Upload
raoni-pereira
View
68
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Quais os principais desafios que as empresas brasileiras encontram no processo de inovação e como superá-los.
Citation preview
Ilus
traç
ões
Ága
tha
Kre
tli
66 DOM
As empresas precisam investir em inovação para gerar vantagens competitivas e desenhar um caminho sustentável, mas não existe uma fórmula mágica que garanta resultados. Alcançar o sucesso no processo de inovação é uma atividade árdua, que exige das organizações o desenvolvimento e identificação de recursos específicos para redefi-nir suas estruturas e determinar diretrizes inter-nas claras. O objetivo deste artigo é analisar os resultados de uma pesquisa realizada pelo Núcleo Bradesco de Inovação da Fundação Dom Cabral, no início de 2012, com empresas inovadoras de médio e grande porte (nacionais e internacionais). O estudo analisou os desafios enfrentados por essas organizações para consolidar e desenvolver o processo de inovação, que tantos aprendizados e descobertas gera internamente.
inovação
POR Fab ian salum, hér iCa mora is r igh i eraoni henr ique de Far ia pere ira
A produção de novas tecnologias é essencial para manter a competitividade no ambiente em constante mudança do mercado atual. De maneira geral, ainda que a inovação se desenvolva a partir da ação de diferentes atores, é a empresa que aplica o conhecimento científico e tecnológico, transformando-o em produtos e serviços ofere-cidos à sociedade, verdadeira protagonista do processo. Nesse contexto, a gestão da inovação é um ponto crítico para as empresas que embarcam na empreitada.
Nossa pesquisa identificou entraves e barrei-ras no desenvolvimento do processo de inovação. Os resultados revelam que embora as organizações percebam a importância da inovação para o seu desenvolvimento, a maioria delas ainda não posi-ciona seus esforços nessa direção.
Superando os desafios para inovar
DOM 67
O papel Central Da eMpresa nO prOCessO inOvativO O processo inovativo envolve diferentes atores e uma rede de instituições, que os econo-mistas chamam de Sistema Nacional de Inovação (Figura 1). trata-se, portanto, de uma atividade resultante de arranjo institucional que envolve atores da economia e da sociedade, cujo relacio-namento estimula a criação, difusão e avanço de inovações tecnológicas. Nesse contexto, a inova-ção pode ser considerada um processo coletivo, cultural e evolutivo, que não se viabiliza pela ação individual, como afirma Nelson (2006).
Segundo esse modelo, cada instituição possui um papel no desenvolvimento de novos conhe-cimentos e tecnologias. A união desses esforços gera as novidades a serem implementadas no mercado. Dentro da rede de apoio destacam--se instituições como: a universidade, que gera conhecimento e recursos humanos qualificados; o governo, com a promoção de políticas de incentivo e financiamento à atividade inovadora; o sistema financeiro, com o financiamento dessas ações; os institutos de pesquisa, com o apoio ao desenvol-vimento de novas tecnologias. As empresas são o centro do processo inovativo, enquanto as outras instituições dão suporte ao processo. Ou seja, é a empresa que produz novos produtos, os adapta e apresenta ao mercado.
Para liderar o processo inovativo e otimizar o apoio do ambiente externo, a organização precisa investir em atividades internas de produção do conhecimento em gestão que a ajude a desenvol-ver habilidades e competências específicas para o desenvolvimento e gestão da inovação. Com o objetivo de investigar essa questão, também reali-zamos uma sondagem com gestores de 22 empre-sas, obtendo 83 respostas de diretores e gerentes de diferentes áreas. A amostra da pesquisa reu-niu empresas do setor industrial (43% indústria extrativista e 39% indústria da transformação), de distribuição e geração de energia (10%) e de comércio e serviços (8%).
