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Mudanças climáticas e seus impactos na produção agrícola brasileira: esforço de
adaptação
Eduardo Delgado Assad
Brasília- 16 de dezembro de 2013
Workshop Mudanças climáticas e adaptação – SAE-PR
• Aumento de CO2, N2O, CH4
• Aquecimento Global
• Degradação da terra
• Perda de Biodiversidade
• Eutrofização
• Poluição
• Extração de Água
• …..
1900 1950 2000
Os últimos 50 anos observamos: Dramática
degradação do capital natural do Planeta
Rockstrom
• Intensificação das chuvas no Sul e Sudeste; • O Nordeste deverá se tornar mais árido; • Substituição gradual da floresta amazônica oriental por vegetação de savana; • Diminuição na disponibilidade de água no semiárido; • Aumento no nível do mar.
Impactos previstos para o Brasil
(Fonte: Prof. Hernani Löebler, Dep. de Ciências Geográficas-UFPE)
Tendências no Brasil
Resultados de acordo com relatório do Painel Brasileiro de Mudanças do Clima 2013
Star Flowers Candle Buds T>34oC
IAPAR 16/09 2008
Dia 29/09 temperature 33oC
Efeito na agricultura
Porter e Semenov, 2005
Fotossíntese X Respiração
Simulação Soja 2012
Brazil Base Year 2010 PESSIMISTIC OPTIMISTIC
CROP Planted Area 2009 (ha) 2020 (ha) ∆ (%) 2030 (ha) ∆ (%) 2020 (ha) ∆ (%) 2030 (ha) ∆ (%)
Cotton 814.696 775.508 -4,8 774.457 -4,9 777.019 -4,6 776.974 -4,6
Rice 2.904.702 2.688.658 -7,4 2.617.461 -9,9 2.615.513 -10 2.640.323 -9,1
Sugarcane 8.845.659 17.783.411 101 16.921.749 91 18.305.604 107 18.418.819 108
Bean
Summer
season 2.612.240 1.161.420 -55,5 1.121.558 -57,1 1.197.625 -54,2 1.187.576 -54,5 Autumn
season 1.715.000 542.749 -68,4 519.370 -69,7 622.053 -63,7 586.677 -65,8
Mayze
Summer
season 9.463.191 7.619.872 -19 7.376.636 -22 8.360.960 -12 8.226.524 -13
Autumn
season 4.799.663 4.175.053 -13 4.063.815 -15 4.507.646 -6 4.455.642 -7
Soybean 21.761.782 16.472.685 -24 15.634.280 -28 18.882.508 -13 18.434.357 -15
Rainfed Wheat 2.345.496 1.987.386 -15,3 1.877.438 -20 1.383.302 -41 1.613.835 -31,2
table synthesis
Uma das soluções : agricultura ABC
Nível de Perdas = Média do nº de Comunicados de Perdas (5 anos)
Média do nº de Operações Contratadas (5 anos)
Freqüência de Perdas = Freqüência de Perdas acima de 20% no
período
Valor Escala Classificação
< 0,067 A Baixo
0,067 até 0,20 B Médio
> 0,20 C Alto
Nível de Perdas
Valor Escala Classificação
< 0,067 A Baixo
0,067 até 0,20 B Médio
> 0,20 C Alto
Freqüência de Perdas
Fonte: BACEN Elaboração: Coordenação-Geral de Zoneamento Agropecuário
AA Nível de Perda Baixo com Baixa Frequencia
AB Nível de Perda Baixo com Média Frequencia
AC Nível de Perda Baixo com Alta Frequencia
BA Nível de Perda Médio com Baixa Frequencia
BB Nível de Perda Médio com Média Frequencia
BC Nível de Perda Médio com Alta Frequencia
CA Nível de Perda Alto com Baixa Frequencia
CB Nível de Perda Alto com Média Frequencia
CC Nível de Perda Alto com Alta Frequencia
Frequência e Nível de Perdas de Milho no Proagro em 5 anos
Novembro 2008 Novembro 2070
Cultivares novos com estratégia de
biotec. Consumo de água reduzido
em 20%. Novembro de 2070
Cultivares com ciclo de 110 dias.
Novembro de 2070.
