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Voz Ribatejana
R u a J o s é F e r r e i r a T a r r é 1 0 B l o j a 2 6 1 5 - 1 1 2 A l v e r c a
www.ourinvest.pt e-mail: [email protected] Tel./Fax: +351 219 571 734
( P e r p e n d i c u l a r à A v e n i d a C a p i t ã o M e l e ç a s )“
Homenagem surpresa nos
75 anos de Mário Coelho
Pág. 24
Vila Franca de Xira - Comandante da Divisão Policial em entrevista
89 ofertas de emprego
para quase 10 mil
desempregados
págs.: 4 e 5
Menos crimese mais roubos
Em frente aos correios de Alverca
tel: 21 958 45 37 Web: www.audiovital.pt
“:: número 9 :: ano 1 :: 30 de Março de 2011 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::
Central de
Cervejas dá 130
mil para ajudar
carenciados
pág.:10
Especial
Am
biente
A criminalidade baixou 7,6 por cento nas seis freguesias da responsabilidade da Divisão Policial de Vila Franca.
Depois de um aumento significativo em 2009, impulsionado por mais casos de violência doméstica, notou-se, em 2010,
uma descida generalizada.
O matador de toiros, Mário Coelho, completou 75 anos na sexta-feira. Um grupo de amigos
organizou uma homenagem surpresa no auditório da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira.
O toureiro afirmou que tem muito orgulho em ser natural da cidade vila-franquense . Na gale-
ria da autarquia local está patente uma exposição dedicada aos 50 anos de carreira de Mário
Coelho.
págs.: 11 a 15
Mais nove escolas
ameaçadas de fecho
pág.: 6
ABERTURA
“
02
Voz Ribatejana – Como é queavalia a realidade que encon-trou quando, há 1 ano,assumiu esta responsabili-dade e quais foram as suasprioridades em termos decomando?Sub-intendente AntónioPinto Aires – Encontrei uma
divisão muito bem organizada.
A minha preocupação foi dar
continuidade ao trabalho que
tinha sido iniciado e, depois,
com alguns retoques, porque
cada um tem o seu cunho pes-
soal, fazer pequenos acertos e
tentar dinamizar mais e melhor
o nosso serviço.
Uma das apostas iniciaisdesta divisão foi a doPoliciamento deProximidade. Essa estratégiamantém-se?Temos procurado dinamizar
mais e mais e dar ênfase sobre-
tudo ao trabalho que tem sido
desenvolvido no âmbito do
Programa Integrado de
Policiamento de Proximidade
junto das populações, procu-
rando puxar também as popu-
lações a participarem na segu-
rança da zona.
Mas é voz comum que a“manta” colocada ao disporda divisão é curta e que é difí-cil, no dia-a-dia, aplicar essesobjectivos de policiamento deproximidade e de ter umnúmero mais significativo deefectivos na rua. É mesmoassim ou as pessoas nem sem-pre se apercebem da pre-sença da polícia?Possivelmente será esse tam-
bém um dos factores. Não há
dúvida que ninguém, acho eu,
está satisfeito com os meios
que tem ao seu dispor. Eu
gostaria de ter muito mais
meios, mas uma coisa é certa
também: temos que trabalhar
com aquilo que temos. E, se
soubermos aproveitar os que
temos, dinamizá-los, dar-lhes
confiança, responsabilizá-los,
creio que conseguimos obter
resultados satisfatórios.
Vila Franca de Xira é umadas localidades da vossa zonaque se queixa da limitação donúmero de efectivos. É fre-quente ouvirmos que acidade de Vila Franca ficouprejudicada com a instalaçãodo comando da divisão emAlverca…Acho que é uma falsa questão.
Não há dúvida que, enquanto
dependeu da Divisão de
Loures, a esquadra de Vila
Franca era uma esquadra
autóno-
ma que tinha
um efectivo de cerca de 80
e poucos elementos e que tinha
todas as valências, desde a
investigação criminal ao trânsi-
to e todos os outros serviços. O
deslocar de alguns efectivos
para a sede da divisão, aqui em
Alverca, digamos que
restringiu o número de efec-
tivos na esquadra de Vila
Franca. Mas a realidade não é
tanto assim, porque a esquadra
de Vila Franca em si, agora, só
tem a valência da segurança
públi-
ca, do patrul-
hamento. As outras valências,
sedeadas em Alverca, também
fazem serviço em Vila Franca.
Quando se diz que a esquadra
de Vila Franca tem 43 ou 44
elementos, não se conta com as
equipas de intervenção rápida
que vão fazer serviço lá, nem
se conta com os elementos da
investigação criminal ou do
trânsito que vão para lá fazer o
serviço também. Se contarmos
com todos esses ele-
mentos que vão fazer serviço à
área da esquadra de Vila
Franca, a esquadra não perdeu
efectivos, se calhar até ganhou,
porque tem gente que vai e até,
se necessário, em maior
número do que aquele que
tinha antes de 2008.
E esse número base de 43efectivos será suficiente parauma cidade que não é maior
Comandante da Divisão Policial de Vila Franca de Xira em entrevista
Criada em Fevereiro de 2008 aquando da reestruturação do dispositivo de segurança no município, aDivisão Policial de Vila Franca de Xira é responsável por seis das mais populosas freguesias do concelho,onde residem perto de 110 mil habitantes. Com 311 efectivos, distribuídos por três instalações, a PSP temapostado numa estratégia de policiamento de proximidade e no patrulhamento automóvel. AntónioPinto Aires assumiu exactamente há 1 ano o comando da Divisão Policial sedeada em Alverca. Ementrevista ao Voz Ribatejana faz um balanço bastante positivo do trabalho da polícia, sublinha que acriminalidade registada baixou 7, 6% em 2010, mas admite que o crime considerado mais violento temcrescido aqui como em muitas zonas do País. A esquadra da Póvoa ainda não tem data marcada paraabrir e, em Vila Franca, a PSP admite transferir-se para o antigo edifício da GNR se lhe forem intro-duzidas algumas melhorias
“Criminalidade baixou7, 6 % em 2010”
Os dado estatísticos permitem concluirque, de 2009 para 2010, o número decrimes registados nestas seis freguesiasbaixou 7,6%. A descida foi mais notóriaem Alverca (redução de 50%) e menossensível na da Póvoa de Santa Iria(menos 2%).Na maioria das freguesias à respons-abilidade da PSP desceram quase todosos tipos de crime e subiram apenas osroubos, a excepção é Alverca onde tam-bém o número de roubos (casos maisviolentos e com recurso a armas) desceude forma significativa. “A evolução dotipo de crime também nos obrigou aadaptar as formas de combater a crimi-nalidade. Hoje isso não se compadececom um polícia na rua a enfrentar umgrupo de meliantes, quando sabemosque muitos desses crimes são perpetra-dos por grupos. Moldámos a nossaacção, de forma a combater esses gru-pos”, esclareceu, admitindo que háalgum acréscimo da chamada “crimi-nalidade violenta”, porque aumenta ouso de armas. Em 2009, a violência doméstica deu umforte contributo para o aumento donúmero total de crimes, mas em 2010 asparticipações deste tipo de casos jádiminuíram de forma significativa.
“Se contarmos com todos esses elemen-tos que vão fazer serviço à área da
esquadra de Vila Franca, a esquadranão perdeu efectivos, se calhar até gan-hou, porque tem gente que vai e até, se
necessário, em maior número do queaquele que tinha antes de 2008”
Evolução total docrime
2008 2009 2010
26732704
2658
45
14
62
29
76
53
10 11
5455
283
26
9538
1413
15
12
20
18
2 1
18 19 17
312
11
3033
5952
32 48
149
39 39 33
15
5519
roubos
2934
39
furto deveículos
25
5747
furto emveículo
2 4
47
tráfico dedroga
20
109
4078
63
furto emresidência
outrosfurtos
furto emestabelec-imentos
3 4 6 7
1617
2 0 3
13
28
9
13
10
0 2
92 8
6 10
1614
4 370
Desce a criminalidade eaumentam os roubos
Vila Franca de Xira
Alhandra
Sobralinho
Alverca
Forte da Casa
Póvoa de Sta Iria
Fonte: DivisãoPolicial de VilaFranca de Xira
Legenda:
roubos furto deveículos
furto emveículo
tráfico dedroga
furto emresidência
outrosfurtos
furto emestabelec-imentos
311 efectivosA Divisão Policial de Vila Franca tem 311 efectivos. A unidade arrancou, em 2008, com cerca de 210 elementos,mas reconheceu-se, depois, que eram insuficientes. Estes 311 efectivos estão distribuídos por Alverca, Alhandra eVila Franca. “Quando foi criada a divisão, as valências foram cobertas, nomeadamente na investigação e notrânsito, com os efectivos que já estavam em Vila Franca. Ao aumentar a área à responsabilidade da PSP, con-cluiu-se que eram insuficientes e houve um reforço de cerca de 100 efectivos”, explicou Pinto Aires.
Em 2008, quando foi reestrutura-
do o dispositivo de segurança no
concelho, previa-se que a
esquadra de Vila Franca, instala-
da num espaço cedido pela
Câmara há mais de 30 anos sem
condições para as necessidades
actuais, fosse transferida para o
edifício da Rua Luís de Camões
libertado pela GNR. Para surpre-
sa dos autarcas locais, a PSP
acabou por rejeitar essa mudança
alegando que o imóvel não tinha
as condições necessárias. Maria
da Luz Rosinha, presidente da
Câmara de Vila Franca, já disse,
ao Voz Ribatejana, que teve difi-
culdade em entender essa posição
da polícia e que o assunto novas
instalações para a PSP em Vila
Franca teria que ser, assim,
resolvido por outras instâncias.
O sub-intendente Pinto Aires acha
que, em 2009, a este propósito,
terá havido “um mal entendido
entre o poder local e as estruturas
da PSP” e que a posição da polícia
não terá ficado bem esclarecida.
No seu entender, com algumas
beneficiações, a esquadra vila-
franquense só terá a ganhar com
uma mudança para o antigo edifí-
cio da GNR.
“Toda a gente sabe que o actual
espaço não tem condições para
albergar uma esquadra da polícia.
Quanto a alterações ou mudanças,
não nos compete, mas estaremos
abertos a todas as propostas,
desde que seja para dignificar o
espaço e as pessoas que ali trabal-
ham”, refere, em declarações ao
Voz Ribatejana, frisando que o
comando da Divisão Policial está
“receptivo” a dialogar e que, “se
houver interesse de quem de dire-
ito em alterar essa situação estare-
mos receptivos a qualquer conver-
sa para esclarecer a situação.
Desde que seja para melhor esta-
mos receptivos a qualquer tipo de
negociação”, vincou.
Pinto Aires diz que já transmitiu
esta posição aos responsáveis
autárquicos locais e que o resto
são situações que ultrapassam o
comando local. “Desde que haja
uma melhoria nas condições de
habitabilidade, ficaria muito mais
à vontade a própria PSP (no anti-
go espaço da GNR) e o próprio
edifício da Câmara ficaria com
outra disponibilidade. Ficaríamos
todos muito melhor”, sublinha.
Póvoa sem data
Polémica, no início de 2008, foi também a
decisão de não instalar desde logo uma
esquadra da PSP na cidade da Póvoa de Santa
Iria. O antigo quartel da GNR também foi
considerado sem condições para receber a
PSP e a opção foi projectar uma esquadra
para a Póvoa, ficando a segurança desta
freguesia e do vizinho Forte da Casa, transi-
toriamente, a cargo de efectivos baseados em
Alverca.
A obra avançou, prevendo-se a sua conclusão
em Setembro de 2010. Nessa altura surgiram
algumas dificuldades, com a necessidade de
fazer algumas alterações no edifício e de
fazer as obras de arranjos exteriores. A
Câmara de Vila Franca adiantou que o com-
promisso do Ministério da Administração
Interna era de que a esquadra povoense
abriria no início de 2011. O mês de Março já
lá vai e não há sinais de inauguração ou aber-
tura da esquadra. Pelo meio um dos sindi-
catos do sector diz que não abre porque não
há efectivos.
António Pinto Aires acha que o problema dos
efectivos é, aqui, “uma falsa questão” e que,
quando se vai utilizar um novo espaço, é
importante que reúna as melhores condições.
“As coisas estão feitas, agora são apenas
pequenos retoques”, sustenta o comandante
da Divisão Policial vila-franquense, frisando
que ainda não tem nenhuma indicação
superior quanto a datas para a abertura
da esquadra da Póvoa e que ainda não
está esclarecido se haverá algum
reforço de meios para assegurar o fun-
cionamento desta nova unidade.
“Quando houver a vontade de quem de
direito de abrir vamos pôr a esquadra a
funcionar com aquilo que temos. Se hou-
ver a boa vontade de quem de direito de
dizer: são necessários mais meios nós rece-
beremos de braços abertos aquilo que vier.
Mas se a vontade for de que funcione com
aquilo que temos, faremos o melhor que pu-
dermos para a pôr a esquadra a funcionar”,
sustenta o sub-intendente.
Há alguns meses, o Comando Metropolitano
de Lisboa da PSP disse, ao Voz Ribatejana,
que se estava a equacionar a possibilidade de
transferir as sedes das esquadras de investi-
gação criminal e de intervenção rápida de
Alverca para a Póvoa. Ao mesmo tempo seria
uma forma de garantir a presença de mais
meios nas instalações da Póvoa. Pinto Aires
concorda com essa ideia, salientando que as
instalações de Alverca foram construídas para
um destacamento da GNR (normalmente
com cerca de 100 efectivos) e que, actual-
mente, estão ali baseados mais de 200 efe-
ctivos da PSP, com o comando da divisão e as
esquadras de Alverca, de investigação, de
intervenção rápida e de trânsito. A ideia será,
então, mudar as esquadras de investigação e
de intervenção rápida para a Póvoa. “Vamos
gerir esse novo espaço instalando também
uma ou duas das esquadras que estão em
Alverca. Cria-se mais espaço para a divisão e
essas esquadras ficam com muito mais
espaço para funcionarem”, defende.
Mas a população de Vila Franca não dirá,
depois, que as esquadras de investigação e de
intervenção rápida ficam ainda mais longe.
“Posso tranquilizar as pessoas e garantir que
Vila Franca não vai ser descurada na investi-
gação, nem no apoio do trânsito, nem da
intervenção rápida, porque os nossos meios
deslocam-se com brevidade e estarão no te-
rreno sempre que necessários para resolver os
problemas”, afiança o comandante da PSP,
salientando que estes elementos andam nor-
malmente na rua e em circulação, prontos a
acorrer a qualquer necessidade.
Pequenotráfico emescolasA vigilância das escolas éuma das preocupações.Pinto Aires sublinha queos elementos da EscolaSegura andam em con-stante circulação e efec-tuam inúmeras acções desensibilização. “Quandotemos notícia de algumcaso de pequeno tráficoou de algum pequenoincidente de violênciaentre alunos acorremosde imediato e temos feitoalgumas detenções pre-cisamente por pequenotráfico, quer dentro, querfora de escolas”, reco-nhece o comandanteesclarecendo que nor-malmente são jovens queambicionam ter dinheiroe deixam-se levar poroutros, actuando como“veículos” que intro-duzem droga nas escolas,para partilharem ouvenderem a colegas.
Fluidez do trânsito é prioridade
O comando da Divisão Policial de Vila Franca decidiu concentrar todos os meios da esquadra de
trânsito e mais alguns efectivos, nas chamadas horas de ponta, em acções que visem assegurar a
fluidez da circulação nos principais eixos do concelho. Entre as 8h00 e as 9h30 e das 17h00 às
19h30, essa é a grande preocupação de algumas dezenas de efectivos que, diz o sub-intendente
Pinto Aires, nesses períodos também não descuram a fiscalização e actuam se detectarem
algum abuso. “A orientação é no sentido de concentrar esforços para que a circulação se faça
com a máxima fluidez. É uma preocupação que a todos diz respeito”, afirma.
Mas, muitas vezes, ouvem-se críticas dos que acham que elementos policiais, supostamente ligados ao trân-
sito, aparecem mais em situações de acompanhamento de obras do que propriamente a regular o trânsito.
Pinto Aires assegura que essa é uma ideia errada, porque os elementos policiais que estão a vigiar obras
fazem-no fora das horas normais de serviço, no âmbito dos chamados “remunerados” ou “gratificados”, em
que uma dada empresa ou entidade paga para ter um elemento da polícia a assegurar o ordenamento do
trânsito em casos de obra na via pública.
António Pinto Aires nasceu em
Nave de Haver, no concelho de
Almeida, distrito da Guarda, há 54
anos. Uma aldeia raiana que lhe
moldou a personalidade e lhe incu-
tiu, também, uma forte paixão pela
tauromaquia ou não tivesse Nave de
Haver a mais antiga
( inaugurada
em 1958) a
mais anti-
ga praça
de toiros
fixa da
z o n a
ra i ana
d a s
Beiras .
E m
1981, com 24 anos, resolveu ingres-
sar na PSP, fez a escola de alistados
e seguiu para Lisboa, onde esteve 3
anos na Polícia Municipal. Decidiu,
então, concorrer à Escola Superior
de Polícia, onde ingressou no
primeiro curso e fez a sua formação
como oficial de polícia. Seguiu-se
um percurso intenso, com passagens
pelo Porto, Lisboa, Matosinhos,
Loures, Cascais e Guiné-Bissau.
Em Março de 2010, assumiu o
Comando da Divisão Policial
de Vila Franca.
Para além de tudo o mais,
António Pinto Aires é também
um grande aficionado e tenta
não perder os principais eventos
taurinos da região. “Desde há
muitos anos, mesmo antes de ser um
elemento da Divisão de Loures, já
vinha às largadas de toiros a
Vila Franca e assistia a
algumas corridas em Vila
Franca, no Campo
Pequeno, na Moita. Corria aqui esta
região toda. Onde há toiros tento
acompanhar”, confessa.
Sobre o presente e o futuro da tauro-
maquia em Vila Franca, Pinto Aires
sente alguma dificuldade e pronun-
ciar-se. “Não estou por dentro dos
meios empresariais e sei que é difí-
cil, hoje em dia, a organização de
uma corrida de toiros. Os cartéis são
caros, os toiros são caros, o público
não acorre tanto quanto as empresas
desejariam e este mundo está um
bocado complicado”, reconhece, à
conversa com o Voz Ribatejana,
considerando que, na praça de Vila
Franca, “ou se é ambicioso e se
arrisca ou, então, perde-se o tal
estatuto de ser capital da tauro-
maquia. Acho que a empresa que
está actualmente tem investido um
bocadinho e pode, com um bocado
mais de apoio de quem de direito,
fazer coisas muito engraçadas”,
conclui.
Beirão aficionado
PSP admite mudar para a antiga GNR
03
do concelho mas será a mais
movimentada?
Nunca estamos satisfeitos com
o que temos, temos sim é que
aproveitar os meios que temos
disponíveis. Acho que se bem
aproveitados serão suficientes
para policiar a área de Vila
Franca.
Por outro lado, os dados que
temos demonstram que tem
havido uma redução da crimi-
nalidade na área da esquadra
de Vila Franca. Não há razão
para dizer que há menos poli-
ciamento e a criminalidade
nesta área desceu.
