citao ( luz do
CC-2002)..............................................................................
526 9. Modalidades ...............................
.....................................................................................
532 9. 1. Citao pelo correio
..............................................................................................
532 9.2. Citao por mandado
............................................................................................
533 9.3. Citao por mandado com hora
certa....................................................................
534 9.4. Citao por edital
..................................................................................................
535 9.5. Citao
eletrnica..................................................................................................
535 Captulo XVl H RESPOSTA D O RU E
REVELIA......................................................................................
537 1 . Teoria da exceo ......................
......................................................................................
537 1 . 1 . Acepes
...............................................................................................................
537 J .2. Exceo em sentido substancial e exceo em sentido
processual. Os contradireitos (excees substanciais) e o seu
regimejurdico processual......... 538 1 .3. Da exceo como direito
de
defesa.......................................................................
540 1 .4. Ao versus exceo
.............................................................................................
541 2. Espcies de defesa
............................................................................................................
542 2. 1 .
Mrito/admissibilidade..........................................................................................
542 2.2. Objees/excees ........
.......................................................................................
542 2.3.
Peremptria/dilatria.............................................................................................
546 2.4. Direta/indireta (classificao das defesas substanciais)
........................................ 546 2.5.
Instrumental/interna
..............................................................................................
547 3. A contestao
...................................................................................................................
547 3.1. ao geral
...........................................................................................................
547 3.2. A regra da eventualidade ou concentrao da defesa
........................................... 547 3.3. Crtica
interpretao literal do art. 301 do CPC.Quebra do dogma da primazia
da defesa de admissibilidade sobre a defesa de
mrito.......................... 55 1 3.4. nus da impugnao
especificada
........................................................................
552 3.4 . 1 . Noo
......................................................................................................
552 3.4.2. Representantesjudiciais que esto dispensados deste nus
(art. 302, par. n.,
CPC)......................................................... 552
3.4.3. Afirmaes de fato que, mesmo no impugnadas especificadam nte,
no sero havidas como verdadeiras........................ 554 3.5.
Fonna e requisitos.......
.........................................................................................
555 3.6. Pedido do ru ..............
.........................................................................................
555 3.7. Aditamento e indeferimento da contestao
......................................................... 556 4.
Reconveno
....................................................................................................................
556 4. 1 . Noes
gerais........................................................................................................
556 4.2. Possibilidade de ampliao subjetiva do processo ("reconveno
subjetivamente ampliativa")
......................................................... 557 4.3.
Requisitos...................
..........................................................................................
558 4.4. Diferena entre reconveno e ao declaratria incidental
(ADI)...................... 560 4.5. Reconveno e substituio
processual
................................................................
561 4.6. Reconveno e pedido
contraposto.......................................................................
561 5. Excees instrumentais
....................................................................................................
563 5.1.
Generalidades........................................................................................................
563 1 6
14. SUMRIO 5.2. Arguio de impedimento e
suspeio..................................................................
564 5.2. 1 .
Generalidades..........................................................................................
564 5.2.2. Impedimento do tribunal ou da maioria absoluta do
tribunal ................. 567 5.2.3. Impedimento e suspeio de
outros sujeitos da relao jurdica processual
.................................................... 568 5.2.4.
Eficcia externa da arguio de suspeio/impedimento
....................... 568 5.2.5. Suspeio provocada,
imparcialidade aceita e abuso do direito: a regra do art. 20, par.
n., do Cdigo Eleitoral ...................................... 569
5.3. Exceo de
incompetncia....................................................................................
570 6. A revelia
...........................................................................................................................
571 6. J. Noo
....................................................................................................................
571 6.2. Efeitos
...................................................................................................................
571 6.3. Mitigaes eficcia da revelia
............................................................................
572 6.3.l . A confisso fleta no efeito necessrio da revelia
................................ 572 6.3.2. Revelia no implica
necessariamente vitria do autor............................ 573
6.3.3. Matrias que podem ser alegadas aps o prazo de defesa
...................... 573 6.3.4. Proibio de alterao de pedido ou
da causa de pedir, bem como de propor declarao incidente (art. 32 1
, CPC) .................... 573 6.3.5. Interveno do ru-revel
............................................................
............. 573 6.3.6. Necessidade de intimao do ru revel que
tenha advogado constitudo nos autos
...............................................................................
574 6.3.7. Possibilidade de ao rescisria por erro de fato
.................................... 574 6.3.8. Querela nullitatis
....................................................................................
575 6.4. Revelia na reconveno
........................................................................................
575 Captulo XIX PROVIDNCIAS PRELI MINARES E JULGA MEN TO CONFOR ME
O ESTADO D O
PROCESSO.......................................................................
577 1 . Saneamento e fase de
saneamento..................................................................................
As providncias preliminares
...........................................................................................
577 2. Julgamento confom1e o estado do processo
.....................................................................
579 3. Julgamento antecipado do mrito da causa
......................................................................
580 4. Audincia
preliminar........................................................................................................
582 4.1 .
Generalidades........................................................................................................
582 4.2. Denominao e objetivos da
audincia.................................................................
