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PUB PUB Violência Doméstica: 2400 casos em 2010 SOCIEDADE. Em média foram sinalizados 200 casos de violência doméstica por mês. Na sua maioria foram denunciados pelas próprias vítimas numa fase avançada de agressões continuadas. Autarquia, Ministério Público, polícia, instituições e juntas de freguesia vão trabalhar em conjunto para que a resposta seja mais célere e mais eficaz na protecção às vítimas. Mulheres, crianças e idosos são os principais afectados por este crime. Concelho, 5 Câmara com quatro milhões de euros por cobrar de rendas de habitação social Pág. 3 Cavalos belgas substituem tractores na serra de Sintra CONCELHO. Pág. 4 A Câmara Municipal de Sintra tem por cobrar quatro milhões de euros de dívidas relativas a incumprimento de rendas de habitação social no concelho. Actual- mente estão a decorrer 76 acções judiciais que podem levar ao despejo dos moradores que não pagam rendas há vários anos. Sport União Sintrense comemora o centenário em Outubro DESPORTO. Pág. 11 Instituição reconhecida em tempos de emergência social AGUALVA-CACÉM. Pág. 12 JOAQUIM REIS

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Violência Doméstica: 2400 casos em 2010SOCIEDADE. Em média foram sinalizados 200 casos de violência doméstica por mês. Na sua maioria foram denunciados pelas próprias vítimas numa fase avançada de agressões continuadas. Autarquia, Ministério Público, polícia, instituições e juntas de freguesia vão trabalhar em conjunto para que a resposta seja mais célere e mais eficaz na protecção às vítimas. Mulheres, crianças e idosos são os principais afectados por este crime. Concelho, 5

Câmara com quatro milhões de euros por cobrar de rendas de habitação social

Pág. 3

Cavalos belgas substituem tractores na serra de Sintra

CONCELHO. Pág. 4

A Câmara Municipal de Sintra tem por cobrar quatro milhões de euros de dívidas relativas a incumprimento de rendas de habitação social no concelho. Actual-mente estão a decorrer 76 acções judiciais que podem levar ao despejo dos moradores que não pagam rendas há vários anos.

Sport União Sintrense comemora o centenário em Outubro

DESPORTO. Pág. 11

Instituição reconhecida em tempos de emergência social

AGUALVA-CACÉM. Pág. 12

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Salta à vista...editorialA bolsa aperta

Portugal foi tomado de assalto pela austeridade. Os portugueses encontram-se

numa balança cada vez mais dese-quilibrada entre o que entra e o que sai das suas bolsas cada vez mais apertadas.

As últimas medidas de sacrifício apresentadas pelo Governo con-templam o aumento de 15 por cento do valor que já pagam para utili-zação dos transportes públicos. Esta é mais uma medida punitiva para os utentes da Linha ferroviária de Sintra, que apenas têm como alter-nativa no acesso a Lisboa as horas intermináveis de trânsito rodoviário no IC19 e na Segunda Circular. Ora ai está mais uma medida acordada com a “troika” que vai prejudicar as contas das famílias. No entanto esta é uma medida que não afectará quem reside fora das duas áreas metropo-litanas de Lisboa e Porto, uma vez que é nessas áreas que os transportes públicos têm maior utilização.

Numa altura em que o Governo tenta apertar o cinto, os transportes públicos devem ser alvo de análise. Por exemplo, porque deve o Estado financiar, através dos passes sociais, a utilização dos transportes públicos? Nas áreas que não têm acesso a transportes públicos, o Estado certa-mente não financia a utilização dos veículos automóveis. Não fará mais sentido aplicar o sistema de utili-zador pagador, em que quem utiliza estes serviços os deve pagar? Porque deve um português de Bragança contribuir para os passes sociais da Grande Lisboa e do Grande Porto? E porque deve alguém que nunca viaja de comboio contribuir para o passe social?

Depois de atacados no sector dos transportes, os portugueses vêem também a aquisição de casa ser um oásis praticamente impossível de alcançar. Vários bancos actuali-zaram nos últimos dias os preçários, revendo em alta os spreads cobrados no crédito. A dificuldade dos bancos no acesso ao crédito face à situação actual da economia é a justificação para a aplicação de spreads muito altos, face à realidade de um país que sempre optou pela compra em prol do arrendamento, que é mais caro. A situação começa a ficar descontro-

lada. Há falta de empregos, os bens de primeira necessidade estão mais caros, os combustíveis não param de aumentar e desde o inicio do ano mais de três mil famílias entregaram aos bancos as chaves das suas casas por já não conseguirem suportar o paga-mento das prestações aos bancos.

Os especialistas em economia dizem é tempo de apertar a bolsa e de poupança. Mas quantos portugueses estão em situação de poupar, quando não conseguem esticar o dinheiro até ao final do mês?

