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Voz Ribatejana Rua José Ferreira Tarré 10 B loja 2615-112 Alverca www.ourinvest.pt e-mail: [email protected] Tel./Fax: +351 219 571 734 (Perpendicular à Avenida Capitão Meleças) Homenagem surpresa nos 75 anos de Mário Coelho Pág. 24 Vila Franca de Xira - Comandante da Divisão Policial em entrevista 89 ofertas de emprego para quase 10 mil desempregados págs.: 4 e 5 Menos crimes e mais roubos Em frente aos correios de Alverca tel: 21 958 45 37 Web: www.audiovital.pt :: número 9 :: ano 1 :: 30 de Março de 2011 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos :: Central de Cervejas dá 130 mil para ajudar carenciados pág.:10 Especial Ambiente A criminalidade baixou 7,6 por cento nas seis freguesias da responsabilidade da Divisão Policial de Vila Franca. Depois de um aumento significativo em 2009, impulsionado por mais casos de violência doméstica, notou-se, em 2010, uma descida generalizada. O matador de toiros, Mário Coelho, completou 75 anos na sexta-feira. Um grupo de amigos organizou uma homenagem surpresa no auditório da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira. O toureiro afirmou que tem muito orgulho em ser natural da cidade vila-franquense . Na gale- ria da autarquia local está patente uma exposição dedicada aos 50 anos de carreira de Mário Coelho. págs.: 11 a 15 Mais nove escolas ameaçadas de fecho pág.: 6

Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

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Page 1: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

Voz Ribatejana

R u a J o s é F e r r e i r a T a r r é 1 0 B l o j a 2 6 1 5 - 1 1 2 A l v e r c a

www.ourinvest.pt e-mail: [email protected] Tel./Fax: +351 219 571 734

( P e r p e n d i c u l a r à A v e n i d a C a p i t ã o M e l e ç a s )“

Homenagem surpresa nos

75 anos de Mário Coelho

Pág. 24

Vila Franca de Xira - Comandante da Divisão Policial em entrevista

89 ofertas de emprego

para quase 10 mil

desempregados

págs.: 4 e 5

Menos crimese mais roubos

Em frente aos correios de Alverca

tel: 21 958 45 37 Web: www.audiovital.pt

“:: número 9 :: ano 1 :: 30 de Março de 2011 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::

Central de

Cervejas dá 130

mil para ajudar

carenciados

pág.:10

Especial

Am

biente

A criminalidade baixou 7,6 por cento nas seis freguesias da responsabilidade da Divisão Policial de Vila Franca.

Depois de um aumento significativo em 2009, impulsionado por mais casos de violência doméstica, notou-se, em 2010,

uma descida generalizada.

O matador de toiros, Mário Coelho, completou 75 anos na sexta-feira. Um grupo de amigos

organizou uma homenagem surpresa no auditório da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira.

O toureiro afirmou que tem muito orgulho em ser natural da cidade vila-franquense . Na gale-

ria da autarquia local está patente uma exposição dedicada aos 50 anos de carreira de Mário

Coelho.

págs.: 11 a 15

Mais nove escolas

ameaçadas de fecho

pág.: 6

Page 2: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

ABERTURA

02

Voz Ribatejana – Como é queavalia a realidade que encon-trou quando, há 1 ano,assumiu esta responsabili-dade e quais foram as suasprioridades em termos decomando?Sub-intendente AntónioPinto Aires – Encontrei uma

divisão muito bem organizada.

A minha preocupação foi dar

continuidade ao trabalho que

tinha sido iniciado e, depois,

com alguns retoques, porque

cada um tem o seu cunho pes-

soal, fazer pequenos acertos e

tentar dinamizar mais e melhor

o nosso serviço.

Uma das apostas iniciaisdesta divisão foi a doPoliciamento deProximidade. Essa estratégiamantém-se?Temos procurado dinamizar

mais e mais e dar ênfase sobre-

tudo ao trabalho que tem sido

desenvolvido no âmbito do

Programa Integrado de

Policiamento de Proximidade

junto das populações, procu-

rando puxar também as popu-

lações a participarem na segu-

rança da zona.

Mas é voz comum que a“manta” colocada ao disporda divisão é curta e que é difí-cil, no dia-a-dia, aplicar essesobjectivos de policiamento deproximidade e de ter umnúmero mais significativo deefectivos na rua. É mesmoassim ou as pessoas nem sem-pre se apercebem da pre-sença da polícia?Possivelmente será esse tam-

bém um dos factores. Não há

dúvida que ninguém, acho eu,

está satisfeito com os meios

que tem ao seu dispor. Eu

gostaria de ter muito mais

meios, mas uma coisa é certa

também: temos que trabalhar

com aquilo que temos. E, se

soubermos aproveitar os que

temos, dinamizá-los, dar-lhes

confiança, responsabilizá-los,

creio que conseguimos obter

resultados satisfatórios.

Vila Franca de Xira é umadas localidades da vossa zonaque se queixa da limitação donúmero de efectivos. É fre-quente ouvirmos que acidade de Vila Franca ficouprejudicada com a instalaçãodo comando da divisão emAlverca…Acho que é uma falsa questão.

Não há dúvida que, enquanto

dependeu da Divisão de

Loures, a esquadra de Vila

Franca era uma esquadra

autóno-

ma que tinha

um efectivo de cerca de 80

e poucos elementos e que tinha

todas as valências, desde a

investigação criminal ao trânsi-

to e todos os outros serviços. O

deslocar de alguns efectivos

para a sede da divisão, aqui em

Alverca, digamos que

restringiu o número de efec-

tivos na esquadra de Vila

Franca. Mas a realidade não é

tanto assim, porque a esquadra

de Vila Franca em si, agora, só

tem a valência da segurança

públi-

ca, do patrul-

hamento. As outras valências,

sedeadas em Alverca, também

fazem serviço em Vila Franca.

Quando se diz que a esquadra

de Vila Franca tem 43 ou 44

elementos, não se conta com as

equipas de intervenção rápida

que vão fazer serviço lá, nem

se conta com os elementos da

investigação criminal ou do

trânsito que vão para lá fazer o

serviço também. Se contarmos

com todos esses ele-

mentos que vão fazer serviço à

área da esquadra de Vila

Franca, a esquadra não perdeu

efectivos, se calhar até ganhou,

porque tem gente que vai e até,

se necessário, em maior

número do que aquele que

tinha antes de 2008.

E esse número base de 43efectivos será suficiente parauma cidade que não é maior

Comandante da Divisão Policial de Vila Franca de Xira em entrevista

Criada em Fevereiro de 2008 aquando da reestruturação do dispositivo de segurança no município, aDivisão Policial de Vila Franca de Xira é responsável por seis das mais populosas freguesias do concelho,onde residem perto de 110 mil habitantes. Com 311 efectivos, distribuídos por três instalações, a PSP temapostado numa estratégia de policiamento de proximidade e no patrulhamento automóvel. AntónioPinto Aires assumiu exactamente há 1 ano o comando da Divisão Policial sedeada em Alverca. Ementrevista ao Voz Ribatejana faz um balanço bastante positivo do trabalho da polícia, sublinha que acriminalidade registada baixou 7, 6% em 2010, mas admite que o crime considerado mais violento temcrescido aqui como em muitas zonas do País. A esquadra da Póvoa ainda não tem data marcada paraabrir e, em Vila Franca, a PSP admite transferir-se para o antigo edifício da GNR se lhe forem intro-duzidas algumas melhorias

“Criminalidade baixou7, 6 % em 2010”

Os dado estatísticos permitem concluirque, de 2009 para 2010, o número decrimes registados nestas seis freguesiasbaixou 7,6%. A descida foi mais notóriaem Alverca (redução de 50%) e menossensível na da Póvoa de Santa Iria(menos 2%).Na maioria das freguesias à respons-abilidade da PSP desceram quase todosos tipos de crime e subiram apenas osroubos, a excepção é Alverca onde tam-bém o número de roubos (casos maisviolentos e com recurso a armas) desceude forma significativa. “A evolução dotipo de crime também nos obrigou aadaptar as formas de combater a crimi-nalidade. Hoje isso não se compadececom um polícia na rua a enfrentar umgrupo de meliantes, quando sabemosque muitos desses crimes são perpetra-dos por grupos. Moldámos a nossaacção, de forma a combater esses gru-pos”, esclareceu, admitindo que háalgum acréscimo da chamada “crimi-nalidade violenta”, porque aumenta ouso de armas. Em 2009, a violência doméstica deu umforte contributo para o aumento donúmero total de crimes, mas em 2010 asparticipações deste tipo de casos jádiminuíram de forma significativa.

“Se contarmos com todos esses elemen-tos que vão fazer serviço à área da

esquadra de Vila Franca, a esquadranão perdeu efectivos, se calhar até gan-hou, porque tem gente que vai e até, se

necessário, em maior número do queaquele que tinha antes de 2008”

Evolução total docrime

2008 2009 2010

26732704

2658

45

14

62

29

76

53

10 11

5455

283

26

9538

1413

15

12

20

18

2 1

18 19 17

312

11

3033

5952

32 48

149

39 39 33

15

5519

roubos

2934

39

furto deveículos

25

5747

furto emveículo

2 4

47

tráfico dedroga

20

109

4078

63

furto emresidência

outrosfurtos

furto emestabelec-imentos

3 4 6 7

1617

2 0 3

13

28

9

13

10

0 2

92 8

6 10

1614

4 370

Desce a criminalidade eaumentam os roubos

Vila Franca de Xira

Alhandra

Sobralinho

Alverca

Forte da Casa

Póvoa de Sta Iria

Fonte: DivisãoPolicial de VilaFranca de Xira

Legenda:

roubos furto deveículos

furto emveículo

tráfico dedroga

furto emresidência

outrosfurtos

furto emestabelec-imentos

Page 3: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

311 efectivosA Divisão Policial de Vila Franca tem 311 efectivos. A unidade arrancou, em 2008, com cerca de 210 elementos,mas reconheceu-se, depois, que eram insuficientes. Estes 311 efectivos estão distribuídos por Alverca, Alhandra eVila Franca. “Quando foi criada a divisão, as valências foram cobertas, nomeadamente na investigação e notrânsito, com os efectivos que já estavam em Vila Franca. Ao aumentar a área à responsabilidade da PSP, con-cluiu-se que eram insuficientes e houve um reforço de cerca de 100 efectivos”, explicou Pinto Aires.

Em 2008, quando foi reestrutura-

do o dispositivo de segurança no

concelho, previa-se que a

esquadra de Vila Franca, instala-

da num espaço cedido pela

Câmara há mais de 30 anos sem

condições para as necessidades

actuais, fosse transferida para o

edifício da Rua Luís de Camões

libertado pela GNR. Para surpre-

sa dos autarcas locais, a PSP

acabou por rejeitar essa mudança

alegando que o imóvel não tinha

as condições necessárias. Maria

da Luz Rosinha, presidente da

Câmara de Vila Franca, já disse,

ao Voz Ribatejana, que teve difi-

culdade em entender essa posição

da polícia e que o assunto novas

instalações para a PSP em Vila

Franca teria que ser, assim,

resolvido por outras instâncias.

O sub-intendente Pinto Aires acha

que, em 2009, a este propósito,

terá havido “um mal entendido

entre o poder local e as estruturas

da PSP” e que a posição da polícia

não terá ficado bem esclarecida.

No seu entender, com algumas

beneficiações, a esquadra vila-

franquense só terá a ganhar com

uma mudança para o antigo edifí-

cio da GNR.

“Toda a gente sabe que o actual

espaço não tem condições para

albergar uma esquadra da polícia.

Quanto a alterações ou mudanças,

não nos compete, mas estaremos

abertos a todas as propostas,

desde que seja para dignificar o

espaço e as pessoas que ali trabal-

ham”, refere, em declarações ao

Voz Ribatejana, frisando que o

comando da Divisão Policial está

“receptivo” a dialogar e que, “se

houver interesse de quem de dire-

ito em alterar essa situação estare-

mos receptivos a qualquer conver-

sa para esclarecer a situação.

Desde que seja para melhor esta-

mos receptivos a qualquer tipo de

negociação”, vincou.

Pinto Aires diz que já transmitiu

esta posição aos responsáveis

autárquicos locais e que o resto

são situações que ultrapassam o

comando local. “Desde que haja

uma melhoria nas condições de

habitabilidade, ficaria muito mais

à vontade a própria PSP (no anti-

go espaço da GNR) e o próprio

edifício da Câmara ficaria com

outra disponibilidade. Ficaríamos

todos muito melhor”, sublinha.

Póvoa sem data

Polémica, no início de 2008, foi também a

decisão de não instalar desde logo uma

esquadra da PSP na cidade da Póvoa de Santa

Iria. O antigo quartel da GNR também foi

considerado sem condições para receber a

PSP e a opção foi projectar uma esquadra

para a Póvoa, ficando a segurança desta

freguesia e do vizinho Forte da Casa, transi-

toriamente, a cargo de efectivos baseados em

Alverca.

A obra avançou, prevendo-se a sua conclusão

em Setembro de 2010. Nessa altura surgiram

algumas dificuldades, com a necessidade de

fazer algumas alterações no edifício e de

fazer as obras de arranjos exteriores. A

Câmara de Vila Franca adiantou que o com-

promisso do Ministério da Administração

Interna era de que a esquadra povoense

abriria no início de 2011. O mês de Março já

lá vai e não há sinais de inauguração ou aber-

tura da esquadra. Pelo meio um dos sindi-

catos do sector diz que não abre porque não

há efectivos.

António Pinto Aires acha que o problema dos

efectivos é, aqui, “uma falsa questão” e que,

quando se vai utilizar um novo espaço, é

importante que reúna as melhores condições.

“As coisas estão feitas, agora são apenas

pequenos retoques”, sustenta o comandante

da Divisão Policial vila-franquense, frisando

que ainda não tem nenhuma indicação

superior quanto a datas para a abertura

da esquadra da Póvoa e que ainda não

está esclarecido se haverá algum

reforço de meios para assegurar o fun-

cionamento desta nova unidade.

“Quando houver a vontade de quem de

direito de abrir vamos pôr a esquadra a

funcionar com aquilo que temos. Se hou-

ver a boa vontade de quem de direito de

dizer: são necessários mais meios nós rece-

beremos de braços abertos aquilo que vier.

Mas se a vontade for de que funcione com

aquilo que temos, faremos o melhor que pu-

dermos para a pôr a esquadra a funcionar”,

sustenta o sub-intendente.

Há alguns meses, o Comando Metropolitano

de Lisboa da PSP disse, ao Voz Ribatejana,

que se estava a equacionar a possibilidade de

transferir as sedes das esquadras de investi-

gação criminal e de intervenção rápida de

Alverca para a Póvoa. Ao mesmo tempo seria

uma forma de garantir a presença de mais

meios nas instalações da Póvoa. Pinto Aires

concorda com essa ideia, salientando que as

instalações de Alverca foram construídas para

um destacamento da GNR (normalmente

com cerca de 100 efectivos) e que, actual-

mente, estão ali baseados mais de 200 efe-

ctivos da PSP, com o comando da divisão e as

esquadras de Alverca, de investigação, de

intervenção rápida e de trânsito. A ideia será,

então, mudar as esquadras de investigação e

de intervenção rápida para a Póvoa. “Vamos

gerir esse novo espaço instalando também

uma ou duas das esquadras que estão em

Alverca. Cria-se mais espaço para a divisão e

essas esquadras ficam com muito mais

espaço para funcionarem”, defende.

Mas a população de Vila Franca não dirá,

depois, que as esquadras de investigação e de

intervenção rápida ficam ainda mais longe.

“Posso tranquilizar as pessoas e garantir que

Vila Franca não vai ser descurada na investi-

gação, nem no apoio do trânsito, nem da

intervenção rápida, porque os nossos meios

deslocam-se com brevidade e estarão no te-

rreno sempre que necessários para resolver os

problemas”, afiança o comandante da PSP,

salientando que estes elementos andam nor-

malmente na rua e em circulação, prontos a

acorrer a qualquer necessidade.

Pequenotráfico emescolasA vigilância das escolas éuma das preocupações.Pinto Aires sublinha queos elementos da EscolaSegura andam em con-stante circulação e efec-tuam inúmeras acções desensibilização. “Quandotemos notícia de algumcaso de pequeno tráficoou de algum pequenoincidente de violênciaentre alunos acorremosde imediato e temos feitoalgumas detenções pre-cisamente por pequenotráfico, quer dentro, querfora de escolas”, reco-nhece o comandanteesclarecendo que nor-malmente são jovens queambicionam ter dinheiroe deixam-se levar poroutros, actuando como“veículos” que intro-duzem droga nas escolas,para partilharem ouvenderem a colegas.

Fluidez do trânsito é prioridade

O comando da Divisão Policial de Vila Franca decidiu concentrar todos os meios da esquadra de

trânsito e mais alguns efectivos, nas chamadas horas de ponta, em acções que visem assegurar a

fluidez da circulação nos principais eixos do concelho. Entre as 8h00 e as 9h30 e das 17h00 às

19h30, essa é a grande preocupação de algumas dezenas de efectivos que, diz o sub-intendente

Pinto Aires, nesses períodos também não descuram a fiscalização e actuam se detectarem

algum abuso. “A orientação é no sentido de concentrar esforços para que a circulação se faça

com a máxima fluidez. É uma preocupação que a todos diz respeito”, afirma.

Mas, muitas vezes, ouvem-se críticas dos que acham que elementos policiais, supostamente ligados ao trân-

sito, aparecem mais em situações de acompanhamento de obras do que propriamente a regular o trânsito.

Pinto Aires assegura que essa é uma ideia errada, porque os elementos policiais que estão a vigiar obras

fazem-no fora das horas normais de serviço, no âmbito dos chamados “remunerados” ou “gratificados”, em

que uma dada empresa ou entidade paga para ter um elemento da polícia a assegurar o ordenamento do

trânsito em casos de obra na via pública.

António Pinto Aires nasceu em

Nave de Haver, no concelho de

Almeida, distrito da Guarda, há 54

anos. Uma aldeia raiana que lhe

moldou a personalidade e lhe incu-

tiu, também, uma forte paixão pela

tauromaquia ou não tivesse Nave de

Haver a mais antiga

( inaugurada

em 1958) a

mais anti-

ga praça

de toiros

fixa da

z o n a

ra i ana

d a s

Beiras .

E m

1981, com 24 anos, resolveu ingres-

sar na PSP, fez a escola de alistados

e seguiu para Lisboa, onde esteve 3

anos na Polícia Municipal. Decidiu,

então, concorrer à Escola Superior

de Polícia, onde ingressou no

primeiro curso e fez a sua formação

como oficial de polícia. Seguiu-se

um percurso intenso, com passagens

pelo Porto, Lisboa, Matosinhos,

Loures, Cascais e Guiné-Bissau.

Em Março de 2010, assumiu o

Comando da Divisão Policial

de Vila Franca.

Para além de tudo o mais,

António Pinto Aires é também

um grande aficionado e tenta

não perder os principais eventos

taurinos da região. “Desde há

muitos anos, mesmo antes de ser um

elemento da Divisão de Loures, já

vinha às largadas de toiros a

Vila Franca e assistia a

algumas corridas em Vila

Franca, no Campo

Pequeno, na Moita. Corria aqui esta

região toda. Onde há toiros tento

acompanhar”, confessa.

