3
REDE DEMOCRÁTICA http://www.facebook.com/carloseclemente http://eugenioclemente.blogspot.com/ twitter - @clemente4019 Coligação: Frente de Mobilização Socialista PSB / PMN 2 n 0 Lá pelas tantas, na festa de lançamento da candidatura, o Rafton bradou: “a esquerda tem candidato!” Com sua capacidade de síntese, ele acabou definindo um dos slogans da campanha. Temos que juntar nosso povo, a esquerda, e partir para conquistar mais eleitores, porque precisamos de 50.000 votos, quantia difícil de atingir, quando não partimos de um mandato anterior. Mais do que um slogan é uma proposta política e um compromisso. É possível aglutinar forças a partir das posições da esquerda, fazendo alianças que não firam nossos princípios e propostas. A questão democrática é essencial, e norteará toda a campanha. Vivemos numa democracia domesticada. Definição que não é minha, mas com a qual concordo. Vem de um texto primoroso de Luis Felipe Miguel, que sempre recomendo por onde ando. Fazendo uma licença política, ela é domesticada porque não atende às reivindicações do povo inteiro e é instrumento de dominação das classes que detêm o poder. Marighella propunha ao Brasil uma democracia popular e considero que o caminho para chegar lá, hoje, é aprofundar e radicalizar o atual sistema. A democracia que defendemos não é somente poder votar a cada dois anos. Precisamos democratizar os meios de produção, os meios de governo, a educação, a saúde, a habitação, a propriedade da terra, a ciência e a tecnologia, e a cultura. A democracia deve permear as relações humanas, por isso a tolerância com as diferenças de etnia, gênero, opinião e aparência, é fundamental, e palavra de ordem da esquerda. O respeito ao planeta e a democratização das decisões acerca de tudo que o agrida, também é consigna e prática nossa. Somos coletivistas, não individualistas, mas conhecemos a importância das liberdades individuais desde o século passado, ensinamento adquirido com a análise das experiências de construção do socialismo. Temos tarefas para muitos anos e muitas trincheiras. Por isso, Rafton, aceito a tarefa de ser o candidato da esquerda, valeu pelo toque. Clemente Carlos Eugênio 4019 Combatente da Guerra e da Paz esquerda O candidato da

Carlos Eugênio Clemente 4019

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Carlos Eugênio Clemente 4019

RE

DE

D

EM

OC

TIC

A

http://www.facebook.com/carloseclemente

http://eugenioclemente.blogspot.com/

twitter - @clemente4019

Colig

ação

: Fre

nte

de M

obili

zaçã

o So

cial

ista

PSB

/ PM

N

2n0

Lá pelas tantas, na festa de lançamento da candidatura, o Rafton bradou: “a esquerda tem candidato!”

Com sua capacidade de síntese, ele acabou definindo um dos slogans da campanha. Temos que juntar nosso povo, a esquerda, e partir para conquistar mais eleitores, porque precisamos de 50.000 votos, quantia difícil de atingir, quando não partimos de um mandato anterior.

Mais do que um slogan é uma proposta política e um compromisso. É possível aglutinar forças a partir das posições da esquerda, fazendo alianças que não firam nossos princípios e propostas.

A questão democrática é essencial, e norteará toda a campanha.Vivemos numa democracia domesticada. Definição que não é

minha, mas com a qual concordo. Vem de um texto primoroso de Luis Felipe Miguel, que sempre recomendo por onde ando. Fazendo uma licença política, ela é domesticada porque não atende às reivindicações do povo inteiro e é instrumento de dominação das classes que detêm o poder. Marighella propunha ao Brasil uma democracia popular e considero que o caminho para chegar lá, hoje, é aprofundar e radicalizar o atual sistema.

