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Há Crise Na Costa Há Crise Na Costa Susana Oliveira,3966 Edmundo Moreira,3945 Instituto Superior de Entre Douro e Vouga Maio, 2014

Há crise na costa

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Há Crise Na Costa

Há Crise Na Costa

Susana Oliveira,3966Edmundo Moreira,3945

Instituto Superior de Entre Douro e Vouga

Maio, 2014

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Susana Oliveira,3966Edmundo Moreira,3945

Há Crise Na Costa

Trabalho apresentado ao docente: Andreia Silva

da unidade curricular: Relaçoes Publicas II

Ano: 2014

Turma: 2

Curso: Marketing, Publicidade e Relações Públicas

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Resumo

O presente trabalho surge inserido no âmbito da disciplina de Relações Publicas II

do 2º ano do curso de Marketing, Publicidade e Relações Públicas.

O tema que se pretende abordar na realização deste trabalho é a comunicação de

crise, os seus diversos tipos, estratégias a adotar quando necessário e o papel do

Relações Públicas na gestão deste género de situações.

Numa tentativa de melhor abordar o tema, vamos analisar a gestão da comunicação

do naufrágio do navio cruzeiro Costa Concordia, acontecimento ocorrido no dia 13

de janeiro de 2012.

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ÍNDICE

Introdução............................................................................................................................4

Comunicação de crise....................................................................................................7

Costa Concordia: Case study....................................................................................14

Plano de Comunicação Crise.....................................................................................22

Documentos de Apoio ao Plano de Comunicação:................................................30

Clipping...............................................................................................................................47

Conclusão:........................................................................................................................49

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INTRODUÇÃO

“A comunicação é o cimento do progresso humano, estando portanto inerente a

todas as estruturas socioeconómicas do presente, bem como à construção dos

códigos gerados no seio dos «grupos sociais de pertença» - que refletem e

legitimam modelos culturais em continua transformação.”

Joaquim Caetano, Luís Rasquilha

A evolução da sociedade veio trazer ao ser humano uma maior

necessidade de conseguir obter cada vez mais informação, desta forma,

podemos até afirmar que estamos perante uma nova Era da Comunicação, em

que todas as formas são utilizadas para comunicar, independentemente do seu

contexto.

Por natureza, o Homem é um ser social preparado para viver em

sociedade. Logo no início da humanidade comunicar tornou-se numa

necessidade básica do Homem para receber e transmitir ideias e atualmente

essa necessidade contínua presente no nosso quotidiano.

Comunicar é a única forma de transmitir conhecimentos, relatar medos,

partilhar experiências, anseios e paixões, permitindo estabelecer um conjunto

de relações, bastantes complexas.

O processo de comunicação só existe quando uma determinada pessoa

codifica uma mensagem, transmitindo-a num determinado meio para ser

descodificada por outro pessoa, ou até mesmo por um conjunto de pessoas.

Quando isto acontece, estamos perante o fenómeno de comunicação, durante

vários anos, vários especialistas nas áreas das ciências sociais e da psicologia,

tentaram compreende-lo.

Entendemos que não existe uma definição exata para comunicação,

mas sim múltiplas definições que só por si já torna difícil compreender uma

“coisa” que à primeira vista até parece demasiado simples.

A «comunicação» nos últimos anos ganha uma maior importância nas

diferentes áreas do conhecimento, desde a Publicidade, Marketing, Relações

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Publicas, Assessoria de Imprensa e mesmo na área da gestão, devido ao facto

de estarmos perante uma economia globalizada.

Nesse sentido, podemos dizer que «comunicar é por em comum uma

informação, é partilhar uma opinião, um sentimento, uma atitude, um

comportamento», ou seja tudo comunica, independentemente das técnicas

utilizadas para comunicar, sejam estas imagens, símbolos, anúncios

publicitários, etc.

As organizações sentiram necessidade também elas de utilizar

diferentes técnicas de comunicação para convencer e persuadir, com o objetivo

de mudar a opinião pública mas, como diz João Moreira dos Santos as

organizações estão «longe de ver a comunicação como uma filosofia de gestão

e, bem assim, longe de ter gestores que compreendam a importância de gerir a

comunicação», uma situação que se torna mais crucial nos momentos menos

bons.

Segundo Rivaldo Chinem a «comunicação empresarial é o processo-

conjunto de métodos, técnicas, recursos, meios - pelo qual a empresa se dirige

ao público interno (funcionários) e ao público externo (seus consumidores)», ou

seja, quando a organização é um elemento de comunicação com o seu meio

envolvente, tornando-se ela própria uma fonte de informação.

A comunicação passa a ser uma área estratégica de resultados, em que

quando esta é bem realizada permite às organizações uma maior coerência

entre o seu discurso e ações desenvolvidas, dando uma maior notoriedade e

credibilidade no mercado onde opera. Infelizmente, no nosso entender as

organizações em Portugal ainda tem uma enorme dificuldade em perceber a

importância da comunicação empresarial em todas as suas vertentes.

Na realização deste trabalho o nosso principal objetivo consiste em

demonstrar a importância da gestão da comunicação numa situação de crise,

quando os média têm uma postura crítica e estão com os holofotes virados

para as organizações.

O caso escolhido, para análise no âmbito da disciplina de Relações

Públicas optamos pelo caso do naufrágio do navio Costa Concordia. A

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justificação para a escolha deste caso, está relacionado com o facto de

consideramos que as organizações ainda não avaliam bem todas as

consequências que uma crise pode despoletar e porque no nosso entender

ocorreram vários erros de comunicação por parte da Costa Cruzeiros.

Através desta análise vamos tentar demonstrar que quando uma crise

ocorrer, ela ultrapassa todas as fronteiras da organização para se refletir na

opinião pública, que irá avaliar a forma como a organização soluciona a

situação.

Além disso, como futuros profissionais de Relações Publicas vamos

mostrar que uma boa gestão da comunicação de crise numa organização não

pode ser improvisada.

O presente trabalho encontra-se dividido em quatro capítulos:

Comunicação de Crise, contextualização do tema, referências das

metodologias aplicadas na análise do caso; Costa Concordia, apresentação da

situação, análise do caso e exposição das falhas ocorridas na comunicação;

Plano de Comunicação, propostas de soluções para a situação e por último,

apresentação dos documentos de apoio e respetivas conclusões.

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COMUNICAÇÃO DE CRISE

“Imagem é como um saldo no banco- de repente, pode-se precisar dele. Não

dá para começar a fazer comunicaçao de crise na hora da crise. Credibilidade

não se conquista de uma hora para a outra”

José Eduardo Gonçalves

As organizações tem responsabilidades sociais junto do seu meio

envolvente. Por isso, devem ter em consideração que um problema pode trazer

situações desagradáveis e de risco, quer a nível interno como também a nível

externo.

A imagem corporativa é um dos ativos mais importantes no valor das

organizações e existem acontecimentos que podem causar um enorme dano à

sua reputação podendo ainda surgir de diferentes fatores de risco

Infelizmente, podemos dizer que as organizações tem tendência a desvalorizar

uma situação de crise. No entanto, nenhuma delas se encontra livre de poder

vir a enfrentar uma realidade destas, independentemente do sector em que

opera, da sua dimensão ou quota de mercado, etc.

Uma crise acarreta vários problemas relacionados com a credibilidade

das organizações junto dos seus diferentes públicos, com a sua imagem e

reputação dos seus produtos e marcas. As Relações Publicas estão

diretamente ligadas com estes dois conceitos (credibilidade, reputação), que

em concreto são duas das suas vertentes na gestão de crise.

A palavra crise, por norma, está associada a um acontecimento negativo

e nos últimos anos esta palavra tem vindo a ser vulgarizada no nosso dia-a-dia.

Seja através dos meios de comunicação social ou em conversas casuais entre

amigos e familiares, é um facto que ultimamente temos falado muito em crise.

Achamos que seria pertinente explicar o que se entende por crise no

contexto empresarial, esta é «um acontecimento extraordinário, ou uma série

de acontecimentos que afeta de forma diversa a integridade de um produto, a

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reputação, ou a estabilidade financeira da organização; ou a saúde bem- estar

dos empregados, da comunidade ou do publico em geral» (Wilcox: 2002:191).

Como as situações de crise causam vários problemas no funcionamento

das organizações, estas devem estar preparadas para comunicar em tempo de

crise e para lidar com este tipo de situações.

Existem dois tipos de crise, as previsíveis e as imprevisíveis por parte

das organizações. As primeiras são aquelas que podem causar danos na

imagem de uma organização, tais como, catástrofes naturais e acidentes. As

crises previsíveis são provocadas por mudanças ou tendências de mercado, ou

a nível socioeconómico, capazes de afetar tanto a nível social ou laboral do

tecido empresarial, transformando-se em crises conjunturais.

Além disso, todas as situações de crise chamam a atenção dos meios

de comunicação social e das entidades oficiais ou governamentais

relacionadas com o problema vivido pela organização.

Com a evolução das novas tecnologias um simples incidente pode-se

transformar num acontecimento de grandes proporções, mas, no entanto a

mesma facilidade de relatar e comunicar um acontecimento negativo deve ser

aproveitado pelas organizações para informar o seu público das medidas que

estão a tomar com vista à resolução de uma situação de crise.

Um dos maiores inconvenientes está na capacidade de multiplicação de

um simples facto num acontecimento de grandes proporções (dimensão viral

nas redes sociais), como o surgimento de um simples rumor que se transforma

em situação de crise, nas redes sociais, grupos de discussão, fóruns, etc.

Nesse sentido é importante achar um equilíbrio entre os interesses da

companhia e as necessidades das pessoas envolvidas por uma ocorrência

negativa.

Após a ocorrência de uma situação de crise, a organização pode perder

a confiança e o apoio que levou anos a conquistar. Os públicos externos, em

especial os seus clientes ou potenciais clientes, podem perder a relação de

confiança que estabeleceram com a organização. Também os públicos

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internos, desde trabalhadores a acionistas, são essenciais para o seu bom

funcionamento. A partir do momento em que uma organização atravessa uma

situação de crise, os públicos internos podem recear e desconfiar das decisões

da Direção, e sentirem-se desmotivados a nível laboral. Uma situação que

pode mesmo conduzir à rescisão dos contratos de trabalho e baixar a

produtividade.