Sobre o presente e o futuro da tauro-

maquia em Vila Franca, Pinto Aires

sente alguma dificuldade e pronun-

ciar-se. “Não estou por dentro dos

meios empresariais e sei que é difí-

cil, hoje em dia, a organização de

uma corrida de toiros. Os cartéis são

caros, os toiros são caros, o público

não acorre tanto quanto as empresas

desejariam e este mundo está um

bocado complicado”, reconhece, à

conversa com o Voz Ribatejana,

considerando que, na praça de Vila

Franca, “ou se é ambicioso e se

arrisca ou, então, perde-se o tal

estatuto de ser capital da tauro-

maquia. Acho que a empresa que

está actualmente tem investido um

bocadinho e pode, com um bocado

mais de apoio de quem de direito,

fazer coisas muito engraçadas”,

conclui.

Beirão aficionado

PSP admite mudar para a antiga GNR

03

do concelho mas será a mais

movimentada?

Nunca estamos satisfeitos com

o que temos, temos sim é que

aproveitar os meios que temos

disponíveis. Acho que se bem

aproveitados serão suficientes

para policiar a área de Vila

Franca.

Por outro lado, os dados que

temos demonstram que tem

havido uma redução da crimi-

nalidade na área da esquadra

de Vila Franca. Não há razão

para dizer que há menos poli-

ciamento e a criminalidade

nesta área desceu.

Mas nos últimos meses surgi-

ram primeiro algumas críti-

cas na Assembleia de

Freguesia por alegada falta

de policiamento e, mais

recentemente, uma série de

pequenos assaltos a estab-

elecimentos comerciais do

centro da cidade. Quer num

momento quer noutro, a PSP

reforçou a vigilância, adop-

tou alguma estratégia para

tentar minimizar esses prob-

lemas?

Temos os nossos meios, somos

versáteis e, consequentemente,

onde quer que surjam focos de

instabilidade nós direc-

cionamos os nossos meios. É

verdade que surgiram algumas

situações em Vila Franca e de

imediato direccionámos os

nossos esforços e acho que

está debelada essa situação.

Houve algumas detenções,

foram identificados alguns dos

indivíduos e, logicamente,

essas pessoas quando sabem

que estão referenciadas ou de

alguma maneira a ser vigiadas

tomam uma postura menos

activa.

Antigo espaço da GNR de

Vila Franca de Xira

Page 4: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

TODOS COM VOZ

04

Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração – Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral – 263 281329 Correio Electrónico – [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Proprietário e editor – JorgeHumberto Perdigoto Talixa - Director – Jorge Talixa (carteira prof. 2126) Redacção – Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha (carteiraprof. 9865) e Vasco Antão (carteira de colaborador 895) Paginação - António Dias Concessionário de Publicidade – PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial – Júlio Pereira (9388 50 664) e Afonso Braz (936645773)Registo de Imprensa na ERC: 125978 Depósito Legal nº: 320246/10 Impressão CIC – Centro de Impressão Coraze Tiragem – 5000 exemplares

O MELHOR E O PIOR DA QUINZENA

Os depósitos de entulhos erestos de obras continuam aproliferar por toda a região.

Mais do que um alerta ouuma responsabilização das

entidades fiscalizadoras, cabe-nos condenar, e muito, a com-pleta falta de civismo de quem

não respeita nada, nemninguém e despeja os seus

lixos onde lhe dá na realgana.

Editorial

Unir esforços

e capacidades

A crise que se abateu sobre o nosso País promete

agravar-se e, sobretudo, sente-se uma evidente

falta de perspectivas e de confiança no futuro. Os

portugueses estão, na generalidade, muito preocu-

pados e vão procurando “sobreviver” perante os

problemas que se avolumam todos os dias. Se não

bastassem as sucessivas medidas de austeridade,

os cortes nos apoios sociais e os aumentos incom-

preensíveis dos combustíveis, eis que é chegada a

hora de ir novamente a votos. Exercer o direito de

escolher os nossos representantes é a base do sis-

tema democrático em que felizmente vivemos há

37 anos. Recear que das próximas eleições resulte

uma nova “invasão” do aparelho do Estado e de

tudo o que rodeia por mais alguns milhares de

“especialistas” que gravitam à volta dos principais

partidos e que vão esperando a sua oportunidade

para “sugar” o que resta é, no entanto, a nossa

maior preocupação. Porque, sinceramente, de

políticas não podemos esperar grandes alterações.

Mas de entradas e saídas mais ou menos mi-

lionárias nos organismos do Estado e no universo

das grandes empresas de capitais públicos, as últi-

mas décadas ensinaram-nos que nada de bom se

pode esperar. Vamos esperar que impere o bom

senso e que alguém com poder consiga travar

esses abusos. Sente-se, por isso, que os portugue-

ses confiam cada vez menos na sua classe política.

Às portas de um centro de emprego como o de Vila

Franca de Xira, com quase 10 mil desempregados

inscritos e 61!? novas ofertas de emprego entradas

em Fevereiro, o sentimento é de pura descrença.

Cada um vai procurando sobreviver como pode,

percebendo que nos próximos anos se adivinham

tempos ainda mais difíceis. No meio de tudo isto,

o País tende a parar, as grandes obras públicas

escasseiam, os fundos comunitários não são

aproveitados, boa parte da indústria atravessa

graves dificuldades, o mercado imobiliário esta-

gnou.

Há, todavia, que ter esperança e unir esforços e

capacidades para tentar dar a volta ao problema e

minorar as dificuldades dos mais atingidos. É o

caso e o exemplo do protocolo agora assinado

entre a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas e

a Câmara de Vila Franca de Xira, que vai permitir

apoiar 400 famílias e cerca de 2000 das pessoas

mais carenciadas do concelho. Exemplos destes

são sempre de louvar e de tentar repetir com ou-

tras entidades. Ao mesmo tempo a edilidade de

Vila Franca de Xira quer lançar um projecto dife-

rente e tentar envolver muitos dos beneficiários

destes apoios em pequenas tarefas a favor da

comunidade. Quer dizer, não aceitar que sejam

apenas receptores passivos desta ajuda mas tentar

fazer-lhes perceber que também devem contribuir

para auxiliar a comunidade que os ajuda. Este é o

espírito mais correcto da intervenção social, que

pode fazer caminho incutindo algum sentimento

de responsabilidade e de envolvimento no bem

comum. Vamos esperar que resulte, porque pode

ser uma forma importante de melhorar os nossos

espaços públicos, de encontrar novos bons profi-

ssionais e dar rumo à vida de muitas destas

famílias. E já agora um exemplo que devia ser

seguido com programas nacionais de envolvimen-

to de beneficiários do rendimento social de

inserção ou do fundo de desemprego em tarefas a

favor da comunidade.

Jorge Talixa

voz ribatejana #9

O protocolo assinadoentre a SociedadeCentral de Cervejas eBebidas e a Câmara deVila Franca de Xira vaipermitir apoiar combens alimentares deprimeira necessidadecerca de 2000 habi-tantes do concelho.

“Está complicado e

cada vez será pior”

Centenas de pessoas afluem

diariamente ao Centro de

Emprego de Vila Franca de

Xira, que serve quatro concel-

hos da região, com um total da

ordem dos 210 mil habitantes.

Com um novo edifício mais

desafogado, o serviço do

Instituto do Emprego e da

Formação Profissional tem evi-

dentes dificuldades em respon-

der à crescente procura.

Soluções quase não há para os

perto de 10 mil desempregados

inscritos e a descrença instala-

se. À porta, fazendo fila, alguns

criticam o sistema, outros reco-

nhecem que o centro de

emprego tem falta de meios.

José Estrela Neves, 57 anos, Castanheira do Ribatejo

Já não estou à procura de emprego, estou naquela

fase da pré-reforma. Estou no desemprego durante 3

anos e irei passar à reforma. Não me têm proposto

nada, uma vez que estou nesta situação, é só vir aqui

às apresentações trimestrais. Hoje esperei meia-hora,

mas já tenho estado 2 e 3 horas, é conforme. Ouvi

agora uma funcionária a dizer que têm pouca gente

para funcionarem.

Rui Moutinho, 51 anos, Vila Franca de Xira

Estou desempregado há 1 ano. Na altura propuseram-me uma formação, mas

depois apareceu-me um trabalho para 15 dias e tive que aproveitar. Não me apare-

ceu mais nada. Aqui ajudam-nos a ver como é que devemos ir às empresas procu-

rar trabalho e meter carimbos.

Sou soldador, a minha profissão era muito procurada, mas agora está numa fase

muito má. Vila Franca era o concelho da zona que tinha mais metalomecânica,

era a Mague, as Construções Técnicas, a Mevil, a Argibay e tudo fechou.

Ultimamente estava a trabalhar na Alston em Setúbal, que fazia parte da Mague.

Não me têm proposto outras coisas e eu também, enquanto puder trabalhar no

meu ramo, prefiro. Em termos monetários e de experiência é diferente e já tenho

51 anos. Nesta zona não ofertas nenhumas de trabalho. Não sei se o Centro de

Emprego podia fazer mais. Isto está complicado e cada vez será pior porque o

mercado de trabalho está-se a degradar muito. No meu ramo, há 10/15 anos havia

muita obra, agora não, não há obras, não há nada. Está muito complicado”.

Desemprego Maria do Carmo, 43 anos, Vila

Franca de Xira

Através do Centro de Emprego

não consegui nada. Estou desem-

pregada desde Janeiro. Acabei

um curso de cozinha há 1 ano,

consegui colocação por duas

vezes e, da última, ainda estou à

espera que me paguem o segun-

do mês. Hoje venho aqui para

ver se me arranjam alguma

coisa. Tenho estado sempre

inscrita desde que acabou o

curso. Directamente através do

Centro de Emprego nunca me

surgiu nada. Gostava de tirar

um curso de pastelaria, mas não

me deram essa possibilidade, só

para Lisboa e teria que ser eu a

pagar. O atendimento depende

de quem atende. Por vezes man-

dam as pessoas a entrevistas,

mas chegamos lá e o lugar já está

ocupado.

Acho que o Centro de Emprego

podia fazer mais com um boca-

dinho mais de fiscalização,

porque há muita gente a receber

subsídio de desemprego e a tra-

balhar por turnos de noite.

Page 5: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

Jorge Talixa

Os números do desemprego

tendem a estabilizar na região,

mas o Centro de Emprego de

Vila Franca de Xira, que serve

também os concelhos vizinhos

de Alenquer, Arruda e

Azambuja, tem, actualmente,

perto de 10 mil inscritos. No

final de Fevereiro eram 9760

pessoas registadas neste

serviço do Instituto do

Emprego e da Formação

Profissional que serve os cerca

de 210 mil habitantes desta

região. Já em Salvaterra de

Magos, o centro de emprego,

que serve este e os vizinhos

municípios de Benavente e

Coruche, contabilizava 4275

desempregados

no fim do mês

passado, perío-

do em que reg-

istou apenas 51

novas ofertas

de emprego.

Depois de um

aumento mais

s ignif ica t ivo

em 2008 e

2009, os regis-

tos de desem-

prego têm

a p r e s e n t a d o

variações mais

ligeiras. O

Instituto do

Emprego e da

F o r m a ç ã o

P r o f i s s i o n a l

tem apostado,

também, no

aumento das

acções de for-

mação e nalgu-

ma limpeza de

ficheiros rela-

cionadas com

inscritos de

longa duração

que não reacti-

varam a

inscrição.

Certo é que,

mesmo assim, o concelho de

Vila Franca de Xira registou,

nos últimos meses, um acrésci-

mo significativo de inscritos,

passando de 6269 no final de

Dezembro para 6437 (mais

168) no final de Fevereiro. Já

por comparação com Fevereiro

de 2010 verifica-se uma desci-

da relevante, porque há um ano

estavam inscritos 6668 desem-

pregados. Mas só em Fevereiro

passado entraram 717 novos

inscritos.

Nota-se, também, que cerca de

dois terços dos inscritos resi-

dentes no Município vila-fran-

quense procuram emprego há

menos de 1 ano e que o proble-

ma afecta mais as mulheres

(3330) do que os homens

(3107).

Maria da Luz Rosinha, presi-

dente da Câmara de Vila

Franca de Xira, sustenta que o

problema do desemprego sem-

pre existiu e que nunca teve

conhecimento de nenhum País

do Mundo que o tenha con-

seguido resolver por completo.

“Mesmo nos períodos áureos,

em que a economia está

pujante, não me consta que não

haja à mesma desemprego”,

refere.

No caso do concelho, a edil

recorda que o

desemprego

registado diz

respeito a

pessoas que

trabalhavam

no território

municipal e

que perderam

o emprego

mas, tam-

bém, a

muitos casos

de pessoas

que traba-

l h a v a m

n o u t r o s

munic íp ios

da região,

caíram no

desemprego,

mas como

residem em

Vila Franca

têm que se

inscrever no

concelho de

res idênc ia .

No entender

da autarca do

PS, “a pers-

pectiva é que

haja uma

grande apos-

ta na for-

mação profissional, porque os

nossos níveis de formação são

relativamente baixos e também

impedem o ser-se competitivo

no Mundo do trabalho. Fazer

formação e concorrer a outras

perspectivas, penso que poderá

a ajudar a resolver”, defende,

em declarações ao Voz

Ribatejana.

No final da década passada

começaram a desenhar-se no

Município de Vila Franca

alguns grandes projectos que

prevêem a criação de milhares

de postos de trabalho, é o caso

da plataforma logística da

Castanheira ou de complexos

comerciais como o Fórum

Alverca. Maria da Luz Rosinha

acredita que vão avançar. “Os

objectivos são esses de criação

de emprego, espero que se con-

cretizem”, rematou, frisando

que não tem nenhuma infor-

mação dde sentido contrário.

Menos inscritos na região

No concelho de Alenquer, a

tendência também é para algu-

ma estabilização dos números

do desemprego. No final de

Fevereiro estavam inscritos no

IEFP 1939 residentes na área

do Município alenquerense,

mais 11 do que dois meses

antes. Este registo traduz,

todavia, uma redução de 212

inscritos por comparação com

Fevereiro de 2010.

Já em Arruda, a evolução é

favorável, com 414 inscritos no

final do mês passado, que co-

rrespondem a menos 16 situ-

ações por comparação com

Dezembro. Se compararmos

com Fevereiro de 2010 há uma

ligeira subida de 2 inscritos.

Azambuja tinha 970 desempre-

gados registados no IEFP no

final do mês passado que re-

presentam um agravamento de

52 inscritos por comparação

com Dezembro, mas uma

grande melhoria de menos 134

inscritos se comparado com

Fevereiro de 2010.

Já na área do Centro de

Emprego de Salvaterra, o con-

celho de Benavente tinha 1570

desempregados inscritos no

final de Fevereiro, que repre-

sentam mais 47 inscritos do

que em Dezembro e mais 55

por comparação com Fevereiro

do ano passado. Já o Município

de Salvaterra apresenta, agora,

1664 inscritos, que represen-

tam uma redução de 14 face a

Dezembro e uma descida de

125 inscritos por comparação

com Fevereiro de 2010.

05

30 de Março de 2011

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PoucasofertasA falta de ofertas deemprego é um dosgrandes problemas. EmFevereiro, o Centro deEmprego de Vila Francaregistou apenas 89 ofer-tas, 61 das quais respei-tantes ao concelho vila-franquense, que con-cretizou 51 colocações.Segundo os dados doIEFP, no mês passadoAlenquer teve 28 ofertas(25 colocações), Arruda9 ofertas (2 colocações) eAzambuja também 9 (3colocações)No Centro de Empregode Salvaterra as ofertasforam 51. Benavente re-gistou 16 e teve 7 colo-cações e Salvaterra con-tou com 11 ofertas e 11colocações.

Joaquim Ramos acha que

não há desemprego

O presidente da Câmara de Azambuja diz que não há desem-

prego no concelho. O autarca refere mesmo que há

empresários que se queixam da falta de mão-de-obra. Em

sessão de câmara, e após uma discussão acalorada com o

vereador da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra António

Jorge Lopes, o autarca do PS salientou que “quem quer traba-

lhar no concelho de Azambuja… trabalha”.

Na discussão sobre o emprego, Ramos apontou o dedo à co-

ligação centro-direita, lembrando que “há uma coisa que vos

custa muito. Numa altura em que o desemprego se tornou

num flagelo regional e nacional, felizmente, no concelho de

Azambuja, mercê da actividade deste executivo e da relação

que conseguimos estabelecer em termos de ocupação das

respectivas zonas industriais, o problema é ao contrário”. O

presidente da câmara explica que tem reunido com os

empresários estabelecidos em Azambuja que se queixam da

“incapacidade de arranjarem trabalhadores aqui para traba-

lharem na zona industrial”.

O edil diz que tem a informação de que, embora os salários

não sejam “nada de especial”, estão acima da média e rondam,

de acordo com o autarca, os setecentos a novecentos euros.

Ramos considera, no entanto, que os valores praticados não

são muito elevados, mas são valores a ter em conta no actual

contexto que o país vive. “Tomara a geração à rasca de recém

licenciados que não encontram emprego, arranjarem salários

com este montante”, referiu.

Contudo, para o vereador da Coligação Pela Nossa Terra o

cenário é muito diferente. António Jorge Lopes diz que, “das

duas uma, ou o senhor presidente da câmara já não conhece a

realidade do concelho, ou mente descaradamente”.

António Jorge Lopes cita os números do Instituto do Emprego

para referir que, entre Setembro de 2010 e Outubro de 2010,

por exemplo, a taxa de desemprego no concelho subiu dois

pontos percentuais e acrescenta que, “entre Novembro de

2010 e Janeiro de 2011, a taxa de desemprego aumentou

6,4%”. Por estes motivos, António Jorge Lopes aponta o dedo

a Joaquim Ramos, afirmando que, quando afirma, acompa-

nhado pelo seu vereador Marco Leal, responsável pelo

pelouro do emprego, que não há desemprego no concelho de

Azambuja e que o desemprego está a descer, “é falso”.

“Há desemprego no concelho de Azambuja e está a crescer”,

remata o eleito do PSD.

Miguel António Rodrigues

Centro de Emprego tem

quase 10 mil inscritosO desemprego continua a um nível muito elevado nos concelhos da região e as ofertas de trabalho que chegam aos centros de

emprego são muito escassas. No Centro de Emprego de Vila Franca, que serve quatro concelhos da região, há perto de 10 mil

desempregados inscritos e, em Fevereiro, entraram apenas 89 (!?) ofertas de emprego.

Azambuja

Azambuja

Sede:

Estrada de À-dos-Loucos, 28 - r/c A

2600-428 Alhandra

Tlf.: 969796000 - Fax:219518724

Email: [email protected]

Loja:

Praceta dos Carvalhais, 49 Loja A

2600-776 S.João dos Montes

Tlf.: 219519700 - Fax: 219519709

Web: www.datatrade.net

Falta de apoio nos centros de emprego

À pergunta: “Acha que os centros de emprego dão todo o

apoio possível aos desempregados e que os ajudam a

encontrar emprego?”, a maioria dos nossos leitores acham

que não. Para participar nos nossos inquéritos vá a

www.vozribatejana.blogspot.com.

87% sim

13% não

Concelhos da região somam

mais de 13 mil desempregados

Page 6: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

SOCIEDADE

06

voz ribatejana #9

Jorge Talixa

O Ministério da Educação já

disse que pretende encerrar

mais cerca de 400 escolas

primárias no próximo ano lecti-

vo. Na região, autarcas de

Alenquer, Azambuja e Vila

Franca já manifestaram a sua

preocupação. No caso do

Município vila-franquense,

Maria da Luz Rosinha acha que

poderá haver um consenso para

que entre as escolas vizinhas

das Cachoeiras e das Quintas

(freguesia da Castanheira)

feche apenas uma.

