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Contextualização do Sistema Único de Assistência Social - Contextualização do Sistema Único de Assistência Social -
SUASSUAS
As políticas sociais no Brasil evidenciam que, historicamente, se caracterizam por sua pouca efetividade social e por sua subordinação a interesses econômicos dominantes, revelando incapacidade de interferir no perfil de desigualdade e pobreza.
UM POUCO DE HISTÓRIA...UM POUCO DE HISTÓRIA...
No caso da Assistência Social, o quadro é ainda mais grave. Apoiada por décadas na matriz do favor, do clientelismo, do apradinhamento e do mando, que configurou um padrão arcaico de relações, enraizado na cultura política brasileira, esta área de intervenção do Estado caracterizou-se historicamente como não política, renegada como secundária e marginal no conjunto das políticas sociais;
UM POUCO DE HISTÓRIA...UM POUCO DE HISTÓRIA...
A Constituição Federal em vigência no Brasil desde 1988 (Capítulo II, artigos 194 a 204) e a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (1993), trouxeram a questão para um campo novo: o campo da Seguridade Social e da Proteção Social pública, campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal, iniciando um processo que tem como horizonte torná-la visível como política pública e direito dos que dela necessitarem;
UM POUCO DE HISTÓRIA...UM POUCO DE HISTÓRIA...
A LOAS inovou ao apresentar novo desenho institucional para a assistência social, ao afirmar seu caráter de direito não contributivo, ao apontar a necessária integração entre o econômico e o social, a centralidade do Estado na universalização e garantia de direitos e de acesso a serviços sociais e com a participação da população. Propôs o controle da sociedade na formulação, gestão e execução das políticas assistenciais;
UM POUCO DE HISTÓRIA...UM POUCO DE HISTÓRIA...
Se por um lado, os avanços constitucionais apontam para o reconhecimento de direitos e permitem trazer para a esfera pública a questão da pobreza e da desigualdade social, transformando constitucionalmente essa política social em campo de exercício de participação política, por outro, a inserção do Estado brasileiro na contraditória dinâmica e impacto das políticas neoliberais coloca em andamento processos desarticuladores, de desmontagem e retração de direitos e investimentos no campo social;
UM POUCO DE HISTÓRIA...UM POUCO DE HISTÓRIA...
A primeira Política Nacional de Assistência Social só foi aprovada em 1998, cinco anos após a regulamentação da LOAS e ainda assim apresentou-se insuficiente e confrontada pelo paralelismo do Programa Comunidade Solidária instituído pela Medida Provisória n. 813, em 1/1/1995, no dia em que tomou posse, em seu primeiro mandato, o presidente Fernando Henrique Cardoso;
UM POUCO DE HISTÓRIA...UM POUCO DE HISTÓRIA...
Nos anos de 1990, a somatória de perdas dos trabalhadores, que vão configurar um novo perfil para a questão social brasileira, confronta-se com a erosão do sistema de garantias e proteções sociais e com a emergência de “modernas” e focalizadas práticas filantrópicas que descaracterizam direitos, despolitizam os conflitos sociais e desmontam a universalidade das políticas sociais públicas;
UM POUCO DE HISTÓRIA...UM POUCO DE HISTÓRIA...
A PNAS de 2004 (aprovada pela Resolução n. 145, de 15 de outubro de 2004, do Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS e publicada no DOU de 28/10/2004), é o resultado de um intenso e amplo debate nacional, é uma manifestação de resistência;
CONTEXTUALIZANDO A POLITICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA CONTEXTUALIZANDO A POLITICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - PNASSOCIAL - PNAS
Expressa as deliberações da IV Conferência Nacional de Assistência Social, realizada em Brasília em dezembro de 2003 e se coloca na perspectiva da materialização das diretrizes da LOAS e dos princípios enunciados na Constituição Federal de 1988, entendo a Assistência Social como uma Política Social inserida no Sistema de Proteção Social Brasileira, no campo da Seguridade Social;
• A PNAS-2004 vai explicitar e tornar claras as diretrizes para efetivação da Assistência Social como direito de cidadania e responsabilidade do Estado, apoiada em um modelo de gestão compartilhada pautada no pacto federativo, no qual são detalhadas as atribuições e competências dos três níveis de governo na provisão de atenções socioassistenciais, em consonância com o preconizado na LOAS e nas Normas Operacionais Básicas (NOBs) editadas a partir das indicações e deliberações das Conferências, dos Conselhos e das Comissões de Gestão Compartilhada (CIT e CIBs).
A PNAS seguiu-se o processo de construção e normatização nacional do Sistema Único de Assistência Social – Suas, aprovado em 2005, voltado à articulação em todo o território nacional das responsabilidades, vínculos e hierarquia, do sistema de serviços, benefícios e ações de assistência social, de caráter permanente ou eventual, executados e providos por pessoas jurídicas de direito público sob critério de universalidade e de ação em rede hierarquizada e em articulação com iniciativas da sociedade civil.
Reafirmando a necessidade de articulação como outras políticas Reafirmando a necessidade de articulação como outras políticas e indicando que as ações públicas devem ser múltiplas e integradas no e indicando que as ações públicas devem ser múltiplas e integradas no enfrentamento das expressões da questão social, a PNAS apresenta enfrentamento das expressões da questão social, a PNAS apresenta como objetivos:como objetivos:
Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica ou especial para as famílias, indivíduos e grupos que dela necessitem;
Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural;
Assegurar que as ações no âmbito da Assistência Social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária (MDS/PNAS, 2004, p. 27)
OBJETIVOS DA PNAS:OBJETIVOS DA PNAS:
A intersetorialidade deve expressar a articulação entre as políticas públicas, por meio do desenvolvimento de ações conjuntas destinadas à proteção social ou especial e ao enfrentamento das desigualdades sociais identificadas nas distintas áreas;
DIMENSÕES APOSTADAS NA PNASDIMENSÕES APOSTADAS NA PNAS
Outra dimensão que cabe destacar é que a PNAS e o SUAS ampliam os usuários da política, na perspectiva de superar a fragmentação contida na abordagem por segmentos (como o idoso, o adolescente, a população em situação de rua, entre outros);
E de trabalhar com “cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos, tais como: famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento e socialibidade; ciclos de vida; identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e sexual; desvantagem pessoal resultante de deficiências; exclusão pela pobreza e/ou, no acesso às demais politicas públicas; uso de substâncias psicoativas; diferentes formas de violência advinda do núcleo familiar, grupos e indivíduos; inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho formal e informal; estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que podem representar risco pessoal e social”. (PNAS, 2004, p. 27)
USUÁRIOS DA PNAS:USUÁRIOS DA PNAS:
Outro aspecto que merece ser evidenciado é a incorporação da abordagem territorial, que implica no tratamento da cidade e de seus territórios como base de organização do sistema de proteção social básica ou especial, próximo ao cidadão.
