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Processo penal esquematizado noberto avena 2014

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Processo Penal Esquematizado - Noberto Avena - 2014

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  • 1. A EDITORA MTODO se responsabiliza pelos vcios do produto no que concerne sua edio (impresso e apresentao a fim de possibilitar ao consumidor bem manuse-lo e l-lo). Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoa ou bens, decorrentes do uso da presente obra. Todos os direitos reservados. Nos termos da Lei que resguarda os direitos autorais, proibida a reproduo total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrnico ou mecnico, inclusive atravs de processos xerogrficos, fotocpia e gravao, sem permisso por escrito do autor e do editor. Impresso no Brasil Printed in Brazil Direitos exclusivos para o Brasil na lngua portuguesa Copyright 2014 by EDITORAMTODO LTDA. Uma editora integrante do GEN | Grupo Editorial Nacional Rua Dona Brgida, 701, Vila Mariana 04111-081 So Paulo SP Tel.: (11) 5080-0770 / (21) 3543-0770 Fax: (11) 5080-0714 [email protected] | www.editorametodo.com.br Capa: Marcelo S. Brando Produo Digital: Geethik CIP Brasil. Catalogao-na-fonte. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. Avena, Norberto Cludio Pncaro Processo penal: esquematizado / Norberto Avena. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense; So Paulo: MTODO, 2014. Bibliografia ISBN 978-85-309-5423-9 1. Processo penal Brasil. I. Ttulo. 09-0034 CDU: 343.1(81)

2. Disse o poeta que no importa o tempo em que durem as coisas e sim a intensidade como elas ocorrem. Por isso, vivemos momentos inesquecveis, deparamo-nos com coisas inexplicveis e encontramos pessoas incomparveis. Momentos inesquecveis? Cada instante em companhia de minhas filhas, Luisa e Carolina. A vocs, meus amores, dedico toda a minha existncia. Coisas inexplicveis? A recordao de meu pai, Roberto, que estar sempre vivo em minha memria; o amor a minha me, Dorothy, presena constante em meus pensamentos. Pessoas incomparveis? Minha esposa querida, Vilma Andra, companheira de todas as horas, corao imensurvel, exemplo de mulher e de me, parte inseparvel de mim. 3. O ilustre Professor Norberto Avena honrou-me com o generoso convite para apresentar sua obra Processo Penal Esquematizado, ainda mais aprofundada e completa quando comparada com o anterior trabalho j publicado alusivo ao Cdigo de Processo Penal. O autor, em todas as atividades que j desempenhou, apresentou-se com modelar capacidade e honradez, possuindo larga experincia no meio acadmico, bem como em sua atuao funcional. um dos professores de Processo Penal mais renomados do Rio Grande do Sul e vem despontando no cenrio nacional com sua brilhante e incomum capacidade didtica e conhecimento jurdico. Trata- se, sem sombra de dvida, de um dos mais novos e preparados expoentes pensadores do Direito que a atualidade tem revelado. Sua obra, por isso, absolutamente completa e atualizada, enfrentando com a mais total profundidade os temas relativos ao Processo Penal. O leitor poder observar que o contedo desta obra apresenta em sua totalidade as tendncias doutrinrias e jurisprudenciais sobre todos os temas. O produto do trabalho do Professor Norberto supre uma lacuna verificada na doutrina nacional, na medida em que, notadamente a partir das recentes alteraes produzidas na legislao processual penal, houve uma defasagem doutrinria muito grande. O texto apresenta-se de forma didtica e acessvel, permitindo uma leitura agradvel, direta e fluente. Tenho a certeza de que esta publicao tornar-se- uma obra clssica, servindo de base doutrinria segura, robusta e exemplar queles que labutam com o Direito Processual Penal, estudantes e profissionais. Por isso, parabenizo o autor e a Editora por mais esta publicao, que certamente constituir um dos exemplares de maior utilidade e reconhecimento no cenrio nacional atinentes matria. Fbio Roque Sbardelotto Promotor de Justia no Estado do Rio Grande do Sul 4. NotadaEditora:o Acordo Ortogrfico foiaplicado integralmentenestaobra. 5. 1. INTRODUO AO PROCESSO PENAL. SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS. PRINCPIOS PROCESSUAIS PENAIS E CONSTITUCIONAIS 1.1 Introduo ao processo penal 1.1.1 Consideraes gerais 1.1.2 O processo penal 1.1.3 Contedo do processo penal 1.1.4 Fontes do direito processual penal 1.2 Sistemas processuais penais 1.2.1 Sistema acusatrio 1.2.2 Sistema inquisitivo 1.2.3 Sistema misto ou inquisitivo garantista 1.2.4 Quadro comparativo 1.2.5 Sistema processual penal adotado no Brasil 1.2.6 Temas controvertidos luz do sistema acusatrio 1.3 Princpios processuais penais e constitucionais 1.3.1 Princpio da verdade real 1.3.2 Princpio ne procedat judex ex officio ou da iniciativa das partes 1.3.3 Princpio do devido processo legal 1.3.4 Vedao utilizao de provas ilcitas 1.3.5 Princpio da presuno de inocncia ou de no culpabilidade ou estado de inocncia 1.3.6 Princpio da obrigatoriedade de motivao das decises judiciais 1.3.7 Princpio da publicidade 1.3.8 Princpio da imparcialidade do juiz 1.3.9 Princpio da isonomia processual 1.3.10 Princpio do contraditrio 1.3.11 Princpio da ampla defesa 1.3.12 Princpio do duplo grau de jurisdio 1.3.13 Princpio do juiz natural 1.3.14 Princpio do promotor natural 1.3.15 Outros princpios que informam o processo penal 1.4 Questes 6. 2. LEI PROCESSUAL PENAL: EFICCIA NO TEMPO E NO ESPAO. A LEI PROCESSUAL EM RELAO S PESSOAS. A INTERPRETAO E A INTEGRAO DA LEI 2.1 Consideraes gerais 2.2 Lei Processual Penal no espao 2.2.1 Consideraes gerais 2.3 Lei Processual Penal no tempo 2.3.1 Consideraes gerais 2.3.2 O conflito intertemporal diante da reforma introduzida ao Cdigo de Processo Penal pelas Leis 11.689/2008 e 11.719/2008 2.3.3 Normas processuais heterotpicas e normas processuais hbridas ou mistas 2.3.3.1 Normas processuais heterotpicas 2.3.3.2 Normas mistas ou hbridas 2.3.3.3 Grfico comparativo entre as normas heterotpicas e as normas hbridas 2.3.4 Atividade e extratividade 2.3.5 A revogao, a derrogao e a ab-rogao da lei processual penal 2.3.6 A temporalidade em sede de execuo criminal 2.3.7 A lei penal no tempo diante do crime continuado e do crime permanente 2.4 Lei Processual Penal em relao s pessoas: imunidades processuais penais 2.4.1 Imunidades diplomticas lato sensu 2.4.1.1 Imunidades dos agentes diplomticos 2.4.1.2 Imunidades dos agentes consulares 2.4.1.3 Esquema comparativo 2.4.2 Imunidades parlamentares 2.4.2.1 Imunidade parlamentar material 2.4.2.2 Imunidades parlamentares processuais 2.4.2.3 Os limites temporais das imunidades processuais 2.4.2.4 Instaurao de inqurito policial contra parlamentar 2.4.2.5 Imunidades processuais de suplentes de parlamentares 2.4.2.6 Impossibilidade de renncia s imunidades processuais 2.4.2.7 Imunidades de parlamentares estaduais 2.4.2.8 Imunidades de vereadores municipais 2.4.2.9 Corrus ou partcipes no parlamentares 2.4.2.10 Esquema sintetizado das imunidades parlamentares 2.5 A interpretao e a integrao da Lei Processual Penal 7. 2.5.1 Interpretao 2.5.2 Integrao da Lei Processual Penal 2.6 Questes 3. SUJEITOS DO PROCESSO. COMUNICAO DOS ATOS PROCESSUAIS: CITAES, INTIMAES E NOTIFICAES 3.1 Sujeitos do processo 3.1.1 Juiz criminal 3.1.1.1 Consideraes gerais 3.1.1.2 Prerrogativas do juiz 3.1.1.3 Vedaes magistratura 3.1.1.4 Impedimento atinente aos juzes 3.1.1.5 Suspeio dos magistrados 3.1.1.6 Cessao e manuteno do impedimento e da suspeio 3.1.1.7 Natureza do vcio decorrente do impedimento e da suspeio 3.1.2 Ministrio Pblico 3.1.2.1 Consideraes gerais 3.1.2.2 Natureza da instituio 3.1.2.3 Organizao do Ministrio Pblico 3.1.2.4 Prerrogativas 3.1.2.5 Vedaes 3.1.2.6 Princpios que informam o Ministrio Pblico 3.1.2.7 Impedimento e suspeio do representante do Ministrio Pblico 3.1.2.8 Promotor natural 3.1.2.9 Promotor ad hoc 3.1.3 Acusado 3.1.3.1 Capacidade para ser acusado no processo criminal 3.1.3.2 Identificao do acusado 3.1.3.3 Obrigao de comparecimento do acusado a atos do processo 3.1.3.4 Direito do acusado ao silncio e no autoincriminao (nemo tenetur se detegere) 3.1.3.5 Outras garantias inerentes ao acusado no processo penal 3.1.4 Defensor 3.1.4.1 Consideraes gerais 3.1.4.2 Exigncia de defesa tcnica fundamentada 8. 3.1.4.3 Curador ao ru menor de 21 anos 3.1.4.4 Recusa ao patrocnio pelo defensor dativo 3.1.4.5 Abandono do processo pelo defensor 3.1.4.6 Impedimento do advogado 3.1.4.7 Voluntariedade quanto interposio de recursos 3.1.5 Assistente de acusao 3.1.5.1 Consideraes gerais e legitimidade 3.1.5.2 Fundamentos da assistncia ao Ministrio Pblico 3.1.5.3 Habilitao ou admisso do assistente 3.1.5.4 Faculdades inerentes ao assistente de acusao 3.1.5.5 O assistente do Ministrio Pblico e a legitimidade recursal 3.2 Comunicao dos atos processuais: citaes, intimaes e notificaes 3.2.1 Citaes 3.2.1.1 Consideraes gerais 3.2.1.2 Espcies de citao 3.2.1.3 Citao por mandado 3.2.1.4 Citao por meio de carta precatria 3.2.1.5 Citao por meio de carta rogatria 3.2.1.6 Citao do militar 3.2.1.7 Citao do funcionrio pblico 3.2.1.8 Citao do ru preso 3.2.1.9 Citao por meio de carta de ordem 3.2.1.10 Citao por edital 3.2.1.11 Citao por hora certa 3.2.2 Intimaes e notificaes 3.2.2.1 Consideraes gerais 3.2.2.2 Intimaes (notificaes) do Ministrio Pblico, do defensor, do advogado do querelante e do advogado do assistente de acusao 3.2.2.3 Intimao da sentena condenatria, da deciso de pronncia e dos acrdos dos tribunais 3.3 Questes 4. INQURITO POLICIAL 4.1 Consideraes preliminares 4.2 A polcia judiciria e a persecuo penal 9. 4.3 Caractersticas do inqurito policial 4.4 O incio do inqurito policial 4.4.1 Crimes de ao penal pblica incondicionada 4.4.2 Crimes de ao penal pblica condicionada 4.4.3 Crimes de ao penal privada 4.4.4 Sntese das formas de instaurao do inqurito policial 4.5 Diligncias investigatrias 4.5.1 Identificao criminal do investigado (Lei 12.037/2009) 4.5.1.1 Abrangncia 4.5.1.2 Pessoa civilmente identificada para efeitos da Lei 12.037/2009 4.5.1.3 Permissivos da identificao criminal 4.5.1.4 A identificao criminal diante do arquivamento do inqurito, da rejeio da denncia ou da prolatao de sentena absolutria 4.5.1.5 Identificao criminal e qualificao do investigado 4.5.1.6 Identificao criminal e conduo coercitiva 4.5.2 Reproduo simulada (art. 7. do CPP) 4.6 Prazos de concluso do inqurito policial 4.6.1 Regra geral determinada pelo Cdigo de Processo Penal 4.6.2 Impossibilidade de cumprimento dos prazos pela autoridade policial 4.6.3 O art. 10 do CPP e a priso temporria 4.6.4 Outros prazos de concluso do inqurito policial previstos em leis especiais 4.7 Incomunicabilidade 4.7.1 Subsistncia no ordenamento jurdico 4.7.2 A incomunicabilidade do preso e o regime disciplinar diferenciado 4.8 Sigilo 4.9 Atuao do advogado no curso do inqurito policial 4.9.1 Requerimento de diligncias ao delegado de polcia 4.9.2 Possibilidade de acompanhar e de intervir na produo da prova 4.10 Concluso ou encerramento do inqurito policial 4.11 Indiciamento 4.12 Destino do inqurito policial chegando a juzo 4.13 Arquivamento do inqurito e surgimento de novas provas 4.14 Arquivamento implcito e arquivamento indireto do inqurito policial 4.14.1 Arquivamento implcito de inqurito policial 4.14.2 Arquivamento indireto de inqurito policial 10. 