A questão foi colocada na últi-

ma sessão camarária pela

vereadora Ana Lídia Cardoso,

que quis saber qual é posição

do executivo sobre o assunto.

“Tendo em conta que para a

escola das Quintas são trans-

portados alunos da freguesia

das Cachoeiras, gostaria de

saber qual é a posição da

Câmara nesta situação, perce-

ber se a Câmara concorda com

o encerramento e qual vai ser o

papel da Câmara”, referiu.

“É um assunto sobre o qual a

Câmara já tomou posição no

ano lectivo em curso”, expli-

cou, por seu turno, Maria da

Luz Rosinha, frisando que foi a

posição da autarquia contrária

ao fecho de mais estas duas

escolas que permitiu que con-

tinuassem mais este ano.

“Estão a ser encontradas

soluções que envolvem os

agrupamentos e as juntas de

freguesia. É preciso perceber se

é ou não uma boa solução

fechar. Consideramos que das

duas (Cachoeiras e Quintas) só

uma irá fechar, não podendo

adiantar qual porque estamos,

entretanto, com os agrupamen-

tos e as juntas, a ponderar

como vamos apresentar uma

proposta à DREL (Direcção-

Regional de Educação de

Lisboa) e ainda decorrem os

prazos para inscrições”, rema-

tou a edil.

Quatro escolas em “risco”

em Alenquer

O problema do fecho de mais

escolas também foi abordado

em recente reunião da Câmara

de Alenquer. Nuno Coelho,

vereador da coligação Pela

Nossa Terra (PNT) quis saber

se haverá mais encerramentos

de escolas com a perspectiva

do Ministério da Educação de

fechar estabelecimentos com

menos de 20 alunos. Jorge

Riso, presidente da edilidade

alenquerense, lembrou que

estavam nessa situação cinco

escolas (Bairro, Pereiro de

Palhacana, Azedia, Porto da

Luz e Aldeia Galega), das quais

a de Aldeia Galega já fechou

em Setembro passado.

“Essas escolas foram todas

dadas como encerradas no ano

passado pela quantidade de

alunos, ficaram abertas a título

excepcional. O que temos que

fazer este ano é novamente

pedir a abertura a título exce-

pcional. Vamos ter uma reunião

com os presidentes de junta de

freguesia para analisar a situ-

ação”, assegurou o presidente

da Câmara de Alenquer, salien-

tando que algumas não poderão

mesmo fechar porque as po-

ssíveis “escolas de acolhimen-

to” não reúnem condições nem

lotação para receber mais estas

crianças. “Há situações que

terão mesmo que se manter a

título excepcional, outras tem

que se ver”, acrescentou o

autarca do PS, lembrando que a

reunião alargada sobre a rede

escolar concelhia está prevista

para o mês de Abril.

Depois das freguesias da Maçussa e

de Vila Nova de São Pedro terem

perdido as suas escolas, chegou

agora a vez da freguesia de Aveiras

de Baixo. Os alunos deverão ser

transferidos para outras unidades

escolares, já que as escolas em causa

não atingem o número mínimo de 20

alunos.

A Câmara de Azambuja tinha pro-

gramado um centro escolar para a

freguesia de Aveiras de Baixo mas,

segundo informação da vereadora

da educação, isso não será possível,

uma vez que a União Europeia (que

financia estes projectos) não permite

a construção destes equipamentos

para comunidades com menos de

100 alunos, referiu Ana Maria

Ferreira.

Depois da conhecida contestação dos

habitantes dos Casais da Lagoa, que

reivindicavam uma velha promessa

eleitoral do PS de construção do

centro escolar nesta aldeia, Casais da

Lagoa fica definitivamente não só

sem a escola, como sem qualquer

tipo de hipóteses de ver construída a

unidade escolar que tanta tinta fez

correr nos jornais e tantas dores de

cabeça deu aos autarcas nas

reuniões de câmara e assembleias

municiais e de freguesia.

A sede de freguesia, Aveiras de

Baixo, também deve perder a sua

escola. Na mesma situação estão as

aldeias de Casais dos Britos e Casais

de Baixo, sendo que neste caso os

alunos serão integrados no novo cen-

tro escolar Boavida Canada, que

abrirá no próximo ano lectivo em

Azambuja. A vereadora Ana Maria

Ferreira destaca que, para já, ape-

nas tem conhecimento informal de

que as escolas vão fechar, afastando

para já que isso não passe apenas de

uma hipótese. Todavia, a vereadora

diz ter pressionado o Ministério da

Educação no ano lectivo anterior

para que a Escola Básica de Casais

de Britos não encerrasse, tendo em

conta que o novo centro escolar de

Azambuja ainda não estaria pronto.

Agora, caberá à autarquia agilizar

os transportes escolares, de forma a

recolherem os alunos nas localidades

que irão perder as suas escolas.

Miguel António Rodrigues

A Câmara de Alenquer reivindica a reg-

ularização de dívidas do Ministério da

Educação e afirma que, no que diz

respeito à Componente de Apoio à

Família (prolongamento de horários), os

atrasos já atingem quase um ano, uma

vez que o último pagamento recebido

pela autarquia diz respeito a Maio de

2010. Em moção aprovada, no dia 20,

por unanimidade, a Câmara alen-

querense reclama, ainda, o pagamento

de outras verbas em atraso respeitantes

ao ano transacto e a indicação, por parte

da tutela da Educação, de um cronogra-

ma de transferência destas verbas, para

que a autarquia consiga planear melhor

as suas receitas e agendar pagamentos.

A questão começou por ser colocada por

Nuno Coelho, vereador da coligação

Pela Nossa Terra (PNT), principal força

da oposição alenquerense, sugerindo

que, perante os sucessivos atrasos do

Ministério da Educação nas verbas para

transportes escolares, refeições dos

alunos e acção social escolar, a Câmara

deveria tomar uma posição. “São

serviços que a Câmara está a assumir e

está a subsidiar com receitas próprias. A

delegação de competências que foi acor-

dada deve ser paga atempadamente”,

sublinhou o eleito social-democrata,

lembrando que “muito se tem falado que

inúmeras câmaras pretendem rescindir

os contratos de transferência de com-

petência assinados com o Ministério da

Educação exactamente por incumpri-

mento das regras”.

Jorge Riso, o socialista que preside à

Câmara de Alenquer, explicou que,

numa recente reunião alargada promovi-

da pela Associação Nacional de

Municípios Portugueses (ANMP) não

esteve em equação essa rejeição dos

contratos, mas que “ficou claro que há

uma série de incumprimentos por parte

da administração central que colocam

grandes constrangimentos aos municí-

pios”. O autarca do PS sublinha, contu-

do, que vários municípios aludiram tam-

bém aos benefícios destas transferências

de competências que “têm é que ser

acompanhadas do devido envelope

financeiro”.

Jorge Riso diz que já colocou por diver-

sas vezes à tutela da educação a necessi-

dade de haver um cronograma preciso

de pagamentos às autarquias. “Por vezes

as verbas são transferidas, não há a iden-

tificação de onde vêm e só uma semana

ou duas depois é que vem o fax a infor-

mar da transferência”, lamentou o presi-

dente da Câmara de Alenquer, propondo

ele próprio um texto para a moção,

apelando à “regularização” das dívidas

que o Ministério da Educação tem desde

o ano lectivo passado e à existência de

um cronograma de pagamentos para

cada Município.

Cachoeiras ou Quintas

vão ficar sem escolaCom o aproximar do novo ano lectivo volta a preocupação à volta do possível fecho de mais

escolas primárias.

As pequenas freguesias

ficaram sem escolas

Benavente nãoprevê fechosO concelho de Benavente nãodeverá ter nenhuma escolaencerrada no arranque dopróximo ano lectivo. A con-vicção da Câmara local é quea Escola de Foros de Almadase vai manter no limiar dos 21alunos e que continuará afuncionar. “A CâmaraMunicipal tudo fará para quea escola de Foros de Almadanão venha a encerrar, tantomais que, segundo os dadosde que dispõe, manterá onúmero de alunos, acrescen-tando o facto do concelho deBenavente estar em cresci-mento, contrariamente àdesertificação que se verificana maioria dos municípios”,observou o vice-presidente daedilidade, Carlos Coutinho,em recente sessão camarária.Na oportunidade, o autarcada CDU lamentou, contudo,os atrasos do Ministério daEducação na transferência deverbas relacionadas com ostransportes escolares e outrasresponsabilidades assumidaspelos municípios.

Aveiras de Baixo também

deve ficar sem escolas

Alenquer reclama pagamento de

dívidas do Ministério da Educação

Azambuja

Page 7: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

07

30 de Março de 2011

Jorge Talixa

A Brisa vai investir cerca de 4,

5 milhões de euros na

reparação e reforço do pavi-

mento do lanço da Auto-estra-

da do Norte (A 1) compreendi-

do entre Alverca e Vila Franca

de Xira. As más condições de

alguns troços, sobretudo na

zona de Alhandra, já estavam a

suscitar reclamações de utentes

deste lanço de 10 quilómetros,

que é um dos mais movimenta-

dos do País. A concessionária

de auto-estradas avança que as

obras começaram no dia 18 e

vão prolongar-se até dia 17 de

Setembro, prometendo realizar

os trabalhos de maior impacte

na circulação em período no-

cturno (das 22h00 às 6h00)

para minimizar os transtornos

originados aos utentes.

Segundo os responsáveis da

Brisa, a obra implicará a

remoção da camada superficial

do asfalto e a aplicação de uma

nova e abrangerá também o nó

de Alverca. Nalgumas das

fases da empreitada, as vias de

circulação terá que ser reduzi-

das de três para duas também

em período diurno.

Sobretudo nas áreas das

freguesias de Alhandra e do

Sobralinho, este lanço da A 1

apresenta vários problemas de

depressões e irregularidades no

pavimento e mesmo algumas

fissuras extensas. Trata-se de

uma área atravessada diaria-

mente por milhares de viaturas

pesadas que não beneficia de

uma intervenção de fundo

desde 2004.

Alguns utentes da A 1 manifes-

taram mesmo ao Voz

Ribatejana (ver caixas) o seu

descontentamento pelo actual

estado do pavimento neste

troço entre Alverca e Vila

Franca, frisando que quem o

utiliza tem que pagar portagem

desde que a Auto-estrada do

Norte existe. A Brisa, por seu

turno, sustenta que esta em-

preitada visa “melhorar as

condições de circulação” e

”proporcionar benefícios signi-

ficativos ao nível da melhoria

da qualidade de serviço e da

segurança”. A empresa acres-

centa que, nos períodos de

maior incómodo, os automo-

bilistas poderão optar, como

alternativa, pelos percursos

através da Crel e da Auto-estra-

da nº. 10, que fazem a ligação

entre Alverca e o Carregado.

"Acho absolutamente urgente

esta intervenção. Já vínhamos a

solicitar que fosse feita esta

reparação há bastante tempo.

Acho que já tarda", afirma

Maria da Luz Rosinha, presi-

dente da Câmara de Vila

Franca de Xira. Já Nuno

Libório, vereador da CDU na

edilidade vila-franquense, sus-

tenta que as más condições

deste troço da A1 "são um

problema há muito identifica-

do" e lamenta que a Brisa "não

crie as alternativas necessárias

para a pressão do trânsito nesta

área".

"A Brisa, nesta perspectiva,

tem uma visão mercantilista do

serviço público rodoviário",

afirma Nuno Libório, con-

siderando que, para além das

benfeitorias de que necessita,

este troço da A 1 já não deveria

estar sujeito à cobrança de

portagens, tal como acontece

com o lanço entre Lisboa e

Alverca. "Acima de tudo, o

problema principal continua

por resolver, que é acabar com

as portagens entre Alverca e

Vila Franca. É absolutamente

injusto que ainda existam

portagens entre Alverca e Vila

Franca, quando não há outra

alternativa que não seja utilizar

a A 1", argumenta Nuno

Libório, criticando também a

forma como a Brisa tem resisti-

do à construção de mais nós de

acesso à Auto-estrada do Norte

no Sobralinho e nos Caniços.

“Todas as benfeitorias são sem-

pre bem vindas, mas importa

que o concelho também tenha

outras alternativas à EN 10 e

que os nós de acesso no

Sobralinho e nos caniços sejam

definitivamente construídos.

Temos um problema de sobre-

carga da EN 10 e o problema

das portagens por outro”,

acrescenta Nuno Libório, acu-

sando a Brisa e a Câmara de

não tratarem da mesma forma a

questão do nó de acesso à A 1

que vai servir a plataforma

logística da Castanheira (já em

obra) e as questões do

Sobralinho e dos Caniços.

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Auto-estrada em obras até SetembroA Brisa vai investir 4, 5 milhões na reparação do lanço da A 1

compreendido entre Alverca e Vila Franca. Autarcas e utentes

sublinham que a obra já tardava e há mesmo alguns que insistem

que as portagens devem ser abolidas nesta área.

Voz dos Leitores

“Estado vergonhoso”

“É vergonhoso o estado do piso da A1, entre Alverca e Vila

Franca de Xira. Quem passa por esta via, tem que pagar

portagem, desde que esta A1 existe. Pergunto, será pura

ladroagem dos responsáveis, será incompetência, será a políti-

ca do deixa andar, porque os portugueses são estúpidos não

reclamam. Os responsáveis que tenham vergonha na cara e

mandem arranjar esta desgraça, assumindo a sua pasmaceira,

paga a peso de ouro”.

José Pires Milheiro

Comentário no blog do VozRibatejana“Finalmente! Transcrevo-vos uma resposta à reclamaçãoque fiz à Brisa sobre este assunto, no ano passado: "Exmo.Senhor. Temos presente a exposição apresentada por V.Exa. com data de 03.09.2010, cujo conteúdo mereceu anossa melhor atenção. Informamos que esta conce-ssionária tem estado norteada pela constante necessidadede garantir qualidade e segurança oferecidas aos nossosclientes, sendo a nossa preocupação a manutenção e aconservação das nossas infra-estruturas. Sobre o assuntoexposto, informamos que, efectivamente estão devidamenteidentificadas ligeiras irregularidades no pavimento naszonas referidas por V.Exa., que não configuram riscoalgum para a circulação automóvel. Mais se informa quetais irregularidades serão oportunamente corrigidas.Agradecemos a colaboração”

Pedro Calisto, Vila Franca de Xira

Alverca-Vila Framnca

Voz Ribatejana agora

no Facebook

A Brisa vai investir cerca de 4,5

milhões de euros na reparação

da A 1

Page 8: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

08

Jorge Talixa

A Sociedade Euterpe Alhandrense (SEA)

tem novos corpos sociais, que tomaram

posse no passado dia 23. Quando se

apresta para comemorar 150 anos, a mais

antiga colectividade do concelho de Vila

Franca de Xira tem cerca de 1800 sócios

pagantes e 400 praticantes das mais

diversas actividades

culturais. Jorge Zacarias

regressa à presidência

da direcção da Euterpe,

cargo que já ocupara

durante 19 anos. Agora,

as prioridades passam

pela preparação das

comemorações dos 150

anos, pela manutenção

da estabilidade finan-

ceira e pela elaboração

de um projecto para

novas instalações.

Eleita no passado dia 2,

a nova direcção da SEA

tem como primeira pri-

oridade manter o pro-

jecto que tem vindo a

ser desenvolvido na

c o l e c t i v i d a d e .

“Queremos continuar a

desenvolver e a manter

este projecto vivo e

cada vez mais aprofundado. Foi já

assumido que vamos avançar, já no

próximo ano lectivo, com o curso de

dança no conservatório”, revelou Jorge

Zacarias, em declarações ao Voz

Ribatejana, frisando que também já

estão a ser preparadas

as comemorações dos

150 anos, que se

estenderão de 1 de

Dezembro próximo (data do 149º.

aniversário) até Janeiro de 2013. “Será

mais de um ano de comemorações, mas,

acima de tudo, o que se pretende é ter

pelo menos 150 dias de actividades com

envolvimento da

Sociedade Euterpe

Alhandrense”, sublinha

o presidente da colec-

tividade, explicando

que outra preocupação

dos novos corpos ger-

entes é encontrar novas

formas de financiamen-

to para assegurar que a

SEA mantém a sua

actual estabilidade

financeira.

“A consolidação da

conta corrente é outra

das preocupações. A

colectividade tem um

saldo simpático, vive

de há uns anos a esta

parte de forma desafo-

gada e, tendo em conta

até as contingências

que vivemos hoje no

nosso País, é necessário

começar a salvaguardar e encontrar aqui

alternativas de financiamento porque, de

facto, é sempre importante conseguir

sustentar uma colectividade que, sendo

só de cultura, movimenta cerca de 700

mil euros por ano”, vincou.

Novasinstalações

A remodelação da actual sede ou a cons-trução de um novo edifício são aspi-

rações antigas da Euterpe Alhandrense.Jorge Zacarias reconhece que a SEA

“precisa de uma sede nova”, mas salientaque a direcção “tem clara consciência de

que não é nos próximos 3/4 anos que ovamos conseguir, tendo em conta as con-

tingências financeiras que o País vive.Não podemos tapar os olhos e não perce-

ber esta situação”, sublinha.Por isso, a opção desta nova direcção,

será fazer algumas obras de manutençãodas instalações e de criação de acessibili-

dades para pessoas com dificuldade demobilidade. “É fundamental que toda a

gente possa ter acesso à colectividade,mesmo as pessoas com dificuldade de

locomoção que neste momento não é pos-sível acederem ao espaço. Depois, vamoscomeçar a desenvolver as condições para

estudar um projecto para novas insta-lações, sendo certo que, em termos de

construção, só daqui a 3 ou 4 anos é quepodemos pensar nisso”, conclui.

21 dirigenteseleitosOs corpos dirigentes daSEA integram 21 pessoas,com Marina Tiago napresidência da assem-bleia-geral, JorgeZacarias à frente dadirecção e António Rolona presidência do conse-lho fiscal. A Euterpe temtambém uma presidente-adjunta, Fátima Costa, e10 vice-presidentes. Otesoureiro é AntónioMoreira e o secretário-geral João Padinha.

A nova direcção da Euterpe Alhandrense tem como principal

tarefa assinalar da melhor forma os 150 anos da mais antiga

colectividade do concelho de Vila Franca.

AlhandraFaltou a tinta na “Travessa

dos Maiorais”

A Rua do Alecrim, em plena zona antiga de Vila Franca de

Xira, é uma das áreas mais

castiças da cidade. Ali se

situa a Casa-Museu

Mário Coelho e, reza

a placa colocada na

pequena artéria,

chegaram a morar em

simultâneo três maio-

rias de casas agrícolas

ribatejanas. Uma

memória importante da

história da cidade, mas

que, ultimamente, se tem

desvanecido muito.

Talvez por “falta de tinta”,

a placa já quase não se lê e

é caso para dizer que não cus-

tava nada dar uma nova pintura às

letras que a compõem.

Carregado foi uma das

“capitais” dos protestos

A vila do Carregado, pela

sua localização geográfica

e pela confluência de

muitas das principais vias

do país, tem sido habi-

tualmente escolhida

como um dos pontos

centrais dos protestos

dos camionistas. Voltou

a acontecer em Março

e, na primeira rotunda

da Estrada Nacional 3,

lá ficaram por mais

alguns dias diversos

vestígios das denúncias e

do protesto das empresas e dos profi-

ssionais do volante.