Trata-se de uma dimensão potencialmente inovadora, pelo entendimento do território:
Como “espaço usado” (Milton Santos, 2007), fruto de interações entre homens, síntese de relações sociais;
Como possibilidade de superação da fragmentação das ações e serviços, organizados na lógica da territorialidade;.
Como espaço onde se evidenciam as carências e necessidades sociais mas também onde se forjam dialeticamente as resistências e as lutas coletivas
ABORDAGEM TERRITORIALABORDAGEM TERRITORIAL
Segurança de acolhida, segurança social de renda, segurança de convívio,segurança de desenvolvimento da autonomia e segurança de benefícios materiais ou em pecúnia;
SEGURANÇAS A SEREM GARANTIDAS NA PNASSEGURANÇAS A SEREM GARANTIDAS NA PNAS
Provida por meio da oferta pública de espaços e serviços adequados para a realização de ações de recepção, escuta profissional qualificada, informação, referência, concessão de benefícios, aquisições materiais, sociais e educativas;
SEGURANÇA DE ACOLHIDASEGURANÇA DE ACOLHIDA
É complementar à política de emprego e renda e se efetiva mediante a concessão de bolsas-auxílios financeiros sob determinadas condicionalidades, com presença ou não de contrato de compromissos; e por meio da concessão de benefícios continuados para cidadãos não incluídos no sistema contributivo de proteção social, que ;apresentem vulnerabilidades decorrentes do clico de vida e/ou incapacidade para a vida independente e para o trabalho.
SEGURANÇA SOCIAL DE RENDASEGURANÇA SOCIAL DE RENDA
Se realiza por meio da oferta pública de serviços continuados e de trabalho socioeducativo que garantam a construção, restauração e fortalecimento de laços de pertencimento e vínculos sociais de natureza geracional, inter-geracional, familiar, de vizinhança, societários.
SEGURANÇA DE CONVÍVIOSEGURANÇA DE CONVÍVIO
Exige ações profissionais que visem o desenvolvimento de capacidades e habilidades para que indivíduos e grupos possam ter condições de exercitar escolhas, conquistar maiores possibilidades de independência pessoal, possam superar vicissitudes e contingências que impedem seu protagonismo social e politico.
SEGURANÇA DE DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIASEGURANÇA DE DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA
Garantia de acesso à provisão estatal, em caráter provisório, de benefícios eventuais para indivíduos e famílias em situação de riscos e vulnerabilidades circunstanciais, de emergência ou calamidade pública.
SEGURANÇA DE BENEFÍCIOS MATERIAIS OU EM SEGURANÇA DE BENEFÍCIOS MATERIAIS OU EM PECÚNIAPECÚNIA
A MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIARA MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR
É outro aspecto a ser destacado na PNAS, pois se desloca a abordagem do indivíduo isolado para o núcleo familiar, entendendo-o como mediação fundamental na relação entre sujeitos e sociedade. Aspecto polêmico, pois envolve desde a concepção de família até o tipo de atenção que lhe deve ser oferecida.
A NORMA OPERACIONAL BÁSICA DO SUAS- 2005A NORMA OPERACIONAL BÁSICA DO SUAS- 2005
A NOB/SUAS disciplina a gestão pública da Política de Assistência Social no território brasileiro, exercida de modo sistêmico pelos entes federativos, em consonância com a Constituição Federal da República de 1988, a LOAS e as legislações complementares a ela aplicáveis.
Seu conteúdo estabelece:
Caráter do SUAS;
Funções da política pública de Assistência Social para extensão da proteção social brasileira;
Níveis de gestão do SUAS;
Instâncias de articulação, pactuação e deliberação que compõem o processo democrático de gestão do SUAS;
Financiamento;
Regras de transição.
NOB/SUASNOB/SUAS
O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUASO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS
A principal deliberação da IV Conferência Nacional de Assistência Social – dez/2003.
Um novo modelo de gestão:
Supõe um pacto federativo, com definição de competências dos entes das esferas de governo;Nova lógica de organização das ações: por níveis de complexidade, por território, considerando regiões e portes de municípios;Forma de operacionalização da LOAS, que viabiliza o sistema descentralizado e participativo e a regulação, em todo o território nacional.
O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) propõe a organização dos serviços, programas, projetos e benefícios do sistema descentralizado e participativo de Assistência Social, segundo as seguintes referências:
– PROTEÇÃO SOCIAL;– VIGILÂNCIA SOCIAL;– DEFESA SOCIAL E INSTITUCIONAL.
O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUASO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS
Proteção SocialProteção Social – visa garantir a segurança de – visa garantir a segurança de sobrevivência; de Rendimento; de autonomia; a sobrevivência; de Rendimento; de autonomia; a segurança de convívio ou vivência familiar; e a segurança de convívio ou vivência familiar; e a segurança de acolhida. segurança de acolhida.
Vigilância SocialVigilância Social – refere-se à produção, – refere-se à produção, sistematização de informações, indicadores e índices sistematização de informações, indicadores e índices territorializados das situações de vulnerabilidade e risco territorializados das situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social, que incidem sobre famílias e pessoal e social, que incidem sobre famílias e indivíduos. indivíduos.
