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PATRICK PIRES ALVIM GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO Trabalho apresentado ao curso MBA em Gerenciamento de Projetos, Pós-Graduação lato sensu, Nível de Especialização, do Programa FGV Management da Fundação Getulio Vargas, como pré-requisito para a obtenção do Titulo de Especialista. Edmarson Bacelar Mota Coordenador Acadêmico Executivo MSc. Marco Túlio Rodrigues Costa Orientador Ipatinga – MG 2013

GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

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PATRICK PIRES ALVIM

GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA

DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

Trabalho apresentado ao curso MBA em

Gerenciamento de Projetos, Pós-Graduação lato

sensu, Nível de Especialização, do Programa

FGV Management da Fundação Getulio

Vargas, como pré-requisito para a obtenção do

Titulo de Especialista.

Edmarson Bacelar Mota

Coordenador Acadêmico Executivo

MSc. Marco Túlio Rodrigues Costa

Orientador

Ipatinga – MG

2013

Page 2: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

PROGRAMA FGV MANAGEMENT

MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

O Trabalho de Conclusão de Curso

Gerenciamento do Escopo de Projeto de Sistema de Detecção, Alarme e Combate a

incêndio

elaborado por Patrick Pires Alvim e aprovado pela Coordenação Acadêmica, foi aceito como

pré-requisito para a obtenção do certificado do Curso de Pós-Graduação lato sensu MBA em

Gerenciamento de Projetos, Nível de Especialização, do Programa FGV Management.

Data da Aprovação: Ipatinga, 19 de novembro de 2013.

Edmarson Bacelar Mota

Coordenador Acadêmico Executivo

MSc. Marco Túlio Rodrigues Costa

Orientador

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TERMO DE COMPROMISSO

O aluno Patrick Pires Alvim, abaixo assinado, do curso de MBA em Gerenciamento de

Projetos, Turma GP04-Ipatinga do Programa FGV Management, realizado nas dependências

da instituição conveniada Target Business School (TBS), no período de 28/11/2011 a

20/09/2013, declara que o conteúdo do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado

Gerenciamento do Escopo de Projeto de Sistema de Detecção, Alarme e Combate a incêndio,

é autêntico e original.

Ipatinga, 19 de novembro de 2013.

Patrick Pires Alvim

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Primeiramente a Deus, para meus pais, namorada, amigos e professores.

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RESUMO

Neste trabalho foi realizado o estudo e análise do Gerenciamento do Escopo de Projeto de

Sistema de Detecção, Alarme e Combate a incêndio de uma empresa de grande porte do setor

siderúrgico nacional. Após uma revisão bibliográfica do tema abordado, foi realizada toda a

coleta dos dados dos documentos do projeto, em especial a Declaração do escopo do projeto e

dos processos do gerenciamento do projeto utilizados, visando identificar as causas das

indefinições no escopo do produto e do projeto e das mudanças ocorridas.

Palavras Chave: Gerenciamento do Escopo de Projeto; Sistema de Detecção, Alarme e

Combate a incêndio; Declaração do Escopo; Indefinições no escopo.

Page 6: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

ABSTRACT

On this paper was made a study and analysis of the Project Scope Management of Detection,

alarm and firefighting System in a large company of national steel sector. After a

bibliographical review of the issue, was made all the data collection on the project's

documents, in particular the Statement of work and the project management processes used to

identify the causes of indefiniteness on the scope of the product and the project and its

changes.

Key Words: Project Scope Management; Detection, alarm and firefighting System;

Statement of work; Scope indefiniteness.

Page 7: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais Antônio e Neuza, pela educação e o apoio ao longo desta caminhada.

Agradeço à minha namorada Renata pelo apoio, incentivo e bons momentos que vivenciamos

juntos.

Gostaria de agradecer a todos os professores, amigos e família que contribuíram muito para

mais esta realização.

Agradeço a DEUS por todos os momentos vividos e por ter me guiado nesta caminhada, que

sem dúvida, não se completaria sem a Sua direção.

Page 8: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Problemas que ocorrem com maior frequência nos projetos - Perspectiva geral (Fonte: PMI-BR, 2008) ...................................................................................................................10

Figura 2 – Interação entre os grupos de processos em uma fase ou projeto (Fonte: PMI, 2008) ...............................................................................................................................................12

Figura 3 - Diagrama de fluxo de dados do processo Coletar os requisitos (Fonte: PMI, 2008) .........................................................................................................................................................16

Figura 4 - Diagrama de fluxo de dados do processo Definir o escopo (Fonte: PMI, 2008) ....18

Figura 5 - Exemplo de EAP - Representação gráfica (Fonte: SOTILLE et al., 2010) ..............20

Figura 6 - Diagrama de fluxo de dados do processo Criar a EAP (Fonte: PMI, 2008) ............21

Figura 7 - Diagrama de fluxo de dados do processo Verificar o escopo (Fonte: PMI, 2008) .24

Figura 8 - Exemplo de formulário para solicitação de mudanças no projeto (Fonte: Sotille et al., 2010) .........................................................................................................................................25

Figura 9 - Diagrama de fluxo de dados do processo Controlar o escopo (Fonte: PMI, 2008) 26

Figura 10 - Central de incêndio para sistemas do tipo endereçável (Fonte: Notifier, 2013) ...30

Figura 11 - Área máxima de cobertura do detector pontual de fumaça (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010)...................................................................................................................................31

Figura 12 - Área máxima de cobertura do detector pontual de temperatura (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010) .........................................................................................................................31

Figura 13 – Detector de temperatura (Fonte: Notifier, 2013) .....................................................32

Figura 14 – Sensibilidade do detector de chama em função do ângulo de visão (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010) ..............................................................................................................32

Figura 15 - Distribuição de detectores lineares de fumaça (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010) .........................................................................................................................................................33

Figura 16 - Cabo de detecção linear de temperatura (Fonte: Argus, 2013) .............................33

Figura 17 - Curva Tempo X Densidade de fumaça para detectores de fumaça por amostragem de ar (Fonte: Xtralis, 2013) .....................................................................................34

Figura 18 - Estrutura Analítica do Projeto redefinida resumida (Fonte: Autor) .........................52

Page 9: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Master Plan da empresa SIDEROBRAS no período de 2007 a 2013 em R$ milhões (Fonte: SIDEROBRAS, 2013) .........................................................................................38

Tabela 2 - Escopo do produto – Equipamentos por área (Fonte: SIDEROBRAS, 2009) ........40

Tabela 3 – Critérios de aceitação do sistema (Fonte: SIDEROBRAS, 2009) ..........................42

Tabela 4 – Escopo do produto X Mudanças (Fonte: SIDEROBRAS, 2012) ............................45

Tabela 5 – Estrutura Analítica do Projeto redefinida completa (Fonte: Autor) .........................52

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas CBMMG – Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais EAP – Estrutura analítica do Projeto (do inglês Work breakdown structure ou WBS) PMBOK® – Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (do inglês Project Management Body of Knowledge) PMI – Project Management Institute NR – Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego SDCAI – Sistemas de detecção, combate e alarme a incêndio SDAI – Sistema de detecção e alarme a incêndio SOW – Declaração do escopo do projeto ou simplesmente declaração do escopo ou declaração de trabalho (Statement of work) WBS – Estrutura analítica do Projeto ou EAP (do inglês Work breakdown structure)

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SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................................. 5

ABSTRACT ......................................................................................................................... 6

LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................... 8

LISTA DE TABELAS.......................................................................................................... 9

LISTA DE ABREVIATURAS ........................................................................................... 10

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10

1.1. PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................................ 11

1.2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 11

1.2.1. GERAL ..................................................................................................................... 11

1.2.2. ESPECÍFICOS ............................................................................................................. 11

2. REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 12

2.1. GERENCIAMENTO DE PROJETOS ................................................................................. 12

2.1.1. TERMO DE ABERTURA DO PROJETO (PROJECT CHARTER) ............................................. 13

2.1.2. REGISTRO DAS PARTES INTERESSADAS (STEAKHOLDERS) ............................................ 13

2.2. GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO ............................................................... 14

2.2.1. COLETAR OS REQUISITOS .......................................................................................... 15

2.2.2. DEFINIR O ESCOPO .................................................................................................... 17

2.2.3. CRIAR A EAP (ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO) ................................................. 19

2.2.4. VERIFICAR O ESCOPO ................................................................................................ 23

2.2.5. CONTROLAR O ESCOPO .............................................................................................. 24

Page 12: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

2.3. SISTEMAS DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE DE INCÊNDIO (SDACI) ..................... 27

2.3.1. TIPOS DE SISTEMA DE DETECÇÃO ............................................................................... 28

2.3.2. CONTEÚDO DO PROJETO ............................................................................................ 29

2.3.3. CENTRAL DE INCÊNDIO ............................................................................................. 29

2.3.4. DETECTORES DE INCÊNDIO ........................................................................................ 30

2.3.5. ACIONADORES MANUAIS ........................................................................................... 34

2.3.6. AVISADORES SONOROS E/OU VISUAIS ........................................................................ 34

2.3.7. SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE COMBATE A INCÊNDIO ................................................... 34

2.4. NORMA REGULAMENTADORA BRASILEIRA Nº 23 (NR 23) E CBMMG ...................... 35

2.5. PROTEÇÃO PASSIVA ................................................................................................... 35

3. METODOLOGIA DE PESQUISA ............................................................................. 36

4. COLETA DE DADOS ................................................................................................. 37

4.1. DESCRIÇÃO DAS EMPRESAS ........................................................................................ 37

4.1.1. EMPRESA CONTRATANTE .......................................................................................... 37

4.1.2. EMPRESA CONTRATADA ............................................................................................ 37

4.1.3. O CONTRATO ENTRE AS EMPRESAS ............................................................................ 37

4.2. CONTEXTUALIZAÇÃO E IMPORTÂNCIA DO PROJETO .................................................. 38

4.3. ESCOPO DO PRODUTO E DO PROJETO ......................................................................... 39

4.3.1. DECLARAÇÃO DO ESCOPO DO PROJETO ...................................................................... 39

4.3.1.1. Requisitos do Produto ........................................................................................... 39

4.3.1.2. Escopo do produto e do projeto ............................................................................. 40

4.3.1.3. Premissas e restrições ........................................................................................... 41

4.3.1.4. Exclusões de escopo ............................................................................................. 42

4.3.1.5. Critérios de Aceitação ........................................................................................... 42

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4.4. PROCESSOS DO GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO UTILIZADOS ................... 43

4.4.1. COLETAR OS REQUISITOS (GRUPO DE PROCESSOS DE PLANEJAMENTO) ........................ 43

4.4.2. DEFINIR O ESCOPO (GRUPO DE PROCESSOS DE PLANEJAMENTO) .................................. 43

4.4.3. CRIAR A EAP (GRUPO DE PROCESSOS DE PLANEJAMENTO) ......................................... 44

4.4.4. VERIFICAR O ESCOPO (GRUPO DE PROCESSOS DE MONITORAMENTO E CONTROLE) ....... 44

4.4.5. CONTROLAR O ESCOPO (GRUPO DE PROCESSOS DE MONITORAMENTO E CONTROLE) ..... 44

4.5. OUTRAS INFORMAÇÕES .............................................................................................. 46

5. ANÁLISE DOS DADOS.............................................................................................. 47

5.1. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE INDEFINIÇÕES NO ESCOPO DO PRODUTO E DO PROJETO .. 47

5.2. ANÁLISE DAS MUDANÇAS DE ESCOPO DO PRODUTO E DO PROJETO ............................. 48

5.3. METODOLOGIAS DO GERENCIAMENTO DO ESCOPO QUE CONTRIBUEM PARA

MINIMIZAÇÃO DA INDEFINIÇÃO DO ESCOPO DO PRODUTO E DO PROJETO ............................ 50

5.4. REDEFINIÇÃO DO ESCOPO .......................................................................................... 52

6. CONCLUSÕES ........................................................................................................... 57

REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 59

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1. INTRODUÇÃO

No contexto atual, é de fundamental importância o gerenciamento de projetos. Entende-se que

“a globalização, as tecnologias emergentes, a reestruturação das organizações e a busca pela

eficiência na gestão empresarial tornam o gerenciamento de projetos assunto fundamental

para a continuidade e sobrevivência das organizações” (SOTILLE et al., 2010, p.15).

