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QUEBRA – GELOS Para Instrutores e Facilitadores Volume I Fonte: Cornell Trainner Network Icebreaker Mini-Conference July, 1996 Compilação e adaptação Jairo Siqueira

Quebra gelos - Volume 1

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QUEBRA – GELOSPara Instrutores e Facilitadores

Volume I

Fonte: Cornell Trainner Network Icebreaker Mini-ConferenceJuly, 1996

Compilação e adaptação

Jairo Siqueira

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Sumário

Apresentação.................................................................................... 1

O que são "Quebra-Gelos"?..............................................................2

A utilização dos "Quebra-Gelos" .......................................................2

Chapéus de feltro..............................................................................5

Nomes e adjetivos ............................................................................5

Nomes e estórias .............................................................................. 5

O Jogo do guardanapo .....................................................................6

Dividindo as pedras ..........................................................................6

Bola lançada, grupo enrolado ...........................................................8

Promovendo entrosamentos .............................................................9

Encontrando um objeto .....................................................................9

Entrevistando e apresentando ........................................................11

Duas verdades e uma mentira ........................................................11

O jogo dos nomes...........................................................................13

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Apresentação

Quebra-gelos

Volume I

Organizei esta coletânea de exercícios e atividades usadas para estimular a interação e a integração de grupos. Esta coletânea é o resultado de pesquisa na internet de material disponibilizado para utilização não comercial. Sempre que possível, identifico os autores do materialencontrado. Espero que faça bom proveito.

No site CriatividadeAplicada.com você encontrará outros materiais de seu interesse, livros e mais de uma centena de artigos sobre criatividade e inovação. Aguardo sua visita.

Jairo Siqueira

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Dois livros essenciais para o desenvolvimento de sua criatividade.

Disponíveis em duas opções: livro impresso ou e-book.

Informações no site

Criatividade Aplicada

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O que são "Quebra-Gelos"?

A "Encyclopedia of Icebreakers" (University Associates, 1983) define quebra-gelos (icebreakers) como ferramentas que possibilitam ao líder da equipe fortalecer a interação, estimular o pensamento criativo, promover desafios, ilustrar a introdução de novos conceitos e de conteúdo específico. Dessa forma, quebra-gelos podem ser usados a qualquer momento em que haja necessidade de se estruturar uma equipe, de fortalecê-la, ou ajudá-la a perseguir seus objetivos. Exercícios que atuam como "energizadores" podem ser utilizados com essa mesma função, e utilizados com grande eficácia no meio de uma reunião, treinamento, oficina de trabalho ou em meio a uma atividade ou experiência de grupos de aprendizagem.

A utilização dos "Quebra-Gelos"

Ainda que os pontos abaixo pareçam óbvios, é importante levar em consideração algumas condições básicas antes de escolher, inventar ou utilizar quebra-gelos.

Cumplicidade

Antes de tudo, os quebra-gelos funcionam bem melhor quando as pessoas envolvidas estabeleceram uma cumplicidade com a atividade escolhida pelo facilitador. Tal cumplicidade implica em oferecer aos participantes:

1. A lógica da atividade

2. Os objetivos da atividade

3. A estrutura da atividade

4. A oportunidade de eliminar suas dúvidas

5. A liberdade de participar na medida em que se sinta confortável para isso.

O último item é o mais crítico e, via de regra, negligenciado. Uma explicação simples no início de um programa de treinamento (justamente quando os quebra-gelos costumam ser utilizados!) é o suficiente para esclarecer que os participantes não são obrigados a participar de todas as atividades. Falar sobre essas condições fazem sentido mesmo em eventos em que seriam desejados 100% de participação das pessoas, pois irá ajudar as pessoas a se sentirem mais à vontade.

Ainda que os participantes nem sempre externem seus sentimentos para o

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facilitador, muitas atividades de treinamento costumam desenvolver-se sob stress dos envolvidos por uma série de diferentes razões. Seja aquele que é extremamente introvertido e tem que fazer um esforço supremo para manter-se no mesmo nível de envolvimento com o grupo, ou a pessoa que se coloca em permanente estado de debilidade física e evita a todo custo envolver-se em esforços para não sentir dor, ou outra com algum trauma de infância em que sempre foi discriminada por sua falta de habilidade física, ou ainda a pessoa que simplesmente veio de "um péssimo dia".

