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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável Rural Sustentável Departamento de Combate à Desertificação Departamento de Combate à Desertificação Desertificação: Mudanças Climáticas no Semiárido Ministério do Meio Ambiente

Desertificação: Mudanças Climáticas no Semiárido - MMA

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Palestra realizada durante audiencia pública em Aracaju - SE por Francisco Campello, do Ministério do Meio Ambiente.

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Page 1: Desertificação:  Mudanças Climáticas no Semiárido - MMA

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTEMINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTESecretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural SustentávelSecretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável

Departamento de Combate à DesertificaçãoDepartamento de Combate à Desertificação

Desertificação: Mudanças Climáticas no

Semiárido

Ministério do Meio Ambiente

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REALIDADE DO BIOMA CAATINGA

• ÁREA : 850.000 km2 (IBGE)• POPULAÇÃO: aproximadamente 28 milhões de

habitantes– Rural: 39%– Urbana: 61%

• DENSIDADE POPULACIONAL: 33 hab/km2

• 10% do território nacional com 16% da população brasileira e 58% do Nordeste

• ÁREA SOB CONSERVAÇÃO: – Total de U.C no NE = 3,27%– Somente U.C de Proteção Integral = 1,26%

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1) Práticas de manejo insustentáveis – Agricultura, Pecuária e industrias.

2) A Demanda energética - Baixa eficiência energética.

3) Deficiência de áreas protegidas - falta de ordenamento Florestal.

PRINCIPAIS AMEAÇAS A SUSTENTABILIDADE

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Demanda Energética

- Lenha e carvão vegetal - 1 / 3 da matriz energética. Utilisando 25 milhões de metros anuais.- 70% das familias utilizam lenha para preparação dos alimentos.

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Demanda Florestal

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* estimativa

Bodega de Produtos Sustentáveis do Bioma Caatinga

Práticas Agrícolas  e Pecuária

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Criação de gado, sistema extensivo

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Degradacão = Desertificação

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Distribuição Fundiária

70% dos alimentos no

vêm da agricultura

familiar

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Caracterização do Bioma

Área Desmatada Até 2002 %

Até 2008 %

Área Desmatada 43,38 45,39Vegetação Nativa 55,67 53,62Corpos D’água 0,95 0,99

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O AMBIENTE PARA PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL NA CAATINGA

Extensões ocupadas Área (mil ha)

Superfície total 84.400

Área de Reserva Legal (RL) (20%) 17.000

Área de Preservação Permanente (APP) (5%) 4.200

Área dedicada a UC de Proteção Integral (UPI) (10%) 8.500

Área potencial de uso sustentável (7,4%) 6.300

.

ÁREA NECESSÁRIA SOB MANEJO PARA ATENDER A DEMANDA?

2,5 milhões há sendo explorados 170.000 ha/ano.

Área Sob Manejo no NE => 94.287 ha equivalente a 3,7% do necessário

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PRINCIPAIS DESAFIOS• Aspectos culturais

– A floresta é vista como entrave ao desenvolvimento– A atividade florestal ordenada e legalizada ainda é incipiente na região– Resistência quanto ao uso sustentável da vegetação nativa.

• Aspectos institucionais– Avançar no Processo de descentralização da gestão ambiental – estados e

municípios;– Promover adequação nos mecanismos de fomento financeiros para atender

a realidade socioambiental ;– Instituições públicas precisam incorporar o uso sustentável como

instrumento de gestão ambiental que promove a conservação.

• Aspectos legais– Legislação e normativa precisam ser instrumento de promoção para o uso

sustentável dos recursos florestais - Mecanismos de Carbono;– A importância da PEC 504 – que reconhece a Caatinga e o Cerrado como

Patrimônio Nacional - Diretrizes política.

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FORMAS DE USO

* estimativa

Bodega de Produtos Sustentáveis do Bioma Caatinga

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* estimativa

Bodega de Produtos Sustentáveis do Bioma Caatinga

USO SUSTENTÁVEL

Angico Almas

Angico Sertânia

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A Contribuição da Sóciobiodiversidade da Caatinga no Desenvolvimento

Sustentável

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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

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POTENCIALIDADES PARA UTILIZAÇÃO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS FLORESTAIS NO

ASSENTAMENTO ANGICO

PARCEIROS:

GEF-CAATINGA-PNUD PROJETO CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DA CAATINGA

PROGRAMA NACIONAL DE FLORESTAS-PNFPREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA – BAHIASECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES AGRÁRIOS DO ANGICO

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• Manejo Florestal – Não Madeireiro-Frutos da caatinga para beneficiamento produção de polpa, geléia, compota, doces e frutos in natura. (umbu, caju, murici, maracujá de boi, etc.)

SISTEMAS FLORESTAIS

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Atividades propostas a serem desenvolvidas na e pela comunidade do Assentamento Angico

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O COMBATE A DESERTIFICAÇÃO

Institucionalidade => Político institucional.

(i) Atender os acordos anteriores estabelecidos com órgãos nacionais e organismos internacionais visando a UNCCD;

(ii)Contemplar os eixos temáticos do Plano de Ação Nacional de Combate a Desertificação - PAN Brasil;

(iii)Compromissos do Primeiro Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação I ENED;

(iv)Participar dos desafios para superação da miséria na região semiárida, assumidas pelo Governo Brasileiro.