Mas nos últimos meses surgi-
ram primeiro algumas críti-
cas na Assembleia de
Freguesia por alegada falta
de policiamento e, mais
recentemente, uma série de
pequenos assaltos a estab-
elecimentos comerciais do
centro da cidade. Quer num
momento quer noutro, a PSP
reforçou a vigilância, adop-
tou alguma estratégia para
tentar minimizar esses prob-
lemas?
Temos os nossos meios, somos
versáteis e, consequentemente,
onde quer que surjam focos de
instabilidade nós direc-
cionamos os nossos meios. É
verdade que surgiram algumas
situações em Vila Franca e de
imediato direccionámos os
nossos esforços e acho que
está debelada essa situação.
Houve algumas detenções,
foram identificados alguns dos
indivíduos e, logicamente,
essas pessoas quando sabem
que estão referenciadas ou de
alguma maneira a ser vigiadas
tomam uma postura menos
activa.
Antigo espaço da GNR de
Vila Franca de Xira
TODOS COM VOZ
“
04
Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração – Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral – 263 281329 Correio Electrónico – [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Proprietário e editor – JorgeHumberto Perdigoto Talixa - Director – Jorge Talixa (carteira prof. 2126) Redacção – Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha (carteiraprof. 9865) e Vasco Antão (carteira de colaborador 895) Paginação - António Dias Concessionário de Publicidade – PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial – Júlio Pereira (9388 50 664) e Afonso Braz (936645773)Registo de Imprensa na ERC: 125978 Depósito Legal nº: 320246/10 Impressão CIC – Centro de Impressão Coraze Tiragem – 5000 exemplares
O MELHOR E O PIOR DA QUINZENA
Os depósitos de entulhos erestos de obras continuam aproliferar por toda a região.
Mais do que um alerta ouuma responsabilização das
entidades fiscalizadoras, cabe-nos condenar, e muito, a com-pleta falta de civismo de quem
não respeita nada, nemninguém e despeja os seus
lixos onde lhe dá na realgana.
Editorial
Unir esforços
e capacidades
A crise que se abateu sobre o nosso País promete
agravar-se e, sobretudo, sente-se uma evidente
falta de perspectivas e de confiança no futuro. Os
portugueses estão, na generalidade, muito preocu-
pados e vão procurando “sobreviver” perante os
problemas que se avolumam todos os dias. Se não
bastassem as sucessivas medidas de austeridade,
os cortes nos apoios sociais e os aumentos incom-
preensíveis dos combustíveis, eis que é chegada a
hora de ir novamente a votos. Exercer o direito de
escolher os nossos representantes é a base do sis-
tema democrático em que felizmente vivemos há
37 anos. Recear que das próximas eleições resulte
uma nova “invasão” do aparelho do Estado e de
tudo o que rodeia por mais alguns milhares de
“especialistas” que gravitam à volta dos principais
partidos e que vão esperando a sua oportunidade
para “sugar” o que resta é, no entanto, a nossa
maior preocupação. Porque, sinceramente, de
políticas não podemos esperar grandes alterações.
Mas de entradas e saídas mais ou menos mi-
lionárias nos organismos do Estado e no universo
das grandes empresas de capitais públicos, as últi-
mas décadas ensinaram-nos que nada de bom se
pode esperar. Vamos esperar que impere o bom
senso e que alguém com poder consiga travar
esses abusos. Sente-se, por isso, que os portugue-
ses confiam cada vez menos na sua classe política.
Às portas de um centro de emprego como o de Vila
Franca de Xira, com quase 10 mil desempregados
inscritos e 61!? novas ofertas de emprego entradas
em Fevereiro, o sentimento é de pura descrença.
Cada um vai procurando sobreviver como pode,
percebendo que nos próximos anos se adivinham
tempos ainda mais difíceis. No meio de tudo isto,
o País tende a parar, as grandes obras públicas
escasseiam, os fundos comunitários não são
aproveitados, boa parte da indústria atravessa
graves dificuldades, o mercado imobiliário esta-
gnou.
Há, todavia, que ter esperança e unir esforços e
capacidades para tentar dar a volta ao problema e
minorar as dificuldades dos mais atingidos. É o
caso e o exemplo do protocolo agora assinado
entre a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas e
a Câmara de Vila Franca de Xira, que vai permitir
apoiar 400 famílias e cerca de 2000 das pessoas
mais carenciadas do concelho. Exemplos destes
são sempre de louvar e de tentar repetir com ou-
tras entidades. Ao mesmo tempo a edilidade de
Vila Franca de Xira quer lançar um projecto dife-
rente e tentar envolver muitos dos beneficiários
destes apoios em pequenas tarefas a favor da
comunidade. Quer dizer, não aceitar que sejam
apenas receptores passivos desta ajuda mas tentar
fazer-lhes perceber que também devem contribuir
para auxiliar a comunidade que os ajuda. Este é o
espírito mais correcto da intervenção social, que
pode fazer caminho incutindo algum sentimento
de responsabilidade e de envolvimento no bem
comum. Vamos esperar que resulte, porque pode
ser uma forma importante de melhorar os nossos
espaços públicos, de encontrar novos bons profi-
ssionais e dar rumo à vida de muitas destas
famílias. E já agora um exemplo que devia ser
seguido com programas nacionais de envolvimen-
to de beneficiários do rendimento social de
inserção ou do fundo de desemprego em tarefas a
favor da comunidade.
Jorge Talixa
voz ribatejana #9
O protocolo assinadoentre a SociedadeCentral de Cervejas eBebidas e a Câmara deVila Franca de Xira vaipermitir apoiar combens alimentares deprimeira necessidadecerca de 2000 habi-tantes do concelho.
“Está complicado e
cada vez será pior”
Centenas de pessoas afluem
diariamente ao Centro de
Emprego de Vila Franca de
Xira, que serve quatro concel-
hos da região, com um total da
ordem dos 210 mil habitantes.
Com um novo edifício mais
desafogado, o serviço do
Instituto do Emprego e da
Formação Profissional tem evi-
dentes dificuldades em respon-
der à crescente procura.
Soluções quase não há para os
perto de 10 mil desempregados
inscritos e a descrença instala-
se. À porta, fazendo fila, alguns
criticam o sistema, outros reco-
nhecem que o centro de
emprego tem falta de meios.
José Estrela Neves, 57 anos, Castanheira do Ribatejo
Já não estou à procura de emprego, estou naquela
fase da pré-reforma. Estou no desemprego durante 3
anos e irei passar à reforma. Não me têm proposto
nada, uma vez que estou nesta situação, é só vir aqui
às apresentações trimestrais. Hoje esperei meia-hora,
mas já tenho estado 2 e 3 horas, é conforme. Ouvi
agora uma funcionária a dizer que têm pouca gente
para funcionarem.
Rui Moutinho, 51 anos, Vila Franca de Xira
Estou desempregado há 1 ano. Na altura propuseram-me uma formação, mas
depois apareceu-me um trabalho para 15 dias e tive que aproveitar. Não me apare-
ceu mais nada. Aqui ajudam-nos a ver como é que devemos ir às empresas procu-
rar trabalho e meter carimbos.
Sou soldador, a minha profissão era muito procurada, mas agora está numa fase
muito má. Vila Franca era o concelho da zona que tinha mais metalomecânica,
era a Mague, as Construções Técnicas, a Mevil, a Argibay e tudo fechou.
Ultimamente estava a trabalhar na Alston em Setúbal, que fazia parte da Mague.
Não me têm proposto outras coisas e eu também, enquanto puder trabalhar no
meu ramo, prefiro. Em termos monetários e de experiência é diferente e já tenho
51 anos. Nesta zona não ofertas nenhumas de trabalho. Não sei se o Centro de
Emprego podia fazer mais. Isto está complicado e cada vez será pior porque o
mercado de trabalho está-se a degradar muito. No meu ramo, há 10/15 anos havia
muita obra, agora não, não há obras, não há nada. Está muito complicado”.
Desemprego Maria do Carmo, 43 anos, Vila
Franca de Xira
Através do Centro de Emprego
não consegui nada. Estou desem-
pregada desde Janeiro. Acabei
um curso de cozinha há 1 ano,
consegui colocação por duas
vezes e, da última, ainda estou à
espera que me paguem o segun-
do mês. Hoje venho aqui para
ver se me arranjam alguma
coisa. Tenho estado sempre
inscrita desde que acabou o
curso. Directamente através do
Centro de Emprego nunca me
surgiu nada. Gostava de tirar
um curso de pastelaria, mas não
me deram essa possibilidade, só
para Lisboa e teria que ser eu a
pagar. O atendimento depende
de quem atende. Por vezes man-
dam as pessoas a entrevistas,
mas chegamos lá e o lugar já está
ocupado.
Acho que o Centro de Emprego
podia fazer mais com um boca-
dinho mais de fiscalização,
porque há muita gente a receber
subsídio de desemprego e a tra-
balhar por turnos de noite.
Jorge Talixa
Os números do desemprego
tendem a estabilizar na região,
mas o Centro de Emprego de
Vila Franca de Xira, que serve
também os concelhos vizinhos
de Alenquer, Arruda e
Azambuja, tem, actualmente,
perto de 10 mil inscritos. No
final de Fevereiro eram 9760
pessoas registadas neste
serviço do Instituto do
Emprego e da Formação
Profissional que serve os cerca
de 210 mil habitantes desta
região. Já em Salvaterra de
Magos, o centro de emprego,
que serve este e os vizinhos
municípios de Benavente e
Coruche, contabilizava 4275
desempregados
no fim do mês
passado, perío-
do em que reg-
istou apenas 51
novas ofertas
de emprego.
Depois de um
aumento mais
s ignif ica t ivo
em 2008 e
2009, os regis-
tos de desem-
prego têm
a p r e s e n t a d o
variações mais
ligeiras. O
Instituto do
Emprego e da
F o r m a ç ã o
P r o f i s s i o n a l
tem apostado,
também, no
aumento das
acções de for-
mação e nalgu-
ma limpeza de
ficheiros rela-
cionadas com
inscritos de
longa duração
que não reacti-
varam a
inscrição.
Certo é que,
mesmo assim, o concelho de
Vila Franca de Xira registou,
nos últimos meses, um acrésci-
mo significativo de inscritos,
passando de 6269 no final de
Dezembro para 6437 (mais
168) no final de Fevereiro. Já
por comparação com Fevereiro
de 2010 verifica-se uma desci-
da relevante, porque há um ano
estavam inscritos 6668 desem-
pregados. Mas só em Fevereiro
passado entraram 717 novos
inscritos.
Nota-se, também, que cerca de
dois terços dos inscritos resi-
dentes no Município vila-fran-
quense procuram emprego há
menos de 1 ano e que o proble-
ma afecta mais as mulheres
(3330) do que os homens
(3107).
Maria da Luz Rosinha, presi-
dente da Câmara de Vila
Franca de Xira, sustenta que o
problema do desemprego sem-
pre existiu e que nunca teve
conhecimento de nenhum País
do Mundo que o tenha con-
seguido resolver por completo.
“Mesmo nos períodos áureos,
em que a economia está
pujante, não me consta que não
haja à mesma desemprego”,
refere.
No caso do concelho, a edil
recorda que o
desemprego
registado diz
respeito a
pessoas que
trabalhavam
no território
municipal e
que perderam
o emprego
mas, tam-
bém, a
muitos casos
de pessoas
que traba-
l h a v a m
n o u t r o s
munic íp ios
da região,
caíram no
desemprego,
mas como
residem em
Vila Franca
têm que se
inscrever no
concelho de
res idênc ia .
No entender
da autarca do
PS, “a pers-
pectiva é que
haja uma
grande apos-
ta na for-
mação profissional, porque os
nossos níveis de formação são
relativamente baixos e também
impedem o ser-se competitivo
no Mundo do trabalho. Fazer
formação e concorrer a outras
perspectivas, penso que poderá
a ajudar a resolver”, defende,
em declarações ao Voz
Ribatejana.
No final da década passada
começaram a desenhar-se no
Município de Vila Franca
alguns grandes projectos que
prevêem a criação de milhares
de postos de trabalho, é o caso
da plataforma logística da
Castanheira ou de complexos
comerciais como o Fórum
Alverca. Maria da Luz Rosinha
acredita que vão avançar. “Os
objectivos são esses de criação
de emprego, espero que se con-
cretizem”, rematou, frisando
que não tem nenhuma infor-
mação dde sentido contrário.
Menos inscritos na região
No concelho de Alenquer, a
tendência também é para algu-
ma estabilização dos números
do desemprego. No final de
Fevereiro estavam inscritos no
IEFP 1939 residentes na área
do Município alenquerense,
mais 11 do que dois meses
antes. Este registo traduz,
todavia, uma redução de 212
inscritos por comparação com
Fevereiro de 2010.
Já em Arruda, a evolução é
favorável, com 414 inscritos no
final do mês passado, que co-
rrespondem a menos 16 situ-
ações por comparação com
Dezembro. Se compararmos
com Fevereiro de 2010 há uma
ligeira subida de 2 inscritos.
Azambuja tinha 970 desempre-
gados registados no IEFP no
final do mês passado que re-
presentam um agravamento de
52 inscritos por comparação
com Dezembro, mas uma
grande melhoria de menos 134
inscritos se comparado com
Fevereiro de 2010.
Já na área do Centro de
Emprego de Salvaterra, o con-
celho de Benavente tinha 1570
desempregados inscritos no
final de Fevereiro, que repre-
sentam mais 47 inscritos do
que em Dezembro e mais 55
por comparação com Fevereiro
do ano passado. Já o Município
de Salvaterra apresenta, agora,
1664 inscritos, que represen-
tam uma redução de 14 face a
Dezembro e uma descida de
125 inscritos por comparação
com Fevereiro de 2010.
05
30 de Março de 2011
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PoucasofertasA falta de ofertas deemprego é um dosgrandes problemas. EmFevereiro, o Centro deEmprego de Vila Francaregistou apenas 89 ofer-tas, 61 das quais respei-tantes ao concelho vila-franquense, que con-cretizou 51 colocações.Segundo os dados doIEFP, no mês passadoAlenquer teve 28 ofertas(25 colocações), Arruda9 ofertas (2 colocações) eAzambuja também 9 (3colocações)No Centro de Empregode Salvaterra as ofertasforam 51. Benavente re-gistou 16 e teve 7 colo-cações e Salvaterra con-tou com 11 ofertas e 11colocações.
Joaquim Ramos acha que
não há desemprego
O presidente da Câmara de Azambuja diz que não há desem-
prego no concelho. O autarca refere mesmo que há
empresários que se queixam da falta de mão-de-obra. Em
sessão de câmara, e após uma discussão acalorada com o
vereador da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra António
Jorge Lopes, o autarca do PS salientou que “quem quer traba-
lhar no concelho de Azambuja… trabalha”.
Na discussão sobre o emprego, Ramos apontou o dedo à co-
ligação centro-direita, lembrando que “há uma coisa que vos
custa muito. Numa altura em que o desemprego se tornou
num flagelo regional e nacional, felizmente, no concelho de
Azambuja, mercê da actividade deste executivo e da relação
que conseguimos estabelecer em termos de ocupação das
respectivas zonas industriais, o problema é ao contrário”. O
presidente da câmara explica que tem reunido com os
empresários estabelecidos em Azambuja que se queixam da
“incapacidade de arranjarem trabalhadores aqui para traba-
lharem na zona industrial”.
O edil diz que tem a informação de que, embora os salários
não sejam “nada de especial”, estão acima da média e rondam,
de acordo com o autarca, os setecentos a novecentos euros.
Ramos considera, no entanto, que os valores praticados não
são muito elevados, mas são valores a ter em conta no actual
contexto que o país vive. “Tomara a geração à rasca de recém
licenciados que não encontram emprego, arranjarem salários
com este montante”, referiu.
Contudo, para o vereador da Coligação Pela Nossa Terra o
cenário é muito diferente. António Jorge Lopes diz que, “das
duas uma, ou o senhor presidente da câmara já não conhece a
realidade do concelho, ou mente descaradamente”.
António Jorge Lopes cita os números do Instituto do Emprego
para referir que, entre Setembro de 2010 e Outubro de 2010,
por exemplo, a taxa de desemprego no concelho subiu dois
pontos percentuais e acrescenta que, “entre Novembro de
2010 e Janeiro de 2011, a taxa de desemprego aumentou
6,4%”. Por estes motivos, António Jorge Lopes aponta o dedo
a Joaquim Ramos, afirmando que, quando afirma, acompa-
nhado pelo seu vereador Marco Leal, responsável pelo
pelouro do emprego, que não há desemprego no concelho de
Azambuja e que o desemprego está a descer, “é falso”.
“Há desemprego no concelho de Azambuja e está a crescer”,
remata o eleito do PSD.
Miguel António Rodrigues
Centro de Emprego tem
quase 10 mil inscritosO desemprego continua a um nível muito elevado nos concelhos da região e as ofertas de trabalho que chegam aos centros de
emprego são muito escassas. No Centro de Emprego de Vila Franca, que serve quatro concelhos da região, há perto de 10 mil
desempregados inscritos e, em Fevereiro, entraram apenas 89 (!?) ofertas de emprego.
Azambuja
Azambuja
Sede:
Estrada de À-dos-Loucos, 28 - r/c A
2600-428 Alhandra
Tlf.: 969796000 - Fax:219518724
Email: [email protected]
Loja:
Praceta dos Carvalhais, 49 Loja A
2600-776 S.João dos Montes
Tlf.: 219519700 - Fax: 219519709
Web: www.datatrade.net
Falta de apoio nos centros de emprego
À pergunta: “Acha que os centros de emprego dão todo o
apoio possível aos desempregados e que os ajudam a
encontrar emprego?”, a maioria dos nossos leitores acham
que não. Para participar nos nossos inquéritos vá a
www.vozribatejana.blogspot.com.
87% sim
13% não
Concelhos da região somam
mais de 13 mil desempregados
SOCIEDADE
“
06
voz ribatejana #9
Jorge Talixa
O Ministério da Educação já
disse que pretende encerrar
mais cerca de 400 escolas
primárias no próximo ano lecti-
vo. Na região, autarcas de
Alenquer, Azambuja e Vila
Franca já manifestaram a sua
preocupação. No caso do
Município vila-franquense,
Maria da Luz Rosinha acha que
poderá haver um consenso para
que entre as escolas vizinhas
das Cachoeiras e das Quintas
(freguesia da Castanheira)
feche apenas uma.
A questão foi colocada na últi-
ma sessão camarária pela
vereadora Ana Lídia Cardoso,
que quis saber qual é posição
do executivo sobre o assunto.
“Tendo em conta que para a
escola das Quintas são trans-
portados alunos da freguesia
das Cachoeiras, gostaria de
saber qual é a posição da
Câmara nesta situação, perce-
ber se a Câmara concorda com
o encerramento e qual vai ser o
papel da Câmara”, referiu.
“É um assunto sobre o qual a
Câmara já tomou posição no
ano lectivo em curso”, expli-
cou, por seu turno, Maria da
Luz Rosinha, frisando que foi a
posição da autarquia contrária
ao fecho de mais estas duas
escolas que permitiu que con-
tinuassem mais este ano.