583 4.3. Direitos que admitam transao ("rectius":
conciliao)...................................... 585 4.3 . 1 .
Generalidades..........................................................................................
585 4.3.2. Conciliao em causas que envolvam pessoas jurdicas de
direito
pblico........................................................ 586
4.4. O comparecimento audincia.
..........................................................................
O preposto (representante
voluntrio)...................................................................
587 4.4. 1 .
Generalidades..........................................................................................
587 4.4.2. Pessoa fisica pode utilizar-se de
"preposto"?.......................................... 588 4.4.3.
Quem pode ser representante
..................................................................
589 4.4.4. O instrumento da representao
.............................................................. 589
5. O despacho saneador
........................................................................................................
590 5. 1 . A dispensa de realizao da audincia preliminar
................................................ 590 5.2. Contedo
do despacho
saneador...........................................................................
591 6. Eficcia preclusiva da deciso de saneamento
.................................................................
591 1 7
15. FREDIE DIDIER JR. 6. 1 . Considerao
introdutria.....................................................................................
591 6.2. Ojuzo de admissibilidade positivo e a precluso
................................................ 592 Captulo XX
EXTINO DO PROCESSO
..............................................................................................
599 1 . Observao
.......................................................................................................................
599 2. Uma questo
terminolgica............................................................................................
A deciso parcial ("extino imprpria do
processo")..................................................... 599
3. Decises que no examinam o mrito (art. 267 do CPC)
..................................... ........... 601 3. 1 .
Considerao introdutria
.....................................................................................
601 3.2. Anlise do art. 268 do
CPC...................................................................................
602 3.3. Indeferimento da petio
inicial............................................................................
606 3.4. Abandono do processo pelas partes
......................................................................
607 3.5. Abandono do processo pelo
autor.........................................................................
607 3.6. Falta de "pressupostos processuais"
.....................................................................
609 3.7. Perernpo, litispendncia e coisa julgada
............................................................ 609
3.8. Falta de condies da
ao....................................................................................
6 1 1 3.9. Conveno de
arbitragem......................................................................................
6 1 1 3.1 O. Desistncia do prosseguimento do processo (revogao da
demanda)................. 6 1 2 3. 1 1 . Falecimento do autor e
intransmissibilidade do direito discutido.........................
6 1 5 3.12. Confuso
...............................................................................................................
6 1 6 3. 13. Anlise do 3 do an. 267 do CPC
......................................................................
6 1 6 4. Decises que examinam o mrito (art. 269 do CPC)
....................................................... 6 1 9 4.1 .
Resoluo oujulgamento de
mrito?....................................................................
6 1 9 4.2. Julgamento do mrito: a procedncia e a improcedncia
..................................... 620 4.2. 1 .
Generalidades..........................................................................................
620 4.2.2. A deciso que no acolhe a afirmao de contradireito como
uma deciso de mrito......................................... 621
4.3. Homologao da autocomposio das
partes........................................................ 622
4.4. Decadncia e
prescrio........................................................................................
624 Captulo XXI SUSPENSO DO PROCESSO
............................................................................................
627 1 . Noes gerais
...................................................................................................................
627 2. Hipteses de suspenso
....................................................................................................
628 2. 1 . Morte ou perda da capacidade processual de parte,
representante legal ou advogado
............................................................ 628
2.2. Conveno das
partes............................................................................................
630 2.3. Oposio de exceo de incompetncia, impedimento e suspeio
..................... 63 1 2.4. Prejudicialidade ou
prelirninaridade externa (art. 265, IV,
"a")............................ 631 2.5. Depender da verificao de
um fato ou da produo de uma prova (art. 265, IV, "b")
.................................................. 632 2.6.
Julgamento de questo de estado objeto de pedido de declarao
incidente (art. 265, IV,
"c")............................................ 633 2.7. Fora
maior
...........................................................................................................
635 2.8. Outros casos de suspenso
....................................................................................
635 2.9. Suspenso do processo em razo da concesso de medida liminar
em ao declaratria de constitucionalidade
............................................ 636 3. Prtica de atos
durante a suspenso do
processo..............................................................
637 BIBLI OGRAl
16. NOTA DO AUTOR DCIMA QUINTA EDIO Comeo essa nota do mesmo
jeito: muito obrigado. A acolhida que este Curso tem recebido dos
alunos, dos professores, dos processua listas e dos tribunais me
tem surpreendido positivamente. E, consequentemente, me tem
estimulado a prosseguir neste caminho. Esta nova edio do volume l
vem com uma muitas mudanas. Acrescentei um novo captulo,
inteiramente dedicado mediao e conciliao. A Resoluo n. 125/20 l O
do Conselho Nacional de Justia a base normativa deste cap tulo,
cuja razo de ser principal a importncia que o tema vem ganhando nos
cursos de graduao em Direito e na prtica jurdica. H, ainda, vrios
itens novos. No captulo sobre os princpios processuais, acrescentei
itens sobre o princpio da eficincia e sobre o princpio da proteo da
confiana. No captulo sobre jurisdio, fiz alguns ajustes, sobretudo
para tornar mais simples a listagem dos princpios relativos
jurisdio, eliminando aqueles que eram, na verdade, caractersticas
da jurisdio. No se tratava de normas-princpio que regulavam o exer
ccio da jurisdio. No captulo sobre a Teoria da Ao, criei dois itens
novos: um dedicado demonstrao do contedo complexo do direito de ao
e outro cujo propsito apresentar as distines entre os conceitos de
ao, direito de ao, proced imento e direito afirmado. Ainda no
captulo sobre o direito de ao, aperfeioei o item dedicado ao
meramente declara tria, com o intuito de realar as peculiaridades
da causa de pedir nessa demanda - no particular, contei com a
proveitosa leitura do texto de Daniela Bomfim, vrias vezes citado.