O estudo mostrou a importância da inovação para a estratégia das empresas e seus concor-rentes. Dos entrevistados, 80% reconheceram a importância da inovação para a empresa e sua estratégia, confirmando a relevância do tema no desenvolvimento das organizações. Apenas 4% dos gestores afirmaram que a inovação não é relevante
para os seus concorrentes, o que ilustra o exercício de um bom monitoramento e observação do merca-do e ênfase da atividade inovativa nas práticas de mercado atuais (Figura 2).
Por outro lado, as respostas mostraram que embora a inovação seja importante para o desen-volvimento empresarial, 81% dos entrevistados reconhecem que encontram barreiras no processo de gestão da atividade. O questionário apontou possíveis barreiras e os entrevistados selecionaram o grau de dificuldade de cada uma delas, numa escala de um a seis. Para facilitar a análise, elas foram divididas em cinco categorias: Cultura, Econômico-financeiro, modelo de gestão da ino-vação, Gestão do conhecimento e Relação com o ambiente externo.
barreiras liGaDas à Cultura Das eMpresas A cultura da inovação é peculiar a cada empresa e tem como objetivo criar um ambiente favorável à geração e implementação de novas ideias e cons-trução de novos conhecimentos. Uma empresa com essa cultura incentiva o processo de geração de ideias e compartilhamento de conhecimentos e informações que possam aprimorar o seu funciona-mento. Com isso, os processos internos de gestão do conhecimento, elaboração e seleção de projetos criam uma ambiência favorável à geração de ideias e práticas inovadoras que garantem resultados tan-gíveis e intangíveis para a organização.
O resultado do questionário aplicado nas empresas da amostra – seguidoras do conceito e do tema inovação – mostra que priorizar as ações de curto prazo é uma das maiores barreiras cultu-rais para o desenvolvimento do processo inovativo
EMBORA A InOVAçãO SEJA IMPORTAnTE PARA O DESEnVOLVIMEnTO EMPRESARIAL, 81% DOS EnTREVISTADOS RECOnHECEM QuE EnCOnTRAM BARREIRAS nO PROCESSO DE GESTãO DA ATIVIDADE
68 DOM
FIGuRA 1 | SIStEmA NACIONAl DE INOVAÇÃO
FONtE: RIGHI (2009)
Empresa
Sociedade e outros atores
Sistema financeiro
Universidade
Governo
FIGuRA 2 | CARACtERIZAÇÃO DO tEmA INOVAÇÃO NAS EmPRESAS E CONCORRêNCIA
FONtE: ElABORADO PElOS AUtORES
Apenas para poucos concorrentes, sem impacto para nosso mercado e empresa 21%
Não em nenhum de meus concorrentes 4%
Para alguns concorrentes com impacto em nosso mercado e empresa
53%
Sim para a maioria dos nossos concorrentes
22%
A inovação aparece de forma evidente nos seus concorrentes?
Sim80%
Não20%
A inovação aparece de forma evidente na empresa?
DOM 69
1. Cultura conservadora, sem espaço para inovar
2. As propriedades da empresa estão voltadas para o curto prazo
3. Cultura departamental, hierarquizada e burocratizada
4. Rigidez organizacional
5. Dificuldade para se adequar a padrões, normas e regulamentações
6. Aversão da empresa a atividades de alto risco
1
2
3
4
5
6
7. Riscos econômicos excessivos
8. Elevados custos da inovação
9. Ambiente econômico desfavorável
10. Escassez de fontes apropriadas de financiamento
1
2
3
4
5
6
FIGuRA 3 | BARREIRAS CUltURAIS AO DESENVOlVImENtO DA INOVAÇÃO
FIGuRA 4 | BARREIRAS ECONômICO-FINANCEIRAS AO DESENVOlVImENtO DA INOVAÇÃO
FONtE: ElABORADO PElOS AUtORES
FONtE: ElABORADO PElOS AUtORES
70 DOM
(Figura 3). logo em seguida veem a cultura depar-tamental hierarquizada e a existência de uma cul-tura conservadora sem espaço para inovar.
