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O jornalismo publicitário põe a ética em questão. escrito em sexta 25 maio 2007 02:27 A cena mais comum nos programas de jornalismo esportivo das rádios e TVs principalmente é a dos apresentadores interromperem as matérias e entrevistas para anunciarem algum produto. Na maioria dos programas quem faz a propaganda são as agências que contratam atores para falar do produto, mas no caso dos programas esportivos, são os próprios jornalistas que estão fazendo os anúncios com textos decorados etc. Alguns jornalistas não concordam com essa atitude, pois acham que vai contra a ética, pois o jornalista está vinculando sua imagem a um produto, o que poderia descredenciar o profissional e a profissão de jornalismo, que tem como objetivo passar a informação de forma imparcial ao público. Mas não é isso o que pensa Regiane Ritter jornalista esportiva da Rádio Gazeta, pois segundo ela a sobrevivência de um jornalista esta condionada a venda de publicidade, que pode ser feita tanto por um ator desconhecido quanto pelo próprio apresentador. “Se o jornalista tiver a chance de ele mesmo vender, o lucro dele será maior do que se a agencia anunciar” explica Regiane. Além disso, para ela o jornalista não irá perder a credibilidade que conquistou durante anos ao anunciar produtos, muito pelo contrário, essa propaganda costuma alavancar as vendas, o que prova que o público confia nos jornalistas que estão anunciando, e da um exemplo citando seu amigo e colega de profissão Milton Neves: “ele tem sua própria agencia e é um grande vendedor, e a credibilidade que ele conquistou na Jovem Pan, fazendo o melhor programa entes e depois dos jogos de rádio, faz com que ele anuncie diversos tipos de produtos com sucesso”. comenta. No entanto o jornalista esportivo deve tomar cuidado com os produtos que anuncia, pois não seria ético anunciar marcas de cigarro ou outros produtos que não são próprias para atletas ou que fazem mal para a sociedade em geral. Embora Regiane diga que possam haver exceções como a cerveja, que é um produto que faz parte da cultura brasileira. ”Numa terra que se toma mais cerveja do que leite seria errado fazer essa propaganda?”, indagou Regiane de forma descontraída. De forma geral o jornalista se prepara para lidar com o público trazendo informações do cotidiano que possam ser importantes ou apenas interessantes e com isso conquista sua credibilidade. Esta habilidade de comunicação que faz com que as pessoas prestem atenção pode ser usada sem qualquer problema para anunciar produtos e serviços que são inclusive úteis para a população, tendo-se apenas o cuidado de anunciar algo que mereça a confiança e imagem do jornalista, pois do contrário ele estará sendo antiético, pois estará utilizando seu poder de comunicação e sua credibilidade pata iludir ou enganar seu público.

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O jornalismo publicitário põe a ética em questão.

escrito em sexta 25 maio 2007 02:27

A cena mais comum nos programas de jornalismo esportivo das rádios e TVs principalmente é a dos apresentadores interromperem as matérias e entrevistas para anunciarem algum produto. Na maioria dos programas quem faz a propaganda são as agências que contratam atores para falar do produto, mas no caso dos programas esportivos, são os próprios jornalistas que estão fazendo os anúncios com textos decorados etc.

Alguns jornalistas não concordam com essa atitude, pois acham que vai contra a ética, pois o jornalista está vinculando sua imagem a um produto, o que poderia descredenciar o profissional e a profissão de jornalismo, que tem como objetivo passar a informação de forma imparcial ao público. Mas não é isso o que pensa Regiane Ritter jornalista esportiva da Rádio Gazeta, pois segundo ela a sobrevivência de um jornalista esta condionada a venda de publicidade, que pode ser feita tanto por um ator desconhecido quanto pelo próprio apresentador. “Se o jornalista tiver a chance de ele mesmo vender, o lucro dele será maior do que se a agencia anunciar” explica Regiane. Além disso, para ela o jornalista não irá perder a credibilidade que conquistou durante anos ao anunciar produtos, muito pelo contrário, essa propaganda costuma alavancar as vendas, o que prova que o público confia nos jornalistas que estão anunciando, e da um exemplo citando seu amigo e colega de profissão Milton Neves: “ele tem sua própria agencia e é um grande vendedor, e a credibilidade que ele conquistou na Jovem Pan, fazendo o melhor programa entes e depois dos jogos de rádio, faz com que ele anuncie diversos tipos de produtos com sucesso”. comenta.

No entanto o jornalista esportivo deve tomar cuidado com os produtos que anuncia, pois não seria ético anunciar marcas de cigarro ou outros produtos que não são próprias para atletas ou que fazem mal para a sociedade em geral. Embora Regiane diga que possam haver exceções como a cerveja, que é um produto que faz parte da cultura brasileira. ”Numa terra que se toma mais cerveja do que leite seria errado fazer essa propaganda?”, indagou Regiane de forma descontraída.

De forma geral o jornalista se prepara para lidar com o público trazendo informações do cotidiano que possam ser importantes ou apenas interessantes e com isso conquista sua credibilidade. Esta habilidade de comunicação que faz com que as pessoas prestem atenção pode ser usada sem qualquer problema para anunciar produtos e serviços que são inclusive úteis para a população, tendo-se apenas o cuidado de anunciar algo que mereça a confiança e imagem do jornalista, pois do contrário ele estará sendo antiético, pois estará utilizando seu poder de comunicação e sua credibilidade pata iludir ou enganar seu público.