A gestão de crise está mais direcionada para uma visão antecipada e

para o tratamento de assuntos potencialmente problemáticos mesmo antes

destes surgirem.

Logo, as principais ferramentas que uma organização deve possuir numa

situação de crise, evitando assim um dano ainda maior são:

Um manual de gestão de crise: é um documento que deve reunir

diretrizes de atuação durante uma situação de crise; documentos pré-

editados e prontos a serem utilizados (press release, kit imprensa,

memo interno; cartas para clientes, etc.); os nomes e as funções da

equipa de gestão de crise; assim como, os contactos de entidades

oficiais, de jornalistas e todos os outros contactos que possam ser

relevantes.

Uma Equipa de gestão de crises: esta normalmente é constituída por

profissionais de diferentes áreas específicas com conhecimentos

diferentes dentro da organização e que devem estar preparados para

atuar numa situação de crise, como por exemplo, um porta-voz da

organização.

Além disso, a organização deve predefinir quais os recursos humanos, técnicos

e físicos que tem à sua disposição e disponíveis para utilização na

eventualidade da organização passar por uma situação de crise.

Uma sala de imprensa; é considerado como ponto estratégico da

organização que permite direcionar toda a informação disponível para

um único espaço e onde devem ser realizadas todas as conferências de

imprensa, este é um dos aspetos mais importantes numa situação de

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crise. A sua localização deve ser o mais próximo do local dos

acontecimentos, permitindo um maior controlo por parte da organização.

Toda e qualquer informação transmitida para o exterior deve ser

estrategicamente pensada e devidamente transmitida, de forma a evitar

falsas verdades e sobretudo, conseguir colocar a imprensa a favor da

organização.

Em qualquer situação deste género, a relação das organizações com os

meios de comunicação social caracteriza-se por uma certa dependência de

ambas as partes, visto que as organizações necessitam dos jornalistas para

poder esclarecer a opinião pública e os jornalistas necessitam de informações

para realizarem as suas reportagens, mas o que acontece nestas situações de

crise é exatamente o contrário.

Quando estamos perante uma situação de crise imprevisível é necessário

identifica-la, só dessa forma é possível existir uma resposta mais rápida e

assertiva por parte da organização.

As primeiras 24 horas são fundamentais, estas podem condicionar o

desenvolvimento a favor ou contra a organização que se vê confrontada por

esta dura realidade. Consideramos que é neste período que se define o

alcance da tragédia ocorrida, deste modo os documentos pré-realizados são de

extrema importância para apoiar a equipa de gestão de crise. Todos os

acontecimentos ocorridos nesta fase mediática têm dimensões enormes e

basta um pequeno erro para condicionar o futuro de qualquer organização.

A equipa de gestão de crise tem de estar preparada para dar resolução ao

problema, com exatidão, rapidez e consciência da situação em si. Qualquer

incerteza, incoerência, silêncio ou demora a facilitar informações, pode ser mal

interpretada e dar origem a especulações agravando ainda mais a situação.

O porta-voz da organização tem de estar preparado para interagir e dar

respostas, e estar devidamente treinado e preparado para falar com os meios

de comunicação social.

A sua principal preocupação logo desde o início deve ser com os principais

lesados e as primeiras informações devem ser sempre para auxilia-los,

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fornecendo informações básicas criando uma empatia, entre a organização e

os lesados, evitando assim um maior dano na reputação e credibilidade da sua

imagem.

Os principais representantes da organização não devem demonstrar

egoísmo e muito menos se preocuparem com questões relacionadas com a

organização, principalmente quando existe mortes.

As crises não devem ser encaradas com uma situação isolada. Após a fase de

maior stress e mediatismo, esta é intemporal.

A organização deve ter em atenção a tudo o que se diz a seu respeito,

realizar um acompanhamento as noticias publicadas que estejam relacionadas

com a situação pela qual passou e deve tenter perceber os erros que foram

cometidos para que posteriormente não voltem a ser notícia pelos mesmos

motivos.

No nosso entender, as crises não devem ser encaradas apenas como

um acontecimento mau, a verdade é que no meio das crises existem sempre

oportunidades, estas podem e devem ser aproveitadas e potencializadas,

através das estratégias de Marketing e Relações Publicas das organizações.

O planeamento da gestão da comunicação de crises são entendidas por

três fases, vamos explica-las seguidamente:

Pré-crise:

Atividades desenvolvidas por uma organização devem ser orientadas de forma

a reduzir os riscos de uma situação de crise. Assim sendo, esta deve estar

atenta a sinais de crise com objetivo de se prevenir.

A deteção dos primeiros sinais devem ser de imediato identificados pela equipa

de crise, quando este são identificados os profissionais devem recolher as

informações necessárias e realizar a análise das mesmas, como por exemplo,

boatos, rumores, etc.

Relativamente à prevenção da crise, os profissionais (equipa de crise) devem

evitar que os sinais de crise se alastrem, diminuindo assim o risco da situação.

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No caso da preparação da crise, as organizações devem estar preparadas para

cenários de crise. Isto implica o constante desenvolvimento e atualização do

plano de gestão de crise, de seleção e media training da Equipa de Gestão de

Crise, identificando as falhas e estruturação da comunicação.

Crise

Durante uma crise, os responsáveis tem de executar diversos procedimentos,

anteriormente estabelecidos até esta ser dada como “terminada”. Perante este

cenário deve-se responder de uma forma rápida, persistente e concisa.

A crise é composta por diferentes momentos:

Identificação e categorização dos sinais de crise: trata-se da primeira reação à

crise, que consiste em avaliar o impacto que tem junto de todos os envolvidos,

como os acionistas, funcionários, clientes, consumidores e opinião pública.

Identificação e caracterização dos vários públicos (internos e externos): estes

diferentes públicos relacionam-se de diferentes formas com a empresa,

podendo influenciar no processo da crise.

Selecionar e preparar a estratégia de resposta a crise: utilizando as

ferramentas de comunicação necessárias, já referidas anteriormente neste

capítulo.

Colocar em funcionamento o sistema de resposta: executar a estratégia

selecionada para a resolução da situação.

Pós-Crise:

Nesta fase, importa perceber e avaliar todo o processo. Assim sendo a

organização deverá implementar ações para recuperar da crise e preparar-se

para uma eventual situação futura.

A pós-crise é constituído por três partes distintas:

Auditoria: avalia os efeitos operacionais, imagem atual da organização e as

relações da organização com os vários públicos.

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Recuperação: reajustar os objetivos da empresa para delinear uma nova

estratégia, em conjunto com o departamento de Marketing e Relações

Públicas.

Criação de memória organizacional: promover na organização a realização de

atividades e conferências a nível interno para o desenvolvimento da

aprendizagem da organização com a situação de crise passada.

As oportunidades surgem normalmente nesta fase, a organização deve voltar a

desenvolver estratégias de Marketing que lhes permita voltar aos mercados e

recuperar todos os danos causados por uma situação de crise.

A comunicação das organizações desenvolvidas nestas três fases deve

ser realizada de uma forma integrada. Numa primeira fase, a organização deve

ter uma postura proactiva que demonstre uma atitude de interesse e preventiva

perante o meio envolvente que a rodeia. Numa segunda fase a organização

deve ser reactiva, ou seja, deve reagir à crise, seguindo todas as orientações e

planos da equipa responsável pela gestão de crise e posteriormente a

organização deve refletir e realizar um balanço dos resultados obtidos durante

a resolução da crise, que podem ser positivos ou negativos.

O êxito de organizações para a resoluções de crise depende

inteiramente da forma como faz a gestão da sua comunicação. No nosso

entender, torna-se fundamental que qualquer organização antes de partir para

a resolução de uma situação de crise, deve ter em atenção todos os fatores

referidos neste trabalho.

No capítulo seguinte, vamos descrever uma situação de crise que afetou

uma organização que não estava preparada para dar solução uma situação de

crise.

Além disso, vamos identificar as suas maiores falhas no decorrer crise, pós-

crise e demonstrar as medidas que foram tomadas de imediato pela

organização.

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COSTA CONCORDIA: CASE STUDY

As metodologias utilizadas que permitiu uma analise do case study,

escolhido são: investigação exaustiva na recolha da informação e análise de

conteúdo a diferentes artigos jornalísticos

O Costa Concordia era considerado um dos navios mais luxuosos do

mundo, sendo o maior navio construído em Itália até aos dias de hoje e com

um valor que rondava os 450 milhões de euros.

No dia 7 julho de 2006, este navio entrou ao serviço para Costa

Cruzeiros, uma companhia que opera na área do turismo de luxo, distinguindo-

se pelo seu indiscutível estilo Italiano.

A organização aposta na aquisição deste navio com objetivo de iniciar

um programa de expansão da sua capacidade de hospitalidade, permitindo

assim manter a liderança europeia num mercado de grande expansão.

Naufrágio do Costa Concordia:

Infelizmente, ocorreu o inesperado para esta organização, no dia 13 de

janeiro de 2012, o navio naufragou com 4234 passageiros e tripulantes a

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bordo, após bater num rochedo ao largo da costa Italiana, que provocou um

rombo no casco, acabando por naufragar perto da ilha de Gigilo, na Toscana.

O acidente ocorreu às 21:45 hora local, naquela sexta-feira, após três

horas do navio ter partido do porto de Civitavecchia para a realização de uma

viagem de sete dias.

E este acidente resulta num colapso global e num choque para a Costa

Cruzeiros, mas principalmente para os passageiros e tripulantes abordo

daquele navio.

Os números são exatos, 32 pessoas morreram, 64 ficaram feridas e

duas delas continuam desaparecidas.

Cronologia dos factos, nos primeiros três dias:

Dia 13 janeiro:

19h00: O Concordia sai do porto de Civitavecchia com destino a Savona.

21h08: Patrizia Tivoli, que vive na ilha de Giglio e é irmã de um tripulante (o

chefe de mesa do cruzeiro), coloca uma mensagem no Facebook a dizer que o

navio vai passar perto "dentro de momentos". O Concordia está três milhas (5,5

km) fora de rota. O comandante Francesco Schettino chama o chefe de mesa,

Antonello, à sala de comando para ver a terra onde nasceu. "Cuidado que

estamos muito perto", diz Antonello.

21h30: O navio choca com o fundo do mar, o impacte é sentido em toda a

embarcação.