Transporte

especial entope ponte de

Benavente

O acordo entre o Governo e alguns representantes dos

camionistas fez levantar a “paralisação” no passado dia 16.

Talvez por isso, foi na manhã dessa quarta-feira que a ponte

de Benavente sobre o rio Sorraia esteve particularmente

entupida. Já não bastavam os trabalhos de reparação que

decorrem na parte final da estrutura e ainda surgiu um trans-

porte especial que obrigou a parar o trânsito durante largos

minutos. A ponte é nova e muito mais larga que a antiga, mas

o cilindro que ali teve que passar mal coube na curva situada

já à entrada de Benavente. Sinal de que o tabuleiro talvez

devesse ter sido construído mais largo ou então de que feliz-

mente a indústria metalomecânica portuguesa ainda vai

dando provas de capacidade para fazer peças de grande

dimensão.

Casas devolutas

demolidas em

Vialonga

Parte da artéria principal de

Vialonga está ladeada de casas

devolutas que dão má imagem

ao centro da vila e geram alguns

riscos. Depois de anos de

pressão, alguns dos edifícios

foram, finalmente, demolidos

nas últimas duas semanas. O

Voz Ribatejana sabe que o

espaço vai ser, agora, vedado e

limpo do amontoado de entu-

lhos. E, de acordo com os autar-

cas, poderão avançar em breve

trabalhos de construção de

novos edifícios nesta zona nobre

de Vialonga, que, ao que tudo

indica, estarão mais vocaciona-

dos para actividades comerciais.

Euterpe tem

nova direcção

Jorge Zacarias

Page 9: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

09

30 de Março de 2011

Jorge Talixa

As centenas de toneladas de ter-

ras e outros detritos acumuladas

num terreno do centro de

Alverca situado junto à urban-

ização da Quinta da Vala de-

verão ser removidas na primeira

quinzena de Abril, segundo

promete a Câmara de Vila

Franca de Xira. O espaço foi

cedido pela autarquia ao

Futebol Clube de Alverca

(FCA) que ali pretende iniciar

rapidamente a obra de con-

strução de um centro de está-

gios e formação. Entretanto, em

2010, o clube aceitou um acor-

do com a empresa empreiteira

da obra de regularização do viz-

inho rio Crós-Cós, permitindo a

deposição provisória de terras e

outros detritos.

Só que os moradores da Quinta

da Vala estão fartos dos incó-

modos causados pelas descar-

gas, pelo movimento dos

camiões, pelas poeiras e pela

lama que se espalha pela

Avenida Infante D. Pedro e

protestaram nas últimas

reuniões camarárias.

Elaboraram mesmo um abaixo-

assinado em que contestam a

forma como esta área destinada

ao centro de estágios “tem

servido de vazadouro ilegal”.

Agora, Maria da Luz Rosinha,

presidente da edilidade de Vila

Franca de Xira, afiançou que

este “depósito provisório” não é

ilegal, porque foi autorizado

pela anterior direcção do FCA e

porque o caderno de encargos

do concurso para a obra prevê

que as terras e outros materiais

retirados do rio e passíveis de

serem reutilizadas sejam

“armazenadas em zona de obra”

e que as restantes sejam trans-

portadas para vazadouro. A

Câmara entende que aquele

espaço está incluído na “zona

de obra” e garante que o que

tem sido ali depositado pela

Conduril “são solos ou materi-

ais britados considerados

inertes e que não contêm quais-

quer substâncias perigosas” – os

moradores chegaram a temer a

existência ali de terras contami-

nadas.

Segundo a presidente da

Câmara está, agora, assente,

que as terras ali colocadas serão

removidas até ao final da

primeira quinzena de Abril e

transportadas para o estaleiro da

Conduril, que se situa “fora do

perímetro urbano de Alverca”,

de onde serão, depois, trans-

portadas para o local da obra.

Maria da Luz Rosinha afiança

que, entretanto, foram tomadas

mais algumas medidas no senti-

do de “serem acautelados os

interesses dos moradores”, des-

ignadamente com a limpeza dos

pneus dos camiões eventual-

mente enlameados e a rega da

zona de deposição para evitar o

levantamento de poeiras.

Mário Vicente assiste frequentemente às reuniões da

Câmara de Vila Franca de Xira e, desta vez, decidiu

denunciar alguns problemas que tardam em ser

resolvidos na cidade. O munícipe falou das falhas de

iluminação em alguns dos pontos mais nobres de

Vila Franca e da falta de lugares de estacionamento

e de respeito de alguns que não hesitam em esta-

cionar irregularmente.

“Fizeram-se coisas tão bonitas e entristece-me pa-

ssar por determinados sítios e ver as lâmpadas todas

fundidas”, lamentou Mário Vicente, citando casos

como a praça do município, o largo da estação ou a

zona envolvente do Monumento ao Campino.

“Com tantos funcionários na Câmara, fiscais e

assessores será que ninguém vê isso e a Câmara não

tem conhecimento?”, interrogou-se, garantindo que

nenhum dos 3 projectores do Monumento ao

Campino está a funcionar e que há problemas

semelhantes noutros locais da cidade. “São estas

coisas que me entristecem como vila-franquense”,

criticou.

Depois, Mário Vicente também acha que o esta-

cionamento “está um caos” na sua cidade, situação

agravada devido às obras que decorrem em vários

locais. “Ouvi a senhora presidente dizer que tinha

que haver civismo e não deixar os carros em cima

dos passeios. Mas a Câmara tem dois sítios para

viaturas credenciadas mesmo ao lado dos Paços do

Concelho e, por vezes, verifico que chegam ali fun-

cionários e assessores e deixam o carro o dia inteiro

em cima do passeio. É uma atitude que não é digna”,

sustentou.

Maria da Luz Rosinha agradeceu os alertas do

munícipe e explicou que o caso do largo da estação

deverá ser resolvido agora pela EDP. “É um assunto

que há muito tem vindo a ser abordado. O mesmo

acontece no largo da Câmara. Verificou-se que

aquelas lâmpadas tinham um grau de aquecimento

muito grande e podia causar queimaduras. Foi um

longo caminho para substituir por lâmpadas frias,

temos vindo a substituir, mas cada lâmpada tem um

preço exorbitante”, reconheceu a edil, prometendo

dar atenção também aos outros casos apontados por

Mário Vicente.

Já no que diz respeito ao estacionamento (ver tam-

bém a edição de 2 de Março do Voz Ribatejana),

Maria da Luz Rosinha admite que “é uma con-

fusão”. A autarca vila-franquense garante que o

executivo “tem andado a tentar encontrar parceiros

para fazer um estacionamento em silo na zona dos

bombeiros, mas como nós impusemos valores para

o utilizador não tem sido fácil. Neste momento há

uma nova proposta que está a ser construída. Ao

mesmo tempo estamos ainda com a questão do esta-

cionamento enterrado junto ao prédio amarelo junto

ao Ateneu”, revelou a presidente da Câmara,

referindo que tem sido muito difícil convencer os

dois últimos moradores deste prédio a aceitarem a

mudança para outras casas.

“Depois há todo um conjunto de atropelos que com

frequência acontecem”, admitiu Maria da Luz

Rosinha, criticando a postura de alguns agentes poli-

ciais e lembrando que, ainda na véspera, se sentiu

obrigada a ir à esquadra solicitar que interviessem na

regulação do trânsito que estava muito “enrolado”

no centro da cidade. “Esta questão dos gratificados

é que funciona muito à frente. Vemos situações em

que um policio a fazer gratificados não se mexe um

passo para resolver situações ao lado”, lamentou.

Sismo do Japão não

passou de susto para

alunos do EJAF

Dezasseis alunos e dois professores do Externato João

Alberto Faria (EJAF) visitaram o Japão na segunda

semana de Março e encontravam-se na capital Tóquio

quando aquele país do Extremo Oriente foi atingido

pelo violento sismo de 11 de Março. A comitiva por-

tuguesa não sofreu, felizmente, qualquer problema,

dado que as zonas mais afectadas estavam a uma dis-

tância de várias centenas de quilómetros, mas ainda

sentiu o impacto do terramoto e, sobretudo, as imensas

dificuldades para comunicar com Portugal e para

encontrar voos de regresso. Os familiares confessam o

temor inicial quando surgiram as primeira notícias do

sismo e quando se verificou que as comunicações

eram quase impossíveis. Apouco e pouco foram resta-

belecidas e veio a mensagem de que estavam todos

bem. Com algum auxílio da Embaixada portuguesa, o

grupo de alunos e professores do curso de comuni-

cação regressou nos dias 15 e 16, em voos separados,

e foi recebido com alguma emoção pelos familiares.

Os jovens, que comunicaram também com os amigos

e as famílias através do Facebook, têm entre os 14 e os

17 anos e não vão esquecer esta viagem a um país

diferente que, por esta altura, por razões trágicas, subiu

ao topo da informação mundial.

Aviagem surgiu no âmbito de um protocolo do EJAF

com uma escola e com uma universidade japonesas.

Câmara garante remoção de

depósito de terras até 15 de AbrilO depósito provisório de terras instalado junto à urbanização

da Quinta da Vala deverá ser removido nas próximas duas

semanas.

Em nome dos moradores

nas três torres da Quinta

da Vala, com cerca de

200 habitantes, João

Ferrinho entregou um

abaixo-assinado à presi-

dente da Câmara de Vila

Franca, que exige

“respeito” pelos resi-

dentes e afirma que o

espaço destinado ao cen-

tro de estágios “tem

servido, fundamental-

mente, de vazadouro ile-

gal”. O documento critica

o facto dos passeios e do

arruamento da Avenida

Infante D. Pedro estarem

em “muito mau estado de

conservação” devido ao

movimento de viaturas

pesadas para o referido

“vazadouro ilegal” e con-

sidera “inaceitável” que

não se tenha dado

aproveitamento a este

espaço para lazer e

recreio das populações.

No entender dos autores

do abaixo-assinado, a

obra de regularização do

Crós-Cós, na parte da

envolvente paisagística e

da protecção das pessoas,

“ficou aquém das expec-

tativas prometidas pela

Câmara” e o local tem

vindo “a perder arvoredo

e manchas verdes, o que

é contraditório com aqui-

lo que deveria ser uma

política paisagística e de

requalificação”. Os

moradores reclamam a

rectificação destas situ-

ações para melhorar a

qualidade de vida de res-

identes e frequentadores

desta zona do centro de

Alverca.

Arruda dos Vinhos

Moradores contra

vazadouro

Munícipe denúncia inúmeras falhas na iluminação

Vila Franca de Xira

Orçamento participativo em Alverca

O projecto vencedor do orçamento participativo promovido pelos órgãos autárquicos da fregue-

sia de Alverca vai ser apresentado, quinta-feira à noite, no salão nobre da junta. O projecto de-

verá ser da competência da junta, financeiramente executável, ter a possibilidade de execução em

2011, ser o mais abrangente possível, ser de interesse público e ter grande frequência de resposta.

Poluição na Quinta do Vale com

fim à vista

Mário Vicente

Page 10: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

10

voz ribatejana #9

Jorge Talixa

A Sociedade Central de

Cervejas e Bebidas (SCC) vai

contribuir com 130 mil euros

para acções de apoio a

famílias mais carenciadas do

concelho de Vila Franca de

Xira e para a edição do catálo-

go da grande exposição do

centenário do escritor Alves

Redol. Trata-se já do sexto

ano consecutivo em que a

empresa sedeada em Vialonga

decide, no âmbito das suas

políticas de responsabilidade

social, apoiar a comunidade

envolvente também com a

atribuição de uma verba anual,

cuja boa aplicação é articulada

com o Município vila-fran-

quense.

No ano de 2010, mais de 400

famílias carenciadas foram

apoiadas com bens essenciais

adquiridos com este apoio da

Sociedade Central de Cervejas

e Bebidas. Este ano, o mecan-

ismo de auxílio vai manter-se,

mas a edilidade de Vila

Franca de Xira está a

organizar um programa

complementar que tem

como objectivo que

alguns dos benefi-

ciários possam, em

c o n t r a p a r t i d a ,

d e s e m p e n h a r

pequenas tarefas

a favor

d a

comunidade.

No dia 24, realizou-se, nas

instalações da SCC, a cerimó-

nia de assinatura do protocolo

de compromisso social para

2011. Alberto da Ponte, presi-

dente da Sociedade Central de

Cervejas e Bebidas começou

por se dirigir a Maria da Luz

Rosinha, frisando que “é uma

das pessoas mais dinâmicas

que conheço em Portugal”. O

líder da SCC acrescentou que,

“apesar dos tempos difíceis e

conturbados, entendemos que

não podemos eximir-nos

daquilo que é um serviço

social de que estamos absolu-

tamente convictos”, salientan-

do que, por isso, a empresa

decidiu manter o montante

deste apoio em 2011. A colab-

oração entre a cervejeira e a

autarquia no domínio da

responsabilidade social arran-

cou há 6 anos e, em 2009, o

montante definido aumentou

para 130 mil euros, passando,

devido à degradação da situ-

ação social, a ser

e s p e c i a l -

m e n t e

e n c a m i -

n h a d o

p a r a

a p o i o

aos mais

carencia-

dos.

Alberto da

Ponte su-

b l i n h o u

que a

Câma-

ra é

quem conhece melhor a reali-

dade social do concelho e que,

por isso, faz todo o sentido

que seja através da autarquia

que estas verbas são aplicadas.

“Estas verbas mantêm-se e,

conforme sempre entendemos,

são destinadas às famílias

mais carenciadas”, vincou.

A presidente da Câmara de

Vila Franca de Xira lembrou

que este protocolo “representa

toda a associação entre os que

trabalham nesta tentativa de

minorar as dificuldades de um

conjunto vasto de famílias”.

Maria da Luz Rosinha

adiantou que, desta vez, 100

mil euros vão destinar-se a

auxiliar famílias mais carenci-

adas com bens de primeira

necessidade e os restantes 30

mil para apoio à edição do

catálogo da grande exposição

do centenário de Alves Redol,

no âmbito do mecenato cultu-

ral.

“No ano de 2010, com o apoio

resultante da SCC, pudemos

ajudar mais de 400 famílias.

Estamos neste momento já a

preparar um conjunto de

m e d i d a s

q u e

p e r -

mitirá

realizar esses apoios”,

prosseguiu a edil, salientando

que quem recebe estas ajudas

e pode desempenhar algumas

pequenas tarefas a favor da

comunidade deve fazê-lo (ver

caixa).

Maria da Luz Rosinha quis

deixar também uma palavra

de esperança e de tranquili-

dade aos dirigentes sociais e

autarcas presentes na cerimó-

nia, reconhecendo o trabalho

social desenvolvido no con-

celho. “Lá fora as coisas pare-

cem estar a desabar, não é ver-

dade, isto vai tudo correr

bem”, sustentou, frisando que

todos têm que manter um

propósito claro de ajudar os

outros. ”A Sociedade Central

de Cervejas e outras empresas

mantêm-se ao nosso lado

cumprindo objectivos de soli-

dariedade social e ajudando as

pessoas nestas dificuldades”,

frisou.

Já António Galamba, gover-

nador civil de Lisboa, sublin-

hou “o alcance e o sentido de

responsabilidade social” da

Sociedade Central de Cervejas

“ao dar este contributo do

ponto de vista da responsabil-

idade social”. No entender do

representante do Governo,

“felizmente cada vez mais

temos empresas com esta con-

sciência, que não têm só a ló-

gica normal do lucro”.

Beneficiários envolvidos em

projectos de trabalho social

A Câmara de Vila Franca de Xira vai apostar num projecto que

visa envolver beneficiários dos seus apoios sociais no desem-

penho de tarefas a favor da comunidade, que poderão participar

também em acções de formação e vir, eventualmente a conseguir

alguma ocupação fixa nas entidades a quem venha a prestar

esses serviços. Maria da Luz Rosinha explicou aos jornalistas

presentes na cerimónia realizada nas instalações da SCC que a

autarquia tem vindo a fazer trabalho de preparação deste projec-

to e o levantamento dos que poderão participar.

“Entendemos que, para além de darmos géneros alimentares e

outros apoios, devemos envolver os seus beneficiários em

pequenas tarefas a favor da comunidade, por exemplo na

limpeza de jardins, no apoio numa cozinha de uma instituição,

numa junta de freguesia, pequenas coisas que, inclusivamente,

poderão vir a transformar-se em possibilidades de trabalho”,

sublinha a edil, referindo que, no âmbito do projecto, haverá

acções de formação e outras acções com o objectivo de retirar

estas pessoas da situação de dificuldade em que se encontram.

Maria da Luz Rosinha diz que, no passado mês de Dezembro,

juntamente com ao vereadora responsável pelo pelouro da acção

social, Maria da Conceição Santos, teve oportunidade de acom-

panhar várias acções de distribuição de alimentos e que ficaram,

as duas, bastante preocupadas. “Há muita gente jovem a receber

apoio, com crianças pequenas, sem perspectivas de trabalho, ou

por falta de formação ou porque já o tiveram e

ficaram desempregadas. E achámos que nos

devíamos envolver de uma forma mais profun-

da”, salientou, frisando que a Câmara vai ten-

tar desenvolver este programa e motivar as

pessoas. “Vamos tentar e vamos esperar que

tudo corra bem”, observou, esclarecendo

que pessoas idosas e/ou com problemas de

saúde não serão convidadas a participar mas

que as restantes serão. “Temos

muita gente na casa dos 30 e dos 40

anos, que está dependente destes

apoios em termos alimentares e

isso, no meu entender, deve ter

uma moeda de troca, em que as

pessoas, tendo tempo

disponível, possam fazer

pequenas tarefas”, acres-

centou.

A presidente da Câmara

vila-franquense salienta que

a Sociedade Central de

Cervejas e outras empresas

locais têm correspondido ao

apelo da Câmara para

apoiarem a vertente social. “É

confortante, porque sabemos

que não estamos sozinhos, há

imensa gente que, de Norte a

Sul, trabalha a favor dos outros

e haver também entidades que,

no âmbito da sua responsabili-

dade social, contribuem finan-

ceiramente para este trabalho é um

refisto que faço com um grande

agradecimento”, concluiu.

130 mil euros da Central de Cervejas

apoiam 400 famílias carenciadas A parceria que a Sociedade Central de Cervejas e a Câmara de Vila Franca mantêm há 6 anos vai permitir apoiar mais de

400 famílias carenciadas do concelho.

Da esquerda para a direita: Maria da Luz Rosinha, Alberto da Ponte

e António Galamba

Page 11: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

ESPECIALAMBIENTE

Jorge Talixa

A OGMA-Indústria Aeronáutica dePortugal e a Xerox estão a desen-volver uma parceria que deveráresultar na plantação de 1500árvores. O projecto, integrado nochamado “Carbon Print Free”,envolve também a AssociaçãoNacional de Empresas Florestais eo Projecto Natura e, no passado dia10, foram alguns colaboradores daOGMA e da Xerox e crianças do4º. ano do Colégio José ÁlvaroVidal de Alverca que participaramna plantação de 96 árvores numespaço de reflorestação do conce-lho de Loures.