A defesa social e institucional – os serviços socioassistenciais devem garantir aos seus usuários o acesso ao conhecimento dos direitos socioassistenciais e sua defesa
Precedência da gestão pública; Alcance de direitos socioassistenciais pelos usuários;Matricialidade sociofamiliar;Territorializarão do sistema de proteção social;Descentralização político-administrativa da gestão;Financiamento partilhado entre os entes federados; Fortalecimento da relação democrática Estado e Sociedade Civil; Valorização da presença e dos instrumentos de controle social; Participação popular e do cidadão usuário;Qualificação dos Recursos Humanos; Monitoramento e avaliação de resultados das ações desenvolvidas; Acesso democrático e transparente à informação.
EIXOS DO SUASEIXOS DO SUAS
O QUE É O QUE É PROTEÇÃO SOCIALPROTEÇÃO SOCIAL, BÁSICA E ESPECIAL ?, BÁSICA E ESPECIAL ?
A proteção social de assistência social tem a direção do desenvolvimento humano e social e dos direitos de cidadania.
A principal função da Assistência Social é o conjunto de ações, cuidados, atenções e benefícios ofertados através do SUAS para:
Prevenir, reduzir e proteger.
Proteção Social Básica:
Tem caráter preventivo e processador de inclusão social. Destina-se a segmentos da população que vive em condição de vulnerabilidade social.
Proteção Social Especial:
É modalidade de atenção assistencial destinada a indivíduos que se encontram em situação de alta vulnerabilidade pessoal e social. São vulnerabilidades decorrentes do abandono, privação, perda de vínculos, exploração,violência, etc.
A quem se destina?
Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social, decorrente da pobreza, privação e/ou fragilização de vínculos afetivos, relacionais e de pertencimento social;
Tem centralidade na família, com o objetivo de assegurar direitos e propiciar a construção da sua autonomia
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICAPROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA
Onde é desenvolvida?
É desenvolvida em um território, onde são implementados programas e serviços de base local, com caráter de acolhimento, convivência e socialização de famílias e indivíduos, conforme identificação da situação de vulnerabilidade identificada.
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICAPROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA
Os programas, projetos e serviços têm caráter preventivo e devem ser executados de forma direta nos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS´s, e em outras unidades básicas e públicas de Assistência Social;
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICAPROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICAPROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA
O CRAS:
É também conhecido como “casa das famílias”;É uma unidade pública estatal;É de base territorial ;É localizado em áreas de vulnerabilidade social ;É a “porta de entrada” para a rede de serviços;
NO CRAS SÃO REALIZADOS ESPECIFICAMENTE:NO CRAS SÃO REALIZADOS ESPECIFICAMENTE:
A execução de serviços de proteção social básica;A organização e coordenação da rede de serviços socioassistenciais locais da política de assistência social;As orientações e os encaminhamentos para a rede de proteção social básica e especial e para as outras políticas.
O CRAS é responsável pelo desenvolvimento do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), como um dos programas da PSB.
Pequeno Porte I (até 20 mil hab.) – CRAS com até Pequeno Porte I (até 20 mil hab.) – CRAS com até 2.500 famílias referenciadas;2.500 famílias referenciadas;
Pequeno Porte II (de 20.001 até 50 mil hab.) – CRAS com até 3.500 famílias referenciadas;
Médio e Grande Porte e Metrópole – CRAS com até 5.000 famílias referenciadas;
PORTES DOS MUNICÍPIOS - CRASPORTES DOS MUNICÍPIOS - CRAS
Rede Socioassistencial SUASRede Socioassistencial SUAS
CRASCRASCEICEI
ConviverConviver
AsemaAsema
AbrigoAbrigo
Território:
5.000 famílias
AgenteAgenteJovemJovem APAEAPAE
Território Municipal
Territó
rio M
un
icipal
Terr
itóri
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SMASSMAS
Território MunicipalTerritó
rio
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al
Território Municipal
Terr
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icip
al
Rede Socioassistencial SUASRede Socioassistencial SUAS
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIALPROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
Objetivo: proteger de situações de risco às famílias e indivíduos cujo direitos tenham sido violados e, ou, que já tenha ocorrido rompimento dos laços familiares e comunitários.
Média Complexidade: direitos violados, mas vínculos familiar e comunitário não rompidos;
Alta Complexidade: sem referência e, ou, em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e, ou, comunitário.
Público: população que vive em condição de risco pessoal ou social
decorrente da ocorrência de abandono, maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas sócioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, dentre outras.
DESTINÁRIOS:DESTINÁRIOS:
Famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos vínculos familiar e comunitário não foram rompidos.
Encontram-se em situação risco pessoal e social, decorrentes de:
Vítimas de maus tratos físicos e/ou psíquicos Abuso e exploração sexual Exploração da mão-de-obra infanto-juvenil Usuários de drogas Deficiências...
MÉDIA COMPLEXIDADEMÉDIA COMPLEXIDADE
Onde será atendido? Qual o equipamento social de referência?
No Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS:
→ Unidade pública estatal de prestação de serviços especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados
MÉDIA COMPLEXIDADEMÉDIA COMPLEXIDADE
Os serviços de proteção social de alta complexidade são aqueles que garantem a proteção integral – moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido para famílias e indivíduos que se encontram sem referência e, ou, em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e, ou comunitário. Tais como:
ALTA COMPLEXIDADEALTA COMPLEXIDADE
Atendimento Integral Institucional;Casa LarRepúblicaCasa de PassagemAlbergueFamília SubstitutaFamília AcolhedoraMedidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade (semiliberdade, internação provisória e sentenciada)Trabalho protegido.