Joaquim Reis

A PSP está preocupada com o aumento significativo de roubos através do método de esticão, em que o bem mais cobiçado tem sido o ouro. Esta autoridade policial alerta para que se evite o uso ostensivo de anéis, pulseiras e fios de ouro. Deve evitar percorrer ruas mal iluminadas e locais isolados, assim como não deve guardar os códigos dos cartões multibanco junto destes. Em caso de ser vitima de roubo, a PSP alerta para que não ofereça resistência e para que tente memorizar as características dos assaltantes (cor da roupa, do cabelo, se tem brincos, tatuagens ou percings) para que mais tarde seja possível a identificação. E será que uma presença mais assídua desta autoridade nas ruas não iria servir como elemento dissuasor de criminalidade?

De acordo com uma monitorização realizada pela Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo, quatro das cinco praias concessionadas do con-celho de Sintra apresentam excelente qualidade das águas balneares. Adraga, Grande, São Julião e Magoito são as praias do concelho avaliadas pela mesma entidade que tem demonstrado ao longo dos anos incapacidade para gerir a costa. Não actuando e não deixando actuar, por exemplo, na problemática do risco de queda das arribas. Preferiu sempre interditar as praias à espera que o tempo passasse. O Magoito que o diga…

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Câmara com quatro milhões de euros por cobrar de rendas de habitação social

SOCIEDADE. A Câmara Municipal de Sintra tem por cobrar quatro milhões de euros de dívidas relativas a incumprimento de rendas de habitação social no concelho. Actualmente estão a decorrer 76 acções judiciais que podem levar ao despejo dos moradores que não pagam rendas há vários anos.

Segundo a vereadora da autarquia com o pelouro da Habitação, Paula Simões, o incumprimento do paga-mento de rendas de habi-

tação social ronda os quatro milhões de euros e deve-se, na sua maioria, a juros de mora acumulados.

A responsável adiantou que, no âmbito da habitação social, a autarquia ainda não começou a sentir os efeitos da crise actual, uma vez que os incumprimentos resultam de “desleixo de algumas famílias que há vários anos” não pagam as rendas.

“Há cerca de dez anos havia prédios em Casal de Cambra onde ninguém pagava rendas. Isso significa que

com todos os processos judi-ciais associados, os valores são sempre superiores ao real porque acrescem os juros em mora”, disse a responsável ao Correio de Sintra.

Segundo Paula Simões, encontram-se 76 processos em fase executiva no Tri-bunal de Sintra. A respon-sável pela pasta da Habi-tação Social lamenta a moro-sidade da justiça na reso-lução destes casos.

A vereadora indicou que a autarquia tem cerca de três mil pedidos de alojamento,

alguns deles antigos, estando apenas 60 fogos disponíveis, o que, considera, “não cor-responde às necessidades” existentes.

Apesar do número de fogos disponíveis ser em número insuficiente, a res-ponsável adiantou que face à situação actual de crise eco-nómica do país, a autarquia de Sintra não vai avançar com a construção de mais habitação social.

O parque habitacional do município de Sintra dispõe de 1379 fogos, sendo 1147

pertencentes ao Programa Especial de Realojamento (PER), que representou um investimento de 50 milhões de euros, com as rendas a variar entre os 4,46 euros e os 497,53.

Segundo a vereadora, Casal de Cambra é a fre-guesia do concelho de Sintra com maior número de fogos de habitação social, seguido do bairro das Campinas, em Belas, o bairro do Pendão, em Queluz e o bairro São José, em Algueirão-Mem Martins. Joaquim Reis

Bairro de São José, em Algueirão-Mem Martins é um dos locais onde foi construído um bairro de habitação social.

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322 de Julho de 2011 Correio de Sintra 3

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Violência Doméstica: 2400 casos em 2010 no concelho de SintraSOCIEDADE. A Câmara de Sintra e o Ministério Público estão a desenvolver um Plano de Prevenção Contra a Violência Doméstica com o objectivo de acelerar respostas às vítimas deste crime que, em 2010, atingiu pelo menos 2.428 pessoas no município.

Segundo dados da direcção nacional da PSP, em 2010 esta autoridade policial registou 2.428 ocor-rências em Sintra relativas ao crime de violência domés-tica – na sua maioria denun-ciadas pelas próprias vítimas já numa fase avançada de agressões continuadas – e este ano, até 15 de Junho, contavam-se 966.

Com uma média de 200 casos por mês (sete por mês) no ano passado, a violência doméstica é um dos crimes mais reportados à Divisão de Sintra da PSP, disse ao Cor-reio de Sintra fonte desta força policial.

Segundo a vereadora da autarquia com o pelouro da Acção Social, o Ministério Público de Sintra lançou um desafio ao município para a constituição de um Plano de Prevenção Contra a Vio-lência Doméstica. A apre-sentar em Novembro, este plano envolve vários par-ceiros sociais como a PSP e a GNR, juntas de freguesia e algumas das instituições de solidariedade social do concelho, incluindo as duas casas que abrigam vítimas deste crime.

“Pretende-se que os par-ceiros estejam todos envol-vidos em rede e que seja mais célere a intervenção junto das vítimas, desde o acom-panhamento psicológico ao acompanhamento jurídico. Temos diversos recursos e pretendemos trabalhar de forma mais rápida, ou seja, agregar todas as sinergias que já existem numa pers-pectiva de melhorar a actu-ação junto das vítimas”,

explicou a vereadora Paula Simões.

