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Alessandra Wolff Eduardo Schrappe Fabio Saragiotto Mariana Timoteo Ricardo Hirata Alunos: Fábio Flatschart Professor Gestão Tecnologia Digitais

Gestão Tecnologia Digitais

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Alessandra WolffEduardo SchrappeFabio SaragiottoMariana TimoteoRicardo Hirata

Alunos:Fábio Flatschart

Professor

Gestão Tecnologia Digitais

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tema: vídeo

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1. Pequena análise do cenário pré-digital

2. O novo paradigma tecnológico ( disruptura )

3. Core Business

4. Impacto da Mobilidade

5. A gestão como diferencial competitivo

6. Estratégias / Ferramentas / Plataformas para

consolidação nos novos modelos de negócio

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As primeiras versões do videotape foram criadas nos Estados Unidos no final da década de 50. Tratava-se de uma fita magnética disposta em rolos.

Em razão do alto custo e peso dos equipamentos, o produto não deslanchou no mercado amador e seu uso ficou restrito às emissoras de TV americanas. A nova tecnologia possibilitou a exibição de conteúdos gravados e não somente ao vivo.

O primeiro VCR doméstico, o britânico Telcan, foi criado em 1963. Porém, o produto só ficou um pouco mais acessível ao bolso do consumidor nos anos 70, com a criação do U-Matic pela Sony, que utilizava o mesmo conceito de “cassete” desenvolvido pela Philips para as fitas de áudio, acondicionadas em uma caixa plástica para facilitar o manuseio.

1 - Pequena análise do cenário pré-digital

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O sucessor do dispositivo foi o Betamax, que logo enfrentou a forte concorrência do Video Home System pela JVC. O VHS ganhou a preferência do consumidor em razão da maior capacidade de horas de gravação. O sistema de gravação e reprodução de áudio e vídeo revolucionou o mercado audiovisual e mudou os padrões de consumo de filmes e programas televisivos.

O novo formato de mídia enfrentou a resistência dos estúdios de televisão e cinema, que temiam a disseminação de uma tecnologia revolucionária que ameaçaria o lucro da indústria audiovisual e estimularia a pirataria. Jack Valenti, presidente da Motion Picture Association of America, associação dos grandes estúdios americanos, chegou a dizer que o governo norte-americano deveria proteger a indústria cinematográfica contra a “selvageria e devastação trazidas por essas máquinas”.

O VHS caiu no gosto do consumidor, que passou a ter o controle de quando e como assistir a esses conteúdos. Nascia então o promissor mercado de homevideo, com lojas que disponibilizavam videocassetes para venda ou aluguel pré-determinado.

A indústria teve de se render à nova tecnologia e repensou sua estratégia de negócio, com foco também no entretenimento doméstico. Produtoras passaram a fazer filmes exclusivos para este mercado, sem a necessidade de exibi-los previamente nos cinemas.

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A primeira grande disruptura no mercado de vídeo no Brasil (cinema e vídeos locadoras) veio com a chegada das TVs por assinatura em 1991 (Telecine) e HBO (em 1994).

A possibilidade de assistir a filmes lançados recentemente e sem serem dublados, como nos cinemas, diminuiu o volume de clientes dos cinemas e das vídeo locadoras (que eram de maior poder aquisitivo).

Hoje a TV por assinatura está presente em 27% dos domicílios brasileiros.

Em 1995, as fitas VHS começaram a cair em desuso com novas tecnologias que despontavam: o DVD (Digital Video Disc) e, posteriormente, o Blu-Ray. Com um tecnologia óptica e digital muito superior a do VHS, o DVD explodiu no mercado pela capacidade de armazenamento e qualidade incomparáveis.

Paralelamente a isso, em 1997, nascia nos Estados Unidos a Netflix. A empresa oferecia um serviço on-line de locação de filmes. Em pouco tempo, o cliente poderia fazer uma assinatura mensal para aluguel ilimitado de DVDs, com entrega e devolução via correio.

2 - O novo paradigma tecnológico (disruptura)

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Na mesma década, o vídeo on demand era criado pela Hong Kong Telecom. Mas somente em 1998, a Kingston Communications, no Reino Unido, passou a comercializar os serviços do VOD para TV a cabo e internet, ou seja, despontava a segunda disruptura.