ALTA COMPLEXIDADEALTA COMPLEXIDADE
MÉ
DIA
C
OM
PLE
XID
AD
E Cuidado no domicílio
Liberdadeassistida Plantão Social
Orientação e apoioSócio-familiar
CENTROS ESPECIALIZADOS DE REFERÊNCIA DA FAMÍLIA
ALT
A
CO
MPLE
XID
AD
E
abrigos albergues
Casas de PassagemInst. Longa permanência
CENTRAIS DE ACOLHIMENTO
C.R.A.SAtende a Família;Articula a rede;Desenvolve ações comunitárias
Território 1Ações de socialização
Unidades de Geração de $
C.R.A.STerritório 3C.R.A.S Território 2
Ações de Transf. renda
BÁ
SIC
O
Rede de Proteção SocialRede de Proteção Social
NÍVEIS DE GESTÃO- NOB/SUASNÍVEIS DE GESTÃO- NOB/SUASO SUAS tem 4 tipos de gestãoO SUAS tem 4 tipos de gestão
Gestão da União Gestão dos Estados
Gestão do DF Gestão dos Municípios
NÍVEIS DE GESTÃO DOS MUNICÍPIOSNÍVEIS DE GESTÃO DOS MUNICÍPIOS
GESTÃO DOS MUNICÍPIOS
INICIAL BÁSICA PLENA
Os instrumentos de gestão se caracterizam como ferramentas de planejamento técnico e financeiro da Política e do SUAS, nas três esferas de governo, tendo como parâmetro o diagnóstico social e os eixos de proteção social, básica e especial, sendo eles: PLANO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL; ORÇAMENTO; MONITORAMENTO; AVALIAÇÃO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO; E RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO.
INSTRUMENTOS DE GESTÃOINSTRUMENTOS DE GESTÃO
É um instrumento de planejamento estratégico que organiza, regula e norteia a execução da PNAS/2004 na perspectiva do SUAS. Sua elaboração é de responsabilidade do órgão gestor da política, que o submete à aprovação do Conselho de Assistência Social, reafirmando o princípio democrático e participativo.
PLANO DE ASSISTÊNCIA SOCIALPLANO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
O financiamento da política de Assistência Social é detalhado no processo de planejamento, por meio do Orçamento plurianual e anual, que expressa a projeção das receitas e autoriza os limites de gastos nos projetos e atividades propostos pelo órgão gestor e aprovados pelos conselhos, com base na legislação, nos princípios e instrumentos orçamentários e na instituição de fundos de Assistência Social, na forma preconizada pela LOAS e pela Lei n 4320/64.
ORÇAMENTO DA ASSISTÊNCIA SOCIALORÇAMENTO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Plano Plurianual - PPA – expressa o planejamento Plano Plurianual - PPA – expressa o planejamento das ações governamentais de médio prazo e das ações governamentais de médio prazo e envolve quatro exercícios financeiros, tendo vigência envolve quatro exercícios financeiros, tendo vigência do segundo ano de um mandato até o primeiro ano do segundo ano de um mandato até o primeiro ano do mandato seguinte;do mandato seguinte;
Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO – define as prioridades, metas e estabelece estimativas de receita e limites de despesa a cada ano, orientando a elaboração da Lei Orçamentária Anual.
Instrumentos de planejamento orçamentárioInstrumentos de planejamento orçamentário
Lei Orçamentária Anual – LOA – explicita as prioridades e Lei Orçamentária Anual – LOA – explicita as prioridades e as possibilidades de gasto em rubricas de receita e despesa as possibilidades de gasto em rubricas de receita e despesa para o ano respectivo, identificando os benefícios para o ano respectivo, identificando os benefícios tributários, financeiros e creditícios. É composta pelo tributários, financeiros e creditícios. É composta pelo Orçamento Fiscal, que compreende os fundos, órgãos e Orçamento Fiscal, que compreende os fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta e as fundações entidades da administração direta e indireta e as fundações públicas; pelo Orçamento de Investimentos das Estatais, públicas; pelo Orçamento de Investimentos das Estatais, nas empresas em que o poder público detenha maior do nas empresas em que o poder público detenha maior do capital social com direito a voto; e pelo Orçamento da capital social com direito a voto; e pelo Orçamento da Seguridade Social, que congrega as Políticas de Saúde, de Seguridade Social, que congrega as Políticas de Saúde, de Previdência e de Assistência Social, abrangendo todas as Previdência e de Assistência Social, abrangendo todas as entidades e órgãos a elas vinculados.entidades e órgãos a elas vinculados.
Instrumentos de Planejamento OrçamentárioInstrumentos de Planejamento Orçamentário
A gestão da informação tem como objetivo produzir condições estruturais para as operações de gestão, monitoramento e avaliação do SUAS. Opera a gestão dos dados e dos fluxos de informação do SUAS com a definição de estratégias referentes à produção, armazenamento, organização, classificação e disseminação de dado, por meio de componentes de tecnologia de informação, obedecendo padrão nacional e eletrônico.
GESTÃO DA INFORMAÇÃO, MONITORAMENTO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO
Os Relatórios de Gestão – nacional, estaduais, do Os Relatórios de Gestão – nacional, estaduais, do Distrito Federal e municipais- deverão avaliar o cumprimento Distrito Federal e municipais- deverão avaliar o cumprimento das realizações, dos resultados ou dos produtos, obtidos em das realizações, dos resultados ou dos produtos, obtidos em função das metas prioritárias, estabelecidas no Plano de função das metas prioritárias, estabelecidas no Plano de Assistência Social e consolidado em um Plano de Ação Assistência Social e consolidado em um Plano de Ação Anual; bem como da aplicação dos recursos em cada esfera Anual; bem como da aplicação dos recursos em cada esfera de governo em cada exercício anual, sendo elaboradas de governo em cada exercício anual, sendo elaboradas pelos Gestores e submetidos aos Conselhos de Assistência pelos Gestores e submetidos aos Conselhos de Assistência Social.Social.
RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃORELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO
Sua elaboração compete ao respectivo gestor do SUAS, Sua elaboração compete ao respectivo gestor do SUAS, mas deve ser OBRIGATORIAMENTE referendado pelos mas deve ser OBRIGATORIAMENTE referendado pelos respectivos CONSELHOS. respectivos CONSELHOS.
RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃORELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO
ARTICULAÇÃO: são espaços de participação aberta, com função propositiva nos âmbitos federal, estadual, municipal, podendo ser instituídos em âmbito regionalizado. São constituídos por organizações governamentais e não governamentais, com a finalidade de articular, entre outros: conselhos; união de conselhos; fóruns estaduais, regionais ou municipais e associações comunitárias (FONSEAS, CONGEMAS, COEGEMAS, FONACEAS, FÓRUM ESTADUAL DA SOCIEDADE CIVIL);
INSTÂNCIAS DE ARTICULAÇÃO, PACTUAÇÃO E INSTÂNCIAS DE ARTICULAÇÃO, PACTUAÇÃO E DELIBERAÇÃODELIBERAÇÃO
NEGOCIAÇÃO E PACTUAÇÃO: entende-se por pactuação, as negociações estabelecidas com a anuência das esferas de governo envolvidas, no que tange à operacionalização da política, não pressupondo processo de votação nem tão pouco de deliberação. Trata-se de concordância, consensualização dos entes envolvidos, formalizada por meio de publicação da pactuação e submetidas às instâncias de deliberação (CIT/CIB);
INSTÂNCIAS DE ARTICULAÇÃO, PACTUAÇÃO E INSTÂNCIAS DE ARTICULAÇÃO, PACTUAÇÃO E DELIBERAÇÃODELIBERAÇÃO
DELIBERAÇÃO: são instâncias descentralizadas de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, que atuam como espaços de decisão, financiamento e controle social, como:
a) CONSELHOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL que têm suas competências definidas na LOAS e complementadas por legislação específica.
b) CONFERÊNCIAS com atribuição de avaliar a Política de Assistência Social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do SUAS.
INSTÂNCIAS DE ARTICULAÇÃO, PACTUAÇÃO E INSTÂNCIAS DE ARTICULAÇÃO, PACTUAÇÃO E DELIBERAÇÃODELIBERAÇÃO
São instâncias constitutivas da política de organização e São instâncias constitutivas da política de organização e financiamento da Assistência Social:financiamento da Assistência Social:
Instâncias de Pactuação: Comissão Intergestores Tripartite – CIT (âmbito federal) e Comissão Intergestores Bipartite – CIB (âmbito estadual);Instâncias de Deliberação: Conselhos de Assistência Social e Conferências nos âmbitos municipal, estadual e federal.
INSTÂNCIAS CONSTITUTIVASINSTÂNCIAS CONSTITUTIVAS
Formação: membros representando a União (indicados pelo MDS),membros representando os Estados e Distrito Federal (indicados pelo FONSEAS), membros representando os municípios (indicados pelo CONGEMAS).
O que é: é espaço de articulação e negociação entre os gestores (federal, estadual, municipal) quanto aos aspectos operacionais de gestão da Política de Assistência Social.
Atribuições: pactuar os critérios e procedimentos de transferência de recursos do co-financiamento de ações e serviços da Assistência Social para estados, Distrito Federal e municípios, e submetê-los à aprovação do CNAS (dentre outras).
FORMAÇÃO E COMPETÊNCIAS DA CITFORMAÇÃO E COMPETÊNCIAS DA CIT
O QUE É O CONGEMAS ?
→ O Olho do Município na Assistência Social
O Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (CONGEMAS) é uma Associação Civil, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, de duração indeterminada, com sede e foro em Brasília - DF - desde abril de 2001, regendo-se por estatuto e normas próprias, representando os municípios brasileiros junto ao Governo Federal, especialmente junto ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e aos governos estaduais, para fortalecer a representação municipal nos Conselhos, Comissões e Colegiados, em todo o território nacional.
CONGEMASCONGEMAS
Defender a Assistência Social como Política de Seguridade, conforme os princípios constitucionais e as diretrizes da LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social);
Assegurar a perspectiva municipalista da Assistência Social, buscando o atendimento e a efetivação de rede de serviços adequada às características regionais e locais, através de processo que garanta recursos financeiros das três esferas de governo aos municípios;
Participar da formulação da Política Nacional de Assistência Social, acompanhando a sua concretização nos Planos, Programas e Projetos;
Coletar, produzir e divulgar informações relativas à área de Assistência Social;
Promover e incentivar a formação do gestor municipal, a fim de que ele passe a contribuir decisivamente na consolidação da Assistência Social enquanto Política Pública.
Maiores informações: www.congemas.org.br
FINALIDADES DO CONGEMASFINALIDADES DO CONGEMAS
O Fórum Nacional de Secretários (as) de Estado de Assistência Social e outros órgãos correlatos – FONSEAS é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e de gestão de seus bens, constituída pelo conjunto dos gestores responsáveis pela coordenação e execução da política de assistência social
em seu território.
FONSEASFONSEAS
O Fórum Nacional de Secretários (as) de Estado de Assistência Social e outros órgãos correlatos – FONSEAS, tem por finalidade:
I - Contribuir para a definição e formulação de diretrizes básicas para subsidiar o aprimoramento da política de assistência social;
II - Defender e posicionar-se em favor dos interesses dos Estados e Distrito Federal na execução da política de assistência social;
III - Fortalecer a participação dos Estados e do Distrito Federal na definição e implementação da política de assistência social, como política pública estatal na perspectiva de garantia dos direitos dos seus usuários;
FINALIDADE DO FONSEASFINALIDADE DO FONSEAS
IV - Promover o intercâmbio de experiências e ações que facilitam a operacionalização da política de assistência social, respeitando as diversidades regionais;V – Articular ações junto aos poderes executivo e legislativo para ampliação de recursos financeiros que viabilizem a política de assistência social;VI – Contribuir com as demais políticas públicas para a integração e aperfeiçoamento da política de assistência social;
VII – Participar das instâncias de pactuação (Comissão Intergestores Tripartite - CIT) e de deliberação (Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS) da política de assistência social e demais setores, quando solicitado.VIII – Propor Estudos e PesquIsas que contribuam para o aperfeiçoamento da política de assistência social.
FORMAÇÃO E COMPETÊNCIAS DA CIBFORMAÇÃO E COMPETÊNCIAS DA CIB
Formação: membros representantes do Gestor Estadual (indicados pela SST) e membros representantes dos municípios catarinenses (por porte de municípios), indicados pelo COEGEMAS.