Segundo a responsável, a violência doméstica é um “fenómeno que é global aos meios urbanos” que “se agu-diza” em épocas de crise.

Uma vez que no município de Sintra existem duas casas de abrigo a vítimas de vio-lência doméstica, com uma capacidade total para 20 pessoas, a vereadora deixa em aberto a possibilidade de

se criar mais um espaço no concelho.

“A capacidade é relati-vamente pequena, porque também obriga a um número diminuto de pessoas, para poderem ser trabalhadas e poderem viver tranqui-lamente em moldes muito semelhantes aos que tinham nas suas casas”, acrescentou a vereadora.

Segundo fonte da PSP, este grupo de trabalho vai

permitir à própria autori-dade policial uma actuação mais célere.

“Por exemplo, quando formos chamados a intervir num caso de violência doméstica, podemos entrar logo em contacto com as ins-tituições que albergam estas vítimas, acelerando assim a salvaguarda do bem-estar e da integridade física destas pessoas”, explicou a mesma fonte. Joaquim Reis

Com uma média de 7 denúncias por dia, a violência doméstica é um dos crimes mais denunciados às autoridades policiais.

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4 Correio de Sintra 22 de Julho de 20114

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Concelho

População de Algueirão-Mem Martins pede divisão administrativa da freguesiaSOCIEDADE. Gerir o cemitério, os espaços verdes e o apoio social são algumas das funções que os moradores de Algueirão-Mem Martins julgam ser função da junta de freguesia que, consideram, é insuficiente para gerir este espaço territorial. Muitos desconhecem a localização da junta.

Numa altura em que o Governo pretende reduzir juntas de freguesia para equilibrar as contas do país, o Correio de Sintra entrevistou alguns dos moradores da maior freguesia do país (os resultados preliminares dos Censos 2011 avançam com 80 mil residentes).

Apesar de muitos não conhecerem a globalidade do trabalho desenvol-vido pela junta, nem a sua locali-zação, disseram pretender a criação de pelo menos mais uma destas estruturas nesta zona, uma vez que consideram que a manutenção de parques infantis e de espaços verdes nesta freguesia fica aquém do espe-rado.

C. Correia, 26 anos, nunca neces-sitou de se deslocar à Junta de Fre-guesia, de forma que admite desco-nhecer a sua utilidade. No entanto, considera que em tempo de crise, a intenção do Governo vai aumentar o desemprego.

“A junção de juntas faz sentido em certos locais, porque há juntas a mais em zonas com população muito reduzida. Depois, há zonas como Algueirão-Mem Martins, onde faz sentido uma junta por cada locali-dade, porque é uma parte do con-celho de Sintra com bastante popu-lação”, disse, adiantando que “há muito trabalho por fazer” ao nível dos espaços verdes, muitos deles escondidos e abandonados.

Para Jorge Taborda, residente na freguesia há mais de 30 anos, “uma junta passa atestados de residência, actualiza cadernos eleitorais dos moradores, controla as suas ruas e pavimentos” e o cemitério. Considera que em Algueirão-Mem Martins faz sentido repartir a junta devido ao número de habitantes que abrange e à incapacidade demonstrada na manutenção dos espaços comunitá-rios.

“Acho que é muita gente para uma freguesia só. Aqui, as pessoas pre-ocupam-se com a existência das juntas, mais não seja porque é lá que vão pedir ajuda”, considerou.

As juntas são locais “onde se tiram licenças e se pedem informações. Aqui, fazem falta porque há muita gente. Onde há certos sítios com fre-guesias pequenas, não se justifica ter juntas com tão pouca gente. Mas aqui sim”, disse Francisco Pedro, morador de Massamá que trabalha há vários anos em Algueirão-Mem Martins.

Jesuino Barge mora em Massamá, mas trabalha em Algueirão-Mem Martins. Não sabe onde ficam as duas juntas de freguesia, mas reconhece que são necessárias nestas zonas de grande presença habitacional.

“As juntas fazem o ordenamento da freguesia e zelam pelos interesses da população. Tratam de diversas situações, a nível de limpeza de ruas,

jardinagem, saneamento básico e outras coisas. Julgo que ajudam também os mais carenciados. Acho que na zona onde moro não faz sen-tido acabar com a junta porque o nível populacional é inerente à cons-tituição de uma junta. Penso é que a junta deverá ser mais activa”, consi-derou.

O presidente da Junta de Algueirão-Mem Martins, Manuel do Cabo, concorda com a extinção de juntas de menor dimensão, mas não quer perder o primeiro lugar do ‘ranking’ da maior freguesia do país, onde por ano são assinados dez mil atestados de residência e de carência.

“É uma freguesia que exige muito trabalho, muita dedicação. É tra-balho administrativo, mas também de consulta e fazemos um pouco de tudo. Somos o governo de proximi-dade. É aqui que o cidadão vem pedir auxílio. A porta onde o cidadão bate pela primeira vez é à junta de fre-guesia”, explicou o autarca.