Reconstru a minha concepo sobre o objeto litigioso do processo,
para defender que o exerccio de contradireito pelo ru, em sua
defesa, fato que amplia o objeto da deciso. Essa mudana de
entendimento imps-me criar um item especfico sobre o regi me
jurdico processual dos contradireitos, no captulo sobre a resposta
do ru, e um item sobre a natureza da deciso que no acolhe o
contradireito, no captulo sobre a extino do processo. Nesse ltimo
item, defendo o entendimento de que a deciso que, por exemplo, no
acolhe a prescrio, deciso de mrito, apta a tornar-se indiscutvel
pela coisajulgada material. Ainda no captulo sobre a extino do
processo, refiz a classificao das hipteses de extino do processo
sem exame de mrito, a partir da provocao de Pedro Henrique Pedrosa
Nogueira: tirei as hipteses de extino por abandono do gnero extino
por "revogao" e criei um gnero novo, extino por abandono - que o
abandono ato-fato jurdico, diferentemente da revogao, que negcio
jurdico uni lateral. 1 9
17. fREDIE DIDIER JR. Resolvi, tambm no captulo sobre aTeoriada
Cognio, dedicar mais ateno anlise da prescrio como questo prvia.
Defendo que ela pode ser uma questo prejudicial ou preliminar, a
depender do vnculo lgico que mantenha com a questo subordinada. No
sempre uma questo preliminar, como o texto anterior dava a
entender. No captulo sobre a petio inicial, acrescentei item em que
esboo uma teoria da iJ1terpretao de atos postulatrios - tema
pouqussimo tratado pela doutrina brasileira, nada obstante diversas
decises do STJ a respeito. Fiz, ainda, aprimoramentos tcnicos em
praticamente todos os captulos. Revisei e atualizei todos os
captulos. Contei, para tal empreitada, com a imprescin dvel ajuda
de Rafael Ferreira, a quem agradeo penhoradamente. Gostaria de
fazer um agradecimento especial a Arthur Sombra, Gabriela Meira,
Roberto Gouveia Filho, Manuel "Rolo", Pedro Henrique Pedrosa
Nogueira, Thais Men dona, Rafael Alexandria de Oliveira, Daniela
Bomfim, Eduardo Sodr, Paula Sarno Braga, Lorena Miranda, Willian
Ton-es e Jos Carlos Van Cleef de Almeida Santos, que me fizeram
diversas sugestes, praticamente todas acolhidas. Estou disposio
para qualquer contato acadmico e para ouvir crticas e sugestes:
www.frediedidier.com.br e facebook.com/FredieDidierJr. 20 Salvador,
Bahia, em janeiro de 2013. Fredie Didier Jr.
www.frediedidie1:com.br facebook.com/FredieDidierJr
18. CAPTULO I INTRODUO TEORIA DO PROCESSO E AO DIREITO
PROCESSUAL CIVIL CONTEMPORNEOS Sumrio 1. Introduo - 2. Conceito de
processo - 3. Processo e direito material. Instrumentalidade do pro
cesso. Relao circular entre o direito material e o processo -4.
Algumas caractersticas do pensamentojuridico contemporneo - 5.
Neoconstitucionalismo, neoprocessualismo e omialismo valorativo. A
atual fase meto dolgica da cincia do processo - 6. A cincia do
processo e a nova metodologiajurdica: 6.1 . Constituio e processo;
6.2. Princpios processuais; 6.3. A nova
feiodaatividadejurisdicional e o Direito processual: sistema de
precedentes, criatividade judicial e clusulas gerais processuais;
6.4. Processo e direitos fundamentais - 7. 7. A tradiojurdica
brasileira: nem civil law nem common lmv. !. INTRODUO Na introduo
de um Curso deDireito Processual Civil, ho de constar as premissas
tericas que permeiam toda a obra, notadamente quando elas so
indispensveis correta compreenso da Teoria do Processo e do Direito
processual civil contemporneos. Este Curso pauta-se na premissa de
que o direito processual civil contemporneo deve ser compreendido a
partir da resultante das relaes entre o direito processual e a
teoria do direito, o direito constitucional e o direito material.
preciso estabelecer um dilogo doutrinrio interdisciplinar. Arelao
entre o processo e o direito material, emborareconhecida h bastante
tempo, deve ser continuamente lembrada e revisitada. A teoriado
direito e o direito constitucional tm passado por profundas
transformaes nos ltimos anos. Todas elas repercutiram e repercutem
no direito processual. Esse captulo tem o objetivo de introduzir o
aluno ao modelo terico que se reputa mais adequado para a correta
compreenso e aplicao do direito processual. Primeiramente, vamos
examinar a relao entre o processo e o direito material.