O que é: é espaço de articulação e negociação entre os gestores estadual e municipais quanto aos aspectos operacionais de gestão da Política de Assistência Social.
Atribuições: Atribuições:
Pactuar a distribuição/partilha de recursos estaduais e federais destinados ao co-financiamento das ações e serviços socioassistenciais, sendo os últimos com base nos critérios pactuados na CIT e aprovados no CNAS;
Pactuar critérios, estratégias e procedimentos de repasse de recursos estaduais para o co-financiamento das ações e serviços socioassistenciais para os municípios;
Publicar as pactuações no Diário Oficial do Estado, enviar cópia à Secretaria Técnica da CIT e divulgá-las amplamente;
Submeter à aprovação do Conselho Estadual de Assistência Social as matérias de sua competência;
Estabelecer acordos relacionados aos serviços, programas, projetos e benefícios a serem implantados pelo Estado e Municípios enquanto rede de proteção social integrante do SUAs no Estado;
Pactuar os consórcios públicos e o fluxo de atendimento dos usuários (dentre outras).
O Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social - COEGEMAS - é uma entidade civil, de direito privado, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, de duração indeterminada.
COEGEMASCOEGEMAS
Para a consecução de suas finalidades o COEGEMAS se propõe:
I – Representar os interesses da Assistência Social junto às autoridades constituídas;
II - Apoiar, defender e integrar o movimento dos Gestores Municipais de Assistência Social por uma sociedade justa e uma assistência social democrática e libertadora;
III - Atuar na articulação e coordenação dos interesses comuns dos Órgãos Municipais de Assistência Social;
IV – Divulgar o poder municipalista, estimulando e apoiando a filiação dos Gestores Municipais de Assistência Social;
V – Participar da formulação das políticas assistenciais no nível estadual, com representação em instâncias decisórias e acompanhar sua concretização nos planos, programas e projetos correspondentes;
FINALIDADES DO COEGEMASFINALIDADES DO COEGEMAS
VI - Coletar, produzir e divulgar informações relativas à assistência social, a partir de um planejamento integrado e participativo;
VII - Incentivar a formação do Gestor Municipal de Assistência Social para que o desempenho de suas funções contribua decisivamente para a melhoria da Assistência Social;
VIII - Promover encontros, seminários e outros eventos que possibilitem discussões e troca de experiências;
IX - Lutar pelo fortalecimento dos municípios no Sistema Estadual de Assistência Social, defendendo os interesses municipais na área de assistência social, promovendo ações judiciais coletivas ou outras que se fizerem necessárias;
X - Diligenciar no sentido de que os gestores municipais de assistência social participem das decisões tomadas pelos órgãos federais, estaduais e municipais, que lhes interessem diretamente;
FINALIDADES DO COEGEMASFINALIDADES DO COEGEMAS
XI - Lutar pela municipalização da assistência social, através de um processo descentralizado que garanta recursos financeiros das 3 esferas de governo para que estes possam, de forma efetiva, assegurar ao município ações de assistência que beneficiem a toda população;
XII - Levantar e transmitir aos municípios, o máximo de informações que possibilitem a obtenção de recursos financeiros e técnicos, buscando a ampliação de repasse de recursos para o setor de assistência social dos municípios;
XIII - Garantir a participação de instâncias organizadas da população junto ao Sistema de Assistência Social, inclusive nos municípios, promovendo troca de experiências acerca do controle social em assistência social;
XIV – Apoiar a organização dos gestores municipais de assistência social a nível dos municípios.
FINALIDADES DO COEGEMASFINALIDADES DO COEGEMAS
Cabe aos Conselhos de Assistência Social da Política de Assistência Social:
Deliberação e fiscalização da execução da política e de seu financiamento;
Aprovação do Plano Plurianual de Assistência Social e suas adequações;
Apreciação e aprovação da proposta orçamentária dos recursos destinados à área e do plano de aplicação do Fundo, acompanhando a execução orçamentária e financeira anual dos recursos;
Definição de critérios de partilha e de transferência de recursos estaduais destinados aos municípios (transferência de fundo a fundo a ações continuadas e, transferência aos FMAS’s, via convênio, de financiamentos de projetos pontuais);
Normatizar, disciplinar, acompanhar, avaliar e fiscalizar os serviços de assistência social, prestados pela rede socioassistencial, definindo os padrões de qualidade de atendimento.
ATRIBUIÇÕES DOS CONSELHOS DE ASSISTÊNCIA SOCIALATRIBUIÇÕES DOS CONSELHOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
ACOMPANHAR: é tomar conhecimento; ficar atento às ações realizadas por outros agentes (gestores, outros conselhos) enquanto elas estão acontecendo. A ação de acompanhar é um processo constante.APROVAR: é quando o assunto em questão não é elaborado pelo conselho, mas precisa de sua autorização para ser realizado ou posto em prática.ASSESSORAR é quando o conselho exerce a função de ajudar ou dar respaldo aos outros para realizar suas funções.ELABORAR é quando o próprio conselho produz algo sobre o assunto em questão.ESTABELECER é definir algo que precisa ser feito, é quando o próprio conselho pode propor e pôr em prática determinada decisão que deve ser executada por ele ou por outros.NORMATIZAR é quando o conselho estabelece normas ou padrões a serem seguidos.PROPOR é quando o conselho apresenta uma proposta ou sugestão que precisa ser submetida à decisão de alguém.
PODER DE DELIBERAÇÃO DOS CONSELHOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
As conferências de Assistência Social são instâncias deliberativas com atribuição de avaliar a Política de Assistência Social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do SUAS.
A convocação, pelos respectivos conselhos, para realização das Conferências de Assistência Social obedecerá à periodicidade estabelecida na LOAS para a Conferência Nacional e à legislação específica para conferências estaduais, do Distrito Federal e municipais.