Conforme a literatura sobre o tema e pesquisas realizadas pelo Núcleo Bradesco de Inovação da FDC, o processo inovativo exige o desenvolvimen-to de projetos contínuos e voltados para o longo prazo. É um processo marcado pela incerteza, que só alcança resultados com muito investimento e esforço dedicado de forma contínua e não imedia-ta. Nesse cenário, a inovação é uma ação de longo prazo que tem por objetivo garantir o futuro da empresa. Por isso, deve caminhar em paralelo com as ações de curto prazo, voltadas para a geração de resultados imediatos e retorno de investimento rápido, garantindo assim a geração de recursos financeiros que serão reinvestidos para fomentar projetos de médio e longo prazo.
Devido ao seu dinamismo e alta complexidade (nacional e internacional), o ambiente econômico atual tem exigido das empresas retornos cada vez mais rápidos, para garantir sua sustentação momentânea. Esse panorama impõe um paradoxo aos gestores: como encontrar o equilíbrio entre o investimento que trará retorno de curto prazo e o investimento de longo prazo, grande trade off relatado pelos gestores do processo de inovação das empresas. Quando apenas as questões ime-diatistas são priorizadas, inibe-se o investimento em ações de alto risco e surge a incerteza com o retorno futuro, prejudicando o desenvolvimento do processo inovativo nas empresas com tendência à inovação disruptiva.
Outras questões referentes à cultura, desta-cadas pela pesquisa, são as barreiras referentes ao reflexo da estrutura da empresa no ambiente interno. Os entrevistados ressaltaram que a cultura hierarquizada e a falta de espaço para inovar são dificuldades recorrentes no processo inovativo. A inovação é fruto de um processo sistêmico, que integra diferentes áreas da empresa, como o desenvolvimento de novos produtos e as áreas de finanças, vendas e marketing. A rigidez das estru-turas internas dificulta a integração entre esses departamentos, impedindo o desenvolvimento de novas ideias.
Outra característica das empresas inovadoras é o incentivo à criatividade e ao processo de geração de ideias. A falta de espaço para inovar é também
uma barreira decorrente da rigidez estrutural das empresas. O desenvolvimento de novidades requer da organização uma abertura para a implantação de novas ideias e a tolerância ao erro. As especi-ficidades do processo de inovação demandam um ambiente criativo e favorável às ações de alto risco e incertezas.
barreiras liGaDas às Questões eCOnôMiCas e finanCeiras Como mencionado anteriormente, a atividade inovadora é cercada de incertezas e envolve riscos elevados. O investimento de recur-sos financeiros nessas ações exige da estrutura organizacional uma tolerância ao erro e propen-são ao risco. Caso contrário, os investimentos necessários para o desenvolvimento do processo de inovação ficam prejudicados e podem até ser interrompidos.
Nossa pesquisa comprova que fatores como o elevado custo da inovação e o alto risco econômico da atividade prejudicam o desenvolvimento inova-tivo nas organizações (Figura 4). Isso mostra que deve haver uma sequência no processo de inovação e investimento contínuo para o desenvolvimento e aprimoramento do processo. A inibição e a descon-tinuidade do processo prejudicam a capacidade de geração de novas ideias e o desenvolvimento futuro de competências que sustentarão a competitivida-de dessas empresas.
barreiras liGaDas aO MODelO De GestãO Da inOvaçãO Um dos principais fatores que afeta o sucesso de atividades voltadas para a inovação é a capacidade da empresa de traduzir em pro-cessos e internalizar em seu modelo de gestão
AS ESPECIFICIDADES DO PROCESSO DE InOVAçãO DEMAnDAM uM AMBIEnTE CRIATIVO E FAVORáVEL àS AçõES DE ALTO RISCO E InCERTEZAS
DOM 71
as ações que impulsionam o processo inovativo. Nossa pesquisa também analisou os principais obstáculos do processo de gestão da inovação que inibem o desenvolvimento dessa atividade (Figura 5). Dentre as respostas obtidas, destacam-se os seguintes resultados: insuficiência de tempo vol-tado para a dedicação a projetos inovadores; falta de agilidade na análise de propostas e no retorno sobre as ideias apresentadas; ausência de proces-sos internos claros e eficazes para a aprovação e desenvolvimento de projetos inovadores; falta de comunicação interna efetiva sobre as metas e obje-tivos do projeto empresarial para os colaboradores.