Um estudo de benchmarketing realizado pela Project Management Institute (Brasil) em 2008,

PMI-BR (2008), revela a importância do gerenciamento do escopo do projeto. Como é

possível observar que as mudanças de escopo constantes e escopo não definido

adequadamente são alguns dos problemas mais frequentes do gerenciamento de projetos,

conforme Figura 1 a seguir. Ainda conforme Xavier (2013) e um estudo de benchmarketing

realizado pela Project Management Institute (seção Rio de Janeiro) em 2004, PMI-BR (2004),

também são problemas produtos mal especificados e expectativa do cliente desalinhada com a

realidade do projeto.

Figura 1 – Problemas que ocorrem com maior frequência nos projetos - Perspectiva geral (Fonte: PMI-BR, 2008)

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11

A importância do gerenciamento do escopo do projeto também se dá devido o fato do mesmo

ser o pilar da elaboração do cronograma, planejamento dos recursos e estimativa dos custos,

conforme pode ser constatado a seguir:

O gerenciamento do escopo do projeto é o processo que garante que o projeto inclui todo o trabalho requerido, e somente o trabalho requerido, para completá-lo com sucesso. O gerenciamento do escopo é a base para o planejamento do projeto e para a criação de sua linha de base, e deve ser conduzido de forma precisa, uma vez que forma a base do trabalho a ser desenvolvido no projeto (e a ser pago pelo cliente) (SOTILLE et al., 2010, p.19).

Visto a importância do gerenciamento do escopo do projeto, este trabalho busca com isto

solucionar o problema de pesquisa proposto. O problema de pesquisa apresentado é real,

porém, por motivo de sigilo, os nomes das empresas foram alterados por nomes fictícios.

1.1. Problema de pesquisa

Como a utilização das melhores práticas do gerenciamento de projetos poderia contribuir para

a minimização da indefinição do escopo do projeto do sistema de detecção, combate e alarme

a incêndio (SDCAI) do contratante, denominado empresa SIDEROBRAS, executado pela

contratada, denominada empresa COMBATESYS, durante a etapa de planejamento e evitar

retrabalhos durante a fase de execução?

1.2. Objetivos

1.2.1. Geral

Identificar as melhores práticas do gerenciamento do escopo de projetos para a minimização

da indefinição do escopo do projeto do Sistema de detecção, combate e alarme a incêndio

(SDCAI) da empresa SIDEROBRAS.

1.2.2. Específicos

- Identificar as indefinições no escopo do produto e do projeto do sistema de detecção,

combate e alarme a incêndio (SDCAI) da empresa SIDEROBRAS;

- Identificar quais metodologias contribui para minimização da indefinição do escopo

do produto;

- Identificar quais metodologias contribui para minimização da indefinição do escopo

do projeto;

- Redefinir o escopo do projeto.

Page 16: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

12

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Gerenciamento de projetos

Primeiramente, antes de aprofundarmos no gerenciamento de projetos, precisamos entender o

que é um Projeto. Segundo o Project Management Institute PMI (2008), projeto é um esforço

de natureza única realizado por período definido buscando a obtenção de um resultado

exclusivo, produto ou serviço.

Conforme o Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos, PMBOK® (do inglês

Project Management Body of Knowledge) PMI (2008), o gerenciamento de projetos é a

utilização de técnicas, ferramentas, informações e competências nas atividades do projeto de

modo a atender aos seus respectivos requisitos e com isto obter o sucesso no projeto.

O gerenciamento de projetos é composto por 42 processos integrados e divididos em 5

grupos, como pode ser visto na Figura 2: iniciação; planejamento; execução; monitoramento e

controle; e encerramento. Como podem ser observados, os processos dos grupos de processos

interagem entre si durante todo o ciclo de vida de uma fase ou do projeto.

Figura 2 – Interação entre os grupos de processos em uma fase ou projeto (Fonte: PMI, 2008)

Ainda conforme PMI, (2004), os processos que compõem os grupos de processos do

gerenciamento de projetos são dividido em nove áreas de conhecimento, sendo elas:

- Gerenciamento de integração do projeto;

- Gerenciamento do escopo do projeto;

- Gerenciamento de tempo do projeto;

Page 17: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

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- Gerenciamento de custos do projeto;

- Gerenciamento da qualidade do projeto;

- Gerenciamento de recursos humanos do projeto;

- Gerenciamento das comunicações do projeto;

- Gerenciamento de riscos do projeto;

- Gerenciamento de aquisições do projeto.

O Gerenciamento do escopo do projeto inicia após a emissão do Termo de abertura do projeto

(Project charter) e do Registro das partes interessadas (steakholders), ambos os documentos

gerados pelos processos de Desenvolver o plano de abertura do projeto e Identificar as partes

interessadas. Estes processos que pertencem ao grupo de processos de iniciação e estão

sitiados nas áreas de conhecimento do Gerenciamento de integração do projeto e

Gerenciamento das comunicações do projeto, respectivamente (PMI, 2008).

Termo de abertura do projeto (Project charter) e do Registro das partes interessadas

(Steakholders) está descrito a seguir:

2.1.1. Termo de abertura do projeto (Project charter)

O Termo de abertura do projeto, que segundo Sotille et al. (2010), é o documento interno da

organização que autoriza oficialmente o início do projeto. Contém informações tais como o

gerente de projetos responsável e seu respectivo nível de autoridade, propósito, justificativas,

objetivos e metas do projeto, descrição da solução com requisitos principais, marcos chave

(custo, prazo, etc.) e critérios de aprovação.

“O termo de abertura do projeto documenta as necessidades do negócio, o entendimento atual

das necessidades do cliente, e o novo produto, serviço ou resultado que pretende satisfazer”

(PMI, 2008, p.72).

2.1.2. Registro das partes interessadas (Steakholders)

Segundo o PMBOK®, (PMI, 2008), é o documento que identifica as partes interessadas que

fornecerão informações sobre os requisitos do projeto e do produto.

De acordo com Chaves et al. (2010), Steakholders são pessoas ou organizações cujos

interesses podem ser afetados positiva ou negativamente pela execução do projeto.

Page 18: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

14

Ainda conforme o PMBOK®, este documento que contem detalhes relativos às partes

interessadas, incluindo, entre outros: informações de identificação; informações de avaliação

e; classificação das partes interessadas.

2.2. Gerenciamento do escopo do projeto

De acordo com o PMBOK®, PMI (2008, p.92), “o gerenciamento do escopo do projeto inclui

os processos necessários para assegurar que o projeto inclui todo o trabalho necessário, e

apenas o necessário, para terminar o projeto com sucesso”. São cinco os processos do

gerenciamento do escopo do projeto que interagem entre si e com as demais áreas de

conhecimento, sendo eles (PMI, 2008):

- Coletar os requisitos – processo de definição e de documentação das necessidades dos

stakeholders ou partes interessadas buscando o objetivo do projeto;

- Definir o escopo – definição detalhada do escopo do produto e do escopo do projeto;

- Criar a EAP (Estrutura analítica do projeto) – também conhecida como WBS (Work

breakdown structure), processo de subdivisão das entregas em partes menores e que

facilitem o gerenciamento;

- Verificar o escopo – processo de oficializar as entregas do projeto;

- Controlar o escopo – processo de monitoramento do andamento do escopo do produto

e do projeto e controle das mudanças na linha de base do projeto.

Os processos Coletar os requisitos, Definir o escopo e Criar a EAP pertencem ao grupo de

processos de planejamento e os processos Verificar o escopo e Controlar o escopo pertencem

ao grupo de processos de monitoramento e controle (PMI, 2008, p.43).

Ainda conforme o PMBOK® o escopo do produto são todas as características que descrevem

o produto, serviço ou resultado e o escopo do projeto é todo o trabalho que precisa ser

realizado para que o escopo do produto seja entregue.

Segundo Xavier (2009), o escopo do projeto é maior que o escopo para o cliente, uma vez

diversas outras tarefas implícitas ao escopo observado pelo cliente deverão ser executadas

para que o projeto seja concluído.

Os processos do gerenciamento do escopo do projeto estão descritos a seguir.

Page 19: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

15

2.2.1. Coletar os requisitos

Segundo o PMBOK®, PMI (2008), este é o processo de definição e de documentação das

necessidades dos stakeholders ou partes interessadas buscando o objetivo do projeto. O

sucesso do projeto está intimamente ligado a uma correta coleta nos requisitos do produto e

do projeto.

Sotille et al. (2010) e PMI (2008) informam que os requisitos devem ser coletados, analisados

e registrados pois são base do escopo do projeto e influenciam no planejamento do custo,

prazo e qualidade. “Coletar requisitos é definir e gerenciar as expectativas do cliente” (PMI,

2008, p.93). São dois os tipos de requisitos básicos:

- Requisitos do projeto – são os requisitos do negócio, do gerenciamento do projeto, das

entregas, etc.;

- Requisitos do produto – são os requisitos técnicos, de segurança e de desempenho do

produto, etc.

O processo de Coletar os requisitos possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas

(PMI, 2008):

- Entrada (documentos):

- Termo de abertura do projeto (Project charter);

- Registro das partes interessadas.

- Ferramentas e técnicas:

- Entrevistas;

- Dinâmicas de grupo;

- Oficinas;

- Técnicas de criatividade em grupo (brainstorming, grupo nominal, Delphi, mapas

mentais, diagramas de afinidade);

- Técnicas de tomada de decisão em grupo (unanimidade, maioria, pluralidade,

ditadura);

- Questionários e pesquisas;

- Observações;

- Protótipos;

- Saída (documentos):

- Documentação dos requisitos;

Page 20: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

16

- Plano de gerenciamento dos requisitos;

- Matriz de rastreabilidade dos requisitos.

O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 3.

Figura 3 - Diagrama de fluxo de dados do processo Coletar os requisitos (Fonte: PMI, 2008)

Mediante o Termo de abertura do projeto e o registro das partes interessadas – registro dos

stakeholders do projeto, já identificados, classificados e avaliados conforme Sotille et al.

(2010) – aplicam-se as ferramentas e técnicas para a coleta dos requisitos, não sendo

necessárias aplicar todas as técnicas, somente as necessárias.

Executado o processo de Coletar os requisitos, é gerado a Documentação dos requisitos e o

Plano de gerenciamento dos requisitos, que conforme o PMBOK®, PMI (2008), é onde

documentado como os requisitos serão analisados e gerenciados durante todo o projeto.

Também é gerada a Matriz de rastreabilidade dos requisitos, que é uma tabela que liga os

requisitos à respectiva origem de forma a rastrear o mesmo.

As saídas do processo Coletar os requisitos são entradas de outros processos conforme já visto

na Figura 3.

Page 21: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

17

2.2.2. Definir o escopo

Segundo o PMBOK®, PMI (2008), é o processo de criação da Declaração do escopo do

projeto. Durante este processo são detalhadas as entregas do escopo do produto e do projeto,

podendo a Declaração do escopo do projeto conter:

- Exclusões – o que não é escopo;

- Premissas;

- Restrições e;

- Critérios de aceitação.