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O Departamento de Combate a Desertificação:

• Quatro frentes: (1) na Articulação institucional; (2) na Cooperação Técnica; (3) nos Investimentos; e (4) na Gestão Interna.

• O PAN Brasil – PAEs Eixos Temáticos: (1) a redução da pobreza e da desigualdade; (2) a ampliação sustentável da capacidade produtiva; (3) a preservação, conservação e manejo sustentável dos recursos naturais; e (4) a gestão democrática e fortalecimento Institucional.

• Os Vetores do processo de desertificação: Desmatamento, Superpastejo, Mineração e Irrigação.

• Tema da UNCCD 2011 - “As Florestas Secas Mantém as Terras Áridas Vivas”

• Agroecologia como alternativa para segurança, alimentar, hídrica e energética das famílias, preocupação ONU.

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Os desafios:

• A desertificação 34,7% da superfície do Planeta, onde vivem cerca de 41,3% da população.

• Na América Latina, 516 milhões de hectares são afetados perdem-se cerca de 24 bilhões de toneladas/ano Terra produtiva.

• Desertificação no Brasil:• 1.340.863 km2 (16% do território brasileiro)• 1.488 municípios (27% do total),• 31.663.671 habitantes (17% da população brasileira). • 85% dos cidadãos considerados pobres do país.

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Instrumentos e parcerias atuais para a gestão do processo

- A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação – UNCCD. - O Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação – PAN Brasil, - Os Planos de Ação Estaduais de Combate a Desertificação – PAEs . Elaborados com apoio do MMA e do

IICA, seguindo um procedimento metodológicos, para assegurar um diagnóstico local e a participação da sociedade.

- A Comissão Nacional de Combate a Desertificação .- A Rede Sobre Desertificação no Semiárido Brasileiro. – Port. MCT/MMA 92 – A 30/03/10 .- Os Pontos Focais: Parlamentares, da Sociedade Civil Organizada e Governamentais. Indicados para

serem referencia no processo de elaboração e implementação dos PAEs. - A Cooperação Técnica:. Suporte técnico e com seus mecanismos de fomento. = > o IICA, o PNUD e a

FAO. - O Plano Pluri Anual – PPA: .Principal ferramenta de gestão para a institucionalizar os processos. A

Elaboração do PPA 2012-2015 foi fundamentada nas demandas do ENED e dos Planos Estaduais de Combate a Desertificação.

- Sistema de Alerta Precoce de Secas – SAP: Ferramenta que está sendo elaborada com o INPE para prevenção de secas e deve ser um componente do Sistema de Alerta de Desastres Naturais do MCT.

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Iniciativas em curso para Reverter o Processo de Desertificação - Articulação institucional:- Comissão Nacional: Participação- Instituto Nacional do Semiárido – INSA: (i) Rio+20; (ii) Memorando de

Entendimento para uma Plataforma de Cooperação Técnica FAO, o PNUD, A GIZ e o IICA.

- Instrumentos de Fomento: atuar como ferramentas das políticas publicas setoriais. – Fundo Clima, - duas chamadas voltadas ao combate a desertificação - R$ 10

milhões. Em seu primeiro ano o Fundo está apoiando 40 projetos voltados ao combate a desertificação, que representaram 57% do total de projeto..

– Fundo Nacional do Meio Ambiente e a Caixa econômica - A chamada envolve recursos da ordem de R$ 6 milhões.

- Fundo Caatinga com Banco do Nordeste

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Ações nos Programas do PPA 2012 a 2015Para elaboração dos Objetivos vários contatos com o IBAMA, o MDS

a ASA, os Governos estaduais, o MME e o Planejamento. Foca na transição agroecologica e na questão energética para

reverter o quadro de degradação do semiárido com alternativas econômica.

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTEMINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTESecretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural SustentávelSecretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável

Diretoria de Combate à DesertificaçãoDiretoria de Combate à Desertificação

1 - Programa de Mudanças Climáticas - Reduzir riscos e vulnerabilidades socioambientais e econômicas decorrentes dos processos de desertificação, degradação da terra e de mudança do clima para minimizar riscos, prejuízos materiais e impactos nos ecossistemas, assim como evitar perdas humanas e promover a melhoria socioambiental por meio de medidas de adaptação e recuperação ambiental.

• Incorporou a proposta da ASA na busca uma transição agroecologica no sistema produtivo do semiárido - “Disseminar iniciativas de desenvolvimento sustentável para a Agricultura Familiar das Zonas Subúmidas Secas e Semiáridas brasileiras, com base na conservação e utilização sustentável da agrobiodiversidade, da água e demais recursos naturais; na utilização de práticas de prevenção à degradação das terras e na recuperação de áreas degradadas, em microbacias hidrográficas e nas margens de cursos e corpos d’água.

2 - Programa Combustíveis - Formular e implementar políticas públicas e gestão do uso sustentável de bicombustíveis de origem florestal (lenha e carvão) para fins energéticos.

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• OBRIGADO

• Ministério do Meio Ambiente – Brasil

• Francisco Campello

[email protected]• Fone – 61 2028.1717