4.14.3 Grfico comparativo entre o arquivamento implcito e o arquivamento indireto 4.15 Inqurito presidido por autoridade policial pertencente a circunscrio distinta 4.16 Termo circunstanciado 4.17 Conduo de investigao criminal pelo Ministrio Pblico 4.18 Atestado de antecedentes 4.19 Questes 5. AO PENAL 5.1 Consideraes preliminares 5.2 Condies da ao penal 5.2.1 Condies gerais da ao 5.2.2 Condies especiais da ao ou condies de procedibilidade 5.2.3 Condies objetivas de punibilidade e escusas absolutrias 5.2.4 Grfico comparativo 5.3 Classificao da ao penal 5.4 Ao penal pblica incondicionada 5.4.1 Titularidade e prazo 5.4.2 Princpios 5.5 Ao penal pblica condicionada representao 5.5.1 Titularidade 5.5.2 Representao 5.5.2.1 Condio de procedibilidade 5.5.2.2 Forma da representao 5.5.2.3 Extenso da representao 5.5.2.4 Titulares do direito de representao 5.5.2.5 Prazo da representao 5.5.2.6 Destinatrio da representao 5.5.2.7 Irretratabilidade depois de ajuizada ao penal 5.5.2.8 No vinculao do Ministrio Pblico 5.5.3 A requisio do Ministro da Justia 5.5.3.1 Generalidades 5.5.3.2 Prazo da requisio 5.5.3.3 Reconsiderao pelo Ministro da Justia 5.5.3.4 Destinatrio da requisio 5.6 Ao penal privada exclusiva 11. 5.6.1 Titularidade 5.6.2 Princpios 5.6.3 Prazo e legitimados para o exerccio do direito de queixa 5.6.4 Indivisibilidade da ao penal privada 5.6.5 Renncia ao exerccio do direito de queixa e perdo do ofendido 5.6.5.1 Renncia (arts. 49 e 50 do CPP) 5.6.5.2 Perdo do ofendido (arts. 51 a 59 do CPP) 5.6.6 Perempo da ao penal privada 5.7 Ao penal privada subsidiria da pblica 5.7.1 Consideraes gerais 5.7.2 Prazo 5.7.3 Ao penal privada subsidiria da pblica e diligncias requeridas pelo Ministrio Pblico 5.7.4 Ao penal privada subsidiria da pblica e arquivamento do inqurito policial 5.7.5 Papel do Ministrio Pblico diante do ajuizamento da ao penal privada subsidiria da pblica 5.7.6 Perdo do querelante na ao penal privada subsidiria da pblica 5.7.7 Sntese esquematizada: ao penal pblica e ao penal privada 5.8 Ao penal privada personalssima 5.9 Ao penal popular 5.9.1 Consideraes gerais 5.9.2 Alteraes em nvel constitucional e infraconstitucional 5.9.3 A natureza das infraes previstas na Lei 1.079/1950 e a constitucionalidade da ao penal popular 5.10 Legitimao secundria (ao penal secundria) e legitimao concorrente 5.10.1 Legitimao secundria 5.10.2 Legitimao concorrente 5.11 Providncias do Ministrio Pblico ao ter vista do inqurito policial 5.11.1 Oferecimento da denncia (1. opo) 5.11.2 Procedimento a ser adotado pelo Ministrio Pblico ao ter vista de inqurito policial que investigou crime de ao penal privada (2. opo) 5.11.3 Procedimento do Ministrio Pblico quando, recebendo o inqurito policial, entender necessria a realizao de diligncias complementares (3. opo) 5.11.3.1 Devoluo do inqurito com requerimento de diligncias ao juzo 5.11.3.2 Diligncias determinadas ou requisitadas pelo prprio Ministrio Pblico 5.11.4 Hiptese de arquivamento do inqurito policial (4. opo) 12. 5.11.5 Remessa dos autos do inqurito a juzo distinto (5. opo) 5.12 A queixa-crime na ao penal privada (exclusiva, personalssima e subsidiria) 5.13 A deciso que recebe a denncia e a queixa-crime 5.14 A deciso que rejeita a denncia e a queixa-crime 5.14.1 A inpcia da denncia ou da queixa como motivo de sua rejeio (art. 395, I) 5.14.2 Falta de pressuposto processual (art. 395, II, 1. parte) 5.14.3 Falta de condio para o exerccio da ao penal (art. 395, II, 2. parte) 5.14.4 Falta de justa causa (art. 395, III) 5.15 Questes 6. AO CIVIL 6.1 Consideraes preliminares 6.2 A sentena condenatria e a reparao do dano civil 6.2.1 Efeitos da condenao 6.2.2 Relao entre os efeitos da condenao e a obrigao de indenizar 6.2.3 Questes controvertidas 6.3 A sentena absolutria e a obrigao de indenizar o dano civil 6.4 Vias judiciais disposio do ofendido para ressarcir-se do prejuzo causado pela prtica criminosa 6.4.1 Ao de execuo ex delicto 6.4.1.1 Generalidades 6.4.1.2 Quantificao do valor a ser indenizado vtima 6.4.1.3 Legitimao 6.4.1.4 Prescrio 6.4.1.5 Desconstituio da sentena penal transitada em julgado por meio de reviso criminal 6.4.2 Ao civil ex delicto 6.4.2.1 Generalidades 6.4.2.2 Legitimao 6.4.2.3 Prescrio 6.4.3 Esquema de alternativas possveis envolvendo as aes reparatrias 6.5 Questes 7. QUESTES E PROCESSOS INCIDENTES 7.1 Questes prejudiciais (arts. 92 a 94 do CPP) 7.1.1 Consideraes gerais 13. 7.1.2 Questes prejudiciais e questes preliminares (ou prvias) 7.1.3 Classificao segundo o grau de influncia 7.1.4 Classificao segundo o carter ou natureza 7.1.5 Questes prejudiciais penais (homogneas, comuns, imperfeitas ou no devolutivas) 7.1.6 Questes prejudiciais extrapenais (heterogneas, jurisdicionais, perfeitas ou devolutivas) 7.1.6.1 Questes prejudiciais extrapenais devolutivas absolutas (ou obrigatrias) 7.1.6.2 Questes prejudiciais extrapenais devolutivas relativas (ou facultativas) 7.1.6.3 Impugnao da suspenso do processo ou de seu indeferimento 7.1.6.4 Suspenso do processo ex officio 7.1.6.5 Outras questes pertinentes s questes prejudiciais absolutas e relativas 7.1.6.6 Sntese comparativa entre as questes prejudiciais absolutas e relativas 7.2 Excees (arts. 95 a 111 do CPP) 7.2.1 Previso legal 7.2.2 Classificao 7.2.3 Exceo de suspeio 7.2.3.1 Consideraes gerais 7.2.3.2 Momento da propositura 7.2.3.3 Precedncia no julgamento 7.2.3.4 Procedimento 7.2.3.5 Validade dos atos praticados pelo juiz suspeito 7.2.3.6 Impedimento e incompatibilidade 7.2.3.7 Afirmao ex officio 7.2.3.8 Outros sujeitos passivos da exceo de suspeio (e de impedimento e de incompatibilidade) 7.2.4 Exceo de incompetncia do juzo 7.2.4.1 Consideraes gerais 7.2.4.2 Momento para a propositura 7.2.4.3 Procedimento 7.2.4.4 Declarao de ofcio pelo juiz 7.2.5 Exceo de litispendncia 7.2.5.1 Consideraes gerais 7.2.5.2 Processo junto ao qual deve ser arguida a exceo de litispendncia. Prazo 7.2.5.3 Procedimento 7.2.5.4 Declarao de ofcio pelo juiz 7.2.6 Exceo de ilegitimidade de parte 14. 7.2.6.1 Consideraes gerais 7.2.6.2 Prazo 7.2.6.3 Procedimento 7.2.6.4 Declarao de ofcio pelo juiz 7.2.7 Exceo de coisa julgada 7.2.7.1 Consideraes gerais natureza, prazo e procedimento 7.2.7.2 Coisa julgada formal, coisa julgada material e coisa soberanamente julgada 7.2.7.3 A exceo de coisa julgada e os limites objetivos e subjetivos 7.2.7.4 Exceo de coisa julgada no concurso formal de crimes 7.2.7.5 Exceo de coisa julgada no crime continuado 7.2.7.6 Exceo de coisa julgada nos crimes permanentes 7.2.7.7 Exceo de coisa julgada nos crimes habituais 7.2.8 Formas de impugnao da deciso judicial proferida nas excees de suspeio, incompetncia, litispendncia, ilegitimidade de parte e coisa julgada 7.2.8.1 Procedncia e improcedncia da exceo de suspeio 7.2.8.2 Procedncia e improcedncia das excees de incompetncia, litispendncia, ilegitimidade de parte e coisa julgada 7.2.8.3 Reconhecimento ex officio pelo juiz da incompetncia do juzo, litispendncia, ilegitimidade de parte e coisa julgada 7.2.8.4 Excees: grfico esquematizado 7.3 Conflito de jurisdio (arts. 113 a 117 do CPP) 7.3.1 Consideraes gerais 7.3.2 Legitimidade 7.3.3 Forma e oportunidade 7.3.4 Procedimento 7.3.5 Distino entre conflito de competncia/jurisdio e conflito de atribuies no caso concreto 7.3.6 Avocatria 7.3.7 Competncia para a deciso sobre os conflitos de competncia e jurisdio 7.4 Restituio das coisas apreendidas (arts. 118 a 124 do CPP) 7.4.1 Consideraes gerais 7.4.2 Pedido de restituio e incidente de restituio 7.4.2.1 Pedido de restituio 7.4.2.2 Incidente de restituio 7.4.3 Oitiva prvia do Ministrio Pblico 15. 7.4.4 Impugnao da deciso acerca do deferimento e do indeferimento do pedido de restituio e do incidente de restituio 7.4.5 Esquema ilustrativo das possibilidades envolvendo a restituio de coisas apreendidas 7.5 Medidas assecuratrias (arts. 125 a 144 do CPP) 7.5.1 Consideraes gerais 7.5.2 A ao de execuo ex delicto e a ao civil ex delicto 7.5.2.1 Ao de execuo ex delicto 7.5.2.2 Ao civil ex delicto 7.5.2.3 Breve esquema das formas judiciais de reparao do dano 7.5.3 Sequestro de bens imveis (arts. 125 a 133 do CPP) 7.5.3.1 Consideraes gerais 7.5.3.2 Fases 7.5.3.3 Requisito indispensvel 7.5.3.4 Legitimidade 7.5.3.5 Defesa 7.5.3.6 A apelao e o mandado de segurana como formas de insurgncia em relao deciso de sequestro de bens 7.5.3.7 Procedimento 7.5.3.8 Levantamento 7.5.3.9 Finalizao 7.5.3.10 Observaes importantes sobre o sequestro do bem imvel 7.5.3.11 Roteiro prtico das fases que compem o sequestro de bem imvel 7.5.3.12 Sequestro de bem mvel (arts. 132 e 133 do CPP) 7.5.3.13 Sequestro de bens ou valores equivalentes (art. 91, 2., do CP) 7.5.4 Hipoteca legal (arts. 134 a 144 do CPP) 7.5.4.1 Consideraes gerais 7.5.4.2 Fases 7.5.4.3 Requisitos indispensveis 7.5.4.4 Legitimidade 7.5.4.5 Defesa 7.5.4.6 Procedimento 7.5.4.7 Cancelamento 7.5.4.8 Observaes importantes sobre a hipoteca do bem imvel 7.5.4.9 Roteiro prtico das fases que compem a hipoteca legal de bem imvel 7.5.5 Arresto prvio ou preventivo 16. 7.5.5.1 Consideraes gerais 7.5.5.2 Revogao 7.5.6 Arresto (art. 137 do CPP) 7.5.7 Venda antecipada dos bens 7.5.8 Quadro comparativo entre o sequestro de bens imveis e mveis, hipoteca legal e arresto 7.5.9 Medidas assecuratrias de bens previstas na legislao especial 7.5.9.1 Medidas previstas na Lei 9.613/1998 lavagem ou ocultao de bens, direitos ou valores 7.5.9.2 Medidas assecuratrias na Lei 11.343/2006 crimes relacionados ao uso indevido e trfico ilcito de drogas, entre outros 7.6 Incidente de falsidade documental (arts. 145 a 148 do CPP) 7.6.1 Consideraes gerais 7.6.2 Forma e legitimidade 7.6.3 Procedimento 7.6.4 Recurso cabvel 7.6.5 Coisa julgada 7.7 Incidente de insanidade mental (arts. 149 a 154 do CPP) 7.7.1 Instaurao 7.7.2 Providncias relativas instaurao 7.7.3 Percia 7.7.4 Concluses do incidente de insanidade mental e reflexos no processo criminal 7.7.5 Consideraes sobre a medida de segurana 7.7.6 Incapacidade mental constatada no curso do procedimento do Tribunal do Jri 7.7.7 Incapacidade superveniente execuo da pena 7.8 Questes 8. PROVA PENAL 8.1 Consideraes gerais sobre a teoria da prova penal 8.1.1 A regulamentao do Cdigo 8.1.2 Conceito e finalidade da prova 8.1.3 Objeto da prova 8.1.4 Classificao das provas 8.1.5 Princpios gerais 8.1.6 Sistemas de apreciao das provas 8.1.6.1 Sistema do livre convencimento motivado (ou persuaso racional) 17. 