Sotille et al. (2010) informa que a Declaração do escopo do projeto (ou simplesmente

declaração do escopo ou declaração de trabalho – Statement of work – como adotado por

inúmeras empresas) é equivalente à um anteprojeto do trabalho a ser executado. A Declaração

do escopo do projeto usualmente repetirá ou expandirá os elementos já contidos no Termo de

Abertura do projeto.

Conforme o PMBOK®, a declaração do escopo traz as seguintes vantagens:

- Fornece entendimento comum do escopo entre os stakeholders;

- Permite o detalhamento do planejamento;

- Direciona o trabalho da equipe durante a execução;

- Fornece a linha de base para análise das mudanças e;

- Permite verificar quão bem a equipe gerencia o projeto.

O processo de Definir o escopo possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas (PMI,

2008):

- Entrada (documentos):

- Termo de abertura do projeto (Project charter);

- Documentação dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos);

- Ativos de processos organizacionais (políticas, procedimentos, modelos para a

declaração do escopo, lições aprendidas e arquivos de projetos anteriores).

- Ferramentas e técnicas:

- Opinião especializada;

- Análise do produto (técnicas de decomposição do produto, análise de sistemas,

análise de requisitos, engenharia de sistemas, análise e engenharia de valor);

Page 22: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

18

- Identificação de alternativas (diferentes métodos para execução do trabalho);

- Oficinas.

- Saída (documentos):

- Declaração do escopo do projeto (Statement of work);

- Atualizações dos documentos do projeto.

O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 4.

Figura 4 - Diagrama de fluxo de dados do processo Definir o escopo (Fonte: PMI, 2008)

O processo de Definir o escopo inicia após o processo Coletar os requisitos, como pode ser

visto na Figura 4. Através do Termo de abertura do projeto, a Documentação dos requisitos

(saída do processo Coletar os requisitos) e os Ativos de processos organizacionais é possível

elaborar a Declaração do escopo do projeto.

Page 23: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

19

Ativos de processos organizacionais, segundo Sotille et al. (2010), são as políticas e

procedimentos da organização que podem influir no sucesso do projeto, uma vez que afetam

diretamente o escopo do projeto.

Os procedimentos e processos organizacionais correspondem a padrões e políticas da empresa que descrevem, por exemplo, critérios de definição de alçadas no tratamento de mudanças no projeto; instruções de auditoria da qualidade e aceitação dos entregáveis; controles financeiros; regras de avaliação de desempenho e de conduta; de sigilo de informações; e até mesmo de encerramento de fases ou do próprio projeto, com critérios associados à aceitação das entregas (SOTILLE et al., 2010, p.79).

Para a elaboração da Declaração do escopo do projeto utilizam-se os métodos de opinião

especializada, análise do produto (técnicas de decomposição do produto, análise de sistemas,

análise de requisitos, engenharia de sistemas, análise e engenharia de valor), identificação de

alternativas (diferentes métodos para execução do trabalho) ou através de oficinas

(PMI,2008).

Com o escopo definido (Declaração do escopo do projeto elaborada), é possível seguir para o

processo de criação da Estrutura analítica do projeto (EAP ou WBS) e atualizar os

documentos do projeto, conforme pode ser visto na Figura 4.

2.2.3. Criar a EAP (Estrutura analítica do projeto)

Criar a EAP (Estrutura analítica do projeto) ou WBS (Work breakdown structure) é o

processo de subdivisão do escopo do produto e do projeto em partes menores para que com

isto possam ser mais facilmente gerenciadas (PMI, 2008). É a EAP que define e estrutura o

escopo total do representado na Declaração do escopo do projeto.

Ainda segundo o PMBOK®, PMI (2008), trata-se de uma decomposição hierárquica orientada

às entregas (ou deliverables) no qual possui, em seu nível mais baixo, os chamados pacotes de

trabalho. Conforme Xavier (2013), a representação da EAP pode ser feito na forma gráfica

(semelhante a um organograma) ou na forma analítica (lista enumerada).

O PMBOK® também informa que a EAP pode ser gerada das seguintes formas (processo de

decomposição):

- Utilizando fases do ciclo de projeto como primeiro nível de decomposição;

- Utilizando as principais entregas como primeiro nível de decomposição;

- Utilizando subprojetos que podem ser desenvolvidos por organizações externas.

Page 24: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

20

Na Figura 5 a seguir é possível verificar um exemplo de EAP que utiliza as principais

entregas no primeiro nível de decomposição.

Figura 5 - Exemplo de EAP - Representação gráfica (Fonte: SOTILLE et al., 2010)

O processo de Criar a EAP possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas (PMI,

2008):

- Entrada (documentos):

- Declaração do escopo do projeto (Statement of work – saída do processo Definir o

escopo);

- Documentação dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos);

- Ativos de processos organizacionais (políticas, procedimentos, modelos para a

declaração do escopo, lições aprendidas e arquivos de projetos anteriores).

- Ferramentas e técnicas:

- Decomposição (identificação e análise das entregas, estruturação e organização da

EAP, decomposição dos níveis mais altos da EAP, desenvolvimento e designação

dos códigos de identificação e verificação do grau de decomposição).

Page 25: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

21

- Saída (documentos):

- EAP (Estrutura analítica do projeto) ou WBS (Work breakdown structure);

- Dicionário da EAP;

- Linha de base do escopo (componente do plano de gerenciamento do projeto que

inclui: Declaração do escopo do projeto, EAP e Dicionário da EAP);

- Atualizações dos documentos do projeto.

O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 6.

Figura 6 - Diagrama de fluxo de dados do processo Criar a EAP (Fonte: PMI, 2008)

Através da Declaração do escopo do projeto e da Documentação dos requisitos, que são as

saídas dos processos Definir o escopo e Coletar os requisitos respectivamente, e também dos

Page 26: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

22

Ativos de processos organizacionais (políticas, procedimentos e modelos para EAP, PMI,

2008) será possível então elaborar a EAP.

Segundo PMBOK®, PMI (2008), para a elaboração da EAP, realizando com isto a

decomposição completa do trabalho do projeto em pacotes de trabalho, normalmente são

seguidos os seguintes passos:

- Identificação e análise das entregas e seu trabalho relacionado;

- Estruturação e organização da EAP;

- Decomposição dos níveis mais altos da EAP em componentes detalhados em menor

nível;

- Desenvolvimento e designação de códigos de identificação aos componentes da EAP

e;

- Verificação de que o grau de decomposição do trabalho é necessário e necessário e

suficiente.

De acordo com o PMBOK®, PMI (2008), e Sotille et al. (2010), a EAP não pode ser

decomposta em demasia pois poderá acarretar em improdutividade, baixo rendimento e uso

ineficiente de recursos. O PMBOK® também informa que quando uma entrega ou subprojeto

for realizado em um futuro distante, a decomposição poderá ser realizada futuramente à

medida que o escopo se torna mais claro, técnica esta chamada de planejamento em ondas

sucessivas (rolling wave planning).

Elaborada a EAP (documento de saída do processo Criar a EAP), também faz-se necessário

elaborar o Dicionário da EAP, pois este é o documento que descreverá detalhadamente cada

item da EAP, (PMI, 2008).

Também deve ser elaborada a Linha de base do escopo, que segundo PMBOK®, PMI (2008),

é um componente do plano de gerenciamento do projeto e é composta pela junção dos

seguintes documentos:

- Declaração do escopo do projeto (saída do processo Definir o escopo);

- EAP (saída do processo Criar a EAP) e;

- Dicionário da EAP (saída do processo Criar a EAP).

Deverá ser realizada também a atualização dos documentos do projeto, incluindo documentos

das outras áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos.

Page 27: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

23

2.2.4. Verificar o escopo

O processo Verificar o escopo, segundo o PMBOK®, PMI (2008), é o processo de aceitação e

formalização das entregas incluindo também a revisão das mesmas com o patrocinador ou

cliente de forma a assegurar que foram concluídas satisfatoriamente.

Conforme Sotille et al. (2010, p.112), “a satisfação do cliente é a base para o sucesso do

projeto”. Sotille et al. (2010) também informa que uma prática forma da identificação das

entregas ao clientes é a utilização da Estrutura analítica do projeto (EAP) e que um bom

mecanismo para aceitação das entregas é que a mesma ocorra em fases, de forma que o

projeto não receba somente um aceite em seu término, e sim vários aceites de várias entregas

agrupadas em fases.

As entregas são validadas através do processo Realizar o controle da qualidade, que conforme

PMBOK®, PMI (2008, p.185), “é o processo de monitoramento e registro dos resultados da

execução das atividades de qualidade para avaliar o desempenho e recomendar as mudanças

necessárias”. Ainda segundo o PMBOK® e Junior et al. (2010), o processo Realizar o controle

da qualidade se difere do processo Verificar o escopo pois a realização do controle da

qualidade está voltado à eficácia e a conformidade do produto entregue já a verificação do

escopo é voltada para aceitação dos resultados.

O processo de Verificar o escopo possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas

(PMI, 2008):

- Entrada (documentos):

- Plano de gerenciamento do projeto – Linha de base do escopo (Declaração do

escopo do projeto, EAP e Dicionário da EAP – saída do processo Criar a EAP);

- Documentação dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos);

- Matriz de rastreabilidade dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos);

- Entregas validadas (saída do processo Realizar o controle da qualidade);

- Ferramentas e técnicas:

- Inspeção (medição, exame e verificação).

- Saída (documentos):

- Entregas aceitas;

- Solicitações de mudança;

- Atualizações dos documentos do projeto.

Page 28: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

24

O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 7.

Figura 7 - Diagrama de fluxo de dados do processo Verificar o escopo (Fonte: PMI, 2008)

Através do Plano de gerenciamento do projeto (utilizando a Linha de base do escopo do

projeto), a Documentação dos requisitos, a Matriz de rastreabilidade dos requisitos e Entregas

validadas é possível então verificar, através de inspeções - que incluem exame, medição e

verificação – que o trabalho entregue e com isto definir quais entregas serão ou não aceitas,

quais necessitarão de mudança (através da Solicitação de mudança).

Também será possível atualizar os documentos do projeto.

2.2.5. Controlar o escopo

Segundo o PMBOK®, “é o processo de monitoramento do escopo do projeto e do produto e

gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo”. Este processo, ainda segundo

o PMBOK®, é processo utilizado para gerenciamento das mudanças, quando as mesmas

ocorrem, e é integrado aos outros processos de controle.

Conforme Sotille et al. (2010, p 127), “As solicitações de mudança de escopo devem ser

formalizadas como parte do sistema de controle de mudanças do escopo”. Para tal

formalização, pode ser utilizado um formulário conforme visto na Figura 8.

Page 29: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

25

Figura 8 - Exemplo de formulário para solicitação de mudanças no projeto (Fonte: Sotille et al., 2010)

O processo de Controlar o escopo possui os seguintes documentos, ferramentas e técnicas

(PMI, 2008):

- Entrada (documentos):

- Plano de gerenciamento do projeto (Linha de base do escopo, Plano de

gerenciamento do escopo, Plano de gerenciamento das mudanças, Plano de

Gerenciamento da configuração e Plano de gerenciamento dos requisitos);

- Informações sobre o desempenho do trabalho.

Page 30: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

26

- Documentação dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos);

- Matriz de rastreabilidade dos requisitos (saída do processo Coletar os requisitos);

- Ativos de processos organizacionais (políticas, procedimentos, modelos para a

declaração do escopo, lições aprendidas e arquivos de projetos anteriores).

- Ferramentas e técnicas:

- Análise da variação;

- Saída (documentos):

- Medição do desempenho do trabalho;

- Atualização de ativos de processos organizacionais;

- Solicitações de mudança;

- Atualizações do Plano de gerenciamento do projeto (atualizações da Linha de base

do escopo e outras atualizações da linha de base);

- Atualizações dos documentos do projeto (Documentação dos requisitos, a Matriz

de rastreabilidade dos requisitos).