AS CONFERÊNCIASAS CONFERÊNCIAS
Instâncias de Instâncias de GestãoGestão
Ministério do Desenvolviment
o Social e Combate à
Fome
Secretarias Estaduais
Secretarias Municipais
Instâncias de Instâncias de Negociação e Negociação e
PactuaçãoPactuação
Comissão Intergestora
Tripartide
Comissão Intergestora
Bipartide
Instâncias de Instâncias de Deliberação e Deliberação e
Controle Controle SocialSocial
Conselho Nacional
Conselhos Estaduais
Conselhos Municipais
Instâncias de Instâncias de FinanciamentoFinanciamento
Fundo Nacional
Fundos Estaduais
Fundos Municipais
Rede de Serviços Governamentais e não Governamentais de Assistência Social
Destinatários / Usuários
Sistema Descentralizado e Participativo da Assistência Social. Art. 6° da LOAS
NORMA OPERACIONAL BÁSICA DE RECURSOS HUMANOS – NOB/RH
A NOB/RH aprovada pelo CNAS em 13 de dezembro de 2006 objetiva: a padronização das carreiras do SUAS, por meio de diretrizes nacionais para a implementação de ações específicas quanto à principal tecnologia do SUAS: os seus trabalhadores.
NOB/RH
OBJETIVOS:
Delinear os principais elementos da gestão do trabalho na esfera pública e estabelecer as equipes de referência para os serviços socioassistenciais;
Apresentar as diretrizes para a Política Nacional de Capacitação, tendo como fundamento a EDUCAÇÃO PERMANENTE, e
Prever a construção de processos de capacitação de forma sistemática e continuada, levando-se em conta demandas, necessidades e especificidades regionais e locais.
EIXOS PARA A GESTÃO DO TRABALHOEIXOS PARA A GESTÃO DO TRABALHO
Nessa perspectiva, os principais eixos para a gestão do trabalho na área da Assistência Social considerados pela NOB-RH/SUAS são:
princípios éticos para os trabalhadores;
princípios e diretrizes nacionais para a gestão do trabalho no âmbito do Suas;
equipes de referência;
diretrizes para a política nacional de capacitação;
EIXOS PARA A GESTÃO DO TRABALHOEIXOS PARA A GESTÃO DO TRABALHO
diretrizes nacionais para planos de carreira, cargos e salários;
diretrizes para entidades e organizações de assistência social;
diretrizes para o cofinanciamento da gestão do trabalho;responsabilidades e atribuições do gestor federal, estadual, do Distrito Federal e municipal;
diretrizes nacionais para instituição de mesas de negociação;
organização do CadSuas;
controle social da gestão do trabalho;
São princípios éticos que orientam a intervenção dos profissionais da área de assistência social:
a) Defesa intransigente dos direitos socioassistenciais;
b) Compromisso em ofertar serviços, programas, projetose benefícios de qualidade que garantam a oportunidadede convívio para o fortalecimento de laçosfamiliares e sociais;
c) Promoção aos usuários do acesso a informação, garantindo conhecer o nome e a credencial de quem osatende;
PRINCÍPIOS ÉTICOSPRINCÍPIOS ÉTICOS
d) Proteção à privacidade dos usuários, observado o sigilo profissional, preservando sua privacidade e opção e resgatando sua historia de vida;
e) Compromisso em garantir atenção profissional direcionada para construção de projetos pessoais e sociais para autonomia e sustentabilidade;
f) Reconhecimento do direito dos usuários a ter acessoa benefícios e renda e a programas de oportunidadespara inserção profissional e social;
PRINCÍPIOS ÉTICOSPRINCÍPIOS ÉTICOS
g) Incentivo aos usuários para que estes exerçam seudireito de participar de fóruns, conselhos, movimentossociais e cooperativas populares de produção;
h) Garantia do acesso da população a política de assistência social sem discriminação de qualquer natureza (gênero, raça/etnia, credo, orientação sexual, classe social, ou outras), resguardados os critérios de elegibilidade dos diferentes programas, projetos, serviços e benefícios;
PRINCÍPIOS ÉTICOSPRINCÍPIOS ÉTICOS
i) Devolução das informações colhidas nos estudos e pesquisas aos usuários, no sentido de que estes possam usá-las para o fortalecimento de seus interesses;
j) Contribuição para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os usuários, nosentido de agilizar e melhorar os serviços prestados.
PRINCÍPIOS ÉTICOSPRINCÍPIOS ÉTICOS
HistóricoHistórico
→ → Contratação de consultoria (2008)Contratação de consultoria (2008)
→ → Seminários Internos (2008)Seminários Internos (2008)
→ → Debates com gestores (2008)Debates com gestores (2008)
→ → Seminários Internos e Consolidação dos Resultados Seminários Internos e Consolidação dos Resultados
(2009)(2009)
→ → Pactuação CIT (2009)Pactuação CIT (2009)
→ → Aprovação no CNAS (2009)Aprovação no CNAS (2009)
→ → Adesão/Implantação(2010)Adesão/Implantação(2010)
A TIPIFICAÇÃO NACIONAL DOS SERVIÇOS A TIPIFICAÇÃO NACIONAL DOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAISSOCIOASSISTENCIAIS
Aprova a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais
Publicada no Diário Oficial da União Seção 1, No. 225, 25/11/2009, pg. 82 à 90.
RESOLUÇÃO CNAS N° 109, DE 11 DE NOVEMBRO RESOLUÇÃO CNAS N° 109, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2009DE 2009
Estabelece uma matriz padronizada de serviços socioassistenciais, organizados conforme nível de complexidade: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade .
A TIPIFICAÇÃO NACIONAL DOS SERVIÇOS A TIPIFICAÇÃO NACIONAL DOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAISSOCIOASSISTENCIAIS
Matriz Padronizada para Fichas de Serviços Socioassistenciais
Nome do Serviço: Termos utilizados para denominar o serviço de modo a evidenciar sua principal função e os seus usuários.Descrição: Conteúdo da oferta substantiva do serviço.Usuários: Relação e detalhamento dos destinatários a quem se destinam as atenções. As situações identificadas em cada serviço constam de uma lista de vulnerabilidades e riscos contida nesse documento.Objetivos: Propósitos do serviço e os resultados que dele se esperam.Provisões: As ofertas do trabalho institucional, organizadas em quatro dimensões: ambiente físico, recursos materiais, recursos humanos e trabalho social essencial ao serviço. Organizados conforme cada serviço as provisões garantem determinadas aquisições aos cidadãos.
Aquisições dos Usuários
Trata dos compromissos a serem cumpridos pelos gestores em todos os níveis, para que os serviços prestados no âmbito do SUAS produzam seguranças sociais aos seus usuários.
As aquisições específicas de cada serviço estão organizadas segundo as seguranças sociais que devem garantir.
Matriz Padronizada para Fichas de Serviços Socioassistenciais
Condições e Formas de Acesso: Procedência dos (as) usuários (as) e formas de encaminhamento.Unidade: Equipamento recomendado para a realização do serviço socioassistencial.Período de Funcionamento: Horários e dias da semana abertos ao funcionamento para o público.Abrangência: Referência territorializada da procedência dos usuários e do alcance do serviço.Articulação em Rede: Sinaliza a completude da atenção hierarquizada em serviços de vigilância social, defesa de direitos, proteção básica e especial de assistência social e dos serviços de outras políticas públicas e de organizações privadas. Indica a conexão de cada serviço com outros serviços, programas, projetos e organizações dos Poderes Executivo e Judiciário e organizações não governamentais
Matriz Padronizada para Fichas de Serviços Socioassistenciais
Impacto Social esperado: Trata dos resultados e dos impactos esperados de cada serviço e do conjunto dos serviços conectados em rede socioassistencial. Projeta expectativas que vão além das aquisições dos sujeitos que utilizam os serviços e avançam na direção de mudanças positivas em relação a indicadores de vulnerabilidades e de riscos sociais.
Regulamentações: Remissão a leis, decretos, normas técnicas e planos nacionais que regulam benefícios e serviços socioassistenciais e atenções a segmentos específicos que demandam a proteção social de assistência social.
Matriz Padronizada para Fichas de Serviços Socioassistenciais
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA 1. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF 2. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 3. Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas
com Deficiência e Idosas
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL Média Complexidade
1. Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias Indivíduos – PAEFI
2. Serviço Especializado de Abordagem Social 3. Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de
medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC)
4. Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos(as) e suas Famílias
5. Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua Alta Complexidade
6. Serviço de Acolhimento Institucional 7. Serviço de Acolhimento em República 8. Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora 9. Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de
emergências
Quadro síntese dos serviços por nível de Quadro síntese dos serviços por nível de complexidade complexidade
ANTES E DEPOIS DO SUASANTES E DEPOIS DO SUASLuziele Tapajós - MDSLuziele Tapajós - MDS
Desresponsabilização do Estado na oferta de serviços e no atendimento à situação de
violação de direitos
Insuficiente regulação no campo da assistência social e, sobretudo, no campo
de gestão governamental e não governamental e imprecisão conceitual
Serviços, programas e projetos planejados e executados de forma
fragmentada, segmentada e focalizada no indivíduo
Inexistência de uma referência para o atendimento às famílias ou aos usuários da
Assistência social
Enfoque na relação convenial entre gestores implicando burocracia, demora e atraso no repasse de recursos, falta de autonomia na gestão por parte dos municípios e estados
Dever do Estado na oferta dos serviços de referência local ou regional para a recomposição dos direitos violados
Norma Operacional, portarias, resoluções, guias e manuais, entre outros: instrumentos que estabelecem o marco regulatório inicial do SUAS.Ex: NOB/SUAS, NOB RH
Organização dos serviços continuados e por níveis de proteção social (básica e especial), com foco prioritário de atenção à família
A PNAS/2004 estabelece duas referências para o atendimento das famílias e indivíduos: CRAS e CREAS, universalizando o acesso ao direito
Nova lógica de financiamento, estabelecendo pisos de proteção social; repasse fundo a fundo automático e regular e critérios técnicos de partilha
ANTES DO SUAS COM O SUAS
ANTES DO SUAS COM O SUAS
Desarticulação dos serviços com os benefícios socioassistenciais e com
políticas setoriais
Esvaziamento de legitimidade das instâncias de articulação, pactuação e
deliberação
Indefinição de atribuições/competências dos três níveis de governo quanto à
gestão da política e seu financiamento;
Co-financiamento de programas e serviços decididos no âmbito do governo federal especificamente para ações pré-
definidas e sem autonomia para os municípios
Ausência de processos continuados de capacitação e de política de RH.
Articulação dos serviços e benefícios (público prioritário no atendimento são os beneficiários dos benefícios de transferência de renda: PBF e BPC
Fortalecimento das instâncias no processo decisório e no reordenamento da rede socioassistencial
Normatização pactuada entre os gestores
Respeito a autonomia dos municípios na organização dos serviços conforme a necessidade local e dos territórios
Eixo da PNAS/2004 e matéria de NOB/RH
E como PENSAR/CONSTRUIR e reafirmar o processo E como PENSAR/CONSTRUIR e reafirmar o processo de implementação do SUAS?de implementação do SUAS?
Quais são os desafios?Quais são os desafios?
Como SUPERAR/TRANSPOR as dificuldades?Como SUPERAR/TRANSPOR as dificuldades?
REFERÊNCIASREFERÊNCIASBRASIL. Lei 12.345 – Lei Orgânica de Assistência Social, publicada em 6 de julho de 2011. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Politica Nacional de Assistência Social. Brasília, 2004.__________________________________________________. Norma Operacional Básico do SUAS – NOB/SUAS. Brasília, 2005.__________________________________________________. Norma Operacional Básica de Recursos Humanos – NOB/RH. Brasília, 2006.____________________________________________________.Resolução 109, 11 de novembro de 2009.COUTO, Berenice Rojas et all (orgs.) . O Sistema Único de Assistência Social no Brasil: uma realidade em movimento. São Paulo : Cortez, 2012.Apresentação em powerpoint – Luziele Tapajós- MDS