“Estão a ser encontradas
soluções que envolvem os
agrupamentos e as juntas de
freguesia. É preciso perceber se
é ou não uma boa solução
fechar. Consideramos que das
duas (Cachoeiras e Quintas) só
uma irá fechar, não podendo
adiantar qual porque estamos,
entretanto, com os agrupamen-
tos e as juntas, a ponderar
como vamos apresentar uma
proposta à DREL (Direcção-
Regional de Educação de
Lisboa) e ainda decorrem os
prazos para inscrições”, rema-
tou a edil.
Quatro escolas em “risco”
em Alenquer
O problema do fecho de mais
escolas também foi abordado
em recente reunião da Câmara
de Alenquer. Nuno Coelho,
vereador da coligação Pela
Nossa Terra (PNT) quis saber
se haverá mais encerramentos
de escolas com a perspectiva
do Ministério da Educação de
fechar estabelecimentos com
menos de 20 alunos. Jorge
Riso, presidente da edilidade
alenquerense, lembrou que
estavam nessa situação cinco
escolas (Bairro, Pereiro de
Palhacana, Azedia, Porto da
Luz e Aldeia Galega), das quais
a de Aldeia Galega já fechou
em Setembro passado.
“Essas escolas foram todas
dadas como encerradas no ano
passado pela quantidade de
alunos, ficaram abertas a título
excepcional. O que temos que
fazer este ano é novamente
pedir a abertura a título exce-
pcional. Vamos ter uma reunião
com os presidentes de junta de
freguesia para analisar a situ-
ação”, assegurou o presidente
da Câmara de Alenquer, salien-
tando que algumas não poderão
mesmo fechar porque as po-
ssíveis “escolas de acolhimen-
to” não reúnem condições nem
lotação para receber mais estas
crianças. “Há situações que
terão mesmo que se manter a
título excepcional, outras tem
que se ver”, acrescentou o
autarca do PS, lembrando que a
reunião alargada sobre a rede
escolar concelhia está prevista
para o mês de Abril.
Depois das freguesias da Maçussa e
de Vila Nova de São Pedro terem
perdido as suas escolas, chegou
agora a vez da freguesia de Aveiras
de Baixo. Os alunos deverão ser
transferidos para outras unidades
escolares, já que as escolas em causa
não atingem o número mínimo de 20
alunos.
A Câmara de Azambuja tinha pro-
gramado um centro escolar para a
freguesia de Aveiras de Baixo mas,
segundo informação da vereadora
da educação, isso não será possível,
uma vez que a União Europeia (que
financia estes projectos) não permite
a construção destes equipamentos
para comunidades com menos de
100 alunos, referiu Ana Maria
Ferreira.
Depois da conhecida contestação dos
habitantes dos Casais da Lagoa, que
reivindicavam uma velha promessa
eleitoral do PS de construção do
centro escolar nesta aldeia, Casais da
Lagoa fica definitivamente não só
sem a escola, como sem qualquer
tipo de hipóteses de ver construída a
unidade escolar que tanta tinta fez
correr nos jornais e tantas dores de
cabeça deu aos autarcas nas
reuniões de câmara e assembleias
municiais e de freguesia.
A sede de freguesia, Aveiras de
Baixo, também deve perder a sua
escola. Na mesma situação estão as
aldeias de Casais dos Britos e Casais
de Baixo, sendo que neste caso os
alunos serão integrados no novo cen-
tro escolar Boavida Canada, que
abrirá no próximo ano lectivo em
Azambuja. A vereadora Ana Maria
Ferreira destaca que, para já, ape-
nas tem conhecimento informal de
que as escolas vão fechar, afastando
para já que isso não passe apenas de
uma hipótese. Todavia, a vereadora
diz ter pressionado o Ministério da
Educação no ano lectivo anterior
para que a Escola Básica de Casais
de Britos não encerrasse, tendo em
conta que o novo centro escolar de
Azambuja ainda não estaria pronto.
Agora, caberá à autarquia agilizar
os transportes escolares, de forma a
recolherem os alunos nas localidades
que irão perder as suas escolas.
Miguel António Rodrigues
A Câmara de Alenquer reivindica a reg-
ularização de dívidas do Ministério da
Educação e afirma que, no que diz
respeito à Componente de Apoio à
Família (prolongamento de horários), os
atrasos já atingem quase um ano, uma
vez que o último pagamento recebido
pela autarquia diz respeito a Maio de
2010. Em moção aprovada, no dia 20,
por unanimidade, a Câmara alen-
querense reclama, ainda, o pagamento
de outras verbas em atraso respeitantes
ao ano transacto e a indicação, por parte
da tutela da Educação, de um cronogra-
ma de transferência destas verbas, para
que a autarquia consiga planear melhor
as suas receitas e agendar pagamentos.
A questão começou por ser colocada por
Nuno Coelho, vereador da coligação
Pela Nossa Terra (PNT), principal força
da oposição alenquerense, sugerindo
que, perante os sucessivos atrasos do
Ministério da Educação nas verbas para
transportes escolares, refeições dos
alunos e acção social escolar, a Câmara
deveria tomar uma posição. “São
serviços que a Câmara está a assumir e
está a subsidiar com receitas próprias. A
delegação de competências que foi acor-
dada deve ser paga atempadamente”,
sublinhou o eleito social-democrata,
lembrando que “muito se tem falado que
inúmeras câmaras pretendem rescindir
os contratos de transferência de com-
petência assinados com o Ministério da
Educação exactamente por incumpri-
mento das regras”.
Jorge Riso, o socialista que preside à
Câmara de Alenquer, explicou que,
numa recente reunião alargada promovi-
da pela Associação Nacional de
Municípios Portugueses (ANMP) não
esteve em equação essa rejeição dos
contratos, mas que “ficou claro que há
uma série de incumprimentos por parte
da administração central que colocam
grandes constrangimentos aos municí-
pios”. O autarca do PS sublinha, contu-
do, que vários municípios aludiram tam-
bém aos benefícios destas transferências
de competências que “têm é que ser
acompanhadas do devido envelope
financeiro”.
Jorge Riso diz que já colocou por diver-
sas vezes à tutela da educação a necessi-
dade de haver um cronograma preciso
de pagamentos às autarquias. “Por vezes
as verbas são transferidas, não há a iden-
tificação de onde vêm e só uma semana
ou duas depois é que vem o fax a infor-
mar da transferência”, lamentou o presi-
dente da Câmara de Alenquer, propondo
ele próprio um texto para a moção,
apelando à “regularização” das dívidas
que o Ministério da Educação tem desde
o ano lectivo passado e à existência de
um cronograma de pagamentos para
cada Município.
Cachoeiras ou Quintas
vão ficar sem escolaCom o aproximar do novo ano lectivo volta a preocupação à volta do possível fecho de mais
escolas primárias.
As pequenas freguesias
ficaram sem escolas
Benavente nãoprevê fechosO concelho de Benavente nãodeverá ter nenhuma escolaencerrada no arranque dopróximo ano lectivo. A con-vicção da Câmara local é quea Escola de Foros de Almadase vai manter no limiar dos 21alunos e que continuará afuncionar. “A CâmaraMunicipal tudo fará para quea escola de Foros de Almadanão venha a encerrar, tantomais que, segundo os dadosde que dispõe, manterá onúmero de alunos, acrescen-tando o facto do concelho deBenavente estar em cresci-mento, contrariamente àdesertificação que se verificana maioria dos municípios”,observou o vice-presidente daedilidade, Carlos Coutinho,em recente sessão camarária.Na oportunidade, o autarcada CDU lamentou, contudo,os atrasos do Ministério daEducação na transferência deverbas relacionadas com ostransportes escolares e outrasresponsabilidades assumidaspelos municípios.
Aveiras de Baixo também
deve ficar sem escolas
Alenquer reclama pagamento de
dívidas do Ministério da Educação
Azambuja
07
30 de Março de 2011
Jorge Talixa
A Brisa vai investir cerca de 4,
5 milhões de euros na
reparação e reforço do pavi-
mento do lanço da Auto-estra-
da do Norte (A 1) compreendi-
do entre Alverca e Vila Franca
de Xira. As más condições de
alguns troços, sobretudo na
zona de Alhandra, já estavam a
suscitar reclamações de utentes
deste lanço de 10 quilómetros,
que é um dos mais movimenta-
dos do País. A concessionária
de auto-estradas avança que as
obras começaram no dia 18 e
vão prolongar-se até dia 17 de
Setembro, prometendo realizar
os trabalhos de maior impacte
na circulação em período no-
cturno (das 22h00 às 6h00)
para minimizar os transtornos
originados aos utentes.
Segundo os responsáveis da
Brisa, a obra implicará a
remoção da camada superficial
do asfalto e a aplicação de uma
nova e abrangerá também o nó
de Alverca. Nalgumas das
fases da empreitada, as vias de
circulação terá que ser reduzi-
das de três para duas também
em período diurno.
Sobretudo nas áreas das
freguesias de Alhandra e do
Sobralinho, este lanço da A 1
apresenta vários problemas de
depressões e irregularidades no
pavimento e mesmo algumas
fissuras extensas. Trata-se de
uma área atravessada diaria-
mente por milhares de viaturas
pesadas que não beneficia de
uma intervenção de fundo
desde 2004.
Alguns utentes da A 1 manifes-
taram mesmo ao Voz
Ribatejana (ver caixas) o seu
descontentamento pelo actual
estado do pavimento neste
troço entre Alverca e Vila
Franca, frisando que quem o
utiliza tem que pagar portagem
desde que a Auto-estrada do
Norte existe. A Brisa, por seu
turno, sustenta que esta em-
preitada visa “melhorar as
condições de circulação” e
”proporcionar benefícios signi-
ficativos ao nível da melhoria
da qualidade de serviço e da
segurança”. A empresa acres-
centa que, nos períodos de
maior incómodo, os automo-
bilistas poderão optar, como
alternativa, pelos percursos
através da Crel e da Auto-estra-
da nº. 10, que fazem a ligação
entre Alverca e o Carregado.
"Acho absolutamente urgente
esta intervenção. Já vínhamos a
solicitar que fosse feita esta
reparação há bastante tempo.
Acho que já tarda", afirma
Maria da Luz Rosinha, presi-
dente da Câmara de Vila
Franca de Xira. Já Nuno
Libório, vereador da CDU na
edilidade vila-franquense, sus-
tenta que as más condições
deste troço da A1 "são um
problema há muito identifica-
do" e lamenta que a Brisa "não
crie as alternativas necessárias
para a pressão do trânsito nesta
área".
"A Brisa, nesta perspectiva,
tem uma visão mercantilista do
serviço público rodoviário",
afirma Nuno Libório, con-
siderando que, para além das
benfeitorias de que necessita,
este troço da A 1 já não deveria
estar sujeito à cobrança de
portagens, tal como acontece
com o lanço entre Lisboa e
Alverca. "Acima de tudo, o
problema principal continua
por resolver, que é acabar com
as portagens entre Alverca e
Vila Franca. É absolutamente
injusto que ainda existam
portagens entre Alverca e Vila
Franca, quando não há outra
alternativa que não seja utilizar
a A 1", argumenta Nuno
Libório, criticando também a
forma como a Brisa tem resisti-
do à construção de mais nós de
acesso à Auto-estrada do Norte
no Sobralinho e nos Caniços.
“Todas as benfeitorias são sem-
pre bem vindas, mas importa
que o concelho também tenha
outras alternativas à EN 10 e
que os nós de acesso no
Sobralinho e nos caniços sejam
definitivamente construídos.
Temos um problema de sobre-
carga da EN 10 e o problema
das portagens por outro”,
acrescenta Nuno Libório, acu-
sando a Brisa e a Câmara de
não tratarem da mesma forma a
questão do nó de acesso à A 1
que vai servir a plataforma
logística da Castanheira (já em
obra) e as questões do
Sobralinho e dos Caniços.
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Auto-estrada em obras até SetembroA Brisa vai investir 4, 5 milhões na reparação do lanço da A 1
compreendido entre Alverca e Vila Franca. Autarcas e utentes
sublinham que a obra já tardava e há mesmo alguns que insistem
que as portagens devem ser abolidas nesta área.
Voz dos Leitores
“Estado vergonhoso”
“É vergonhoso o estado do piso da A1, entre Alverca e Vila
Franca de Xira. Quem passa por esta via, tem que pagar
portagem, desde que esta A1 existe. Pergunto, será pura
ladroagem dos responsáveis, será incompetência, será a políti-
ca do deixa andar, porque os portugueses são estúpidos não
reclamam. Os responsáveis que tenham vergonha na cara e
mandem arranjar esta desgraça, assumindo a sua pasmaceira,
paga a peso de ouro”.
José Pires Milheiro
Comentário no blog do VozRibatejana“Finalmente! Transcrevo-vos uma resposta à reclamaçãoque fiz à Brisa sobre este assunto, no ano passado: "Exmo.Senhor. Temos presente a exposição apresentada por V.Exa. com data de 03.09.2010, cujo conteúdo mereceu anossa melhor atenção. Informamos que esta conce-ssionária tem estado norteada pela constante necessidadede garantir qualidade e segurança oferecidas aos nossosclientes, sendo a nossa preocupação a manutenção e aconservação das nossas infra-estruturas. Sobre o assuntoexposto, informamos que, efectivamente estão devidamenteidentificadas ligeiras irregularidades no pavimento naszonas referidas por V.Exa., que não configuram riscoalgum para a circulação automóvel. Mais se informa quetais irregularidades serão oportunamente corrigidas.Agradecemos a colaboração”
Pedro Calisto, Vila Franca de Xira
Alverca-Vila Framnca
Voz Ribatejana agora
no Facebook
A Brisa vai investir cerca de 4,5
milhões de euros na reparação
da A 1
08
Jorge Talixa
A Sociedade Euterpe Alhandrense (SEA)
tem novos corpos sociais, que tomaram
posse no passado dia 23. Quando se
apresta para comemorar 150 anos, a mais
antiga colectividade do concelho de Vila
Franca de Xira tem cerca de 1800 sócios
pagantes e 400 praticantes das mais
diversas actividades
culturais. Jorge Zacarias
regressa à presidência
da direcção da Euterpe,
cargo que já ocupara
durante 19 anos. Agora,
as prioridades passam
pela preparação das
comemorações dos 150
anos, pela manutenção
da estabilidade finan-
ceira e pela elaboração
de um projecto para
novas instalações.
Eleita no passado dia 2,
a nova direcção da SEA
tem como primeira pri-
oridade manter o pro-
jecto que tem vindo a
ser desenvolvido na
c o l e c t i v i d a d e .
“Queremos continuar a
desenvolver e a manter
este projecto vivo e
cada vez mais aprofundado. Foi já
assumido que vamos avançar, já no
próximo ano lectivo, com o curso de
dança no conservatório”, revelou Jorge
Zacarias, em declarações ao Voz
Ribatejana, frisando que também já
estão a ser preparadas
as comemorações dos
150 anos, que se
estenderão de 1 de
Dezembro próximo (data do 149º.
aniversário) até Janeiro de 2013. “Será
mais de um ano de comemorações, mas,
acima de tudo, o que se pretende é ter
pelo menos 150 dias de actividades com
envolvimento da
Sociedade Euterpe
Alhandrense”, sublinha
o presidente da colec-
tividade, explicando
que outra preocupação
dos novos corpos ger-
entes é encontrar novas
formas de financiamen-
to para assegurar que a
SEA mantém a sua
actual estabilidade
financeira.
“A consolidação da
conta corrente é outra
das preocupações. A
colectividade tem um
saldo simpático, vive
de há uns anos a esta
parte de forma desafo-
gada e, tendo em conta
até as contingências
que vivemos hoje no
nosso País, é necessário
começar a salvaguardar e encontrar aqui
alternativas de financiamento porque, de
facto, é sempre importante conseguir
sustentar uma colectividade que, sendo
só de cultura, movimenta cerca de 700
mil euros por ano”, vincou.
Novasinstalações
A remodelação da actual sede ou a cons-trução de um novo edifício são aspi-
rações antigas da Euterpe Alhandrense.Jorge Zacarias reconhece que a SEA
“precisa de uma sede nova”, mas salientaque a direcção “tem clara consciência de
que não é nos próximos 3/4 anos que ovamos conseguir, tendo em conta as con-
tingências financeiras que o País vive.Não podemos tapar os olhos e não perce-
ber esta situação”, sublinha.Por isso, a opção desta nova direcção,
será fazer algumas obras de manutençãodas instalações e de criação de acessibili-
dades para pessoas com dificuldade demobilidade. “É fundamental que toda a
gente possa ter acesso à colectividade,mesmo as pessoas com dificuldade de
locomoção que neste momento não é pos-sível acederem ao espaço. Depois, vamoscomeçar a desenvolver as condições para
estudar um projecto para novas insta-lações, sendo certo que, em termos de
construção, só daqui a 3 ou 4 anos é quepodemos pensar nisso”, conclui.
21 dirigenteseleitosOs corpos dirigentes daSEA integram 21 pessoas,com Marina Tiago napresidência da assem-bleia-geral, JorgeZacarias à frente dadirecção e António Rolona presidência do conse-lho fiscal. A Euterpe temtambém uma presidente-adjunta, Fátima Costa, e10 vice-presidentes. Otesoureiro é AntónioMoreira e o secretário-geral João Padinha.
A nova direcção da Euterpe Alhandrense tem como principal
tarefa assinalar da melhor forma os 150 anos da mais antiga
colectividade do concelho de Vila Franca.
AlhandraFaltou a tinta na “Travessa
dos Maiorais”
A Rua do Alecrim, em plena zona antiga de Vila Franca de
Xira, é uma das áreas mais
castiças da cidade. Ali se
situa a Casa-Museu
Mário Coelho e, reza
a placa colocada na
pequena artéria,
chegaram a morar em
simultâneo três maio-
rias de casas agrícolas
ribatejanas. Uma
memória importante da
história da cidade, mas
que, ultimamente, se tem
desvanecido muito.
Talvez por “falta de tinta”,
a placa já quase não se lê e
é caso para dizer que não cus-
tava nada dar uma nova pintura às
letras que a compõem.
Carregado foi uma das
“capitais” dos protestos
A vila do Carregado, pela
sua localização geográfica
e pela confluência de
muitas das principais vias
do país, tem sido habi-
tualmente escolhida
como um dos pontos
centrais dos protestos
dos camionistas. Voltou
a acontecer em Março
e, na primeira rotunda
da Estrada Nacional 3,
lá ficaram por mais
alguns dias diversos
vestígios das denúncias e
do protesto das empresas e dos profi-
ssionais do volante.
Transporte
especial entope ponte de
Benavente
O acordo entre o Governo e alguns representantes dos
camionistas fez levantar a “paralisação” no passado dia 16.
Talvez por isso, foi na manhã dessa quarta-feira que a ponte
de Benavente sobre o rio Sorraia esteve particularmente
entupida. Já não bastavam os trabalhos de reparação que
decorrem na parte final da estrutura e ainda surgiu um trans-
porte especial que obrigou a parar o trânsito durante largos
minutos. A ponte é nova e muito mais larga que a antiga, mas
o cilindro que ali teve que passar mal coube na curva situada
já à entrada de Benavente. Sinal de que o tabuleiro talvez
devesse ter sido construído mais largo ou então de que feliz-
mente a indústria metalomecânica portuguesa ainda vai
dando provas de capacidade para fazer peças de grande
dimensão.
