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Perigo: Fraudes na Receita Anos de investigação e uma operação conjunta entre Receita e Polícia Federal colocam sob investigação mais de 300 empresas e 19 Estados. A suspeita? Beneficiárias de Irregularidades Fiscais. Depois de dois anos de investigação, uma operação da Polícia Federal e da Receita Federal desmontou no início de novembro um esquema de fraudes tributárias que poderia gerar um prejuízo de R$ 1 bilhão. Cerca de 300 empresas de 19 Estados estão sob investigação após serem identificadas como beneficiárias de irregularidades fiscais. Na ação, chamada "Protocolo Fantasma", foram presas nesta quarta 11 pessoas suspeitas de integrar essa "organização criminosa". Quatro delas eram funcionários do Serpro (empresa de processamento de dados ligada ao governo), alguns deles emprestados para prestar serviço à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Entre os presos estão ainda um consultor financeiro de uma empresa de grande porte do setor agrícola da região de Matão (interior paulista), contadores e advogados que atuavam como intermediários entre os clientes (as empresas) e os prestadores de serviço (os envolvidos no esquema). Outros 20 estão sob investigação. Como funcionava A quadrilha inseria falsas informações no sistema eletrônico de controle de processos da administração pública para reduzir ou zerar dívidas que empresas tinham com o fisco, segundo a delegada Cecília Machado, do grupo de repressão a crimes cibernéticos da PF, coordenadora da operação. Uma dessas informações eram créditos que não existiam - alguns eram até de ações que há anos estavam prescritas na Justiça. Os policiais ainda procuram outros três envolvidos no esquema. "Os funcionários recebiam entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por cada inserção falsa no sistema. Já os intermediários cobravam um percentual de 12% a 20% sobre o total da dívida que a empresa conseguia reduzir", diz a delegada. Até senhas foram roubadas por funcionários pelos envolvidos no esquema. Um dos casos que mais chamou a atenção, segundo Fábio Ejchel, superintendente-adjunto da Receita Federal em São Paulo, foi de uma empresa que dizia ter R$ 320 milhões de créditos referentes a títulos públicos que datavam de de 1890 e 1900. "São papéis sem valor algum. Não serviam nem para comprar um pãozinho. Datavam desde a época em que o Brasil era império", diz. Além de títulos sem valor, os envolvidos no esquema usavam para abater as dívidas depósitos judiciais que não existiam e valores recolhidos que eram falsos. Uma das fraudes foi batizada de "golpe do Darfinho" em referência à declaração que empresas fazem ao fisco. "A empresa recolhia R$ 50 ou R$ 100 em uma guia, o chamado DARF, mas não especificava qual imposto estava recolhendo, Depois entrava na Justiça dizendo ter recolhido R$ 50 mil ou R$ 100 mil e cobravam nessas ações inclusive juros e correção monetária", afirma a delegada. Os suspeitos devem responder pelos crimes de divulgação de segredo (quebravam o sigilo de potenciais clientes, empresas devedoras, para oferecer seus serviços), formação de quadrilha, corrupção, entre outros. Perigo: Fraudes na Receita Empresários cada vez mais na mira Página 1 Estados protestam devedores Não se discute mais cabimento dos protestos. Página 3 Boletim Informativo | Biagini Advogados Dezembro | 2013 Marco Civil da Internet Guarda de dados no país afugentará empresas. Página 3 Estamos mesmo no Brasil? A prisão dos réus do "Mensalão" Página 2 BIAGINI ADVOGADOS Avenida Nove de Julho, nº 4939 7º andar Torre Europa Jardim Europa 01407 200 São Paulo SP Telefone (11) 3507 1100 www.biagini.com.br Boletim Informativo | Biagini Advogados 1

Boletim Biagini _ Dez13

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Perigo: Fraudes na Receita!Anos de investigação e uma operação conjunta entre Receita e Polícia Federal colocam sob investigação mais de 300 empresas e 19 Estados. A suspeita? Beneficiárias de Irregularidades Fiscais.! !