O diagrama de fluxo de dados do processo pode ser visto na Figura 9.

Figura 9 - Diagrama de fluxo de dados do processo Controlar o escopo (Fonte: PMI, 2008)

Conforme o PMBOK®, para o Plano de gerenciamento do projeto:

Page 31: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

27

- A Linha de base do escopo deve ser comparada aos resultados reais para verificação

da necessidade de mudança, prevenção ou ação corretiva.

- O Plano de gerenciamento descreve como deverá ser monitorado e controlado o

processo.

- O Plano de gerenciamento das mudanças define como deverá ser processadas as

mudanças, incluindo a utilização do formulário de solicitação de mudanças, citado

anteriormente.

- O Plano de gerenciamento dos requisitos descrerá como os impactos das mudanças

serão analisados e os níveis de autorização das mudanças.

Através das Informações sobre o desempenho do trabalho (em conjunto ao Plano de

gerenciamento do projeto, Documentação dos requisitos, Matriz de rastreabilidade dos

requisitos e os Ativos de processos organizacionais) será executada a Análise da Variação.

A Análise da variação, segundo PMBOK®, PMI (2008), é a forma de avaliar a magnitude da

variação entre as Informações de Desempenho e a Linha de base do escopo. O grau de

divergência desta avaliação é que definirá qual ação tomar (corretiva ou preventiva).

Feita a análise, será gerado então a Medição do desempenho do trabalho, a Atualização de

ativos de processos organizacionais (identificando a causa das variações, ações a serem

tomadas e lições aprendidas), e as Solicitações de mudança que alteração a Linha de base do

escopo do projeto.

Também é realizada a Atualizações dos demais itens do Plano de gerenciamento do projeto e

Atualizações dos documentos do projeto (Documentação dos requisitos, a Matriz de

rastreabilidade dos requisitos).

2.3. Sistemas de detecção, alarme e combate de incêndio (SDACI)

Sistemas de detecção, alarme e combate de incêndio (SDACI) ou simplesmente Sistemas de

detecção e alarme de incêndio (SDAI) são sistemas voltados à proteção das pessoas, das

instalações e do meio ambiente.

O procedimento para a elaboração de projetos, execução de instalações, manutenção e

operação de sistemas de detecção e alarme de incêndio, até 2010, seguia a ABNT NBR

9441:1998 (Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio). Em 01/11/2010, a

norma NBR 17240:2010 (Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação,

Page 32: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

28

comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos)

cancelou e substituiu a NBR 9441:1998. Isto ocorreu devido à tecnologia de detecção e

alarme de incêndio ser a que mais evoluiu dentro da área de segurança contra incêndios o que

gerou, por necessidade, uma criação de uma nova norma que contemplasse estas novas

tecnologias (NBR 17240, 2010).

De acordo com a ABNT,

Todo incêndio se distingue pelas suas características intrínsecas. Cada uma das

características presentes em um incêndio tem natureza bastante diversa. Assim

sendo, a proteção adequada de determinada área ou equipamento somente será

possível após cuidadoso estudo de todas as particularidades, visando o emprego dos

componentes e sistemas mais eficazes para cada caso (NBR 17240, 2010, p.7).

Conforme a NBR 17240 (2010), para o projeto do sistema, deverão estar contidos todos os

elementos necessários ao completo e perfeito funcionamento. Os tipos de sistema de detecção,

o conteúdo do projeto, central de incêndio, detectores de incêndio, acionadores manuais,

avisadores sonoros e/ou visuais e sistemas automáticos de combate a incêndio serão descritos

a seguir.

2.3.1. Tipos de sistema de detecção

De acordo com a NBR 17240 (2010), existem quatro tipos de SDAI:

- Sistema de detecção convencional;

- Sistema de detecção endereçável;

- Sistema de detecção analógico;

- Sistema de detecção algorítmico.

No Sistema de detecção convencional, os componentes do sistema de incêndio são instalados

em zonas determinadas e a central detecta somente o alarme na zona, não identificando

especificamente qual componente gerou o alarme e nem permite ajustes do nível dos alarmes

nos componentes. Este sistema é mais antigo e possui menor custo de componentes e

instalações.

No Sistema de detecção endereçável, os componentes do sistema possuem endereços que

permitem à central de incêndio identificá-los e classificá-los nas zonas. Neste tipo de sistema

é possível identificar qual componente gerou o alarme, porém não é possível alterar os níveis

para geração do alarme direto da central.

Page 33: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

29

No Sistema de detecção analógico, a central monitora continuamente os presets de

temperatura e fumaça dos componentes do sistema e permite a alteração dos níveis de alarme.

O Sistema de detecção algorítmica, é um sistema de detecção do tipo analógico que além de

monitorar continuamente o componente, possui um ou mais critérios lógicos de avaliação dos

alarmes em função do tempo, validando logicamente (através de algoritmos) um alarme.

2.3.2. Conteúdo do projeto

O projeto executivo deve conter no mínimo as informações (NBR 17240, 2010):

- Desenho indicando a localização de todos os equipamentos do sistema;

- A distribuição da central e equipamentos;

- O trajeto dos condutores elétricos nas diferentes áreas;

- Diagrama multifilar típico, mostrando uma interligação entre todos os equipamentos

dos circuitos de detecção, alarme e comando, e entre estes e a central;

- Lista completa de equipamentos;

- Cálculo de fontes de alimentação e baterias;

- Quadro resumo da instalação;

- Manuais de operação, manutenção preventiva e corretiva do sistema.

2.3.3. Central de incêndio

Conforme a NBR 17240 (2010, p.9), “a central deve ser localizada em áreas de fácil acesso,

salas de controle, salas de segurança ou bombeiros, portaria principal ou entrada de edifícios.

A central deve ser monitorada, local ou remotamente, 24 h por dia, por operadores treinados”.

Também nos é informado que na impossibilidade de instalação da central de incêndio junto à

entrada da edificação, recomenda-se a instalação de um painel repetidor ou sinóptico próximo

à mesma.

Na Figura 10 a seguir é possível visualizar uma central de incêndio para sistemas do tipo

endereçável.

Page 34: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

30

Figura 10 - Central de incêndio para sistemas do tipo endereçável (Fonte: Notifier, 2013)

2.3.4. Detectores de incêndio

Abaixo estão listados os tipos de detectores de incêndio conforme NBR 17240 (2010):

- Detectores pontuais de fumaça;

- Detectores pontuais de temperatura;

- Detectores de chama;

- Detectores lineares de fumaça;

- Detectores lineares de temperatura;

- Detectores de fumaça por amostragem de ar.

Detectores pontuais de fumaça são detectores que visam monitorar ambientes que contenham

materiais cuja característica inicial de combustão seja a geração de fumaça. Podem ser do tipo

fotoelétrico ou iônico. Cobrem uma área de no máximo 81m² quanto numa altura de no

máximo 8 metros e em ambientes com no máximo oito trocas de ar por hora. A área de

cobertura corresponde a um quadrado de 9 metros de lado, inscrito em um círculo de raio 6,3

metros, conforme pode ser visto na Figura 11 abaixo.

Page 35: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

31

Figura 11 - Área máxima de cobertura do detector pontual de fumaça (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010)

Detectores pontuais de temperatura são detectores que visam monitorar ambientes que

contenham materiais cuja característica inicial de combustão seja pouca geração de fumaça e

muito calor. Também indicados para ambientes com vapor, gases e muitas partículas em

suspensão. Podem ser do tipo temperatura fixa ou termovelocimétricos. Cobrem uma área de

no máximo 36m² quanto numa altura de no máximo 5 metros. A área de cobertura

corresponde a um quadrado de 6 metros de lado, inscrito em um círculo de raio 4,2 metros,

conforme pode ser visto na Figura 12 abaixo.

Figura 12 - Área máxima de cobertura do detector pontual de temperatura (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010)

Page 36: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

32

Na Figura 13 a seguir, é possível visualizar um detector pontual de temperatura, detector este

com aparência semelhante ao pontual de fumaça. A diferenciação entre estes detectores

muitas vezes somente é observada através dos dados de placa dos componentes.

Figura 13 – Detector de temperatura (Fonte: Notifier, 2013)

Detectores de chama são os instalados em ambientes onde se deseja detectar o surgimento de

alguma chama. Tais detectores devem ser instalados livres de obstáculos no seu campo de

visão (o campo de visão do detector tem a forma de um cone imaginário).

Fora do campo de visão do detector de chama, quando não especificado, ocorre a redução de

50% da sensibilidade do detector à chama, logo, deverá ser previsto a redução da distância de

cobertura ou a instalação de novos detectores. A redução de sensibilidade em função do

ângulo de visão é exemplificada na Figura 14:

Figura 14 – Sensibilidade do detector de chama em função do ângulo de visão (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010)

Detectores lineares de fumaça são detectores do tipo óptico no qual estão presentes um

emissor do feixe de luz e um receptor. A detecção do incêndio ocorre pela obstrução pela

fumaça do feixe de luz. O feixe de luz deverá ser preferencialmente instalado no sentido

longitudinal do teto e próximo às saídas de ar do ambiente.

Page 37: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

33

Conforme a norma, a distância entre o emissor e o receptor e entre os feixes de luz de dois

detectores não poderá exceder o especificado pelo fabricante e nunca ultrapassar 100 metros e

15 metros respectivamente, como pode ser visto na Figura 15.

Figura 15 - Distribuição de detectores lineares de fumaça (Fonte: ABNT NBR 17240, 2010)

Detectores lineares de temperatura são os instalados próximo ou em contato direto com o

material protegido. Normalmente utilizado para proteção de esteiras rolantes, bandeja de

cabos e similares. As características devem ser verificadas com o fabricante. Na Figura 16 é

possível visualizar diferentes cabos detectores lineares de temperatura. A classe de detecção

do cabo (nível temperatura) neste caso é identificada pelo fabricante através de cores.

Figura 16 - Cabo de detecção linear de temperatura (Fonte: Argus, 2013)

Detectores de fumaça por amostragem de ar ativamente, através de uma tubulação calculada,

aspiram o ar do ambiente, ou seja, extraem uma amostra para análise em sua câmara interna.

Conforme a NBR 17240 (2010) estes são considerados detectores de alta sensibilidade e

Page 38: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

34

tornam-se ainda mais eficientes quando monitorados por uma equipe treinada. São detectores

capazes de identificar o princípio de incêndio, atuando antes mesmo que haja fumaça visível.

Na Figura 17 é possível visualizar a estágio de atuação de um detector de fumaça por

amostragem de ar modelo Vesda® da Xtralis.

Figura 17 - Curva Tempo X Densidade de fumaça para detectores de fumaça por amostragem de ar (Fonte: Xtralis, 2013)

2.3.5. Acionadores manuais

São acionadores de corpo rígido e na cor vermelha, com instruções de utilização em

português. Na presença de algum incêndio, qualquer um que tenha visualizado pode acionar

manualmente este componente antes mesmo que algum detector entre em alarme.

2.3.6. Avisadores sonoros e/ou visuais

Os avisadores sonoros e/ou visuais são os componentes do sistema de incêndio que alertam a

ocorrência de incêndio através de um sinal luminoso pulsante e/ou som distinguível dos

outros na área no qual está inserido, sendo que a potência luminosa e sonora deverá ser

conforme a NBR 17240 (2010).

2.3.7. Sistemas automáticos de combate a incêndio

São sistemas utilizados para extinguir o incêndio quando o mesmo já está em ocorrência. São

vários os tipos tais como extintores manuais, hidrantes, sistemas de water spray ou

pulverização e sprinklers (SIEB-RJ, 2013).