Casas devolutas
demolidas em
Vialonga
Parte da artéria principal de
Vialonga está ladeada de casas
devolutas que dão má imagem
ao centro da vila e geram alguns
riscos. Depois de anos de
pressão, alguns dos edifícios
foram, finalmente, demolidos
nas últimas duas semanas. O
Voz Ribatejana sabe que o
espaço vai ser, agora, vedado e
limpo do amontoado de entu-
lhos. E, de acordo com os autar-
cas, poderão avançar em breve
trabalhos de construção de
novos edifícios nesta zona nobre
de Vialonga, que, ao que tudo
indica, estarão mais vocaciona-
dos para actividades comerciais.
Euterpe tem
nova direcção
Jorge Zacarias
09
30 de Março de 2011
Jorge Talixa
As centenas de toneladas de ter-
ras e outros detritos acumuladas
num terreno do centro de
Alverca situado junto à urban-
ização da Quinta da Vala de-
verão ser removidas na primeira
quinzena de Abril, segundo
promete a Câmara de Vila
Franca de Xira. O espaço foi
cedido pela autarquia ao
Futebol Clube de Alverca
(FCA) que ali pretende iniciar
rapidamente a obra de con-
strução de um centro de está-
gios e formação. Entretanto, em
2010, o clube aceitou um acor-
do com a empresa empreiteira
da obra de regularização do viz-
inho rio Crós-Cós, permitindo a
deposição provisória de terras e
outros detritos.
Só que os moradores da Quinta
da Vala estão fartos dos incó-
modos causados pelas descar-
gas, pelo movimento dos
camiões, pelas poeiras e pela
lama que se espalha pela
Avenida Infante D. Pedro e
protestaram nas últimas
reuniões camarárias.
Elaboraram mesmo um abaixo-
assinado em que contestam a
forma como esta área destinada
ao centro de estágios “tem
servido de vazadouro ilegal”.
Agora, Maria da Luz Rosinha,
presidente da edilidade de Vila
Franca de Xira, afiançou que
este “depósito provisório” não é
ilegal, porque foi autorizado
pela anterior direcção do FCA e
porque o caderno de encargos
do concurso para a obra prevê
que as terras e outros materiais
retirados do rio e passíveis de
serem reutilizadas sejam
“armazenadas em zona de obra”
e que as restantes sejam trans-
portadas para vazadouro. A
Câmara entende que aquele
espaço está incluído na “zona
de obra” e garante que o que
tem sido ali depositado pela
Conduril “são solos ou materi-
ais britados considerados
inertes e que não contêm quais-
quer substâncias perigosas” – os
moradores chegaram a temer a
existência ali de terras contami-
nadas.
Segundo a presidente da
Câmara está, agora, assente,
que as terras ali colocadas serão
removidas até ao final da
primeira quinzena de Abril e
transportadas para o estaleiro da
Conduril, que se situa “fora do
perímetro urbano de Alverca”,
de onde serão, depois, trans-
portadas para o local da obra.
Maria da Luz Rosinha afiança
que, entretanto, foram tomadas
mais algumas medidas no senti-
do de “serem acautelados os
interesses dos moradores”, des-
ignadamente com a limpeza dos
pneus dos camiões eventual-
mente enlameados e a rega da
zona de deposição para evitar o
levantamento de poeiras.
Mário Vicente assiste frequentemente às reuniões da
Câmara de Vila Franca de Xira e, desta vez, decidiu
denunciar alguns problemas que tardam em ser
resolvidos na cidade. O munícipe falou das falhas de
iluminação em alguns dos pontos mais nobres de
Vila Franca e da falta de lugares de estacionamento
e de respeito de alguns que não hesitam em esta-
cionar irregularmente.
“Fizeram-se coisas tão bonitas e entristece-me pa-
ssar por determinados sítios e ver as lâmpadas todas
fundidas”, lamentou Mário Vicente, citando casos
como a praça do município, o largo da estação ou a
zona envolvente do Monumento ao Campino.
“Com tantos funcionários na Câmara, fiscais e
assessores será que ninguém vê isso e a Câmara não
tem conhecimento?”, interrogou-se, garantindo que
nenhum dos 3 projectores do Monumento ao
Campino está a funcionar e que há problemas
semelhantes noutros locais da cidade. “São estas
coisas que me entristecem como vila-franquense”,
criticou.
Depois, Mário Vicente também acha que o esta-
cionamento “está um caos” na sua cidade, situação
agravada devido às obras que decorrem em vários
locais. “Ouvi a senhora presidente dizer que tinha
que haver civismo e não deixar os carros em cima
dos passeios. Mas a Câmara tem dois sítios para
viaturas credenciadas mesmo ao lado dos Paços do
Concelho e, por vezes, verifico que chegam ali fun-
cionários e assessores e deixam o carro o dia inteiro
em cima do passeio. É uma atitude que não é digna”,
sustentou.
Maria da Luz Rosinha agradeceu os alertas do
munícipe e explicou que o caso do largo da estação
deverá ser resolvido agora pela EDP. “É um assunto
que há muito tem vindo a ser abordado. O mesmo
acontece no largo da Câmara. Verificou-se que
aquelas lâmpadas tinham um grau de aquecimento
muito grande e podia causar queimaduras. Foi um
longo caminho para substituir por lâmpadas frias,
temos vindo a substituir, mas cada lâmpada tem um
preço exorbitante”, reconheceu a edil, prometendo
dar atenção também aos outros casos apontados por
Mário Vicente.
Já no que diz respeito ao estacionamento (ver tam-
bém a edição de 2 de Março do Voz Ribatejana),
Maria da Luz Rosinha admite que “é uma con-
fusão”. A autarca vila-franquense garante que o
executivo “tem andado a tentar encontrar parceiros
para fazer um estacionamento em silo na zona dos
bombeiros, mas como nós impusemos valores para
o utilizador não tem sido fácil. Neste momento há
uma nova proposta que está a ser construída. Ao
mesmo tempo estamos ainda com a questão do esta-
cionamento enterrado junto ao prédio amarelo junto
ao Ateneu”, revelou a presidente da Câmara,
referindo que tem sido muito difícil convencer os
dois últimos moradores deste prédio a aceitarem a
mudança para outras casas.
“Depois há todo um conjunto de atropelos que com
frequência acontecem”, admitiu Maria da Luz
Rosinha, criticando a postura de alguns agentes poli-
ciais e lembrando que, ainda na véspera, se sentiu
obrigada a ir à esquadra solicitar que interviessem na
regulação do trânsito que estava muito “enrolado”
no centro da cidade. “Esta questão dos gratificados
é que funciona muito à frente. Vemos situações em
que um policio a fazer gratificados não se mexe um
passo para resolver situações ao lado”, lamentou.
Sismo do Japão não
passou de susto para
alunos do EJAF
Dezasseis alunos e dois professores do Externato João
Alberto Faria (EJAF) visitaram o Japão na segunda
semana de Março e encontravam-se na capital Tóquio
quando aquele país do Extremo Oriente foi atingido
pelo violento sismo de 11 de Março. A comitiva por-
tuguesa não sofreu, felizmente, qualquer problema,
dado que as zonas mais afectadas estavam a uma dis-
tância de várias centenas de quilómetros, mas ainda
sentiu o impacto do terramoto e, sobretudo, as imensas
dificuldades para comunicar com Portugal e para
encontrar voos de regresso. Os familiares confessam o
temor inicial quando surgiram as primeira notícias do
sismo e quando se verificou que as comunicações
eram quase impossíveis. Apouco e pouco foram resta-
belecidas e veio a mensagem de que estavam todos
bem. Com algum auxílio da Embaixada portuguesa, o
grupo de alunos e professores do curso de comuni-
cação regressou nos dias 15 e 16, em voos separados,
e foi recebido com alguma emoção pelos familiares.
Os jovens, que comunicaram também com os amigos
e as famílias através do Facebook, têm entre os 14 e os
17 anos e não vão esquecer esta viagem a um país
diferente que, por esta altura, por razões trágicas, subiu
ao topo da informação mundial.
Aviagem surgiu no âmbito de um protocolo do EJAF
com uma escola e com uma universidade japonesas.
Câmara garante remoção de
depósito de terras até 15 de AbrilO depósito provisório de terras instalado junto à urbanização
da Quinta da Vala deverá ser removido nas próximas duas
semanas.
Em nome dos moradores
nas três torres da Quinta
da Vala, com cerca de
200 habitantes, João
Ferrinho entregou um
abaixo-assinado à presi-
dente da Câmara de Vila
Franca, que exige
“respeito” pelos resi-
dentes e afirma que o
espaço destinado ao cen-
tro de estágios “tem
servido, fundamental-
mente, de vazadouro ile-
gal”. O documento critica
o facto dos passeios e do
arruamento da Avenida
Infante D. Pedro estarem
em “muito mau estado de
conservação” devido ao
movimento de viaturas
pesadas para o referido
“vazadouro ilegal” e con-
sidera “inaceitável” que
não se tenha dado
aproveitamento a este
espaço para lazer e
recreio das populações.
No entender dos autores
do abaixo-assinado, a
obra de regularização do
Crós-Cós, na parte da
envolvente paisagística e
da protecção das pessoas,
“ficou aquém das expec-
tativas prometidas pela
Câmara” e o local tem
vindo “a perder arvoredo
e manchas verdes, o que
é contraditório com aqui-
lo que deveria ser uma
política paisagística e de
requalificação”. Os
moradores reclamam a
rectificação destas situ-
ações para melhorar a
qualidade de vida de res-
identes e frequentadores
desta zona do centro de
Alverca.
Arruda dos Vinhos
Moradores contra
vazadouro
Munícipe denúncia inúmeras falhas na iluminação
Vila Franca de Xira
Orçamento participativo em Alverca
O projecto vencedor do orçamento participativo promovido pelos órgãos autárquicos da fregue-
sia de Alverca vai ser apresentado, quinta-feira à noite, no salão nobre da junta. O projecto de-
verá ser da competência da junta, financeiramente executável, ter a possibilidade de execução em
2011, ser o mais abrangente possível, ser de interesse público e ter grande frequência de resposta.
Poluição na Quinta do Vale com
fim à vista
Mário Vicente
10
voz ribatejana #9
Jorge Talixa
A Sociedade Central de
Cervejas e Bebidas (SCC) vai
contribuir com 130 mil euros
para acções de apoio a
famílias mais carenciadas do
concelho de Vila Franca de
Xira e para a edição do catálo-
go da grande exposição do
centenário do escritor Alves
Redol. Trata-se já do sexto
ano consecutivo em que a
empresa sedeada em Vialonga
decide, no âmbito das suas
políticas de responsabilidade
social, apoiar a comunidade
envolvente também com a
atribuição de uma verba anual,
cuja boa aplicação é articulada
com o Município vila-fran-
quense.
No ano de 2010, mais de 400
famílias carenciadas foram
apoiadas com bens essenciais
adquiridos com este apoio da
Sociedade Central de Cervejas
e Bebidas. Este ano, o mecan-
ismo de auxílio vai manter-se,
mas a edilidade de Vila
Franca de Xira está a
organizar um programa
complementar que tem
como objectivo que
alguns dos benefi-
ciários possam, em
c o n t r a p a r t i d a ,
d e s e m p e n h a r
pequenas tarefas
a favor
d a
comunidade.
No dia 24, realizou-se, nas
instalações da SCC, a cerimó-
nia de assinatura do protocolo
de compromisso social para
2011. Alberto da Ponte, presi-
dente da Sociedade Central de
Cervejas e Bebidas começou
por se dirigir a Maria da Luz
Rosinha, frisando que “é uma
das pessoas mais dinâmicas
que conheço em Portugal”. O
líder da SCC acrescentou que,
“apesar dos tempos difíceis e
conturbados, entendemos que
não podemos eximir-nos
daquilo que é um serviço
social de que estamos absolu-
tamente convictos”, salientan-
do que, por isso, a empresa
decidiu manter o montante
deste apoio em 2011. A colab-
oração entre a cervejeira e a
autarquia no domínio da
responsabilidade social arran-
cou há 6 anos e, em 2009, o
montante definido aumentou
para 130 mil euros, passando,
devido à degradação da situ-
ação social, a ser
e s p e c i a l -
m e n t e
e n c a m i -
n h a d o
p a r a
a p o i o
aos mais
carencia-
dos.
Alberto da
Ponte su-
b l i n h o u
que a
Câma-
ra é
quem conhece melhor a reali-
dade social do concelho e que,
por isso, faz todo o sentido
que seja através da autarquia
que estas verbas são aplicadas.
“Estas verbas mantêm-se e,
conforme sempre entendemos,
são destinadas às famílias
mais carenciadas”, vincou.
A presidente da Câmara de
Vila Franca de Xira lembrou
que este protocolo “representa
toda a associação entre os que
trabalham nesta tentativa de
minorar as dificuldades de um
conjunto vasto de famílias”.
Maria da Luz Rosinha
adiantou que, desta vez, 100
mil euros vão destinar-se a
auxiliar famílias mais carenci-
adas com bens de primeira
necessidade e os restantes 30
mil para apoio à edição do
catálogo da grande exposição
do centenário de Alves Redol,
no âmbito do mecenato cultu-
ral.
“No ano de 2010, com o apoio
resultante da SCC, pudemos
ajudar mais de 400 famílias.
Estamos neste momento já a
preparar um conjunto de
m e d i d a s
q u e
p e r -
mitirá
realizar esses apoios”,
prosseguiu a edil, salientando
que quem recebe estas ajudas
e pode desempenhar algumas
pequenas tarefas a favor da
comunidade deve fazê-lo (ver
caixa).
Maria da Luz Rosinha quis
deixar também uma palavra
de esperança e de tranquili-
dade aos dirigentes sociais e
autarcas presentes na cerimó-
nia, reconhecendo o trabalho
social desenvolvido no con-
celho. “Lá fora as coisas pare-
cem estar a desabar, não é ver-
dade, isto vai tudo correr
bem”, sustentou, frisando que
todos têm que manter um
propósito claro de ajudar os
outros. ”A Sociedade Central
de Cervejas e outras empresas
mantêm-se ao nosso lado
cumprindo objectivos de soli-
dariedade social e ajudando as
pessoas nestas dificuldades”,
frisou.
Já António Galamba, gover-
nador civil de Lisboa, sublin-
hou “o alcance e o sentido de
responsabilidade social” da
Sociedade Central de Cervejas
“ao dar este contributo do
ponto de vista da responsabil-
idade social”. No entender do
representante do Governo,
“felizmente cada vez mais
temos empresas com esta con-
sciência, que não têm só a ló-
gica normal do lucro”.
Beneficiários envolvidos em
projectos de trabalho social
A Câmara de Vila Franca de Xira vai apostar num projecto que
visa envolver beneficiários dos seus apoios sociais no desem-
penho de tarefas a favor da comunidade, que poderão participar
também em acções de formação e vir, eventualmente a conseguir
alguma ocupação fixa nas entidades a quem venha a prestar
esses serviços. Maria da Luz Rosinha explicou aos jornalistas
presentes na cerimónia realizada nas instalações da SCC que a
autarquia tem vindo a fazer trabalho de preparação deste projec-
to e o levantamento dos que poderão participar.
“Entendemos que, para além de darmos géneros alimentares e
outros apoios, devemos envolver os seus beneficiários em
pequenas tarefas a favor da comunidade, por exemplo na
limpeza de jardins, no apoio numa cozinha de uma instituição,
numa junta de freguesia, pequenas coisas que, inclusivamente,
poderão vir a transformar-se em possibilidades de trabalho”,
sublinha a edil, referindo que, no âmbito do projecto, haverá
acções de formação e outras acções com o objectivo de retirar
estas pessoas da situação de dificuldade em que se encontram.
Maria da Luz Rosinha diz que, no passado mês de Dezembro,
juntamente com ao vereadora responsável pelo pelouro da acção
social, Maria da Conceição Santos, teve oportunidade de acom-
panhar várias acções de distribuição de alimentos e que ficaram,
as duas, bastante preocupadas. “Há muita gente jovem a receber
apoio, com crianças pequenas, sem perspectivas de trabalho, ou
por falta de formação ou porque já o tiveram e
ficaram desempregadas. E achámos que nos
devíamos envolver de uma forma mais profun-
da”, salientou, frisando que a Câmara vai ten-
tar desenvolver este programa e motivar as
pessoas. “Vamos tentar e vamos esperar que
tudo corra bem”, observou, esclarecendo
que pessoas idosas e/ou com problemas de
saúde não serão convidadas a participar mas
que as restantes serão. “Temos
muita gente na casa dos 30 e dos 40
anos, que está dependente destes
apoios em termos alimentares e
isso, no meu entender, deve ter
uma moeda de troca, em que as
pessoas, tendo tempo
disponível, possam fazer
pequenas tarefas”, acres-
centou.
A presidente da Câmara
vila-franquense salienta que
a Sociedade Central de
Cervejas e outras empresas
locais têm correspondido ao
apelo da Câmara para
apoiarem a vertente social. “É
confortante, porque sabemos
que não estamos sozinhos, há
imensa gente que, de Norte a
Sul, trabalha a favor dos outros
e haver também entidades que,
no âmbito da sua responsabili-
dade social, contribuem finan-
ceiramente para este trabalho é um
refisto que faço com um grande
agradecimento”, concluiu.
130 mil euros da Central de Cervejas
apoiam 400 famílias carenciadas A parceria que a Sociedade Central de Cervejas e a Câmara de Vila Franca mantêm há 6 anos vai permitir apoiar mais de
400 famílias carenciadas do concelho.
Da esquerda para a direita: Maria da Luz Rosinha, Alberto da Ponte
e António Galamba
ESPECIALAMBIENTE
Jorge Talixa
A OGMA-Indústria Aeronáutica dePortugal e a Xerox estão a desen-volver uma parceria que deveráresultar na plantação de 1500árvores. O projecto, integrado nochamado “Carbon Print Free”,envolve também a AssociaçãoNacional de Empresas Florestais eo Projecto Natura e, no passado dia10, foram alguns colaboradores daOGMA e da Xerox e crianças do4º. ano do Colégio José ÁlvaroVidal de Alverca que participaramna plantação de 96 árvores numespaço de reflorestação do conce-lho de Loures.
No âmbito deste projecto, a Xeroxdesenvolveu uma análise do vo-lume de impressões realizadas naOGMA, juntando aos cálculos oscustos associados ao consumo deenergia, emissões de CO2 e outrosconsumos diversos. Com estaanálise “concluiu-se que o volumede árvores necessário para a elimi-nação total da pegada de carbono éde 1500”.Este programa insere-se na estraté-gia de redução do impacte ambien-tal das actividades destas empresase nas suas políticas de responsabi-lidade social. “Esta iniciativainsere-se na estratégia de sus-tentabilidade de ambas as empresas
e irá contribuir para a redução dapegada de carbono da OGMA asso-ciada à impressão. Este programavem ao encontro dos valores quesustentam toda a política deresponsabilidade da empresa,criando valor para o negócio, paraos clientes e para a comunidade,assumindo assim um genuíno con-tributo para um futuro sustentávelpara todos”, sublinha SandraCosta, responsável pela área deAmbiente da OGMA. Recorde-se que a indústriaaeronáutica de Alverca é o maiorempregador do concelho de VilaFranca de Xira com cerca de 1600postos de trabalho.