21h58: O Concordia encalha a 150 metros da ilha. Num dos lados tem uma

fenda de 70 metros. O sistema técnico de estanquicidade suporta rombos entre

os 15 e os 20 metros e o barco começa a meter água.

22h10: Uma passageira assustada pelo embate alerta, por telefone, a guarda

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costeira e a capitania de Livorno chama o Concordia, de onde respondem: “foi

só um problema elétrico”.

22h30: O comandante lança um alerta via rádio; passou uma hora desde o

embate.

23h30: Os investigadores crêem ter sido este o momento em que Schettino

abandona o navio. A maior parte dos passageiros e tripulantes ainda estão a

bordo. O comandante terá recusado regressar ao navio para dirigir as

manobras de salvamento. Os passageiros disseram não haver um oficial a

coordenar o salvamento, os salva-vidas foram lançados à água por

passageiros e outros tripulantes, muitos lançaram-se à água. O navio já está

com uma inclinação de 45 graus, ou seja está parcialmente afundado. A guarda

costeira socorre os sobreviventes do desastre e retira-os da água.

14 Janeiro:

O navio tem uma inclinação de 80 graus. São iniciadas as buscas

camarote a camarote e são encontrados os primeiros três corpos. Outras três

pessoas são encontradas com vida dentro do navio. Não se sabe ao certo

quantas pessoas morreram e quantas estão desaparecidas. Nos dias seguintes

a dimensão da tragédia ganha mais contornos.

16 Janeiro:

Até à noite de segunda-feira foram encontrados seis corpos e

identificados 29 desaparecidos (14 alemães, seis italianos, quatro franceses,

dois americanos, e um cidadão de cada um dos seguintes países: Índia, Peru e

Hungria). Ao todo, viajavam a bordo 4300 pessoas. A meio do dia

o Concordia começa a verter as 2400 toneladas de combustível no seu interior.

Os tanques estavam praticamente cheios uma vez que o cruzeiro tinha

começado pouco antes (Civitavecchia foi o ponto de partida). O Governo

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italiano declara o estado de emergência ambiental. O Arquipélago Toscano é

considerado uma das zonas costeiras de maior beleza e riqueza de Itália.

Factos divulgados pelos Mídias:

As imagens divulgadas pela comunicação social e por alguns

passageiros durante o incidente demonstram o desespero total de todas as

pessoas a bordo, estavam instalados verdadeiros momentos de pânico dentro

do Costa Concordia.

As notícias apontavam a responsabilidade do sucedido para o

comandante e revelam pormenores importantes do que acontecera exatamente

nos momentos do acidente.

Em causa estava a falta de formação da tripulação, os erros constantes

de navegação e a má gestão a nível de comunicação e das relações públicas

que podiam colocar em causa o futuro desta organização.

As notícias divulgadas durante vários dias não eram favoráveis, os

factos eram evidentes, os meios de comunicação social descreveram os erros

constantes, tais como:

A falta de formação da tripulação, esta desconhecia os protocolos de

emergência numa situação em que seriam fundamentais, estavam

simplesmente em pânico, foram os primeiros a colocar os coletes salvas vidas

quando deviam estar preocupados em organizar os passageiros facilitando o

seu resgate. A tripulação não estava preparada para ajudar na resolução do

problema e acabou por fazer parte dele.

O comandante Francisco Selettino foi um dos primeiros abandonar o

navio, deixando uma tripulação sozinha, completamente descoordenada, sem

experiencia em situações de emergência e sob uma grande pressão, o

resultado nunca poderia ser positivo.

Além disso, um dos factos mais graves e assumido publicamente por

parte do comandante foi ter desviado o navio de rota, aproximando-o

demasiado da costa. Só passado uma hora é que dá o alerta do sucedido e

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organiza os passageiros, sem dúvida que um melhor esforço da comunicação e

coordenação entre a tripulação e o comandante poderiam ter salvado 32 vidas.

Medidas realizadas de imediato pela organização:

14 Janeiro:

A Costa Cruzeiros confirma que já está em ação a operação de evacuação de

emergência para resgatar os 3200 passageiros e 1000 tripulantes a bordo do

navio.

Mobiliza todos os seus recursos de forma assistir todos passageiros e

tripulantes, assim como para prevenir possíveis impactos ambientais.

Disponibiliza uma linha telefónica para esclarecimentos/ informações.

Contacta todos os clientes que deveriam embarcar no navio.

Demonstra a sua preocupação e solidariedade pelos principais lesados com o

que aconteceu.

Estas são as mensagens chaves transmitidos em quatro notas de imprensa no

seu website (Anexo 1).

15 Janeiro:

A nota de imprensa disponibilizada a Costa Concordia afirma que está a

decorrer um processo de investigação sobre o que aconteceu com o Costa

Concordia (Anexo 2).

16 Janeiro:

Contrata Burson-Marsteller para gerir a comunicação de crise. A nível de

assessoria de imprensa a Costa Cruzeiros está a trabalhar com agência

Rooster e com Passage shipping Association.

Realiza a primeira conferência de imprensa, o porta-voz escolhido foi o CEO da

empresa.

As mensagens chaves transmitidas são:

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A empresa ficará com o capitão e dar-lhe-á toda a assistência

necessária;

Os nossos navios são completamente seguro, o que aconteceu foi um

acontecimento excecional, que era imprevisível.

A nossa única preocupação está no resgate dos tripulantes e

passageiros a bordo.

As buscas são suspensas por medidas de segurança, quando ocorre um

deslizamento do navio.

Outras medidas realizadas à posterior:

No ponto de vista social, a Costa Cruzeiros assegura o pagamento de

todas as despesas dos turistas e pagou o seguro aos familiares das mortes e

feridos.

Relativamente aos seus clientes, a organização enviou por carta um

pedido de desculpas pelo ocorrido, explicando o que tinha acontecido com o

Costa Concordia.

Adicionalmente promoveu um desconto de 30% do valor do cruzeiro já

reservado, num outro a realizar na companhia a todos os clientes que já tinham

reservas no Costa Concordia.

Numa das suas declarações o CEO da Costa Cruzeiros afirma

publicamente que existiu falhas a nível de RP e que a organização teve

dificuldades em conseguir tomar controlo da situação.

Os erros da comunicação realizados pela Costa Cruzeiros:

A companhia Costa Cruzeiro estava numa situação vulnerável, as

perdas financeiras eram incalculáveis, a sua imagem estava denegrida, existia

a presença de grandes riscos ecológicos e para complicar ainda mais a

situação morreram 32 pessoas.

Claramente, estamos perante o pior cenário para qualquer profissional

de Relações Públicas, numa tentativa de minimizar a situação e combater as

falhas internas na área de relações públicas, a companhia contrata uma

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Há Crise Na Costa

agência de comunicação, norte americana, Burson-Marsteller. Sem dúvida

alguma que esta foi a decisão mais acertada que a companhia realizou,

perante a situação de crise porque estava a passar.

O primeiro comunicado realizado pela Costa Cruzeiros foi no dia 16

janeiro, dado pelo presidente, Pier Luigi Foschi numa conferência de imprensa

coletiva aos jornalistas, afirmando que o comandante não tinha cumprido todos

os protocolos que faziam parte dos procedimentos da organização, mas

mesmo assim a empresa estava disposta a dar-lhe todo o apoio necessário.

Além disso, as suas declarações mais assertivas no nosso entender, foi

a de dizer que a única preocupação da companhia neste momento, era

assegurar o regaste de todos os tripulantes e passageiros a bordo do navio,

Costa Concordia.

No entanto, esta conferência de imprensa foi realizada demasiado tarde

e a mensagem principal que a companhia transmitiu não foi a mais adequada,

esta devia ter sido breve, concreta e verdadeira e provavelmente o seu maior

erro foi ter afirmado nas suas declarações que o naufrágio ocorreu devido a

uma falha humana realizada pelo seu comandante.

Esta afirmação não é perdoável na gestão de comunicação, visto que no

dia anterior à conferência de imprensa a companhia disponibiliza uma nota de

imprensa dizendo que está a decorrer um processo de investigação para

apurar o que tinha dado origem ao acidente. Acaba por ser contraditório este

facto e numa situação de crise, a comunicação deve ser realizada de uma

forma coerente e integrada.

Durante vários meses a organização foi notícia pelos piores motivos,

tendo a companhia reagido demasiado tarde aos acontecimentos ocorridos, na

nossa opinião.

O silêncio da empresa durante três dias consecutivos provocou várias

situações que podiam ter sido evitadas se alguém da organização tivesse

realizado um comunicado ou simplesmente dado a cara de imediato. O

incidente já era demasiado grave, não era necessário complicar ainda mais.

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Há Crise Na Costa

Uma outra falha de comunicação crucial realizada pela organização foi o

facto de ter caminhado no mesmo sentido que os meios de comunicação

social, colocando os holofotes virados para o comandante. No nosso entender,

esta se esqueceu do mais importante, que era “silenciar” o comandante. A

organização devia ter assumido ela a coordenação das informações que

seriam disponibilizadas aos meios de comunicação social, certamente teriam

evitado muitas das notícias publicadas nesses dias.

Tudo falhou, até os testemunhos dos passageiros conseguiam conter

mais informação do que as notas de imprensa disponibilizadas nas páginas

oficiais da organização (websites e redes sociais).

No dia 14 de janeiro a Costa Cruzeiros, disponibilizou quatro notas de

imprensa em que a informação disponibilizada eram factos pouco relevantes,

era mais do mesmo (anexo 1) e voltou a cometer o mesmo erro no dia 18 de

janeiro (Anexo 2).

Claramente, percebemos que estes comunicados serviam apenas para

alimentar os meios de comunicação social que nestas circunstâncias utilizam

todas as fontes que têm à sua disposição para recolher informação, até ai nada

contra.

A organização poderia ter tirado um maior controle da situação se

nesses comunicados tivesse revelado factos concretos das medidas que

estavam a realizar de imediato para solucionar o problema.

De uma forma resumida, as principais falhas de comunicação estão

presentes nas declarações do CEO da Costa Cruzeiros que não assume as

responsabilidades pelos acontecimentos, nas notas de imprensa

disponibilizadas, nas cartas enviadas aos seus clientes, onde o erro é

constante. Além disso, a empresa afirma que os seus tripulantes são sujeitos a

ações de formação quando na verdade as imagens disponibilizadas pelos

passageiros a bordo no Costa Concordia provam o contrário.