Depois,verificaremos de que modo as recentes transformaes da
metodologiajurdica repercutiram na teoria do direito e no direito
constitucional e, ento, de que modo tudo isso repercutiu no direito
processual. Ao final, abordaremos a questo do enquadramento do
direito brasileiro nos modelos de sistemajurdico conhecidos como
civil law e common law. A pretenso didtica deste Curso impede
maiores divagaes. Os temas sero abor dados com a profundidade
suficiente apenas para que possam ser demonstradas as suas conexes
com o direito processual. 2 1
19. FREDIE DIDIER JR. 2.CONCEITO DE PROCESSO O processo pode
ser examinado sob perspectiva vria. Variada ser, pois, a sua de
finio. O processo pode ser compreendido como mtodo de criao de
normasjurdicas, atojurdico complexo (procedimento) e relaojurdica.
Sob o enfoque da Teoria da Norma Jurdica, processo o mtodo de
produo de normas jurdicas. O poder de criao de normas (poder
normativo) somente pode ser exercido proces sualmente. Assim,
fala-se em processo legislativo (produo de normas gerais pelo Poder
Legislativo), processo administrativo (produo de nom1as gerais e
individualizadas pela Administrao) eprocessojurisdicional (produo
de normas pelajurisdio). possvel, ainda, conceber oprocesso
negocial, mtodo de criao de nonnasjurdicas pelo exerccio da
autonomia privada.1 Para esse livro, importa destacar a concepo de
processo como mtodo de exerccio da jurisdio. Sob esse enfoque, o
conceito de processo pertence Teoria do Direito2, para alm da
Teoria do Processo, que de resto um excerto daquela. Ajurisdio
exerce-se processualmente. Mas no qualquerprocesso que legitima o
exerccio da funo jurisdicional. Ou seja: no basta que tenha havido
processo para que o ato jurisdicional seja vlido e justo. O
mtodo-processo deve seguir o modelo traado na Constituio, que
consagra o direito fundamental ao processo devido, com todos os
seus corolrios (contraditrio, proibio de prova ilcita, adequao,
eretividade,juiz natural, durao razovel do processo etc.). A anlise
domodelo de processo civil brasileiro ser feita no captulo sobre o
devido processo legal e os demais princpios do processo. Oprocesso
sob a perspectiva da Teoria do Fato Jurdico uma espcie de
atojurdico. Examina-se o processo a pa1tir doplano da exis1ncia dos
fatosjurdicos. Trata-se de um atojurdico complexo. Processo. neste
sentido, sinnimo de procedimento. Trata-se de ato jurdico "cujo
suporte fctico complexo e formado por vrios atos jurdicos. (...) No
ato-complexo h um ato.final, que o caracteriza, define a sua
natureza e lhe d a denominao e h oato ou os atos condicionantes do
ato final, os quais, condicio nantes e final, se relacionam entre
si, ordenadamente no tempo, de modo que constituem partes
integrantes de um processo, definido este como um conjunto ordenado
de atos destinados a um ce1to fim"3 Enquadra-se o procedimento na
categoria "ato-complexo de fonnao sucessiva": os vnos atos que
compem o tipo nonnativo sucedem-se no 1 . PASSOS, JosJoaquim
Calmonde. Comentrios ao Cdigo deProcesso Civil. 8.ed. Rio
deJaneiro: Forense, 1998, v. 3, p. 4; ROCHA. Jos Albuquerque.
Teoria Geral do Processo. S.cd. So Paulo: Malheiros, 2001 , p.
22-23; BRAGA, Paula Sarno. Aplica
20. INTRODUO TEORIA DO PROCESSO E AO DIREITO PROCESSUAL CIVIL
CONTEMPORNEOS tempo4 O procedimento ato-complexo de formao
sucessiva5, porquanto seja um conjunto de atos jurdicos (atos
processuais), relacionados entre si, que possuem como objetivo
comum, no caso do processo judicial, a prestao jurisdicional6. O
conceito de processo, tambm aqui, um conceito da Teoria do Direito,
especialmente da Teoria do Processo, que sub-ramo daquela. Pode-se
cogitar do procedimento como um gnero, de que o processo seria uma
espcie. Neste sentido,processo oprocedimento estruturado em
contraditrio'. Sucede que, atualmente, muito rara, talvez
inexistente, a possibilidade de atuao estatal (ou privada, no
exerccio de um poder normativo) que no seja"processual"; ou seja,
que no se realize por meio de um procedimento em contraditrio.