Depois de dois anos de investigação, uma operação da Polícia Federal e da Receita Federal desmontou no início de novembro um esquema de fraudes tributárias que poderia gerar um prejuízo de R$ 1 bilhão. Cerca de 300 empresas de 19 Estados estão sob investigação após serem identificadas como beneficiárias de irregularidades fiscais. Na ação, chamada "Protocolo Fantasma", foram presas nesta quarta 11 pessoas suspeitas de integrar essa "organização criminosa". Quatro delas eram funcionários do Serpro (empresa de processamento de dados ligada ao governo), alguns deles emprestados para prestar serviço à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Entre os presos estão ainda um consultor financeiro de uma empresa de grande porte do setor agrícola da região de Matão (interior paulista), contadores e advogados que atuavam como intermediários entre os clientes (as empresas) e

os prestadores de serviço (os envolvidos no esquema). Outros 20 estão sob investigação. Como funcionavaA quadrilha inseria falsas informações no sistema eletrônico de controle de processos da administração pública para reduzir ou zerar dívidas que empresas tinham com o fisco, segundo a delegada Cecília Machado, do grupo de repressão a crimes cibernéticos da PF, coordenadora da operação. Uma dessas informações eram créditos que não existiam - alguns eram até de ações que há anos estavam prescritas na Justiça. Os policiais ainda procuram outros três envolvidos no esquema. "Os funcionários recebiam entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por cada inserção falsa no sistema. Já os intermediários cobravam um percentual de 12% a 20% sobre o total da dívida que a empresa conseguia reduzir", diz a delegada. Até senhas foram roubadas por funcionários pelos envolvidos no esquema. Um dos casos que mais chamou a atenção, segundo Fábio Ejchel, superintendente-adjunto da Receita Federal em São Paulo, foi de uma empresa que dizia ter R$ 320 milhões de créditos referentes a títulos públicos que datavam de de 1890 e 1900. "São papéis sem valor algum. Não serviam nem para comprar um pãozinho. Datavam desde a época em que o Brasil era império", diz. Além de títulos sem valor, os envolvidos no esquema usavam para abater as dívidas depósitos judiciais que não existiam e valores recolhidos que eram falsos. Uma das fraudes foi batizada de "golpe do Darfinho" em referência à declaração que empresas fazem ao fisco. "A empresa recolhia R$ 50 ou R$ 100 em uma guia, o chamado DARF, mas não especificava qual imposto estava recolhendo, Depois entrava na Justiça dizendo ter recolhido R$ 50 mil ou R$ 100 mil e cobravam nessas ações inclusive juros e correção monetária", afirma a delegada. Os suspeitos devem responder pelos crimes de divulgação de segredo (quebravam o sigilo de potenciais clientes, empresas devedoras, para oferecer seus serviços), formação de quadrilha, corrupção, entre outros.

Perigo: Fraudes na Receita!Empresários cada vez mais na mira!Página 1

Estados protestam devedores!Não se discute mais cabimento dos protestos.!Página 3

Boletim Informativo | Biagini Advogados Dezembro | 2013

Marco Civil da Internet!Guarda de dados no país afugentará empresas.!Página 3

Estamos mesmo no Brasil?!A prisão dos réus do "Mensalão"!Página 2

É LEGAL COBRANÇA DE TARIFA DE ESGOTO AINDA QUE NÃO HAJA TRATAMENTO SANITÁRIO DECIDE STJ

M esmo que não haja tratamento sanitário do esgoto antes de seu despejo, é legal a cobrança da tarifa de esgoto. A decisão é da 1ª Seção do Supe-

rior Tribunal de Justiça (STJ), em julgamento de recurso especial representati-vo de controvérsia de autoria da Companhia de Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), do Rio de Janeiro. A maioria dos ministros entendeu que a tarifa de esgoto pode ser cobrada quando a concessionária realiza coleta, transporte e escoamento dos dejetos, ainda que não promova o respectivo tratamento sani-tário antes do deságue. Para eles, essa é uma etapa posterior e complemen-tar, travada entre a concessionária e o poder público.

O relator do recurso, ministro Benedito Gonçalves, ressaltou que a legislação dá suporte à cobrança, principalmente porque não estabelece que o serviço

público de esgotamento sanitário somente existirá quando todas as etapas forem efetivadas. Além disso, não proí-be a cobrança da tarifa pela prestação de apenas uma ou algumas dessas atividades. A decisão da Seção reforma acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que declarou a ilegalidade da tarifa ante a ausência de tratamen-to do esgoto coletado na residência do autor da ação. Ele queria a devolução das tarifas pagas, a chamada repeti-ção de indébito.A decisão deixa claro que a cobrança da tarifa não pressupõe a prestação integral do serviço de esgotamento sanitário, mas apenas parte dele. No caso analisado, o serviço resume-se à realização da coleta, do transporte e do escoamento dos dejetos.