Não ter controlado as informações para o exterior e o facto de existirem

funcionários da organização a dar declarações aos jornalistas que

comprometiam a veracidade das informações dadas pela organização.

Página 21

Page 23: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

É evidente que a organização não estava preparada para lidar com uma

situação de crise, em vários aspetos e muito menos em questões de

comunicação.

PLANO DE COMUNICAÇÃO CRISE

Neste Capitulo, elaboramos um plano de comunicação de crise, que

ajudaria na definição dos objetivos de comunicação e na utilização dos meios

adequados para alcança-los. O tempo é essencial, principalmente quando

estamos perante uma crise imprevisível, como esta. O principal objetivo deste

plano de comunicação é minimizar a situação de crise.

Costa Cruzeiros:

A empresa surgiu em 1854 com o nome do seu fundador: “Giacomo

Costa Fu Andrea”, inicialmente operava nos mercados de comércio de tecidos

e de azeites entre mercados de Gênova e da Sardenha, que teve logo de

equipar-se em empregar uma frota para transportar mercadorias no mundo

inteiro.

Com o seu crescimento, a empresa concentra-se no sector dos cruzeiros

depois de uma restruturação, onde em 1986 surge a Costa Cruzeiros S.P.A.

Em 1997 a empresa é comprada pela Carnival Corporation em conjunto pela

Airtours Plc.

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Page 24: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Atualmente, a Costa Cruzeiros é uma empresa internacional, líder nos

mercados europeus, a operar no sector dos cruzeiros de luxo, com sede em

Génova, em Itália.

A empresa possui a maior e mais moderna frota de navios, tendo ao seu

serviço 16 navios, com uma capacidade de transportar 40.000 passageiros. Os

seus navios distinguem-se pelas suas inovações tecnológicas, requinte

indiscutível e pelo seu estilo tradicional Italiano.

Além disso, estes navios proporcionam experiências únicas, com uma

oferta de visitar 250 destinos diferentes, e cerca de 150 roteiros específicos.

Costa Cruzeiros é a primeira empresa a ser reconhecida pela “Green

Star” pelo facto dos seus navios não causarem qualquer tipo de anos

ambientais, ou seja, respeitam os padrões ambientais.

A empresa está presente em 14 países, tais como: Italia, Reino Unido,

Austria, Alemanha, Espanha, Brasil, França, Belgica, Portugal, USO, Suiça,

Argentina, Hong Kong e Xangai: China. Colabora com 24.000 agências de

viagens só na Europa.

Esta apresentação da organização foi realizada com base nos dados

fornecidos em 2011, antes do naufrágio do Costa Concordia a empresa ainda

não apresentou novos objetivos para os anos seguintes.

Página 23

Page 25: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Analise Swot COMUNICAÇÃO

A Análise Swot é um instrumento essencial que tivemos necessidade de

utilizar, pois esta permitiu recolher dados do ambiente interno e externo da

organização. Percebemos também que se tornou mais evidente o que pode ser

explorado e o que precisa ser melhorado nesta situação de crise.

O ambiente interno da organização podemos considerar as relações que

esta mantém com os seus funcionários e a suas próprias estruturas, o

ambiente externo é a imagem que a empresa tem junto da opinião pública.

As estratégias de comunicação não devem ser definidas antes da

realização desta análise. Antes de comunicar é fundamental recolher estes

Página 24

Pontos fortes:Recursos financeirosRecursos Tecnológicos e sofisticadosPrémios e certificações ambientaisLíder EuropeuContratou Agência de Comunicaçao Americana

Pontos fracos:Negligência das medidas de segurançaFalta de formação da tripulaçãoFalta de formação dos passageirosAusência media training no CeoFalta de recursos na aréa da comunicaçao

Factores Internos

Ameaças:Prejuízos financeiros elevadosRiscos AmbientaisOpinião Publica desfavoravelImagem fragilizadaAcidente com vítimas MortaisDeclarações do público Interno desfavoráveis

Oportunidades:Grande Visibilidade MediaticaRecuperaçao da ImagemOpinião Pública favoravelAplicação das normas de segurançaMinizar situações de crise

Factores Externos

Page 26: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

dados e percebe-los, pois, só desta forma vamos conseguir realizar uma

gestão de comunicação mais adequada a cada caso específico.

Objetivos e metas da Comunicação:

Primeira Mensagem a transmitir (Crise):

A nossa prioridade é resgatar os nossos passageiros e tripulantes.

Assumimos a total responsabilidade pelo acidente ocorrido.

Objetivos:

Minimizar a situação

Alcançar uma opinião pública favorável.

Demonstrar clareza nas informações prestadas relativamente aos factos do

acidente ocorrido.

Criar empatia com as pessoas afetadas. Demonstrar que a segurança é um

ponto importante.

Apelar ajuda e à cooperação de todos os solidários com a situação.

Transmitir uma imagem de preocupação e solidariedade com o acontecimento,

principalmente com os passageiros e tripulantes, ainda por resgatar e com

todos os seus familiares.

Segunda Mensagem a transmitir:

Evitar os riscos de uma catástrofe ecológica.

Iniciar uma investigação pormenorizada às causas do acidente.

Operação de remoção do navio.

Apoio logístico e disponibilizar todos os meios para compensar todos os

lesados, disponibilizar estadia e transporte para os seus países de origem.

Objetivos:

Página 25

Page 27: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Tranquilizar a comunidade local dos possíveis riscos ecológicos.

Informar as medidas que já estavam a decorrer.

Dar a conhecer o ponto da situação.

Públicos Prioritários:

Os objetivos já estão definidos e tem por base uma estratégia, a

segmentação da comunicação deve estar em concordância com os mesmos.

Nesse sentido, achamos fundamental estabelecer alvos prioritários para

comunicar, desde público interno até ao público externo, seguidamente

apresentamos a nossa hierarquia de públicos:

Canais e meios para comunicar com os diferentes públicos:

Definir os públicos prioritários a comunicar é importante mas também

sabemos que os meios que usamos para comunicar com os diferentes públicos

tem de ser adequados a cada plano de comunicação.

Página 26

Publico Interno

Funcionarios: tripulaçoes, comandantes, ectAdministraçao: Directores/ Gestores/Acionistasoutro pessoal: Telefonistas, ex- funcionarios

Publico externo

Serviços de Emergencia: Policia, Bombeiros, Hospitais.Familiares, colegas de todas as pessoas envolvidasconsumidores afectadosMeios de Comunicaçao Social: Locais, regionias, nacionais e internacionaisEstado: Ministro do Ambiente e proteçao civil, governoAssociaçoes ambientaisClientes, conselheiros legais e seguradoraspublico em geral

Page 28: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Entendemos que os canais mais adequados para comunicar para cada

público são:

Internet Rádio Televisão Imprensa escrita

Os documentos que são necessários produzir para cada tipo de público-alvo de uma forma geral, estão representados no seguinte quadro:

Estratégias e medidas a tomar de imediato:

Criação uma equipa de gestão de crise:

Composta por vários elementos, especialistas em diferentes áreas como, por

exemplo:

Peritos operacionais em situações de crise

Profissionais de saúde e segurança

Profissionais de Relações Públicas e Assessores de Imprensa.

Porta-voz: Ceo

Porta-vozes secundários

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Publico Interno

Comunicados internosComunicados administrativos

publico externo

CartasEmailsComunicadosDefinir tratamentos de incidências e circuito de chamadas

Meios de Comunicaçao Social

Press Releasekit de ImprensaGuião com as mensagens principais

Page 29: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Esta equipa deve estar preparada para operar em todas as frentes, ou seja

preparar todos os documentos necessários para apoio deste plano de

comunicação. As equipas operacionais devem estar junto ao local dos

acontecimentos, ajudando no apoio do resgate e evitando que os passageiros

ou tripulantes prestem declarações aos órgãos de comunicação social que

possam prejudicar a organização.

A equipa dos profissionais de Relações Publicas e Assessoria de Imprensa

deve ter como preocupação elaborar toda a informação útil para os meios de

comunicação social e devem ainda coordenar e dar todo apoio necessário aos

funcionários que ficaram responsáveis por dar todo e qualquer informação

sobre o acidente, familiares, amigos, clientes e potenciais clientes. Além disso,

esta equipa deve preparar o porta-voz: Ceo para a conferência de imprensa.

Envio-o de comunicados para todos os públicos internos:

Os funcionários devem ser informados que não é permitido dar qualquer tipo de

declarações aos meios de comunicação social.

Além disso, a empresa deve explicar o que está acontecer e as medidas que

estão a ser tomadas para resolver a situação.

Deve apelar à colaboração de todos os funcionários nas primeiras 24horas,

todos são fundamentais para operacionalizar na resolução da situação.

Realização de uma conferência de imprensa de imediato:

Porta-voz principal: Ceo da empresa:

Porta- voz secundária: Assessor de Imprensa

A primeira declaração do CEO da organização devia ter ocorrido junto ao local

do acidente. No nosso entender, a sua presença no local tem um significado

importante perante a opinião pública.

As declarações devem ser curtas, verdadeiras e sentidas. O conteúdo da sua

comunicação deverá passar por transmitir como primeira preocupação o

resgatar dos passageiros e tripulantes que se encontram na embarcação.

Simultaneamente assumir a responsabilidade pelo acidente ocorrido e oferecer

Página 28

Page 30: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

incondicionalmente apoio aos familiares das vítimas. Além disso, também deve

informar no site oficial as medidas que estão a ser tomadas, disponibilizar

várias linhas de apoio para os familiares das vítimas.

Neste caso, achamos que era fundamental existir um segundo porta-voz para

dar as indicações aos meios de comunicação social de como lhes iria ser

fornecida todas as informações atualizadas dos acontecimentos. O principal

objetivo é não haver fugas de informação.

Criação de uma Sala de Imprensa:

Localizada perto do local, com todo o material e condições logísticas

necessárias para os jornalistas.

Toda a comunicação realizada pela empresa será realizada neste local,

inclusive as conferências de imprensa.

O nosso principal objetivo com esta medida é conseguir o apoio dos meios de

comunicação social e controlar toda a informação que é disponibilizada para o

exterior, evitando fugas de informação.

Envio da informação para todos os meios de comunicação social ao mesmo

tempo.

Contactar serviços de emergência e autoridades:

As informações atualizadas da situação devem ser dadas exclusivamente à

empresa.