No âmbito deste projecto, a Xeroxdesenvolveu uma análise do vo-lume de impressões realizadas naOGMA, juntando aos cálculos oscustos associados ao consumo deenergia, emissões de CO2 e outrosconsumos diversos. Com estaanálise “concluiu-se que o volumede árvores necessário para a elimi-nação total da pegada de carbono éde 1500”.Este programa insere-se na estraté-gia de redução do impacte ambien-tal das actividades destas empresase nas suas políticas de responsabi-lidade social. “Esta iniciativainsere-se na estratégia de sus-tentabilidade de ambas as empresas

e irá contribuir para a redução dapegada de carbono da OGMA asso-ciada à impressão. Este programavem ao encontro dos valores quesustentam toda a política deresponsabilidade da empresa,criando valor para o negócio, paraos clientes e para a comunidade,assumindo assim um genuíno con-tributo para um futuro sustentávelpara todos”, sublinha SandraCosta, responsável pela área deAmbiente da OGMA. Recorde-se que a indústriaaeronáutica de Alverca é o maiorempregador do concelho de VilaFranca de Xira com cerca de 1600postos de trabalho.

OGMA e Xerox

plantam 1500 árvores Para eliminar a “pegada de carbono” resultante do volume de impressões efectuado anualmente nos seus

serviços, a OGMA está a plantar 1500 árvores, numa acção desenvolvida em parceria com a Xerox.

A Assembleia-Geral das NaçõesUnidas decidiu declarar 2011como Ano Internacional dasFlorestas. Em Portugal, sob otema “Floresta para todos”, estãoa decorrer inúmeras iniciativascomemorativas. No Dia daÁrvore, 21 de Março, foi o ParqueFlorestal de Monsanto, emLisboa, a receber as comemo-rações nacionais. Em foco está,especialmente, o contributo dasflorestas para o desenvolvimentosustentado e a erradicação dapobreza. Portugal é um dos paísesda Europa com maior proporçãode área florestal. São cerca de 3, 2milhões de hectares (36% do totaldo território) de floresta, comrealce para o pinheiro, que repre-senta 33% da área florestal por-tuguesa e para o sobreiro (21%).Portugal produz, anualmente,cerca de 167 milhões de metroscúbicos de madeira, numa activi-dade com um peso muito signi-ficativo nas exportações.

Page 12: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

12voz ribatejana #9

Jorge Talixa

Cerca de 130 pessoas de todas as

idades participaram, no passado

dia 19, numa ampla acção de

limpeza da orla do Tejo junto ao

dique que protege os campos da

Lezíria de Vila Franca de Xira. Ao

longo de mais de 10 quilómetros,

os grupos recolheram os mais

diversos materiais, incluindo plás-

ticos e madeiras, mas também

monos, tubos, garrafas e até

roupas e calçado, que são arrasta-

dos para ali pelas águas do rio e

pelo vento, mas também, muitas

vezes, largados propositada-

mente por alguns que se

querem livrar de determina-

do “lixo”.

A “Missão Lezíria Limpa”

surgiu por iniciativa da

Associação dos Beneficiários

da Lezíria Grande de Vila

Franca de Xira (ABLGVFX) e

c o n t o u

c o m

a

coorde-

nação no terreno da

Liga para a Protecção da Natureza

e com o apoio logístico da Junta e

da Câmara de Vila Franca. Os par-

ticipantes tinham as mais variadas

origens, desde estudantes univer-

sitárias de Lisboa a jovens

escuteiros de Vila Franca, que se

juntaram para esta jornada em

defesa do ambiente natural da

Lezíria. Como se tratava também

do Dia do Pai, foram igualmente

convidadas famílias inteiras para

se juntarem a esta jornada, benefi-

ciada pelo muito bom tempo que

se fez sentir.

Rui Paixão, técnico da

ABLGVFX responsável pela ini-

ciativa, sublinha que estas áreas

da orla do Tejo são públicas, “per-

tencem a todos nós e é muito

importante unir esforços para as

manter limpas. Queremos que as

pessoas venham viver a Lezíria,

que venham ao campo e que

encontrem um campo limpo”,

vincou, frisando que houve a pre-

ocupação de criar condições para

que as pessoas separassem o lixo

em quatro catego-

rias – vidro,

e m b a l a -

g e n s ,

p a p e l

e

cartão

e lixo

ind i f e r -

enciado - e

que a Câmara de

Vila Franca assumiu a respons-

abilidade de entregar na

Valorsul.

“Esta iniciativa surgiu

porque a Associação de

Beneficiários da Lezíria

Grande tem também uma

grande preocupação ambi-

ental e isso vê-se nos pro-

jectos que estamos a desen-

volver ao nível das

energias ren-

ováveis, com

energia solar e

energia eólica

nas nossas

estações ele-

vatórias e na

nossa sede, e

o nosso eco-

centro, em que

reciclamos o

plástico prove-

niente da agricul-

tura”, salientou Rui

Paixão, em declarações ao Voz

Ribatejana, sublinhando que ao

patrulhar as zonas do dique de

protecção da Lezíria vila-fran-

quense (estende-se por mais de 60

quilómetros) “verifica-se que

existe um sem número de resídu-

os, orgânicos e não orgânicos,

que muitas vezes vêm de

montante e aglomer-

am-se aqui nas mar-

gens do Tejo”. O

responsável da

ABLGVFX destaca

a excelente

recep-

tividade

que a iniciati-

va teve e o

apoio de

diversas enti-

dades, desde as

autarquias locais

às empresas

envolvidas e especial-

mente também da LPN.

Ana Sofia Ribeiro é coordenadora

do projecto Ecos-Locais da LPN e

disse, ao Voz Ribatejana, que a

Liga procura sensibilizar as pe-

ssoas para a preservação do ambi-

ente e motivá-las para replicar

acções deste tipo nas suas áreas,

criando grupos locais de

limpeza e protecção da

natureza. “A LPN

juntou-se a esta

iniciativa por

considerar que é

i m p o r t a n t e

preservar e ten-

tar proteger o

ambiente. Esta ini-

ciativa acaba tam-

bém por ir ao encontro

de um projecto que já temos,

que é o Eco-Locais. Um projecto

que procura detectar problemas

ambientais e tentar resolvê-los”,

referiu.

A responsável da LPN realça que

é mais fácil as pessoas aliarem-se

a iniciativas deste género em que

a logística já está toda organizada,

mas sublinha que o que a LPN

procura fazer é com que “os

cidadãos mais pró-activos nas

questões ambientais consigam

replicar este tipo de acções, orga-

nizando-se em grupos locais”.

Estudantes de Lisboa àdescoberta da LezíriaUm grupo de estudantes universitárias participou também nesta missão de limpeza daLezíria. Ana Brasão, de 22 anos, não conhecia a Lezíria mas ficou muito impressiona-da com a beleza e a tranquilidade destas margens do Tejo. “Vim porque estou a estu-dar engenharia do ambiente e gostava de ajudar a melhorar os sítios onde vivemos”,disse ao Voz Ribatejana, considerando que, muitas vezes, as pessoas se descuidam coma deposição destes lixos, por falta de sensibilidade para com o ambiente ou porquevêem outras a fazerem o mesmo. “Se já há lixo, as pessoas não têm medo, depositammais e aquilo acumula-se, fica quase como uma lixeira. Ninguém trata do assunto e caitudo nestes descuidos ao fim de alguns anos”, lamenta, admitindo que nas cidades,muitas vezes, o comportamento é o mesmo e, se as pessoas vêem alguns sacos de lixofora dos contentores, não têm pejo em colocar lá mais. “Quero acreditar que os jovensjá começam a ter outra sensibilidade para estas coisas, nem todos, só alguns”, conclui.

Escuteiros dão oexemploO Agrupamento de Escuteiros 823 de VilaFranca de Xira foi o principal mobilizador,reunindo cerca de 35 crianças e jovens paraesta acção. “É a continuação do nosso traba-lho habitual”, explicou Mário Carvalho, chefedo grupo de escuteiros vila-franquense, frisan-do que os escuteiros têm sempre a preocupaçãode “deixar os locais para onde vamos mais emordem à saída do que estavam à chegada”.No entender de Mário Carvalho, o escutismoestá bem em Vila Franca, embora a cidade e afreguesia tenham algumas condicionantes.“Há muitas actividades, as ocupações para ajuventude, felizmente, são muitas. A dificul-dade é conseguir conjugar, em termos dehorários, a vida desta malta toda, porque aescola e as actividades são muitas e o dia tem24 horas”, lembrou.O Agrupamento 823 está ligado à IgrejaCatólica e tem sede no edifício onde tambémfunciona o secretariado da Paróquia de VilaFranca, mesmo em frente da Igreja Matriz dacidade. Actualmente conta com cerca de 60 cri-anças e jovens. “As coisas estão estáveis, temosmuitas entradas mas, depois, face às solici-tações, em função de outras actividades, porvezes é difícil conjugar. Não dá para tudo, masa mensagem fica: escuteiro uma vez, escuteirotoda a vida”, remata Mário Carvalho.

130 limpam orla do Tejo na LezíriaA “Missão Lezíria Limpa” juntou cerca de 130 pessoas numa jornadade limpeza das zonas compreendidas entre o Tejo e o dique que pro-tege os campos de Vila Franca de Xira.

“Éimportante

preservar e ten-tar proteger o

ambiente”

“Muitosdos resíduos

aglomeram-seaqui nas margens

do Tejo”

Alguns dos voluntários e o lixoque recolheram

Page 13: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011
Page 14: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

14

voz ribatejana #9

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Jorge Talixa

O Programa Voluntariado Jovem

para as Florestas (PVJF) vai ser apre-

sentado, hoje (30 de Março), em

Santarém. Num formato mais alarga-

do e ambicioso, arranca já dois dias

depois, a 1 de Abril, prolongando-se

até final de Novembro. Quando se

assinala o Ano Internacional das

Florestas, o Ministério da

Agricultura, do Desenvolvimento

Rural e das Pescas (MADRP) pre-

tende ultrapassar os 5000 jovens

envolvidos em actividades volun-

tárias de limpeza e preservação da

floresta. Segundo a Secretaria de

Estado das Florestas e do

Desenvolvimento Rural (SEFDR),

desde 2005, ano em que foi criado

este programa, já participaram mais

de 40 mil jovens.

Seguindo uma recomendação da

Assembleia da República, o PVJF

foi criado por resolução do Conselho

de Ministros de 14 de Março de

2005, atribuindo as responsabili-

dades da sua concepção, implemen-

tação e controlo de execução ao

Instituto Português da Juventude

(IPJ). O programa envolve também a

Autoridade Florestal Nacional

(AFN), o Instituto da Conservação

da Natureza e da Biodiversidade, a

Agência Portuguesa de Ambiente e a

Autoridade Nacional de Protecção

Civil.

Na sessão de hoje, em Santarém,

estará em destaque uma conferência

sobre o papel dos jovens na pre-

venção e protecção florestal, mode-

rado pelo director regional de edu-

cação de Lisboa e Vale do Tejo.

Haverá, também, uma apresentação

genérica dos objectivos do PVJF

para 2011 e intervenções dos direc-

tores regionais da juventude e das flo-

restas.

Este programa de voluntariado pre-

tende “incentivar a participação dos

jovens na preservação da natureza e

da floresta, em particular, contribuin-

do para a mitigação dos incêndios

florestais, através de acções de pre-

venção, nomeadamente a sensibi-

lização da população para o risco de

incêndio, a vigilância e a limpeza do

lixo das áreas florestais e parques de

merendas, garantindo assim uma

menor probabilidade de ocorrência

de incêndios florestais”. Decorre,

habitualmente, entre 1 de Junho e 30

de Setembro e inclui uma “bolsa

diária de voluntariado”, destinada a

ajudar a cobrir despesas de alimen-

tação e transporte. Os jovens estão

cobertos por um seguro de acidentes

pessoais e o IPJ disponibiliza o mate-

rial e cartão de identificação dos

jovens voluntários.

Em 2010, participaram 4.199 jovens

em 199 projectos. Segundo um estu-

do liderado pela Universidade do

Porto, têm, em média, 21 anos, par-

ticipam mais os rapazes (53,9%) do

que as raparigas, cerca de 80% são

estudantes e quase metade já par-

ticipou antes em acções de voluntari-

ado. Em 2011 e porque se celebram,

ao mesmo tempo, os anos interna-

cionais da Juventude e das Florestas

e o Ano Europeu do Voluntariado, o

Ministério da Agricultura e a

Secretaria de Estado da Juventude

pretendem fazer crescer o programa.

O MADRP disponibilizou 1 milhão

de euros para o PVJF, que permitem

alargar o desenvolvimento do pro-

grama para o período compreendido

entre 1 de Abril e 30 de Novembro e

aumentar o número de jovens para

“pelo menos 5.000”.

Uma petição que pretende que seja atribuído ao sobreiro o

estatuto simbólico de “Árvore Nacional de Portugal” está a

correr na Internet desde Outubro passado e já reuniu cerca de

770 assinaturas. A iniciativa das associações Transumância e

Natureza e Árvores de Portugal pretende chamar a atenção

para os problemas ligados à cultura e preservação desta espé-

cie, contribuindo para “aumentar a pressão no sentido de se

alcançarem as soluções necessárias”.

O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento

Rural, Rui Barreiro, também já subscreveu a petição, con-

siderando que, pela “sua ampla distribuição geográfica e pela

sua importância económica, social, ambiental, paisagística,

histórica e cultural”, o sobreiro é “a árvore que melhor poderá

assumir o simbolismo de “Árvore Nacional de Portugal”.

“A sua importância histórica vem reflectida na antiquíssima

legislação proteccionista. O sobreiro e a cortiça têm uma

fortíssima presença no nosso imaginário, com expressão nas

letras e nas artes, na pintura, na arquitectura, na azulejaria, no

artesanato e, mais recentemente, também na moda e design”,

refere o governante, frisando que a cortiça é um sector

estratégico para Portugal e apelando à adesão de técnicos e

produtores florestais, ambientalistas, industriais corticeiros e

cidadãos em geral.

Portugal produz, actualmente, mais de 50% da cortiça mundi-

al (cerca de 200 mil toneladas por ano), sendo este o único

sector onde o País tem uma posição de liderança. “A perda

desta liderança representaria um descalabro económico,

social e ambiental sem paralelo para o nosso País”, sustentam

os promotores da petição, salientando que esta espécie está

presente em todo o território nacional, desde o Minho ao

Algarve, ocupando cerca de 737 mil hectares.

A petição, quando concluída, será entregue ao presidente da

Assembleia da República, aos presidentes dos grupos parla-

mentares e aos ministros do Ambiente, Agricultura e

Economia. Destaca, ainda, a importância do montado de

sobro como garante da biodiversidade, a crescente importân-

cia do montado de sobro no turismo e o peso económico e

social de todas as actividades ligadas ao sobreiro e à explo-

ração da cortiça. “Há ainda um longo caminho a trilhar, junto

das diversas instâncias da sociedade, para se conseguir uma

sensibilização que conduza a uma efectiva preservação desta

espécie e dos valores biológicos, paisagísticos, económicos e

culturais associados à mesma”, concluem as duas associações

promotoras da petição.

Petição quer sobreiro

como árvore nacional

Ministério quer 5000

no Voluntariado Jovem

para as Florestas

O programa é apresentado

hoje, em Santarém

O Programa “Voluntariado para as Florestas” tem, este ano,

uma dimensão bastante mais alargada e arranca já a 1 de

Abril.

O sobreiro é uma das maiores

riquezas de Portugal

Page 15: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

15

30 de Março de 2011

Jorge Talixa

O projecto de criação de um

bio-parque, com central de co-

geração alimentada a biomassa

(restos florestais), previsto

para a Companhia das

Lezírias, tem o apoio da

Câmara de Benavente. A

empresa agrícola do Estado

ainda tem dúvidas quanto ao

desenvolvimento do projecto e

às garantias de fornecimento

de matéria-prima suficiente,

mas a edilidade de Benavente

aprovou, já neste mês de

Março, por unanimidade, uma

declaração que aceita o carác-

ter excepcional da edificação

deste complexo em área agrí-

cola não incluída na Reserva

Agrícola Nacional.

Carlos Coutinho, vice-presi-

dente da Câmara de

Benavente, defendeu que este

projecto pode ter uma grande

importância para região e que,

por isso, a autarquia deve abrir

uma excepção às interdições

previstas na Lei, tendo em

conta que todo o edificado pre-

visto se destina a uso agrícola

e florestal. O processo segue,

agora, para consulta do

Instituto da Conservação da

Natureza e da Biodiversidade e

da ANA-Aeroportos de

Portugal. O projecto está pre-

visto para a zona do

Catapereiro, próxima da

Estrada Nacional 118 e da

Adega da Companhia.

Miguel Cardia, vereador com

responsabilidades nas áreas do

urbanismo e da protecção

civil, acrescentou que este bio-

parque servirá não só a

Companhia das Lezírias e a

zona do Campo de Tiro de

Alcochete, mas “toda uma

sub-região”, porque “a per-

spectiva será fornecer um

serviço inexistente na zona”.

“Muitas vezes pratica-se a

espia ou a queima dos

sobrantes com custos mais ele-

vados e dai a importância da

rentabilidade que este bio-par-

que pode vir a dar, ou seja,

recebendo os sobrantes da

exploração agrícola e, com

base no mecanismo de pro-

dução, produzir energia eléc-

trica que injecta na rede e os

conglomerados de madeira que

são usados nas lareiras, etc.”.

Ana Casquinha, vereadora do

PS, elogiou a iniciativa da

Companhia das Lezírias, con-

siderando que demonstra que

esta empresa pública e

outras casas agrícolas “têm

preocupações de natureza

ecológica” e devem ser encar-

adas como exemplo e incenti-

vo para outros produtores agrí-

colas e florestais poderem con-

verter-se a estas soluções.

Objectivos do projecto

O bio-parque da Lezíria deverá

ser construído na zona da anti-

ga secagem de cereais da

Companhia das Lezírias e fun-

cionar como uma plataforma

logística onde “são rece-

pcionados vários materiais de

origem agro-florestal como

rolaria, cepos, ramos, bicadas,

material de desbastes, cascas e

palha de arroz e de milho”. A

esta plataforma associa-se uma

unidade industrial em que

estes materiais serão selec-

cionados e transformados.

Entre as principais operações

que ocorrem num complexo

deste tipo destacam-se a

armazenagem de material

lenhoso, o descasque e tritu-

ração de toros, de casca e de

biomassa, o tratamento térmi-

co e a utilização de parte desta

biomassa para alimentar uma

central de co-geração energéti-

ca que pro-

duzirá calor e energia eléctrica

que será injectada na rede do

Serviço Eléctrico Público.

Central de biomassa em

reavaliação

A nova administração da

Companhia das Lezírias man-

tém algumas dúvidas quanto à

viabilidade e solicitou aos

restantes parceiros que dêem

mais algumas garantias de

existência de matéria-prima

suficiente. “Não há decisões”,

disse António João Sousa,

presidente da Companhia

Lezírias ao Voz Ribatejana. “A

Companhia das Lezírias

poderá fornecer até cerca de

10% da matéria-prima. Não

podíamos correr o risco de

fazer o investimento e, depois,

por falta de matéria-prima, ele

ficar parado em termos de pro-

dução. O projecto está suspen-

so para se fazer esse tipo de

análise. No entanto, foi intro-

duzido o valor no orçamento

de 2011. Não quero que te-

nhamos um abastecimento

garantido de 100%, se chegar-

mos a 80% já é muito bom”,

sublinha, frisando que “os

tempos são de contenção e de

grande selecividade nos

investimentos”.