Tais situações colocam os participantes em uma escala de graus de conforto ou desconforto com relação aos exercícios. Quando percebem pouca identificação entre seus estados de espírito e os quesitos para o "quebra-gelo", as pessoas - de forma particular ou até publica - tentarão esquivar-se de participar. Oferecida a liberdade de optar, as pessoas tendem a sentir-se com mais autonomia para sua participação e, ao mesmo tempo, menos justificadas para reclamar de que "foram induzidas a isso". Sempre que podem escolher, as pessoas, ironicamente, acabam por preferir integrar o jogo a optar pela exclusão.

Para aumentar as chances de uma efetiva participação, deve-se estabelecer formalmente que as pessoas têm o direito de sair fora em qualquer ponto do jogo em que não se sintam confortáveis. Com mais esta alternativa, raramente as pessoas optam por abandonar o exercício.

Uso adequado - Sintonia

Os quebra-gelos estabelecem a "sintonia" dos participantes com aspectos do evento que eles precedem. Consequentemente, é importante que se atente para essa identificação entre o exercício e o conteúdo do evento. Algumas vezes um quebra-gelo por demais sério pode passar a mensagem de que "isto aqui não vai ter a menor graça!". Outras vezes, quebra-gelos "bobos" podem produzir efeitos indesejáveis sobre determinado público, ou servir apenas como parada no meio de um programa longo, ou ser ainda utilizado como estimulador do grupo. O quebra-gelo deve, porém, ser sempre uma escolha consciente, e não aleatória.

Duração

Alguns quebra-gelos são aplicáveis a trabalhos de curtíssima duração, enquanto outros só fazem sentido se aplicados a programas que se estendem por vários dias. Como regra básica, poderíamos dizer que um quebra-gelo que demora mais que 1/16 da carga horária total de um programa (meia hora por cada dia de 8 horas) é

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longo demais (a menos, é claro, que os quebra-gelos sejam utilizados como "imersões" do processo ensino-aprendizagem e se constituam em parte integrante da metodologia do programa).

Aspectos instrucionais

Alguns instrutores e facilitadores preferem utilizar quebra-gelos que proporcionem significativa absorção dos conteúdos dos programas e compreensão de seus objetivos. Outros preferem usá-los como momentos de "relax", desassociados do conteúdo principal. O mais importante é que se entenda que quebra-gelos devem ser dinâmicos e facilitar a compreensão, consciente ou inconsciente, do conteúdo do programa em foi inserido. Levar em consideração essa aprendizagem em potencial, mais ainda do que os efeitos na equipe que beneficiam o trabalho do seu condutor, pode ajudar sobremaneira a melhorar a interação e acompleta absorção das experiências.

Aferição da aprendizagem

Enfatizando o que foi dito, os instrutores variam na forma de utilizar quebra-gelos como oportunidades de aprendizagem. Considerando-se a regra geral dos 1/16 mencionada anteriormente, os efeitos obtidos com a aplicação pura de um quebra-gelo podem às vezes ser desvirtuados por seu excessivo detalhamento.

Segurança

Independente do tipo de "segurança psicológica" já descrita em tópicos anteriores (vide "Cumplicidade"), quebra-gelos ou "energizadores" que possuam grau de empenho físico complicado ou desafiador devem ser analisados cuidadosamente antes de sua utilização. E vale lembrar que, ainda que se adote a regra de participação expontânea, os benefícios obtidos poderão ser ínfimos, se tais aspectos de execução não forem claramente discutidos com os participantes.

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Nas páginas seguintes apresentamos uma seleção de Quebra-Gelos que você pode usar nos treinamentos e reuniões de trabalho para facilitar o entrosamento e criar um ambiente mais aberto, caloroso, participativo e dinâmico. Bom proveito.