A prioridade nesta situação é o regaste dos passageiros e tripulantes, a

colaboração entre ambas as partes deve ser mútua.

Envio de comunicados para todos os públicos externos:

É fundamental dar informação das medidas que estavam a ser realizadas pela organização. O conteúdo das cartas e emails deve ser condizente com os diferentes públicos externos. A nossa principal preocupação é deixar bem claro que a organização ativou todos os seus dispositivos para resolver a situação e não se esqueceu de uma forma geral de todas as pessoas envolvidas de uma forma indireta.

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Page 31: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

DOCUMENTOS DE APOIO AO PLANO DE COMUNICAÇÃO:

COMUNICADO DE IMPRENSA:

COSTA CRUISESMina Piccinini - V.P. Corporate CommunicationDavide Barbano - Press Officer Tel: + 39 010 5483.1 Fax +39 010 5483.437 Email: [email protected][email protected] Releases: http://www.costacrociere.it/B2C/I/Corporate/Press/default.htm

Comunicado de ImpressaDivulgação Imediata, 13 Janeiro 2012 Conferência de Imprensa 13/01/2012.

Naufrágio Costa Concordia - CONVITE

O navio da Costa Cruzeiros, o Costa Concordia partiu de Civitavecchia, Italia, com

3200 passageiros e 1000 membros da tripulação para realizar uma viagem de sete

dias.

Por volta das 22 horas (local) do dia de hoje, o navio bateu numa rocha na costa Isola

del Giglio, na Itália e sofreu danos significativos. Neste momento, estamos a trabalhar

em conjunto com a guarda costeira e autoridades locais para evacuar todos os nossos

clientes e tripulação a bordo do navio.

Os principais esclarecimentos sobre o que terá ocorrido ao navio Costa Concordia

serão apresentados por Pier Luigi Foschi, presidente da Costa Cruzeiros, numa

conferência de imprensa, a realizar dentro de uma hora (23H00), na sala de imprensa

disponibilizada pela Costa Cruzeiros, junto ao local do incidente, na rua Via dell

Marize, perto do Forte Filipine, em Itália.

Tendo em conta a importância desta conferência de imprensa, gostaríamos de poder

contar com a presença de todos os órgãos de comunicação social.

Agradecemos que confirme a presença.

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Page 32: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Contactos para órgãos de comunicação social:

Susana Oliveira- Assessora de Imprensa Edmundo Moreira-Assessor Imprensa tel: 917802543 tel:91845281

[email protected] [email protected]

PRESS KIT COSTA CRUZEIROS:

Tem como principal objetivos ajudar os jornalistas quando estão a redigir as reportagens, onde estão disponíveis:

Informações à Imprensa:

Susana oliveira- Assessora de Imprensa Edmundo Moreira-Assessore Imprensa

tel: 917802543 tel: 91845281

[email protected] [email protected]

Informações e reservas:

[email protected]

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Page 33: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

INTRODUÇÃO:

A empresa surgiu em 1854 com o nome do seu fundador: “Giacomo

Costa Fu Andrea”, inicialmente operava nos mercados de comércio de tecidos

e de azeites entre mercados de Gênova e da Sardenha, que teve logo de

equipar-se em empregar uma frota para transportar mercadorias no mundo

inteiro.

Com o seu crescimento, a empresa concentra-se no sector dos cruzeiros

depois de uma restruturação, onde em 1986 surge a Costa Cruzeiros S.P.A.

Em 1997 a empresa é comprada pela Carnival Corporation em conjunto pela

Airtours Plc.

Atualmente, a Costa Cruzeiros é uma empresa internacional, líder nos

mercados europeus, a operar no sector dos cruzeiros de luxo, com sede em

Génova, em Itália.

A empresa possui a maior e mais moderna frota de navios, tendo ao seu

serviço 16 navios, com uma capacidade de transportar 40.000 passageiros. Os

seus navios distinguem-se pelas suas inovações tecnológicas, requinte

indiscutível e pelo seu estilo tradicional Italiano.

Além disso, estes navios proporcionam experiências únicas, com uma oferta de

visitar 250 destinos diferentes, e cerca de 150 roteiros específicos.

Costa Cruzeiros é a primeira empresa a ser reconhecida pela “Green Star”

pelo facto dos seus navios não causarem qualquer tipo de anos ambientais, ou

seja, respeitam os padrões ambientais.

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Page 34: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

A empresa está presente em 14 países, tais como: Italia, Reino Unido, Austria,

Alemanha, Espanha, Brasil, França, Belgica, Portugal, USO, Suiça, Argentina,

Hong Kong e Xangai: China. Colabora com 24.000 agências de viagens só na

Europa.

Esta apresentação da organização foi realizada com base nos dados

fornecidos em 2011, antes do naufrágio do Costa Concordia a empresa ainda

não apresentou novos objetivos para os anos seguintes.

A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA COMPANHIA:

A história da Costa Crociere é a história de um sucesso empresarial. A

empresa surgiu em 1854 com o nome do seu fundador: "Giacomo Costa fu

Andrea" e distinguiu-se tanto no comércio de tecidos e de azeite entre

mercados de Gênova e da Sardenha, que teve logo de equipar-se em

empregar uma frota para transportar mercadorias no mundo inteiro. Já em fins

do século passado os seus navios chegavam a longínquas costas como as

australianas, onde a grande influência de emigrantes italianos gerou uma

demanda de produtos alimentares italianos. A Costa especializou-se na compra

de azeite bruto dos países do Mediterrâneo para exportá-lo para regiões

situadas além-mar. Nas primeiras décadas do século XX, o aumento foi tanto

que a Costa teve de entrar no ramo naval: em 1924 com o pequeno navio a

vapor Ravenna, utilizado para o abastecimento de matérias-primas nos

mercados do Mediterrâneo oriental e em 1928 com o Langado. Na década de

30 começa a tradição de batizar os navios com os nomes da família: Federico

(1931), Eugenio e Enrico (1934), Antonietta, Beatrice e Giacomo (1935). No

início da segunda grande guerra mundial, a sua frota contava 27.534 toneladas

brutas somando os oito navios.

No final da guerra, só o Langano tinha sobrevivido, mas a Costa

reiniciou as atividades de armador construindo e adquirindo outros navios para

os serviços de cabotagem. A destruição da frota italiana de passageiros, a

crescente demanda pelo transporte de pessoas, a crise econômica e o fluxo

marítimo de imigrantes chamaram a atenção da visionária família Costa para o

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Page 35: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

transporte de passageiros em rotas de travessias. Graças a sua sagacidade,

Costa olhou além do custo de vida, prevê um aumento futuro no tráfico

migratório e manteve sua oferta para classes altas, mesmo que restritas. Em

1947 deu início ao serviço de primeira classe (equipada com ar condicionado) e

de segunda classe. O primeiro foi o Maria C, seguido pelo primeiro navio a

fazer a travessia do Atlântico no pós-guerra: Anna C, que chegou em Buenos

Aires 16 dias após sua saída. Ainda naquele ano a razão social da Giacomo

Costa fu Andrea mudou para "Linea C".

Por outro lado, os serviços comerciais para a América do Norte foram

inaugurados em 1948 com o navio classe 'Liberty' Maria C. Logo após, surgiu a

Luisa C. Em 1953 o Franca C. abriu novas rotas à Venezuela e às Antilhas.

O“Andrea C” e o “Giovanna C” eram dedicados para as rotas na América do

Sul. A “Linea C” começou com estes navios cruzeiros durante a baixa

temporada entre o Mediterrâneo e a América do Sul. Entre os primeiros

cruzeiros para serem recordados há também o “Andréa C” em 1952 e o “Anna

C” em 1953, ambos no Mediterrâneo.

Ocorreu então, o lançamento de navios luxuosos, equipados com ar

condicionado na primeira e na segunda classe, ambientes confortáveis e

elegantes, um serviço impecável fornecendo hospitalidade, conforto e pratos da

melhor tradição mediterrânea, distintos pelo indiscutível estilo italiano. Este

estilo chega a sua representação máxima no equipamento, na decoração e nas

linhas arquitetónicas. Até Giò Ponti, diretor da revista 'Domus', dedica sua

atenção para o tema naval e realça os aspetos arquitetónicos e decorativos da

frota Costa.Tradição que permanece até hoje. Os navios são divididos em três

classes (primeira, segunda e turística). Os divertimentos e os passatempos

para os passageiros adultos e crianças são sinais distintos de toda a frota que

desde a década de 50 até hoje tem se enriquecido cada vez mais. Bianca C.,

Enrico C., Andrea C., Flavia, Fulvia e Carla C. foram reformados na década de

50 no intuito de oferecer algo mais além de meros meios de transporte, até

chegar à inauguração do primeiro navio encomendado pela Costa aos

estaleiros genoveses da Ansaldo. No Federico C. havia ainda três classes,

equipado com restaurantes e piscina de formas arrojadas.

Página 34

Page 36: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Em 1959 a Costa designou o primeiro navio do mundo inteiramente

dedicado aos cruzeiros de férias de 7 ou 14 dias nos Estados Unidos e no

Caribe: o Franca C; nos meses do inverno europeu havia o Anna C. propondo

mini cruzeiros de três ou quatro dias de Port Everglades até as Bahamas. Os

primeiros anos da década de 60 foram um triunfo e, às costumeiras rotas para

a América do Sul e Caribe foram acrescentados os cruzeiros ao Mediterrâneo,

ao Mar Negro, ao Brasil, Uruguai e Argentina, até o estreito de Magalhães e ao

mar Antártico. O sucesso dos cruzeiros da Costa foi tanto que em 1964 a

empresa encomendou a construção do "Eugenio C."; que foi chamado “o navio

do futuro" devido ao equipamento e sua elegância. Neste navio já não havia

divisão formal das três classes, pois foi concebido com um convés único, onde

se encontravam todos os salões. Indicação clara que o Eugenio C. seria

dedicado inteiramente ao serviço de cruzeiros, o futuro escolhido pela Costa

Armatori. O primeiro navio de uso exclusivo a passageiros, o "Franca C.", em

1968 inaugurou a fórmula de viagem “vôo+navio", destinada a mudar

inteiramente a maneira de conceber as férias, propondo, mesmo para quem

tinha pouco tempo e disposição, cruzeiros curtos do outro lado do mundo. Mais

uma vez a evolução dos tempos mostrou que a Costa tinha razão,

aumentando, no decorrer da década de 70, a própria frota com alguns navios

fretados ou comprados. Realçe aos dois esplêndidos navios Daphne e Danae,

da mesma classe, que cruzavam o Mediterrâneo no verão e o Caribe no

inverno, com algumas viagens ao Alasca, à Escandinávia, à América do Sul, à

África e ao Extremo Oriente.