OGMA e Xerox
plantam 1500 árvores Para eliminar a “pegada de carbono” resultante do volume de impressões efectuado anualmente nos seus
serviços, a OGMA está a plantar 1500 árvores, numa acção desenvolvida em parceria com a Xerox.
A Assembleia-Geral das NaçõesUnidas decidiu declarar 2011como Ano Internacional dasFlorestas. Em Portugal, sob otema “Floresta para todos”, estãoa decorrer inúmeras iniciativascomemorativas. No Dia daÁrvore, 21 de Março, foi o ParqueFlorestal de Monsanto, emLisboa, a receber as comemo-rações nacionais. Em foco está,especialmente, o contributo dasflorestas para o desenvolvimentosustentado e a erradicação dapobreza. Portugal é um dos paísesda Europa com maior proporçãode área florestal. São cerca de 3, 2milhões de hectares (36% do totaldo território) de floresta, comrealce para o pinheiro, que repre-senta 33% da área florestal por-tuguesa e para o sobreiro (21%).Portugal produz, anualmente,cerca de 167 milhões de metroscúbicos de madeira, numa activi-dade com um peso muito signi-ficativo nas exportações.
12voz ribatejana #9
Jorge Talixa
Cerca de 130 pessoas de todas as
idades participaram, no passado
dia 19, numa ampla acção de
limpeza da orla do Tejo junto ao
dique que protege os campos da
Lezíria de Vila Franca de Xira. Ao
longo de mais de 10 quilómetros,
os grupos recolheram os mais
diversos materiais, incluindo plás-
ticos e madeiras, mas também
monos, tubos, garrafas e até
roupas e calçado, que são arrasta-
dos para ali pelas águas do rio e
pelo vento, mas também, muitas
vezes, largados propositada-
mente por alguns que se
querem livrar de determina-
do “lixo”.
A “Missão Lezíria Limpa”
surgiu por iniciativa da
Associação dos Beneficiários
da Lezíria Grande de Vila
Franca de Xira (ABLGVFX) e
c o n t o u
c o m
a
coorde-
nação no terreno da
Liga para a Protecção da Natureza
e com o apoio logístico da Junta e
da Câmara de Vila Franca. Os par-
ticipantes tinham as mais variadas
origens, desde estudantes univer-
sitárias de Lisboa a jovens
escuteiros de Vila Franca, que se
juntaram para esta jornada em
defesa do ambiente natural da
Lezíria. Como se tratava também
do Dia do Pai, foram igualmente
convidadas famílias inteiras para
se juntarem a esta jornada, benefi-
ciada pelo muito bom tempo que
se fez sentir.
Rui Paixão, técnico da
ABLGVFX responsável pela ini-
ciativa, sublinha que estas áreas
da orla do Tejo são públicas, “per-
tencem a todos nós e é muito
importante unir esforços para as
manter limpas. Queremos que as
pessoas venham viver a Lezíria,
que venham ao campo e que
encontrem um campo limpo”,
vincou, frisando que houve a pre-
ocupação de criar condições para
que as pessoas separassem o lixo
em quatro catego-
rias – vidro,
e m b a l a -
g e n s ,
p a p e l
e
cartão
e lixo
ind i f e r -
enciado - e
que a Câmara de
Vila Franca assumiu a respons-
abilidade de entregar na
Valorsul.
“Esta iniciativa surgiu
porque a Associação de
Beneficiários da Lezíria
Grande tem também uma
grande preocupação ambi-
ental e isso vê-se nos pro-
jectos que estamos a desen-
volver ao nível das
energias ren-
ováveis, com
energia solar e
energia eólica
nas nossas
estações ele-
vatórias e na
nossa sede, e
o nosso eco-
centro, em que
reciclamos o
plástico prove-
niente da agricul-
tura”, salientou Rui
Paixão, em declarações ao Voz
Ribatejana, sublinhando que ao
patrulhar as zonas do dique de
protecção da Lezíria vila-fran-
quense (estende-se por mais de 60
quilómetros) “verifica-se que
existe um sem número de resídu-
os, orgânicos e não orgânicos,
que muitas vezes vêm de
montante e aglomer-
am-se aqui nas mar-
gens do Tejo”. O
responsável da
ABLGVFX destaca
a excelente
recep-
tividade
que a iniciati-
va teve e o
apoio de
diversas enti-
dades, desde as
autarquias locais
às empresas
envolvidas e especial-
mente também da LPN.
Ana Sofia Ribeiro é coordenadora
do projecto Ecos-Locais da LPN e
disse, ao Voz Ribatejana, que a
Liga procura sensibilizar as pe-
ssoas para a preservação do ambi-
ente e motivá-las para replicar
acções deste tipo nas suas áreas,
criando grupos locais de
limpeza e protecção da
natureza. “A LPN
juntou-se a esta
iniciativa por
considerar que é
i m p o r t a n t e
preservar e ten-
tar proteger o
ambiente. Esta ini-
ciativa acaba tam-
bém por ir ao encontro
de um projecto que já temos,
que é o Eco-Locais. Um projecto
que procura detectar problemas
ambientais e tentar resolvê-los”,
referiu.
A responsável da LPN realça que
é mais fácil as pessoas aliarem-se
a iniciativas deste género em que
a logística já está toda organizada,
mas sublinha que o que a LPN
procura fazer é com que “os
cidadãos mais pró-activos nas
questões ambientais consigam
replicar este tipo de acções, orga-
nizando-se em grupos locais”.
Estudantes de Lisboa àdescoberta da LezíriaUm grupo de estudantes universitárias participou também nesta missão de limpeza daLezíria. Ana Brasão, de 22 anos, não conhecia a Lezíria mas ficou muito impressiona-da com a beleza e a tranquilidade destas margens do Tejo. “Vim porque estou a estu-dar engenharia do ambiente e gostava de ajudar a melhorar os sítios onde vivemos”,disse ao Voz Ribatejana, considerando que, muitas vezes, as pessoas se descuidam coma deposição destes lixos, por falta de sensibilidade para com o ambiente ou porquevêem outras a fazerem o mesmo. “Se já há lixo, as pessoas não têm medo, depositammais e aquilo acumula-se, fica quase como uma lixeira. Ninguém trata do assunto e caitudo nestes descuidos ao fim de alguns anos”, lamenta, admitindo que nas cidades,muitas vezes, o comportamento é o mesmo e, se as pessoas vêem alguns sacos de lixofora dos contentores, não têm pejo em colocar lá mais. “Quero acreditar que os jovensjá começam a ter outra sensibilidade para estas coisas, nem todos, só alguns”, conclui.
Escuteiros dão oexemploO Agrupamento de Escuteiros 823 de VilaFranca de Xira foi o principal mobilizador,reunindo cerca de 35 crianças e jovens paraesta acção. “É a continuação do nosso traba-lho habitual”, explicou Mário Carvalho, chefedo grupo de escuteiros vila-franquense, frisan-do que os escuteiros têm sempre a preocupaçãode “deixar os locais para onde vamos mais emordem à saída do que estavam à chegada”.No entender de Mário Carvalho, o escutismoestá bem em Vila Franca, embora a cidade e afreguesia tenham algumas condicionantes.“Há muitas actividades, as ocupações para ajuventude, felizmente, são muitas. A dificul-dade é conseguir conjugar, em termos dehorários, a vida desta malta toda, porque aescola e as actividades são muitas e o dia tem24 horas”, lembrou.O Agrupamento 823 está ligado à IgrejaCatólica e tem sede no edifício onde tambémfunciona o secretariado da Paróquia de VilaFranca, mesmo em frente da Igreja Matriz dacidade. Actualmente conta com cerca de 60 cri-anças e jovens. “As coisas estão estáveis, temosmuitas entradas mas, depois, face às solici-tações, em função de outras actividades, porvezes é difícil conjugar. Não dá para tudo, masa mensagem fica: escuteiro uma vez, escuteirotoda a vida”, remata Mário Carvalho.
130 limpam orla do Tejo na LezíriaA “Missão Lezíria Limpa” juntou cerca de 130 pessoas numa jornadade limpeza das zonas compreendidas entre o Tejo e o dique que pro-tege os campos de Vila Franca de Xira.
“Éimportante
preservar e ten-tar proteger o
ambiente”
“Muitosdos resíduos
aglomeram-seaqui nas margens
do Tejo”
Alguns dos voluntários e o lixoque recolheram
14
voz ribatejana #9
MICROGERAÇÃO //
PAINÉIS TÉRMICOS //
PAINÉIS FOTOVOLTAICOS //
ENERGIA EÓLICA // CERTIFICAÇÃO
ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS //
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Ref. 8922152
Jorge Talixa
O Programa Voluntariado Jovem
para as Florestas (PVJF) vai ser apre-
sentado, hoje (30 de Março), em
Santarém. Num formato mais alarga-
do e ambicioso, arranca já dois dias
depois, a 1 de Abril, prolongando-se
até final de Novembro. Quando se
assinala o Ano Internacional das
Florestas, o Ministério da
Agricultura, do Desenvolvimento
Rural e das Pescas (MADRP) pre-
tende ultrapassar os 5000 jovens
envolvidos em actividades volun-
tárias de limpeza e preservação da
floresta. Segundo a Secretaria de
Estado das Florestas e do
Desenvolvimento Rural (SEFDR),
desde 2005, ano em que foi criado
este programa, já participaram mais
de 40 mil jovens.
Seguindo uma recomendação da
Assembleia da República, o PVJF
foi criado por resolução do Conselho
de Ministros de 14 de Março de
2005, atribuindo as responsabili-
dades da sua concepção, implemen-
tação e controlo de execução ao
Instituto Português da Juventude
(IPJ). O programa envolve também a
Autoridade Florestal Nacional
(AFN), o Instituto da Conservação
da Natureza e da Biodiversidade, a
Agência Portuguesa de Ambiente e a
Autoridade Nacional de Protecção
Civil.
Na sessão de hoje, em Santarém,
estará em destaque uma conferência
sobre o papel dos jovens na pre-
venção e protecção florestal, mode-
rado pelo director regional de edu-
cação de Lisboa e Vale do Tejo.
Haverá, também, uma apresentação
genérica dos objectivos do PVJF
para 2011 e intervenções dos direc-
tores regionais da juventude e das flo-
restas.
Este programa de voluntariado pre-
tende “incentivar a participação dos
jovens na preservação da natureza e
da floresta, em particular, contribuin-
do para a mitigação dos incêndios
florestais, através de acções de pre-
venção, nomeadamente a sensibi-
lização da população para o risco de
incêndio, a vigilância e a limpeza do
lixo das áreas florestais e parques de
merendas, garantindo assim uma
menor probabilidade de ocorrência
de incêndios florestais”. Decorre,
habitualmente, entre 1 de Junho e 30
de Setembro e inclui uma “bolsa
diária de voluntariado”, destinada a
ajudar a cobrir despesas de alimen-
tação e transporte. Os jovens estão
cobertos por um seguro de acidentes
pessoais e o IPJ disponibiliza o mate-
rial e cartão de identificação dos
jovens voluntários.
Em 2010, participaram 4.199 jovens
em 199 projectos. Segundo um estu-
do liderado pela Universidade do
Porto, têm, em média, 21 anos, par-
ticipam mais os rapazes (53,9%) do
que as raparigas, cerca de 80% são
estudantes e quase metade já par-
ticipou antes em acções de voluntari-
ado. Em 2011 e porque se celebram,
ao mesmo tempo, os anos interna-
cionais da Juventude e das Florestas
e o Ano Europeu do Voluntariado, o
Ministério da Agricultura e a
Secretaria de Estado da Juventude
pretendem fazer crescer o programa.
O MADRP disponibilizou 1 milhão
de euros para o PVJF, que permitem
alargar o desenvolvimento do pro-
grama para o período compreendido
entre 1 de Abril e 30 de Novembro e
aumentar o número de jovens para
“pelo menos 5.000”.
Uma petição que pretende que seja atribuído ao sobreiro o
estatuto simbólico de “Árvore Nacional de Portugal” está a
correr na Internet desde Outubro passado e já reuniu cerca de
770 assinaturas. A iniciativa das associações Transumância e
Natureza e Árvores de Portugal pretende chamar a atenção
para os problemas ligados à cultura e preservação desta espé-
cie, contribuindo para “aumentar a pressão no sentido de se
alcançarem as soluções necessárias”.
O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento
Rural, Rui Barreiro, também já subscreveu a petição, con-
siderando que, pela “sua ampla distribuição geográfica e pela
sua importância económica, social, ambiental, paisagística,
histórica e cultural”, o sobreiro é “a árvore que melhor poderá
assumir o simbolismo de “Árvore Nacional de Portugal”.
“A sua importância histórica vem reflectida na antiquíssima
legislação proteccionista. O sobreiro e a cortiça têm uma
fortíssima presença no nosso imaginário, com expressão nas
letras e nas artes, na pintura, na arquitectura, na azulejaria, no
artesanato e, mais recentemente, também na moda e design”,
refere o governante, frisando que a cortiça é um sector
estratégico para Portugal e apelando à adesão de técnicos e
produtores florestais, ambientalistas, industriais corticeiros e
cidadãos em geral.
Portugal produz, actualmente, mais de 50% da cortiça mundi-
al (cerca de 200 mil toneladas por ano), sendo este o único
sector onde o País tem uma posição de liderança. “A perda
desta liderança representaria um descalabro económico,
social e ambiental sem paralelo para o nosso País”, sustentam
os promotores da petição, salientando que esta espécie está
presente em todo o território nacional, desde o Minho ao
Algarve, ocupando cerca de 737 mil hectares.
A petição, quando concluída, será entregue ao presidente da
Assembleia da República, aos presidentes dos grupos parla-
mentares e aos ministros do Ambiente, Agricultura e
Economia. Destaca, ainda, a importância do montado de
sobro como garante da biodiversidade, a crescente importân-
cia do montado de sobro no turismo e o peso económico e
social de todas as actividades ligadas ao sobreiro e à explo-
ração da cortiça. “Há ainda um longo caminho a trilhar, junto
das diversas instâncias da sociedade, para se conseguir uma
sensibilização que conduza a uma efectiva preservação desta
espécie e dos valores biológicos, paisagísticos, económicos e
culturais associados à mesma”, concluem as duas associações
promotoras da petição.
Petição quer sobreiro
como árvore nacional
Ministério quer 5000
no Voluntariado Jovem
para as Florestas
O programa é apresentado
hoje, em Santarém
O Programa “Voluntariado para as Florestas” tem, este ano,
uma dimensão bastante mais alargada e arranca já a 1 de
Abril.
O sobreiro é uma das maiores
riquezas de Portugal
15
30 de Março de 2011
Jorge Talixa
O projecto de criação de um
bio-parque, com central de co-
geração alimentada a biomassa
(restos florestais), previsto
para a Companhia das
Lezírias, tem o apoio da
Câmara de Benavente. A
empresa agrícola do Estado
ainda tem dúvidas quanto ao
desenvolvimento do projecto e
às garantias de fornecimento
de matéria-prima suficiente,
mas a edilidade de Benavente
aprovou, já neste mês de
Março, por unanimidade, uma
declaração que aceita o carác-
ter excepcional da edificação
deste complexo em área agrí-
cola não incluída na Reserva
Agrícola Nacional.
Carlos Coutinho, vice-presi-
dente da Câmara de
Benavente, defendeu que este
projecto pode ter uma grande
importância para região e que,
por isso, a autarquia deve abrir
uma excepção às interdições
previstas na Lei, tendo em
conta que todo o edificado pre-
visto se destina a uso agrícola
e florestal. O processo segue,
agora, para consulta do
Instituto da Conservação da
Natureza e da Biodiversidade e
da ANA-Aeroportos de
Portugal. O projecto está pre-
visto para a zona do
Catapereiro, próxima da
Estrada Nacional 118 e da
Adega da Companhia.
Miguel Cardia, vereador com
responsabilidades nas áreas do
urbanismo e da protecção
civil, acrescentou que este bio-
parque servirá não só a
Companhia das Lezírias e a
zona do Campo de Tiro de
Alcochete, mas “toda uma
sub-região”, porque “a per-
spectiva será fornecer um
serviço inexistente na zona”.
“Muitas vezes pratica-se a
espia ou a queima dos
sobrantes com custos mais ele-
vados e dai a importância da
rentabilidade que este bio-par-
que pode vir a dar, ou seja,
recebendo os sobrantes da
exploração agrícola e, com
base no mecanismo de pro-
dução, produzir energia eléc-
trica que injecta na rede e os
conglomerados de madeira que
são usados nas lareiras, etc.”.
Ana Casquinha, vereadora do
PS, elogiou a iniciativa da
Companhia das Lezírias, con-
siderando que demonstra que
esta empresa pública e
outras casas agrícolas “têm
preocupações de natureza
ecológica” e devem ser encar-
adas como exemplo e incenti-
vo para outros produtores agrí-
colas e florestais poderem con-
verter-se a estas soluções.
Objectivos do projecto
O bio-parque da Lezíria deverá
ser construído na zona da anti-
ga secagem de cereais da
Companhia das Lezírias e fun-
cionar como uma plataforma
logística onde “são rece-
pcionados vários materiais de
origem agro-florestal como
rolaria, cepos, ramos, bicadas,
material de desbastes, cascas e
palha de arroz e de milho”. A
esta plataforma associa-se uma
unidade industrial em que
estes materiais serão selec-
cionados e transformados.
Entre as principais operações
que ocorrem num complexo
deste tipo destacam-se a
armazenagem de material
lenhoso, o descasque e tritu-
ração de toros, de casca e de
biomassa, o tratamento térmi-
co e a utilização de parte desta
biomassa para alimentar uma
central de co-geração energéti-
ca que pro-
duzirá calor e energia eléctrica
que será injectada na rede do
Serviço Eléctrico Público.
Central de biomassa em
reavaliação
A nova administração da
Companhia das Lezírias man-
tém algumas dúvidas quanto à
viabilidade e solicitou aos
restantes parceiros que dêem
mais algumas garantias de
existência de matéria-prima
suficiente. “Não há decisões”,
disse António João Sousa,
presidente da Companhia
Lezírias ao Voz Ribatejana. “A
Companhia das Lezírias
poderá fornecer até cerca de
10% da matéria-prima. Não
podíamos correr o risco de
fazer o investimento e, depois,
por falta de matéria-prima, ele
ficar parado em termos de pro-
dução. O projecto está suspen-
so para se fazer esse tipo de
análise. No entanto, foi intro-
duzido o valor no orçamento
de 2011. Não quero que te-
nhamos um abastecimento
garantido de 100%, se chegar-
mos a 80% já é muito bom”,
sublinha, frisando que “os
tempos são de contenção e de
grande selecividade nos
investimentos”.
Vila Franca
apresenta
Agenda 21
Local
Os resultados da primeira fase da
aplicação no Município de Vila
Franca de Xira da Agenda 21
Local vão ser apresentados,
amanhã (31 de Março) à noite
(21h30), na Sociedade Euterpe
Alhandrense. Trata-se de um
processo através do qual se pre-
tende “assegurar que o Concelho
se desenvolve de forma sustentá-
vel, integrando as vertentes ambi-
ental, sociocultural, económica e
de boa governação, de forma a
melhorar a qualidade de vida da
população”. Esta primeira fase
incluiu um ciclo de fóruns nas 11
freguesias e as suas conclusões
são, agora apresentadas, criando
condições para avançar para a
segunda fase.