Segundo Manuel do Cabo, a Junta cuida do cemitério, das escolas, dos idosos, dos espaços verdes, do des-porto, da cultura, “todo um manan-cial de actividades” que contrastam com o diminuto orçamento anual destinado a uma freguesia com esta dimensão. Joaquim Reis

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Manuel do Cabo é contra divisão administrativa da freguesia.

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522 de Julho de 2011 Correio de Sintra 5

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Cavalos belgas substituem tractores na serra de Sintra

ConcelhoConcelho

AMBIENTE. Há 35 anos que os cavalos não eram utilizados na serra de Sintra para a limpeza de matas e prevenção de incêndios. Robustos, obedecem a um dialecto antigo e puxam árvores até 1600 quilos, num trabalho sem impacto ambiental negativo.

Na mata da Pena, onde proliferam as infestantes acácias, prejudiciais às restantes espécies, há um trabalho de remoção de madeiras que nunca tem fim e que, durante o Verão, repre-senta uma preocupação constante devido ao risco de incêndios.

A Parques de Sintra Monte da Lua, empresa pública que gere os parques e palácios de Sintra classi-ficados pela UNESCO como patri-mónio mundial, adquiriu, há quatro meses, três cavalos ao Estado belga, numa solução muito produtiva, que não tem impacto ambiental negativo na zona.

Bebem oitenta litros de água por dia, comem nove quilos de ração e fazem de tractores nas matas da serra de Sintra, a quem deram lugar há mais de trinta anos, depois de

um grande incêndio que deflagrou naquele local.

Habituados a este trabalho for-çado, os três animais custaram 3500 euros cada um e respondem a um dialecto antigo, que os tratadores e trabalhadores da empresa tiveram que aprender.

Gaudêncio Santos trabalhou durante décadas com as raças por-tuguesas mas, face à necessidade de aprender o dialecto ao qual os cavalos respondem, esteve há quatro meses na Bélgica para aprender “os truques” e hábitos destes animais e para criar um elo de ligação e con-fiança indispensáveis ao trabalho.

“A comunicação com eles é à base de oito códigos. Há muitas diferenças [relativamente às outras raças], mas estes também são inteligentes, meigos e não têm medo de uma motosserra ou quando uma árvore cai perto deles”, disse o tratador ao Correio de Sintra.

De raça Ardennais e com cerca de 900 quilos, a força com que arrastam árvores de vários metros ainda hoje impressiona quem os vê trabalhar. Face às diferenças de temperaturas

– em Portugal são mais elevadas – que representam um maior des-gaste, enquanto dois dos cavalos tra-balham, outro descansa, alternada-mente.

“Em três horas que aqui estiveram carregaram dois camiões de lenha. Trouxemos estes cavalos para traba-lhar aqui especificamente onde não vão as máquinas, para não estragar certas espécies de árvores que vivem aqui”, adiantou Gaudêncio Santos.

Para Nuno Oliveira, responsável

pela floresta gerida pela Parques de Sintra Monte da Lua, a utilização destes animais na serra tem inú-meras vantagens relacionadas com a conservação da natureza.

“Não têm quase impactos do ponto de vista ambiental, nomeada-mente ao nível da erosão dos solos, da poluição sonora, da ausência de combustíveis fosseis, e portanto apresentam-se como uma alternativa bastante viável,” disse. Joaquim Reis

Substituição de máquinas por cavalos não prejudica ambiente.

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6 Correio de Sintra 22 de Julho de 20116

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Sport União Sintrense comemora centenário

Nuno Merino e Diogo Ganchinho fazem história

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DESPORTO. O clube desportivo sintrense comemora no próximo mês de Outubro cem anos de existência. Apesar das dívidas para liquidar, a direcção está a desenvolver um conjunto de iniciativas para marcar este marco histórico.

Com o lema “Cem anos de luta em prol do desenvolvimento des-portivo, social e cultural de Sintra”, o clube local está a marcar páginas honrosas na sua história despor-tiva. Para Vítor Coelho, presidente da organização, o clube “merecia comemorações que se prezem” pela sua “história” e “passado notável”, apesar das dificuldades econó-micas e financeiras sentidas pela direcção. “O Sintrense está numa situação chata. Quando entrámos, conseguimos reduzir em cerca de 100 mil euros o passivo do clube, apesar de ainda devermos 200 mil”, sublinhou ao Correio de Sintra Vítor Coelho, considerando que o Sintrense está a tomar um rumo positivo no sentido de liquidar as suas dívidas. “Ainda temos muitas carências, mas o clube já consegue tomar alguma respiração por si pró-

pria. As coisas estão a sucederem-se naturalmente mas com credibili-dade”, disse. Com a ajuda da autar-quia sintrense, o clube consegue “aos poucos, estabilizar-se econó-mica e financeiramente e melhorar as suas infra-estruturas”, de modo

a tornar a organização desportiva “um espaço de convívio”.