No decorrer da década de 80 firmou, de maneira inequívoca, a idéia dos

navios como verdadeiros hotéis flutuantes. Por esta óptica, o próprio navio

passou a ser um lugar para férias, desaparecendo inteiramente a divisão de

classes. As cabinas tendiam a uniformizar-se e multiplicavam-se os locais para

diversões: bar, teatro, cassino, discoteca. Tudo à disposição de todos. A partir

destes pressupostos que o setor de cruzeiros em geral, e principalmente a

Costa Armatori, preparou-se para um grande passo de qualidade, surgindo a

Costa Crociere em 1986.

Porém uma vez mais, foram os navios, os protagonistas do enorme

desenvolvimento da empresa, desde o Costa Riviera, inteiramente reformado

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Page 37: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

em 1985 e em 1998, até os navios construídos na década de 90: Costa Marina,

Costa Allegra, Costa Classica, Costa Romantica e, em 1996, o esplêndido

Costa Victoria. Não esquecendo do Mermoz e do Costa Playa (posteriormente

cedidos), adquiridos em 1993 da divisão Paquet Cruises dos grupos franceses

Chargeurs e Accor. Em 1997 a propriedade da empresa passou de maneira

igual à americana Carnival (50%) e à inglesa Airtours (50%), aumentando a

capacidade de investimento da empresa genovesa, mas mantendo inalterada a

sua identidade de empresa italiana. Um imponente programa de crescimento

da frota preveu 13 novos navios de 2000 até 2012 com investimento total de

5,5 bilhões de euros. Há várias razões para esta expansão: uma nova

aproximação do mercado, diferentes navios com designs espetaculares, um

novo conceito da companhia focado na vocação de inovação e excelência, na

frota e no “produto Costa”, que se estabelece como representante do “made in

Italy " no mundo.

O desenvolvimento da Costa Crociere nunca parou. Em novembro de

1999 foi lançado ao mar o Costa Atlântica, novo navio almirante, que foi

inaugurado na estupenda moldura da Riva ai Sette Martiri em Veneza em julho

de 2000, abrindo uma nova página na história da empresa. O Costa Atlantica é,

pelo tamanho, o maior navio de passageiros da história da marinha italiana,

abrindo o caminho às novas linhas de desenvolvimento da empresa: cabinas

confortáveis como apartamentos de hotéis de luxo em grande parte com

terraço e uma série de ambientes e atmosferas inesquecíveis, capazes de

atrair novas faixas de passageiros para experimentarem um cruzeiro. A

chegada do Costa Atlantica marcou a volta da bandeira italiana, após uma

ausência de aproximadamente dez anos, às popas dos navios da Costa. Em

agosto de 2000 a Costa Crociere anunciou a encomenda de outro navio da

mesma classe do Atlantica, o Costa Mediterranea. Em fins de setembro de

2000, a Carnival Corporation adquiriu da Airtours a sua quota de controlo da

empresa, passando a ser o único acionista da empresa genovesa.

A modificação das empresas sócias refletiu-se em maior impulso aos

programas de desenvolvimento da empresa que, em outubro, anunciou um

acordo com a Fincantieri para a construção em Gênova Sestri Ponente de mais

dois navios de 102.600 toneladas brutas e com uma capacidade total de 3.470

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Page 38: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

hóspedes, o Costa Fortuna e o Costa Magica, programados e entrando em

operação respectivamente em fins de 2003 e 2004. A expansão da empresa

confirmou-se em 2001 com a entrada na frota de um oitavo navio, o Costa

Tropicale, adquirido da Carnival Cruise Lines e inteiramente reformado para ter

as características dos navios Costa. Além disso, em março de 2001, a Costa

anunciou a aquisição do navio Westerdam da consorciada americana Holland

America Line, que entrou em operação no final de abril de 2002, sob o nome

Costa Europa.

Em 22 de maio de 2003 foi entregue à companhia o Costa Mediterrânea,

gêmeo do Costa Atlântica. Em 14 de novembro de 2003, foi a vez do Costa

Fortuna. Em 24 de novembro de 2003, foi inaugurado o Palacrociere, o novo

terminal de cruzeiros de Savona, cofinanciado e administrado pela companhia.

Em janeiro de 2004, a Costa Crociere anunciou a assinatura de um acordo com

a Fincantieri em Sestri Ponente para um novo navio de 114.500 toneladas e

com uma capacidade total de 3.780 hóspedes, o Costa Concordia, que será

inaugurado em julho de 2006. Em 29 outubro 2004, foi entregue o Costa

Magica, gêmeo do Costa Fortuna. No mesmo ano Costa Crociere S.p.A

adquiriu a marca AIDA Cruises, líder de cruzeiros na Alemanha. Em janeiro

2005, Costa Crociere anuncia a ordem de construção ao Fincatieri para um

navio gêmeo do Costa Concordia, o Costa Serena, que estará pronto em maio

de 2007, e a transferência prevista para outubro 2005 do Costa Tropicale para

a marca P&O Australia. O programa de expansão da frota teve continuação em

Dezembro de 2005 com o anúncio do terceiro gêmeo do Costa Concordia e

Costa Serena, chamado Costa Pacifica, que estará pronto na primavera de

2009.

Em 2006 a Costa anuncia sua expansão para Ásia e Dubai, confirmando

sua operação internacional. Em junho de 2006 a Costa encomenda mais 2

novos navios com 92.700 toneladas cada, o Costa Luminosa e seu irmão

gémeo, a ser construído também no estaleiro Fincantieri em Marghera, que

entrarão em serviço na primavera de 2009 e 2010. Em Julho de 2006 nasceu o

Costa Corcordia. Em fevereiro de 2007 a Costa anunciou seu novo e exclusivo

destino: Cruzeiros no Oceano Índico partindo das Ilhas Marítimos. Em 24 de

Abril de 2007 o “Palacruceros” novo terminal em Barcelona, financiado e

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Page 39: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

gerenciado pela Costa Crociere, começa a funcionar, e em 15 de Maio o Costa

Serena é entregue. Em 17 de julho Costa Crociere alcançou um marco

histórico na Europa: 1.000.000 de hóspedes reservados em um ano. A união

da Costa Crociere S.p.A e Orizonia Corporaciòn aprovou a criação da marca

“Iberocruceros”, pertecendo ao grupo Costa e operando no mercado Espanhol.

Em outubro foi anunciado o pedido para Fincantieri de mais 2 navios da classe

do “Concordia”, a serem entregues na primavera de 2011 e 2012. Em 2008, foi

anunciado a ida de dois navios para o Oriente em 2009 e novos roteiros na

América do Norte.

Com isto, a Costa Crociere entra no terceiro milênio com um programa

de expansão da sua capacidade de hospitalidade, permitindo-lhe manter a

liderança europeia num mercado de grande crescimento. É uma frota ainda

mais moderna a que nos próximos anos levará pelos mares a bandeira da

navegação italiana, o estilo da hospitalidade italiana e também uma

incomparável vitrine das correntes artísticas da península.

Desde Abril de 2003 Costa Crociere faz parte da Carnival Corporation &

plc, o maior grupo do setor de cruzeiros. Costa Crocriere SpA também possui

AIDA Cruises, líder no mercado alemão - com 5 navios em serviço e 4 em

construção - assim como IberoCruceros - operando no mercado Espanhol, com

3 navios em serviço, totalizando 20 navios em serviços e 9 em construção.

A NOSSA FROTA:

Costa Fascinosa:

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Page 40: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

É o navio mais glamoroso da frota. A bordo do Costa Fascinosa estão

presentes as obras mais famosas do mundo cinematográfico: Luchino Visconti

e David Lynch.

Um cruzeiro, com ambientes intrigantes, atmosferas sugestivas e ricas

de fascínio para um cruzeiro em companhia dos grandes protagonistas dos

mais belos filmes da história.

Costa favolosa:

É o navio que pode ser considerado um verdadeiro Castelo dos contos de fadas. O seu ambiente é mágico, embelezado pelos materiais valiosos das suas mobílias, com as tecnologias mais avanças, uma produção perfeita.

Costa deliziosa:

Um navio que representa a evolução do design na conceção,

considerada a mais espetacular. Nascido para seduzir, fascinar, satisfazer e

saciar qualquer desejo. O Costa Deliziosa é uma joia perfeita, concebida para

lhe oferecer uma experiência sensorial única, do grandioso teatro e do

espetacular cinema em 4D ao centro de bem-estar.

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Page 41: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Costa Pacifica:

Costa Pacifica é um navio inspirado na música, os seus ambientes são

coloridos e alegres caracterizados cada um por uma sinfonia diferentes. O

segredo está na sua beleza jaz e nas variedades de estilos que o caracterizam.

Costa Luminosa:

Este navio foi criado para deslumbrar e proporcionar momentos

inesquecíveis, é considerado o diamante de toda a Costa.

O seu design, os seus materiais preciosos e refinados, são as novas atrações e

soluções arquitetónicas surpreendentes fazem do Costa Luminosa o navio da

luz, rico em charme, sofisticado e ao mesmo tempo inovador.

Página 40

Page 42: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Costa Serena:

O Costa Serena é o navio dos deuses, fascinante pela elegância original

dos seus ambientes inspirados na mitologia e na Roma antiga. Bem-estar,

animação e cultura: mil experiências numas férias só esperam por você a

bordo. O Costa Serena é um verdadeiro templo do divertimento flutuante.

Costa neoRiviera:

Costa Magia:

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Há Crise Na Costa

Todas as maravilhas de algumas das mais belas localidades da Itália

podem ser encontradas aqui. O Costa Magica é dedicado aos locais mágicos

da Itália, uma viagem fantástica pelas cidades mais conhecidas e

encantadoras, em companhia das obras de arte da prestigiosa Accademia di

Brera.

Costa Fortuna:

Espetacular em cada um dos seus detalhes. O Costa Fortuna é o

herdeiro dos luxuosos transatlânticos italianos do passado. Este navio de

grande conforto e elegância, surpreende, encanta e diverte. Enriquecido com

26 modelos dos mais belos navios Costa.