Vila Franca

apresenta

Agenda 21

Local

Os resultados da primeira fase da

aplicação no Município de Vila

Franca de Xira da Agenda 21

Local vão ser apresentados,

amanhã (31 de Março) à noite

(21h30), na Sociedade Euterpe

Alhandrense. Trata-se de um

processo através do qual se pre-

tende “assegurar que o Concelho

se desenvolve de forma sustentá-

vel, integrando as vertentes ambi-

ental, sociocultural, económica e

de boa governação, de forma a

melhorar a qualidade de vida da

população”. Esta primeira fase

incluiu um ciclo de fóruns nas 11

freguesias e as suas conclusões

são, agora apresentadas, criando

condições para avançar para a

segunda fase.

Voluntariado

para as

florestas

apresentado

O Programa Voluntariado Jovem

para as Florestas vai ser hoje à

tarde (30 de Março) apresentado

no auditório do Instituto da

Juventude, em Santarém. A sessão

inclui, também, uma conferência

sobre o papel dos jovens na pre-

venção, moderado pelo director

regional de Educação de Lisboa e

Vale do Tejo. Na abertura da ini-

ciativa intervêm, ainda, a gover-

nadora civil de Santarém, a dire-

ctora regional de Lisboa e Vale do

Tejo do Instituto Português da

Juventude e o director regional de

Florestas.

Azambuja

celebra Dia

da Árvore

O Município de Azambuja assi-

nalou o Dia Mundial da Árvore

com actividades de sensibilização

dirigidas à comunidade escolar e à

população em geral. As acções

realizadas nas nove freguesias

incluíram a plantação de árvores e

a distribuição gratuita de plantas e

material de divulgação sobre a

importância de preservar a flores-

ta ao longo de todo o ano. O

objectivo foi sensibilizar os

munícipes para a necessidade de

proteger a floresta e promover a

qualidade ambiental.

Alhandra

Santarém

Câmara de Benavente apoia

bio-parque na Companhia

das LezíriasA criação de um bio-parque na zona sul da freguesia de Samora Correia poderá dar resposta a muitos dos problemas de

tratamento de restos florestais e agrícolas da região.

Númerosdo projecto

Investimento5 milhões de euros

Postos de trabalho15

Capacidade total derecepção e

processamento debiomassa

130 mil toneladas/ano

Biomassa para produçãode energia

36 723 toneladas/ano

Produção debiocombustível sólido40 mil toneladas/ano

Capacidade da linha detrituração de toros e

biomassa100 mil toneladas/ano

Capacidade de produçãoanual de energia

17, 25 GWeh

Encontro sobre Alves Redol

“A Pintura, a Música e a Dramaturgia na obra de Alves Redol” é o tema

da sessão que se realiza, sábado à tarde, em Vila Franca de Xira, numa

iniciativa conjunta da Secundária Alves Redol e do Museu do Neo-realis-

mo. No auditório do museu vão estar David Lopes e Miguel Falcão.

Companhia das Lezírias procura novo

nicho de negócio

Page 16: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

16

voz ribatejana #9

A Águas do Ribatejo está a desen-

volver acções de formação para a

promoção da poupança de recursos

hídricos e energéticos, numa parce-

ria com a associação ecologista

Quercus e com a Agência

Municipal de Energia de Sintra. No

passado dia 25, uma acção organi-

zada também em articulação com o

Município de Coruche juntou cerca

de meia centena de colaboradores

desta autarquia.

Filipa Alves, engenheira da

Quercus abordou várias questões

ligadas à eficiência hídrica e

deixou um conjunto e sugestões

que podem contribuir para reduzir

de forma significativa os consumos

de água no domínio de actuação do

município. A substituição de

torneiras, autoclismos e outros

equipamentos com fugas de água

por sistemas modernos e mais efi-

cientes, e o aproveitamento das

águas da chuva para regas e

lavagens, são algumas das medidas

que podem ser adoptadas para um

uso mais eficiente da água.

O vice-presidente da câmara

Francisco Oliveira sensibilizou os

colaboradores para a necessidade

de realizar um esforço conjunto de

modo a que os planos traçados po-

ssam ser eficazes. O autarca deu

como exemplo o investimento que

está a ser feito para que as águas

das piscinas municipais possam ser

aproveitadas para regas de espaços

públicos, abastecimentos de carros

de bombeiros e de cisternas para

lavagens de pavimentos, permitin-

do poupar água e reduzir o volume

de água residual sujeita a tratamen-

to na estação de tratamento de

águas residuais. Neste momento já

é possível controlar os volumes de

água consumidos em quase todos

os espaços públicos, permitindo

desta forma monitorizar os con-

sumos e corrigir anomalias.

Pedro Ramos, técnico da Agência

Municipal de Energia de Sintra,

apontou um conjunto de boas práti-

cas que ajudam a reduzir de forma

significativa os consumos nos

serviços municipais e noutros

espaços públicos. Em causa está,

entre outros aspectos, uma opti-

mização do uso dos equipamentos,

a climatização eficaz dos edifícios

e uma melhor utilização dos trans-

portes. Segundo este arquitecto, é

preciso adoptarmos comportamen-

tos de poupança como fazemos nas

nossas casas “porque o dinheiro

dos municípios e do Estado é o

nosso dinheiro” e o ambiente tam-

bém agradece a redução dos con-

sumos de energia.

Furto de cobre compromete

arranque de ETAR

A inauguração da estação de trata-

mento de águas residuais (ETAR)

do Couço, no concelho de Coruche,

no passado dia 22, ficou seriamente

comprometida com a destruição do

posto de transformação (PT) que

devia alimentar aquele equipamen-

to, ao que tudo indica por indivídu-

os que roubaram o cobre da insta-

lação. Os prejuízos rondam os 10

mil euros e o caso está a ser inves-

tigado pela GNR. A instalação de

um novo PT poderá demorar,

agora, alguns meses e, até lá, a

nova ETAR, fruto de um investi-

mento de 1, 5 milhões de euros,

não poderá começar a funcionar.

As barras de cobre que compõem o

PT desapareceram, assim como

mais algumas ligações deste metal.

Segundo a GNR, a quantidade de

cobre ali subtraída poderá valer 3 a

4 mil euros. A cerimónia inaugural

acabou por se realizar à mesma,

contando com a presença da gover-

nadora civil de Santarém e de

vários autarcas da região. No

mesmo dia foi igualmente inaugu-

rado o novo posto de atendimento

da Águas do Ribatejo na vila de

Coruche.

A construção da estação de trata-

mento de S. Tiago dos Velhos e de

um novo Ponto de Entrega no

Sistema de Arruda dos Vinhos, são

algumas das principais obras que a

Águas do Oeste pretende con-

cretizar em 2011. A empresa tem

também programadas para este ano

obras de construção do

Reservatório do Montijo (Sobral de

Monte Agraço), do sistema de

interceptor Pedra do Ouro/ Vale de

Paredes e a construção das ETAR

da Margem Norte (Óbidos) e do

Paço (Peniche e Lourinhã). Tudo

num investimento total que ronda

os 10 milhões de euros.

Desde a sua criação, em Janeiro de

2001, a Águas do Oeste já investiu

mais de 272 milhões de euros, dis-

tribuídos pelos 14 municípios que

serve, entre eles Alenquer, Arruda

dos Vinhos, Azambuja e Sobral de

Monte Agraço. Destacam-se os sis-

temas adutores de águas de Arruda

dos Vinhos/Sobral de Monte

Agraço e as estações de tratamento

de águas residuais de Alenquer e do

Carregado.

A Águas do Oeste concluiu, recen-

temente, obras nas ETAR do

Carregado, Alenquer (cerca de 6

milhões de euros) e Pontes de

Monfalim (vai servir 4500 habi-

tantes de arruda e Sobral) e tem já

em curso empreitadas de ampliação

dos sistemas de Saneamento de

Arruda dos Vinhos (S. Tiago dos

Velhos) e de Azambuja (Virtudes/

Aveiras/ Casais de Baixo/

Espingardeira). Segundo revelou ao

Voz Ribatejana, a empresa pretende

lançar ainda este anos os concursos

públicos para as empreitadas de

ampliação/ remodelação da ETAR

de Arruda dos Vinhos e de

reposição de pavimentos em diver-

sas áreas abrangidas pelas suas

obras. Adjudicou, no início deste

ano, a instalação do Sistema de

Telegestão em algumas infra-estru-

turas de saneamento, que permitirá

uma maior operacionalidade e efi-

ciência do Sistema de Saneamento

da Águas do Oeste.

Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água (22 de

Março) foi também assinalado pela

Águas do Oeste com várias activi-

dades realizadas ao longo do mês

de Março, que incluíram quatro vi-

sitas de alunos das escolas da

região a estações de tratamento de

águas residuais e acções de sensibi-

lização em diversos estabelecimen-

tos de ensino, realçando a melhoria

da qualidade dos recursos hídricos

da região e, consequentemente, do

ambiente e a importância das

estratégias para o uso eficiente da

água.

Sanifauna completa

10 anos

A Sanifauna-Produtos Veterinários, Lda.,

completou recentemente 10 anos de existên-

cia. Sedeada em Alverca, a firma é conside-

rada líder no mercado de distribuição de

produtos veterinários para animais de com-

panhia. Tem actualmente 10 colaboradores e

tem vindo, progressivamente, a alargar e

diversificar a sua actividade. Há cinco anos

criou, também, uma Divisão de

Nutrição/Pecuária para Animais de

Produção.

Concierge limpa

laboratórios de

nanotecnologia

A Concierge Services, através da sua sucur-

sal portuguesa, sedeada em Vila Franca de

Xira, vai assegurar a limpeza e certificação

das Salas Brancas do International Iberian

Nanotechnology Laboratory – INL. Esta

unidade instalada em Braga é considerada

pioneira no domínio da investigação da nan-

otecnologia a nível mundial.

Frisando que tem já “vasta experiência” em

limpeza de salas brancas nos mercados relo-

joeiro, electrónico, laboratorial e farmacêu-

tico, a Concierge sublinha que este novo

contrato vem reconhecer “todo o seu know-how adquirido ao longo dos anos, através do

seu empenho em ter nos seus quadros os

melhores profissionais nesta área, assim

como em promover acções de formação e

workshops contínuos aos seus clientes e

colaboradores”.

A Concierge portuguesa tem, actualmente,

274 trabalhadores e um volume anual de

negócios de 2, 25 milhões de euros.

Adine promove

almoço temático

sobre actividades

económicas

A Associação de Dinamização Empresarial

(Adine) organiza, na próxima sexta-feira, o

primeiro de uma série de almoços temáticos

mensais, onde pretende abordar vários

assuntos com interesse para os empresários

e para comunidade local. Nesta primeira ini-

ciativa são convidados a vereadora Helena

Pereira de Jesus, responsável pelo pelouro

de actividades económicas na Câmara de

Vila Franca de Xira, e o presidente da Junta

de Freguesia de Alverca Afonso Costa. O

almoço tem lugar, a partir das 13h00, no

Fórum Cultural de Alverca (edifício sede da

Adine, situado junto à Estrada Nacional 10

e ao centro comunitário da CEBI). Os inter-

essados podem obter mais informação

através dos endereços

[email protected] ou [email protected] ou

dos telemóveis 91 720 37 96 e 96 28 55 684.

Águas do Ribatejo sensibiliza

para a poupançaSensibilizar para comportamentos que reduzam o consumo de água e

de energia são os objectivos de acções de formação organizadas pela

Águas do Ribatejo.

Alverca

Vila Franca de Xira

Alverca

Águas do Oeste investe 10 milhões em 2011

Lezíria do Tejo

Alenquer, Arruda e Azambuja

Funcionários públicos aprendem a

poupar energia

A ETAR de Alenquer

Page 17: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

17

30 de Março de 2011

Jorge Talixa

A Câmara de Vila Franca de

Xira pretende desenvolver na

freguesia da Póvoa de Santa

Iria a primeira “cidade

inteligente” da Área

Metropolitana de Lisboa

(AML). O projecto, que deverá

ser desenvolvido em articu-

lação com o grupo Teixeira

Duarte, proprietário da maior

parte dos 27 hectares da

chamada “Zona de Expansão

da Póvoa de Santa Iria”, aposta

na redução dos consumos

energéticos e das emissões de

CO2, beneficiando também

dos apoios comunitários que a

edilidade vila-franquense já

obteve para o desenvolvimento

do projecto “Póvoa Central.

Eco-Comunidade” (ver caixa).

O relatório da discussão públi-

ca e a delimitação do

Programa-Base foram aprova-

dos em recente sessão

camarária, com votos

favoráveis do PS e da coli-

gação Novo Rumo (PSD/CDS-

PP/PPM/MPT) e contra da

CDU, que contesta sobretudo a

ocupação de uma área poten-

cialmente inundável. A maioria

PS sustenta que um levanta-

mento do Laboratório Nacional

de Engenharia Civil não inclui

este terreno nas zonas

inundáveis e que a alteração

das cotas evitará qualquer

problema.

De acordo com a nova legis-

lação, esta área foi estudada

como a primeira Unidade de

Execução (U 18) do País, num

processo que juntou a autar-

quia e os proprietários dos ter-

renos. Situa-se entre a Linha do

Norte e o Tejo e deverá alber-

gar 600 fogos, uma escola,

zonas de actividades económi-

cas e comerciais e uma área

para a realização das festas

locais.

“O Município de Vila Franca

está a fazer escola. Depois de

aprovarmos esta Unidade de

Execução seremos o primeiro

município do País a ter este

instrumento devidamente vali-

dado para lhe dar sequência”,

diz Maria da Luz Rosinha,

presidente da Câmara vila-

franquense, salientando que o

facto de Vila Franca ter sido

das primeiras autarquias por-

tuguesas a concluir (final de

2009) a revisão do seu Plano

Director Municipal também

lhe proporcionou condições

para estar mais avançada neste

domínio do planeamento do

território.

Já Rui Rei, vereador social-

democrata com o pelouro das

obras municipais, acha que

Vila Franca de Xira tem aqui a

oportunidade de desenvolver a

primeira “cidade inteligente”

da AML, se não do País. “Este

é um projecto para 15/20 anos.

O objectivo claro é que pos-

samos ter aqui uma cidade sus-

tentável e inovadora que tenha

como pólos também o investi-

mento do Eco-Bairro e na

requalificação da frente

ribeirinha da Póvoa.

Seríamos uma alavanca

óptima de novos investi-

mentos”, sustenta.

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE

DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA

FAZ SABER, em cumprimento do disposto no artigo 1º e no nº 1 do artigo

2º, da Lei nº 26/94, de 19 de Agosto, que constam da listagem anexa as

transferências financeiras correntes e de capital efectuadas a favor de pes-

soas singulares ou colectivas exteriores ao sector público administrativo a

título de subsídio, subvenção, bonificação, ajuda, incentivo ou donativo,

relativas ao 2º semestre do ano 2010.

Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser

afixados nos locais do costume e publicado num jornal de âmbito local.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de

Administração Geral, o subscrevi.

EDITAL Nº 130/2011

TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS 2º SEMESTRE DO ANO 2010

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 21 de Março de 2011

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

Projecto prevê unidade

de co-geração

O Município de Vila Franca conseguiu a aprovação de uma can-

didatura a fundos comunitários que lhe vai permitir investir cerca

de 8 milhões de euros em projectos de requalificação urbana e

melhoria da eficiência energética do centro da cidade da Póvoa.

Com a U 18, situada mesmo ao lado, a autarquia pretende ampli-

ar estes objectivos e criar um novo núcleo urbano onde tudo seja

pensado numa perspectiva de redução das emissões de CO2 e de

gestão energética mais eficiente. Por isso, o Programa Base prevê

que nesta nova urbanização todos os equipamentos e serviços

urbanos (parquímetros, iluminação pública, rega, aquecimento,

sinalização) usem fontes de energia alternativa, que o aquecimen-

to das águas sanitárias seja feito a partir de energia solar e que as

soluções construtivas visem a optimização energética com sis-

temas solares térmicos, ventilação e arrefecimento, iluminação de

muito baixo consumo, isolamento térmico exterior e coberturas

ajardinadas. Depois, refere o Programa Base desta Unidade de

Execução que devem ser adoptadas soluções que controlem o

impacto da temperatura, da humidade e do vento sobre os seres

humanos e que devem ser reduzidas as emissões de CO2 através

do uso de transportes amigos do ambiente e da aposta na mobili-

dade eléctrica e na instalação de pontos de carregamento de bate-

rias para viaturas eléctricas. Com recurso às novas tecnologias

muitos destes sistemas deverão ter uma gestão integrada e

“inteligente”. A unidade de produção de energia ecológica e o sis-

tema de transportes com mini-autocarros eléctricos previstos no

Eco-Comunidade também servirão a nova “cidade”.

“Cidade Inteligente” aposta nas energias alternativasA Unidade de Execução da Póvoa de Santa Iria é a primeira do País e aposta na eficiência energética.

Póvoa de Santa Iria

Decisão de 21 de Abril

12.368

Page 18: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

18

voz ribatejana #9

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Agradecimento

Seu marido, filha e netos,

na impossibilidade de o

fazer directamente, vêm,

por este meio, agradecer a

todas as pessoas que

acompanharam a sua ente

querida à sua última mora-

da, assim como a todos

quanto de qualquer modo

lhes manifestaram o seu

pesar.

Tratou: Agência Funerária

Machado Lda.

Vila F. Xira- Tel: 263272302

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N.14.05.1931 F. 04.03.2011

AGRADECIMENTO

Sua filha vem, por este meio, agradecer, reconhecida, a

todas as pessoas que acompanharam o seu querido pai à

sua última morada, foram à missa de 7º dia, assim como a

todos os que, de alguma forma, lhe manisfestaram o seu

pesar.

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CLASSIFICADOS

Page 19: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

19

30 de Março de 2011

Carla Ferreira

A quinta Exposição

Internacional de Gatos, pro-

movida pelo Clube Português

de Felinicultura (CPF), reali-

zou-se a 19 e 20 de Março no

Pavilhão Multiusos de Arruda

dos Vinhos. A iniciativa apoia-

da pela câmara arrudense, con-

tou também com mostras de

porquinhos-da-índia e coelhos

anões (ver caixa). Gatos per-

sas, abissínios, sagrados da

Birmânia, Azul Russo, Bengal,

Sumali, Britânico, Exótico e

Bosques da Noruega, foram

algumas das 30 raças pre-

sentes. O pavilhão, que apre-

sentava ainda espaços de arte-

sanato, trabalhos das escolas

locais, gastronomia regional e

produtos para animais, foi visi-

tado por largas centenas de

pessoas.

O Voz Ribatejana esteve à con-

versa com João Noronha, pres-

idente do CPF, que explicou

que esta foi a quinta edição

consecutiva da mostra realiza-

da em Arruda “devido à loca-

lização, ao espaço e à forma

como a câmara municipal nos

tem apoiado” e registou com

agrado a evolução “muito pos-

itiva” do certame. A exposição

contou com 190 exemplares

expostos, alguns dos quais vin-

dos do estrangeiro. “Temos

expositores que vieram de

Itália de propósito para esta

exposição”, recordou, frisando

que participaram também cri-

adores espanhóis e franceses.

Mas o país e o concelho

estiveram muito bem represen-

tados. “Posso dizer-lhe que um

dos melhores criadores de

Portugal e a nível mundial da

raça de gatos Bengal é aqui do

concelho de Arruda. Tem um

exemplar que é tri-campeão

mundial, o que é raríssimo”,

sublinhou. Mas a iniciativa dá

também lugar aos gatos sem

raça, os domésticos. Qualquer

pessoa que possua um gato

pode participar nesta

exposição.