Voluntariado
para as
florestas
apresentado
O Programa Voluntariado Jovem
para as Florestas vai ser hoje à
tarde (30 de Março) apresentado
no auditório do Instituto da
Juventude, em Santarém. A sessão
inclui, também, uma conferência
sobre o papel dos jovens na pre-
venção, moderado pelo director
regional de Educação de Lisboa e
Vale do Tejo. Na abertura da ini-
ciativa intervêm, ainda, a gover-
nadora civil de Santarém, a dire-
ctora regional de Lisboa e Vale do
Tejo do Instituto Português da
Juventude e o director regional de
Florestas.
Azambuja
celebra Dia
da Árvore
O Município de Azambuja assi-
nalou o Dia Mundial da Árvore
com actividades de sensibilização
dirigidas à comunidade escolar e à
população em geral. As acções
realizadas nas nove freguesias
incluíram a plantação de árvores e
a distribuição gratuita de plantas e
material de divulgação sobre a
importância de preservar a flores-
ta ao longo de todo o ano. O
objectivo foi sensibilizar os
munícipes para a necessidade de
proteger a floresta e promover a
qualidade ambiental.
Alhandra
Santarém
Câmara de Benavente apoia
bio-parque na Companhia
das LezíriasA criação de um bio-parque na zona sul da freguesia de Samora Correia poderá dar resposta a muitos dos problemas de
tratamento de restos florestais e agrícolas da região.
Númerosdo projecto
Investimento5 milhões de euros
Postos de trabalho15
Capacidade total derecepção e
processamento debiomassa
130 mil toneladas/ano
Biomassa para produçãode energia
36 723 toneladas/ano
Produção debiocombustível sólido40 mil toneladas/ano
Capacidade da linha detrituração de toros e
biomassa100 mil toneladas/ano
Capacidade de produçãoanual de energia
17, 25 GWeh
Encontro sobre Alves Redol
“A Pintura, a Música e a Dramaturgia na obra de Alves Redol” é o tema
da sessão que se realiza, sábado à tarde, em Vila Franca de Xira, numa
iniciativa conjunta da Secundária Alves Redol e do Museu do Neo-realis-
mo. No auditório do museu vão estar David Lopes e Miguel Falcão.
Companhia das Lezírias procura novo
nicho de negócio
16
voz ribatejana #9
A Águas do Ribatejo está a desen-
volver acções de formação para a
promoção da poupança de recursos
hídricos e energéticos, numa parce-
ria com a associação ecologista
Quercus e com a Agência
Municipal de Energia de Sintra. No
passado dia 25, uma acção organi-
zada também em articulação com o
Município de Coruche juntou cerca
de meia centena de colaboradores
desta autarquia.
Filipa Alves, engenheira da
Quercus abordou várias questões
ligadas à eficiência hídrica e
deixou um conjunto e sugestões
que podem contribuir para reduzir
de forma significativa os consumos
de água no domínio de actuação do
município. A substituição de
torneiras, autoclismos e outros
equipamentos com fugas de água
por sistemas modernos e mais efi-
cientes, e o aproveitamento das
águas da chuva para regas e
lavagens, são algumas das medidas
que podem ser adoptadas para um
uso mais eficiente da água.
O vice-presidente da câmara
Francisco Oliveira sensibilizou os
colaboradores para a necessidade
de realizar um esforço conjunto de
modo a que os planos traçados po-
ssam ser eficazes. O autarca deu
como exemplo o investimento que
está a ser feito para que as águas
das piscinas municipais possam ser
aproveitadas para regas de espaços
públicos, abastecimentos de carros
de bombeiros e de cisternas para
lavagens de pavimentos, permitin-
do poupar água e reduzir o volume
de água residual sujeita a tratamen-
to na estação de tratamento de
águas residuais. Neste momento já
é possível controlar os volumes de
água consumidos em quase todos
os espaços públicos, permitindo
desta forma monitorizar os con-
sumos e corrigir anomalias.
Pedro Ramos, técnico da Agência
Municipal de Energia de Sintra,
apontou um conjunto de boas práti-
cas que ajudam a reduzir de forma
significativa os consumos nos
serviços municipais e noutros
espaços públicos. Em causa está,
entre outros aspectos, uma opti-
mização do uso dos equipamentos,
a climatização eficaz dos edifícios
e uma melhor utilização dos trans-
portes. Segundo este arquitecto, é
preciso adoptarmos comportamen-
tos de poupança como fazemos nas
nossas casas “porque o dinheiro
dos municípios e do Estado é o
nosso dinheiro” e o ambiente tam-
bém agradece a redução dos con-
sumos de energia.
Furto de cobre compromete
arranque de ETAR
A inauguração da estação de trata-
mento de águas residuais (ETAR)
do Couço, no concelho de Coruche,
no passado dia 22, ficou seriamente
comprometida com a destruição do
posto de transformação (PT) que
devia alimentar aquele equipamen-
to, ao que tudo indica por indivídu-
os que roubaram o cobre da insta-
lação. Os prejuízos rondam os 10
mil euros e o caso está a ser inves-
tigado pela GNR. A instalação de
um novo PT poderá demorar,
agora, alguns meses e, até lá, a
nova ETAR, fruto de um investi-
mento de 1, 5 milhões de euros,
não poderá começar a funcionar.
As barras de cobre que compõem o
PT desapareceram, assim como
mais algumas ligações deste metal.
Segundo a GNR, a quantidade de
cobre ali subtraída poderá valer 3 a
4 mil euros. A cerimónia inaugural
acabou por se realizar à mesma,
contando com a presença da gover-
nadora civil de Santarém e de
vários autarcas da região. No
mesmo dia foi igualmente inaugu-
rado o novo posto de atendimento
da Águas do Ribatejo na vila de
Coruche.
A construção da estação de trata-
mento de S. Tiago dos Velhos e de
um novo Ponto de Entrega no
Sistema de Arruda dos Vinhos, são
algumas das principais obras que a
Águas do Oeste pretende con-
cretizar em 2011. A empresa tem
também programadas para este ano
obras de construção do
Reservatório do Montijo (Sobral de
Monte Agraço), do sistema de
interceptor Pedra do Ouro/ Vale de
Paredes e a construção das ETAR
da Margem Norte (Óbidos) e do
Paço (Peniche e Lourinhã). Tudo
num investimento total que ronda
os 10 milhões de euros.
Desde a sua criação, em Janeiro de
2001, a Águas do Oeste já investiu
mais de 272 milhões de euros, dis-
tribuídos pelos 14 municípios que
serve, entre eles Alenquer, Arruda
dos Vinhos, Azambuja e Sobral de
Monte Agraço. Destacam-se os sis-
temas adutores de águas de Arruda
dos Vinhos/Sobral de Monte
Agraço e as estações de tratamento
de águas residuais de Alenquer e do
Carregado.
A Águas do Oeste concluiu, recen-
temente, obras nas ETAR do
Carregado, Alenquer (cerca de 6
milhões de euros) e Pontes de
Monfalim (vai servir 4500 habi-
tantes de arruda e Sobral) e tem já
em curso empreitadas de ampliação
dos sistemas de Saneamento de
Arruda dos Vinhos (S. Tiago dos
Velhos) e de Azambuja (Virtudes/
Aveiras/ Casais de Baixo/
Espingardeira). Segundo revelou ao
Voz Ribatejana, a empresa pretende
lançar ainda este anos os concursos
públicos para as empreitadas de
ampliação/ remodelação da ETAR
de Arruda dos Vinhos e de
reposição de pavimentos em diver-
sas áreas abrangidas pelas suas
obras. Adjudicou, no início deste
ano, a instalação do Sistema de
Telegestão em algumas infra-estru-
turas de saneamento, que permitirá
uma maior operacionalidade e efi-
ciência do Sistema de Saneamento
da Águas do Oeste.
Dia Mundial da Água
O Dia Mundial da Água (22 de
Março) foi também assinalado pela
Águas do Oeste com várias activi-
dades realizadas ao longo do mês
de Março, que incluíram quatro vi-
sitas de alunos das escolas da
região a estações de tratamento de
águas residuais e acções de sensibi-
lização em diversos estabelecimen-
tos de ensino, realçando a melhoria
da qualidade dos recursos hídricos
da região e, consequentemente, do
ambiente e a importância das
estratégias para o uso eficiente da
água.
Sanifauna completa
10 anos
A Sanifauna-Produtos Veterinários, Lda.,
completou recentemente 10 anos de existên-
cia. Sedeada em Alverca, a firma é conside-
rada líder no mercado de distribuição de
produtos veterinários para animais de com-
panhia. Tem actualmente 10 colaboradores e
tem vindo, progressivamente, a alargar e
diversificar a sua actividade. Há cinco anos
criou, também, uma Divisão de
Nutrição/Pecuária para Animais de
Produção.
Concierge limpa
laboratórios de
nanotecnologia
A Concierge Services, através da sua sucur-
sal portuguesa, sedeada em Vila Franca de
Xira, vai assegurar a limpeza e certificação
das Salas Brancas do International Iberian
Nanotechnology Laboratory – INL. Esta
unidade instalada em Braga é considerada
pioneira no domínio da investigação da nan-
otecnologia a nível mundial.
Frisando que tem já “vasta experiência” em
limpeza de salas brancas nos mercados relo-
joeiro, electrónico, laboratorial e farmacêu-
tico, a Concierge sublinha que este novo
contrato vem reconhecer “todo o seu know-how adquirido ao longo dos anos, através do
seu empenho em ter nos seus quadros os
melhores profissionais nesta área, assim
como em promover acções de formação e
workshops contínuos aos seus clientes e
colaboradores”.
A Concierge portuguesa tem, actualmente,
274 trabalhadores e um volume anual de
negócios de 2, 25 milhões de euros.
Adine promove
almoço temático
sobre actividades
económicas
A Associação de Dinamização Empresarial
(Adine) organiza, na próxima sexta-feira, o
primeiro de uma série de almoços temáticos
mensais, onde pretende abordar vários
assuntos com interesse para os empresários
e para comunidade local. Nesta primeira ini-
ciativa são convidados a vereadora Helena
Pereira de Jesus, responsável pelo pelouro
de actividades económicas na Câmara de
Vila Franca de Xira, e o presidente da Junta
de Freguesia de Alverca Afonso Costa. O
almoço tem lugar, a partir das 13h00, no
Fórum Cultural de Alverca (edifício sede da
Adine, situado junto à Estrada Nacional 10
e ao centro comunitário da CEBI). Os inter-
essados podem obter mais informação
através dos endereços
ví[email protected] ou [email protected] ou
dos telemóveis 91 720 37 96 e 96 28 55 684.
Águas do Ribatejo sensibiliza
para a poupançaSensibilizar para comportamentos que reduzam o consumo de água e
de energia são os objectivos de acções de formação organizadas pela
Águas do Ribatejo.
Alverca
Vila Franca de Xira
Alverca
Águas do Oeste investe 10 milhões em 2011
Lezíria do Tejo
Alenquer, Arruda e Azambuja
Funcionários públicos aprendem a
poupar energia
A ETAR de Alenquer
17
30 de Março de 2011
Jorge Talixa
A Câmara de Vila Franca de
Xira pretende desenvolver na
freguesia da Póvoa de Santa
Iria a primeira “cidade
inteligente” da Área
Metropolitana de Lisboa
(AML). O projecto, que deverá
ser desenvolvido em articu-
lação com o grupo Teixeira
Duarte, proprietário da maior
parte dos 27 hectares da
chamada “Zona de Expansão
da Póvoa de Santa Iria”, aposta
na redução dos consumos
energéticos e das emissões de
CO2, beneficiando também
dos apoios comunitários que a
edilidade vila-franquense já
obteve para o desenvolvimento
do projecto “Póvoa Central.
Eco-Comunidade” (ver caixa).
O relatório da discussão públi-
ca e a delimitação do
Programa-Base foram aprova-
dos em recente sessão
camarária, com votos
favoráveis do PS e da coli-
gação Novo Rumo (PSD/CDS-
PP/PPM/MPT) e contra da
CDU, que contesta sobretudo a
ocupação de uma área poten-
cialmente inundável. A maioria
PS sustenta que um levanta-
mento do Laboratório Nacional
de Engenharia Civil não inclui
este terreno nas zonas
inundáveis e que a alteração
das cotas evitará qualquer
problema.
De acordo com a nova legis-
lação, esta área foi estudada
como a primeira Unidade de
Execução (U 18) do País, num
processo que juntou a autar-
quia e os proprietários dos ter-
renos. Situa-se entre a Linha do
Norte e o Tejo e deverá alber-
gar 600 fogos, uma escola,
zonas de actividades económi-
cas e comerciais e uma área
para a realização das festas
locais.
“O Município de Vila Franca
está a fazer escola. Depois de
aprovarmos esta Unidade de
Execução seremos o primeiro
município do País a ter este
instrumento devidamente vali-
dado para lhe dar sequência”,
diz Maria da Luz Rosinha,
presidente da Câmara vila-
franquense, salientando que o
facto de Vila Franca ter sido
das primeiras autarquias por-
tuguesas a concluir (final de
2009) a revisão do seu Plano
Director Municipal também
lhe proporcionou condições
para estar mais avançada neste
domínio do planeamento do
território.
Já Rui Rei, vereador social-
democrata com o pelouro das
obras municipais, acha que
Vila Franca de Xira tem aqui a
oportunidade de desenvolver a
primeira “cidade inteligente”
da AML, se não do País. “Este
é um projecto para 15/20 anos.
O objectivo claro é que pos-
samos ter aqui uma cidade sus-
tentável e inovadora que tenha
como pólos também o investi-
mento do Eco-Bairro e na
requalificação da frente
ribeirinha da Póvoa.
Seríamos uma alavanca
óptima de novos investi-
mentos”, sustenta.
MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE
DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA
FAZ SABER, em cumprimento do disposto no artigo 1º e no nº 1 do artigo
2º, da Lei nº 26/94, de 19 de Agosto, que constam da listagem anexa as
transferências financeiras correntes e de capital efectuadas a favor de pes-
soas singulares ou colectivas exteriores ao sector público administrativo a
título de subsídio, subvenção, bonificação, ajuda, incentivo ou donativo,
relativas ao 2º semestre do ano 2010.
Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser
afixados nos locais do costume e publicado num jornal de âmbito local.
E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de
Administração Geral, o subscrevi.
EDITAL Nº 130/2011
TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS 2º SEMESTRE DO ANO 2010
Paços do Município de Vila Franca de Xira, 21 de Março de 2011
A Presidente da Câmara Municipal,
- Maria da Luz Rosinha -
Projecto prevê unidade
de co-geração
O Município de Vila Franca conseguiu a aprovação de uma can-
didatura a fundos comunitários que lhe vai permitir investir cerca
de 8 milhões de euros em projectos de requalificação urbana e
melhoria da eficiência energética do centro da cidade da Póvoa.
Com a U 18, situada mesmo ao lado, a autarquia pretende ampli-
ar estes objectivos e criar um novo núcleo urbano onde tudo seja
pensado numa perspectiva de redução das emissões de CO2 e de
gestão energética mais eficiente. Por isso, o Programa Base prevê
que nesta nova urbanização todos os equipamentos e serviços
urbanos (parquímetros, iluminação pública, rega, aquecimento,
sinalização) usem fontes de energia alternativa, que o aquecimen-
to das águas sanitárias seja feito a partir de energia solar e que as
soluções construtivas visem a optimização energética com sis-
temas solares térmicos, ventilação e arrefecimento, iluminação de
muito baixo consumo, isolamento térmico exterior e coberturas
ajardinadas. Depois, refere o Programa Base desta Unidade de
Execução que devem ser adoptadas soluções que controlem o
impacto da temperatura, da humidade e do vento sobre os seres
humanos e que devem ser reduzidas as emissões de CO2 através
do uso de transportes amigos do ambiente e da aposta na mobili-
dade eléctrica e na instalação de pontos de carregamento de bate-
rias para viaturas eléctricas. Com recurso às novas tecnologias
muitos destes sistemas deverão ter uma gestão integrada e
“inteligente”. A unidade de produção de energia ecológica e o sis-
tema de transportes com mini-autocarros eléctricos previstos no
Eco-Comunidade também servirão a nova “cidade”.
“Cidade Inteligente” aposta nas energias alternativasA Unidade de Execução da Póvoa de Santa Iria é a primeira do País e aposta na eficiência energética.
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Seu marido, filha e netos,
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por este meio, agradecer a
todas as pessoas que
acompanharam a sua ente
querida à sua última mora-
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quanto de qualquer modo
lhes manifestaram o seu
pesar.
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AGRADECIMENTO
Sua filha vem, por este meio, agradecer, reconhecida, a
todas as pessoas que acompanharam o seu querido pai à
sua última morada, foram à missa de 7º dia, assim como a
todos os que, de alguma forma, lhe manisfestaram o seu
pesar.
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19
30 de Março de 2011
Carla Ferreira
A quinta Exposição
Internacional de Gatos, pro-
movida pelo Clube Português
de Felinicultura (CPF), reali-
zou-se a 19 e 20 de Março no
Pavilhão Multiusos de Arruda
dos Vinhos. A iniciativa apoia-
da pela câmara arrudense, con-
tou também com mostras de
porquinhos-da-índia e coelhos
anões (ver caixa). Gatos per-
sas, abissínios, sagrados da
Birmânia, Azul Russo, Bengal,
Sumali, Britânico, Exótico e
Bosques da Noruega, foram
algumas das 30 raças pre-
sentes. O pavilhão, que apre-
sentava ainda espaços de arte-
sanato, trabalhos das escolas
locais, gastronomia regional e
produtos para animais, foi visi-
tado por largas centenas de
pessoas.
O Voz Ribatejana esteve à con-
versa com João Noronha, pres-
idente do CPF, que explicou
que esta foi a quinta edição
consecutiva da mostra realiza-
da em Arruda “devido à loca-
lização, ao espaço e à forma
como a câmara municipal nos
tem apoiado” e registou com
agrado a evolução “muito pos-
itiva” do certame. A exposição
contou com 190 exemplares
expostos, alguns dos quais vin-
dos do estrangeiro. “Temos
expositores que vieram de
Itália de propósito para esta
exposição”, recordou, frisando
que participaram também cri-
adores espanhóis e franceses.
Mas o país e o concelho
estiveram muito bem represen-
tados. “Posso dizer-lhe que um
dos melhores criadores de
Portugal e a nível mundial da
raça de gatos Bengal é aqui do
concelho de Arruda. Tem um
exemplar que é tri-campeão
mundial, o que é raríssimo”,
sublinhou. Mas a iniciativa dá
também lugar aos gatos sem
raça, os domésticos. Qualquer
pessoa que possua um gato
pode participar nesta
exposição.
A parceria com a Associação
Portuguesa dos Coelhos Anões
(APCA) e o Clube dos Amigos
dos Porquinhos-da-Índia
(CAPI) veio trazer também
mais animação ao espaço e foi
“um sucesso mais uma vez,
tem tido imenso movimento e
imenso público a visitar”,
segundo referiu o responsável
do CPF, que não descarta a
possibilidade deste certame se
estender à apresentação de out-
ras espécies animais. “É pos-
sível porque o espaço é muito
bom e a localização de Arruda
é óptima, por vários motivos,
para quem vem de todas as
zonas do país”, acrescentou,
destacando a importância deste
movimento para a restauração
e para as unidades hoteleiras da
região.