Assim, há que se considerar prestado o serviço público de esgotamento sanitário pela simples realização de uma ou mais das atividades arroladas no artigo 9º do referido decreto, de modo que, ainda que detectada a deficiência na prestação do serviço pela ausência de tratamento dos resíduos, não há como negar tenha sido disponibilizada a rede  pública  de  esgotamento  sanitário”,Para  o  relator,  entender  de   forma  diferente  seria,  na  prática,   inviabilizar  a  prestação do serviço pela concessionária, prejudicando toda a população que se beneficia com a coleta e escoa-mento dos dejetos.

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Estamos, mesmo, no Brasil?!!Três figurões da cúpula petista. Três representantes genuínos do poder instalado neste país há mais de 10 anos. E os três:!José Dirceu, Delúbio Soares e José Genuíno na cadeia, condenados pelos crimes de corrupção ativa, peculato, formação de quadrilha… A pergunta: será que o sorriso continua o mesmo?!!

Detenções mostram que político também pode ir para a cadeia e servem de alerta para governantes, legisladores e administradores públicos, opinam especialistas. Oito anos depois da denúncia, o processo do mensalão começa a ter seu desfecho com as condenações e primeiras prisões dos envolvidos no esquema. Antes disso, poucos imaginavam que o processo, um dos mais emblemáticos da luta contra a corrupção no Brasil, pudesse terminar com políticos do alto escalão condenados e presos. Para alguns especialistas, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) é também simbólica e, ao mesmo tempo, um marco na história do Judiciário. Ela abre precedentes num país onde a tradição era não prender políticos, principalmente do alto escalão, envolvidos em casos de corrupção.

"As condenações do mensalão vão gerar uma mudança cultural muito grande no país”. Pela primeira vez na história, o STF condena políticos de alto escalão e os manda para a prisão", diz Josmar Verillo, vice-presidente da Amarribo, braço brasileiro da ONG Transparência Internacional. "Essa decisão tem um efeito educativo muito grande também de inibir a corrupção, e vai abrir um precedente muito grande." O professor de Comunicação Política da Universidade Mackenzie, Roberto Gondo, diz que com a condenação dos acusados, criou-se um novo momento paradigmático que explicita que a prática ilícita de desvio de verbas e a má utilização de recursos públicos, bem como o tráfico de influência, são passíveis de punição, mesmo quando os acusados pertencem aos altos escalões da República."Dessa forma, é possível afirmar que o processo de julgamento do mensalão contribuiu positivamente para elevar a preocupação dos demais atores políticos com relação à sua atuação no poder público", afirma Gondo. Ele diz, ainda, que a imagem do Poder Judiciário como instância legítima e idônea tende a aumentar depois das condenações, mas o julgamento do mensalão ainda não é suficiente para fomentar por completo um sentimento de rigor no combate da corrupção no país, opina. "É um processo lento, gradual e cultural, que deverá ser absorvido pela população no sentido de acompanhar de modo mais rigoroso seus representantes, e pressionar por intermédio dos meios disponíveis, a apuração dos fatos e possíveis condenações", diz. Prisão domiciliar seria vista como "pizza"Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da Associação Contas Abertas, diz que apenas 1.479 pessoas estão presas por crimes contra a administração pública como, por exemplo, peculato, concussão e corrupção passiva. O número representa apenas 0,3% do total de presos no Brasil e mostra a dificuldade e a lentidão da Justiça. "Não há, no Brasil, uma cultura histórica de se punir crimes de corrupção. É muito mais usual punir um ladrão que roubou uma pessoa do que o roubo do Estado", afirma Castello Branco. "Mas quem rouba o Estado rouba a todos nós. Por isso, esses crimes deveriam ter prioridade de julgamento, já que são muito mais graves que o crime contra somente uma pessoa." O especialista diz que, além de servir de alerta para os políticos, a prisão de alguns "mensaleiros" deve mudar o estigma de que a Justiça brasileira condena somente negros e pobres. Ele espera que as condenações da alta cúpula política não sejam todas revertidas em prisão domiciliar. "Se acontecer, isso será visto como 'pizza' pela sociedade brasileira." A expectativa dos brasileiros é que o julgamento do mensalão não seja um caso isolado. Há vários outros casos de corrupção ainda parados na Justiça, principalmente envolvendo políticos. "Há uma expectativa da sociedade de que esses fatos sejam um marco e sirvam de advertência para políticos que achavam que tudo era possível em nome da política, até mesmo a constituição de um caixa dois.", defende Castello Branco. Para o especialista, a prisão dos políticos do mensalão mostra a solidificação da democracia brasileira, já que instituições dos três poderes funcionaram de forma exemplar. Ele cita a atuação do STF de forma transparente, com sessões televisionadas; e as prisões efetuadas pela Polícia Federal, que é um órgão do Poder Executivo, com implicações no Poder Legislativo. "Todos os poderes da República se viram envolvidos nesta decisão e funcionaram, mesmo que alguns possam criticar um rigor maior ou menor. Mas o fato é que os poderes atuaram e chegaram a essa decisão, que tem um cunho democrático. Isso mostra como a democracia brasileira está amadurecida, apesar de ser ser recente”, conclui Castello Branco.