A parceria com a Associação

Portuguesa dos Coelhos Anões

(APCA) e o Clube dos Amigos

dos Porquinhos-da-Índia

(CAPI) veio trazer também

mais animação ao espaço e foi

“um sucesso mais uma vez,

tem tido imenso movimento e

imenso público a visitar”,

segundo referiu o responsável

do CPF, que não descarta a

possibilidade deste certame se

estender à apresentação de out-

ras espécies animais. “É pos-

sível porque o espaço é muito

bom e a localização de Arruda

é óptima, por vários motivos,

para quem vem de todas as

zonas do país”, acrescentou,

destacando a importância deste

movimento para a restauração

e para as unidades hoteleiras da

região.

Estas exposições servem para

dar conhecimento ao público

das várias raças que existem e

defender que o gato “é um

excelente animal de compa-

nhia que conhece perfeita-

mente o dono e os hábitos de

uma casa”. Mesmo nas cidades

continua a haver interesse em

ter este animal que “está a

ultrapassar até muitas vezes o

número de cães, pela urban-

idade e também pela comodi-

dade que ele nos dá. O gato não

tem que se vir passear à rua”,

lembrou.

Arruda tem a segunda maior

exposição de gatos do PaísRui Martins, presidente do

CAPI, disse-nos que esta 19ª

mostra de porquinhos-da-

índia foi a primeira que

realizaram em Arruda e

surgiu na sequência do con-

vite do CPF. Na mostra

estiveram 16 expositores de

todo o país e também de

Espanha, num total de 90

exemplares a concurso.

Segundo nos referiu, há

várias espécies: de pêlo com-

prido, curto, áspero, liso. “A

variedade no tipo de pêlo e

de cores é enorme”, disse.

Este responsável contou que

o clube é recente, tem apenas

seis anos, mas que tem tido

boa receptividade. Por

enquanto, ainda “não há a

tradição de ter o porquinho-

da-índia como animal de

estimação ou mesmo como

animal de exposição, mas

temos procurado que as pes-

soas se interessem mais e

temos tido boa receptivi-

dade”. O clube presta infor-

mação sobre os cuidados a

ter com estes animais, já que

necessitam de muita

vitamina C, não

podendo comer só

ração.

Já Filipe Sá, membro

da direcção da

APCA, é criador e

um defensor fer-

voroso dos coelhos

anões. Contou-nos

que esta mostra em

Arruda foi a primeira

realizada a nível ofi-

cial pela associação, tendo

também surgido através do

convite do CPF. Estiveram

presentes cerca de 55 coel-

hos de vários criadores.

“Venho do Porto e sou cri-

ador, a maior parte dos meus

coelhos é da raça “Teddy”.

Quando adulto fica parecido

com um gato persa. O peso

dele é de 1, 350kg, parece

que tem mais, mas não tem”,

disse, referindo também que

há muita gente que confunde

o coelho anão com o normal,

que compra animais como

sendo anões e que, depois, se

revelam coelhos normais.

Daí que a associação preten-

da dá-los a conhecer e vender

“praticamente directamente à

pessoa”, assegurando que

são realmente coelhos anões.

A APCA tem cerca de 75

sócios e é possível que venha

a ser alargada a associação

de coelhos, porque há

“muitos criadores de outras

raças que querem entrar”,

rematou.

C. F.

Amílcar Neves apresenta obras

literárias

Amílcar Neves apresentou a sua obra literária, no passado dia

27, na Biblioteca Pública Fernando Gomes de Sousa. Uma

iniciativa da Junta de Freguesia de Castanheira do Ribatejo.

Certame reuniu criadores

de quatro países

A Câmara de Alenquer deverá rescindir os contratos que

mantém com a Alenmunicipal para a gestão das piscinas

locais e do Auditório Damião de Goes. A decisão ainda

não foi tomada, segundo Jorge Riso, presidente da autar-

quia alenquerense, mas é uma das formas para tentar

rentabilizar os dois equipamentos. Segundo o edil, que

falava durante uma reunião de câmara extraordinária

sobre o assunto esta sexta-feira, os equipamentos em

causa dão prejuízo que, por sua vez é imputado, à empre-

sa Alenmunicipal, que os gere.

Jorge Riso diz que a Câmara de Alenquer “já pagou tudo

à Alenmunicipal” pelo que não tem outra forma de a aju-

dar a equilibrar as contas para pagar a fornecedores que

já estão à espera há algum tempo. Uma das hipóteses é um

empréstimo e é isso que está, nesta altura, a ser estudado,

como forma de sanear financeiramente a associação que,

por não se tratar de uma empresa municipal, está fora de

outro tipo de trâmites jurídicos.

Segundo Jorge Riso, o Auditório Damião de Goes, onde a

autarquia passa alguns filmes, é uma das fontes de prejuí-

zo. Em causa está o facto de, em média, os filmes projec-

tados na sala terem apenas cinco espectadores. Somando

os funcionários adstritos ao equipamento, à luz e até ao

aluguer do filme, a Alenmunicipal tem prejuízos.

Facto semelhante ao que se passa com as piscinas inaugu-

radas em 1995. Neste caso, os prejuízos são maiores. Em

média a juntar aos vencimentos dos funcionários, as pisci-

nas somam cerca de dez mil euros em luz em água e em

químicos que servem para tratar a água, já que é um

equipamento antigo e ainda recorre a químicos para o

tratamento.

Jorge Riso realçou a necessidade de encontrar uma nova

forma de gestão dos equipamentos que terá de passar

forçosamente pela edilidade.

Contudo, o autarca salienta que ainda não existe qual-

quer deliberação sobre o assunto, remetendo para uma

reunião da direcção da Alenmunicipal essa decisão que,

ao que tudo indica, deverá ser a mais provável.

Legislativas podem atrapalhar feira da Ascensão

A Feira da Ascensão de Alenquer poderá ter menos um dia

este ano. Se o Presidente da República marcar as eleições

para o dia 5 de Junho, a autarquia local, por questões logís-

ticas, pondera terminar o evento no sábado anterior. Tudo

isto porque coincidiria com um dos dias de maior afluência

do certame.

A garantia foi dada ao Voz Ribatejana pelo presidente da

câmara, Jorge Riso, que argumentou com o calendário

eleitoral para fazer esta alteração no figurino. O assunto foi

abordado na reunião extraordinária de sexta-feira do exec-

utivo municipal e tem estado na ordem do dia já que as

restrições orçamentais obrigaram a câmara a repensar todo

o certame.

O autarca esclareceu que este ano a feira vai ter menos cus-

tos, tanto ao nível da animação, como ao nível da mon-

tagem. Sendo certo que se vai desenrolar na Avenida dos

Bombeiros Voluntários junto ao rio, o certame aproveitará

algumas das alterações feitas no ano passado ao nível da ilu-

minação e ao nível das tendas utilizadas.

Miguel António Rodrigues

Porquinhos-da-índia e coelhos

anões atraem criadores

Câmara deve rescindir com a Alenmunicipal

Page 20: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

Alverca

disputa hoje

meia-final da

Taça da AFL

O Futebol Clube de Alverca

recebe, hoje à noite (20h00), a

equipa do Pêro Pinheiro em

jogo das meias-finais da Taça

AFL (Associação de Futebol

de Lisboa) “Centenário”. Para

chegar à final, a equipa

alverquense, actual segunda

classificada na I Divisão da

AFL, terá que bater esta equipa

do concelho de Sintra que li-

dera a Divisão de Honra da

mesma AFL.

Xirabasket junta 270 atletas

na PáscoaDinamizar a prática do basquetebol nas camadas

jovens e divulgar Vila Franca de Xira e o conce-

lho, são os grandes objectivos do Xirabasquet.

Jorge Talixa

O pavilhão da União Desportiva Vilafranquense

(UDV) acolhe, de 21 a 24 de Abril, mais uma edição

do Xirabasket, iniciativa que vai reunir, este ano,

cerca de 270 praticantes distribuídos por 18 equipas.

Esta 21ª. edição do Xirabasket terá cariz interna-

cional assegurado pela presença dos espanhóis do

Cáceres e conta, também, com a participação das

melhores equipas nacionais nos escalões de sub-10,

sub-14, sub-16 e sub-18. O Xirabasket assume-se já

como o maior e mais antigo torneio para escalões

jovens em Portugal e envolve uma logística com-

plexa que, para além dos seccionistas da UDV, inte-

gra também muitos familiares dos jovens praticantes

de Vila Franca.

“O segredo do Xirabasket está na ajuda que os pais

dos nossos atletas dão nos quatro dias do torneio.

Também temos a vida facilitada nos que diz respeito

a trazer equipas ao torneio, pois na sua maioria ofer-

ecem-se para estar presentes, até mesmo equipas do

nosso país vizinho”, sublinha Rui Silva, responsável

pela Secção de Basquetebol da UDV.

O Xirabasket terá, assim, quatro equipas de sub-10

(UDV, Queluz, CEBI e Estoril Basket) em sistema de

jogos de convívio. Nos escalões de sub-14 (UDV,

Odisseia, Barreirense e Selecção sub-13 de Lisboa) e

de sub-16 (UDV, Belenenses, selecção sub-15 de

Lisboa e Estoril) serão jogados torneios quadrangu-

lares. No escalão de sub-18 participam 6 equipas

divididas em duas séries e com apuramento final

(UDV, Queluz, Barreirense, Física de Torres, Estoril

Basket e San António Cáceres). O Voz Ribatejana

publicará trabalhos mais desenvolvidos sobre este

evento nas suas duas próximas edições.

Salvaterra

promove

caminhadas

Teve início no dia 13 de Março

o projecto "Rotas Pedestres

2011", marcando assim o

arranque do calendário 2011,

que promove a actividade físi-

ca e a descoberta do município

de Salvaterra de Magos. Esta

foi a primeira de muitas

“Rotas” do calendário de 2011,

que uma vez mais irão percor-

rer todas as freguesias do

município.

A próxima caminhada,

denominada “Rota da

Família”, realiza-se no dia 3 de

Abril, com início previsto para

as 9h30, na freguesia de

Muge. Estão abertas as

inscrições para esta 2ª cami-

nhada, pelo que, querendo,

pode fazê-lo junto das Piscinas

Municipais de Salvaterra de

Magos, bem como nas juntas

de freguesia do município.

Uma oportunidade para mobi-

lizar a família e escolher entre

a mini-caminhada de aproxi-

madamente 4 quilómetros ou a

caminhada de aproximada-

mente 11 kms. É recomendado

o uso de equipamento apropri-

ado para o conforto do partici-

pante.

Hugo Clarimundo

Vialonga tem

eleições no

sábado

Os sócios do Grupo

Desportivo de Vialonga

elegem uma nova direcção na

tarde do próximo sábado. O

acto eleitoral decorre no pavi-

lhão da colectividade entre as

15h e as 17h e os novos corpos

gerentes estarão em funções no

biénio 2011/2013.

Alverca quer mais sócios

A nova direcção do Futebol Clube de Alverca acaba de lançar

uma campanha de angariação de novos sócios, com o lema

“Juntos por um Alverca mais forte”. Os interessados podem

contactar o telefone 21 958 09 56.

Bombeiros de Samora

têmasseio todo-o-terreno

A Associação de Bombeiros Voluntários de Samora Correia

organiza, no próximo domingo (3 de Abril) o seu VI Passeio

para Moto 2 e Moto 4. A iniciativa vai percorrer áreas das pro-

priedades da Companhia das Lezírias e destina-se também a

recolher alguns fundos para a corporação.

20

voz ribatejana #9

Este foi o maior torneio

nacional para escalões jovens

DESPORTO

Carregado soma e segue

A Associação Desportiva do Carregado bateu, no domingo, o

vice-líder Torreense e consolidou o quarto lugar na Zona Sul

da 2ª. Divisão Nacional. Os homens do Carregado chegaram à

vantagem ainda na primeira parte com uma grande-penalidade

convertida por Tópê (42 mts). No arranque da segunda aumen-

taram a vantagem por Hugo Carolo (51). O Torreense ainda

reduziu aos 88 minutos, mas Pedro Soares fixou o 3-1 final já

nos descontos. O Carregado soma, agora, 41 pontos, menos 6

que o terceiro colocado, que é o Mafra.

Page 21: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

Resultados da

25ª. Jornada

Ponterrol 3-2 Vilafranquense

Vialonga 1-0 Linda-a-Velha

F. Benfica 2-0 Algés

Pêro Pinhei. 3-3 Loures

U. Tires 3-3 Charneca

Lourinhã 2-1 Montelavar

Lourel 1-2 Alta Lisboa

A.Cacém 1-0 Encarnacense

Sortes diferentes para Vialonga e Vila Franca

Depois da boa vitória caseira perante o Cacém (ver texto nesta página), o Vilafranquense disputou,

no passado domingo, um jogo renhido no terreno do Ponterrolense. Os homens de Vila Franca não

conseguiram evitar a derrota por 3-2 frente ao terceiro colocado da Divisão de Honra e estão, agora,

na quinta posição, a apenas seis pontos do segundo lugar, que também deverá garantir a subida.

Já o Vialonga, depois da exibição pouco conseguida e da derrota em Montelavar, somou nova vitória,

agora perante o Linda-a-Velha, e está a meio da tabela. Na próxima jornada, o Vilafranquense tem

uma deslocação que parece acessível ao campo do Encarnacense e o Vialonga tem um jogo que se

adivinha mais complicado no terreno do Alta de Lisboa.

Resultados

22ª. Jornada

Alverca 4-0 J. Castanheira

Murteirense 1-2 Povoense

São Pedro 1-3 UD Recreio

VF Rosário 0-2 Bucelenses

Bocal 1-2 Arneiros

Jeromelo 1-2 Venda Pinheiro

Santa Iria 1-0 Monte Agraço

Casalinhense 1-3 Coutada

Alverca a 1 ponto do líder

Beneficiando da derrota caseira do líder Vila Franca do Rosário perante o Bucelenses, o Alverca

(goleou o Juventude da Castanheira por 4-0) está, agora, a apenas um ponto da liderança da I Divisão

da AFL. O Povoense também parece ter beneficiado da mudança de treinador e foi ganhar ao campo

do Murteirense. Bem continua o União e Recreio de Vila Nova da Rainha, que desta vez ganhou no

terreno do São Pedro.

Na próxima jornada, o Alverca tem uma deslocação sempre difícil ao campo do Arneiros, mas o líder

Vila Franca do Rosário não faz a coisa por menos e visita o quarto colocado Venda do Pinheiro. O

Juventude da Castanheira recebe o São Pedro, o Povoense recebe o lanterna-vermelha Casalinhense

e o União e Recreio recebe o Jeromelo.

Resultados da

5ª. Jornada

Pego 1-0 Benavente

Amiense 2-0 Samora

U. Tomar 1-3 Ouriquense

Descida eminente para o Samora

A fase de disputa da permanência na Divisão Principal de Santarém não está a correr nada bem para

o Grupo Desportivo de Samora Correia que soma 1 vitória e 4 derrotas e precisa rapidamente de

vitórias para ainda tentar evitar a descida. Bem mais tranquilo está o Benavente, que lidera, apesar

da derrota de domingo no terreno do Pego. O Samora perdeu em Amiais, um resultado que se pode

considerar normal, mas que deixa a equipa a 8 pontos da salvação. Bem melhor está o Ouriquense

que somou a quarta vitória nesta fase. Na próxima jornada o Benavente vai a Tomar e o Samora visi-

ta Vila Chã de Ourique.

Divisão Distrital AF Lisboa

1ª. Divisão Distrital de Lisboa – Série 1

Divisão Principal de Santarém

A equipa de juvenis da Escola Secundária

Gago Coutinho sagrou-se campeã nacional

de corta-mato curto na prova disputada, no

passado dia 12, no Parque Ribeirinho de Vila

Nova da Barquinha. A pista daquela vila do

Norte do Ribatejo acolheu os nacionais de

corta-mato curto escolar e federado, que

reuniram cerca de 2500 atletas. O cartaxeiro

Rui Silva sagrou-se campeão nacional abso-

luto, numa prova em que o Clube União

Artística Benaventense alcançou o 12º. lugar

colectivo.

Realce especial para a equipa juvenil da

Escola Gago Coutinho que, com muita união,

conseguiu colocar todos os seus melhores

atletas nos 30 primeiros e ganhar a classifi-

cação colectiva. Jorge Silva, professor de

educação física que tem acompanhado o per-

curso destes jovens atletas, disse, ao Voz

Ribatejana, que a filosofia da escola vai

muito no sentido de apoiar a prática desporti-

va e, sobretudo, de “procurar estimular o

espírito de equipa”.

“É extremamente importante quando se

ganha em termos colectivos. É um grupo

muito homogéneo, basicamente entraram

todos entre o 20º. e o 30º. lugares e

apoiaram-se muito uns aos outros. Sabemos

que era muito difícil chegar aos lugares do

pódio individual e conseguimos a vitória

colectiva, entre cerca de 100 participantes”,

refere, frisando que a direcção da escola tem

apoiado muito o desporto escolar e o grupo

de educação física também, mas mostrando-

se preocupado com algum impacto dos cortes

orçamentais impostos pelo Ministério da

Educação na dinâmica do desporto escolar.

“Muitas vezes os grandes atletas começam

nas escolas”, sublinha, realçando que alguns

dos primeiros colocados na prova de juvenis

de Vila Nova da Barquinha já são atletas fed-

erados.

A Gago Coutinho tem vários núcleos de

desporto escolar e a equipa de juvenis de

corta-mato destacou-se desde logo nas fases

local e regional e sagrou-se campeã distrital

antes de ir ao nacional. Alguns dos elementos

da equipa da Gago Coutinho praticam tam-

bém triatlo no Alhandra Sporting Club.

O Vilafranquense venceu o Atlético do Cacém por 2-1, em jogo da 24ª jornada da Divisão de

Honra de Lisboa realizado no dia 20, e chegou de novo à quinta posição do campeonato. Após uma

primeira parte equilibrada, os ribatejanos foram melhores na segunda metade e venceram com

justiça.

Vilafranquense – Fialho, Praia, Fábio Rosa, Hugo, Ricardo Rocha, Martim (Hernâni 87`), Calisto

(Nuno Lança 74`), Bexiga, Emanuel (Marco 74`), Carlitos (Mourato int), Paulo Grazina

(Guilherme 87`). Não utilizados – Nuno Mestre e Toste. Treinador – Paulo Eira.

Atlético do Cacém – Pedro Rui, Fogeiro (Nando 74`), João Correia, Ricardo Fernandes, Ricardo,

Taveira, Franklim, Tiago Sousa (Alex 74`), Sissé (Manuel Gomes 74`), Seminario (Serginho 63`),

Diogo Nogueira. Não utilizados – Nuno Almeida, China e Ilmo. Treinador – Miguel Rodrigues.

Ao intervalo – 1-1

Golos - Calisto (17`), Fábio Rosa na pb (22`), Emanuel (54`).

Vilafranquense bate Cacém

Novotreinador no

PovoensePaulo Nunes é o novo

treinador do União AtléticoPovoense substituindo

Samuel Dias no cargo. Onovo responsável técnicoterá Daniel Gomes como

adjunto e a missão de reti-rar o clube da Póvoa de

Santa iria dos últimoslugares da 1ª Divisão

Distrital de Lisboa.