Cogita -se, ento, de um direitofundamental processualizao cios
proceclimen/os: "que sustenta a processualizao de mbitos ou
atividades estatais ou privadas que, at ento, no eram entendidas
como susceptveis de se desenvolverem processualmen te,
desprendendo-se tanto da atividade jurisdicional, como da existncia
de litgio, acusao ou mesmo risco de privao da liberdade ou dos
bens".8 Ainda de acordo com a Teoria do Fato Jurdico, o processo
pode ser encarado como efeitojurdico; ou seja, pode-se encar-lo
pela perspectiva do plano da eficcia dos.fatos jurdicos. Neste
sentido, processo o conjunto das refaesjurdicas que se estabelecem
entre os diversos sujeitos processuais (partes, juiz, auxiliares da
justia etc.)9. Essas re laes jurdicas processuais formam-se em
diversas combinaes: autor-juiz, autor-ru, juiz-ru, autor-perito,
juiz-rgo do Ministrio Pblico etc. Pode causar estranheza, de fato,
a utilizao de um mesmo termo (processo) para designar o fatojurdico
e os seusrespectivosefeitosjurdicos. CARNELUTn apontara o problema,
ao afinnar que, estando o processo regulado pelo Direito, no pode
4. PASSOS,Jos Joaquim Calmon de. Esboo de uma teoria das
1111/idades aplicada s nulidadesprocessuais. Rio de Janeiro:
Forense, 2002, p. 82; FERNANDES, Antonio Scarance. Teoria Geral do
Procedimento e o procedimenlo no processopenal. So Paulo: RT, 2005,
p. 3 1 -33. 5. CONSO, Giovanni. /Farri Giuridici Processuali
Penali. Milano: Giuffr, 1955, p. 124. Em sentido muito prximo,
BRAGA, Paula Sarno. Aplicao do devido processo legal s relaes
privadas. Salvador: Jus Podivm, 2008, p. 35. 6. H quem entenda que
o processo no um ato complexo, mas um "ato-procedimento'", que uma
"combinao de atos ele efeitos jurdicos causalmente ligados entre
si", que produz um efeto final, obtido atravs de uma cadeia causal
dos efeitos de cada ato (CARNELUTTI, Francesco. Teoria geral do
direiro. Trad. Antonio Carlos Ferreira. So Paulo: Lejus, 2000, p.
504). No mesmo sen1ido, SILVA, Paula Costa e. Acto e Processo - o
dogma da irrelevncia da vontade na interpretao e nos vicias do aclo
postulativo. Coimbra: Coimbra Editora, 2003, p. 1 00. Os autores
trabalham com outra acepo ele ato complexo, distinta daquela aqui
utilizada. 7. FAZZALARI, Elio. "Processo. Teoria generale'', cit.,
p. 1 .072. No Brasil, desenvolvendo o pensamento de Fazzalari,
GONALVES, Aroldo Plnio. Tecnica processual e leoria do processo.
Rio de Janeiro: Aide, 2001, p. 68-69 e 102-132; NUNES, Dicrle Jos
Coelho. Processo jurisdicional democrtico. Curitiba: Juru, 2008, p.
207. 8. DANTAS, Miguel Calmon. "Direito fundamental
processualizao". Constituio eprocesso. Luiz Manoel Gomes Jr., Luiz
Rodrigues Wambier e Fredie Didier Jr. (org.). Salvador: Editora Jus
Podivm, 2007, p. 4 1 8. 9. GREGER, Reinhard. "Cooperao comoprincpio
processual". Ronaldo Kochen (trad.).Revista de Processo. So Paulo:
RT, 2012, n. 206, p. 125. 23
21. FREDIE DIDIER JR. deixar de dar ensejo a relaes jurdicas,
que no poderiam ser ao mesmo tempo o prprio processo'. A prtica,
porm, corriqueira na cinciajurdica. Prescrio, por exemplo, tanto
serve para desigaar o ato-fatojurdico (omisso no exerccio de uma
situaojurdica por determinado tempo) como o efeitojurdico
(encobrimento da eficcia de uma situaojurdica). Por metonmia,
pode-seafirmarque essas relaesjurdicas formam uma nica relao
jurdica'', que tambm se chamaria processo. Essa relao jurdica
composta por um conjunto de situaes jurdicas (direitos, deveres,
competncias, capacidades, nus etc.) de que sotitulares todos os
sujeitos do processo. por isso que se costuma afumar que o processo
uma relaojurdica complexa. Assim, talvez fosse mais adequado
considerar o processo, sob esse vis, um conjunto (feixe12) de
relaes juridicas. Como ressalta PEDRO HENRIQUE PEDROSA NOGUEIRA, "h
a relao jurdica processual (que no deve ser usada com a pretenso de
exauriro fenmeno processual), assim como pode haveroutrastantas
relaes jurdicas processuais decorrentes de fatos jurdicos
processuais".13 possvel, em nvel terico, estabelecer um conceito de
processo como relao jurdica, nestes tem1os. No se pode, no entanto,
definir teoricamente o contedo dessa relaojurdica, que
deverobservar o modelo de processo estabelecido na Constituio. Ou
seja: no h como saber, sem examinar o direito positivo, o perfil e
o contedo das situaesjurdjcas que compem o processo. No caso do
direito brasileiro, por exemplo, para definir o contedo eficacial
da relaojurdica processual, ser preciso compreender o devido
processo legal e os seus corolrios, o que faremos no captulo
prprio. Assim, no basta afirmar que o processo uma relao jurdica,
conceito lgico -jurdico que no engloba o respectivo contedo desta
relao jurdica. preciso 1 0. CARNELUTTI, Francesco. Dirillo
eprocesso. Napoli: Morano, 1958, n. 20, p. 35. 1 1. Desde Blow
(BLOW, Oskar. la teoria de las excepciones procesales y los
presupuestos procesales. Miguel Angel Rosas Lichtschein (tracl.).