A democracia que defendemos não é somente poder votar a cada dois anos. Precisamos democratizar os meios de produção, os meios de governo, a educação, a saúde, a habitação, a propriedade da terra, a ciência e a tecnologia, e a cultura. A democracia deve permear as relações humanas, por isso a tolerância com as diferenças de etnia, gênero, opinião e aparência, é fundamental, e palavra de ordem da esquerda. O respeito ao planeta e a democratização das decisões acerca de tudo que o agrida, também é consigna e prática nossa.

Somos coletivistas, não individualistas, mas conhecemos a importância das liberdades individuais desde o século passado, ensinamento adquirido com a análise das experiências de construção do socialismo.

Temos tarefas para muitos anos e muitas trincheiras.

Por isso, Rafton, aceito a tarefa de ser o candidato da esquerda, valeu pelo toque.

ClementeCarlos Eugênio

4019Combatente da Guerra e da Paz

esquerdaO candidato

da

Page 2: Carlos Eugênio Clemente 4019

Sempre me incomodou a sina do herói sem nenhum caráter.

Fui criado ouvindo falar de Ganga Zumba e de Zum-bi. A família Sarmento, de minha mãe, vem lá de União dos Palmares, no sopé da Serra da Barriga, onde se formou o Quilombo que durou mais de seis décadas re-sistindo aos portugueses. Pequenino, ouvia em União histórias de lutas e resistências. Histórias que povoa-vam a imaginação infantil, principalmente à noitinha, deitado, esperando o sono, observando o candeeiro dar vida às ranhuras e buracos das paredes rústicas, com sua luz bruxuleante. Rachaduras viravam trincheiras; riscos, guerreiros em movimento de ataque e defesa; manchas, caravanas de negociantes dos tempos de paz e diplomacia.

Mais tarde, meu pai inventou o Menino de Bagdá. Transportava-se no tempo, fazendo-se presente onde alguém precisasse de seu apoio nas lutas contra os mais fortes. Essa liberdade de movimento servia tam-bém para ajudar papai quando, vencido pelo sono, pa-rava de contar e eu ou minha irmã reclamávamos. Ele recomeçava em outro século, um novo continente, e malvados diferentes. Não tinha problema, o Menino de Bagdá estava pronto para correr de uma para outra aventura, sem quebras incômodas de continuidade.

Um dia conheci Macunaíma. Que descoberta! Um herói brasileiro, que vivia como gente que eu conhecia. Meu tio Diogo era um deles. Livro cheio de humor, instigante, quebra as expectativas, rompe com a reali-dade, um lindo exercício de literatura.

Pois é, um belo livro. Uma grande obra. Mas o que é que me incomoda? Será a tendência a transformar o ca-ráter do herói sem nenhum caráter em caráter do povo

brasileiro? Deve ser. Mas a quem interessa isso?A quem interessa que os brasileiros se convençam

que somos um povo que só pode viver uma grande pia-da, cheia de preconceitos étnicos, de gênero, de apa-rência, nacionalidade e outros. Sendo uma piada, não seremos uma nação. Não saberemos nem resistir ao opressor, pois nosso herói prefere levar vida mansa. Como dar a vida por uma causa, se não temos nenhum caráter e usamos nossos saberes e talentos para levar vantagem?

Ainda bem que não é assim. Zumbi, Tiradentes, João Cândido, Antonio Conselheiro, Carlos Marighella, Joaquim Câmara Ferreira, Mário Alves, Apolônio de Carvalho, Gregório Bezerra, Luiz Carlos Prestes, Car-los Lamarca, Olga Benário, Ana Maria Nacinovic, Iara Iavelberg, Aurora Nascimento Furtado, Soledad Barret Viedma, Sonia Moraes, Ísis Dias de Oliveira, Gastone Lúcia Beltrão, Maria Augusta Thomaz e milhares de outros, contam uma história diferente.

Contam uma história de lutas, de propostas, de cons-trução, de resistência, de capacidade de adaptação, de criatividade e tolerância. Os brasileiros resistiram des-de sempre.