8.1.6.2 Sistema da ntima convico (ou prova livre, ou certeza moral do juiz) 8.1.6.3 Sistema da prova tarifada (ou certeza moral do legislador, ou verdade legal) 8.1.7 Fases do procedimento probatrio 8.2 nus da prova 8.2.1 Incumbncia da acusao e da defesa 8.2.2 Produo antecipada de provas ex officio pelo juiz 8.2.3 Produo incidental de provas ex officio pelo juiz 8.2.4 nus da prova quanto ao direito local 8.3 A Valorao da Prova Penal Pelo Juiz 8.3.1 Critrio de valorao 8.3.2 Necessidade de exame conjunto e valor relativo das provas 8.3.3 Prova emprestada 8.4 Provas ilegais 8.4.1 Provas ilcitas 8.4.2 Reconhecimento da ilicitude: procedimento e consequncias 8.4.3 Provas ilegtimas 8.4.4 Provas ilcitas por derivao 8.4.5 A utilizao da prova ilcita em favor do ru diante do princpio da proporcionalidade 8.4.6 A utilizao da prova ilcita pro societate diante do princpio da proporcionalidade 8.4.7 A utilizao das provas ilegtimas pro reo e pro societate 8.5 Interceptaes telefnicas (art. 5., XII, da CF e Lei 9.296/1996) 8.5.1 Classificao das interceptaes telefnicas lato sensu e o alcance da tutela constitucional 8.5.2 O reconhecimento de excludentes de ilicitude nas interceptaes stricto sensu e escutas telefnicas 8.5.3 A extenso aplicativa da Lei das Interceptaes Telefnicas Lei 9.296/1996 8.5.4 Descoberta fortuita ou ocasional de crime distinto daquele para o qual expedida a ordem judicial 8.5.5 Legitimados para o pedido e a possibilidade da determinao de interceptaes stricto sensu e escutas telefnicas ex officio pelo magistrado 8.5.6 Prazo para a interceptao stricto sensu e escuta telefnica 8.5.7 Medida inaudita altera parte 8.5.8 Interceptaes em face da poca do crime e da vigncia da lei regulamentadora 8.5.9 Procedimento determinado pela Lei 9.296/1996 8.5.10 Prova emprestada 18. 8.5.11 Interceptaes determinadas por juzo incompetente 8.5.12 Recurso ou impugnao cabvel 8.6 Interceptao de dados 8.7 Interceptaes ambientais 8.7.1 Classificao das interceptaes ambientais lato sensu e a proteo constitucional 8.7.2 Gravao de conversa informal entre investigado e autoridade policial 8.7.3 Interceptaes ambientais e o crime organizado (Lei 12.850/2013) 8.8 O sigilo de correspondncia 8.8.1 Generalidades 8.8.2 O sigilo da correspondncia e o sigilo da encomenda 8.8.3 A apreenso de cartas abertas 8.8.4 Violao da correspondncia do preso 8.8.5 Violao do e-mail 8.9 Consideraes Sobre a Quebra dos Sigilos Bancrio e Fiscal 8.10 Exame de corpo de delito (arts. 158 a 184 do CPP) 8.10.1 Conceito e classificao legal 8.10.2 Obrigatoriedade do exame de corpo de delito e possibilidade de suprimento 8.10.3 Formalidades do exame de corpo de delito 8.10.4 Atuao processual das partes em relao percia 8.10.5 Oitiva dos peritos em audincia 8.10.6 Divergncia entre os peritos 8.10.7 Laudos complementares 8.10.8 Momento da percia 8.10.9 No vinculao do magistrado 8.10.10 Necropsia 8.10.11 Exumao e inumao 8.10.12 Leses corporais graves pela incapacidade para as ocupaes habituais por mais de trinta dias 8.10.13 Rompimento de obstculo subtrao da coisa e escalada 8.10.14 Incndio 8.10.15 Porte ilegal de arma de fogo 8.10.16 Majorante de uso de arma de fogo no crime de roubo (art. 157, 2., I, do Cdigo Penal) 8.10.17 Reconhecimento de escritos 8.10.18 Instrumentos do crime 19. 8.10.19 Crimes contra a propriedade imaterial 8.10.20 Conduo de veculo automotor sob a influncia de lcool ou outra substncia psicoativa que determine dependncia (alteraes da Lei 12.760/2012) 8.10.21 Quadro-resumo 8.11 Interrogatrio do ru (arts. 185 a 196 do CPP) 8.11.1 Conceito 8.11.2 Caractersticas 8.11.3 Natureza jurdica 8.11.4 Obrigatoriedade de assistncia por advogado 8.11.5 Direito de entrevista pessoal e reservada 8.11.6 Direito ao silncio (privilgio nemo tenetur se detegere) 8.11.7 Procedimento 8.11.8 Novo interrogatrio no curso do processo 8.11.9 O surdo, o mudo, o surdo-mudo e o desconhecedor da lngua nacional 8.11.10 O interrogatrio do ru preso 8.11.11 O interrogatrio por meio de videoconferncia 8.12 Confisso (arts. 197 a 200 do CPP) 8.12.1 Consideraes gerais 8.12.2 Valorao 8.12.3 Classificao 8.12.4 Divisibilidade e retratabilidade 8.12.5 Voluntariedade e espontaneidade 8.12.6 Confisso delatria ou delao ou chamada de corru 8.12.7 Delao premiada 8.13 Ofendido (art. 201 do CPP) 8.13.1 Consideraes gerais 8.13.2 Valor da palavra da vtima 8.13.3 Alteraes introduzidas pela Lei 11.690/2008 8.13.3.1 Obrigatoriedade de comunicao ao ofendido quanto a determinados atos processuais e sobre a priso ou liberdade do acusado 8.13.3.2 Reserva de lugar em separado para que o ofendido permanea antes e durante a realizao da audincia ( 4.) 8.13.3.3 Encaminhamento do ofendido a atendimento multidisciplinar, se for o caso, s expensas do Estado ( 5.) 8.13.3.4 Adoo das medidas necessrias para resguardar a imagem, honra e vida privada do ofendido ( 6.) 20. 8.14 Prova testemunhal (arts. 202 a 225 do CPP) 8.14.1 Consideraes gerais 8.14.2 Nmero mximo de testemunhas 8.14.3 Capacidade para testemunhar 8.14.4 Compromisso da testemunha 8.14.4.1 Compreenso do instituto do compromisso 8.14.4.2 Testemunhas no sujeitas a compromisso 8.14.5 A contradita e a arguio de defeito 8.14.6 Caractersticas da prova testemunhal 8.14.7 Obrigao de comparecimento e obrigao de depor 8.14.7.1 Dever de comparecimento e suas excees 8.14.7.2 Dever de prestar depoimento 8.14.8 Providncias judiciais em caso de falso testemunho 8.14.8.1 A conduta delituosa 8.14.8.2 Providncias no caso de reconhecimento 8.14.8.3 Reconhecimento do falso em plenrio de julgamento 8.14.8.4 Questes controvertidas 8.14.9 Quando a presena do ru gerar constrangimento testemunha 8.14.10 A audincia de instruo 8.14.10.1 Ordem de inquirio das testemunhas em audincia 8.14.10.2 Formulao de perguntas pelas partes 8.14.11 Carta precatria instrutria 8.14.11.1 Consideraes gerais 8.14.11.2 Expedio da precatria e intimao das partes 8.14.11.3 Presena do ru no juzo deprecado 8.14.12 Testemunho do militar, do funcionrio pblico e do preso 8.14.12.1 Notificao do militar 8.14.12.2 Notificao do funcionrio pblico 8.14.12.3 Notificao do preso 8.14.13 O corru pode ser arrolado como testemunha? 8.14.14 O assistente de acusao pode ser arrolado como testemunha? 8.15 Reconhecimento de pessoas e coisas (arts. 226 a 228 do CPP) 8.15.1 Reconhecimento de pessoas 8.15.2 Reconhecimento de coisas 8.15.3 Individualidade 21. 8.15.4 Reconhecimento por meio de videoconferncia (art.185, 8., do CPP) 8.16 Acareaes (arts. 229 e 230 do CPP) 8.16.1 Conceituao e caracterizao 8.16.2 Fases e legitimados 8.16.3 Sujeitos da acareao 8.16.4 Obrigatoriedade de comparecimento e de sujeio 8.16.5 Acareao por meio de carta precatria 8.17 Prova documental (arts. 231 a 238 do CPP) 8.17.1 Conceito e classificao 8.17.2 Momento de produo da prova documental (lato sensu) 8.17.3 Valor probante dos instrumentos 8.17.4 Vcios dos documentos e incidente de falsidade documental 8.17.5 A correspondncia como documento e sua utilizao pelo destinatrio como prova contra o remetente 8.18 Indcios (art. 239 do CPP) 8.18.1 Consideraes gerais 8.18.2 As presunes 8.19 Busca e apreenso (arts. 240 a 250 do CPP) 8.19.1 Consideraes gerais 8.19.2 Busca e apreenso domiciliar 8.19.2.1 Amplitude de domiclio e as fundadas razes que autorizam a medida 8.19.2.2 A ordem judicial 8.19.2.3 Restrio quanto ao horrio 8.19.2.4 Rol taxativo 8.19.2.5 Busca no escritrio do advogado 8.19.2.6 Desobedincia e recalcitrncia do morador 8.19.2.7 Auto de apreenso 8.19.3 Busca pessoal 8.19.4 Busca em territrio pertencente jurisdio distinta 8.19.5 Busca e apreenso envolvendo pessoa detentora de foro privilegiado 8.19.6 Restituio das coisas apreendidas 8.19.6.1 Pedido de restituio de coisas apreendidas 8.19.6.2 Incidente de restituio de coisas apreendidas 8.19.6.3 Coisas adquiridas com o produto da infrao penal 8.19.6.4 Coisas lcitas apreendidas e no reclamadas 22. 8.20 A videoconferncia como forma de realizao de atos processuais (art. 185, 8. e 9.) 8.20.1 O interrogatrio mediante videoconferncia resumo 8.20.2 Outros atos processuais sujeitos ao mtodo da videoconferncia 8.21 Questes 9. JURISDIO E COMPETNCIA 9.1 Jurisdio: consideraes gerais 9.1.1 Conceito e finalidade 9.1.2 Princpios 9.1.3 Caractersticas 9.1.4 Elementos 9.1.5 Classificao 9.2 Competncia: Consideraes gerais 9.2.1 Espcies de competncia 9.2.2 Incio da verificao o critrio ratione materiae (tambm chamada de competncia de jurisdio ou de competncia de justia) 9.2.3 Processo de verificao da competncia: etapa seguinte incidncia de regras de competncia ratione personae 9.2.4 Processo de verificao da competncia: ltimo momento estabelecimento da competncia territorial para apurao da infrao penal 9.2.5 Lugar do crime (art. 70, caput, do CPP) 9.2.5.1 Teoria do resultado 9.2.5.2 Teoria da atividade 9.2.5.3 Teoria da ubiquidade 9.2.5.4 Situaes especiais quanto ao lugar do crime segundo a jurisprudncia 9.2.5.5 Sntese das teorias quanto ao lugar do crime exemplos de aplicao 9.2.6 Domiclio do ru como critrio de fixao da competncia (arts. 72 e 73 do CPP) 9.2.7 Preveno como critrio de fixao da competncia (art. 83 do CPP) 9.2.7.1 Consideraes gerais sobre a preveno 9.2.7.2 Hipteses legais de utilizao da preveno como critrio de definio de competncia 9.2.8 Natureza da infrao como critrio de fixao da competncia (art. 74 do CPP) 9.2.9 Distribuio como critrio de fixao da competncia (art. 75 do CPP) 9.2.10 Grfico resumido das etapas de fixao da competncia 9.3 A conexo e a continncia 9.3.1 Conexo (art. 76 do CPP) 23. 9.3.1.1 Conexo intersubjetiva (art. 76, I, do CPP) 9.3.1.2 Conexo objetiva (art. 76, II, do CPP) 9.3.1.3 Conexo instrumental ou probatria (art. 76, III, do CPP) 9.3.2 Continncia (art. 77 do CPP) 9.3.2.1 Continncia concursal ou por cumulao subjetiva (art. 77, I, do CPP duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infrao) 9.3.2.2 Continncia por cumulao objetiva (art. 77, II, do CPP) no caso de infrao cometida nas condies previstas nos arts. 51, 1., 53, segunda parte, e do CP) 9.3.3 Regras aplicveis na definio da competncia em hipteses de conexo e continncia (art. 78 do CPP) 9.3.3.1 Concurso entre a competncia do jri e a de outro rgo da jurisdio comum (art. 78, I, do CPP) 9.3.3.2 Concurso de jurisdies da mesma categoria (art. 78, II, do CPP) 9.3.3.3 Concurso de jurisdies de categorias distintas (art. 78, III, do CPP) 9.3.3.4 Concurso entre a jurisdio comum (federal e estadual) e a especial (art. 78, IV, do CPP) 9.3.4 Separao dos processos em hipteses de conexo e continncia (art. 79 do CPP) 9.3.4.1 Concurso entre a jurisdio comum e militar (art. 79, I) 9.3.4.2 Concurso entre a jurisdio comum e a Justia da Infncia e da Juventude (art. 79, II) 9.3.4.3 Insanidade mental de corru apurada em incidente regularmente instaurado 9.3.4.4 Incompatibilidade entre as recusas de jurados, havendo dois ou mais rus com defensores distintos arts. 79, 2., e 469, 1. (redao determinada pela Lei 11.689/2008), ambos do CPP 9.3.4.5 Separao facultativa quando se tratar de infraes praticadas em circunstncias de tempo ou de lugar diferentes; quando houver elevado nmero de rus; ou quando, por qualquer motivo considerado relevante pelo juiz (art. 80 do CPP) 9.3.4.6 A avocatria e a impossibilidade de reunio dos processos conexos ou continentes quando um deles j foi julgado por sentena definitiva 9.3.5 Perpetuao da jurisdio (art. 81 do CPP) 9.4 Competncia pela prerrogativa da funo (art. 69, VII, do CPP) 9.5 Competncia da Justia Federal 9.5.1 Competncias constitucionalmente estabelecidas 9.6 Competncia para julgamento do crime de genocdio 9.6.1 Consideraes gerais 9.6.2 Juiz Singular ou Tribunal do Jri? 9.6.3 Justia Estadual ou Justia Federal? 24. 