Os requisitos de instalação da parte elétrica e eletrônica dos sistemas automáticos de combate

a incêndio obedecem a NBR 17240 (2010), já os cálculos de tempo de descarga, tipo de

Page 39: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

35

agente extintor, dispositivos de segurança e outros seguem os requisitos das normas

Brasileiras e Internacionais para sistemas de combate a incêndios.

2.4. Norma Regulamentadora Brasileira Nº 23 (NR 23) e CBMMG

Em sua última alteração, de acordo com a Norma Regulamentadora Nº 23, Proteção Contra

Incêndios, do Ministério do Trabalho e Emprego, NR 23 (2011, p.1), “todos os empregadores

devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual

e as normas técnicas aplicáveis”.

A penúltima alteração desta norma foi em 2001, onde informava que todas as empresas

deveriam possuir proteção contra incêndio (NR 23, 2011).

As Normas Regulamentadoras brasileiras são de caráter obrigatório e deverão ser cumpridas

por todos os empregadores.

Além da exigência da NR 23, os projetos das edificações deverão atender às Instruções

Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), conforme Lei 14.130

de 19/12/2001 (CBMMG, 2013).

2.5. Proteção Passiva

Proteção passiva é, segundo a ABNT,

Conjunto de medidas incorporado ao sistema construtivo do edifício, sendo funcional durante o uso normal da edificação e que reage passivamente ao desenvolvimento do incêndio, não estabelecendo condições propícias ao seu crescimento e propagação, garantindo a resistência ao fogo, facilitando a fuga dos usuários e a aproximação e o ingresso no edifício para o desenvolvimento das ações de combate (NBR 14432, 2001, p.3).

Não existem Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG)

que obrigam a instalação de proteção passiva nas edificações, ficando a instalação a critério

do proprietário visando maior proteção às edificações ou equipamentos.

Page 40: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

36

3. METODOLOGIA DE PESQUISA

A pesquisa iniciou com uma revisão bibliográfica pertinente ao tema abordado.

Considerando os critérios de pesquisa, de acordo com Vergara (2009), optou-se por utilizar

uma pesquisa conforme abaixo:

- Quanto aos fins – trata-se de uma pesquisa aplicada, pois tem finalidade prática e é

motivada pela necessidade de resolver problemas concretos.

- Quanto aos meios – trata-se de uma pesquisa que é estudo de caso e ao mesmo tempo

documental. Estudo de caso, pois tem caráter de detalhamento e profundidade.

Documental, pois fará uso de documentos, relatórios de trabalho e informações

conservados em meio privado, não disponível para consultas públicas.

Page 41: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

37

4. COLETA DE DADOS

4.1. Descrição das empresas

4.1.1. Empresa contratante

A empresa contratante, cujo nome fictício é SIDEROBRAS, é uma empresa de grande porte

do setor siderúrgico nacional de capital misto cuja capacidade instalada de produção de aço é

de 9,5 milhões de toneladas ano. A mesma é composta por várias unidades situadas nas

regiões Nordeste, Sudeste e Sul, Aproximadamente 73% da venda dos produtos da empresa

são atualmente para o mercado interno brasileiro (SIDEROBRAS, 2013).

A empresa contratante é composta por vários departamentos, dentre eles, um departamento de

engenharia. Este departamento de engenharia é responsável tanto pela parte de

desenvolvimento ou compra de engenharia de equipamentos de fornecedores e pela

fiscalização da execução da implantação do projeto, sendo cada um destes de

responsabilidade de uma gerência específica, a Gerência de Engenharia e a Gerência de Obras

respectivamente.

4.1.2. Empresa contratada

A empresa contratada, cujo nome fictício é COMBATESYS, é uma empresa de pequeno porte

situada em MG fundada em 1974, cuja é especialidade é o desenvolvimento de engenharia e

montagem de sistema de detecção, alarme e combate a incêndio em plantas industriais e

edificações.

A empresa também atua na manutenção de sistemas existentes e já forneceu sistemas a

inúmeros clientes em todo o território nacional (COMBATESYS, 2013).

4.1.3. O contrato entre as empresas

Foi firmado um contrato em julho de 2009 entre as empresas SIDEROBRAS, denominada

contratante, e COMBATESYS, denominada contratada, para o fornecimento, montagem e

testes, em regime turnkey1, de sistema de detecção, alarme e combate a incêndio para sala

elétrica do resfriamento controlado, desempenadeira on-line e equipamentos auxiliares

1 Contrato Turnkey, segundo Xaviel et al. (2010) é um contrato do tipo EPC (cujo contratado é responsável pela

engenharia, aquisição e construção), em que o empreendimento é entregue pronto, acabado e em operação. Para

tal, são determinadas taxas de desempenho e o contratante não poderá interferir no gerenciamento da contratada.

Page 42: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

38

conforme norma técnica da ABNT NBR 9441 (1998), vigente no momento de assinatura do

contrato em questão (SIDEROBRAS, 2009).

O prazo contratual era de 365 dias corridos da data de assinatura do contrato e o preço

contratual foi R$ 2.083.719,44, sendo que:

- R$ 1.456.064,63 para fornecimento de equipamentos;

- R$ 601.556,47 para fornecimento de serviços;

- R$ 26.098,34 para fornecimento de peças sobressalentes.

São partes integrantes deste contrato, dentre outros documentos, a especificação técnica

contratual e o cronograma.

O contrato foi assinado em data anterior a da construção das áreas a serem protegidas. Não foi

realizada nenhuma visita de campo, todo o levantamento dos ambientes foi repassado pela

contratante, SIDEROBRAS, para a contratada, COMBATESYS, através de projetos básicos

encaminhados via correio eletrônico.

A garantia do sistema encerrou-se em agosto de 2013, 12 meses após a aceitação de todas as

entregas do projeto. O encerramento do contrato não ocorreu devido à valores relativos à

pleito que ainda não foram acordados entre as partes.

4.2. Contextualização e importância do projeto

O investimento na implantação do projeto do sistema de detecção, combate e alarme a

incêndio (SDCAI) pela contratada COMBATESYS foi classificado pela empresa contratante,

a SIDEROBRAS, como investimento cuja finalidade é atender requisitos legalmente

obrigatórios (atender a NR 23:2011).

Além de possuir caráter de atendimento à legislação, o projeto visou também à redução do

seguro da instalação e a proteção dos equipamentos cujos custos totais (R$ 566,813 milhões)

estão apresentados na Tabela 1 a seguir:

Tabela 1 - Master Plan da empresa SIDEROBRAS no período de 2007 a 2013 em R$ milhões (Fonte: SIDEROBRAS, 2013)

Código Projeto Descrição 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total

Projeto 1

Resfriamento controlado e

desempenadeira on-line

0,032 0,81 272,25 144,41 129,94 5,642 3,11 556,19

Page 43: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

39

Código Projeto Descrição 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total

Projeto 2 Equipamentos auxiliares 0 0,001 2,748 1,243 6,632 0 0 10,623

Os equipamentos a serem protegidos são parte de outros projetos da empresa, projetos estes

contidos no portfólio de projetos da empresa SIDEROBRAS e que visam atender aos

objetivos estratégicos por ela traçado.

4.3. Escopo do produto e do projeto

Anexo ao contrato do projeto do sistema de detecção, combate e alarme a incêndio (SDCAI),

está a Especificação técnica contratual do projeto. A especificação técnica contratual é o

documento onde estão especificadas as entregas do projeto, ou seja, o escopo do produto e o

escopo do projeto. Também estão descritos no documento os requisitos do produto, as

premissas e restrições bem como as exclusões de escopo e os critérios de aceitação

(SIDEROBRAS, 2009).

A Especificação técnica contratual é, portanto o que chamamos de Declaração do escopo do

projeto ou simplesmente declaração do escopo ou declaração de trabalho (Statement of work -

SOW).

Segue abaixo, conforme SIDEROBRAS (2009) um resumo da Declaração do escopo do

projeto:

4.3.1. Declaração do escopo do projeto

4.3.1.1. Requisitos do Produto

- O sistema em conformidade aos requisitos da NR-23;

- Todos os projetos aprovados pelo do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais

(CBMMG);

- Todos os sistemas deverão estar montados e testados conforme ABNT NBR

9441:1998;

- Sistema deverá conter todos os equipamentos indicados por área, conforme Tabela 2;

- Possuir Manual de operação e manutenção e do sistema entregue e aprovado;

- Possuir treinamento de operação e manutenção do sistema realizado e aprovado;

- Possuir As built e data book do sistema após instalação aprovados;

Page 44: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

40

4.3.1.2. Escopo do produto e do projeto

Elaboração do projeto de engenharia de incêndio, fabricação, fornecimento, montagem e

testes de equipamentos nas áreas descritas conforme Tabela 2 a seguir. Na Tabela 2 estão

marcados com X os equipamentos que deverão ser fornecidos por área.

Tabela 2 - Escopo do produto – Equipamentos por área (Fonte: SIDEROBRAS, 2009)

Índice Área Equipamentos

Aci

onad

ores

man

uais

Avi

sado

res

sono

ros

e vi

suai

s

Det

ecto

res

linea

res

de

tem

pera

tura

Det

ecto

res

de fu

maç

a po

r am

ostra

gem

do

ar

Ext

into

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incê

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Sis

tem

a au

tom

átic

o de

com

bate

a in

cênd

io

Pro

teçã

o P

assi

va

Cen

tral I

ncên

dio

1. Projeto 1 - Resfriamento controlado e desempenadeira on-line 1.1 Sala Elétrica 1.1.1 1º Andar – Transformadores 69kV X X X X X

1.1.2 2º Andar X X X X X X

1.1.3 Porão de Cabos X X X X X

1.1.4 3º Andar X X X X X

1.2 Cabine Operação 1.2.1 Cabine X X X X X X

1.2.2 Sala Elétrica Auxiliar X X X X X

1.2.3 Sala Instrumentação X X X X X

1.2.4 Galeria Cabos X X X2 X

2. Projeto 2 – Equipamentos Auxiliares 2.1 Subestação 2.1.1 Transformadores X X X X X

2.1.2 Sala Elétrica X X X X X

2.1.3 Galeria cabos X X X2 X

2.2 Desempenadeira off-line 2.2.1 Porão de Cabos X X X X X

2.2.2 Sala Elétrica X X X X X

2.2.3 Cabine Operação X X X X X X 2.2.4 Galeria Cabos X X X2 X

2.3 Prensa hidráulica 2.3.1 Púlpito Operação X X X X X

2.3.2 Sala Elétrica X X X X X

2.3.3 Galeria cabos S.E. Prensa a Subestação X X X2 X

2.3.4 Galeria cabos S.E. Prensa a Prensa X X X2 X

2.4 Máquina de Ultrassom 2.4.1 Púlpito Operação X X X X X

2.4.2 Sala Elétrica X X X X X

2.4.3 Galeria cabos S.E. Ultrassom a Subestação X X X2 X

2.4.4 Galeria cabos S.E. Ultrassom a Púlpito Operação X X X2 X

2.5 Mesas de rolos 2.5.1 Sala Elétrica X X X2 X

2.6 Transferidor 1

2 Detectores lineares de temperatura com módulo de monitoramento.

Page 45: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

41

Índice Área Equipamentos

Acio

nado

res

man

uais

Avis

ador

es s

onor

os e

vi

suai

s

Det

ecto

res

linea

res

de

tem

pera

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Det

ecto

res

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ostra

gem

do

ar

Ext

into

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man

uais

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Sist

ema

auto

mát

ico

de c

omba

te a

incê

ndio

Prot

eção

Pas

siva

Cen

tral I

ncên

dio

2.6.1 Sala Elétrica X X X X

2.7 Transferidor 2 2.7.1 Sala Elétrica X X X X

2.8 Máquina de marcação à frio 2.8.1 Púlpito de operação X X X X X

2.8.2 Sala Elétrica X X X X X

2.8.3 Cabos da Máquina X X X X X

2.9 Maquinas 1 e 2 de marcação à quente 2.9.1 Sala Elétrica X X X X X

2.9.2 Cabos da Máquina X X X X

2.10 Medidores de forma 1 e 2 2.10.1 Sala Elétrica 1 X X X X X

2.10.2 Sala Elétrica 2 X X X X X

Também faz parte do escopo da contratada, COMBATESYS, os seguintes serviços e

fornecimentos:

- Manual de operação e manutenção e do sistema;

- Treinamento de operação e manutenção do sistema;

- As built e data book do sistema;

- Instalação de canteiro de obras no local da instalação do sistema.