Costa Mediterrânea:

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Page 44: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Inspirado no estilo de antigos palácios nobiliários italianos, O Costa

Mediterrânea representa a elegância italiana, requintado nos detalhes e rico em

obras de arte. Único e espetacular no seu gênero é o Ristorante degli

Argentieri, enriquecido com 139 peças artísticas de prata.

Costa Atlântica:

O Costa Atlântica foi o primeiro navio a apresentar uma abertura para o

exterior, com suas 678 varandas privadas, que permitem viver o cruzeiro de um

modo novo e sugestivo. Colorido, solar, inovador, mas respeitando a tradição, o

navio é uma homenagem à arte de Federico Fellini e ao seu “Dolce Vita”.

Costa Victoria:

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Page 45: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Elegante e totalmente renovado, com nove varandas, terraços e

vidraças, o Costa Victoria ostenta um estilo inconfundível que alia o gosto naval

clássico a um design essencial. Os ambientes, chiques, originais, ricos em

acabamentos requintados e obras de arte, fazem deste navio uma obra-prima

de requinte e estilo

Costa Clássica:

O Costa Classica é um navio bonito, moderno e confortável, com seus

ambientes refinados e detalhes sugestivos. O tempo a bordo passa em um

relax total, imerso em um estilo sóbrio e definitivamente elegante. Para as

personalidades abertas, é um navio de prestígio, amado pelos especialistas.

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Page 46: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Costa Neoromantica:

Fruto de um projeto inovador de mudança de estilo total, é um

navio sofisticado, de prestígio e elegante, a ser descoberto, que surpreende e

conquista à primeira vista.

Tudo é cuidado nos mínimos detalhes para oferecer uma extraordinária e

renovada experiência de cruzeiro. 

CEO COSTA CRUZEIROS: PIER LUIGI FOSCHI

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Há Crise Na Costa

PARCEIROS INSTITUCIONAIS:

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Page 48: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

CLIPPING

Costa Cruzeiros apresenta plano de remoção de navio

Empresa levará um ano para rebocar Costa Concordia de costa italiana

Operação começa já na próxima semana com instalação de estacas para sustentar reboque (Reuters)

A Costa Cruzeiros apresentou nesta sexta-feira, em parceria com o consórcio Titan-Micoperi, o projeto de plataforma que será usado para remover o navio Costa Concordia da costa da ilha de Giglio, onde ele naufragou em janeiro deste ano. O plano foi divulgado um dia após o capitão do navio, Francesco Schettino, ser considerado 'inapto' para comandar o cruzeiro.Entenda o caso

• O navio Costa Concordia viajava com mais de 4.200 pessoas a bordo quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, na noite do dia 13 de janeiro.• A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que encheu de água, encalhou em um banco de areia e virou.• 17 Mortos foram confirmados até agora.• Os trabalhos de buscas são coordenados com a tarefa de retirar as 2.400 toneladas de combustível do navio, sob o risco de contaminação da área do naufrágio.

Publicado no site Veja Abril, com link:

http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/costa-cruzeiros-apresenta-plano-de-remocao-de-navio

No dia: 18/05/2012 - 16:29

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Page 49: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Cronologia: as últimas horas a bordo do Concordia

17/01/2012 - 13:04

FOTO: FILIPPO MONTEFORTE/AFP

PÚBLICO e LUSA

Noticia publicada no jornal online público, informações fornecidas pela agência lusa, no dia 17/1//2012 às 13:00h. 

http://www.publico.pt/mundo/noticia/as-ultimas-horas-a-bordo-do-concordia-1529430#/0

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Page 50: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

CONCLUSÃO:

Na elaboração deste trabalho concluímos que a realização da análise de

comunicação de crise, no caso Costa Concordia, permitiu perceber que as

crises podem ser preparadas antecipadamente, independentemente das

suas origens.

Além disso, as estratégias de comunicação utilizadas em situações de crise

foram fundamentais na análise, permitiu-nos uma melhor interpretação do

caso em estudo.

A análise do caso Costa Concordia revelou-se para nós, muito eficaz, pois

permitiu-nos perceber bem a importância da comunicação. De facto, foi

através dessa análise que se torna perfectível identificar todas os erros de

comunicação realizados pela Costa Cruzeiros durante a crise.

Consideramos, ter conseguido identificar os principais erros no caso de

estudo, através da metodologia utilizada neste trabalho. A análise de

conteúdo realizada aos diferentes artigos jornalísticos revelou-se difícil,

devido a quantidade de informação disponível desta situação de crise, que

a consideramos bastante mediática.

Consequentemente, a análise do Costa Concórdia revelou-se difícil, visto

que existiam diferentes factos revelados por órgãos de comunicação social

diferentes, tornou-se essencial verificar as fontes de informação de cada

artigo jornalísticos de forma a tirar uma melhor conclusão da situação.

Além disso, concluímos que o silêncio da organização nas primeiras 24

horas provocou um impacto bastante negativo na reputação e credibilidade

da imagem da organização, junto da opinião pública. De facto, por este

tornou-se evidente que a Costa Cruzeiros não estava preparada para dar

uma solução imediata a esta situação de crise imprevisível, posto isto

concluímos que as estratégias de comunicação de crise revelam-se uma

ferramenta essencial para minimizar as consequências na altura em que

ocorre a crise.

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Page 51: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

Os erros são constantes, esta situação seria completamente evitável se a

organização estivesse prevenido estas situações, investindo na formação

quer da tripulação, quer dos passageiros para estas situações, em que

poderiam ter evitado as mortes e até mesmo os feridos graves que são a

principal consequência desta situação.

O plano de comunicação revelou-se demasiado complexo de elaborar.

Consideramos que nestas situações até a hierarquia de públicos se torna

bastante complexa de definir, pois acabam por ser todos eles bastantes

importantes. Portanto, consideramos ainda bem mais complexo transcrever

para este trabalho todas as ações imediatas que teríamos idealizado

inicialmente na resolução da situação.

Além disso, concluímos que não se cumpriu com objetivo que nos

propomos a desenvolver pois não consideramos uma tarefa fácil de

desenvolver, exigindo muito cuidado na elaboração de qualquer plano de

comunicação. No entanto, ficamos a perceber que um único erro de

comunicação pode representar um dano incalculável na imagem da

organização.

Concluímos que o tempo que tínhamos programado para a elaboração deste

trabalho foi ultrapassado, ficamos com a sensação de que possam ter por

ficado por identificar alguns erros de comunicação devido ao excesso de

informação disponível, que analisamos.

Por outro lado, podemos dizer que todos os outros objetivos a que nos

propormos foram realizados pois permitiu-nos reconhecer a importância da

comunicação perante situações de crise, a forma como se comunicam as

ideias chaves são cruciais junto da opinião pública.

Como futuros profissionais de Relações Publicas adquirir estes conhecimentos

no desenvolvimento deste trabalho permite-nos compreender melhor todas as

estratégias utilizadas para comunicar com eficácia numa situação de crise e

poder credibilizar e dar notoriedade a imagem, ou até mesmo minimizar

situações.

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Page 52: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

As principais conclusões que retiramos deste trabalho são: as situações de

crises devem ser pré antecipadas pela organização, independentemente do

sector em que opera, da sua dimensão ou quota de mercado, etc. As

organizações devem ter em consideração que um problema pode trazer

situações desagradáveis e de risco, quer a nível interno como também a nível

externo.

Noutras palavras podemos dizer que uma crise acarreta vários problemas

relacionados com a credibilidade das organizações junto dos seus diferentes

públicos, com a sua imagem e reputação junto da opinião pública.

Os órgãos de comunicação social nestas situações representam um problema

para as organizações, torna-se fundamentais as organizações conseguirem

inverter a situação.

As ferramentas e estratégias de comunicação são fundamentais não só em

situações de crise mas também em qualquer situação dentro de uma

organização. Nos dias de hoje tem um papel bastante importante nas

organizações e não devem ser descredibilizadas.

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Page 53: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

BIBLIOGRAFIA 

Livros:

BLACK, Caroline (2006), «Guia Prático do Profissional de RP», Mem Martins: Publicações Europa-América

CABRERO, José Daniel Barquero, CABRERO, Mario Barquero (2001). «O livro de ouro das Relações Públicas». Porto Editora

CAETANO, Joaquim; RASQUILHA, Luís (2007), «Gestão e Planeamento de Comunicação», Lisboa: Quimera

CHINEM, Rivaldo (2003). Assessoria de Imprensa. Como fazer. Summus Editorial

Documentos eletrónicos

Consultado a 14/05/2014 às 22:00:

Website Costa Cruzeiros: http://www.costacruzeiros.com.pt/B2C/P/Default.htm

https://www.facebook.com/CostaCrociere?fref=ts&rf=110462288982542

Consultado a 15/05/2014 às 22:05

https://www.prsa.org/Intelligence/TheStrategist/Articles/view/9819/1051/Safety_First_Lessons_From_the_Costa_Concordia_Disa#.U4RyZvldXnt

Consultado a 16/05/2014 às 21:00:

http://www.thedrum.com/opinion/2012/01/16/crisis-pr-analysis-costa-cruises-and-costa-concordia-tragedy

http://www.prweb.com/releases/2012/1/prweb9131214.htm

http://www.meiosepublicidade.pt/2012/01/burson-marsteller-contratada-para-a-crise-do-costa-concordia/

http://pt.euronews.com/tag/costa-concordia/

http://www.awpagesociety.com/wp-content/uploads/2013/03/Carnival-Corporation-Case-A-and-B.pdf

Consultado a 17/05/2014 às 21:00:

http://www.viagensdenavio.com.br/main.asp?subject=costa_historia

http://www.cruisecritic.com/articles.cfm?ID=1480

Página 52

Page 54: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

http://www.comunicacaoetendencias.com.br/a-falha-humana-tambem-e-uma-falha-da-organizacao-o-caso-do-navio-costa-concordia

http://www.comunicacaoecrise.com/new/index.php?option=com_content&view=article&id=455:tragedia-do-costa-concordia-expoe-falhas-primarias-de-gestao-de-crises&catid=35:blog&Itemid=54

Consultado a 18/05/2014 às 21h00:

http://prezi.com/gyugoakz22lg/caso-costa-concordia/

http://veja.abril.com.br/tema/naufragio-costa-concordia/arquivo/1

http://www.midiainteressante.com/2012/01/costa-cruzeiros-faz-comunicado-imprensa.html

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/naufragio-na-italia-saiba-o-que-aconteceu-com-o-costa-concordia/n1597585613572.html

Consultado a 19/05/2014 às 22:00:

http://repositorio.ismt.pt/bitstream/123456789/368/1/gestao%20crise%20em%20turismo-%20caso%20Costa%20ConcordiaFINAL.pdf

http://www.bocc.ubi.pt/pag/m-comunicacao-estrat-2011-silvia-diegues.pdf

http://exame.abril.com.br/midiakit/MidiaKit.pdf

https://repositorio.utad.pt/bitstream/10348/2550/1/msc_lvgbento.pdf

.