9.7 Questes relevantes 9.8 Questes 10. PROCEDIMENTOS COMUM E ESPECIAL 10.1 Consideraes gerais 10.1.1 O novo modelo do procedimento ditado pelas Leis 11.689/2008 e 11.719/2008 10.1.2 O procedimento comum e o procedimento especial 10.1.3 Os arts. 395 a 397 do CPP e sua aplicao geral e irrestrita a qualquer procedimento de primeiro grau 10.1.3.1 Rejeio da denncia e da queixa-crime (art. 395 do CPP) 10.1.3.2 Citao do acusado e resposta acusao (art. 396 do CPP) 10.1.3.3 Possibilidade de julgamento antecipado do processo com absolvio sumria do ru (art. 397 do CPP) 10.2 Procedimento comum ordinrio (arts. 394, 1., I, e 395 a 405 do CPP) 10.2.1 Sequncia dos atos que compem o procedimento 10.2.2 Suspenso condicional do processo 10.2.3 Esquema dos atos que compem o procedimento ordinrio 10.3 Procedimento sumrio (arts. 394, 1., II, e 531 a 536 do CPP) 10.3.1 Sequncia dos atos que compem o procedimento 10.3.2 Esquema dos atos que compem o procedimento sumrio 10.3.3 Diferenas entre o procedimento ordinrio e o procedimento sumrio 10.4 Juizados especiais criminais fase preliminar e procedimento sumarssimo (art. 394, 1., III, do CPP, e arts. 77 a 81 da Lei 9.099/1995) 10.4.1 Consideraes gerais sobre os Juizados Especiais Criminais 10.4.2 Princpios e objetivos 10.4.3 Competncia 10.4.4 Atos chamatrios 10.4.5 Fase preliminar 10.4.6 Esquema dos atos que compem a fase preliminar nos Juizados Especiais Criminais 10.4.7 Procedimento sumarssimo (arts. 77 a 81 da Lei 9.099/1995) 10.4.8 Esquema dos atos que compem o procedimento sumarssimo 10.4.9 Recursos 10.4.10 Questes relevantes 10.5 Procedimento de apurao dos crimes falimentares (arts. 503 a 512 do CPP) 10.5.1 Consideraes gerais 10.5.2 Aspectos relativos ao novo procedimento de apurao dos crimes falimentares 25. introduzido pela Lei 11.101/2005 10.5.3 Procedimento de apurao dos crimes falimentares (art. 185 da Lei 11.101/2005) 10.6 Procedimento dos crimes praticados por funcionrios pblicos contra a Administrao Pblica (arts. 513 a 518 do CPP) 10.6.1 Consideraes gerais 10.6.2 Atos que compem o procedimento 10.6.3 Questes controvertidas pertinentes ao rito 10.6.3.1 Crime praticado durante o exerccio funcional, deixando o agente de ser funcionrio pblico em momento posterior 10.6.3.2 Falta de notificao para apresentao da resposta preliminar prevista no art. 514 quando se tratar de crime funcional afianvel 10.6.3.3 Funcionrio pblico com foro privilegiado 10.7 Procedimento dos crimes contra a honra (arts. 519 a 523 do CPP) 10.7.1 Consideraes gerais 10.7.2 Atos que compem o rito 10.7.3 Pedido de explicaes (art. 144 do Cdigo Penal) 10.8 Procedimento dos crimes contra a propriedade imaterial (arts. 524 a 530 do CPP) 10.8.1 Consideraes gerais 10.8.2 Peculiaridades pr-processuais do rito de apurao dos crimes de ao penal privada (arts. 524 a 530-A do CPP) 10.8.3 Peculiaridades pr-processuais do rito de apurao dos crimes de ao penal pblica (arts. 530-B a 530-I do CPP) 10.9 Procedimento do crime de abuso de autoridade (Lei 4.898/1965) 10.9.1 Consideraes gerais 10.9.2 Subsistncia do procedimento especial em face do que dispe o art. 538 do Cdigo de Processo Penal 10.9.3 Atos que compem o procedimento da Lei 4.898/1965 10.10 Procedimento de Apurao dos Crimes de Imprensa (Lei 5.250/1967) 10.11 Procedimento de apurao dos crimes relacionados a drogas (Lei 11.343/2006) 10.11.1 Consideraes gerais 10.11.2 A prova da materialidade 10.11.3 Colaborao do criminoso e delao premiada 10.11.4 Sntese do procedimento judicial previsto na Lei 11.343/2006 10.11.5 Concurso de crimes 10.12 Procedimento de apurao das infraes de competncia originria dos tribunais (Leis 8.038/1990 e 8.658/1993) 26. 10.13 Prefeitos municipais: o procedimento do Decreto-Lei 201/1967 frente s regras da Lei 8.038/1990 10.14 Procedimento relativo aos processos da competncia do Tribunal do Jri (arts. 406 a 497 do CPP) 10.14.1 Consideraes gerais 10.14.2 O judicium acusationes procedimento da primeira fase 10.14.3 Deciso de pronncia (art. 413 do CPP) 10.14.3.1 Generalidades 10.14.3.2 Natureza da deciso de pronncia 10.14.3.3 Coisa julgada 10.14.3.4 Contedo 10.14.3.5 Alterao na classificao do crime 10.14.3.6 Efeitos da deciso de pronncia 10.14.3.7 Pronncia e crimes conexos no dolosos contra a vida 10.14.3.8 Intimao da pronncia 10.14.3.9 A pronncia e a priso do ru solto 10.14.3.10 A pronncia e a liberdade provisria mediante fiana 10.14.3.11 Recurso 10.14.4 Deciso de impronncia (art. 414 do CPP) 10.14.4.1 Generalidades 10.14.4.2 Renovao do processo 10.14.4.3 Impronncia e crimes conexos no dolosos contra a vida 10.14.4.4 Recurso 10.14.4.5 Impronncia e despronncia 10.14.5 Desclassificao (art. 419 do CPP) 10.14.5.1 Cabimento e consequncias 10.14.5.2 Recurso 10.14.6 Absolvio sumria (art. 415 do CPP) 10.14.6.1 Generalidades 10.14.6.2 Recurso 10.14.6.3 Absolvio sumria e crimes conexos 10.14.7 Incluso de pessoas e ciso facultativa 10.14.8 O judicium causae procedimento da segunda fase 10.14.9 Desaforamento 10.14.10 Habilitao do assistente de acusao 27. 10.14.11 A sesso de julgamento 10.14.12 Desclassificao prpria e desclassificao imprpria em plenrio de julgamento 10.14.13 Breve roteiro dos atos que compem a sesso de julgamento pelo jri 10.15 Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) 10.15.1 Consideraes gerais 10.15.2 Procedimento de apurao dos crimes tipificados no Estatuto 10.15.2.1 Crimes cuja pena mxima no ultrapasse quatro anos de priso 10.15.2.2 Crimes cuja pena mxima ultrapasse quatro anos de priso 10.15.3 Procedimento de apurao de crimes praticados contra idosos no tipificados no Estatuto do Idoso 10.15.4 Fase policial e juzo competente para apurao 10.15.5 Quadro analtico dos tipos penais definidos no Estatuto do Idoso 10.16 Violncia Domstica e Familiar Contra a Mulher (Lei 11.340/2006) 10.16.1 Consideraes gerais 10.16.2 Conceito e formas de violncia domstica e familiar contra a mulher 10.16.3 A no aplicao dos institutos despenalizadores da Lei 9.099/1995 (art. 41) 10.16.4 Competncia (arts. 13 a 16) 10.16.5 Proibio de aplicao de penas de multa e cestas bsicas (art. 17) 10.16.6 Medidas protetivas (arts. 11, 22, 23 e 24) 10.16.7 Possibilidade de priso preventiva (art. 20) 10.16.8 A retratao da representao nos crimes de ao penal pblica condicionada (art. 16) 10.17 Suspenso condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/1995) 10.17.1 A proposta de suspenso: condies, prazo e legitimidade 10.17.2 Revogao da suspenso 10.17.3 Questes importantes 10.18 Instaurao de colegiado nos procedimentos envolvendo crimes praticados por organizaes criminosas (Lei 12.694/2012) 10.19 Questes 11. PRISO PROCESSUAL MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISO. LIBERDADE PROVISRIA 11.1 A Lei 12.403, de 4 de maio de 2011: aspectos gerais 11.1.1 Noes introdutrias sobre as alteraes determinadas pela Lei 12.403/2011 11.1.2 Outras alteraes 28. 11.1.3 O direito intertemporal 11.2 Medidas cautelares (priso e medidas diversas da priso): caractersticas, princpios informadores e requisitos de aplicao 11.2.1 Caractersticas: jurisdicionalidade, provisoriedade, revogabilidade, excepcionalidade, substitutividade e cumulatividade 11.2.2 Princpios informadores: necessidade, adequao e proporcionalidade em sentido estrito (art. 282, I e II) 11.2.3 Requisitos das medidas cautelares em geral 11.2.4 A aplicao do art. 282 priso temporria 11.3 Medidas cautelares (priso e medidas diversas da priso): tempo, legitimidade, procedimento contraditrio, recursos, impugnaes e detrao 11.3.1 Oportunidade 11.3.2 Legitimidade 11.3.3 Procedimento contraditrio 11.3.4 Recursos e impugnaes 11.3.5 Detrao 11.4 Medidas cautelares diversas da priso (arts. 319 e 320) 11.4.1 Regras gerais de aplicao 11.4.1.1 Aplicao restrita a infraes punidas com pena privativa de liberdade 11.4.1.2 Aplicao das medidas cautelares diversas da priso: carter autnomo, ou em substituio priso preventiva, ou como obrigao decorrente da liberdade provisria 11.4.1.3 Aplicao isolada ou cumulativa 11.4.1.4 Legitimidade e contraditrio 11.4.1.5 Descumprimento das obrigaes impostas 11.4.1.6 Revogao e substituio 11.4.2 Medidas em espcie 11.4.2.1 Comparecimento peridico em juzo, no prazo e nas condies fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades (art. 319, I) 11.4.2.2 Proibio de acesso ou frequncia a determinados lugares quando, por circunstncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infraes (art. 319, II) 11.4.2.3 Proibio de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante (art. 319, III) 11.4.2.4 Proibio de ausentar-se da Comarca quando a permanncia seja 29. conveniente ou necessria para a investigao ou instruo (art. 319, IV) 11.4.2.5 Recolhimento domiciliar no perodo noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residncia e trabalho fixos (art. 319, V) 11.4.2.6 Suspenso do exerccio de funo pblica ou de atividade de natureza econmica ou financeira quando houver justo receio de sua utilizao para a prtica de infraes penais (art. 319, VI) 11.4.2.7 Internao provisria do acusado nas hipteses de crimes praticados com violncia ou grave ameaa, quando os peritos conclurem ser inimputvel ou semi-imputvel (art. 26 do CP) e houver risco de reiterao criminosa (art. 319, VII) 11.4.2.8 Fiana, nas infraes que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstruo do seu andamento ou em caso de resistncia injustificada ordem judicial (art. 319, VIII) 11.4.2.9 Monitorao eletrnica (art. 319, IX) 11.4.2.10 Proibio de ausentar-se do Pas (art. 320) 11.5 Priso provisria 11.5.1 Consideraes gerais 11.5.2 Efetivao da priso: tempo e forma de execuo 11.5.3 Mandado de priso: contedo, formalidades e exibio 11.5.4 Priso do indivduo que se encontra em territrio de outra Comarca 11.5.5 A hiptese de perseguio do indivduo que ingressa em territrio sujeito a outra jurisdio 11.5.6 Priso com base em informaes de sistema virtual de dados 11.5.7 Priso especial 11.6 Priso em flagrante 11.6.1 Natureza jurdica 11.6.2 A priso em flagrante e o fato tpico. A ilicitude e a culpabilidade 11.6.3 O flagrante nas infraes de menor potencial ofensivo, nas infraes penais culposas e em outras infraes 11.6.4 Flagrante prprio, imprprio ou presumido 11.6.5 Sujeito ativo da priso em flagrante 11.6.6 Sujeito passivo da priso em flagrante 11.6.6.1 Menores de 18 anos 11.6.6.2 Presidente da Repblica 11.6.6.3 Governador de Estado 11.6.6.4 Magistrados e membros do Ministrio Pblico 11.6.6.5 Membros do Congresso Nacional 30. 11.6.6.6 Diplomatas estrangeiros 11.6.6.7 Agente que presta socorro vtima aps acidente de trnsito 11.6.6.8 Indivduo que se apresenta espontaneamente autoridade 11.6.6.9 Advogados 11.6.6.10 Autor de infrao de menor potencial ofensivo 11.6.6.11 Indivduo flagrado na posse de drogas para consumo pessoal (art. 28 da Lei 11.343/2006) 11.6.6.12 Indivduo supostamente incapaz ou parcialmente capaz de compreender o carter ilcito de sua conduta ou de se autodeterminar segundo este entendimento 11.6.6.13 Situao do eleitor, antes e depois do pleito 11.6.7 Flagrante em crimes habituais e permanentes 11.6.8 Flagrante esperado, provocado e forjado 11.6.9 Flagrante retardado 11.6.10 Autoridade com atribuio para lavrar o auto de priso em flagrante 11.6.11 Flagrante nos crimes de ao penal pblica condicionada e de ao penal privada 11.6.12 Lavratura do auto de priso em flagrante (arts. 304 a 309 do CPP) 11.6.13 O flagrante e a apresentao espontnea 11.6.14 Vista ao Ministrio Pblico 11.7 Priso preventiva 11.7.1 Consideraes gerais 11.7.2 Fases 11.7.3 Legitimao 11.7.4 Pressupostos: indcios suficientes de autoria e prova da existncia do crime (art. 312 do CPP) 11.7.5 Fundamentos: garantia da ordem pblica ou econmica, convenincia da instruo criminal e segurana quanto aplicao da lei penal 11.7.5.1 Garantia da ordem pblica 11.7.5.2 Garantia da ordem econmica 11.7.5.3 Convenincia da instruo criminal 11.7.5.4 Segurana de aplicao da lei penal 11.7.6 Excepcionalidade da priso preventiva diante das medidas cautelares diversas da priso (art. 282, 6., do CPP) 11.7.7 As condies pessoais do investigado ou ru e a gravidade do crime interferem na decretao da priso cautelar? 