4.3.1.3. Premissas e restrições

Premissas:

- Todo o fornecimento de materiais elétricos e de consumo necessário ao funcionamento

do sistema é escopo da contratada COMBATESYS;

- O ponto de água de conexão do automático de combate a incêndio será disponibilizado

pelo contratante SIDEROBRAS;

- Todo o sistema de automático de combate a incêndio será montado de forma aparente

livre de interferências;

- O projeto e construção de um ambiente para instalação da bomba do sistema

automático de combate a incêndio é contratada COMBATESYS.

Restrições:

Page 46: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

42

- O sistema automático de combate a incêndio deverá ser do tipo Water Spray;

- Central de incêndio deverá possuir ponto para interligação em rede de dados;

- Extintores manuais de incêndio serão do tipo CO2 de 6 kg, exceto para item 1.1.1 da

Tabela 2, que deverá ser do tipo PQS3 de 50 kg;

- O Sistema de detecção deverá ser do tipo endereçável;

- Fornecimento e instalação de no máximo 4.460 metros de cabos para detecção linear

de temperatura;

- Fornecimento e instalação de no máximo 22 m² de proteção passiva visando atender

todos os ambientes.

4.3.1.4. Exclusões de escopo

Estão exclusos do escopo da contratada:

- Fornecimento de painel repetidor ou sinóptico;

- Fornecimento de utilidades tais como: água, eletricidade e ar comprimido;

- Obras civis;

- Retirada de interferências;

- Inclusão de equipamentos nas áreas por solicitação do Corpo de Bombeiros Militar de

Minas Gerais (CBMMG) para aprovação do projeto além dos já listados na Tabela 2;

- Alterações construtivas nas áreas por solicitação do Corpo de Bombeiros de MG para

aprovação do projeto.

4.3.1.5. Critérios de Aceitação

Os critérios de aceitação do sistema por área a ser protegida estão conforme Tabela 3. A área

Tabela 3 – Critérios de aceitação do sistema (Fonte: SIDEROBRAS, 2009)

Requisito Critério de Aceitação

Sistema em conformidade aos requisitos da NR-23 100% do sistema conforme

Projetos aprovados pelo do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG)

100% dos projetos aprovados

Sistema montados e testados conforme ABNT NBR 9441:1998 100% do sistema testado

3 PQS – Pó químico seco.

Page 47: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

43

Requisito Critério de Aceitação

Sistema com equipamentos especificados 100% equipamentos especificados presentes na área em questão

Possuir Manual de operação e manutenção e do sistema Manual entregue e aprovado

Possuir treinamento de operação e manutenção do sistema Treinamento realizado e aprovado

Possuir As built e data book do sistema após instalação As built e data book aprovados

4.4. Processos do gerenciamento do escopo do projeto utilizados

Durante todo o ciclo de vida do projeto, os processos Coletar os requisitos, Definir o escopo,

Verificar o escopo e Controlar o escopo projeto foram utilizados, mesmo que de forma

parcial. O processo Criar a EAP não foi utilizado pelo projeto.

4.4.1. Coletar os requisitos (grupo de processos de planejamento)

O processo Coletar os requisitos foi utilizado no projeto para gerenciamento do escopo do

projeto no qual foram coletados os requisitos do produto e do projeto.

Foi utilizado pelo processo, como documentação de entrada, o Termo de abertura do projeto

(Project charter) e o Registro das partes interessadas. Não foi criado um Termo de abertura

específico para este projeto, o termo que oficializou o início do projeto foram os termos dos

projetos 1 e 2 do Master Plan da empresa contratante SIDEROBRAS (Tabela 1). O Registro

das partes interessadas não constava o cliente que faria a manutenção do SDAI e que também

faria a aceitação, devido à contratante SIDEROBRAS não possuir, no início do projeto,

equipe técnica definida e responsável pela manutenção dos SDAI da empresa.

Para a coleta dos requisitos, foram utilizadas as Técnicas de criatividade em grupo que por

consequência gerou como saída a Documentação dos requisitos. Não foi criado Plano de

gerenciamento dos requisitos e nem Matriz de rastreabilidade dos requisitos.

4.4.2. Definir o escopo (grupo de processos de planejamento)

O processo Definir o escopo foi utilizado no projeto para gerenciamento do escopo do projeto.

Através deste processo que foi possível gerar a Declaração do escopo do projeto, cujo resumo

está no item 4.3.1 – Declaração do escopo do projeto – deste mesmo capítulo.

Foram utilizada a Documentação dos requisitos e o Termo de abertura do projeto para sua

elaboração.

Page 48: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

44

4.4.3. Criar a EAP (grupo de processos de planejamento)

O processo Criar a EAP (Estrutura analítica do projeto) não foi utilizado neste projeto.

Apesar da Tabela 2 contida na Declaração do escopo do projeto assemelhar-se a uma EAP em

sua forma analítica, a mesma não pode ser chamada de EAP, pois não possui todos os

entregáveis do projeto.

4.4.4. Verificar o escopo (grupo de processos de monitoramento e controle)

O processo Verificar o escopo foi utilizado no gerenciamento do escopo do projeto.

O contrato entre as empresas SIDEROBRAS e COMBATESYS, firmado em julho de 2009

possuía vigência contratual de 365 dias contados a partir da assinatura do mesmo

(SIDEROBRAS, 2009), esperava-se que o término da execução fosse em julho de 2010.

Porém, como pode ser visto na Tabela 1, o Master Plan da empresa previa investimentos nos

Projetos 1 e 2 até 2013, sendo grande parte finalizando em 2012 o que impossibilitou que

alguns ambientes estivesse pronto à tempo para execução da montagem pela empresa

COMBATESYS.

A SIDEROBRAS optou então, por redução de custos, desmobilizar a contratada

COMBATESYS até que todos os ambientes ficassem prontos, mobilizando-a logo a seguir

para conclusão da implantação do projeto.

Foram emitidos então, dois termos de aceite (documentos oficiais da empresa

SIDEROBRAS), formalizando a aceitação das entregas do projeto, um anterior a paralisação

das atividades e outro após a conclusão do projeto, que ocorreu em agosto de 2012.

A seguir, um resumo dos dois termos de aceite conforme SIDEROBRAS (2009) e

SIDEROBRAS (2012).

- Termo de entrega nº1 (parcial): Ocorreu em novembro de 2009. Foram aceitas as

seguintes entregas (conforme itens da Tabela 2): 1.1.2 2º Andar; 1.1.3 Porão de Cabos;

1.1.4 3º Andar;

- Termo de entrega nº2 (final): Ocorreu em agosto de 2012 no qual foram aceitas todas

as outras entregas do projeto.

4.4.5. Controlar o escopo (grupo de processos de monitoramento e controle)

O processo Controlar o escopo foi utilizado no gerenciamento do escopo do projeto.

Page 49: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

45

A contratante SIDEROBRAS possuía formulário específico para aprovação de solicitações de

mudanças em projetos, sendo estas com nível de aprovação variável em relação ao impacto

causado.

Todas as solicitações de mudanças apresentadas e aprovadas foram registradas em atas de

reunião e/ou e-mails. Não foi utilizado formulário específico para registro das mudanças no

escopo do projeto, devido a estas mudanças não terem impactado na linha de base custo e

tempo do projeto.

Na Tabela 4 a seguir, seguem as mudanças listadas de A a J no campo Índice, ocorridas no

escopo do produto por área, conforme listadas na Tabela 2 e a justificativa de sua solicitação.

Tabela 4 – Escopo do produto X Mudanças (Fonte: SIDEROBRAS, 2012)

Índice Área/ Mudança Justificativa 1. Projeto 1 - Resfriamento controlado e desempenadeira on-line 1.1 Sala Elétrica 1.2 Cabine Operação 2. Projeto 2 – Equipamentos Auxiliares 2.1 Subestação

A

Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais da área da Galeria de Cabos

Estava previsto a instalação em Galeria de Cabos porém o ambiente a ser protegido era um Bandejamento aéreo de cabos. Sem possibilidade de instalação

2.2 Desempenadeira off-line

B Substituído Sistema de Detectores de fumaça por

amostragem do ar por sistema de Detectores lineares de temperatura no Porão de Cabos

Ambiente aberto, detecção por amostragem de ar tornou-se ineficiente para ambiente

2.3 Prensa hidráulica

C

Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais da área da Galeria cabos S.E. Prensa a Subestação

Estava previsto a instalação em Galeria de Cabos, porém o ambiente a ser protegido era um Bandejamento aéreo de cabos. Sem possibilidade de instalação

2.4 Máquina de Ultrassom

D Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores

sonoros e visuais da área da Galeria cabos S.E. Ultrassom a Subestação

Estava previsto a instalação em Galeria de Cabos, porém o ambiente a ser protegido era um Bandejamento aéreo de cabos. Sem possibilidade de instalação

2.5 Mesas de rolos

E

Substituída a instalação do sistema na Sala Elétrica por outra Sala Elétrica pertencente a outro grupo de investimento da empresa em outra área.

A área Sala Elétrica a ser protegida é a mesma Sala Elétrica da Máquina de Ultrassom (item 2.4). Substituído escopo pela montagem na Casa de Bombas (outro projeto não relacionado).

2.6 Transferidor 1

F

Substituída a instalação do sistema na Sala Elétrica por outra Sala Elétrica pertencente a outro grupo de investimento da empresa em outra área.

A área Sala Elétrica a ser protegida é a mesma Sala Elétrica da Máquina de Ultrassom (item 2.4). Substituído escopo pela montagem na Casa de Bombas (outro projeto não relacionado).

2.7 Transferidor 2

G Substituída a instalação do sistema na Sala Elétrica por

outra Sala Elétrica pertencente a outro grupo de investimento da empresa em outra área.

A área Sala Elétrica a ser protegida é a mesma Sala Elétrica da Máquina de Ultrassom (item 2.4). Substituído escopo pela montagem na Casa de Bombas (outro projeto não relacionado).

2.8 Máquina de marcação à frio

H Substituída a instalação no sistema nos cabos da

máquina pela instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line

Projeto não contemplava a instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line.

Page 50: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

46

Índice Área/ Mudança Justificativa 2.9 Maquinas 1 e 2 de marcação à quente 2.10 Medidores de forma 1 e 2

I Substituída a instalação na Sala Elétrica 1 pela

instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line

Sala Elétrica 1 já possuía SDAI. Projeto não contemplava a instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line.

J Substituída a instalação na Sala Elétrica 2 pela

instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line

Sala Elétrica 2 já possuía SDAI. Projeto não contemplava a instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line.

Todas as mudanças do projeto foram acordadas entre as empresas SIDEROBRAS e

COMBATESYS e executadas pela empresa contratada sem ônus à empresa contratante.