Então, vamos deixar Macunaíma no seu lugar de grande livro, que deve ser lido e usufruído, mas não vamos cair na armadilha de propagar esse mito de que o povo brasileiro é um povo sem nenhum caráter.

Na vida, somos o povo de Amianucam, herói de muito caráter, daqueles que dão a vida, que lutam até a morte pela liberdade, pela igualdade, pela fraternida-de, e pelo socialismo. Lutam para abolir a exploração do homem pelo homem, é coisa séria, digna do povo brasileiro. Povo Amianucam.

ClementeCarlos Eugênio

4019Combatente da Guerra e da Paz

Car

ta-P

rog

ram

a

Esquerda, volver

Amianucam

MINHA candidatura a deputado federal nasceu a partir da necessidade que eu e dezenas de companheiros e amigos sentimos de lutar pelo aprofundamento e radicalização da democracia em nosso país. Nasceu também da crítica que uma grande parte de nossa geração - que pegou em armas ou foi às ruas lutar contra a ditadura civil-militar de direita – faz das tentativas de construção do socialismo no século XX, quando foi priorizada a luta pela igualdade, e despre-zadas a liberdade e a democracia.

Vivemos uma conjuntura especialmente importante quando estamos na iminência de eleger a companheira Dilma Rousseff para a presidência da República. Seu governo poderá represen-tar mais um passo à esquerda, mais um passo adiante na construção de um projeto de Nação que inclua a maioria dos brasileiros e que promova o bem-estar social.

A elucidação dos crimes da ditadura é outra condição para o aprofundamento da demo-cracia. O governo Dilma pode e deve avançar nessa questão. Até quando esses crimes serão ocultados da maioria da Nação?

Essas e outras questões nos levaram a escrever uma Carta-Programa para nossa campanha e, caso obtenhamos uma vitória eleitoral, nosso mandato. Ela foi escrita a várias mãos, e é fruto de sete anos de discussões no grupo Liga de Socialistas do Século XX1 – LS21, mas deixo claro que a responsabilidade por ela e pelo seu cumprimento é de minha inteira responsabilidade.

MINHA PROPOSTA, EM SÍNTESE, ESTá BASEADA NAS SEGUINTES METAS:

1 Lutarei para aprofundar a Democracia como um valor de alcance universal e como único método legítimo de seleção e escolha dos governantes;

2 Envidarei esforços para estender a Democracia Política para todas as outras esferas relati-vas aos poderes econômico, financeiro, social, educacional, cultural;

3 Enfrentarei os desafios que as novas realidades do século XXI colocam com vistas à reno-vação teórica e prática do Socialismo Real do século XX;

4 Proporei alternativas viáveis para o processo de Globalização econômica, política e cultural com vistas à redução das desigualdades baseadas na concentração de renda, no desemprego estrutural e na exclusão social;

5 Procurarei diagnosticar corretamente a atual conjuntura brasileira visando formular para a próxima década um Plano Estratégico Nacional de Desenvolvimento;

6 Combaterei sem quartel todos os tipos de Discriminação e Preconceito sejam eles de cor, de gênero, de crença, de etnia, de aparência, de ideologia e de opção sexual;

7 Batalharei sem trégua pelo respeito e ampliação dos Direitos Humanos de primeira, segun-da e terceira gerações (civis, políticos e sociais), exigindo também a incorporação dos novos Direitos de 4ª. Geração, em especial os abaixo elencados;

8 Defenderei com unhas e dentes a consolidação e a ampliação dos Direitos Especiais de Ci-dadania tendo como meta os legítimos interesses e necessidades das Pessoas com Deficiência (PCD);

9 Finalmente, mas não por último, lutarei com todas as minhas forças pela preservação do Meio-Ambiente, criação de uma Consciência Ecológica, defesa de um Ecossistema Equili-brado e adoção de uma Economia Sustentável, com vistas à herança das gerações futuras e à salvação da natureza como patrimônio de toda a humanidade.