11.7.8 Hipteses em que admissvel a decretao da priso preventiva (art. 313 do CPP) 31. 11.7.8.1 Crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade mxima superior a quatro anos (art. 313, I, do CPP) 11.7.8.2 Investigado ou acusado que comete um novo crime doloso nos cinco anos subsequentes ao cumprimento ou extino da pena imposta em razo da prtica de outro crime doloso anterior o chamado reincidente em crime doloso (art. 313, II, do CPP) 11.7.8.3 Crimes que envolvam violncia domstica e familiar contra a mulher, criana, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficincia, para garantir a execuo das medidas protetivas de urgncia (art. 313, III, do CPP) 11.7.8.4 Hiptese de dvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta no fornecer elementos suficientes para esclarec-la (art. 313, pargrafo nico, do CPP) 11.7.8.5 Outras questes de admissibilidade da priso preventiva relacionadas s hipteses do art. 313 do CPP 11.7.9 Hipteses em que no admissvel a decretao da priso preventiva 11.7.10 Fundamentao (art. 315 do CPP) 11.7.11 Revogao e novo decreto (art. 316 do CPP) 11.7.12 Durao da custdia: juzo de razoabilidade 11.7.13 Priso domiciliar (arts. 317 e 318 do CPP) 11.7.14 Esquema: pressupostos, fundamentos e hipteses de admissibilidade da priso preventiva 11.8 Priso da pronncia 11.9 Priso da sentena condenatria recorrvel 11.10 Priso temporria (Lei 7.960/1989) 11.10.1 Consideraes gerais e cabimento 11.10.2 Aplicao dos princpios e regras introduzidas pela Lei 12.403/2011 priso temporria 11.10.3 Legitimidade e prazo 11.10.4 Procedimento 11.10.5 Questes controvertidas 11.11 Liberdade provisria 11.11.1 Consideraes gerais 11.11.2 Classificao (arts. 321 a 350 do CPP) 11.11.2.1 Liberdade provisria obrigatria 11.11.2.2 Liberdade provisria permitida 11.11.3 A fiana 32. 11.11.3.1 Consideraes gerais 11.11.3.2 Cabimento 11.11.3.3 Valor da fiana 11.11.3.4 Incidentes, ocorrncias ou vicissitudes a que est sujeita a fiana 11.11.3.5 Recursos pertinentes fiana 11.11.4 Liberdade provisria por ocasio da pronncia 11.12 Questes 12. NULIDADES 12.1 Consideraes gerais 12.1.1 Sistemas 12.1.2 Classificao dos vcios que podem atingir o ato jurdico 12.1.2.1 Inexistncia 12.1.2.2 Nulidade absoluta 12.1.2.3 Nulidade relativa 12.1.2.4 Irregularidade 12.1.2.5 Quadro-resumo das diferenas entre os vcios processuais 12.1.3 Princpios que informam as nulidades 12.1.3.1 Princpio do prejuzo 12.1.3.2 Princpio do interesse 12.1.3.3 Princpio da convalidao 12.1.3.4 Princpio da extenso, sequencialidade, causalidade ou contaminao 12.2 Nulidades em espcie segundo a classificao do Cdigo de Processo Penal 12.2.1 Nulidade por incompetncia do juzo (art. 564, I, 1. parte, do CPP) 12.2.1.1 Natureza da nulidade por incompetncia do juzo 12.2.1.2 Arguio ex officio e mediante provocao 12.2.1.3 Forma de arguio 12.2.1.4 Consequncias 12.2.2 Nulidade por suspeio do juiz (art. 564, I, 2. parte, do CPP) 12.2.3 Nulidade por suborno do juiz (art. 564, I, parte final, do CPP) 12.2.4 Nulidade por ilegitimidade da parte 12.2.4.1 Ilegitimidade ad causam 12.2.4.2 Ilegitimidade ad processum 12.2.5 Nulidade por falta de denncia, queixa-crime ou representao e, nos processos de contravenes penais, de portaria ou de auto de priso em flagrante (art. 564, III, a, 33. do CPP) 12.2.6 Nulidade pela falta do exame de corpo de delito (art. 564, III, b, do CPP) 12.2.7 Nulidade pela ausncia de defensor (art. 564, III, c, do CPP) 12.2.8 Nulidade pela falta de notificao do Ministrio Pblico para intervir (art. 564, III, d, do CPP) 12.2.9 Nulidade pela falta de citao do ru para se ver processar, falta do interrogatrio do ru presente e no abertura dos prazos legais (art. 564, III, e, do CPP) 12.2.10 Nulidades no procedimento do jri (art. 564, III, f a l, do CPP) 12.2.11 Nulidade pela falta da sentena (art. 564, III, m, do CPP) 12.2.12 Nulidade pela ausncia do recurso de ofcio (art. 564, III, n, do CPP) 12.2.13 Nulidade pela ausncia de intimao das partes quanto s decises recorrveis (art. 564, III, o, do CPP) 12.2.14 Nulidade em razo da inobservncia de formalidade que constitua elemento essencial do ato (art. 564, IV, do CPP) 12.3 Momentos para arguio das nulidades 12.3.1 Momentos de arguio das nulidades relativas no procedimento do jri 12.3.1.1 Consideraes gerais sobre o procedimento do jri institudo pela Lei 11.689/2008 12.3.1.2 Tempo mximo de arguio das nulidades relativas no procedimento do jri 12.3.2 Nulidades relativas aos procedimentos comum e especiais 12.3.2.1 Consideraes gerais sobre os procedimentos comum e especiais 12.3.2.2 Tempo mximo de arguio das nulidades relativas no rito ordinrio (crimes cuja pena mxima cominada for igual ou superior a quatro anos de priso) 12.3.2.3 Tempo mximo de arguio das nulidades relativas no rito sumrio (crimes cuja pena mxima cominada seja inferior a quatro anos de priso) 12.3.2.4 Tempo mximo de arguio das nulidades relativas nos procedimentos especiais que adotem as normas relativas ao procedimento ordinrio 12.3.2.5 Observao quanto ao disposto no art. 571, IV, do CPP 12.3.2.6 Atual exegese do art. 571, VI, do CPP 12.4 Nulidade de inqurito policial 12.5 Questes 13. SENTENA PENAL 13.1 Consideraes gerais sobre os atos jurisdicionais 13.1.1 Despachos de mero expediente 13.1.2 Sentenas definitivas de condenao ou de absolvio 13.1.3 Decises interlocutrias 34. 13.1.4 Identificao da natureza dos pronunciamentos judiciais 13.2 Sentenas definitivas de condenao ou de absolvio: requisitos formais 13.2.1 Relatrio 13.2.2 Motivao 13.2.3 Dispositivo 13.2.4 Autenticao 13.3 Esgotamento da instncia como efeito da sentena penal absolutria e da sentena penal condenatria 13.4 Sentena penal absolutria 13.4.1 Fundamentos da absolvio 13.4.2 Efeitos da sentena absolutria 13.4.2.1 Efeito principal 13.4.2.2 Efeitos secundrios 13.5 Sentena penal condenatria 13.5.1 Consideraes gerais 13.5.2 Efeitos da sentena penal condenatria 13.5.2.1 Efeitos penais da sentena condenatria 13.5.2.2 Efeitos extrapenais da sentena condenatria 13.5.2.3 Efeitos decorrentes de previso constitucional 13.5.2.4 Detrao 13.6 Princpio da correlao e princpio da consubstanciao. Mutatio libelli e emendatio libelli 13.6.1 Emendatio libelli (art. 383 do CPP) 13.6.2 Mutatio libelli (art. 384 do CPP) 13.6.2.1 Consideraes gerais e procedimento legal 13.6.2.2 A iniciativa do juiz em determinar vista dos autos ao Ministrio Pblico para fins de aditamento 13.6.2.3 Recorribilidade 13.6.2.4 Mutatio libelli em crime de ao penal privada 13.6.2.5 Mutatio libelli em segundo grau 13.6.2.6 Mutatio libelli no procedimento do jri 13.6.2.7 Outros exemplos de emendatio e mutatio libelli 13.6.2.8 Esquema dos procedimentos inerentes mutatio libelli (art. 384 do CPP) 13.7 Fixao da pena na sentena condenatria 13.7.1 Sntese do mtodo trifsico no clculo da pena privativa da liberdade 35. 13.7.1.1 Momento da substituio 13.7.1.2 Critrios de substituio 13.7.2 Fixao da pena de multa 13.8 Sentena condenatria e pedido de absolvio 13.9 Reconhecimento de agravantes ex officio pelo juiz 13.10 Publicao da sentena 13.11 Intimao das partes da sentena 13.12 Embargos declaratrios contra sentena (art. 382 do CPP) 13.12.1 Cabimento 13.12.2 Prazo e forma 13.12.3 Efeitos 13.13 Reabilitao criminal (arts. 93 a 95 do CP) 13.13.1 Consideraes gerais 13.13.2 Pressupostos da reabilitao 13.13.3 Extenso da reabilitao 13.13.4 Efeitos 13.13.5 Revogao da reabilitao criminal 13.13.6 Recurso cabvel 13.13.7 Sntese do procedimento reabilitatrio 13.14 Questes 14. RECURSOS CRIMINAIS TEORIA GERAL E RECURSOS EM ESPCIE 14.1 Consideraes gerais 14.1.1 Conceito, natureza jurdica e finalidades 14.1.2 Classificaes 14.2 Juzo de admissibilidade dos recursos: a prelibao 14.2.1 Pressupostos recursais objetivos 14.2.1.1 Cabimento 14.2.1.2 Tempestividade 14.2.1.3 Forma dos recursos sob o prisma da interposio 14.2.1.4 Forma dos recursos sob o prisma das razes 14.2.1.5 Preparo (pagamento antecipado das custas de processamento do recurso) 14.2.2 Pressupostos recursais subjetivos 14.2.2.1 Legitimidade para a interposio do recurso 14.2.2.2 Interesse em recorrer 36. 14.3 Efeito extensivo dos recursos 14.4 Desistncia do recurso e renncia ao direito de recorrer 14.4.1 Desistncia do recurso 14.4.2 Renncia ao direito de recorrer 14.4.3 Quem pode desistir do direito de recorrer e renunciar ao direito de interpor o recurso? 14.5 Efeitos dos recursos 14.5.1 Efeito devolutivo 14.5.2 Efeito suspensivo 14.5.3 Efeito regressivo 14.5.4 Efeito translativo 14.6 Voluntariedade e reexame necessrio (recurso ex officio) 14.6.1 Consideraes gerais 14.6.2 Constitucionalidade do reexame necessrio 14.6.3 Previses legais de reexame necessrio 14.6.4 Coexistncia do recurso de ofcio com o recurso voluntrio 14.7 Recurso em sentido estrito (arts. 581 a 592 do CPP) 14.7.1 Cabimento 14.7.2 Hipteses de cabimento previstas no art. 581 do CPP 14.7.3 Prazo e forma de interposio 14.7.4 Efeitos 14.7.5 Formalidades na tramitao 14.7.6 Competncia para o julgamento 14.7.7 Processamento 14.7.8 Breve esquema acerca da tramitao do RSE 14.7.9 Fuga do ru e recebimento do recurso em sentido estrito 14.8 Apelao (arts. 593 a 606 do CPP) 14.8.1 Cabimento 14.8.2 Apelao das decises do Tribunal do Jri 14.8.3 Forma e prazos 14.8.4 Efeitos 14.8.5 Tramitao 14.8.6 Fuga do ru e desero da apelao 14.9 Embargos infringentes (art. 609, pargrafo nico, do CPP) 14.9.1 Cabimento 37. 14.9.2 Prazo. Forma. Competncia para o julgamento 14.9.3 Efeitos 14.9.4 Embargos infringentes e divergncia parcial 14.9.5 Embargos infringentes no STF e no STJ 14.10 Embargos declaratrios (arts. 619 e 620 do CPP) 14.10.1 Cabimento 14.10.2 Prazo e forma 14.10.3 Efeitos em relao ao prazo dos demais recursos 14.10.4 Embargos declaratrios com efeitos infringentes 14.10.5 Embargos declaratrios no Juizado Especial Criminal 14.10.6 Embargos declaratrios nos Regimentos Internos do STJ e STF 14.11 Agravo em execuo (art. 197 da Lei 7.210/1984) 14.11.1 Cabimento 14.11.2 Efeitos 14.12 Carta testemunhvel (arts. 639 a 646 do CPP) 14.12.1 Consideraes gerais e caractersticas 14.12.2 Cabimento 14.12.3 Prazo, forma e rito 14.12.4 Possibilidade, no julgamento da carta, de enfrentamento da questo objeto do recurso denegado ou obstado 14.12.5 Esquema de situao envolvendo o manejo de carta testemunhvel em relao deciso denegatria de recurso em sentido estrito pelo juiz 14.13 Recursos extraordinrio e especial (arts. 102, III, e 105, III, da Constituio Federal) 1264 14.13.1 Consideraes gerais 14.13.1.1 Previses constitucionais do recurso extraordinrio 14.13.1.2 Previses constitucionais do recurso especial 14.13.2 Outros requisitos de admissibilidade dos recursos especial e extraordinrio 14.13.3 A repercusso geral da matria constitucional tratada no recurso extraordinrio (art. 102, 3., da CF) 14.13.4 Mltiplos recursos extraordinrios sobre idntica controvrsia 14.13.5 Mltiplos recursos especiais sobre idntica controvrsia 14.13.6 Efeitos dos recursos extraordinrio e especial 14.13.7 Questes processuais atinentes aos recursos extraordinrio e especial 14.13.8 Sinopse das semelhanas e diferenas na regulamentao dos recursos extraordinrio e especial 38. 