Buenos Aires: EJEA, 1964, p. 1-4) sistematizou-se a concepo de
relaojurdica processual, tal como ainda hoje utilizada, com algumas
variaes, apesar das crticas. As objees doutrinrias tentam realar,
sobretudo, a insuficincia do conceito, que seria abstrato, esttico
e, por isso, incapaz de refletir o fenrneno processual em sua
inteireza. As crticas no conseguem elidir a constatao de que o
procedimento fato jurdico apto a produzir as relaes jurdicas que
formam o processo. Para a crtica: GOLDSCHMI DT, James. Principios
Generales deiProceso. Buenos Aires: EJEA, 1961, t. 1 , p. 15,25,
57-63; MANDRJOLI, Crisanto.DirilloProcessuale Civile, Torino:
Giappichelli,2002, v. 1, p. 40; RJVAS, Adolfo. Teoria General
DeiDerecho Procesal. Buenos Aires: LexisNexis, 2005, p. 3 14. No
Brasil, formularam crticas noo de processo como relao jurdica:
GONALVES, Aroldo Plnio. Tcnicaprocessual eteoriadoprocesso. Rio de
Janeiro: Aide, 2001, p. 97- 1 0 1 ; MARINONI, Luiz Guilhem1e. Curso
de Direito Processual Civil - Teoria Geral do Processo. So Paulo:
RT, 2006, v. 1, p. 396-398; MITTDIERO, Daniel Francisco. Eleme/l/os
para uma Teoria Contempornea do Processo Civil Brasileiro. Porto
Alegre: Livraria do Advogado, 2005, p. 140-141. 12. CARNELUTII,
Francesco. Dirillo eprocesso. Napoli: Morano, 1958, n. 20, p. 35;
MONACCIANI, Luigi. Azione eLegi11i111azione. Milano: GiuflTre, 195
1 , p. 46; FERNANDES,Antonio Scarance. Teoria Geraldo Procedime1110
e oprocedi111e1110 110 processopenal. So Paulo: RT, 2005, p. 28.
13. NOGUEIRA, Pedro Henrique Pedrosa. Situaes Jurdicas Processuais.
ln: DlDlER JR., Fredie (nrg.). Teoria do Processo - Panorama
Doutrinrio Mundial - 2"srie. Salvador: Jus Podivm, 201 O, p. 767.
24
22. INTRODUO TEORIA DO PROCESSO E AO DIREITO PROCESSUAL CIVIL
CONTEMPORNEOS lembrar que se trata de uma relao jurdica cujo
contedo ser determinado, primeiramente, pela Constituio e, em
seguida, pelas demais nonnas processuais que devem observncia
quela.14 Note-se que, para encarar o processo como um procedimento
(ato jurdico complexo de formao sucessiva), ou, ainda como um
procedimento em contraditrio, segundo a viso de FAZZALARI, no se
faz necessrio abandonar a ideia de ser o processo, tambm, uma
relaojurdica. O termo "processo" serve, ento, tanto para designar o
ato processo como a relao jurdica que dele emerge. 15 3. PROCESSO E
DIREITO MATERIAL. INSTRUMENTALIDADE DO PROCES SO. RELAO CIRCULAR
ENTRE O DIREITO MATERJAL E O PROCESS016 O processo um mtodo de
exerccio da jurisdio. Ajurisdio caracteriza-se por tutelar situaes
jurdicas concretamente deduzidas em um processo. Essas situaes
jurdicas so situaes substanciais (ativas e passivas, os direitos e
deveres, p. ex.) e correspondem, grosso modo, ao mrito do processo.
No h processo oco: todo processo traz a afirmao de ao menos uma
situao jurdica carecedora de tutela. Essa situao jurdica afirmada
pode ser chamada de direito materialprocessualizado. Se em todo
processo h uma situao jurdica substancial afirmada ("direito mate
rial", na linguagem mais frequente), a relao entre eles bastante
ntima, como se deve supor. A separao que se faz entre "direito" e
"processo", importante do ponto de vista didtico e cientfico, no
pode implicar um processo neutro em relao ao direito material que
est sob tutela. O processo deve ser compreendido, estudado e
estruturado tendo em vista a situao jurdica material para a qual
serve de instrumento de tutela. A essa abordagem metodol gica do
processo pode dar-se o nome de instrumentalismo, cuja principal
virtude a de estabelecer a ponte entre o direito processual e o
direito material17. O termo instrumentalismo no significa qualquer
espcie de diferena "hierrquica" entre o processo e o direito
material. No se pode ignorar a lio de CALMON DE PAssos, que no
aceita a existncia da "instrumentalidade do processo''. Eis excerto
da sua lio: "...separar o direito, enquanto pensado, do processo
comunicativo que o estrutura como linguagem, possibilitando sua
concreo como ato decisrio, ser 14. Sobreo tema, amplamente, NUNES,
Dierle Jos Coelho. Processojuri.1dicionaldemocrtico, cit., p.