Quero, finalmente, reafirmar com ênfase, em alto e bom som, que os meus objetivos de combatente da maturidade continuam sendo os mesmos pelos quais dediquei os meus verdes anos de juventude e pelos quais deu a vida toda uma geração: a Democracia, a Liberdade, a Igualdade e o Socialismo.

Page 3: Carlos Eugênio Clemente 4019

As reivindicações a seguir me foram apresentadas antes e durante a campanha, considero-as corretas e me comprometo a lutar por sua realização:l Acabar com a tortura já;l Abertura dos arquivos da ditadura;l Punição aos torturadores e terroristas de Estado;l Saúde pública de qualidade e sem filas;l Exploração nacional do pré-sal;l Reforma Agrária;l Contra os lucros excessivos dos bancos;l Por uma política urbana de habitações populares;l Mais verbas para a educação e ensino de alto nível para todos, com salários dignos para os professores;l Contra as bases norte-americanas na América Latina;l Contra as interferências e as invasões dos EUA em outros países;l Exigirei a instalação de escada rolante ou elevador em todas as mudanças de nível de todas as estações de metrô, de modo a permitir o acesso de pessoas com deficiências;l Adaptação de todos os prédios públicos e equipamentos que prestem serviços públicos para o acesso das pessoas com deficiências;l Proteção dos idosos e das gestantes;l Universalização da Banda Larga no Brasil. Comprometo-me também a lutar por todas as reivindicações que venham assegurar a transparência da administração pública.

ClementeCarlos Eugênio

4019Combatente da Guerra e da Paz

Esquerda, volver

Dilma e HildegardDuas mulheres brasileiras que nos dão or-

gulho de ser brasileiros.Uma lutou contra a ditadura e pela liberda-

de, deixando um exemplo para a História do Brasil que nos será muito útil na formação de nossos jovens, quando nossos livros escolares começarem a contar a verdade sobre aqueles tempos.

Outra perdeu o irmão, que lutava nas mes-mas trincheiras de Dilma, e a mãe, que que-ria a verdade dos fatos e denunciou tudo pelo mundo afora. Foram mortos pelo terrorismo de estado que se abateu sobre nossa pátria em 31 de março de 1964. Hoje Hildegard luta para que esses crimes não caiam no esquecimento.

Hildegard vem a público agora para pedir que essa mulher, Dilma, que combateu quan-do era mais fácil ajoelhar-se, seja eleita presi-dente do Brasil.

Em seu depoimento, Hildegard fala sobre o sentimento de preservação da espécie que tem a mulher. É verdade, e é por isso que progra-ma social sério entrega o dinheiro ou os bens nas mãos delas.

Demonstra também, que ao contrário do que pensam seus detratores, ter participado da resistência armada é mais uma razão para vo-tarmos nela. E Hildegard se emociona quando toca no assunto. E ficamos felizes, nós que es-tivemos lá, ao ver que Hildegard não perdeu a ternura. Ela chora, nos levando ao choro. Que bom que ainda conseguimos chorar quando falamos de política.

No vídeo, Hildegard prega a importância da memória. O Brasil não se tornou um país sem memória à toa. É mais fácil de dominar, um país que não louva seus heróis ou festeja os heróis errados. Tenho enumerado os nomes de muitos heróis brasileiros, mas hoje só quero falar de duas mulheres.

Dilma e Hildegard, duas mulheres brasilei-ras que nos dão orgulho de ser brasileiros.

Col

igaç

ão: F

rent

e d

e M

obili

zaçã

o S

ocia

lista

PS

B /

PM

N C

NP

J d

o ca

ndid

ato:

216

8356

/000

1-18

CN

PJ

da

Grá

fica:

Jor

nal d

o C

omm

erci

o -

3326

7642

/000

1-00

- T

irage

m: 1

5 m

il ex

emp

lare

s