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Chapéus de feltro

É entregue a cada participante um círculo de feltro vermelho - pré-recortado - de aproximadamente 45 cm de diâmetro. Os participantes devem ser instruídos para fazer qualquer tipo de chapéu com a peça de feltro. É dado tempo suficiente pra que todos os participantes possam fazer seu chapéu, e em seguida cada um terá que explicar os detalhes de sua criação. Esta é uma maneira rápida e engraçada de "quebrar o gelo".

Autoria: Kathleen Winslow, Coordenadora de Treinamento e Desenvolvimento-Ithaca, NY.

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Nomes e adjetivos

Peça para que cada participante escolha um adjetívo que comece pela mesma letra do seu primeiro nome (exemplo: "Fabiano Feliz"). Comece fazendo o seu primeiro, em seguida corra o grupo pedindo que digam a combinação de seu nome com o adjetivo escolhido, Poderão ser feitas ainda perguntas adicionais, tais como onde trabalham, ou outra informação de interesse geral. Em vários momentos durante os demais temas, ou ao final, pergunte às pessoas se elas se lembram dos nomes com os adjetivos escolhidos, para fixar bem. Estimule os esforços e parabenize as respostas certas.

Autoria: Marille Bell, Diretora do "Work and Family Services"- Ithaca, NY.

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Nomes e estórias

Peça aos participantes para se apresentarem a si mesmos, narrando de forma sucinta alguma situação vivida que eles tenham considerado inusitada ou constrangedora em sua vida profissional.

Autoria: Christian Luntz, estudante do Programa de Gerenciamento de Conflitos da Cornell University em 1996.

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O Jogo do guardanapo

Instrua os participantes para formarem grupos com igual número de pessoas. Entregue um guardanapo para cada grupo e peça para alguém do grupo dobrar o guardanapo no menor tamanho que conseguir, desde que permita que cada membro do grupo coloque sobre ele pelo menos um dedo do pé.

Autoria: Tim Durnford, Gerente de Trenamento, Recursos Humanos do Statler Hotel -Ithaca, NY.

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Dividindo as pedras

Requisitos:

Pedras muiticoloridas, pequenas e interessantes, para todos os integrantes do grupo. Coloque-os sentados em círculo, próximos o bastante para trocar as pedras rapidamente entre si.

Instruções para o grupo:

"Este exercício foi planejado para ajudar as pessoas a lidar com três aspectos que contribuem dedicidamente para a manutenção de nossa saúde e bem-estar: o sentimento de estar bem consigo mesmo, o nosso relacionamento com os outros seres vivos, e a perfeita harmonia com o mundo a nossa volta, representado pela terra."

"Depois que todo mundo tiver escolhido uma pedra da cesta que eu vou passar, cada um de nós vai compartilhar com o grupo: 1) nosso nome completo e alguma coisa que nos pareça significativa a respeito da família, sua origem étnica, etc. (que promova uma associação direta com sua própria pessoa); 2) um animal que tenha ocupado um espaço especial em nossa vida, como um bichinho de estimação, ou um objeto que tenha exercido algum fascínio sobre nós (que promova umaassociação direta com qualquer ser vivo), e 3) um lugar em qualquer canto do planeta que possua um sentido importante para nossa vida, seja pela sua beleza, pelas boas lembranças que trás, pela inspiração que gera, pela paz que trás ao espírito (que promova uma associação direta com o planeta)".

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"Começa comigo, e assim que eu acabar de compartilhar os três itens com vocês, todos deverão passar a sua pedra para o companheiro da esquerda, e receber a que lhe é oferecido pelo companheiro da direita. Esse é o procedimento que adotaremos após cada pessoa que compartilhar os seus três itens com o grupo. No momento em que encerrarmos o exercício, a nossa pedra terá sido tocada por todas as pessoas do grupo e teremos tocado em todas as pedras dos companheiros, e cada um de nós deverá estar novamente com a sua própria pedra nas mãos."

"Cada um de nós deverá guardar nossa pedra para o resto da vida, ou devolvê-la ao Universo, em qualquer local que se queira. Poderemos mante-la sempre em nossos bolsos, mesa de trabalho, ou numa prateleira para servir sempre como uma recordação de cada pessoa com a qual compartilhamos as experiências deste exercício. Também nos fará recordar deste treinamento e de todas as coisas que aprendemos aqui. Poderemos utilizá-la ainda como uma "pedra de toque" para a gente friccionar sempre que se sentir estressado”.

