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Intoxicações antiliberaisVersão 1.0.1
11.05.15
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A defesa de ideias emergentes se choca com as ideias hegemônicas em uma dada sociedade.
O problema das narrativas
A narrativa hegemônica intoxica os conceitos com a sua própria lógica.
O problema das narrativas
A narrativa emergente deve policiar o seu próprio discurso em um processo de desintoxicação.
O problema das narrativas
Ao rejeitar conceitos em si e nos outros, estará apresentando um novo ponto de vista e demonstrando como a visão atual está impregnada pela visão hegemônica.
O problema das narrativas
Uma visão emergente, portanto, tem como missão recriar conceitos, dando a eles um novo contexto, criticando a intoxicação do antigo.
O problema das narrativas
Todo conceito abstrato é contagioso. Quanto mais precisos forem os conceitos, menos sujeitos ficarão à subjetividade e ao uso não científico;
O problema das narrativas
Precisar conceitos e não deixar que sejam usados de forma abstrata é o papel de quem quer criar uma nova hegemonia de pensamento mais consistente;
O problema das narrativas
Do ponto de vista liberal existem vários conceitos que estão intoxicados pelo movimentos centralizadores de poder do passado, que foram hegemônicos, principalmente no século XX.
O problema das narrativas
O problema das narrativas
1- não é serviço público, mas serviço estatal. Público é aquilo que oferece o menor custo e mais benefício para a sociedade;
O problema das narrativas
2- o conceito esquerda e direita é completamente vago, só serve e estimula estigmas. Mais preciso: centralizadores de poder e descentralizadores de poder;
O problema das narrativas
3 – fulano não é de esquerda. Ou ele é marxista, acredita na luta de classes e é antirrepublicano, ou ele é social democrata, republicano.
O problema das narrativas
4 – o movimento antimarxista pode existir, mas ele não é um bloco de pensamento. Existem os liberais, os conservadores, os anarco-capitalistas;
O problema das narrativas
5 – o liberalismo defende a livre concorrência e não o livre mercado no abstrato, pois empresas querem o mercado para elas mesmas e se dizem liberais, sem defender a livre concorrência.
O problema das narrativas
6 – o liberalismo não defende empresas, mas o cidadão/consumidor, o mais beneficiado, quando, ao final de tudo, se cria e se mantém viva a livre concorrência.
O problema das narrativas
7 – o liberalismo não defende a livre ganância, mas a livre concorrência, que é uma forma inteligente, inovadora e eficaz de se combater a ganância com ganância, sem prejuízo para a geração de riquezas.
O problema das narrativas
8 – o conceito de individualismo não é a defesa do egoísmo, mas é o contraponto do coletivismo, no qual o indivíduo pode ser oprimido de cima para baixo, a partir da visão autoritária de um “centro esclarecido”.
O problema das narrativas
9 – o liberalismo não defende o lucro como objetivo final das organizações, mas servir a sociedade, sendo o lucro o resultado do bom serviço prestado.
O problema das narrativas
10 – uma sociedade liberal não será selvagem, justamente o contrário, um ambiente produtivo aperfeiçoado diariamente pelo cidadão/consumidor, que terá muito mais poder do que hoje.
O problema das narrativas
11 – o liberalismo não esteve muito presente no século passado, pois o aumento demográfico e a concentração de mídia gerou um movimento antiliberal. O século XX foi concentrador e o liberalismo esteve em baixa.
O problema das narrativas
12 – o grande mérito dos liberais clássicos foi a concepção de um sistema político e econômico que permitiu um salto demográfico da espécie de 1 para 7 bilhões em menos de 200 anos.
O problema das narrativas
13 – a melhor maneira de saber se uma sociedade funciona é deixar que os cidadãos possam ir embora dela a seu bel prazer. Se ficam por iniciativa própria é por que algo de positivo há.
O problema das narrativas
13 – o neoliberalismo é algo abstrato. Não é uma corrente de pensamento liberal, apenas identifica ações de desestatização ocorridas no século passado, mas que não implantaram juntamente a livre concorrência.
O problema das narrativas
14 – o liberalismo não tem uma meta social definida, apenas dar ferramentas para que a sociedade possa, dentro de suas possibilidades, sobreviver com mais qualidade possível;
O problema das narrativas
15 – o liberalismo não parte de uma visão a priori do ser humano, apenas considera que quanto mais o indivíduo tiver poder, menos o centro terá forças para impor suas vontades para a sociedade;
O problema das narrativas
16 – São liberais aqueles que pensam e agem sob determinados princípios. Se há pessoas que agem contra os princípios e se dizem liberais, são falsos-liberais;
O problema das narrativas
17 – Se um liberal defende a guerra, que não seja pela auto-defesa não é liberal;
O problema das narrativas
18 – Se um liberal defende ou pratica a discriminação na sociedade por qualquer motivo, seja de raça, de gênero, de cor, por opções sexuais, não é um liberal;
O problema das narrativas
19 – Se um liberal no passado apoiou a escravidão, é um falso-liberal;
O problema das narrativas
20 – O apoio que os bancos recebem quando estão com dificuldade por parte do estado são atitudes antiliberais. Ou seja, lucro privado e prejuízo público é algo completamente antiliberal.
O problema das narrativas21 – O liberalismo é contra os monopólios, sejam ele estatal ou privado. Monopólio, entenda, que não é uma empresa grande, mas uma organização que conseguiu garantir que não haverá (ou haverá muito dificuldade) para se criar a livre concorrência.
O problema das narrativas
22 – O liberalismo não sugere propostas baseadas em utopias, mas procura ir na história para ver o que tem funcionado;.
O problema das narrativas
23 – A defesa de um estado reduzido não é baseada numa questão moral, mas a procura de uma melhor eficácia;.
O problema das narrativas
24 – O liberalismo não defende o fim da desigualdade humana por acreditar que é algo impossível e, se tentado gerará violência, pois somos desiguais;.
O problema das narrativas
25 – O liberalismo é sempre um processo e nunca algo consolidado.
O problema das narrativas
26 – Tudo que é privado tem ganância. Tudo que é estatal está livre dela, quando, na verdade, a ganância privada é contida pela concorrência e a estatal é descontrolada.
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