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Mafalda Lobo Pereira está a desenvolver uma tese sobre a influência das redes sociais na campanha das Eleições Presidenciais 2011. Aqui estão algumas das conclusões, as quais foram apresentadas pela investigadora, na palestra "Política 2.0 e as eleições antecipadas", em Lisboa, 12 de maio, organizada pela Comunicarte, no âmbito da promoção do livro Web Trends, em que a Política 2.0 é um dos temas abordados.
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02-06-2011
Presidenciais 2.0: Análise da Estratégia de
Comunicação no Contexto Digital das eleições presidenciais portuguesas de 2011
?
Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas Universidade Técnica de Lisboa
Mafalda Lobo Pereira Instituto Superior de Ciências Sociais e Polí[email protected]@gmail.com
Palestra
• “Política 2.0 e as eleições
antecipadas Lisboa,| 12 de Maio
de 2011
• Organização: Comunicarte
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Contribuir para a compreensão das campanhas políticas em Portugal de um ponto de vista comunicacional e estratégico pela introdução das novas tecnologias na comunicação política.
Estudar este novo campo aberto desde 2003, pela introdução das redes sociais, MySpace (2003) Facebook (2004), Orkut (2004), