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Em defesa da cidade, da memória, da praça e das árvores

Em defesa da cidade, da memória, da praça e das árvores

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Em defesa da cidade, da memória, da praça

e das árvores

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Depoimento de Bosco Couto, empresário e ativista:

“Cartinha ao Prefeito Roberto

Caro Sr. Roberto, apresente outras desculpas para justificar a destruição da Praça Portugal, mas não a mate duas vezes. Dizer que a “Praça” não é praça é um insulto a nossa cidade e a inteligência das pessoas.

(...) Dizer que a praça não é praça por ter “apenas 45 anos” é outro absurdo, não é pela idade que se classifica um logradouro, ele não é promovido por tempo de vida. E a Praça Portugal, caro Roberto, foi fundada em maio de 1947, ou seja, tem 66 anos. Como Fortaleza oficialmente tem 287 anos, a Praça “sem valor histórico” tem quase um quarto de vida da cidade de Fortaleza.

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(...) Caro Roberto, em uma cidade com poucas referências históricas preservadas, quase sem referências arquitetônicas, pobre em museus, teatros, praças, bibliotecas, parques e outros equipamentos de suma importância para a identidade de uma cidade, o senhor deveria, como prefeito, ser o primeiro a estimular, investir e preservar o pouco que nos resta de memória e patrimônio cultural.

Meu apelo final Sr. Roberto é que no lugar de destruir a praça, ela seja ampliada. Faça diferente, seja ousado. Feche todo o entorno da praça somente para o uso de pedestres, faça daquele quadrilátero uma grande praça, verde, bonita e segura, desta forma os prédios comerciais estariam interligados entre si, as pessoas teriam uma enorme área de convivência, talvez a maior da cidade, e a praça seria preservada. Desvie o trânsito, descentralize o fluxo de carros daquele ponto, use a Padre Antônio Tomás e as ruas paralelas, Seja ousado, seja diferente, se quiser, o Sr. consegue.”

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Comunidade Luso Brasileira em Fortaleza defende a manutenção da Praça Portugal e propõe-se a participar de alternativas em reunião com o Prefeito:

Comunicado:

“A Praça Portugal é um monumento de referência fundado em 1947. É parte importante da história de Fortaleza. É um assunto que toca profundamente não apenas à comunidade portuguesa, mas a todos os fortalezenses. A preservação da integridade da Praça Portugal é uma causa de toda a cidade.A Comunidade Portuguesa defende a manutenção da rotunda arborizada da Praça Portugal e a integridade do monumento nele instaurado, a iconografia que simboliza a epopéia marítima portuguesa e união entre os povos lusófonos. A esfera armilar que pende do arco existente na Praça Portugal foi utilizada na bandeira pelo Rei D. João IV entre os anos de 1816 a 1826 como representação do Brasil. A Comunidade Portuguesa propõe-se a participar da discussão de alternativas técnicas e que permitam e manutenção da Praça Portugal e reuniu-se para o efeito nesta segunda-feira, dia 09, no Vice-Consulado de Portugal em Fortaleza”

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Coluna do jornalista Fábio Campos no jornal O Povo:

“O prefeito confirma que a obra proposta não vai mexer nesses estacionamentos. Atentem: ao lado das ciclovias e das faixas exclusivas de ônibus, os estacionamentos serão mantidos. Conclusão: o trânsito nas duas grandes avenidas vai engarrafar com as constantes entradas e saídas (em ré) de automóveis dos estacionamentos.

Portanto, cairá por terra a ideia justificadora do projeto: fluidez. Provocado acerca do tema, o prefeito jogou a coisa pra frente. “O binário será feito como proposto agora. A questão dos estacionamentos diagonais vai para uma segunda etapa”. É uma pena.”

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Depoimento de Leonardo Jales Leitão, advogado e membro do Pró-árvore:

“Indignado com tal situação, fui até a Av. Dom Luís e comecei a contar e listar todas as árvores dessa via. A Prefeitura Municipal de Fortaleza informou que seriam cortadas “apenas” 203 árvores para a aplicação do projeto, mas como eu desconfiava, 203 árvores é o número de árvores apenas da Avenida Dom Luis.

Numa tentativa de parecer um plano ecologicamente correto, a prefeitura informa que fará o transplante das árvores para a calçada e para outros locais. Infelizmente essa proposta apesar de bonita e bem-vinda, é impossível para a grande maioria das plantas ali presentes. O Ipê Roxo (Handroanthus impetiginosos), é a mais numerosa (com 70 indivíduos) e talvez a mais bela das que existem no canteiro central da Dom Luis. Nativa de Fortaleza, ela tem uma característica marcante, possui uma raiz chamada de axial ou pivotante muito profunda, o que na eventualidade de transplante, acarretaria na quebra desta raiz e a morte certa da árvore. O transplante nesse caso só seria possível com indivíduos muito jovens, que são apenas cinco.”

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“Então gostaria de fazer um pedido, se você não se importa muito com as árvores nesse caso, pense um pouco em que tipo de cidade e de planeta você está deixando para os seus filhos.”

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Lista de árvores da Praça Portugal:

1- Ipê Roxo ou Pau D´arco Roxo (Handroanthus impetiginosos) NATIVA - 70

2- Carnaúba (Copernicia prunifera) NATIVA- 27

3- Coco Babão (Syagrus cearenses) como o nome já diz, é NATIVA- 5

4- Oiti (Licania tomentosa) NATIVA – 35- Ingá (Inga vera) NATIVA – 36- Peroba (Tabebuia roseoalba)

NATIVA – 1

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Exóticas ao bioma de Fortaleza:1- Mata-fome (Pithecellobium dulce) – 242- Sterculia foetida – 53- Nim – 34- Tamarindu – 35- Munguba – 26- Carolina – 107- Castanhola – 18- Ipê Rosa – 19- Acassia siamesa – 710- Flamboyant – 311- Albizia lebeck – 412- Coqueiro – 713- Algodão da Praia – 514- Palmeira Havaí - 415- Leque Chinês - 516- Acácia Azul – 217- Cipreste – 118- Ficus benjamim – 319- Muringa – 120- Leucena leucocephala – 3

TOTAL: 203 naPraça Portugal

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Árvores do canteiro central da Av. Santos Dumont no trecho de aplicação do binário Espécie/ Quantidade 1- Cipreste = 332- Carolina = 53- Ipê Roxo = 24- Albizia = 25- Ficus Benjamim = 16- Algodão da Praia = 37- Tamarindu = 18- Acácia Siamesa = 19- Ipê Amarelo = 1610- Oiti = 111- Ipê Rosa = 3

TOTAL: 68

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