Os fatores apontados pelos entrevistados des-tacam o hiato existente entre a estratégia de ino-vação e a implementação do processo inovativo. Ainda existem problemas de consolidação dessa prática porque os processos internos não traduzem as diretrizes estratégicas – um reflexo da visão restrita ao curto prazo das organizações.
barreiras liGaDas à GestãO DO COnheCiMen-tO A geração e internalização de conhecimento é um dos elementos críticos de sucesso da atividade inovativa. Pesquisa realizada por Cohen e levinthal (1989) constatou que para um processo inovativo ser efetivo é necessário acumular conhecimento, para absorver a produção tecnológica externa e utilizar novos conhecimentos na solução de proble-mas e desenvolvimento de produtos.
As empresas precisam desenvolver competên-cias para absorver e aplicar novos conhecimentos, desenvolvidos interna e externamente. Por isso, devem investir em atividades internas de produ-ção de conhecimento que permitam desenvolver habilidades e competências para auxiliar nesse processo. Isso pode envolver diferentes iniciativas, como a formalização de atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), através de engenharia reversa ou outro tipo de atividade, dependendo do setor em que a organização está inserida e de suas necessidades.
Ao levantar os principais obstáculos da gera-ção e gestão do conhecimento, voltadas para a inovação, nossa pesquisa encontrou duas princi-pais barreiras: a escassez de recursos humanos capacitados para o desenvolvimento do projeto e a falta de estrutura que permita identificar e incor-porar conhecimento externo (Figura 6).
72 DOM
12. Ausência de canal aberto para debater críticas e sugestões apresentadas pelos colaboradores
13. Ausência de um fórum dediscussões para a validaçãodas ideias apresentadas peloscolaboradores
14. Insuficiência de tempovoltado para a dedicação emprojetos inovadores
15. Falta de comunicacão interna efetivasobre as metase objetivos do projeto empresarial para os colaboradores
16. Falta de agilidade na análisede propostas e no retorno sobreas ideias e propostas
17. Ausência de processos internosclaros e eficazes para a aprovaçãoe desenvolvimento de projetosinovadores
1
2
4
5
6
3
18. Falta de informação sobre tecnologia
19. Falta de informaçãosobre mercados
20. Falta de estrutura quepermita identificar e incorporarconhecimento externo
21. Escassas possibilidades de cooperacão com outrasempresas/instituições
22. Escassez de recursoshumanos capacitados para odesenvolvimento do projeto
1
2
4
5
6
3
FIGuRA 6 | BARREIRAS AO DESENVOlVImENtO DA INOVAÇÃO lIGADAS À GEStÃO DO CONHECImENtO
FIGuRA 5 | O mODElO DE GEStÃO DA INOVAÇÃO COmO OBStÁCUlO AO DESENVOlVImENtO DA INOVAÇÃO
FONtE: ElABORADO PElOS AUtORES
FONtE: ElABORADO PElOS AUtORES
DOM 73
barreiras liGaDas à relaçãO COM O aMbien-te externO Em convergência com a caracterís-tica coletiva da inovação, nosso estudo também levantou questões que permeiam a gestão do relacionamento externo voltado para a inovação (Figura 7). A maior barreira encontrada foi a rigi-dez dos processos internos para a formação de parcerias. As empresas ainda resistem em entrar em projetos cooperativos, embora essa prática seja cada vez mais adotada pelas empresas inovadoras.