Adaptação por via dos sistemas de produção
Primeira ação: Agricultura ABC
• Recuperação de pastagens
• Integração pecuária floresta, lavoura pecuária, lavoura pecuária floresta, sistemas agroflorestais
• Fixação biológica de N
• Reflorestamentos
26 Fonte :Embrapa agrobiologia
Reflorestamento e FBN
• Baseado no zoneamento de riscos
• Variedades diferenciadas
Acácia
Eucalipto grandis
Pinus Teca
Fonte: Hungria et al 2013 CNPSo
Fonte: Hungria et al 2013 CNPSo
Fonte: Hungria et al 2013 CNPSo
Principais Atores: Cooperativas
Principais Atores: Produtores de Sementes e Unipasto
Principais Atores: ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural)
Principais Atores – Cursos de Ciências Agrárias
Principais Atores – Cursos de Ciências Agrárias
Distribuição espacial
da possível atuação
das Universidades na
capacitação do Plano
ABC, num raio de 100
KM e num raio de
200 KM
Principais Atores – Sindicatos Rurais
Tabela 6.01 Categorias de municípios, que possuem escritórios ou bases de capacitação
instalada.
Categorias
número de
municípios
Categoria 1 Municípios com Ater 4.142
Categoria 2 Municípios com Sindicato 1.903
Categoria 3 Municípios com Cooperativa 705**
Categoria 4 Municípios com Univ./Faculdade de Agronomia 230 *
Categoria 5 Municípios com Embrapa 25
Categoria 6 Municípios com Ater e Sindicato 1656
Categoria 7 Municípios com Ater e Cooperativa 608
Categoria 8 Municípios com Sindicato e Cooperativa 517
Categoria 9 Municípios com Ater, Sindicato e Cooperativa 482
Categoria 10
Municípios com Ater, Sindicato, Cooperativa, Univ./Faculdade de Agronomia
112
Categoria 11
Municípios com Ater, Sindicato,
Cooperativa,Univ./Faculdade de Agronomia, Embrapa
12
* Em alguns municípios existem mais de uma universidade com cursos em ciências agrárias. Por
isso a quantidade é menor do que o total do País.
** Consideradas somente as cooperativas com atuação na produção de carne, leite e grãos
A dimensão nacional dos principais atores, por município
Categorias de municípios, que possuem escritórios ou bases de capacitação instalada
Principais Atores – Categoria de Municípios
Principais Atores Tabela 2.012. Distribuição estadual das instituições de ensino, pesquisa, extensão,
sindicatos e cooperativas no Brasil.
UF Escritórios
Ater
Sindicatos
Rurais
Cooperativas
Agropecuárias
Univ./Faculdades
Agronomia EMBRAPA
AC 1 7 8 2 1
AL 2 16 13 2
AM 64 10 6 4
AP 2 9 1 2 1
BA 150 106 23 14
CE 71 58 13 2
DF 16 1 4 3 1
ES 83 53 8 5
GO 244 120 65 17 1
MA 19 42 21 5
MG 773 381 165 43 2
MS 73 67 29 8 2
MT 127 67 33 20 1
PA 142 79 46 9 1
PB 15 43 47 5
PE 197 28 0 7 1
PI 79 18 22 6 1
PR 403 182 57 28 2
RJ 72 47 36 2 2
RN 161 22 14 1
RO 75 19 15 6 1
RR 1 8 11 5 1
RS 496 137 103 21 3
SC 289 96 37 16 1
SE 40 16 4 1 1
SP 617 236 126 34 2
TO 17 35 10 5
Total 4229 1903 917 273 25
Total geral 7347
Distribuição estadual das
instituições de ensino, pesquisa,
extensão, sindicatos e
cooperativas no Brasil
Distribuição espacial dos pastos degradados no Brasil, com taxas de lotação variando de 0,1 a 0,6 UA/ha/ano
PLANO ABC, PROGRAMA ABC – Pontos de Coleta
Distribuição de Laboratórios de Análises de Solo
Necessidade de ampliar a capacidade de analisar o carbono no solo. Recomendação: criar linha de financiamento no BNDES para modernizar os laboratórios existentes e estimular novos.