14.14 Agravo (art. 544 do Cdigo de Processo Civil, alterado pela Lei 12.322/ 2010) 14.14.1 Consideraes gerais 14.14.2 Prazo 14.14.3 Procedimento 14.15 Agravo interno (art. 545 do CPC, alterado pela Lei 12.322/2010, e Resoluo do STF 451/2010) 14.16 Embargos de divergncia (art. 29 da Lei 8.038/1990) 14.16.1 Consideraes gerais 14.16.2 rgo julgador 14.17 Recurso ordinrio em matria criminal (arts. 102, II, e 105, II, da CF e arts. 30 a 32 da Lei 8.038/1990) 14.17.1 Cabimento 14.17.2 Processamento do recurso ordinrio para o STF 14.17.3 Processamento do recurso ordinrio para o STJ 14.18 Questes 15. HABEAS CORPUS, REVISO CRIMINAL, MANDADO DE SEGURANA, CORREIO PARCIAL E RECLAMAO 15.1 Habeas corpus 15.1.1 Significado da expresso e origem histrica 15.1.2 Conceito, natureza jurdica e classificao 15.1.3 O constrangimento ilegal 15.1.3.1 Quando no houver justa causa (art. 648, I) 15.1.3.2 Quando algum estiver preso por mais tempo do que determina a lei (art. 648, II) 15.1.3.3 Quando quem ordenar a coao no tiver competncia para faz-lo (art. 648, III) 15.1.3.4 Quando houver cessado o motivo que autorizou a coao (art. 648, IV) 15.1.3.5 Quando no for algum admitido a prestar fiana, nos casos em que a lei a autoriza (art. 648, V) 15.1.3.6 Quando o processo for manifestamente nulo (art. 648, VI) 15.1.3.7 Quando extinta a punibilidade (art. 648, VII) 15.1.4 Sujeitos do habeas corpus 15.1.5 Petio do habeas corpus 15.1.6 Possibilidade de liminar 15.1.7 Habeas corpus contra indeferimento de liminar em outro habeas corpus 39. 15.1.8 Processamento do habeas corpus impetrado perante o Juiz de Direito 15.1.9 Processamento do habeas corpus impetrado perante os Tribunais de Justia e Tribunais Regionais Federais 15.1.10 Processamento do habeas corpus impetrado perante os Tribunais Superiores 15.1.11 Competncia 15.1.12 Reiterao do habeas corpus 15.1.13 Habeas corpus como meio hbil invalidao de provas consideradas ilcitas 15.1.14 Habeas corpus e trancamento ou anulao da ao penal imputativa de crime no punido com priso 15.1.15 Habeas corpus substitutivo de via ordinria recursal 15.1.16 Habeas corpus e priso administrativa 15.1.17 Habeas corpus e punio disciplinar militar 15.1.18 Habeas corpus e estado excepcional (stio) 15.1.19 Outras questes relevantes envolvendo o habeas corpus 15.2 Reviso criminal 15.2.1 Conceito, natureza jurdica e pressupostos 15.2.2 Cabimento 15.2.3 Dilao probatria 15.2.4 Legitimidade para o ajuizamento 15.2.5 Ausncia de prazo para o ingresso 15.2.6 Competncia para julgamento 15.2.7 A reviso criminal e o reconhecimento de nulidades 15.2.8 Consequncias jurdicas da procedncia da reviso criminal 15.2.9 Reconhecimento ao direito de indenizao na deciso que julgar procedente a reviso criminal 15.2.10 Reviso criminal no mbito dos Juizados Especiais Criminais 15.2.11 Outras questes relevantes atinentes reviso criminal 15.3 Mandado de segurana 15.3.1 Consideraes gerais 15.3.2 Vedaes ao uso do mandado de segurana 15.3.3 Competncia para o processo e julgamento 15.3.4 Natureza jurdica, forma e prazo 15.3.5 Procedimento 15.3.6 Recursos em relao s decises de mrito proferidas em sede de mandado de segurana 40. 15.3.7 Hipteses comuns de impetrao do mandado de segurana criminal 15.4 Correio parcial 15.4.1 Consideraes gerais 15.4.2 Prazo 15.4.3 Efeitos 15.4.4 Legitimidade 15.4.5 Procedimento 15.5 Reclamao 15.5.1 Consideraes gerais 15.5.2 Prazo 15.5.3 Forma 15.5.4 rgo Julgador 15.6 Questes 16. RELAES JURISDICIONAIS COM AUTORIDADES ESTRANGEIRAS 16.1 Consideraes gerais 16.2 Cartas rogatrias 16.2.1 Disciplina, conceito e regulamentao 16.2.2 Processamento 16.2.3 A carta rogatria para inquirio de testemunhas 16.2.4 A carta rogatria para citao do ru 16.3 Homologao de sentenas estrangeiras 16.3.1 A sentena estrangeira sujeita homologao 16.3.2 Requisitos para homologao 16.3.3 Legitimidade para o requerimento de homologao 16.3.4 Competncia para a homologao 16.3.5 Processamento do pedido de homologao 16.3.6 Natureza jurdica da sentena de homologao 16.3.7 Desnecessidade de homologao BIBLIOGRAFIA GABARITOS 41. INTRODUO AO PROCESSO PENAL. SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS. PRINCPIOS PROCESSUAIS PENAIS E CONSTITUCIONAIS Sumrio: 1.1 Introduo ao processo penal: 1.1.1 Consideraes gerais; 1.1.2 O processo penal; 1.1.3 Contedo do processo penal; 1.1.4 Fontes do direito processual penal 1.2 Sistemas processuais penais: 1.2.1 Sistema acusatrio; 1.2.2 Sistema inquisitivo; 1.2.3 Sistema misto ou inquisitivo garantista; 1.2.4 Quadro comparativo; 1.2.5 Sistema processual penal adotado no Brasil; 1.2.6 Temas controvertidos luz do sistema acusatrio 1.3 Princpios processuais penais e constitucionais: 1.3.1 Princpio da verdade real; 1.3.2 Princpio ne procedat judex ex officio ou da iniciativa das partes; 1.3.3 Princpio do devido processo legal; 1.3.4 Vedao utilizao de provas ilcitas; 1.3.5 Princpio da presuno de inocncia ou de no culpabilidade ou estado de inocncia; 1.3.6 Princpio da obrigatoriedade de motivao das decises judiciais; 1.3.7 Princpio da publicidade; 1.3.8 Princpio da imparcialidade do juiz; 1.3.9 Princpio da isonomia processual; 1.3.10 Princpio do contraditrio; 1.3.11 Princpio da ampla defesa; 1.3.12 Princpio do duplo grau de jurisdio; 1.3.13 Princpio do juiz natural; 1.3.14 Princpio do promotor natural; 1.3.15 Outros princpios que informam o processo penal 1.4 Questes. 1.1 INTRODUO AO PROCESSO PENAL 1.1.1 Consideraes gerais O art. 1., pargrafo nico, da Magna Carta, ao estabelecer que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituio, adotou o entendimento de que o Estado no um poder institucionalizado, mas sim o titular de um poder, que decorre da sociedade, pertence a esta e em seu benefcio dever ser exercido. Esse poder, que inerente ao ente estatal, contudo, no absoluto, encontrando limitaes no direito, considerado lato sensu como o conjunto de normas jurdicas que compem o ordenamento. O direito limita e disciplina o poder do Estado, evitando a prtica de atos arbitrrios ou atentatrios s liberdades e garantias individuais consagradas no prprio texto da Constituio. Neste contexto que surge o processo, como o instrumento determinado pelo direito por meio do qual o Estado poder exercer o poder jurisdicional que lhe foi conferido. 42. 1.1.2 O processo penal Na esfera penal, a trilogia composta pelos elementos poder-direito-processo apresenta direta relao com o exerccio do direito de punir do Estado. O jus puniendi, enfim, ser ao mesmo tempo a decorrncia lgica e o objetivo principal do poder estatal, exercido por meio de um processo disciplinado por normas e princpios jurdicos. Basta observar que, se uma pessoa realizar determinada conduta descrita em um tipo penal incriminador, a consequncia desta prtica ser o surgimento para o Estado do poder-dever de aplicar-lhe a sano correspondente. Essa aplicao no poder ocorrer revelia dos direitos e garantias fundamentais do indivduo, sendo necessria a existncia de um instrumento que, voltado busca da verdade real, possibilite ao imputado contrapor-se pretenso estatal. Aqui surge, ento, o processo penal, como instrumento destinado realizao do jus puniendi do Estado e cujo desenvolvimento ser regido por um conjunto de normas, preceitos e princpios que compem o direito processual. 1.1.3 Contedo do processo penal Se, por um lado, a finalidade do processo possibilitar ao Estado a satisfao do jus puniendi e, por outro, a realizao desse direito de punir est condicionada observncia de garantias que permitam ao imputado opor-se pretenso punitiva estatal, conclui-se que, para alcanar validamente seu desiderato e atingir o fim a que se destina, o processo dever ter desenvolvimento regular, o que compreende: a) Instaurao de uma relao jurdica processual triangularizada pelo juiz (como sujeito processual imparcial a quem compete a soluo da lide) e pelas partes (acusao no polo ativo e defesa no polo passivo). Define-se, assim, relao jurdica como o vnculo que se estabelece entre os sujeitos que, no processo, ocupam posies distintas e aos quais assistem faculdades, direitos e obrigaes. b) A realizao de uma sequncia ordenada de atos, chamada de procedimento, a qual abrange, necessariamente, a formulao de uma acusao (pblica ou privada), o exerccio do direito de defesa, a produo das provas requeridas pelos polos acusatrio e defensivo e a deciso final. 43. Importante ter em vista que, tanto na relao jurdica estabelecida entre os sujeitos distintos quanto no procedimento propriamente dito, devero incidir os princpios processuais penais constitucionais, assecuratrios de garantias como a do contraditrio, da ampla defesa, do devido processo legal, da publicidade dos atos, de ser julgado o ru por juiz com competncia previamente definida a partir de normas jurdicas gerais (juiz natural) etc. 1.1.4 Fontes do direito processual penal Por fontes do direito entende-se a origem e a forma como se exteriorizam as normas, os preceitos e os princpios jurdicos que informam o processo penal e cuja observncia condio para o seu desenvolvimento regular. Segundo a concepo mais aceita, classificam-se em fontes materiais e fontes formais. a ) Fontes materiais, tambm chamadas de fontes substanciais ou fontes de produo, correspondem s entidades ou sujeitos aos quais incumbe a gerao de normas jurdicas sobre determinadas matrias. Trata-se de quem tem competncia para produzir a norma. No mbito do direito processual penal, fonte material por excelncia a Unio, j que o art. 22, I, da CF estabelece a ela competir, privativamente, a disciplina dessa ordem de matria. A referncia Unio, aqui, abrange tanto a competncia do Legislativo quanto do Executivo, pois, embora, como regra, seja do Congresso Nacional a atribuio para editar leis que versem sobre processo penal, no se pode esquecer que o Poder Executivo possui atribuio para celebrar tratados, convenes e atos internacionais, os quais, depois de referendados pelo mesmo Congresso, tero fora de lei (art. 84, VIII, da CF). Alm disso, tambm os Estados, excepcionalmente, podero criar leis que tratem de questes especficas de processo penal, desde que haja autorizao da Unio por meio de Lei Complementar, conforme dispe o art. 22, pargrafo nico, da CF1. Isto ocorre porque a competncia privativa, ao contrrio da competncia exclusiva, pode ser delegada. Reforando a afirmao de que a Unio Federal no a nica fonte material de direito processual penal, estabelece, ainda, o art. 24 da CF que lhe compete, bem como aos Estados e ao Distrito Federal, legislar, concorrentemente, entre outras vertentes, sobre: Direito penitencirio (inciso I): lgico que este permissivo no implica facultar s Unidades Federadas legislar sobre execuo penal, matria esta que, por versar sobre Direito Penal e Direito Processual Penal, sujeita competncia privativa da Unio (art. 22, I). Logo, o que se autoriza por meio do art. 