"Meu nome é ... etc."

Você tem que estar atento à forma de passar a sua pedra e receber a do participante da direita, assim que der início ao processo na posição de líder do grupo.

Variações:

A associação direta consigo mesmo pode ser obtida de diversas formas: "Meu nome é... e minha cor favorita é o ... porque... "; "Meu nome é ... e nasci em ..."; "Meu nome é... e meus pais são/eram (profissões, carreiras, etc.)"; "Meu nome é... e o que eu mais gosto na minha vida é... "; "Meu nome é ... e penso que quando eu me aposentar vou..."; etc.

A associação direta com outros seres vivos também pode ser exp re ssa de uma in f i n i dade de f o rmas , t a i s como: "Meu(s)/minha(s) esposa/sócio/filhos/netos/melhor amigo é/são especial(is) porque..."; "O que eu mais valorizo em minhas amizades/colegas de trabalho é..."; "Não me é muito difícil perdoar pessoas que erraram comigo se elas..."; etc.

E a associação direta com a terra pode ser feita assim: "A minha maior contribuição para a vida no planeta é..."; "A maneira como sinto que a terra me alimenta é... "; etc.

Autoria: John Gormley, Educador da Área de Saúde do Gannett Health Center,

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Cornell University - Ithaca, NY.

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Bola lançada, grupo enrolado

Este quebra-gelo é ideal para o segundo dia de um treinamento mais longo, quando as pessoas já se conhecem, mas ainda não estão suficientemente entrosadas.

Tenha em mãos três bolas de ténis. Disponha o grupo em círculo.

O facíliíador lança uma das bolas para alguém do grupo (que ele saiba quem é) dizendo o seu próprio nome e o da pessoa para quem jogou a bola (Ex.: de Luiz para João). Então o João (que recebeu a bola) joga a bola para outra pessoa queele saiba o nome (ex.: de João para Felipe). Felipe faz o mesmo para uma outra, e assim sucessivamente, até a bola chegar ao último do círculo que ainda não a tenha recebido, de forma que todos tenham ouvido seu nome dito por alguém.

O facílitador reinicia o processo, começando pela mesma pessoa da vez anterior, e solicitando que as pessoas joguem a bola exatamente para a mesma pessoa da vez anterior. Apenas desta vez a segunda bola segue a primeira com curto espaço de tempo, mas não ao mesmo tempo, e todos seguem passando as bolas e repetindo os nomes, só parando quando a bola retorna para o facilitador após o último do círculo tê-la arremessado.

Começa-se tudo novamente, desta vez introduzindo também a terceira bola e cumprindo-se o mesmo procedimento. Com as três bolas pulando de mão em mão em sequência, dentro do jogo, enquanto as pessoas dizem os nomes dos que as recebem quase que ao mesmo tempo, a confusão gerada fica estimulante e engraçada. Mas agora as pessoas já puderam fixar bem os nomes de todos,repetidos continuamente, e o grupo estará bem mais aclimatado e pronto para seguir em frente. Se (ou quando) alguém derrubar a bola no chão durante o "passa-passa", não há necessidade de se reiniciar tudo, bastando que a pessoa a apanhe rapidamente e dê continuidade do ponto em que se encontrava.

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Promovendo entrosamentos

Algumas ideias simples para promover uma melhor integração, e preparar as pessoas para trabalharem juntas:

Peça às pessoas que completem frases do tipo:

• Era uma vez um rapaz/moça (eu) que...• O tipo de férias que mais gosto é...• A coisa mais perigosa que já fiz foi...• A coisa mais selvagem (que eu admito) que fiz foi...

Estas dinâmicas-relâmpago são muito fáceis de aplicar e também podem ser desdobradas em tópicos, como: "o que eu fiz em minhas últimas férias", "meus planos para o final de semana são...", etc.

Autoria: Mary Louise Doyle, Gerente de Recursos Humanos da Cornell University - Ithaca, NY.

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Encontrando um objeto

Objetivos:

Estabelecer um clima onde as pessoas se sintam seguras para trocar experiências de forma mais profunda, sem as restrições impostas pela preocupação de serem socialmente aceitas.