Juvenis da Gago Coutinho ganham

nacional de desporto escolar

21

30 de Março de 2011

Aveiras tem serão de folclore

No âmbito das comemorações do seu 51º. aniversário, o Rancho da Casa do Povo de

Aveiras de Cima organiza um serão de folclore no próximo sábado. A partir das 21h30,

actuam o Grupo Etnográfico da Região de Coimbra, o Grupo de Recriações Etnográficas

“Madorna” (Azambuja) e os ranchos infantil e adulto da Casa do Povo de Aveiras de Cima.

Jogo da 24ª. jornada

A equipa é constituída por Bruno Pereira, Filipe

Fraqueiro, Gonçalo Cláudio, Alexandre Nobre, Pedro

Gaspar e Rui Gominho. Na foto acompanhada pela

campeã olímpica Rosa Mota

Page 22: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

CULTURA

22

voz ribatejana #9

Agenda

Cultural

Vila Franca de Xira

Exposição “Cartoon Xira” -

Exposição de Cartoons do Ano

2010, até 10 de Abril, no Celeiro

da Patriarcal;

Exposição Colectiva de Artes

Visuais “O Passado e o

Presente/Outro olhar sobre a

Colecção do MNR” até 22 de

Maio, no Museu do Neo-

Realismo;

Exposição De Pintura

“Pareidolia – Registos

Parietais & Outros”, de Ana

Rita Pires, até 16 de Abril, na

Galeria Municipal de

Exposições Palácio Quinta da

Piedade, em Póvoa de Stª Iria.

Comemorações do

Centenário de Alves Redol:

Conferência “APintura, a

Música e a Dramaturgia na obra

de Alves Redol”, dia 2 de Abril,

às 16h00; Dia 15 de Abril, às

19h00, Ciclo de Cinema:

“Imagens e Palavras de Alves

Redol” e exibição do filme

“Vidas sem Rumo”, no Museu

do Neo-Realismo; Dia 16 de

Abril, às 10h00, Mini Feira do

Livro, na Rua Almirante

Cândido dos Reis e às 15h30,

Encontro com Baptista Bastos,

Miguel Falcão, Vitor Viçoso e

António Redol seguido de leitu-

ra de textos pelo Grupo Andante

A. Artística, na Biblioteca

Municipal.

Feira do Livro Infantil-

Juvenil, de 2 a 9 de Abril, na

Biblioteca Municipal da Quinta

da Piedade – Póvoa de Santa

Iria. (Dia Mundial do Livro

Infantil – 2 de Abril).

Alhandra - Dia 1 de Abril, às

21h00, Passeio Nocturno "Rota

das Tascas". Dia 9, Feira de

Antiguidades e Artesanato.

Exposição Colectiva de

Fotografia "O Olhar do

Fotografo na IVAmostra de

Teatro de Alverca", até 29 de

Abril, na Casa da Juventude do

Sobralinho.

Alenquer

Encontro numa Tarde de

Domingo: "Mistura de Cores

e de Sonhos", de Francisco

Oliveira, até 26 de Abril, no

Museu João Mário. Inauguração

dia 3 de Abril, às 15h30 e às

16h00, recital de poesia acom-

panhado ao piano por Daniel

Oliveira.

Cinema: Filmes em Abril: dias

1e 2, às 21h30 e 3, às 17h00,

“O Amor é o Melhor

Remédio”, dias 8 e 9, às 21h30

e 10, às 17h00, “Biutiful”, dias

15 e 16, às 21h30 e 17, às

17h00 “As Viagens de

Gulliver” no Auditório Damião

de Góis.

Arruda dos Vinhos

Baile de Finalistas do EJAF,

dia 2 de Abril, às 22h00, no

Pavilhão Multiusos.

Férias Activas da Páscoa, de

11 a 22 de Abril, informações e

inscrições na Piscina Municipal.

Churrasco da Juventude, dia

15 de Abril, junto à sede da

AJAV.

Cinema: Filmes em Abril, às

16h00: dia 3, “ABela e o

Monstro - O Mundo Mágico

de Belle”; dia 10, “AMagia do

Primeiro Amor”; dia 17,

“Totoro” no Auditório

Municipal de Arruda.

Azambuja

Aveiras de Cima - Passeio BTT

“Rota da Ponte da Ermida”,

promovido pelo Rancho

Folclórico "Os Camponeses de

Vale do Brejo", dia 3 de Abril.

Encontro às 08h30 na sede do

grupo.

"Férias em AZB" - Férias da

Páscoa, de 11 a 21 de Abril.

Inscrições nas Juntas de

Freguesia até 6 de Abril.

Ávinho 2011, de 15 a 17 de

Abril. Os Homens da Luta e

The Foll’s são os cabeça-de-car-

taz da “Ávinho – Festa do

Vinho e das Adegas 2011”, em

Aveiras de Cima.

Benavente

Exposição “Terra de

Tapadas”, até 15 de Maio, na

Galeria 2 - Palácio do Infantado

- Samora Correia;

Exposição Permanente

"Galeria de Trens" na Galeria

1 do Palácio do Infantado -

Samora Correia.

Exposição Permanente “Ler

no Palácio do Infantado”, até

16 de Abril, na Biblioteca

Odete e Carlos Gaspar, no

Palácio do Infantado, Samora

Correia

I Workshop de

Aperfeiçoamento Musical, de

11 a 17 de Abril, na S.F.U.S.

(Sociedade Filarmónica União

Samorense).

Corrida "Sempre Mulher

2011", dia 10 de Abril de 2011,

pelas 10h00, na Avenida

Marginal, em Oeiras.

Sobral de MonteAgraço

Dia Mundial dos Moinhos, em

sobral de Monte Agraço, dia 9

de Abril. Visita Guiada ao

Moinho de Vento de Sobral

entre as 15h00 e as 18h00.

XIV Passeio dos Moinhos, dia

10 de Abril, às 09h00.

Concentração na sede da Junta

de Freguesia de Sobral de

Monte Agraço.

Santarém

Música - Cristina Branco

“Não há só tangos em Paris”,

dia 1 de Abril, às 21h30, no

Teatro Sá da Bandeira.

Teatro “Quando as Máquinas

param”, dia 8 de Abril, às

21h30, no Teatro Sá da

Bandeira. Co-produção lusófona

Teatro Extremo (Portugal) e

Harém de Teatro (Brasil).

Festival do Rio, até 10 de Abril,

nos restaurantes do concelho.

coordenação António Preto

Jorge Talixa

O Museu da Cimpor foi inau-

gurado, no passado dia 22, no

Centro de Produção de

Alhandra da cimenteira por-

tuguesa. 117 anos depois do

arranque da laboração da

primeira fábrica e do primeiro

forno de produção de cimento,

exactamente em Alhandra, por

iniciativa de António Moreira

Rato, o grupo Cimpor abriu um

espaço museológico que

começou a ser delineado já em

2007. Os edifícios do primeiro

forno e do primeiro laboratório

foram completamente recuper-

ados e albergam, agora, um

moderno museu, que mistura

antigos equipamentos, imagens

e maquetas, com suportes mul-

timédia que contam a história

do cimento em Portugal.

Na inauguração deste “espaço

de memória”, os responsáveis

da Cimpor falaram, também,

do presente e do futuro de um

grupo que, actualmente, já pos-

sui 26 fábricas, espalhadas por

12 países de quatro continentes

e com um total de mais de 8500

empregados. Sublinharam que

“a Cimpor é uma empresa com

uma história de sucesso” e que

a fábrica de Alhandra continua

a ser um dos seus principais

núcleos mundiais. Por ter sido

em Alhandra que começou a

história do cimento Portland

em Portugal, o museu global da

Cimpor teria mesmo que ficar

nesta vila do concelho de Vila

Franca de Xira.

Na cerimónia inaugural

estiveram presentes o

secretário de Estado da Energia

e Inovação, o governador civil

de Lisboa e a presidente da

Câmara de Vila Franca de Xira,

entre várias centenas de convi-

dados. Castro Guerra, presi-

dente do conselho de adminis-

tração da Cimpor, fez um his-

torial da indústria cimenteira

em Portugal e do papel espe-

cialmente relevante que

Alhandra sempre teve no se-

ctor. Em 1890, devido ao ulti-

mato inglês, António Moreira

Rato começou a alimentar a

ideia de construir a primeira

fábrica de cimento em

Portugal. O projecto teve o

apoio do rei e ficou concluído

em 1894, ano do arranque da

produção. Desde então muitos

episódios marcaram a história

desta fábrica, que teve um iní-

cio difícil e enfrentou grandes

desafios para conquistar mer-

cado. O núcleo accionista

mudou várias vezes, entraram

capitais do Norte e da zona de

Leiria e a Fábrica de Cimentos

Tejo acabou por ser nacional-

izada em 1976. Nasceu, então,

a Cimpor, entretanto reprivati-

zada que, em 1992, iniciou um

processo de internacionaliza-

ção (ver texto nestas páginas).

“A Cimpor é, hoje, uma empre-

sa multinacional, com fábricas

em 12 países de quatro conti-

nentes. Multiplicou por quatro

a capacidade de produção rela-

tivamente a 2002 e vendeu 28,

3 milhões de toneladas de

cimento e clínquer em 2010”,

acrescentou Castro Guerra,

salientando a enorme evolução

do grupo.

“A fábrica de Alhandra é uma

unidade industrial de referên-

cia. Por ela passaram gerações

de quadros técnicos que aju-

daram a lançar novas fábricas e

a modernizar e ampliar outras”,

salientou o presidente da

Cimpor, realçando a importân-

cia do facto do grupo ter conta-

do apenas com quatro líderes

desde 1976 e as suas preocu-

pações de responsabilidade

social.

Castro Guerra afirmou, ainda,

que a abertura deste museu “é

um acto singelo de reconheci-

mento de todos aqueles que, ao

longo da vida da fábrica de

Alhandra, ajudaram a escrever

os momentos mais marcantes

da história da Cimpor”.

O professor Jorge Custódio, foi

o responsável e consultor em

museologia contratado pela

Cimpor para pôr de pé este

museu, que teve coordenação

geral de Carlos Hipólito. Na

cerimónia de dia 22, Jorge

Custódio observou que “este

museu pretende realçar o sig-

nificado histórico, industrial e

patrimonial da antiga fábrica

fundada em 1894” e “salva-

guardar e conservar o seu

património industrial que, ao

longo dos anos, foi reunindo”.

No seu entender, o projecto ini-

cial foi bastante melhorado,

com a incorporação de peças

do património industrial e

arquivístico da Cimpor e o

restauro das suas colecções. “O

Forno Hoffmann foi o epicen-

tro de toda a história do cimen-

to em Portugal”, frisou Jorge

Custódio, referindo que o labo-

ratório agora também recupe-

rado foi “um dos mais comple-

tos da história portuguesa” e

vai constituir, agora, “uma

referência no contexto dos

museus de ciência”.

Alhandra tem museu

mundial da Cimpor117 anos depois do primeiro cimento fabricado em Portugal, a Cimpor inaugurou, em Alhandra, um espaço museológico dedi-

cado à história deste sector em geral e à importância da fábrica cimenteira alhandrense em particular. Um novo espaço cultu-

ral que poderá ser visitado por grupos organizados e durante as habituais jornadas de portas abertas da empresa.

Cimpor em númerosFábricas – 26Países com unidades de produção – 12Funcionários – 8573Funcionários em Portugal – 1379Volume de negócios em 2010 – 2 239 milhões de eurosCapacidade total de produção – 36 milhões de toneladas Capacidade da fábrica de Alhandra – 2, 5 milhões de toneladas

Page 23: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

23

O Museu

O Museu da Cimpor divide-se por dois edifícios, totalmente recuperados e adaptados. No espaço

onde, em 1894, foi instalado o Forno Hoffman existe agora a nave principal do museu, que conta

a história da fábrica de Alhandra, mostra alguns dos seus primeiros equipamentos, algumas bar-

ricas de madeira usadas para transportar cimento antes da

adopção dos sacos de papel e vários documentos da

época. Apresenta, ainda, uma maqueta em taman-

ho real de parte do antigo forno, uma recuper-

ação do escritório onde trabalhou o escritor

Soeiro Pereira Gomes, um auditório e

maquetas de toda a unidade industrial de

Alhandra e da respectiva pedreira. Ao

longo do percurso, os visitantes podem,

ainda, recolher mais informação nos

diversos painéis multimédia.

A algumas dezenas de metros fica o

edifício do antigo laboratório, que expõe

grande parte dos antigos instrumentos ali

utilizados entre 1932 e 1976 e amostras

dos diferentes materiais produzidos e das

matérias-primas usadas na fábrica. Integra,

igualmente, os antigos laboratórios de física, de

química e de ensaios de resistência.

Crescer noBrasilO presidente da comissão executiva da Cimpor,Francisco Lacerda, explicou que foram, recentemente,definidos quatro grandes eixos estratégicos para os próximos anos do grupo cimenteiro:aumentar a produção especialmente no Brasil mas também em África e na Índia, manter umaestrutura financeira robusta, reforçar a organização e aumentar a eficiência. Neste último

capítulo, pretende poupar 60 milhões de euros até 2013 reduzindo consumos, incrementandoos combustíveis alternativos e integrando estruturas na Península Ibérica.Francisco Lacerda explicou que o grupo aumentou em 35% a sua capacidade de produçãono Brasil e que este País de língua portuguesa já é, entretanto, o maior consumidor decimento e clínquer da Cimpor (atingiu os 5, 3 milhões de toneladas em 2010, quandoPortugal assegurou 4, 5 milhões). O presidente executivo da Cimpor vincou que 2010 foi“um ano de transição”, depois do “ano negro de 2009” e que foram as chamadas“economias emergentes” a dar um forte dinamismo ao sector.

“Neste contexto, a Cimpor teve a sua melhor performance operacional de sempre. Asreceitas totais subiram 7, 4%, para os 2 230 milhões de euros”, acrescentou Francisco

Lacerda, admitindo que, pelas dificuldades económicas que atravessam, Portugal e Espanhasão, nesta altura, “mercados especialmente desafiantes”. A Cimpor alcançou, assim, em 2010um resultado líquido de 241, 8 milhões de euros, mais 2% que no ano anterior.

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Junta incentiva visitas ao Museu do Ar

A Junta de Freguesia de Alverca sugere à população que faça uma

visita ao Museu do Ar. A autarquia tem desenvolvido diversas inicia-

tivas, entre as quais visitas às segundas-feiras entre as 10h00 e as

17h00.

As escolas e jardins-de-infância do Agrupamento de Arruda

dos Vinhos, organizaram várias actividades de Carnaval.

Page 24: Jornal Voz Ribatejana 30 Março 2011

Voz Ribatejana“

ALVERCA

Jorge Talixa

Um grupo de amigos de MárioCoelho resolveu organizar umahomenagem surpresa ao mata-dor de toiros vila-franquenseque, na passada sexta-feira,completou 75 anos. MárioCoelho não escondeu a emoçãoe admitiu que uma lágrima lhecorreu pelo canto do olhoquando, surpreendido, encon-trou o auditório da junta cheiode amigos. O toureiro de VilaFranca reconheceu que o tem-peramento impulsivo lhe temtrazido alguns problemas, massublinhou que aprendeu a esco-la da vida no mundo da tauro-maquia e que tem muito orgu-lho em ser de Vila Franca.A ideia foi desenvolvida por

Helena Guerra, companheirado toureiro, queenvolveudepoiso

presi-dente dajunta JoséFidalgo e a presidente da

Câmara Maria da LuzRosinha. Por volta

das 18h00 des e x t a -

feira,cercade 80p e s s -

o a sr e u n i -

ram-se noauditório da

Junta deFreguesia, em cuja

galeria está patente umaexposição sobre os 50 anos decarreira de Mário Coelho. Adada altura pediu-se silêncio, omatador de toiros, acompa-nhado por Helena Guerracomeçou por observar algunspainéis da exposição e sódepois se apercebeu do que sepassava no auditório. Meteu asmãos na cabeça e entrou, nummisto de indecisão e deemoção. Seguiram-se os aplau-sos e o cantar dos parabéns,que abriram uma cerimóniasimples, mas particularmentefeliz.José Fidalgo agradeceu a ajudados muitos que participaram naorganização da festa, frisandoque em Vila Franca “aindamuita gente se lembra doMário”. O autarca vila-fran-quense salientou que seprocurou fazer uma home-nagem muito simples, mas deforma que fique “marcada naimagem de Vila Franca comorecordação da cidade e dosseus amigos”.O crítico tauromáquicoMaurício do Vale conduziu,depois, a sessão, vincando que“há 75 anos nasceu umtoureiro” e que Mário Coelho“é um ilustre do nosso país”.No entender de Maurício do

Vale, a actual situ-ação leva a que

ainda mais sesinta a faltade outrasf i g u r a scomo Mário

C o e l h o .“Penso que,

por mais compli-cado que lhe parecesse

um toiro, nunca terá levado amão à cabeça como há poucolevou, tal foi a emoção e a sur-presa”, referiu.Maria Adelaide de Carvalho eFernando Palha lembraramalguns dos episódios marcantesda vida de Mário Coelho eJoão Ramalho frisou queMário Coelho “é o tipo maistoureiro que conheço. Étoureiro 24 horas por dia”.Maria da Luz Rosinha entre-gou ao homenageado umareprodução em cristal ópticodo pelourinho de Vila Francacom uma dedicatória ao mata-dor. “Cumprir 75 anos é algoque tem uma importância rele-vante, principalmente quandose teve uma vida tão cheia. Foium homem de sorte, comcerteza teve momentos de difi-culdade, mas muitos maismomentos de glória e de ale-gria”, observou a edil, dirigin-do-se a Mário Coelho. “É umhomem temperamental, o quetem feito com que, ao longo danossa vida, nos tenhamos de-sencontrado muitas vezes, mastambém é um sinal deinteligência quando con-seguimos ultrapassar essasdivergências”, prosseguiu,realçando a forma como MárioCoelho levou longe o nome deVila Franca de Xira. “É, porisso, um património cultural deVila Franca”, sustentou. Antesde ser partido o bolo de aniver-sário, José Fidalgo entregou,ainda, a Mário Coelho, jáCidadão de Mérito da cidade,um Certificado de CidadãoVila-franquense.

“Tenho orgulho em

ser de Vila Franca”

Mário Coelho começou por confessar que foi um mau alunona escola e que a sapiência da vida foi sendo adquirida nomundo dos toiros. “Sou um homem extremamente feliz e sen-sível. Tenho a mania de ser durão, mas tenho uma grande sen-sibilidade e, quando entrei e vi este grupo, vieram-me as lágri-mas aos olhos”, admitiu, lembrando que nunca o fez em públi-co. “75 anos é uma bonita idade, muito mais bonito é ter acerteza absoluta de que o meu computador humano está comuma juventude fantástica. Não direi o corpo, mas a cabeçafunciona lindamente”, referiu, mostrando-se muito feliz porver tantos amigos ali reunidos. “Tenho um orgulho extra-ordinário em ser de Vila Franca e estou convencido que sefosse de outra terra qualquer não seria a mesma coisa. Se nãohouvesse este cheiro do Tejo, o cheiro da Lezíria, do fenomolhado e da água da chuva na terra, tudo isso eu sinto emVila Franca e não consigo sentir noutro sítio qualquer”, acres-centou Mário Coelho, afiançando que nunca mais vai esque-cer estes momentos e esta homenagem.

Mário Coelho homenageadoNo dia dos seus 75 anos, Mário Coelho foi surpreendido com uma homenagem organizada no auditório da Junta de Vila Franca.

Festa

foi organi-

zada pelos

amigos

Mário Coelho acompanhado por Helena

Guerra e José Fidalgo