As comemorações do Sintrense iniciaram no passado dia 30 de Julho, com uma cerimónia inau-gural que contou com a presença de colectividades locais, demonstra-ções de Ginástica e Judo e jogos de futebol entre os diversos escalões. Vítor Coelho defende que é impor-tante que exista uma diversidade de iniciativas, no sentido de tornar o Sintrense num “clube-família”. “Queremos que as pessoas possam participar nas actividades desenvol-vidas até Outubro”, salientou. No âmbito das comemorações, reali-zaram-se também, nos passados dia 10 e 17, respectivamente, uma prova de atletismo e um concurso de pesca desportiva. As comemorações vão percorrer todo o Verão até dia 8 de Outubro. AoP

DESPORTO. A dupla representante do Lisboa Ginásio Clube está a fazer história em trampolim sincronizado. Nuno Merino e Diogo Ganchinho conquistaram, no passado dia 9, a medalha de ouro na final da Taça do Mundo de Kawasaki, no Japão.

A etapa japonesa foi a quarta de sete competições do circuito da Taça do Mundo de 2011 que promete bons resultados para os atletas. “Este feito é fantástico. Estamos em primeiro lugar do ranking, temos grandes hipóteses de alcançar um lugar no pódio final”, disse ao Correio de Sintra Nuno Merino. Para o atleta, as classificações “nunca atingidas ante-riormente” são o reflexo dos treinos “árduos” que a dupla tem praticado ao longo dos últimos meses.

Constituindo uma proeza histórica para o país em trampolim sincroni-zado, a dupla tem obtido classifica-ções notáveis nas quatro primeiras

etapas do circuito. Os atletas conse-guiram alcançar a medalha de ouro em São Petersburgo, na Rússia, no passado mês de Maio, e, no fim-de-semana anterior à Taça de Japão, a dupla arrecadou o terceiro lugar em Wuxi, na China. Apenas em Varna, Bulgária, na qual Nuno Merino alcançou o quarto lugar individual, a dupla não marcou presença na final do sincronizado.

O circuito regressa no início de Setembro para a quinta e penúl-tima etapa em Salzgitter, Alemanha, seguindo-se em Outubro, as cidades de Jablonec nad Nisou, na República Checa e Odense, na Dinamarca.

Nuno Merino é também pro-fessor de ginástica em trampolim em Mem Martins, onde dá treinos diá-rios a atletas entre os oito e 18 anos. “Existem algumas promessas em Sintra. Mas é preciso muito trabalho para se ver o talento e as capacidades dos atletas”, sublinhou. AoP

Corrida do centenário assinalou data festiva.

Dupla venceu trampolim sincronizado.

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Instituição reconhecida em tempos de emergência social

Feira de outlet em São Marcos

SOCIEDADE. O Centro de Educação Para o Cidadão Deficiente (CECD) de Mira Sintra foi galardoado com a atribuição do certificado de qualidade Equass Assurance, um prémio que reconhece os 35 anos de trabalho da instituição.

O certificado foi entregue a 12 de Julho no Palácio Nacional de Queluz pela pri-meira-dama, Maria Cavaco Silva, convidada de honra acompanhada pelo ministro da Solidariedade e da Segu-rança Social, Pedro Mota Soares e pelo presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara.

Durante a cerimónia, a presidente do CECD, Cármen Duarte considerou que este foi “um dia muito especial” que marca a história da ins-tituição e a vida das pessoas que lá trabalham. A respon-sável adiantou que este cer-tificado incentiva ainda mais a instituição a desenvolver serviços de maior quali-dade para pessoas com defi-

ciência intelectual e multi-deficiência, promovendo os direitos e contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida.

O presidente da Câmara de Sintra elogiou o trabalho e a “luta de pais e de técnicos” no combate à exclusão social. Depois de ter terminado a sua intervenção, saindo do palco para dar um cumpri-mento especial a uma das utentes do CECD.

O novo ministro da Soli-dariedade e da Segurança Social reconheceu que o CECD é uma instituição de “qualidade indiscutível” e um caso de “orgulho”.

Aproveitando o âmbito da iniciativa, Pedro Mota Soares reiterou que o pro-grama de emergência social a aplicar pelo novo governo vai permitir dar respostas aos grupos mais desfavore-cidos.

No final da cerimónia, Pedro Mota Soares disse aos jornalistas que algumas das medidas do programa

passam pela protecção aos idosos, onde vão estar inclu-ídas medidas como des-congelamento das pen-sões mínimas e das pen-sões sociais e por encon-trar respostas específicas para ajudar à distribuição de medicamentos e facilitar a aquisição dos mesmos.

O ministro da Solidarie-dade e da Segurança Social avançou ainda que o Pro-grama de Emergência Social, que espera entrar em fun-cionamento no final do ano, prevê a transferência de equipamentos para as ins-tituições de solidariedade social que estão no terreno.

O ministro considerou que “é muito importante que o Estado tenha a humildade de pedir ajuda a quem está no terreno”, que muitas vezes “faz as coisas melhor que o próprio Estado” e que “têm muitas vezes maior capaci-dade de garantir uma fisca-lização efectiva aos casos de alguns abusos e aos casos de fraude”. Joaquim Reis

SOCIEDADE. Um grupo de comerciantes pretende criar um movimento nacional de feiras outlet com o objectivo de aproximar os clientes do comércio local e de ajudar o Centro de Apoio ao Sem-Abrigo (CASA).

