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1 GESTÃO DE FROTAS LOG019 – Parte 1

Gestão de Frotas - 01

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GESTÃO DE FROTAS

LOG019 – Parte 1

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDYCSA - ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS

LOG019– GESTÃO DE FROTAS

1 – VISÃO GERAL DA GESTÃO DE FROTAS

Podemos definir como Frota o conjunto de veículos utilizados por uma ou mais empresas para efetuar as

operações de transporte de mercadorias e/ou passageiros, dentro de um sistema logístico, podendo ser

próprias ou terceirizadas.

Como todo e qualquer tipo de recurso as frotas precisam ser gerenciadas para atingir o máximo possível de eficiências e eficácia na sua utilização. Existem vários tipos de problemas relacionados ao gerenciamento de frotas tais como as capacidades de transporte limitadas, os custos relacionados à atividade de transporte, os esforços em manutenção, o gerenciamento do fator humano, as condições das vias, etc.

1.1 CUSTOS ASSOCIADOS À GESTÃO DE FROTAS

Como em praticamente todos os segmentos existem dois tipos de custos envolvidos nas atividades da Gestão de Frotas: Os custos fixos que são todos os desembolsos que ocorrem independentemente ao deslocamento dos veículos, e os custos variáveis que variam de acordo com o volume de deslocamento dos veículos.

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Como veremos mais adiante a boa gestão dos custos e a utilização das tecnologias de informação aplicada aos sistemas logísticos contribuem para reduções consideráveis nesses custos.

1.2 PROBLEMAS COM O MAU USO DA FROTA

Não bastassem os custos e demais variáveis envolvidas com as questões da Frota, os gestores de Logística que lidam com esse segmento também precisam lidar com problemas de conservação relacionados ao mau uso dos equipamentos.

A manutenção de frotas próprias exige que as empresas possuam (ou terceirizem) departamentos de controle e manutenção dos veículos, tendo em vista que estes são frequentemente conduzidos por vários motoristas diferentes, ficando sujeitos a um desgaste mais acelerado, haja visto que os condutores nem sempre cuidam dos veículos da empresa da mesma maneira que cuidariam de seus próprios veículos.

Vale ressaltar que, veículos empresariais estão sujeitos a condições pouco comuns se comparados a veículos normais de passeio. Como exemplos temos a utilização (em alguns casos) por quase 24 horas, os carregamentos constantes com peso excessivo, as políticas de renovação de frota baseadas

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em manter os veículos em serviço até que acumulem centenas de milhares de quilómetros.

A condução dos veículos fora dos parâmetros de direção defensiva e das leis de trânsito pode acarretar problemas financeiros dos mais variados:

1.3 CONTEXTO HISTÓRICO DA GESTÃO DE FROTAS

Não é possível precisar uma data ou período exatos, mas estima-se que o gestor de frotas existe desde que registramos o crescimento das demandas por produtos a ponto das empresas precisarem de vários veículos para fazer suas entregas, viajar para falar com clientes, transportar equipamentos, pessoas, etc...

Um fator que contribuiu substancialmente para esse segmento foi a invenção do transporte público na França, quando em 1662, Blaise Pascal obteve de Luís XIV a licença de fundar uma empresa pública de carruagens, puxadas a cavalo, para operar cinco linhas.

Com o lançamento do Ford modelo T, um automóvel relativamente popular, o tráfego de automóveis aumentou consideravelmente nos EUA a partir de 1908. A motorização do trânsito americano passa a ser vertiginosa, e para acompanhar aquele fenômeno, as empresas foram obrigadas ao aprimoramento da gestão de suas frotas.

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O veículo de transporte se tornou indispensável ao homem pelas comodidades que proporciona. Mas, o fato é que o excesso desses veículos tornou necessária uma gestão operacional mais eficaz.

Com o passar dos anos evoluiu também o modelo de gestão de frotas:

1.4 ORGANIZAÇÃO DO CONTEÚDO DA GESTÃO DE FROTAS

Visando facilitar o seu aprendizado a cerca da gestão de Frotas dividiremos suas atividades em quatro momentos distintos, cada um com suas respectivas atividades:

2- PLANEJAMENTO DA FROTA

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2.1 PROPRIEDADE DA FROTA (PRÓPRIA OU TERCEIRIZADA)

Quando falamos de frota, lá vem a terrível dúvida...Qual é o fator decisivo para escolher entre frota própria ou frota

terceirizada? Qual a hora de saber se estamos gastando mais entre um modelo e outro?

Perguntas que dificilmente podem ser respondida com exatidão; os números pesquisados de acordo com a ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores dizem que metade dos atacados a nível Brasil está optando por um modelo de frota própria enquanto a outra metade fica com a utilização da frota terceirizada.