4.5. Outras informações

Sistema automático de combate a incêndio instalado nos transformadores do 1º andar da Sala

Elétrica do Projeto 1 (Resfriamento controlado e desempenadeira on-line), conforme item

1.1.1 da Tabela 1, encontra-se atualmente inoperante devido o ponto de água de conexão do

sistema automático de combate a incêndio (Water Spray) disponibilizado pelo contratante

SIDEROBRAS não possuir pressão e vazão necessárias a seu funcionamento.

Atualmente está sendo discutido um pleito relativo à segunda desmobilização e mobilização

no projeto incluindo também atrasos na disponibilização das salas para execução devido a

erro do cronograma do projeto elaborado pela empresa contratante SIDEROBRAS e

repassado à contratada COMBATESYS.

Page 51: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

47

5. ANÁLISE DOS DADOS

5.1. Identificação e análise indefinições no escopo do produto e do projeto

As indefinições do escopo do projeto foram:

- Faltou definição da data em que os ambientes estariam disponíveis para montagem do

sistema. Conforme Tabela 1 (Master Plan empresa SIDEROBRAS), os investimentos

seriam realizados até 2013 e foi fixada data de julho de 2010 para finalização da

montagem do SDAI pela empresa COMBATESYS e que ocasionou com isto um erro

no cronograma do projeto, erro este que resultou em mudança na linha de base de

tempo e custo (pleito a ser discutido entre as empresas);

- Faltou definir no início do projeto a parte interessada responsável pela manutenção

dos sistemas de incêndio após a entrega pela empresa SIDEROBRAS. Esta

indefinição dificultou a Verificação do escopo do projeto devido ao responsável

definido posteriormente no projeto apresentar restrição quanto ao recebimento da

entrega (exigência de requisitos que não constavam na Declaração do escopo do

projeto). A restrição apresentada pelo responsável da manutenção, ou seja, cliente do

projeto, seria a da inexistência de caixa d’água exclusiva para o Sistema automático de

combate a incêndio instalado nos transformadores do 1º andar da Sala Elétrica do

Projeto 1 (Resfriamento controlado e desempenadeira on-line). A entrega por sua vez

foi aceita por este item não ser escopo do projeto e a própria empresa SIDEROBRAS

não possuir sistema específico de água para combate a incêndio que atenda aos

requisitos exigidos.

As indefinições do escopo do produto apresentadas foram:

- Projeto iniciou sem definição, por parte da SIDEROBRAS, de ponto de conexão de

água confiável para Sistema automático de combate a incêndio instalado nos

transformadores do 1º andar da Sala Elétrica do Projeto 1 (Resfriamento controlado e

desempenadeira on-line). Esta indefinição ocasionou na desativação do sistema devido

o mesmo não possuir pressão e vazão necessárias a seu correto e eficaz

funcionamento;

- Não estava definido de forma concreta como seriam os ambientes (forma de

construção) a serem protegidos. Esta indefinição gerou custos desnecessários de

revisão de projeto para empresa COMBATESYS que por sua vez ocasionou no não

Page 52: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

48

fornecimento de alguns equipamentos e/ou substituição por outros de menor valor.

Esta indefinição foi a responsável pelas mudanças A, B, C e D da Tabela 4;

- Sala dos ambientes Sala Elétrica das Mesas de Rolos, Sala Elétrica do Transferidor 1 e

Sala Elétrica do Transferidor 2 não estavam definidos quanto a tamanho e localização.

Verificado posteriormente que não se tratavam de ambientes e sim equipamentos cuja

Sala Elétrica é a mesma Sala Elétrica da Máquina de Ultrassom. O custo4 da

implantação do projeto poderia ter sido reduzido já que os ambientes em questão já

estavam contemplados. Esta indefinição foi responsável pelas mudanças E, F e G da

Tabela 4;

- Salas Elétricas 1 e 2 dos Medidores de forma 1 e 2 possuíam localização indefinida,

logo havia sido inclusa no escopo de fornecimento da COMBATESYS. Foi definido

posteriormente que seria utilizada uma sala para abrigar os equipamentos destas duas

salas elétricas e esta sala já possuía sistema de SDAI. O Sistema de SDAI

contemplado no escopo desta sala foi então substituído pelo Ambiente da Sala de

Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line;

- Ambiente da Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-

line não estava definido como escopo do projeto. Inicialmente um dos ambientes mais

importantes do projeto não estava contemplado e visando a equalização do escopo, o

mesmo foi incluído em troca dos ambientes Cabos da Máquina de marcação à frio e

Salas Elétricas 1 e 2 dos Medidores de forma 1 e 2, como pode ser visto nas mudanças

H, I e J da Tabela 4.

5.2. Análise das mudanças de escopo do produto e do projeto

A principal mudança no escopo do projeto foi:

- Alteração da linha de base de tempo do projeto pela contratante SIDEROBRAS, fato

este que gerou uma alteração na linha de base de custo do projeto e por consequência

uma segunda mobilização da equipe contratada COMBATESYS. Conforme já

4 Foi incluída no escopo do projeto a Casa de bombas (outro projeto não relacionado), em troca da Sala Elétrica

das Mesas de Rolos, Sala Elétrica do Transferidor 1 e Sala Elétrica do Transferidor 2. Esta mudança também

não foi vantajosa, pois estavam previstos 3 ambientes a serem protegidos e a Casa de bombas só possuía 2

ambientes de menor área.

Page 53: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

49

discutido anteriormente, este alteração ocorreu devida uma indefinição das datas em

que os ambientes estariam disponibilizados.

As mudanças do produto estão listadas de A a J na Tabela 4 conforme escopo do produto por

área apresentado na Tabela 2.

- Mudança A: Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais

da área da Galeria de Cabos da Subestação. Esta mudança ocorreu devido à

indefinição de forma concreta como seriam os ambientes;

- Mudança B: Substituído Sistema de Detectores de fumaça por amostragem do ar por

sistema de Detectores lineares de temperatura no Porão de Cabos da Desempenadeira

off-line. Esta mudança ocorreu devido à indefinição de forma concreta como seriam os

ambientes;

- Mudança C: Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais

da área da Galeria cabos S.E. Prensa a Subestação. Esta mudança ocorreu devido à

indefinição de forma concreta como seriam os ambientes;

- Mudança D: Retirado do escopo Acionadores manuais e Avisadores sonoros e visuais

da área da Galeria cabos S.E. Ultrassom a Subestação. Esta mudança ocorreu devido à

indefinição de forma concreta como seriam os ambientes;

- Mudança E, F e G: Substituída a instalação do sistema nas Sala Elétricas do

Transferidor 1, Transferidor 2 e Mesas de rolos por outra Sala Elétrica pertencente a

outro grupo de investimento da empresa em outra área. Esta mudança ocorreu devido

à indefinição de tamanho e localização destas salas. Verificado posteriormente que se

tratava de equipamentos e não ambientes;

- Mudança H: Substituída a instalação no sistema nos cabos da máquina de marcação à

frio pela instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e

desempenadeira on-line. Esta mudança ocorreu, pois não estava contemplada no

projeto a instalação de SDAI na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e

desempenadeira on-line;

- Mudanças I e J: Substituída a instalação na Sala Elétrica 1 e 2 dos medidores de forma

1 e 2 pela instalação na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e

desempenadeira on-line Esta mudança ocorreu, pois não estava contemplada no

projeto a instalação de SDAI na Sala de Computadores do Resfriamento controlado e

desempenadeira on-line.

Page 54: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

50

5.3. Metodologias do gerenciamento do escopo que contribuem para minimização da

indefinição do escopo do produto e do projeto

As indefinições do escopo do projeto, conforme item 5.1, foram:

- Faltou definição da data em que os ambientes estariam disponíveis para montagem do

sistema;

- Faltou definir no início do projeto a parte interessada responsável pela manutenção

dos sistemas de incêndio após a entrega pela empresa SIDEROBRAS.

A primeira indefinição apresentada poderia ser minimizada através do processo de Criar a

EAP. Este processo não foi utilizado pelo projeto. Através da EAP é que as atividades do

projeto poderão ser incluídas no Cronograma do projeto. A Criação de um Cronograma do

projeto sem vínculos com todos os entregáveis e outros projetos relacionados fizeram com

que as atividades fossem programadas em datas que as salas ainda não estavam prontas.

A segunda indefinição apresentada poderia ser minimizada através do processo de Coletar os

requisitos. Apesar do processo de Coletar os requisitos ter sido usado no projeto, o mesmo

utilizou de um documento de Registro das partes interessadas incompleto, no qual não

constava o cliente que receberia o sistema. Também não foi criado Plano de gerenciamento

dos requisitos e nem Matriz de rastreabilidade dos requisitos. A criação deste plano e matriz e

por consequência sua revisão ao longo do projeto minimizariam a probabilidade de algum

requisito não ser atendido pelo cliente.

As indefinições do escopo do produto, conforme item 5.1, foram:

- Projeto iniciou sem definição, por parte da SIDEROBRAS, de ponto de conexão de

água confiável para Sistema automático de combate a incêndio instalado nos

transformadores do 1º andar da Sala Elétrica do Projeto 1 (Resfriamento controlado e

desempenadeira on-line);

- Não estava definido de forma concreta como seriam os ambientes (forma de

construção) a serem protegidos;

- Sala dos ambientes Sala Elétrica das Mesas de Rolos, Sala Elétrica do Transferidor 1 e

Sala Elétrica do Transferidor 2 não estavam definidos quanto a tamanho e localização.

- Salas Elétricas 1 e 2 dos Medidores de forma 1 e 2 possuíam localização indefinida,

logo havia sido inclusa no escopo de fornecimento da COMBATESYS.

Page 55: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

51

- Ambiente da Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-

line não estava definido como escopo do projeto.

A primeira indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do

processo de Definir o escopo. Na Declaração do escopo do projeto deveria estar clara a

restrição de vazão e pressão necessárias ao Sistema automático de combate a incêndio bem

como a inclusão ou não do fornecimento de caixa d’água exclusiva para o sistema.

A segunda indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do

processo de Definir o escopo. Na Declaração do escopo do projeto deveriam ser citadas as

dimensões e outras informações relevantes das salas a serem protegidas.

A terceira indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do

processo de Criar a EAP. Conforme pode ser verificado na Declaração do escopo do projeto, a

mesma estava dividida por áreas. Foi verificado que as Salas elétricas da Mesas de Rolos,

Transferidor 1 e Transferidor 2 eram em ambos os casos a mesma Sala Elétrica da Máquina

de Ultrassom e que não se tratavam de áreas e sim equipamentos pertencentes à Máquina de

Ultrassom. A Criação da EAP estruturada por área de fornecimento contribuiria de forma

significativa pela identificação desta inconsistência e por consequência geraria uma correção

na Declaração do escopo do projeto.

A quarta indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do

processo de Definir o escopo. Na Declaração do escopo do projeto deveriam ser citadas as

dimensões e outras informações relevantes das salas a serem protegidas.

A quinta indefinição apresentada poderia ter sido minimizada ou eliminada através do

processo de Criar a EAP. Com a criação da EAP estruturada por área seria possível observar a

falta deste ambiente que por consequência geraria uma correção na Declaração do escopo do

projeto incluindo este ambiente ao escopo do projeto.

Outro processo que contribui para minimização da indefinição do escopo, mesmo que para

projetos futuros, é o processo de Controlar o escopo. Este processo foi utilizado pelo projeto,

porém não foi utilizado formulário especifico para registro das solicitações de mudanças no

projeto. Todas as mudanças foram registradas em e-mail trocados entra as partes

SIDEROBRAS e COMBATESYS. Um grande problema em relação a este item seria o da

perda de informações relevantes do projeto e o não registro da mesma em sistema oficial de

gerenciamento de projeto possibilitando com isto que sejam geradas lições aprendidas.