Estas exposições servem para
dar conhecimento ao público
das várias raças que existem e
defender que o gato “é um
excelente animal de compa-
nhia que conhece perfeita-
mente o dono e os hábitos de
uma casa”. Mesmo nas cidades
continua a haver interesse em
ter este animal que “está a
ultrapassar até muitas vezes o
número de cães, pela urban-
idade e também pela comodi-
dade que ele nos dá. O gato não
tem que se vir passear à rua”,
lembrou.
Arruda tem a segunda maior
exposição de gatos do PaísRui Martins, presidente do
CAPI, disse-nos que esta 19ª
mostra de porquinhos-da-
índia foi a primeira que
realizaram em Arruda e
surgiu na sequência do con-
vite do CPF. Na mostra
estiveram 16 expositores de
todo o país e também de
Espanha, num total de 90
exemplares a concurso.
Segundo nos referiu, há
várias espécies: de pêlo com-
prido, curto, áspero, liso. “A
variedade no tipo de pêlo e
de cores é enorme”, disse.
Este responsável contou que
o clube é recente, tem apenas
seis anos, mas que tem tido
boa receptividade. Por
enquanto, ainda “não há a
tradição de ter o porquinho-
da-índia como animal de
estimação ou mesmo como
animal de exposição, mas
temos procurado que as pes-
soas se interessem mais e
temos tido boa receptivi-
dade”. O clube presta infor-
mação sobre os cuidados a
ter com estes animais, já que
necessitam de muita
vitamina C, não
podendo comer só
ração.
Já Filipe Sá, membro
da direcção da
APCA, é criador e
um defensor fer-
voroso dos coelhos
anões. Contou-nos
que esta mostra em
Arruda foi a primeira
realizada a nível ofi-
cial pela associação, tendo
também surgido através do
convite do CPF. Estiveram
presentes cerca de 55 coel-
hos de vários criadores.
“Venho do Porto e sou cri-
ador, a maior parte dos meus
coelhos é da raça “Teddy”.
Quando adulto fica parecido
com um gato persa. O peso
dele é de 1, 350kg, parece
que tem mais, mas não tem”,
disse, referindo também que
há muita gente que confunde
o coelho anão com o normal,
que compra animais como
sendo anões e que, depois, se
revelam coelhos normais.
Daí que a associação preten-
da dá-los a conhecer e vender
“praticamente directamente à
pessoa”, assegurando que
são realmente coelhos anões.
A APCA tem cerca de 75
sócios e é possível que venha
a ser alargada a associação
de coelhos, porque há
“muitos criadores de outras
raças que querem entrar”,
rematou.
C. F.
Amílcar Neves apresenta obras
literárias
Amílcar Neves apresentou a sua obra literária, no passado dia
27, na Biblioteca Pública Fernando Gomes de Sousa. Uma
iniciativa da Junta de Freguesia de Castanheira do Ribatejo.
Certame reuniu criadores
de quatro países
A Câmara de Alenquer deverá rescindir os contratos que
mantém com a Alenmunicipal para a gestão das piscinas
locais e do Auditório Damião de Goes. A decisão ainda
não foi tomada, segundo Jorge Riso, presidente da autar-
quia alenquerense, mas é uma das formas para tentar
rentabilizar os dois equipamentos. Segundo o edil, que
falava durante uma reunião de câmara extraordinária
sobre o assunto esta sexta-feira, os equipamentos em
causa dão prejuízo que, por sua vez é imputado, à empre-
sa Alenmunicipal, que os gere.
Jorge Riso diz que a Câmara de Alenquer “já pagou tudo
à Alenmunicipal” pelo que não tem outra forma de a aju-
dar a equilibrar as contas para pagar a fornecedores que
já estão à espera há algum tempo. Uma das hipóteses é um
empréstimo e é isso que está, nesta altura, a ser estudado,
como forma de sanear financeiramente a associação que,
por não se tratar de uma empresa municipal, está fora de
outro tipo de trâmites jurídicos.
Segundo Jorge Riso, o Auditório Damião de Goes, onde a
autarquia passa alguns filmes, é uma das fontes de prejuí-
zo. Em causa está o facto de, em média, os filmes projec-
tados na sala terem apenas cinco espectadores. Somando
os funcionários adstritos ao equipamento, à luz e até ao
aluguer do filme, a Alenmunicipal tem prejuízos.
Facto semelhante ao que se passa com as piscinas inaugu-
radas em 1995. Neste caso, os prejuízos são maiores. Em
média a juntar aos vencimentos dos funcionários, as pisci-
nas somam cerca de dez mil euros em luz em água e em
químicos que servem para tratar a água, já que é um
equipamento antigo e ainda recorre a químicos para o
tratamento.
Jorge Riso realçou a necessidade de encontrar uma nova
forma de gestão dos equipamentos que terá de passar
forçosamente pela edilidade.
Contudo, o autarca salienta que ainda não existe qual-
quer deliberação sobre o assunto, remetendo para uma
reunião da direcção da Alenmunicipal essa decisão que,
ao que tudo indica, deverá ser a mais provável.
Legislativas podem atrapalhar feira da Ascensão
A Feira da Ascensão de Alenquer poderá ter menos um dia
este ano. Se o Presidente da República marcar as eleições
para o dia 5 de Junho, a autarquia local, por questões logís-
ticas, pondera terminar o evento no sábado anterior. Tudo
isto porque coincidiria com um dos dias de maior afluência
do certame.
A garantia foi dada ao Voz Ribatejana pelo presidente da
câmara, Jorge Riso, que argumentou com o calendário
eleitoral para fazer esta alteração no figurino. O assunto foi
abordado na reunião extraordinária de sexta-feira do exec-
utivo municipal e tem estado na ordem do dia já que as
restrições orçamentais obrigaram a câmara a repensar todo
o certame.
O autarca esclareceu que este ano a feira vai ter menos cus-
tos, tanto ao nível da animação, como ao nível da mon-
tagem. Sendo certo que se vai desenrolar na Avenida dos
Bombeiros Voluntários junto ao rio, o certame aproveitará
algumas das alterações feitas no ano passado ao nível da ilu-
minação e ao nível das tendas utilizadas.
Miguel António Rodrigues
Porquinhos-da-índia e coelhos
anões atraem criadores
Câmara deve rescindir com a Alenmunicipal
Alverca
disputa hoje
meia-final da
Taça da AFL
O Futebol Clube de Alverca
recebe, hoje à noite (20h00), a
equipa do Pêro Pinheiro em
jogo das meias-finais da Taça
AFL (Associação de Futebol
de Lisboa) “Centenário”. Para
chegar à final, a equipa
alverquense, actual segunda
classificada na I Divisão da
AFL, terá que bater esta equipa
do concelho de Sintra que li-
dera a Divisão de Honra da
mesma AFL.
Xirabasket junta 270 atletas
na PáscoaDinamizar a prática do basquetebol nas camadas
jovens e divulgar Vila Franca de Xira e o conce-
lho, são os grandes objectivos do Xirabasquet.
Jorge Talixa
O pavilhão da União Desportiva Vilafranquense
(UDV) acolhe, de 21 a 24 de Abril, mais uma edição
do Xirabasket, iniciativa que vai reunir, este ano,
cerca de 270 praticantes distribuídos por 18 equipas.
Esta 21ª. edição do Xirabasket terá cariz interna-
cional assegurado pela presença dos espanhóis do
Cáceres e conta, também, com a participação das
melhores equipas nacionais nos escalões de sub-10,
sub-14, sub-16 e sub-18. O Xirabasket assume-se já
como o maior e mais antigo torneio para escalões
jovens em Portugal e envolve uma logística com-
plexa que, para além dos seccionistas da UDV, inte-
gra também muitos familiares dos jovens praticantes
de Vila Franca.
“O segredo do Xirabasket está na ajuda que os pais
dos nossos atletas dão nos quatro dias do torneio.
Também temos a vida facilitada nos que diz respeito
a trazer equipas ao torneio, pois na sua maioria ofer-
ecem-se para estar presentes, até mesmo equipas do
nosso país vizinho”, sublinha Rui Silva, responsável
pela Secção de Basquetebol da UDV.
O Xirabasket terá, assim, quatro equipas de sub-10
(UDV, Queluz, CEBI e Estoril Basket) em sistema de
jogos de convívio. Nos escalões de sub-14 (UDV,
Odisseia, Barreirense e Selecção sub-13 de Lisboa) e
de sub-16 (UDV, Belenenses, selecção sub-15 de
Lisboa e Estoril) serão jogados torneios quadrangu-
lares. No escalão de sub-18 participam 6 equipas
divididas em duas séries e com apuramento final
(UDV, Queluz, Barreirense, Física de Torres, Estoril
Basket e San António Cáceres). O Voz Ribatejana
publicará trabalhos mais desenvolvidos sobre este
evento nas suas duas próximas edições.
Salvaterra
promove
caminhadas
Teve início no dia 13 de Março
o projecto "Rotas Pedestres
2011", marcando assim o
arranque do calendário 2011,
que promove a actividade físi-
ca e a descoberta do município
de Salvaterra de Magos. Esta
foi a primeira de muitas
“Rotas” do calendário de 2011,
que uma vez mais irão percor-
rer todas as freguesias do
município.
A próxima caminhada,
denominada “Rota da
Família”, realiza-se no dia 3 de
Abril, com início previsto para
as 9h30, na freguesia de
Muge. Estão abertas as
inscrições para esta 2ª cami-
nhada, pelo que, querendo,
pode fazê-lo junto das Piscinas
Municipais de Salvaterra de
Magos, bem como nas juntas
de freguesia do município.
Uma oportunidade para mobi-
lizar a família e escolher entre
a mini-caminhada de aproxi-
madamente 4 quilómetros ou a
caminhada de aproximada-
mente 11 kms. É recomendado
o uso de equipamento apropri-
ado para o conforto do partici-
pante.
Hugo Clarimundo
Vialonga tem
eleições no
sábado
Os sócios do Grupo
Desportivo de Vialonga
elegem uma nova direcção na
tarde do próximo sábado. O
acto eleitoral decorre no pavi-
lhão da colectividade entre as
15h e as 17h e os novos corpos
gerentes estarão em funções no
biénio 2011/2013.
Alverca quer mais sócios
A nova direcção do Futebol Clube de Alverca acaba de lançar
uma campanha de angariação de novos sócios, com o lema
“Juntos por um Alverca mais forte”. Os interessados podem
contactar o telefone 21 958 09 56.
Bombeiros de Samora
têmasseio todo-o-terreno
A Associação de Bombeiros Voluntários de Samora Correia
organiza, no próximo domingo (3 de Abril) o seu VI Passeio
para Moto 2 e Moto 4. A iniciativa vai percorrer áreas das pro-
priedades da Companhia das Lezírias e destina-se também a
recolher alguns fundos para a corporação.
20
voz ribatejana #9
Este foi o maior torneio
nacional para escalões jovens
DESPORTO
“
Carregado soma e segue
A Associação Desportiva do Carregado bateu, no domingo, o
vice-líder Torreense e consolidou o quarto lugar na Zona Sul
da 2ª. Divisão Nacional. Os homens do Carregado chegaram à
vantagem ainda na primeira parte com uma grande-penalidade
convertida por Tópê (42 mts). No arranque da segunda aumen-
taram a vantagem por Hugo Carolo (51). O Torreense ainda
reduziu aos 88 minutos, mas Pedro Soares fixou o 3-1 final já
nos descontos. O Carregado soma, agora, 41 pontos, menos 6
que o terceiro colocado, que é o Mafra.
Resultados da
25ª. Jornada
Ponterrol 3-2 Vilafranquense
Vialonga 1-0 Linda-a-Velha
F. Benfica 2-0 Algés
Pêro Pinhei. 3-3 Loures
U. Tires 3-3 Charneca
Lourinhã 2-1 Montelavar
Lourel 1-2 Alta Lisboa
A.Cacém 1-0 Encarnacense
Sortes diferentes para Vialonga e Vila Franca
Depois da boa vitória caseira perante o Cacém (ver texto nesta página), o Vilafranquense disputou,
no passado domingo, um jogo renhido no terreno do Ponterrolense. Os homens de Vila Franca não
conseguiram evitar a derrota por 3-2 frente ao terceiro colocado da Divisão de Honra e estão, agora,
na quinta posição, a apenas seis pontos do segundo lugar, que também deverá garantir a subida.
Já o Vialonga, depois da exibição pouco conseguida e da derrota em Montelavar, somou nova vitória,
agora perante o Linda-a-Velha, e está a meio da tabela. Na próxima jornada, o Vilafranquense tem
uma deslocação que parece acessível ao campo do Encarnacense e o Vialonga tem um jogo que se
adivinha mais complicado no terreno do Alta de Lisboa.
Resultados
22ª. Jornada
Alverca 4-0 J. Castanheira
Murteirense 1-2 Povoense
São Pedro 1-3 UD Recreio
VF Rosário 0-2 Bucelenses
Bocal 1-2 Arneiros
Jeromelo 1-2 Venda Pinheiro
Santa Iria 1-0 Monte Agraço
Casalinhense 1-3 Coutada
Alverca a 1 ponto do líder
Beneficiando da derrota caseira do líder Vila Franca do Rosário perante o Bucelenses, o Alverca
(goleou o Juventude da Castanheira por 4-0) está, agora, a apenas um ponto da liderança da I Divisão
da AFL. O Povoense também parece ter beneficiado da mudança de treinador e foi ganhar ao campo
do Murteirense. Bem continua o União e Recreio de Vila Nova da Rainha, que desta vez ganhou no
terreno do São Pedro.
Na próxima jornada, o Alverca tem uma deslocação sempre difícil ao campo do Arneiros, mas o líder
Vila Franca do Rosário não faz a coisa por menos e visita o quarto colocado Venda do Pinheiro. O
Juventude da Castanheira recebe o São Pedro, o Povoense recebe o lanterna-vermelha Casalinhense
e o União e Recreio recebe o Jeromelo.
Resultados da
5ª. Jornada
Pego 1-0 Benavente
Amiense 2-0 Samora
U. Tomar 1-3 Ouriquense
Descida eminente para o Samora
A fase de disputa da permanência na Divisão Principal de Santarém não está a correr nada bem para
o Grupo Desportivo de Samora Correia que soma 1 vitória e 4 derrotas e precisa rapidamente de
vitórias para ainda tentar evitar a descida. Bem mais tranquilo está o Benavente, que lidera, apesar
da derrota de domingo no terreno do Pego. O Samora perdeu em Amiais, um resultado que se pode
considerar normal, mas que deixa a equipa a 8 pontos da salvação. Bem melhor está o Ouriquense
que somou a quarta vitória nesta fase. Na próxima jornada o Benavente vai a Tomar e o Samora visi-
ta Vila Chã de Ourique.
Divisão Distrital AF Lisboa
1ª. Divisão Distrital de Lisboa – Série 1
Divisão Principal de Santarém
A equipa de juvenis da Escola Secundária
Gago Coutinho sagrou-se campeã nacional
de corta-mato curto na prova disputada, no
passado dia 12, no Parque Ribeirinho de Vila
Nova da Barquinha. A pista daquela vila do
Norte do Ribatejo acolheu os nacionais de
corta-mato curto escolar e federado, que
reuniram cerca de 2500 atletas. O cartaxeiro
Rui Silva sagrou-se campeão nacional abso-
luto, numa prova em que o Clube União
Artística Benaventense alcançou o 12º. lugar
colectivo.
Realce especial para a equipa juvenil da
Escola Gago Coutinho que, com muita união,
conseguiu colocar todos os seus melhores
atletas nos 30 primeiros e ganhar a classifi-
cação colectiva. Jorge Silva, professor de
educação física que tem acompanhado o per-
curso destes jovens atletas, disse, ao Voz
Ribatejana, que a filosofia da escola vai
muito no sentido de apoiar a prática desporti-
va e, sobretudo, de “procurar estimular o
espírito de equipa”.
“É extremamente importante quando se
ganha em termos colectivos. É um grupo
muito homogéneo, basicamente entraram
todos entre o 20º. e o 30º. lugares e
apoiaram-se muito uns aos outros. Sabemos
que era muito difícil chegar aos lugares do
pódio individual e conseguimos a vitória
colectiva, entre cerca de 100 participantes”,
refere, frisando que a direcção da escola tem
apoiado muito o desporto escolar e o grupo
de educação física também, mas mostrando-
se preocupado com algum impacto dos cortes
orçamentais impostos pelo Ministério da
Educação na dinâmica do desporto escolar.
“Muitas vezes os grandes atletas começam
nas escolas”, sublinha, realçando que alguns
dos primeiros colocados na prova de juvenis
de Vila Nova da Barquinha já são atletas fed-
erados.
A Gago Coutinho tem vários núcleos de
desporto escolar e a equipa de juvenis de
corta-mato destacou-se desde logo nas fases
local e regional e sagrou-se campeã distrital
antes de ir ao nacional. Alguns dos elementos
da equipa da Gago Coutinho praticam tam-
bém triatlo no Alhandra Sporting Club.
O Vilafranquense venceu o Atlético do Cacém por 2-1, em jogo da 24ª jornada da Divisão de
Honra de Lisboa realizado no dia 20, e chegou de novo à quinta posição do campeonato. Após uma
primeira parte equilibrada, os ribatejanos foram melhores na segunda metade e venceram com
justiça.
Vilafranquense – Fialho, Praia, Fábio Rosa, Hugo, Ricardo Rocha, Martim (Hernâni 87`), Calisto
(Nuno Lança 74`), Bexiga, Emanuel (Marco 74`), Carlitos (Mourato int), Paulo Grazina
(Guilherme 87`). Não utilizados – Nuno Mestre e Toste. Treinador – Paulo Eira.
Atlético do Cacém – Pedro Rui, Fogeiro (Nando 74`), João Correia, Ricardo Fernandes, Ricardo,
Taveira, Franklim, Tiago Sousa (Alex 74`), Sissé (Manuel Gomes 74`), Seminario (Serginho 63`),
Diogo Nogueira. Não utilizados – Nuno Almeida, China e Ilmo. Treinador – Miguel Rodrigues.
Ao intervalo – 1-1
Golos - Calisto (17`), Fábio Rosa na pb (22`), Emanuel (54`).
Vilafranquense bate Cacém
Novotreinador no
PovoensePaulo Nunes é o novo
treinador do União AtléticoPovoense substituindo
Samuel Dias no cargo. Onovo responsável técnicoterá Daniel Gomes como
adjunto e a missão de reti-rar o clube da Póvoa de
Santa iria dos últimoslugares da 1ª Divisão
Distrital de Lisboa.
Juvenis da Gago Coutinho ganham
nacional de desporto escolar
21
30 de Março de 2011
Aveiras tem serão de folclore
No âmbito das comemorações do seu 51º. aniversário, o Rancho da Casa do Povo de
Aveiras de Cima organiza um serão de folclore no próximo sábado. A partir das 21h30,
actuam o Grupo Etnográfico da Região de Coimbra, o Grupo de Recriações Etnográficas
“Madorna” (Azambuja) e os ranchos infantil e adulto da Casa do Povo de Aveiras de Cima.