De 22 a 24 de Julho o movimento “Sim ao Comércio Tradicional” rea-liza a primeira feira outlet, em São Marcos, onde vão estar reunidos 25 pequenos comerciantes de várias áreas como o calçado, a moda, acessórios, casa e decoração.

Segundo Nuno Silva, da organização, esta será a pri-meira feira organizada pelo movimento de apelo nacional ao comércio tradicional, que pretende expandir esta acção a vários pontos do país.

“O objectivo é criar um grande movimento nacional de outlet e dar a conhecer os pequenos comerciantes. Não está declarada guerra às grandes superfícies, mas uma das vantagens no comércio local é que as pes-soas pensam que têm os preços mais apelativos nos

centros comerciais, mas não têm. Por vezes é muito mais barato no comércio tradi-cional”, disse ao Correio de Sintra o responsável.

A organização pretende impulsionar novamente as lojas de rua e alertar o con-sumidor para procurar cada vez mais o comércio tra-dicional, não apenas pela relação de proximidade com os produtos que compra, mas também pelo atendi-mento personalizado.

Para apelar ao bolso das pessoas, os preços desta primeira feira vão ser de “outlet”, ou seja, muito redu-zidos. Os visitantes pagam um euro, e metade da verba angariada reverte para o Centro de Apoio ao Sem-Abrigo (CASA).

Este centro, enquanto IPSS tem como objectivo o desenvolvimento de acções de solidariedade social, em particular dar apoio, alimen-tação e alojamento a favor de sem-abrigo, crianças, adoles-centes e idosos socialmente desfavorecidos, vítimas de violência ou maus-tratos. Joaquim Reis

CECD de Mira Sintra recebeu prémio atribuído por uma instituição europeia.

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Juntas de Freguesia de Massamá e Monte Abraão criadas há catorze anosCatorze anos depois da criação das freguesias de Massamá e Monte Abrãao, os presidentes das juntas fazem um balanço positivo da divisão, mas consideram que há ainda muito por fazer, sobretudo a nível de investimento por parte da Câmara de Sintra. José Pedro Matias e Fátima Campos têm visões diferentes sobre a inclusão das suas respectivas juntas na cidade de Queluz.

Há 14 anos, a presidente da Junta de Monte Abraão integrava o executivo da Junta de Queluz. Para Fátima Campos, a única autarca que Monte Abraão conheceu até à data, nesta altura Queluz Ocidental (as futuras Massamá e Monte Abraão) estavam esque-cidas, uma vez que a maior parte dos investimentos eram feitos no território que dava nome à vila. “Tanto Monte Abraão, como Mas-samá melhoraram conside-ravelmente, devido à proxi-midade das suas populações às recém-criadas Juntas de Freguesia”, disse.

Em 1997, a nova Junta de Queluz ficou com a gestão do cemitério, o que na altura motivou o descon-tentamento dos autarcas das novas estruturas admi-nistrativas. Fátima Campos defendia uma gestão tripar-tidas do cemitério mas, 14 anos depois, mudou de opi-nião.

“Na altura, em 1998, a

Feira de Monte Abraão era mínima. Teria cerca de duas dezenas de feirantes e não interessava a ninguém. Hoje, penso de forma dife-rente pois cada um tem de gerir o património que se encontra no território das suas Freguesias. Massamá tem que ter engenho e arte para criar fontes de rendi-mento na sua Freguesia, tal como aconteceu em Monte Abraão. Quando não há fonte de rendimentos há que criá-las. Há diversas formas de o fazer”, disse a autarca ao Correio de Sintra.

Quanto á distribuição ter-ritorial, Fátima Campos con-sidera que não faz sentido que a Anta de Monte Abraão pertença à freguesia de Belas e adianta já ter enviado um pedido de revisão à Assem-bleia da Republica.

Para José Pedro Matias, ano após ano, apesar “das restrições de que foram objecto os orçamentos muni-cipais”, Massamá conheceu melhores acessos, viu nascer uma esquadra da PSP, um parque urbano, viu encerrar a última passagem de nível da linha ferroviária de Sintra e continua a esperar o “há muito prometido Centro Lúdico”.

O autarca sente-se hon-rado por presidir a Junta onde reside o actual pri-meiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e critica “algumas das reportagens” de órgãos de comunicação social que trataram Mas-samá sem esconder “precon-

ceitos que ainda pululam por aí”. “A tonalidade menor e desprestigiante que é posta no facto de se viver numa freguesia dos arredores de Lisboa, sublinhando de forma vincada e mal-disfar-çada de racismo, o facto de se partilhar a rua com cida-dãos de origem africana, pensava eu que já não exis-tisse. Provavelmente o pró-prio facto de Pedro Passos Coelho ter feito esta escolha [de manter a residência de família] – inteligente, a meu ver – contribua para desmis-tificar alguns preconceitos negativos que, ao fim de 37 anos de democracia, ainda diferenciam os portugueses: diz-me onde moras, dir-te-ei quem és”, sublinha.