A dificuldade em participar de projetos coope-rativos pode ser um reflexo da estrutura industrial consolidada no século 20, em que a diretriz cen-tral para aumento da produtividade e eficiência era internalizar processos e competências, expandindo verticalmente as atividades ao longo da cadeia de valor. mas, com o desenvolvimento do conheci-mento e acirramento da competição, sobretudo no final dos anos 90, as empresas perceberam que a eficiência estava mais ligada às suas competên-cias centrais. Assim, era mais eficiente focar suas atividades nesses pontos e formar parcerias com outras instituições que possuíam competências complementares.
A inovação, fruto da combinação de conhe-cimentos de diferentes áreas, também exige a interação entre diferentes instituições (externas e interdepartamentais), para consolidar as compe-tências e conhecimentos complementares. mas, a formação de parcerias envolve questões estra-tégicas e, muitas vezes, a falta de acordo sobre esses pontos dificulta sua consolidação. Dentre os principais itens, podemos destacar a propriedade intelectual, os ganhos de mercado e o segredo industrial. muitas empresas ainda têm dificulda-des para desenvolver projetos em conjunto com outras organizações, o que dificulta o desenvol-vimento do processo inovativo, já que não detêm todo o conhecimento e competências necessários.
Fabian salum é professor e pesquisador do Núcleo Bradesco de Inovação da Fundação Dom Cabral.
hériCa morais righi é professora e pesquisadora do Núcleo Bradesco de Inovação da Fundação Dom Cabral.
raoni henrique De Faria pereira é assistente de pesquisa do Núcleo Bradesco de Inovação da Fundação Dom Cabral.
Para se aprofundar no tema, acesse: www.fdc.org.br/inovação
74 DOM
COnCLuSõES
Ainda que a inovação seja vista como importante e estratégica para as empresas, os esforços dedicados ao desenvolvimento desse processo enfrentam diversos obstáculos. As barreiras iden-tificadas estão presentes nos diversos fatores relacionados ao processo de inovação: cultura da inovação, questões econômico-financeiras, modelo de gestão, gestão do conhecimento e relação com o ambiente externo.
Uma reflexão sobre essas questões, destacadas neste artigo, demonstra que todos os obstácu-los descritos podem ser traduzidos num problema central que inibe o desenvolvimento da inovação – a falta de alinhamento da estratégia de inovação com a estratégia geral da empresa. Isso se refle-te na dificuldade em traduzir a estratégia de inovação nos processos internos e práticas cotidianas da empresa. Inovar concede realmente um diferencial à empresa, mas muitas organizações ainda adotam a inovação como estratégia de marketing e não como diretriz de desenvolvimento. O termo inovação tornou-se comum e um modismo, mas não são muitos os empresários e gestores que investem e adequam sua estrutura para executar eficientemente esse processo. mesmo com todos os riscos e incertezas que ele representa.
Inovar exige que a organização reavalie as estruturas e meios de internalizar suas práticas, mantendo um ambiente favorável à tomada de risco, investimentos contínuos à inovação, tolerân-cia ao erro, mecanismos para incentivar a criação e sugestão de ideias, e processos internos que favoreçam a cooperação com outras instituições. A pesquisa da FDC mostrou que implantar essas iniciativas internamente e adequar a estrutura das organizações são grandes desafios da gestão da inovação. Cabe aos dirigentes das empresas criarem mecanismos e ferramentas que permitam a integração desse conhecimento aos processos já existentes. Só assim desfrutarão dos enormes benefícios garantidos pela inovação.
1
2
3
4
5
6
23. Rigidez dos processos paraa formação de parcerias
24. Fraca resposta dosconsumidores quanto anovos produtos
25. Escassez de serviçostécnicos adequados
26. Centralização da atividade inovativa em outra empresa do grupo
FIGuRA 7 | BARREIRAS RElACIONADAS AO AmBIENtE ExtERNO QUE INIBEm O DESENVOlVImENtO DA INOVAÇÃO
FONtE: ElABORADO PElOS AUtORES
DOM 75