Desenvolvimento:

Dê 10 minutos para que os participantes encontrem algum objeto(*) que represente como eles estão se sentindo naquele momento, o que pretendem, como se sentem em relação aos seus trabalhos, o que eles gostariam que "rolasse", etc.

(*) Na impossibilidade de ter diversos objetos à disposição, pode-se adaptar para desenhos que representem os objetos (Nota do Tradutor/Adaptador).

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Os participantes podem segurar os seus objetos (desenhados ou não), ou colocá-los sobre um pano no centro da sala (considerando que as pessoas estarão sentadas em círculo no chão ou em cadeiras).

Peça aos participantes que compartilhem com o grupo o significado de seus objetos.Você poderá seguir a ordem de entrega dos trabalhos, ou deixar a escolha aleatória, à medida que cada qual se apresente como voluntário (geralmente as pessoas escolhem esta forma).

Algumas considerações:

Em termos de número de integrantes, com até 16 pessoas este exercício costuma levar em torno de 30 minutos. A maioria não se estende muito para completar a tarefa.

É claro que facilita se o exercício acontecer em local aberto, onde as pessoas tenham acesso à natureza, que oferece um elenco maior de objetos para serem utilizados. Em salas fechadas exige algumas adaptações (como a que já foi mencionada) ou dando chance às pessoas de procurar coisas nas imediações.

Será útil esclarecer que eles não têm que ser absolutamente precisos em suas escolhas, e que não se esforcem em demasia para encontrar determinado objeto. Antes, permitam que os objetos à sua volta lhes "digam" algo associado ao que desejam. Isto significa dizer que tudo sobre o qual baterem a vista deva ser considerado para esse efeito. Esse tipo de inversão - deixar o objeto lhe "falar", em vez de buscar um pensado de antemão - é um bom exemplo de "desafio de escolha", no qual os participantes checam até onde conseguem compartilhar sua "visão interior" com o grupo, (entendendo que aprendizagem sempre requer alguma disposição para correr riscos)

Variação (por B. Davis):

Cada participante se apresenta e mostra para o grupo um objeto qualquer que trouxe consigo no bolso, na pasta, etc., e explica porque aquele objeto é significativo para ele.

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Entrevistando e apresentando

Objetivos:

Conhecer alguém o suficiente para poder apresentá-lo para o grupo. Possibilita ainda a todos os participantes serem apresentados a partir da ótica de outra pessoa, e não da sua própria. Permite que os participantes aprendam a entrevistar alguém que eles acabaram de conhecer, e também se mostrem o suficiente para serem apresentados adequadamente.

Formam-se pares. Peça que a dupla entreviste um ao outro, e determine um tempo de duração para as entrevistas (no máximo 5 minutos), após o que cada qual apresentará o companheiro.

Algumas orientações:

Pode-se preparar algumas questões previamente para serem utilizadas na entrevista, ou então serem fornecidas algumas linhas básicas sobre o que se deva parguntar. Na formação dos pares deve-se solicitar às pessoas que escolham as que elas ainda não conheçam (*).

(*) Outra variação interessante é, caso não se opte por essa escolha, ou as pessoas já se conheçam, que se peça a elas para revelarem algo, por exemplo, que fosse novidade até mesmo para os seus companheiros de trabalho (Nota do Tradutor/Adaptador).

Autoria de Lynn Brown, com acréscimos de Peter Hurst.

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Duas verdades e uma mentira

Objetivos:

Permitir que as pessoas possam se conhecer e gostar mais umas das outras, através da descoberta de características, interesses e experiências comuns.

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Contribuir para ampliar o aspecto lúdico de um grupo através de situações do relacionamento humano que se apliquem a estruturas organizacionais ou de poder.

Oferecer oportunidade para as pessoas se sentirem mais confortáveis para falar e ouvir umas às outras.

Facilitar o processo de exposição de ideias e da própria imagem para um grupo de pessoas.

Desenvolvimento:

Em grupos de três a oito pessoas (dependendo do tempo que se pretende oferecer para o exercício), faça com que elas se revezem fazendo três afirmativas sobre si mesmas, duas verdadeiras e uma falsa.