Pensando nas vantagens e desvantagens de cada modelo, depende muito da operação a ser realizada, alguns atacados preferem ter sua frota 100% própria, enquanto outros terceirizam algumas regiões ou zonas de entrega, depende da necessidade e também do nível de serviço que podemos oferecer até o consumidor final.

Caminhando na ideia de obter uma frota própria, atacados distribuidores pressupõe que a operação pode ficar mais barata podendo se enganar quando analisarmos os custos efetivos dessa frota.

Na verdade o que estamos vendo é que não existe uma frota 100% própria explica a revista distribuição. A empresa pode ter a maior parte de carros próprios, mas sempre completará a operação com frota de terceiros, dependendo do volume de entregas que ela tenha a realizar no período.

Pensando por esse ponto, é a pura verdade, mas existem aqueles que preferem adquirir mais caminhões, contratar mais motoristas, para realizar as entregas, sendo fiel ao modelo próprio na tentativa de manter seu nível de serviço e garantindo a pontualidade na entrega. Na contramão dessa situação encontramos diversas saídas como a terceirização total ou parcial ou até mesmo contratando agregados ou autônomos de qualidade.

Tudo tem que ser bem analisado pelo o gerente de logística da empresa, folha de pagamento do transporte, custo da frota, tempo de entrega, quantos caminhões e pessoas envolvidos na operação de transporte, KM rodado no mês, tudo isso pode ser uma informação vital para a escolha entre frota própria ou terceira.

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Veja algumas diferenças:

Algumas empresas enxergam a terceirização como redução nos custos logísticos ou até mesmo se julgam não serem competentes para administrar esta parte logística, mas vale lembrar que 25% dos custos logísticos estão ligados diretamente a área de transporte.

Definir a estratégia melhor para o transporte, pode representar muito na hora de atender o cliente final, um exemplo disso é o caso do frete retorno, que por muitas vezes quando temos uma frota própria, pode significar e muito no custo da entrega, caminhão que vai cheio e volta vazio encarece lá no final, no cliente contratante e isso é péssimo quando falamos de repassar esses custos. Empresas de atacado estão buscando incessantemente o frete retorno, onde podem (quem sabe) gerar uma receita significativa para a operação.

Analisando mais um pouco sobre a frota terceirizada, podemos dizer que a dor de cabeça pode ser menor, quanto a questões administrativas e burocráticas, mas será que estou atendendo realmente com o nível de serviço que a empresa merece?

Por isso, logisticamente falando não tem melhor ou pior. Já cara ou barata, existe sim!

Planejamento nessas horas vale muito na hora de saber quando, como e onde vou terceirizar meu transporte, saber quais tipos de veículos próprios posso trabalhar ou terceiro, são decisões que vão afetar diretamente o processo logístico e devem ser analisadas no médio ao longo prazo.

Tudo depende do QUE (produtos e serviços chegando lá de qual forma) quer entregar ao cliente.

Guest Post de Setas Logística.

Vá além da sala de aula... Aprofunde seus conhecimentos sobre a Frota própria e

terceirizada acesse:http://clubedalogistica.blogspot.com.br/ ou http://guialog.com.br/ARTIGO115.htm

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2.2 DIMENSIONAMENTO DE FROTAS

2.2.1 VISÃO SIMPLES DE FROTAS HOMOGÊNEAS

Resolução

2.2 FROTAS HOMOGÊNEAS – VARIÁVEIS NÃO PRONTAS

Algumas variáveis no exemplo já vieram dimensionadas e prontas para o cálculo, porém no dia-a-dia é preciso atentar para o fato de que nem todos os elementos do problema serão fáceis de mensurar e detalhes como unidades de medidas e detalhes técnicos precisam ser observados.

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Quando o caso requerer um nível de análise mais aprofundado é possível adotar um modelo de cálculo baseado em informações mais completas:

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Peso do Chassi 5.400 kgPeso Bruto Total do Veículo 35.000 kg

Peso do Semi-Reboque ou Reboque 7.250 kgPeso de outros equipamentos 350 kg

55 km/h na ida70 km/h na Volta

Tipo de Carga a ser transportadapeso específico da carga quando granel 1.000 kg/m³

Carga mensal a ser transportada 30.000 t/mês

85 min na ida- min na volta414 km na ida430 km na volta

Jornada útil de um dia de trabalho 8 horasNúmero de turnos de trabalho por dia 2 turnos

Número de dias úteis de trabalho por mês 25 diasNúmero de dias previstos para manutenção por mês 2 dias

Milho

Dados Iniciais

Velocidade Operacional

Operacionais

da Carga

do Veículo

Tempo de Carga e Descarga

Distância a ser percorrida

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Resolução

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BIBLIOGRAFIA

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