24, I, da CF que normas estaduais disciplinem questes relativas organizao e funcionamento dos estabelecimentos prisionais, bem como sobre assuntos que a lei federal tenha reservado complementao por lei estadual. o caso, por exemplo, do regime disciplinar diferenciado, que poder ser regulamentado pelos Estados e pelo Distrito Federal, nos termos e limites estabelecidos pelo art. 5. da Lei (federal) 10.792/20032. Procedimentos em matria processual (inciso XI): Em razo da amplitude do dispositivo, preciso cautela na respectiva interpretao, de forma a harmoniz-la com o art. 22, I, da Lex Fundamentalis. Em verdade, no tocante disciplina de procedimentos em matria processual, a competncia concorrente que se visualiza entre a Unio, Estados-membros e Distrito Federal , unicamente, aquela que visa a preencher lacunas deixadas pela legislao federal, sempre atendidas as normas gerais por esta impostas. Exemplo tpico de atividade legislativa que poderia amoldar-se ao caso em exame ocorreu, embora antes da vigncia da Carta de 1988, nos Estados de So Paulo (arts. 93 a 96 do Decreto-lei Complementar 3/1969) e do Rio Grande do Sul (art. 195 da Lei Estadual 7.356/1980), entre outros, que normatizaram por meio de diplomas estaduais o procedimento da correio parcial. Ora, essa via impugnativa foi prevista pela Lei Federal 1.533/1951 (hoje revogada pela Lei 12.016/2009), que dispunha no ser cabvel o mandado de segurana contra deciso judicial passvel de recurso ou correio (art. 5., II), e, 44. tambm, na Lei 5.010/1966, ao cuidar da organizao da Justia Federal (art. 6., I). Entretanto, um e outro diploma apenas consagraram a correio parcial de modo genrico, sem estatuir prazo para sua deduo nem rito de tramitao. Neste contexto foi que os mencionados Estados disciplinaram o respectivo procedimento por meio de normatizaes locais, suprindo espao em branco deixado pela legislao federal. b) Fontes formais, rotuladas, ainda, de fontes de revelao, de cognio ou de conhecimento, traduzem as formas pelas quais o direito se exterioriza. Classificam-se em fontes formais imediatas ou diretas e fontes formais mediatas ou indiretas. Como fontes formais imediatas ou diretas compreendem-se as leis, assim compreendido todo e qualquer dispositivo editado pelo poder pblico, entre os quais: A Constituio Federal: com a promulgao da Constituio Federal de 1988, erigiram-se categoria de direitos fundamentais algumas normas e princpios que poderiam estar inseridos, unicamente, no texto de diplomas infraconstitucionais. A proteo intimidade, prevista no art. 5., X, da CF; a tutela do domiclio, incorporada ao art. 5., XI, da CF; o sigilo das interceptaes telefnicas, dispondo o art. 5., XII, da CF que estas apenas podero ser interceptadas mediante autorizao judicial, nas situaes previstas em lei; a garantia do contraditrio, assegurada no art. 5., LV, da CF; a inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilcitos, consagrada no art. 5., LVI, da CF; e as limitaes impostas priso do indivduo, dispondo o art. 5., LXI, que tal segregao apenas poder ocorrer mediante ordem judicial, salvo hiptese de flagrante ou de transgresses militares, so exemplos dessa constitucionalizao do direito processual penal, que, nos casos citados, no foi imprpria, pois em todos eles as regras positivadas pelo legislador constituinte possuem um contedo assecuratrio de direitos (direito liberdade, intimidade, ampla defesa etc.), justificando-se, portanto, sua insero no texto constitucional a ttulo de garantias. A legislao infraconstitucional: trata-se, normalmente, das leis editadas pelo Congresso Nacional, em face da competncia privativa da Unio para legislar sobre processo penal (art. 22, I, CF). No entanto, como vimos, excepcionalmente essa disciplina pode ter origem em regulamentao das Unidades Federadas, ou seja, dos Estados-membros e do Distrito Federal, quando ocorrentes as hipteses de competncia concorrente previstas no art. 24, I (direito penitencirio), IV (custas dos servios forenses), X (processo do juizado de pequenas causas) e XI (procedimentos em matria processual). Os tratados, convenes e regras de direito internacional: estas normatizaes so admitidas como fonte formal de direitos, no art. 5., 2. e 3., da Constituio Federal, ao dispor que os direitos e garantias expressos nesta Constituio no excluem outros decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte e que os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais. Por outro lado, como fontes formais mediatas ou indiretas compreendem-se os princpios gerais de direito, a analogia, os costumes, a doutrina, o direito comparado e a jurisprudncia. Assim: A doutrina: consiste na opinio manifestada pelos operadores do direito ou estudiosos sobre determinado tema. Apesar de no possuir fora vinculativa, exerce grande influncia no apenas no processo legislativo de elaborao das leis, como tambm na aplicao das normas da resultantes. Os princpios gerais de direito: exteriorizam-se, muitas vezes, por meio dos brocardos jurdicos, v.g., o direito no socorre aos que dormem; a ningum lcito alegar sua prpria torpeza; o ru no poder ser obrigado autoincriminao; oua-se tambm a outra parte; o juiz conhece o direito etc. Trata-se de regras que, apesar de no estarem escritas, mostram-se presentes e informam o sistema jurdico. O direito comparado: embora, normalmente, no possuam aplicao no territrio brasileiro, as normas jurdicas existentes em outras naes muitas vezes fornecem subsdios importantes para a soluo de problemas comuns a vrios pases, inclusive inspirando a produo de leis sobre assuntos especficos. A analogia: consiste em estender a um caso no previsto aquilo que o legislador previu para um outro caso, desde que em igualdade de condies. Justifica-se o seu uso uma vez que, em face da infinidade de condutas humanas, jamais ser possvel ao ordenamento jurdico estabelecer uma previso normativa que discipline e esgote cada uma delas. No se deve confundir analogia com interpretao extensiva. Na analogia, reitere-se, no existe norma reguladora do caso concreto, sendo aplicada norma pertinente hiptese semelhante. o caso, por exemplo, de o Ministrio Pblico, ao oferecer denncia, no formular a 45. proposta de suspenso condicional do processo a que alude o art. 89 da Lei 9.099/1995, podendo faz-lo. No concordando com essa atitude, dever o juiz aplicar, por analogia, o art. 28 do CPP, ou seja, encaminhar os autos ao Procurador-Geral de Justia para que este delibere. Este, a propsito, o teor da Smula 696 do STF ao dispor que, reunidos os pressupostos legais permissivos da suspenso condicional do processo, mas se recusando o Promotor de Justia a prop-la, o Juiz, dissentindo, remeter a questo ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Cdigo de Processo Penal. J na interpretao extensiva existe uma norma que regula o caso concreto, porm sua eficcia limitada a outra hiptese, razo pela qual necessrio ampliar seu alcance. Como exemplo, ilustre-se a situao em que o juiz tenha realizado, ex officio, a proposta do art. 89 da Lei 9.099/1995 ao ru, sendo ela aceita. Ora, contra essa deciso, entende-se possvel a deduo de recurso em sentido estrito por interpretao extensiva do art. 581, XVI, do CPP, que prev seu cabimento contra a deciso que ordenar a suspenso do processo em virtude de questo prejudicial cvel (hiptese distinta, portanto). No se trata, como se v, de analogia, pois aqui existe norma reguladora do recurso cabvel diante da situao ftica operada, qual seja, a suspenso do processo criminal. Todavia, como essa norma concerne a fundamento de suspenso distinto do que est em anlise refere-se suspenso em face de questo prejudicial , torna-se necessrio estender o seu alcance de forma a permitir a interposio do RSE tambm em razo da suspenso do processo provocada pela aplicao do art. 89 da Lei 9.099/1995. Em sntese: EXEMPLODEANALOGIA: Casoconcreto:No oferecimento,pelo promotor dejustia,dapropostadesuspenso condicionaldo processo ao ru. Hnormareguladoradamedidacabvelarespeitodessaposturadopromotor?No. Hnormareguladoradehipteseconcretadistinta? Sim, consubstanciadano art. 28 do CPP, contemplando hiptesenaqual o juiz no concordecom apostura do promotor de justia em promover o inqurito policial. Dispe esse artigo que, nesse caso, dever o juiz encaminhar os autos ao Procurador-Geral de Justia, para que delibere. Soluo:Aplicao deanalogiaao art.28do CPP,possibilitando-seao juiz aplicar estedispositivo asituao concretadistintadaneleprevista. EXEMPLODEINTERPRETAOEXTENSIVA: Casoconcreto:Suspenso do processo criminalpelo juiz. H norma reguladora da medida cabvel a respeito dessa postura do juiz? Sim.Trata-se do art. 581, XVI, que refere o cabimento do recurso em sentido estrito contra a deciso que ordenar a suspenso do processo. Contudo, essa disposio restritiva, pois limita o cabimento do RSE hiptese em que tal suspenso decorrer do reconhecimento dequesto prejudicial,no abrangendo asituao retratadano exemplo. Hnormareguladoradehipteseconcretadistinta?Aqui,irrelevanteestaindagao,emfacedearespostaanterior ter sido positiva. Soluo: Aplicao de interpretao extensiva ao art. 581, XVI, possibilitando-se ao promotor valer-se do recurso nele previsto mediante ampliao (extenso) da hiptesedecabimento previstanaqueledispositivo. Os costumes: so regras de conduta reiterada (elemento externo), s quais se agrega uma conscincia de obrigatoriedade (elemento interno). No direito processual penal, os costumes so denominados de praxe forense, e podem ser secundum legem (de acordo com a lei), praeter legem (suprem lacunas da lei) e contra legem (contra a lei), salientando-se quanto a estes ltimos que, em regra, vedada sua aplicao, salvo em hipteses de absoluta inaplicabilidade ou de total desuso da norma jurdica. Exemplo 1:Ao contrrio do que ocorre com determinadas categorias de parentes do ru (art. 206 do CPP), inexiste previso legal de que parentes do ofendido (pai, me, irmo etc.) sejam dispensados de prestar compromisso como testemunhas. No obstante, na praxe forense, so eles, normalmente, ouvidos como informantes, dispensando-lhes o juiz a formalidade do art. 203 do CPP3, em face da provvel ausncia de iseno no depoimento. Trata-se de costume praeter legem, que supre uma lacuna do art. 206 do CPP. Exemplo 2: O Cdigo de Processo Penal, antes da Lei 11.690/2008, no que concerne ao juiz, no estabelecia o momento em que, na audincia de instruo, este deveria realizar perguntas s testemunhas arroladas pelas partes, ou seja, se antes ou depois destas. Diante desta lacuna, a maioria dos magistrados adotava a praxe (costume praeter legem) de iniciar os questionamentos e, depois, passar a palavra s partes. Entretanto, a atual redao do art. 212 do CPP determinada pela Lei 11.690/2008 veio a estabelecer que, na inquirio de testemunhas, as partes formularo as perguntas e somente aps o juiz complementar a inquirio, elaborando questionamentos sobre os pontos no esclarecidos (art. 212, pargrafo nico, do CPP). Apesar disso, muitos magistrados persistem aplicando o sistema anterior, ignorando a norma expressa. Com isso, esto se valendo de costume contra legem, de aplicao temerria ao caso, o que pode conduzir ao reconhecimento de futuras 46. nulidades processuais. A