Cada vez que uma delas apresentar suas três afirmativas, os outros membros do grupo discutem entre eles qual das três é mais provável de ser a afirmativa falsa.

Assim que eles chegarem a algum consenso e revelarem sua opinião, a pessoa que fez as afirmativas deverá não só revelar qual era a mentira, como também perguntar o que os levou a opinião final, seja esta certa ou errada.

Grupos de três pessoas terminam o exercício em 10 minutos, em média. Grupos de 8 precisam de 20 a 30 minutos.

Algumas observações:

Este jogo funciona bem quando os componentes dos grupos ainda não se conhecem. Surpreendem-se quando descobrem como os demais conseguem captar nuances das afirmações que facilitam a descoberta da afirmativa falsa.

O jogo funciona melhor ainda quando as pessoas do grupo já passaram algum tempo juntas e acham que conhecem já bastante a respeito uma das outras.

As primeiras pessoas que forem solicitadas a fazer suas afirmativas podem encontrar alguma dificuldade para formulá-las, mas os demais, a partir dos primeiros exemplos, vão encontrar facilidade para fazer as suas. Uma ação que pode acelerar este processo é escolher com antecedência as duas primeiras pessoas e pedir que deixem preparadas suas afirmativas.

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Autoria: Lucinda Poudrier-Aaronson, Especialista da Equipe de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Cornell Uníversity.

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O jogo dos nomes

Esta atividade funciona melhor com grupos de quantidade média a grande (entre 15 a 30 pessoas), e é aplicável a programas que durem, no mínimo, quatro horas. A melhor disposição para os participantes é o círculo.

Objetivo:

O objetivo principal deste exercício é ajudar a fixar os nomes e promover o entrosamento entre os participantes. Ao final do jogo, cada participante deve ser capaz de se lembrar dos nomes de, pelo menos, 50% dos seus colegas presentes na sala.

Público Alvo:

O Jogo dos Nomes é simples, seguro e eficaz para a grande maioria de participantes de um treinamento. Deve ser evitada sua aplicação em grupos com um longo histórico de conflitos colocados na mesma sala de aula, pois o pedido para lembrar o nome de alguém pode gerar grandes constrangimentos e acirrar os ânimos e o agravamento da situação.

Tempo de aplicação:

Ainda que o jogo tenha seu próprio tempo (quando o último é apresentado), é preciso lembrar que grupos grandes precisam de maior tempo para ser incluído no planejamento. Em média, o tempo necessário para grupos de 5 a 12 participantes é de 10 minutos. Esse tempo deverá ser dobrado para grupos de mais de 12 pessoas.

Desenvolvimento:

1. Peça que cada participante se apresente aos demais, seguindo-se os outros no sentido horário ou anti-horário, até percorrer todo o grupo. Cada pessoa deverá dizer pelo menos seu nome, o que faz, e um tópico interessante como o "hobby" favorito, ou alguma coisa que seja definido através de consulta ao

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próprio grupo.

2. A principal tarefa de cada um é se lembrar dos nomes de cada membro do grupo a partir do primeiro, na ordem em que se apresentaram. Estabeleça uma regra de que eles não poderão tomar notas dos nomes durante as apresentações.

3. Comece as apresentações. Depois que três ou quatro pessoas já o fizeram, peça a um voluntário que recorde seus nomes para o grupo.

4. Incremente o jogo com demonstrações expontâneas de satisfação pela capacidade de memorização das pessoas. Encoraje-as com salvas de palmas.

5. Uma boa variação para este exercício é agrupar os participantes em subgrupos por afinidades, tão logo se encerrem as apresentações, e estimulá-los a explorar com mais detalhes os seus pontos em comum. Alguns tópicos estabelecidos na hora, dependendo do aspecto de afinidade, podem ajudar osparticipantes a se conhecerem melhor.

6. Este quebra-gelo não precisa de nenhum comentário posterior.

Autoria: Glenn Allen-Meyer, Consultor e Master em Treinamento de Recursos Humanos da área de Educação e Desenvolvimento Organizacional da Cornell University.

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