Adaptação por via Biológica
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
0 1 4 5 7 8 9 10
Anos
Cronograma para obtenção de uma variedade de soja
X
AB
Hibridação Avanço Seleção Ensaios Semente Semente Semente Produtor
de de de genética básica certificada rural
gerações progênies competição fiscalizada
(F2 a F4)* F5
A B
* Duas gerações ao ano
Caderno Caderno Registro Licenciamento
de de SNPC
cruzamento avaliação
Slide cedido pela equipe de melhoramento de soja da Embrapa-Cerrados
Generalistas
Dimorphandra mollis
Qualea grandiflora
Qualea parviflora
Bowdichia virgilioides
Lafoensia pacari
variáveis
nív
el d
e o
rgan
izaç
ão b
ioló
gica
Mudanças Climáticas
Genoma
Célula/Tecido
Organismo
População
Comunidade
Ecossistema
Ciências genômicas para compreensão da resposta das plantas às mudanças
climáticas
O impacto das mudanças climáticas ocorre sobre os múltiplos níveis de organização biológica.
Por isso, é necessária a incorporação das ciências genômicas aos estudos ecológicos.
SNPs
Expressão gênica
Metaboloma
Trocas gasosas
Potencial hídrico Biomassa
Crescimento
Densidade de plantio
Floração
Diversidade
Dominância
Produtividade
Carbono no solo
Pouco se sabe ainda como esse impacto afeta os processos moleculares, bioquímicos e fisiológicos que determinam as respostas em uma cadeia que vai de indivíduos até ecossistemas globais.
Genômica visando adaptação de culturas agroflorestais a mudanças climáticas: objetivos
Identificação de variedades mais adaptadas (resistentes/tolerantes) aos estresses abióticos decorrentes das mudanças climáticas:
[CO2] atmosférica elevada, seca, calor, submergência etc, em condições controladas.
Descoberta de mecanismos moleculares, bioquímicos e fisiológicos mediando respostas e adaptação a tais estresses.
Desenvolvimento de marcadores moleculares (genéticos e bioquímicos) para seleção assistida de variedades mais adaptadas em programas de melhoramento genético.
Descoberta de genes envolvidos em adaptação (resistência/tolerância) com valor biotecnológico. ( forte expressão na biodiversidade)
Esquema geral dos experimentos
Simulação de cenários de mudanças climáticas
Reprodução de cenários via cultivo em condições controladas
Análise combinatorial de estresses: concentração de CO2 X temperatura X disponibilidade hídrica X outros
Biometria e Fisiologia
Medições de fotossíntese e trocas gasosas. Coleta de material para análises moleculares.
Biologia Molecular e Bioquímica
Processamento de amostras e análises moleculares
Análise bioinformática
Bioinformática e Genômica para adaptação a mudanças climáticas
Bioinformática
Genômica comparativa
Perfil metabólico
Fenotipagem Perfil de
expressão gênica
Perfil de expressão protéica
As ciências genômicas dependem da bioinformática para organizar e estabelecer conexões entre a grande quantidade de dados gerados.
A bioinformática deverá integrar dados moleculares a modelos de resposta das plantas às mudanças climáticas.
Posição estratégica da EMBRAPA em estudos de mudanças climáticas
Modelagem Computacional
• Formular cenários de mudanças climáticas
Câmara de Crescimento
•Reproduzir cenários previstos em condições controladas
•Fonte de material vegetal para coleta de dados moleculares, bioquímicos e fisiológicos
Laboratório - Biologia Molecular
• Estocar e processar material vegetal para análises moleculares e bioquímicas
• Validar hipóteses
Bioinformática
•Organizar dados
•Estabelecer conexões
• Formular hipóteses
existentes e ativos
em planejamento
Questões (1) Estresses/condições a serem testadas em cenários reproduzidos
[CO2], temperatura (calor), disponibilidade hídrica (seca X submergência) UV? Frio? Quais outros são previstos nos modelos? Qual é a capacidade de reprodução em condições controladas? Escolha dependente da relevância para a espécie-alvo e de limitações do sistema de reprodução do cenário. Sistemas de reprodução (FACE, topo aberto, fitotron).
Espécies-alvo algodão, arroz, braquiária, café , cana-de-açúcar, eucalipto, feijão, feijão-caupi, mandioca, milho, soja, sorgo, trigo, uva... Nativas florestais? Frutíferas? Oleaginosas Número de acessos e diversidade de germoplasma a ser testado.
Faixa potencial de utilização das “soluções genéticas” da biodiversidade do cerrado brasileiro
Qual o valor disso?
Obrigado