Em 2007, a Netflix aderiu a uma nova tecnologia que mudaria o padrão de consumo de conteúdo audiovisual até os dias atuais: o streaming. A tecnologia é uma forma de transmissão de som e imagem sem a necessidade de fazer downloads. Entre 2006 e 2010, o volume total de locações de locadoras caíra 46%, ocasionando o fechamento de 7 mil lojas no Brasil – uma sinalização de que a tendência viria para ficar.

As TVs por assinatura, em 2012, passaram a oferecer serviços on demand, o que acentuou a ruptura com os modelos tradicionais do audiovisual.

A facilidade de assistir a todos estes programas on demand, ou seja, quando o consumidor quiser, revolucionou a maneira de assistir e de consumir conteúdos em vídeos.

Além da facilidade da tecnologia mobile que permite que estes serviços sejam oferecidos de maneira multiplataforma e de forma totalmente convergente.

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É possível começar a assistir ao seu programa favorito na sua smart tv conectada na internet na sua casa, continuar no app para celular e terminar no browser do seu computador no trabalho, de forma contínua, sem intervalos e na hora que quiser.

Além disto o catálogo de filmes e conteúdo de cada serviço é extremamente extenso, oferecendo inúmeras opções aos usuários, muito maiores do que as locadoras do passado eram capazes de oferecer. Desde filmes clássicos como muitos lançamentos além de todos os episódios de diversas séries de tv que criaram o novo comportamento nos usuários, como a possibilidade de assistir a todos os episódios de uma determinada série de uma única vez.

Cada serviço ainda é produtor de conteúdos exclusivos, tentando assim atrair mais clientes. Dentro desta estratégia de criação de conteúdo vale destacar a Netflix com series aclamadas de público e crítica como House of Cards ou Stranger Things, por exemplo.

Estratégia que deu muito certo e demonstra que, além de um serviço de streaming, a empresa é também capaz de ser uma produtora de séries trazendo entretenimento para seu público assim como as outras, só que com seus serviços a seu favor, o que a deixa muito a frente das produtoras e canais convencionais.

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3 – Core BusinessToda empresa precisa evoluir, estar em constante alinhamento com o que os clientes exigem dela, estar por dentro das novas tecnologias e entender como estas novas tecnologias podem afetar seu modelos de negócio.

Contudo, nenhuma empresa deve deixar seu core business de lado. O avanço das tecnologias vem para somar, agregar possibilidades e inovações aos serviços.

A Netflix, por exemplo, é vista como uma empresa revolucionária e que praticamente criou um nicho de mercado: a entrega de video e conteúdo sob demanda.

Mas a Netflix nasceu em 1997 como uma empresa de entretenimento, uma start-up que oferecia conteúdo em video sob demanda, via correio por meio de assinatura mensal.

Hoje ela é um gigante da tecnologia, uma empresa presente em 190 países com seu modelo de video on demand via streaming. Mas em nenhum momento ela abandonou seu core business, seu modelo de negócio, uma empresa de entretenimento, que entrega conteúdo em video via assinatura. Ela apenas evoluiu, explorando, desenvolvendo e aderindo a novas tecnologias e possibilidades para seu negócio.

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Dados relevantes sobre o mercado mobile no Brasil

•  A penetração de smartphones no brasil em 2015 é de 90%

•  48% dos usuários de internet móvel no Brasil são das classes AB e 46% pertencem à classe C

•  68% dos usuários de internet móvel no Brasil têm entre 16 e 34 anos e 11%, entre 35 e 44 anos

•  54% dos usuários de internet móvel no Brasil são homens e 46%, mulheres

•  63% dos usuários de internet móvel no Brasil usam um plano de dados pré-pago, 18% assinam um plano de dados pós-pago e 19% não têm plano de dados.

•  35% dos usuários de smartphones são da classe C; 49% são da classe B; 12% são da classe A e 4% das classes D e E

4 – Impacto da Mobilidade

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•  22% dos usuários de smartphones visitaram a loja física depois de ver anúncio em seus dispositivos

•  77% acessam as redes sociais por meio do celular

•  47% das pessoas navegam na internet via mobile por dia

•  79% de todo o tráfego na internet acontece em dispositivos móveis

•  20 é a média de apps instalados por pessoa

•  Campanhas publicitárias in-app entregam uma taxa de conversão 70% maior e 50% mais vendas do que campanhas web mobile

Dados: Sociomantic e CNovaMarketplace.