jurisprudncia: o entendimento consubstanciado em decises judiciais reiteradas sobre um determinado assunto. Embora se trate de importante fonte de direito, inegvel que, em muitos casos, a divergncia de tratamento conferida pelos Tribunais sobre um mesmo tema fator de insegurana jurdica. Por isso, preocupou-se o legislador em instituir determinados mecanismos visando a solucionar os impasses que da emergem, v.g., o recurso especial fundado na divergncia jurisprudencial (art. 105, III, c, da CF) e os embargos de divergncia (art. 29 da Lei 8.038/1990). Tema bastante controvertido na doutrina refere-se ao correto enquadramento das smulas vinculantes, isto , se devem ser classificadas como fontes formais imediatas ou como fontes formais mediatas. O instituto da smula vinculante foi inserido no sistema jurdico brasileiro pelo art. 103-A da CF (regulamentado pela Lei 11.417/2006), ao dispor que o Supremo Tribunal Federal poder, de ofcio ou por provocao, mediante deciso de dois teros dos seus membros, aps reiteradas decises sobre matria constitucional, aprovar smula que, a partir de sua publicao na imprensa oficial, ter efeito vinculante em relao aos demais rgos do Poder Judicirio e administrao pblica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder sua reviso ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. Com esta normatizao, pretendeu o legislador evitar a divergncia de entendimentos entre rgos do Poder Judicirio ou entre estes e a Administrao Pblica, em hipteses nas quais estiver em discusso tema constitucional j enfrentado e decidido por meio de smula do Pretrio Excelso. Destarte, a deciso do Supremo cristalizada no verbete sumulado dever ser obedecida, em carter cogente, tanto pelos tribunais e juzes quanto pelos agentes do Poder Executivo. Caso descumprida a smula vinculante, a soluo para o impasse est prevista no prprio texto constitucional, ex vi do art. 103-A, 3., contemplando a reclamao como remdio cabvel para garantir a autoridade do enunciado. Neste contexto, na medida em que obriga os destinatrios mencionados no dispositivo constitucional citado a seguirem o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal, parte da doutrina passou a considerar esse tribunal como fonte material4 do direito e a smula vinculante como uma nova fonte formal imediata, afastando a mxima antes vigorante no sentido de que apenas o texto positivado na legislao poderia ser considerado como tal. No obstante, existe orientao em sentido oposto, qual seja a de que, apesar de vinculante, tal ordem de enunciado no possui fora de lei, devendo ser classificado como fonte formal mediata, mesmo porque no emana do Poder Legislativo, apenas retratando a jurisprudncia consolidada pela maioria de dois teros (voto de oito Ministros) do STF5. Em que pesem as divergncias, este ltimo entendimento parece dominante na doutrina. Esquema: Fontes do Processo Penal 47. 1.2 SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS No direito comparado, so encontradas trs espcies de sistemas processuais (tipos de processo penal): sistema acusatrio, sistema inquisitivo e sistema misto. 1.2.1 Sistema acusatrio Prprio dos regimes democrticos, o sistema acusatrio caracteriza-se pela distino absoluta entre as funes de acusar, defender e julgar, que devero ficar a cargo de pessoas distintas. Chama- se acusatrio porque, luz deste sistema, ningum poder ser chamado a juzo sem que haja uma acusao, por meio da qual o fato imputado seja narrado com todas as suas circunstncias. Asseguram-se ao acusado o contraditrio e a ampla defesa. Como decorrncia destes postulados, garante-se defesa o direito de manifestar-se apenas depois da acusao, exceto quando quiser e puder abrir mo desse direito. A tramitao da ao penal ocorrer em estrita observncia do modelo legal (procedimento) consagrado em lei. Como regra, sero pblicos os atos processuais, o que apenas ressalvado em hipteses expressamente previstas. Quanto produo probatria, de incumbncia das partes, descabendo ao juiz substituir-se a elas no intuito de buscar a comprovao de fatos que, apesar de articulados, no tenham sido demonstrados pelos interessados. Outra nota importante refere-se garantia da isonomia processual, significando que acusao e defesa devem estar em posio de equilbrio no processo, sendo-lhes asseguradas idnticas oportunidades de interveno e igual possibilidade de acesso aos meios pelos quais podero demonstrar a verdade do que alegam. Considerando que as bases do sistema acusatrio incluem a rigorosa observncia das garantias constitucionais do acusado, este, como regra, responder o processo em liberdade, exceto na 48. hiptese em que atos, fatos ou circunstncias relacionados ao seu comportamento e natureza do delito imputado demonstrarem a necessidade de sua segregao provisria. 1.2.2 Sistema inquisitivo Tpico dos sistemas ditatoriais, contempla um processo judicial em que podem estar reunidas na pessoa do juiz as funes de acusar, defender e julgar. No sistema inquisitivo, no existe a obrigatoriedade de que haja uma acusao realizada por rgo pblico ou pelo ofendido, sendo lcito ao juiz desencadear o processo criminal ex officio. Nesta mesma linha, faculta-se ao magistrado substituir-se s partes e, no lugar destas, determinar, tambm por sua conta, a produo das provas que reputar necessrias para elucidar o fato. O acusado, praticamente, no possui garantias no decorrer do processo criminal (ampla defesa, contraditrio, devido processo legal etc.), o que d margem a excessos processuais. Exatamente por isso, em regra, o processo no pblico, sendo carter sigiloso atribudo pelo juiz por meio de ato discricionrio seu e margem de fundamentao adequada. No se fala em paridade de armas, sendo ntida a posio de desigualdade entre as partes. Na verdade, a prpria defesa do ru bastante restrita, no lhe sendo assegurado, ao contrrio do que ocorre no modelo acusatrio, o direito de manifestar-se depois da acusao para refutar provas e argumentos trazidos ao processo pelo acusador. Como no h a presuno de inocncia, apresenta-se menos complexa, em termos de requisitos e pressupostos legais, a decretao da priso provisria do ru no curso da ao penal, circunstncia esta que faz com que, em grande parte dos casos, permanea o ru preso durante o sumrio da culpa. 1.2.3 Sistema misto ou inquisitivo garantista Classicamente, define-se sistema processual misto como um modelo processual intermedirio entre o sistema acusatrio e o sistema inquisitivo. Isso porque, ao mesmo tempo em que h a observncia de garantias constitucionais, como a presuno de inocncia, a ampla defesa e o contraditrio, mantm ele alguns resqucios do sistema inquisitivo, a exemplo da faculdade que assiste ao juiz quanto produo probatria ex officio e das restries publicidade do processo que podem ser impostas em determinadas hipteses. Na medida em que resulta de uma fuso entre as caractersticas dos outros dois modelos, o sistema misto, na atualidade, vem sendo chamado tambm de inquisitivo garantista. 1.2.4 Quadro comparativo As diferenas entre os sistemas processuais penais e as caractersticas de cada um deles podem ser visualizadas com maior preciso mediante o estudo comparativo. Observe-se, para tanto, o seguinte grfico: SISTEMA SISTEMA SISTEMA 49. CARACTERSTICAS ACUSATRIO INQUISITIVO MISTO Diviso defunes H clara diviso entre as funes de acusar, defendere julgar, incumbindo cada uma destas condutas a umsujeito processual distinto. O juizpode exerceras funes de acusar, defendere julgar, indistintamente. H diviso entre as funes de acusar, defendere julgar. Entretanto, ao juiz lcito, emdeterminadas situaes, substituir-se s partes, ora praticando atos prprios de acusador, ora incorporando postura de defensor. Garantiasdedefesa Asseguram-se ao ruas garantias do contraditrio e da ampla defesa. O runo possuias garantias do contraditrio e da ampla defesa. H contraditrio e direito defesa. A maior oumenorintensidade destas garantias, porm, depende das peculiaridades legais e constitucionais de cada Pas. Isonomiaprocessual As partes encontram-se emsituao de equilbrio processual. No h paridade de armas, privilegiando-se os interesses da acusao. Emlinhas gerais, h isonomia processual. Entretanto, essa isonomia relativizada, detectando-se, emalguns casos, a ocorrncia de privilgios processuais, ora emrelao acusao, ora emrelao defesa. Publicidadedo processo Os atos processuais, emregra, so pblicos. O segredo de justia exceo, admitido por deciso fundamentada, nos casos previstos emlei. Os atos processuais, emregra, no so pblicos, podendo o juizimporsigilo ao processo porato discricionrio seu, independentemente de fundamentao. Emregra, os atos processuais so pblicos. Todavia, eventualmente podero ser praticados emsegredo de justia, porato motivado do juiz, no sendo imprescindvel a existncia de previso legalneste sentido. Manifestao daspartes A defesa dever se manifestaraps a acusao, podendo refutarargumentos e contrariarprovas trazidos ao processo pelo acusador. No assegurado defesa o direito de se manifestarquanto aos elementos que a acusao trouxerao processo. Prevalecendo os interesses da acusao, as provas por esta produzidas no estaro sujeitas, necessariamente, anlise do defensor. defesa deve seroportunizado o direito de manifestar-se aps a acusao, a fimde podercontrapor-se aos argumentos e elementos de convico que aquela trouxer ao processo. Produo dasprovas Incumbe, primordialmente, acusao e defesa a produo das provas para a comprovao dos fatos que alegam. Sem embargo, o juiz, buscando a verdade real, no fica proibido de produzirprovas ex officio, o que pode ocorrer excepcionalmente e desde que no implique emsubstituir-se ele no papeldas partes. O juizpossuiampla liberdade para produo de provas, normalmente substituindo-se s partes nessa funo, emespecialno que toca produo da prova acusatria. s partes incumbe, emtese, a produo de provas quanto aos fatos que alegam. Contudo, o juiztambmpossuiessa liberdade, podendo substitu-las nessa funo sempre que julgaradequado ou necessrio assimproceder. Priso eliberdadeprovisrias Presume-se a inocncia do ru. Destarte, como regra, dever ele respondero processo emliberdade, salvo se ocorrem motivos que justifiquema decretao de sua priso preventiva. Presume-se a culpa do ru. Assim, a liberdade provisria passa a consistir, praticamente, emexceo, sendo bastante simples e corriqueira a decretao da priso provisria do acusado. No se presume a culpa, embora isto no signifique, necessariamente, que haja uma presuno de inocncia. No sistema misto, tudo depende da realidade de cada Pas e da respectiva legislao. Emregra, o ru dever respondero processo emliberdade. No obstante, admite-se a sua segregao provisria no s diante do surgimento de pressupostos equivalentes aos que, no Brasil, conduzem priso preventiva, como tambmemface da prolatao de determinadas decises pelo juiz. 1.2.5 Sistema processual penal adotado no Brasil O tema relativo ao sistema processual penal adotado no Brasil controvertido, no havendo posio uniforme a respeito. A doutrina e a jurisprudncia majoritria apontam o sistema 50. acusatrio. Entretanto, h orientao em sentido oposto, compreendendo no direito brasileiro o sistema misto ou inquisitivo garantista. Para o