208-250. 15. FoscH1N1 bem percebeu essa multiplicidade de enfoques:
"la nostra conclusione e che il processo: a) da un punto di vista
(astratto) normativo e un rapporto giuridico complesso; b) da un
punto di vista (concreto) statico e una situazione giuridica
complessa; e) da un punto di vista (pur esso concreto ma) dinamico
e un atto giuridico complesso". (FOSCHfNI, Gaetano. Natura
Giuridica dei Processo. ln: Rivisla di Dirillo Processuale. Padova:
CEDAM, 1948, v. 3, pane 1, p. 1 1 O) 1 6. preciso registrar que
este item sofreu forte influncia das discusses travadas com o Prof.
Roberto Gouveia Filho, da Universidade Catlica de Pernambuco,
defensor combativo dessas ideias. 17. Sobre o assunto, DINAMARCO,
Cndido Rangel. A instmmentalidade do processo. 7 ed. So Paulo:
Malheiros Ed., 1999. 25
23. FREDIE Dro1ER .IR. dissociar-se o que indissoci 1vel . Em
resumo, no h um direito independente do processo de sua enunciao, o
que equivale a dizer-se que o direito pensado e o processo do seu
emmciar fazem um. Falar-se, pois, em instrurnentalidade do processo
incorrer-se, mesmo que inconsciente e involuntariamente, em um
equvoco de graves consequncias, porque indutor do falso e perigoso
entendimento de que possvel dissociar-se o ser do direito do dizer
sobre o direito, o ser do direito do processo de sua produo, o
direito material do direito processual. Uma e outra coisa fazem
um"18 CALMON DE PAssos est certssimo. O Direito s aps ser
produzido. E o Direito se produz processualmente. Quando se fala em
instrumentalidade do processo, no se quer minimizar o papel do
processo na construo do direito, visto que absolutamente
indispensvel, porquanto mtodo de controle do exerccio do poder.
Trata-se, em verdade, de dar-lhe a sua exata funo, que a de
co-protagonista. Forar o operador jurdico a perceber que as regras
processuais ho de ser inter pretadas e aplicadas de acordo com a
sua funo, que a de emprestar efetividade s normas materiais.
Observe que essa perspectiva fundamental para compreender uma srie
de institutos processuais: a) causa de pedir (captulo sobre petio
inicial, neste volume do Curso); b) contedo da sentena e coisa
julgada (v. 2 do Curso); c) intervenes de terceiro (neste volume do
Curso); d) defesas do demandado (neste volume do Curso); e)
princpio da adequao do processo (captt.lio sobre princpios do
processo, neste volume);}) condies da ao (captulo sobre a teoria da
ao, neste volume); g) direito probatrio (v. 2 deste Curso); h) as
peculiaridades do processo coletivo (v. 4 deste Curso) etc.
impossvel compreender esses temas sem analisar a relao que cada um
desses institutos mantm com o direito material processualizado. Bem
pensadas as coisas, a relao que se estabelece en tTe o direito
material e o processo circular. "O processo serve ao direito
material, mas para que lhe sirva necessrio que seja servido por
ele"19 corno afirma HERMES ZANETJ JR.: "Continuaro existindo dois
planos distintos, direito processual e direito material, porm a
aceitao desta diviso no implica torn-los estanques, antes
imbric-los pelo 'nexo definalidade ' que une o instrumento ao
objeto sobre o qual labora. Da mesma maneira que a msica produzida
pelo instrumento de quem l a partitura se toma viva, o direito
objetivo, interpretado 110 processo, reproduz no ordenamento
jurdico um novo direito"2. 18. PASSOS, Jos Joaquim Calmon de.
'lnstrumentalidade do processo e devido processo legal". Revis/a de
Processo. So Paulo: RT, 2001, n . I02, p. 64. 19. CARNELUTII,
Francesco. "Profilo dei raporti tradiri110e processo".
RivistadiDirilloProcessuale, 1 960, v. 35, n. 4, p. 539-550. Sobre
o tema, ainda, ZANETI Jr., Hermes. "Teoria Circular dos planos
(Direito Material e Direito Processual)".Polmicasobrea ao - a
tutelajurisdicional naperspectiva das relaes entre direito
111a1erial eprocesso. Guilherme RizzoAmaral e Fbio Cardoso Machado
(org.). PortoAlegre: Livraria do Advogado, 2006, p. 165-196. 20.