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Atualmente 2 sistemas operacionais praticamente dominam todo o mercado:O Android do Google e o iOS da Apple.

No Brasil a penetração entre os smartphones é: Android (78%), Apple (13%), Windows (7%), outros (2%).

Cada sistema operacional tem sua própria loja de aplicativos, onde estão disponíveis várias opções de apps divididos entre verias categorias diferentes e muitas delas da área de entretenimento. A Apple App Store e a Google Play do Android.

O relatório da consultoria App Annie* afirma que a Google Play teve cerca de 200 milhões downloads, enquanto que a App Store teve 100 milhões de downloads ao longo dos últimos 12 meses em todo o mundo.

Dentro desta infinidade de apps disponíveis existem diversos apps dedicados a conteúdos de vídeos, gratuitos como o YouTube ou serviços de assinatura como o Netflix, HBO Now, Amazon Prime, HULU entre outros.

Além dos serviços de assinatura existem os APP de canais existentes de televisão com a própria HBO, FOX, ESPN, Space entre muitos outros.

*www.appannie.com

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No auge da era das vide locadoras a Blockbuster costumava ser uma empresa gigante tanto em faturamento quanto em gestão. Empresas deste porte costumam ter dificuldade em tomar decisões estratégicas de maneira ágil. De forma geral, empresas menores e principalmente startups como a Netflix, conseguem ter maior agilidade em suas decisões e na implementação de inovações.

Enquanto uma decisão em uma empresa grande passa por vários níveis hierárquicos (Coordenação, Gestão, Superintendência, Diretoria, Vice-Presidência, Presidência e Conselho de Administração) em uma empresa menor a tomada de decisão ocorre de forma muito mais ágil.

Polemizando, vivemos um mundo de produtos “Beta” o Google é beta, o GMail é beta, o Google Docs é Beta, as empresas precisam ser “Betas” sem medo de errar este é o modelo BiModal de Negócio e TI.

A Blockbuster poderia ter criado um Netflix com seus filmes de catálogo? Poderia mirar em um mercado de locação de filmes pela Internet?

Uma Gestão Moderna e Rápida e Visão periférica da empresa são fundamentais para manter a empresa no topo.

5 – A Gestão Como Diferencial Competitivo

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A Blockbuster teve a oportunidade de aquisição da Netflix (US$ 50 milhões), e optou pela não aquisição. Com certeza trata-se de uma decisão do CEO John Artiocco (Blockbuster) muito questionável. Uma empresa que não consegue modernizar de forma rápida sua Gestão o que pode fazer?

Alguma das ações possíveis é seu trabalho por aquisição utilizando-se do método de Visão Periférica. Quem são seus possíveis inimigos pequenos, ágeis e inovadores? O que fazer? Um departamento de Risk Management pode também auxiliar em uma Gestão de Visão Periférica, como diz o livro “Black Swan” - Cisne Negro, no qual cita também ao conceito de Freakonomics.

A pergunta que fica também é a continuidade da Netflix. A empresa encontrou um nicho de mercado e realmente conseguiu criar um novo conceito. Mas como se manter, será uma grande questão! Existe uma nova Netflix a caminho? Se a empresa se adaptar às novas tecnologias de maneira alinhada ao seu core business, a chance é grande de se manter no topo.

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Para a consolidação do serviço que a Netflix oferece foi fundamental o avanço tecnológico da Internet que iniciou com a Internet discada e posteriormente evoluiu para a Band Larga. O desenvolvimento da internet trouxe consigo vários ganhos tecnológicos, como por exemplos as conexões de alta velocidade, que superam em muito a velocidade alcançada por uma conexão discada, além de não possuir certos inconvenientes, como por exemplo a linha telefônica ocupada enquanto você navega e horários mais baratos para acesso.

A Internet discada existe desde 1990 por vias de provedores públicos como a universidades interligadas ao National Science Foundation Network (NSFNET), tendo sida primeiramente comercializada pela Sprint Corporation em Julho de 1992.

