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Poder 28.1 2

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Page 1: Poder 28.1   2

14 Brasília, terça-feira,28 de janeiro de 201 4JORNAL DE BRASÍLIA Po l í t i c a &Po d e r .

ENTREVISTA/GIM ARGELLO

Recordena verbapara acapitalinvestir

Credenciado após obter volume inédito de recursospara o DF, senador pode disputar reeleição entre osgovernistas ou na oposição

FOTOS: ELIO RIZZO

O tabuleiro político local começa a registrar as primeirasmexidas de peças. Uma delas, entretanto, parece estra-tégica para os dois lados –governo e oposição. Apesar de antigo no cenário político, o senador Gim Argello (PTB), che-ga a estas eleições num dos melhores momentos de sua carreira. Reconhecido no Senado como um articuladoratuante – lidera uma bancada de 14 senadores (bloco que reúne quatro partidos: PTB, PR, PSC e PRB) que apoiam apresidente Dilma Rousseff –Gim tem conseguido transformar essa liderança em benefíciospara o Distrito Federal.Nos últimos anos garantiu mais de R$ 18 bilhões para obras e projetos em Brasília, como o BRT ligando Gama e SantaMaria ao Plano Piloto, novas Unidades de Pronto Atendimento e obras de urbanização e saneamento em localidadescomo Pôr do Sol, Sol Nascente e Estrutural, e a adutora de água da barragem do rio São Bartolomeu até o DF.

Essa posição de destaque cacifou Gim para disputar a reeleição ao Senado tanto ao lado do governador AgneloQueiroz (PT), quanto da chapa de oposição, ainda não definida , mas que pode ser encabeçada por um dos doisex-governadores, JoaquimRoriz e JoséRobertoArruda.Ciente dapossibilidadede estar tanto de um ladoquantodo outro, Gim prefere esperarmais um pouco para tomar um caminho definitivo, segundo conta nesta entrevistaexclusiva ao Jornal de Brasília.

Nos últimos anos, em vez de ficar nasfeiras distribuindo santinhos, optei portrabalhar duro no Senado. Em vez de ficarcriticando governos e pessoas, foquei naconcretização de sonhos e projetos. E éessa diferença que, acredito, seráreconhecida no momento certo.

Dos três senadores da bancada doDF, dois foram eleitos junto com ogovernador Agnelo, em 2010,mas hoje fazem oposição aogoverno local. Já o senhor, queoriginariamente vem de umalinha adversária do PT é aprincipal base de sustentação doGDF junto ao Governo Federal. Isso não confunde a cabeça do

e l e i to r ?A política precisa ser feita com

grandeza. Desde que o governadorAgnelo assumiu, eu disse a ele quepoderia contar comigo em tudo oque fosse do interesse do DF. Nãofoi diferente quando o governadorera José Roberto Arruda ou RogérioRosso.A base do nosso trabalho noSenado, no que diz respeito a Brasí-

lia, é garantir que nossa cidade teráo tratamento que merece, como ca-pital do País.

Mas não é estranho que aquelesque se elegeram na chapa deAgnelo hoje estejam na oposição?

Não necessariamente. A políticaé muito dinâmica e devemos res-peitar a posição de cada um. No

meu caso, procuro fazer políticasem ressentimentos ou persegui-ções. Tenho essa postura desde queentrei para a política, ainda estu-dante em Taguatinga, e não preten-do mudar. Fazer política só vale apena se for para buscar resultadosmais abrangentes possíveis no quediz respeito á coletividade.

No final do ano surgiram muitosnomes reivindicando umapossível candidatura ao GDF, masagora o que se vê é umesvaziamento de parte dessecenário. O senhor ficou maisquieto, por que?

Respeito a postura de todosaqueles que militam no cenário po-

lítico local. Mas sempre fui mais deagir do que falar muito. Nos últimosanos, em vez de ficar nas feiras dis-tribuindo santinhos, optei por tra-balhar duro no Senado. Em vez deficar criticando governos e pessoas,foquei na concretização de sonhos eprojetos. E é essa diferença que,acredito, será reconhecida no mo-mento certo.

Quando o senhor fale deresultados, está se referindo àgrande quantidade de recursos doPAC (Programa de Aceleração doCrescimento) do Governo Federalque têm sido destinados aoDistrito Federal?

Principalmente. Nos últimos