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Marco Civil da Internet!Marco civil: guarda de dados no país afugentará empresas, diz associação.

A Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) avalia que a obrigatoriedade de guarda de dados de brasileiros ou de atividades executadas no país em território nacional, prevista no marco civil da internet, poderá aumentar os custos das empresas de tecnologia da informação (TI) e estimular a migração de atividades aqui desenvolvidas por empresas globais. Para a entidade, a mudança também poderá afetar a capacidade de expansão das companhias brasileiras. Segundo a entidade, a exigência de localização de dados poderia também estimular movimentos e políticas reativos em outros países, afetando as exportações de serviços e de tecnologias a partir do Brasil. "Em movimento inverso, pode-se estimular a mudança dos data centers aqui instalados, ou pelo menos de parte deles, para outros países, em possível prejuízo à arrecadação tributária e à criação de postos de trabalho", aponta o documento. A Brasscom recomenda que o país aborde sem precipitações a

questão da segurança de dados, sem enquadrá-la no marco civil da internet. A entidade considera que a melhor forma de garantir a segurança da rede é com uma boa arquitetura de sistemas, medidas e mecanismos de segurança e que a obrigação de guarda de dados em território nacional não é necessariamente a medida que possa garantir essa segurança. Adiado mais uma vez O marco civil da internet estava na pauta de votação, mas foi adiado para a próxima semana. A matéria define direitos e deveres dos usuários e dos provedores de internet, proibindo, por exemplo, que as empresas responsáveis pela conexão repassem registros de acessos dos internautas para outras empresas, garantindo o sigilo das comunicações exceto em casos de ordem judicial. O texto ainda exige a manutenção da qualidade dos pacotes vendidos e proíbe qualquer monitoramento, análise ou fiscalização do conteúdo dos pacotes de dados.

Estados protestam devedores!"Depois da lei federal não temos enfrentado mais a discussão sobre o cabimento dos protestos”, Subprocurador-geral de São Paulo, Eduardo Fagundes !

Os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo adotaram o protesto em cartório de dívidas tributárias com IPVA e ICMS, por exemplo, para receber créditos de baixo valor ou que estariam perdidos, por não valer a pena ir à Justiça cobrá-los. Por esse motivo, o retorno aproximado de 10% é comemorado. Para o contribuinte, a medida significa ter o nome "sujo" na praça, pois os títulos protestados são informados aos cadastros do Serasa e SCPC. A maior parte dos Estados passou a adotar a prática no ano passado, após edição de lei federal que autoriza o uso do instrumento.!A prática é respaldada por leis. Além das normas estaduais, editadas na maioria dos casos no ano passado, que autorizam o protesto em cartório, em dezembro a União publicou a Lei Federal n º 12.767. A legislação estipulou como títulos sujeitos a protesto a certidão de dívida ativa (CDA) da União, Estados e municípios.!!

Para advogados tributaristas, a prática continua sendo abusiva. Alguns afirmam que a Fazenda tem outros meios previstos na Lei de Execuções Fiscais - como indicar bem a penhora e até a penhora on-line - para pressionar o contribuinte a pagar suas dívidas. Para eles, esses protestos têm natureza de sanção política e inviabilizam a atividade econômica do contribuinte. Existem diversas súmulas do Supremo Tribunal Federal (STF) que vetam medidas semelhantes como forma de coagir o devedor. É sabido que já há diversos julgados nos tribunais superiores contra práticas semelhantes. !

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