Os problemas da Internet discada eram vários: instabilidade, lentidão (velocidade máxima de 56,6 kbps), ocupar a linha telefônica e também o preço. Para se conectar a internet assim você pagava o custo de uma ligação normal, ou seja, se você permanecia por 30 minutos conectado, pagaria o equivalente a uma ligação de 30 minutos.

6 – Estratégias / Ferramentas / PlataformasConsolidação nos Novos Modelos de Negócio

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Oferecer um serviço de vídeo baseado 100% em internet num cenário tecnológico em estágio inicial não seria viável, no entanto, com a chegada da Banda Larga o serviço oferecido hoje pela Netflix passa a fazer sentido.

Ao falar de banda larga nos vem à cabeça o tipo mais comum que temos acesso hoje, que é a do tipo ADSL, sigla para Assymmetric Digital Subscriber Line ou "Linha Digital Assimétrica para Assinante". Trata-se de uma tecnologia que permite a transferência digital de dados em alta velocidade por meio de linhas telefônicas comuns.

O online streaming do Netflix foi lançado em 2007, permitindo a visualização de seriados e filmes pelo computador pessoal. Tinha como vantagem a diminuição da dependência dos DVDs, dos depósitos e do serviço dos correios dos Estados Unidos.

O online streaming revolucionou a maneira como o conteúdo chegava aos lares dos clientes, e o serviço on demand libertou o consumidor das grades de programação.

O Netflix parece ser uma empresa que procura enxergar novos caminhos para crescer. Foi na produção de conteúdo próprio que o site enxergou uma nova maneira de, além de expandir o seu número de assinantes, também gerar lealdade entre sua marca e os consumidores

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A estratégia do Netflix produzir suas séries, filmes e documentários originais permitiu estabelecer-se como um produtor de conteúdo audiovisual, superando sua fase de mero reprodutor, evitando ser substituído por algum concorrente que oferecesse um serviço de online streaming mais barato, por exemplo. Além disso, o Netflix se permite ousar na criação de suas produções, assim distinguindo-se da concorrência.

Depois de criar uma base sólida de clientes no mercado norte-americano, o Netflix começou a busca por expansão em outros países, começando pelo Canadá e partindo depois para países da América Latina e da Europa. O serviço tem, mundialmente, mais de 48 milhões de assinantes do seu serviço de online streaming.

Quando lançou o serviço no Brasil, em 2009, o Netflix tinha a meta de alcançar um milhão de clientes. Porém, sua chegada ao país apresentou dificuldades maiores do que as previstas pela empresa, relacionadas à baixa qualidade da internet e ao número reduzido de usuários desse tipo de serviço: seus concorrentes – TerraTv e NetMovies – não eram serviços populares .

O crescimento do Netflix no Brasil foi tímido, inicialmente, mas a ampliação do uso da internet e o aumento no número de aparelhos eletrônicos como smartphones e tablets possibilitou o aumento do número de clientes da empresa americana.

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O Netflix se difere em relação a meios tradicionais, sejam eles canais americanos, brasileiros, pagos ou abertos, de forma especial, porque oferece uma maior autonomia aos produtores das séries originais da empresa do que aquela proporcionada a produções de canais abertos.

O Netflix tem disponibilizado suas séries próprias de uma só vez. Essa estratégia condiz com o que o site sempre ofereceu – produtos audiovisuais on demand para serem visualizados quando o consumidor preferir – e tem sido aproveitada pelos clientes de diversas formas, dentre as quais está a organização de eventos em que grupos de amigos assistem juntos a todos os episódios, nas chamadas “maratonas”.

Apesar de não ser um site de online streaming, um dos principais concorrentes do Netflix é o canal pago americano HBO. Em abril de 2013, o Netflix reportou 29,17 milhões como número de assinantes nos EUA, batendo a HBO (28,7 milhões de assinantes no primeiro trimestre de 2013) pela primeira vez.

A concorrência do Netflix também envolve canais abertos e pagos da TV americana, que atualmente vendem direitos de suas séries e filmes para o site. Esses canais temem perder o espaço para serviços de online streaming, o que pode acarretar no enrijecimento na negociação de produtos.

O Netflix, entretanto, não compete por filmes recém saídos do cinema, e nem disponibiliza serviços para grandes eventos, reality shows, eventos esportivos e, por isso, não deve substituir a TV aberta.

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