Jogo da 24ª. jornada
A equipa é constituída por Bruno Pereira, Filipe
Fraqueiro, Gonçalo Cláudio, Alexandre Nobre, Pedro
Gaspar e Rui Gominho. Na foto acompanhada pela
campeã olímpica Rosa Mota
CULTURA
“
22
voz ribatejana #9
Agenda
Cultural
Vila Franca de Xira
Exposição “Cartoon Xira” -
Exposição de Cartoons do Ano
2010, até 10 de Abril, no Celeiro
da Patriarcal;
Exposição Colectiva de Artes
Visuais “O Passado e o
Presente/Outro olhar sobre a
Colecção do MNR” até 22 de
Maio, no Museu do Neo-
Realismo;
Exposição De Pintura
“Pareidolia – Registos
Parietais & Outros”, de Ana
Rita Pires, até 16 de Abril, na
Galeria Municipal de
Exposições Palácio Quinta da
Piedade, em Póvoa de Stª Iria.
Comemorações do
Centenário de Alves Redol:
Conferência “APintura, a
Música e a Dramaturgia na obra
de Alves Redol”, dia 2 de Abril,
às 16h00; Dia 15 de Abril, às
19h00, Ciclo de Cinema:
“Imagens e Palavras de Alves
Redol” e exibição do filme
“Vidas sem Rumo”, no Museu
do Neo-Realismo; Dia 16 de
Abril, às 10h00, Mini Feira do
Livro, na Rua Almirante
Cândido dos Reis e às 15h30,
Encontro com Baptista Bastos,
Miguel Falcão, Vitor Viçoso e
António Redol seguido de leitu-
ra de textos pelo Grupo Andante
A. Artística, na Biblioteca
Municipal.
Feira do Livro Infantil-
Juvenil, de 2 a 9 de Abril, na
Biblioteca Municipal da Quinta
da Piedade – Póvoa de Santa
Iria. (Dia Mundial do Livro
Infantil – 2 de Abril).
Alhandra - Dia 1 de Abril, às
21h00, Passeio Nocturno "Rota
das Tascas". Dia 9, Feira de
Antiguidades e Artesanato.
Exposição Colectiva de
Fotografia "O Olhar do
Fotografo na IVAmostra de
Teatro de Alverca", até 29 de
Abril, na Casa da Juventude do
Sobralinho.
Alenquer
Encontro numa Tarde de
Domingo: "Mistura de Cores
e de Sonhos", de Francisco
Oliveira, até 26 de Abril, no
Museu João Mário. Inauguração
dia 3 de Abril, às 15h30 e às
16h00, recital de poesia acom-
panhado ao piano por Daniel
Oliveira.
Cinema: Filmes em Abril: dias
1e 2, às 21h30 e 3, às 17h00,
“O Amor é o Melhor
Remédio”, dias 8 e 9, às 21h30
e 10, às 17h00, “Biutiful”, dias
15 e 16, às 21h30 e 17, às
17h00 “As Viagens de
Gulliver” no Auditório Damião
de Góis.
Arruda dos Vinhos
Baile de Finalistas do EJAF,
dia 2 de Abril, às 22h00, no
Pavilhão Multiusos.
Férias Activas da Páscoa, de
11 a 22 de Abril, informações e
inscrições na Piscina Municipal.
Churrasco da Juventude, dia
15 de Abril, junto à sede da
AJAV.
Cinema: Filmes em Abril, às
16h00: dia 3, “ABela e o
Monstro - O Mundo Mágico
de Belle”; dia 10, “AMagia do
Primeiro Amor”; dia 17,
“Totoro” no Auditório
Municipal de Arruda.
Azambuja
Aveiras de Cima - Passeio BTT
“Rota da Ponte da Ermida”,
promovido pelo Rancho
Folclórico "Os Camponeses de
Vale do Brejo", dia 3 de Abril.
Encontro às 08h30 na sede do
grupo.
"Férias em AZB" - Férias da
Páscoa, de 11 a 21 de Abril.
Inscrições nas Juntas de
Freguesia até 6 de Abril.
Ávinho 2011, de 15 a 17 de
Abril. Os Homens da Luta e
The Foll’s são os cabeça-de-car-
taz da “Ávinho – Festa do
Vinho e das Adegas 2011”, em
Aveiras de Cima.
Benavente
Exposição “Terra de
Tapadas”, até 15 de Maio, na
Galeria 2 - Palácio do Infantado
- Samora Correia;
Exposição Permanente
"Galeria de Trens" na Galeria
1 do Palácio do Infantado -
Samora Correia.
Exposição Permanente “Ler
no Palácio do Infantado”, até
16 de Abril, na Biblioteca
Odete e Carlos Gaspar, no
Palácio do Infantado, Samora
Correia
I Workshop de
Aperfeiçoamento Musical, de
11 a 17 de Abril, na S.F.U.S.
(Sociedade Filarmónica União
Samorense).
Corrida "Sempre Mulher
2011", dia 10 de Abril de 2011,
pelas 10h00, na Avenida
Marginal, em Oeiras.
Sobral de MonteAgraço
Dia Mundial dos Moinhos, em
sobral de Monte Agraço, dia 9
de Abril. Visita Guiada ao
Moinho de Vento de Sobral
entre as 15h00 e as 18h00.
XIV Passeio dos Moinhos, dia
10 de Abril, às 09h00.
Concentração na sede da Junta
de Freguesia de Sobral de
Monte Agraço.
Santarém
Música - Cristina Branco
“Não há só tangos em Paris”,
dia 1 de Abril, às 21h30, no
Teatro Sá da Bandeira.
Teatro “Quando as Máquinas
param”, dia 8 de Abril, às
21h30, no Teatro Sá da
Bandeira. Co-produção lusófona
Teatro Extremo (Portugal) e
Harém de Teatro (Brasil).
Festival do Rio, até 10 de Abril,
nos restaurantes do concelho.
coordenação António Preto
Jorge Talixa
O Museu da Cimpor foi inau-
gurado, no passado dia 22, no
Centro de Produção de
Alhandra da cimenteira por-
tuguesa. 117 anos depois do
arranque da laboração da
primeira fábrica e do primeiro
forno de produção de cimento,
exactamente em Alhandra, por
iniciativa de António Moreira
Rato, o grupo Cimpor abriu um
espaço museológico que
começou a ser delineado já em
2007. Os edifícios do primeiro
forno e do primeiro laboratório
foram completamente recuper-
ados e albergam, agora, um
moderno museu, que mistura
antigos equipamentos, imagens
e maquetas, com suportes mul-
timédia que contam a história
do cimento em Portugal.
Na inauguração deste “espaço
de memória”, os responsáveis
da Cimpor falaram, também,
do presente e do futuro de um
grupo que, actualmente, já pos-
sui 26 fábricas, espalhadas por
12 países de quatro continentes
e com um total de mais de 8500
empregados. Sublinharam que
“a Cimpor é uma empresa com
uma história de sucesso” e que
a fábrica de Alhandra continua
a ser um dos seus principais
núcleos mundiais. Por ter sido
em Alhandra que começou a
história do cimento Portland
em Portugal, o museu global da
Cimpor teria mesmo que ficar
nesta vila do concelho de Vila
Franca de Xira.
Na cerimónia inaugural
estiveram presentes o
secretário de Estado da Energia
e Inovação, o governador civil
de Lisboa e a presidente da
Câmara de Vila Franca de Xira,
entre várias centenas de convi-
dados. Castro Guerra, presi-
dente do conselho de adminis-
tração da Cimpor, fez um his-
torial da indústria cimenteira
em Portugal e do papel espe-
cialmente relevante que
Alhandra sempre teve no se-
ctor. Em 1890, devido ao ulti-
mato inglês, António Moreira
Rato começou a alimentar a
ideia de construir a primeira
fábrica de cimento em
Portugal. O projecto teve o
apoio do rei e ficou concluído
em 1894, ano do arranque da
produção. Desde então muitos
episódios marcaram a história
desta fábrica, que teve um iní-
cio difícil e enfrentou grandes
desafios para conquistar mer-
cado. O núcleo accionista
mudou várias vezes, entraram
capitais do Norte e da zona de
Leiria e a Fábrica de Cimentos
Tejo acabou por ser nacional-
izada em 1976. Nasceu, então,
a Cimpor, entretanto reprivati-
zada que, em 1992, iniciou um
processo de internacionaliza-
ção (ver texto nestas páginas).
“A Cimpor é, hoje, uma empre-
sa multinacional, com fábricas
em 12 países de quatro conti-
nentes. Multiplicou por quatro
a capacidade de produção rela-
tivamente a 2002 e vendeu 28,
3 milhões de toneladas de
cimento e clínquer em 2010”,
acrescentou Castro Guerra,
salientando a enorme evolução
do grupo.
“A fábrica de Alhandra é uma
unidade industrial de referên-
cia. Por ela passaram gerações
de quadros técnicos que aju-
daram a lançar novas fábricas e
a modernizar e ampliar outras”,
salientou o presidente da
Cimpor, realçando a importân-
cia do facto do grupo ter conta-
do apenas com quatro líderes
desde 1976 e as suas preocu-
pações de responsabilidade
social.
Castro Guerra afirmou, ainda,
que a abertura deste museu “é
um acto singelo de reconheci-
mento de todos aqueles que, ao
longo da vida da fábrica de
Alhandra, ajudaram a escrever
os momentos mais marcantes
da história da Cimpor”.
O professor Jorge Custódio, foi
o responsável e consultor em
museologia contratado pela
Cimpor para pôr de pé este
museu, que teve coordenação
geral de Carlos Hipólito. Na
cerimónia de dia 22, Jorge
Custódio observou que “este
museu pretende realçar o sig-
nificado histórico, industrial e
patrimonial da antiga fábrica
fundada em 1894” e “salva-
guardar e conservar o seu
património industrial que, ao
longo dos anos, foi reunindo”.
No seu entender, o projecto ini-
cial foi bastante melhorado,
com a incorporação de peças
do património industrial e
arquivístico da Cimpor e o
restauro das suas colecções. “O
Forno Hoffmann foi o epicen-
tro de toda a história do cimen-
to em Portugal”, frisou Jorge
Custódio, referindo que o labo-
ratório agora também recupe-
rado foi “um dos mais comple-
tos da história portuguesa” e
vai constituir, agora, “uma
referência no contexto dos
museus de ciência”.
Alhandra tem museu
mundial da Cimpor117 anos depois do primeiro cimento fabricado em Portugal, a Cimpor inaugurou, em Alhandra, um espaço museológico dedi-
cado à história deste sector em geral e à importância da fábrica cimenteira alhandrense em particular. Um novo espaço cultu-
ral que poderá ser visitado por grupos organizados e durante as habituais jornadas de portas abertas da empresa.
Cimpor em númerosFábricas – 26Países com unidades de produção – 12Funcionários – 8573Funcionários em Portugal – 1379Volume de negócios em 2010 – 2 239 milhões de eurosCapacidade total de produção – 36 milhões de toneladas Capacidade da fábrica de Alhandra – 2, 5 milhões de toneladas
23
O Museu
O Museu da Cimpor divide-se por dois edifícios, totalmente recuperados e adaptados. No espaço
onde, em 1894, foi instalado o Forno Hoffman existe agora a nave principal do museu, que conta
a história da fábrica de Alhandra, mostra alguns dos seus primeiros equipamentos, algumas bar-
ricas de madeira usadas para transportar cimento antes da
adopção dos sacos de papel e vários documentos da
época. Apresenta, ainda, uma maqueta em taman-
ho real de parte do antigo forno, uma recuper-
ação do escritório onde trabalhou o escritor
Soeiro Pereira Gomes, um auditório e
maquetas de toda a unidade industrial de
Alhandra e da respectiva pedreira. Ao
longo do percurso, os visitantes podem,
ainda, recolher mais informação nos
diversos painéis multimédia.
A algumas dezenas de metros fica o
edifício do antigo laboratório, que expõe
grande parte dos antigos instrumentos ali
utilizados entre 1932 e 1976 e amostras
dos diferentes materiais produzidos e das
matérias-primas usadas na fábrica. Integra,
igualmente, os antigos laboratórios de física, de
química e de ensaios de resistência.
Crescer noBrasilO presidente da comissão executiva da Cimpor,Francisco Lacerda, explicou que foram, recentemente,definidos quatro grandes eixos estratégicos para os próximos anos do grupo cimenteiro:aumentar a produção especialmente no Brasil mas também em África e na Índia, manter umaestrutura financeira robusta, reforçar a organização e aumentar a eficiência. Neste último
capítulo, pretende poupar 60 milhões de euros até 2013 reduzindo consumos, incrementandoos combustíveis alternativos e integrando estruturas na Península Ibérica.Francisco Lacerda explicou que o grupo aumentou em 35% a sua capacidade de produçãono Brasil e que este País de língua portuguesa já é, entretanto, o maior consumidor decimento e clínquer da Cimpor (atingiu os 5, 3 milhões de toneladas em 2010, quandoPortugal assegurou 4, 5 milhões). O presidente executivo da Cimpor vincou que 2010 foi“um ano de transição”, depois do “ano negro de 2009” e que foram as chamadas“economias emergentes” a dar um forte dinamismo ao sector.
“Neste contexto, a Cimpor teve a sua melhor performance operacional de sempre. Asreceitas totais subiram 7, 4%, para os 2 230 milhões de euros”, acrescentou Francisco
Lacerda, admitindo que, pelas dificuldades económicas que atravessam, Portugal e Espanhasão, nesta altura, “mercados especialmente desafiantes”. A Cimpor alcançou, assim, em 2010um resultado líquido de 241, 8 milhões de euros, mais 2% que no ano anterior.
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Junta incentiva visitas ao Museu do Ar
A Junta de Freguesia de Alverca sugere à população que faça uma
visita ao Museu do Ar. A autarquia tem desenvolvido diversas inicia-
tivas, entre as quais visitas às segundas-feiras entre as 10h00 e as
17h00.
As escolas e jardins-de-infância do Agrupamento de Arruda
dos Vinhos, organizaram várias actividades de Carnaval.
Voz Ribatejana“
“
ALVERCA
Jorge Talixa
Um grupo de amigos de MárioCoelho resolveu organizar umahomenagem surpresa ao mata-dor de toiros vila-franquenseque, na passada sexta-feira,completou 75 anos. MárioCoelho não escondeu a emoçãoe admitiu que uma lágrima lhecorreu pelo canto do olhoquando, surpreendido, encon-trou o auditório da junta cheiode amigos. O toureiro de VilaFranca reconheceu que o tem-peramento impulsivo lhe temtrazido alguns problemas, massublinhou que aprendeu a esco-la da vida no mundo da tauro-maquia e que tem muito orgu-lho em ser de Vila Franca.A ideia foi desenvolvida por
Helena Guerra, companheirado toureiro, queenvolveudepoiso
presi-dente dajunta JoséFidalgo e a presidente da
Câmara Maria da LuzRosinha. Por volta
das 18h00 des e x t a -
feira,cercade 80p e s s -
o a sr e u n i -
ram-se noauditório da
Junta deFreguesia, em cuja
galeria está patente umaexposição sobre os 50 anos decarreira de Mário Coelho. Adada altura pediu-se silêncio, omatador de toiros, acompa-nhado por Helena Guerracomeçou por observar algunspainéis da exposição e sódepois se apercebeu do que sepassava no auditório. Meteu asmãos na cabeça e entrou, nummisto de indecisão e deemoção. Seguiram-se os aplau-sos e o cantar dos parabéns,que abriram uma cerimóniasimples, mas particularmentefeliz.José Fidalgo agradeceu a ajudados muitos que participaram naorganização da festa, frisandoque em Vila Franca “aindamuita gente se lembra doMário”. O autarca vila-fran-quense salientou que seprocurou fazer uma home-nagem muito simples, mas deforma que fique “marcada naimagem de Vila Franca comorecordação da cidade e dosseus amigos”.O crítico tauromáquicoMaurício do Vale conduziu,depois, a sessão, vincando que“há 75 anos nasceu umtoureiro” e que Mário Coelho“é um ilustre do nosso país”.No entender de Maurício do
Vale, a actual situ-ação leva a que
ainda mais sesinta a faltade outrasf i g u r a scomo Mário
C o e l h o .“Penso que,
por mais compli-cado que lhe parecesse
um toiro, nunca terá levado amão à cabeça como há poucolevou, tal foi a emoção e a sur-presa”, referiu.Maria Adelaide de Carvalho eFernando Palha lembraramalguns dos episódios marcantesda vida de Mário Coelho eJoão Ramalho frisou queMário Coelho “é o tipo maistoureiro que conheço. Étoureiro 24 horas por dia”.Maria da Luz Rosinha entre-gou ao homenageado umareprodução em cristal ópticodo pelourinho de Vila Francacom uma dedicatória ao mata-dor. “Cumprir 75 anos é algoque tem uma importância rele-vante, principalmente quandose teve uma vida tão cheia. Foium homem de sorte, comcerteza teve momentos de difi-culdade, mas muitos maismomentos de glória e de ale-gria”, observou a edil, dirigin-do-se a Mário Coelho. “É umhomem temperamental, o quetem feito com que, ao longo danossa vida, nos tenhamos de-sencontrado muitas vezes, mastambém é um sinal deinteligência quando con-seguimos ultrapassar essasdivergências”, prosseguiu,realçando a forma como MárioCoelho levou longe o nome deVila Franca de Xira. “É, porisso, um património cultural deVila Franca”, sustentou. Antesde ser partido o bolo de aniver-sário, José Fidalgo entregou,ainda, a Mário Coelho, jáCidadão de Mérito da cidade,um Certificado de CidadãoVila-franquense.
“Tenho orgulho em
ser de Vila Franca”
Mário Coelho começou por confessar que foi um mau alunona escola e que a sapiência da vida foi sendo adquirida nomundo dos toiros. “Sou um homem extremamente feliz e sen-sível. Tenho a mania de ser durão, mas tenho uma grande sen-sibilidade e, quando entrei e vi este grupo, vieram-me as lágri-mas aos olhos”, admitiu, lembrando que nunca o fez em públi-co. “75 anos é uma bonita idade, muito mais bonito é ter acerteza absoluta de que o meu computador humano está comuma juventude fantástica. Não direi o corpo, mas a cabeçafunciona lindamente”, referiu, mostrando-se muito feliz porver tantos amigos ali reunidos. “Tenho um orgulho extra-ordinário em ser de Vila Franca e estou convencido que sefosse de outra terra qualquer não seria a mesma coisa. Se nãohouvesse este cheiro do Tejo, o cheiro da Lezíria, do fenomolhado e da água da chuva na terra, tudo isso eu sinto emVila Franca e não consigo sentir noutro sítio qualquer”, acres-centou Mário Coelho, afiançando que nunca mais vai esque-cer estes momentos e esta homenagem.
Mário Coelho homenageadoNo dia dos seus 75 anos, Mário Coelho foi surpreendido com uma homenagem organizada no auditório da Junta de Vila Franca.
Festa
foi organi-
zada pelos
amigos
Mário Coelho acompanhado por Helena
Guerra e José Fidalgo