Page 56: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

52

5.4. Redefinição do escopo

Conforme análise dos dados do projeto é possível então definir qual é o escopo correto para o

projeto em questão. A seguir, na Figura 18, é apresentada a EAP redefinida com o resumo dos

principais entregáveis em sua forma gráfica. O detalhamento completo da EAP está Tabela 5

a seguir, cuja representação está na forma analítica e onde são apresentados todos os

entregáveis do projeto. A EAP foi concebida pela divisão dos entregáveis por área. Sua

apresentação reforça a importância de sua elaboração realizada através do processo Criar a

EAP, que não foi utilizado neste projeto.

Figura 18 - Estrutura Analítica do Projeto redefinida resumida (Fonte: Autor)

Tabela 5 – Estrutura Analítica do Projeto redefinida completa (Fonte: Autor)

EAP Projeto Instalação SDAI 1 Projeto Instalação SDAI 1.1 Ger. Do Projeto 1.1.1 Plano Ger. Projeto 1.1.1.1 Declaração do Escopo 1.1.1.2 EAP e Dicionário

Page 57: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

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EAP Projeto Instalação SDAI 1.1.1.3 Matriz de Responsabilidade 1.1.1.4 Plano de Comunicação 1.1.1.5 Registro dos Riscos 1.1.1.6 Plano de Qualidade 1.1.1.7 Mapa de Aquisições 1.1.1.8 Cronograma 1.1.1.9 Orçamento 1.1.1.10 Apresentação do Plano 1.1.2 Monitoramento e Controle 1.1.2.1 Relatórios de progresso 1.1.2.2 Reuniões de Acompanhamento 1.2 Iniciação 1.2.1 Assinatura Contrato 1.2.2 Mobilização Canteiro Obras 1.3 Instalação 1.3.1 Projeto 1 Resfriamento controlado e desempenadeira on-line 1.3.1.1 Sala Elétrica 1.3.1.1.1 1º Andar – Transformadores 69kV 1.3.1.1.1.1 Acionadores manuais 1.3.1.1.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.1.1.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.1.1.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.1.1.5 Sistema automático de combate a incêndio 1.3.1.1.2 2º Andar 1.3.1.1.2.1 Acionadores manuais 1.3.1.1.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.1.2.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.1.1.2.4 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.1.2.5 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.1.2.6 Proteção Passiva 1.3.1.1.3 Porão de Cabos 1.3.1.1.3.1 Acionadores manuais 1.3.1.1.3.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.1.3.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.1.3.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.1.3.5 Proteção Passiva 1.3.1.1.4 3º Andar 1.3.1.1.4.1 Acionadores manuais 1.3.1.1.4.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.1.4.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.1.4.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.1.4.5 Proteção Passiva 1.3.1.2 Cabine Operação 1.3.1.2.1 Cabine 1.3.1.2.1.1 Acionadores manuais 1.3.1.2.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.2.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.2.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.2.1.5 Proteção Passiva 1.3.1.2.1.6 Central Incêndio 1.3.1.2.2 Sala Elétrica Auxiliar 1.3.1.2.2.1 Acionadores manuais 1.3.1.2.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.2.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.2.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.2.2.5 Proteção Passiva

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EAP Projeto Instalação SDAI 1.3.1.2.3 Sala Instrumentação 1.3.1.2.3.1 Acionadores manuais 1.3.1.2.3.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.2.3.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.2.3.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.2.3.5 Proteção Passiva 1.3.1.2.4 Galeria Cabos 1.3.1.2.4.1 Acionadores manuais 1.3.1.2.4.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.2.4.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.1.2.4.4 Proteção Passiva 1.3.1.3 Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line 1.3.1.3.1 Sala Servidores 1.3.1.3.1.1 Acionadores manuais 1.3.1.3.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.3.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.3.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.3.1.5 Proteção Passiva 1.3.1.3.2 Sala Equipe Automação 1.3.1.3.2.1 Acionadores manuais 1.3.1.3.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.1.3.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.1.3.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.1.3.2.5 Proteção Passiva 1.3.2 Projeto 2 Equipamentos Auxiliares 1.3.2.1 Subestação 1.3.2.1.1 Transformadores 1.3.2.1.1.1 Acionadores manuais 1.3.2.1.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.1.1.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.1.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.1.1.5 Proteção Passiva 1.3.2.1.2 Sala Elétrica 1.3.2.1.2.1 Acionadores manuais 1.3.2.1.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.1.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.1.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.1.2.5 Proteção Passiva 1.3.2.1.3 Bandejamento Aéreo 1.3.2.1.3.1 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.1.3.2 Proteção Passiva 1.3.2.2 Desempenadeira off-line 1.3.2.2.1 Porão de Cabos 1.3.2.2.1.1 Acionadores manuais 1.3.2.2.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.2.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.2.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.2.1.5 Proteção Passiva 1.3.2.2.2 Sala Elétrica 1.3.2.2.2.1 Acionadores manuais 1.3.2.2.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.2.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.2.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.2.2.5 Proteção Passiva 1.3.2.2.3 Cabine Operação 1.3.2.2.3.1 Acionadores manuais

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EAP Projeto Instalação SDAI 1.3.2.2.3.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.2.3.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.2.3.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.2.3.5 Proteção Passiva 1.3.2.2.3.6 Central Incêndio 1.3.2.2.4 Galeria Cabos 1.3.2.2.4.1 Acionadores manuais 1.3.2.2.4.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.2.4.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.2.4.4 Proteção Passiva 1.3.2.3 Prensa Hidráulica 1.3.2.3.1 Púlpito Operação 1.3.2.3.1.1 Acionadores manuais 1.3.2.3.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.3.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.3.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.3.1.5 Proteção Passiva 1.3.2.3.2 Sala Elétrica 1.3.2.3.2.1 Acionadores manuais 1.3.2.3.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.3.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.3.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.3.2.5 Proteção Passiva 1.3.2.3.3 Bandejamento Aéreo S.E. Prensa a Subestação 1.3.2.3.3.1 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.3.3.2 Proteção Passiva 1.3.2.3.4 Galeria cabos S.E. Prensa a Prensa 1.3.2.3.4.1 Acionadores manuais 1.3.2.3.4.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.3.4.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.3.4.4 Proteção Passiva 1.3.2.4 Máquina de Ultrassom 1.3.2.4.1 Púlpito Operação 1.3.2.4.1.1 Acionadores manuais 1.3.2.4.1.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.4.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.4.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.4.1.5 Proteção Passiva 1.3.2.4.2 Sala Elétrica 1.3.2.4.2.1 Acionadores manuais 1.3.2.4.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.4.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.4.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.4.2.5 Proteção Passiva 1.3.2.4.3 Bandejmento Aéreo S.E. Ultrassom a Subestação 1.3.2.4.3.1 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.4.3.2 Proteção Passiva 1.3.2.4.4 Galeria cabos S.E. Ultrassom a Púlpito Operação 1.3.2.4.4.1 Acionadores manuais 1.3.2.4.4.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.4.4.3 Detectores lineares de temperatura 1.3.2.4.4.4 Proteção Passiva 1.3.2.5 Máquina de marcação à frio 1.3.2.5.1 Púlpito Operação 1.3.2.5.1.1 Acionadores manuais 1.3.2.5.1.2 Avisadores sonoros e visuais

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EAP Projeto Instalação SDAI 1.3.2.5.1.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.5.1.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.5.1.5 Proteção Passiva 1.3.2.5.2 Sala Elétrica 1.3.2.5.2.1 Acionadores manuais 1.3.2.5.2.2 Avisadores sonoros e visuais 1.3.2.5.2.3 Detectores de fumaça por amostragem do ar 1.3.2.5.2.4 Extintores manuais de incêndio 1.3.2.5.2.5 Proteção Passiva 1.4 Testes 1.4.1 Projeto 1 1.4.1.1 Sala Elétrica 1.4.1.2 Cabine Operação 1.4.1.3 Sala de Computadores do Resfriamento controlado e desempenadeira on-line 1.4.2 Projeto 2 1.4.2.1 Subestação 1.4.2.2 Desempenadeira off-line 1.4.2.3 Prensa Hidráulica 1.4.2.4 Máquina de Ultrassom 1.4.2.5 Máquina de marcação à frio 1.5 Encerramento 1.5.1 As Built 1.5.2 Data Book 1.5.3 Manual Operação e Manutenção 1.5.4 Treinamento Operação 1.5.5 Treinamento Manutenção 1.5.6 Desmobilização Canteiro Obras 1.5.7 Contrato

A instalação do sistema de detecção, combate e alarme a incêndio (SDCAI) da Casa de

Bombas realizado através das Mudanças E, F e G da Tabela 4 não foi incluído na EAP

redefinida por não pertencer ao escopo original do projeto.

Page 61: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

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6. CONCLUSÕES

Conforme pode ser observado, a empresa SIDEROBRAS utilizou de quatro dos cinco

processos do Gerenciamento do escopo do Projeto, sendo eles: Coletar os requisitos, Definir o

escopo, Verificar o escopo e Controlar o escopo. Não foi utilizado pelo projeto o processo

Criar a EAP.

O processo Coletar os requisitos foi o responsável pelos problemas apresentados na

Declaração do escopo do projeto, elaborada através do processo Definir o escopo. A

Declaração do escopo do projeto a ser executado apresentou-se incompleta, divergente e com

indefinições. Suas causas básicas foram:

- Falha no Registro das partes interessadas, que não constava o cliente que faria a

manutenção do SDAI e que também faria a aceitação;

- Documentação dos requisitos incompleta;

- Falta de Plano de gerenciamento dos requisitos;

- Falta da Matriz de rastreabilidade dos requisitos.

Algumas indefinições no escopo do projeto foram ocasionadas pelo processo Definir o

escopo, pois faltaram informações detalhadas para alguns dos entregáveis do projeto.

A não utilização do processo Criar a EAP foi o causador de alguns dos problemas do processo

Controlar o Escopo.

O Cronograma do projeto não foi elaborado com base na EAP o que fez com que ocorresse

alteração na linha de base de custo do projeto e por consequência uma segunda mobilização

da equipe contratada COMBATESYS.

Foi possível observar que, com a Criação da EAP, equipamentos pertencentes a uma

determinada área, que estavam como ambientes a serem protegidos gerando com isto uma

duplicação, poderiam ter sido retirados a tempo reduzindo com isto o escopo do projeto.

Também seria através dela que ambientes importantes a serem inseridos no projeto também

poderiam ser adicionados antes do fechamento do escopo do projeto.

A Criação da EAP poderia gerar também correções na Declaração do escopo do projeto, uma

vez que identificaria indefinições antes do fechamento final do escopo.

No geral, a utilização de todos os processos do Gerenciamento do escopo do projeto contribui

para a minimização da indefinição do escopo do projeto do Sistema de detecção, combate e

Page 62: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

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alarme a incêndio (SDCAI) da empresa SIDEROBRAS. Também foi notável que a não

utilização de um dos processos ou a utilização de forma incompleta impacta diretamente na

execução dos demais processos do Gerenciamento do escopo do projeto.

Para este processo específico, os processos Coletar os requisitos, Definir o escopo e

principalmente a não utilização do Processo Criar a EAP foram os causadores de inúmeros

problemas no Gerenciamento do escopo do projeto. Foram também as causas de várias

indefinições e das mudanças do projeto.

Outro ponto importante, conforme já dito, não foi utilizado formulário especifico para registro

das solicitações de mudanças no projeto no processo Controlar o escopo. Todas as mudanças

foram registradas em e-mail trocados entra as partes SIDEROBRAS e COMBATESYS. Um

grande problema em relação a este item seria o da perda de informações relevantes do projeto

e o não registro da mesma em sistema oficial de gerenciamento de projeto possibilitando com

isto que sejam geradas lições aprendidas.

Page 63: GERENCIAMENTO DO ESCOPO DE PROJETO DE SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

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