ZANETI Jr., Hermes. "Teoria Circulardosplanos (Direito Material e
Direito Processual)". Polmicasobre a ao - a tutelajurisdicional na
perspectiva das relaes entre direito 111a1erial e processo, cit.,
p. 192. 26
24. INTRODUO TEORIA DO PROCESSO E AO DIREITO PROCESSUAL CIVIL
CONTEMPORNEOS Ao processo cabe a realizao dos projetos do direito
material, em urna relao de complementaridade que se assemelha quela
que se estabelece entre o engenheiro e o arquiteto. O direito
material sonha, projeta; ao direito processual cabe a concretizao
to perfeita quanto possvel desse sonho. A instrumentalidade do
processo pauta-se na premissa de que o direito material coloca-se
como o valor que deve presidir a criao, a interpretao e a aplicao
das regras processuais. O processualista contemporneo no pode
ignorar isso. 4. ALGUMAS CARACTERSTICAS DO PENSAMENTO JUR DICO
CONTEM PORNEO A metodologia jurdica transformou-se sensivelmente a
partir da segunda metade do sculo XX. Embora no seja este Curso o
local adequado para fazer uma resenha deste processo histrico, no
se pode deixar de afirmar uma quase obviedade: o Direito proces
sual civil no imune a toda essa transformao. A compreenso e a
aplicao do Direito processual no podem prescindir desta nova
metodologia. isso no significa que devam ser desprezadas as "velhas
" construes da cincia jurdica, to ou mais imprescindveisparaa
correta compreensclo do.fenmenoprocessual. Os institutos da Teoria
do Direito (situaes jurdicas, fatos jurdicos, normajurdica etc.) e
a 1-1 istria do Direito e do pensamento jurdico, tradicionais
objetos das investigaes cientficas, n.o podem ser ignorados. A
Teoria do Processo, alis, composta exatamente desses conceitos
jurdicos fundamentais aplicveis ao processo: competncia, relao
jurdica processual, atos processuais etc. O que se busca realar
neste capnilo a necessidade de um aggiornarmento21 do repertrio
terico do operador do Direito. preciso, ento, apontar as principais
marcas do pensamentojurdico contemporneo e examinar de que modo
elas vm interferindo no Direito processual civil e na Teoria do
Processo. Sem qualquer pretenso de exaurir a investigao sobre o
tema e dando relevo apenas quelas que mais se relacionam aplicao do
Direito processual civil, eis o rol das mais importantes
caractersticas do atual pensamento jurdicon 2 1 . Palavra italiana
de diflcil traduo. Seria algo como 'atualizao'', "pr em dia".
..Giomo", em italiano, significa "dia". O termo foi utilizado
durante o Conclio Vaticano li e que o Papa Joo XXlll "popularizou
como expresso do desejo de que a Igreja Catlica sasse actualizada
do Concilio Vaticano l l", segundo a Wikipedia. Por outras
palavras, '"o aggiornamcnto a adaptao e a nova apresentao dos
princpios catlicos ao mundo actual e moderno, sendo por isso um
objcctivo fundamental do Concilio Vaticano 11'". O termo se
expandiu para alm do discursoreligioso e costuma ser utilizado
sempre que se pretende fazer uma adequao de um conjunto de ideias a
uma nova realidade. 22. Para uma sistematizao mais exaustiva, o
excelente texto (leitura obrigatria) SARMENTO, Daniel. "O
neoconstitucionalismo no Brasil: riscos e possibilidades". leiluras
comp/emenlares de Direi/o Conslilu cional - Teoria da Cons/iluio.
Marcelo Novelino (org.) Salvador: Editora Jus Podivm, 2009, p. 3 1
-32. 27
25. fREDIE DIDIER JR. a) Reconhecimento da foranonnativa da
Constituio, que passa a serencaradacomo principal veculo normativo
do sistema jurdico, com eficcia imediata e independente, em muitos
casos, de intermediao legislativa. A afirmao atualmente parece ser
um trusmo. Mas nem sempre foi assim. Aps a Constituio de 1 988, a
doutrina passou a defender a tese de que a Constituio, como norma
jurdica, deveria ser aplicada pelo rgojurisdicional. Como explica
DANIEL SAR MENT023: "O que hoje parece uma obviedade, era quase
revolucionrio numa poca em que a nossaculturajurdica hegemnica no
tratava a Constituio como norma, mas como pouco mais do que um
repositrio de promessas grandiloquentes, cuja efetivao
dependeriaquase sempre da boavontadedo legisladore dos governantes
de planto. Para o constitucionalismo da efetividade, a incidncia
diretada Constituiosobrea realidade social, independentemente de
qualquer mediao legislativa, contribuiria para tirar do papel as
proclamaes generosas de direitos contidas na Carta de 88,
promovendojustia, igualdade e liberdade". Passa-se, ento, de um
modelo de Estado fundado na lei (Estado legislativo) para um modelo
de Estado fundado na Constituio (Estado Constitucional)24 b)
Desenvolvimento da teoria dos princpios, de modo a reconhecer-lhes
eficcia normativa25: o princpio deixa de ser tcnica de integrao do
Direito e passa a ser uma espcie de normajurdica. e) Transformao da
hem1enuticajurdica, com o reconhecimento do papel criativo e
normativo da atividadejurisdicional: a funojurisdicional passa a
ser encarada como uma funo essencial ao desenvolvimento do Direito,
seja pela estipulao da normajurdica do caso concreto, seja pela
interpretao dos textos normativos, definindo-se a norma geral que
deles deve ser extrada e que deve seraplicada a casossemelhantes.
Estabelece-se, ainda, a distino terica entre texto e norma, sendo
essa o produto da interpretao daquele26. Consagr