Catorze anos depois da divisão administrativa, José Pedro Matias continua a defender que Massamá nada tem a ver com a cidade de Queluz.

“A explicação é simples e baseia-se na Lei. Assim, temos que, a partir da cro-nologia das Leis, primeiro as freguesias de Massamá e Monte Abraão, são sepa-radas da freguesia de Queluz, e mais tarde, 12 dias depois, a vila de Queluz é elevada a cidade. Entendo eu que, à vila, tal como mais tarde à cidade de Queluz, sempre correspondeu uma única fre-guesia, a que lhe dá o nome”, considerou.

Esta é uma opinião que não é partilhada por Fátima Campos. A autarca considera que, quer Massamá quer

Monte Abraão, fazem parte da cidade de Queluz, numa deliberação aprovada una-nimemente na Assembleia da República. “Quer agora o Presidente da Junta de Massamá alterar uma deli-beração da Assembleia da República? E com que argu-mento? Massamá sempre foi uma localidade de Queluz, e com a intenção de se fun-direm algumas Freguesias no País, ele que reze para que não fundam Massamá a Agualva ou a Monte Abraão, só com um executivo”, subli-nhou.

Para a autarca, a sua fre-guesia continua a necessitar de investimentos ao nível da construção de um centro comunitário com as valên-cias da infância, juventude e terceira idade, e de um centro cultural.

Para o presidente da Junta de Massamá, continuam a ser prioritárias mais res-postas para a infância, ao nível das valências de creche e jardim-de-infância, um pavilhão polidesportivo e um parque de estacionamento subterrâneo. Joaquim Reis

Fátima Campos e vereadores apagam as velas.

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1322 de Julho de 2011 Correio de Sintra 13

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TribunaOpinião

Para onde nos leva o caminho escolhido…

Mês e meio após as eleições, as ver-dadeiras intenções das direitas estão desvendadas: cumprir a receita que a Troika impôs, e que PSD, CDS e PS fingiram negociar, e ir além destas exigências, submetendo a grande maioria da população a um regime de choque e pavor social.

O programa do Governo é o da liberalização total da economia, através de alterações das relações de trabalho, redução do Estado Social à caridade mínima e entrega dos sectores estratégicos, como a água, energia ou a ferrovia, à iniciativa pri-vada.

Por esta via, e através de algumas

medidas de excepção, PSD e CDS, pretendem pôr os trabalhadores e trabalhadoras a pagar a crise que, durante 30 anos, os sucessivos governos criaram e agravaram. Esbo-çando tímidas críticas, o PS apoiará, mais Seguro ou menos Assis, o grosso destas medidas.

As mudanças das leis laborais, aprovadas por estes dias, visam que-brar a protecção de quem trabalha, fazendo da precariedade regra única, segundo o interesse de quem quer mão-de-obra submissa, cada vez mais barata e descartável.

O fim do Estado Social, com a pri-vatização da Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde, perse-guição a quem cai no desempregado e redução das medidas de apoio à natalidade ou pobreza, vai agudizar desigualdades. Estes sectores, que têm potencial de negócio superior a 30 mil milhões/ano, deixarão de funcionar numa lógica de solidarie-dade entre gerações e entre pessoas com diferentes rendimentos, para passar a alimentar um mercado de seguros cegos e interesses privados e do sector social.

As privatizações são outra desgraça anunciada. Vejamos um exemplo: a privatização da linha de Sintra aca-

bará com a lógica de comboios que servem as pessoas, centrada nas van-tagens ambientais, no direito à mobi-lidade e na alternativa ao automóvel. O aumento, em Agosto, de 15% nos passes e bilhetes ou o corte de ser-viços já efectuados são sinais de um prejuízo maior, que iremos sentir quando os comboios deixarem de ser de todos e todas nós.

E as medidas de excepção para res-ponder à crise, vão no mesmo sen-tido: privilegiar interesses, sobrecar-regando a factura de quem menos tem. Quebrando a promessa feita a 1 de Abril, Passos Coelho anunciou cortes no subsídio de Natal. Mas

ainda não ouvimos falar de impostos extraordinários à banca ou aos lucros das grandes empresas …

E, apesar da mentira da “repartição dos sacrifícios, a crise não abranda e os tais dos “mercados” continuam nervosos, a gerar instabilidade e a alimentar a especulação.

É cada vez mais claro que o caminho escolhido não nos levará à resolução dos problemas que o país e a Europa enfrentam. Esta foi, aliás, a principal mensagem que o Bloco procurou passar na campanha elei-toral, acompanhando-a, ao contrário do que muito se disse, de soluções sérias para responder à catástrofe iminente.

O Bloco de Esquerda nunca virou, nem virará, a cara à luta. Não escon-demos que os resultados das eleições obrigam a uma reflexão cuidada. Tal reflexão é aberta e, apesar do tom depreciativo com que a imprensa a segue, contribuirá para reforçar a resistência e a reacção à ofensiva social em curso.