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Page 55: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

ANEXOS

Anexo 1:

Génova, 15 Janeiro de 2012

Time 8.15 pm (CET)

A Costa Cruzeiros está profundamente triste com a tragédia ocorrida.

Os nossos pensamentos estão concentrados em todos aqueles que

foram afectados e dirigimos novamente as nossas mais sentidas

condolências aos familiares das vítimas.

Nas últimas 48 horas mais de 1.100 colaboradores da Costa têm

trabalhado sem olhar a esforços, exclusivamente concentrados neste  

neste caso. Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com as

autoridades para apoiar as investigações em curso e as operações de

resgate, com o intuito de assegurar que todos os passageiros e

tripulantes chegam a casa em segurança.

A nossa prioridade imediata é, por um lado, os passageiros e

tripulantes, por outro, garantir que não há impactos ambientais.

Envolvemos já neste domínio o líder mundial em operações desta

natureza para desenvolver um plano de acção e ajudar a estabelecer

um perímetro de protecção em torno do navio. Sublinhamos o facto de

as autoridades terem já apreendido o DVR do navio – conhecida

como “caixa negra” – que contém não só todos os dados de

navegação, mas também do navio, e que só pode ser consultado pela

Costa com autorização das autoridades.

Estamos a trabalhar com os investigadores para perceber

exactamente o que aconteceu com o Costa Concordia. Enquanto as

investigações estão a decorrer, os dados preliminares apontam para

que possa ter ocorrido erro humano, por parte do Comandante

Francesco Schettino, que resultaram neste grave acidente. A rota do

navio parece ter sido muito próxima de costa e a decisão do

Comandante no tratamento da emergência aparentemente não seguiu

os procedimentos padrão da Companhia. Estamos conscientes das

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Page 56: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

graves acusações  imputadas ao Comandante do navio por parte do

Procurador. O Comandante ingressou na Costa Cruzeiros no ano de

2002 como Oficial de Segurança, competências que antecederam as

actuais funções de comando que exerce desde 2006. Tal como os

outros comandantes da Costa, é constantemente treinado, tendo

superado em todos os testes. À luz destas acusações e tendo em

conta que a investigação está em curso, a Costa entende que não

deve produzir para já mais considerações a este respeito.

Assim que vamos tendo dados mais concretos sobre o sucedido e de

como se processaram os trabalhos de evacuação, entendemos que a

tripulação do Costa Concordia agiu corajosa e rapidamente para

evacuar mais de 4.000 pessoas. Estamos muito gratos por tudo o que

fizeram. A Costa está empenhada em garantir que nenhum incidente

desta natureza volte a ocorrer. A nossa primeira prioridade sempre foi

a protecção e segurança dos nossos passageiros e tripulantes,

cumprindo a Costa todas as regras nestes domínios. (ver

compromisso Costa  com a Segurança, abaixo).

Compromisso Costa com a Segurança

A Costa cumpre estritamente com todas as normas de segurança e o

nosso pessoal compromete-se, em primeiro lugar, a garantir a

protecção e segurança dos passageiros.

Todos os membros da tripulação têm o certificado BST (Treino Básico

de Segurança) e são treinados e preparados para gerir situações de

emergência e para ajudar os passageiros a abandonar o navio.

Papéis, responsabilidades e deveres são claramente atribuídos a

todos os elementos da tripulação. De duas em duas semanas todos

os tripulantes realizam simulações de evacuação do navio. Tal como

exigido por lei, a explicação sobre uma possível evacuação e

salvamento marítimo a todos os passageiros é realizada até um

período de 24h após o embarque. A Costa tem um sistema

informatizado que garante que todos os passageiros passam por essa

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Page 57: Há crise na costa

Há Crise Na Costa

explicação.

As competências da tripulação da Costa são testadas periodicamente

pelas autoridades da Guarda Costeira e cumprem os requisitos de

uma organização independente (Sistemas de Gestão de Segurança).

A bordo há coletes salva-vidas e balsas em número superior ao

exigido para todos os passageiros e tripulantes. As balsas estão

equipadas com comida e água, kits de primeiros socorros e

equipamentos de comunicação e sinalização. Todos os equipamentos

salva-vidas estão de acordo com os padrões internacionais, sendo

também sujeitos a inspecções regulares por pessoal de bordo e pelas

autoridades de certificação. Todos os navios Costa estão certificados

pela RINA e foram construídos com os mais elevados padrões e

tecnologias.

ANEXO:2 2

Génova, 14 Janeiro de 2012

Time 5.30 pm (CET)

"Quero expressar o nosso profundo pesar por este acontecimento

trágico, disse Gianni Onorato, Presidente da Costa Crociere. Primeiro

que tudo, quero agradecer às autoridades e aos voluntários que

fizeram todos os esforços para ajudar a assistir todos os passageiros

envolvidos neste terrível acontecimento. Neste momento, não

estamos em condições de dar resposta a todas as questões, pois

estamos em estreita colaboração com as autoridades competentes a

tentar perceber as razões do acidente. Com base nas primeiras

evidências, o navio Costa Concordia, sob o comando do capitão

Francesco Schettino fazia a regular saída de Civitavecchia para

Savona quando, repentinamente, embateu contra uma rocha. O

capitão, que estava na ponte de comando nessa altura, percebeu a

gravidade da situação e imediatamente deu início a uma manobra

cujo objectivo foi a segurança dos passageiros e da tripulação,

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Há Crise Na Costa

começando com os procedimentos de segurança de forma a preparar

uma eventual evacuação do navio. Infelizmente, a operação

complicou-se devido a uma súbita inclinação do navio, que dificultou

a evacuação. Desde essa altura e até ao momento, graças aos

esforços de todas as forças, coordenadas pela Guarda Costeira, as

operações de resgate foram reforçadas. Desde a primeira hora que a

companhia mobilizou todos os seus recursos de forma a assistir todos

os passageiros e tripulação, assim como a prevenir possíveis

impactos ambientais."

Time 12.00 pm (CET)

A acidente que se verificou esta noite à Costa Concordia é uma

tragédia que chocou profundamente a nossa empresa. O nosso

primeiro pensamento é dedicado às vítimas e manifestamos toda a

nossa profunda dor e a nossa solidariedade aos seus familiares e

amigos. Sentimo-nos próximos das pessoas que foram feridas e

seguimos com a máxima atenção o seu decurso. Todo o nosso

empenho está concentrado agora em oferecer assistência aos

hóspedes e à tripulação do navio, para os fazer regressar a casa o

mais rapidamente possível. O Serviço Clientes de Costa Crociere já

começou a tomar contacto telefónico com todos os hóspedes que se

deveriam embarcar hoje no navio no porto de Savona e amanhã nos

portos sucessivos previstos pelo programa do cruzeiro. Neste

momento não está prevista nenhuma variação no programa de viagem

de todos os outros navios da frota Costa Crociere. Quem necessitar

de informações poderá contactar o número  +34 914185951. Todos os

homens e a mulheres de Costa Crociere agradecem do profundo do

coração a Guarda Costeira e as força coordenadas pela mesma,

incluindo as autoridades e os cidadãos da ilha de Giglio e os

cidadãos e as autoridades de Porto Santo Stefano, que se dedicaram

às operações de salvação e de assistência aos hóspedes e à

tripulação. Agradecemos também todo o pessoal médico que prestou

e ainda está prestando assistência aos feridos e a todas aquelas

pessoas que ainda precisam de apoio. A Sociedade já se pôs à

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Há Crise Na Costa

disposição das autoridades competentes para as averiguações sobre

o acontecimento.

Time 5.00 am (CET)

Esta é uma tragédia que desconcerta a nossa empresa. O nosso

pensamento inicial vai para as vítimas, e queremos esprimir nosso

luto e nossa solidariedade a seus familiares e amigos. Neste

momento todos os nossos esforços estão concentrados nas últimas

operações de emergência, além de oferecer assistência aos hóspedes

e à tripulação que se encontrava a bordo do navio, para fazê-los

regressar rapidamente a suas casas. Os procedimentos de

emergência foram ativados imediatamente para evacuar o navio. A

inclinação que prograssivamente o navio assumiu tornou as

operações de evacuação estremamente difíceis. Desejamos exprimir

um profundo agradecimento à Guarda Costeira e às forças por ela

coordenadas, incluindo as autoridades e os cidadãos da Ilha del

Giglio, que se somaram às operações de salvamento e assistência

aos hóspedes e tripulação. A empresa colaborará, com sua máxima

disponibilidade, com as autoridades competentes para verificar as

causas do ocorrido.

Time 1.00 am (CET)

Costa Cruzeiros confirma que seguem em curso as operações de

evacuação de emergência, próximas à Ilha del Giglio, dos cerca 3.200

passageiros e cerca 1.000 tripulantes a bordo do Costa Concordia.

Tais operações foram prontamente ativadas porém a posição do

navio, ao tornar-se mais dificultosa, está complicando as últimas

operações de desembarque. Neste momento não é possível definir as

razões do problema ocorrido. A empresa está colocando seu máximo

empenho para prestar total assistência. Costa Concordia realizava um

cruzeiro pelo Mediterrâneo com partida de Civitavecchia e escalas

previstas em Savona, Marselha, Barcelona, Palma, Cagliari, Palermo.

A bordo, cerca de 1.000 passageiros de nacionalidade italiana, mais

de 500 alemães, cerca de 160 franceses e 1.000 membros da

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Há Crise Na Costa

tripulação.

Os hóspedes que embarcariam hoje em Savona e nos portos

subsequentes serão contatados diretamente pela Costa Cruzeiros.

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