O Bloco cá está, em Sintra e no país, para ajudar a forjar as respostas necessárias.

André BejaBloco de Esquerda Sintra

“a crise não abranda e os tais dos “mercados”

continuam nervosos

Publi-Reportagem

O ginásio Treino Diário dispõe de ex-celentes condições no seu espaço para a promoção da actividade física, contando com uma sala de exercícios multi-fun-cionais para a prática de cardiofitness e musculação, com um atendimento person-alizado, onde todos os clientes podem en-contrar um conjunto de profissionais qual-ificados sempre disponíveis a escutá-los, ajudá-los e motivá-los de modo a atingir os seus objectivos pessoais. Os planos de treinos individuais e prescritos de acordo com as necessidades e objectivos de cada um são revistos periodicamente de forma a estarem sempre actualizados, sendo o rigor na prescrição do exercício, na super-visão e na monitorização um dos pilares do ginásio Treino Diário.Além destas ofertas, o estabelecimento

possui uma sala Jiu-jitsu, um dos poucos locais em Sintra onde se pode praticar esta modalidade. Pouca conhecida e divulgada, a modalidade permite aprender as noções básicas de defesa pessoal e desenvolver, a nível mental, a coordenação motora de forma a combater e aliviar o stress do quo-tidiano. Possuindo campeões re-gionais, nacionais e internacionais, o ginásio Treino Diário garante, mais uma vez, um profissionalismo adequado às expectativas de cada cliente. Ganhar gosto por esta mo-dalidade e pelo desporto em geral é um dos grandes objectivos do estabelecimento.O alargado horário de funciona-mento concorre também para ajudar os clientes a lidar com as pressões decorrentes de uma vida ocupada e stressante e para tor-nar mais confortável a prática de actividade física e desportiva. O ginásio Treino Diário está situado na Rua Damião Gois, n.º6, Mercês, Sintra.

Ginásio Treino Diário

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Música: Men Eater lançou novo trabalho

Feira Medieval regressa a Sintra

Cultura. O grupo de rock Men Eater lançou, no passado dia 12 de Maio, o seu novo trabalho, Gold, no Music Box, em Lisboa. O álbum segue a mesma linha musical que os anteriores, apesar de reflectir uma “evolução natural da banda”.

Faltavam poucos minutos para a meia-noite para conhecer os temas

do novo álbum do grupo Men Eater, Gold. O Music Box apresentava casa cheia e os fãs esperavam pelo tão aguardado concerto. Até cerca das duas da manhã, a banda sintrense apresentou os seus novos temas entrelaçados com músicas conhe-cidas do público.

Composto por dez temas, o álbum retrata “uma evolução natural da

banda”. “Está um bocado ambi-cioso, diferente dos anteriores traba-lhos, apesar de seguir a mesma linha musical”, revelou ao Correio de Sintra Mike Correia, vocalista da banda.

A banda de rock com vertente metal, psicadélico, instrumentais e experimentais, tem programado um conjunto de concertos de norte a sul do país. “Queremos que os nossos fãs tenham a oportunidade de ouvir os novos temas ao vivo”, realçou o vocalista. A “Gold Tour” estará até Junho em Lisboa, Viseu, Viana do Castelo, Loulé, Setúbal, Pombal, Porto, Aveiro, Coimbra, São João da Madeira e Barcelos.

A banda, composta por Mike, vocalista e guitarrista, Carlos, bate-rista, Pedro e Paulo, ambos guitar-ristas, começou por “brincadeira”, em Espanha. “O Carlos e eu fomos dar um concerto em Espanha, onde decidimos criar os Men Eater. A coisa começou a crescer e tivemos que tomar a banda mais a sério. Em dois anos, fizemos cerca de cem con-certos em Portugal e no estrangeiro”, explicou Mike Correia.

Existente desde início de 2006, a banda inspira-se de sons “desde rock, ao samba, passando pelo jazz”, sem nunca se preocupar em entrar num determinado género musical, já tendo saído um álbum EP e três ori-ginais. AoP

A banda lançou o seu terceiro trabalho que segue a mesma linha musical que os álbuns anteri-ores.

A Feira Medieval de Sintra vai recriar um mercado de 1481, de 29 a 31 de Julho. A capital do Roman-tismo vai recriar espectáculos musi-cais, teatro, artes circenses, jogos e oficinas para os mais pequenos.

Nesta feira vão estar presentes vários artesãos e comerciantes de Sintra e do resto do país, bem como do estrangeiro, para recriar ofí-cios antigos, em risco de desapare-cimento. Artesanato, doçaria tradi-cional, especiarias, chás e plantas são alguns dos produtos que os visitantes vão poder encontrar.

Vão ser dois dias de música, mala-barismo, gastronomia, teatro, arte-sanato e instrumentos medievais de tortura. O local vai estar decorado a rigor, com escudos heráldicos, toldos e bandeiras, onde os artesãos vão vender e expor recriações de produtos e alimentos da época, enquanto pelas ruas vão vaguear prisioneiros, sol-dados e caçadores de dragões. JR

DR

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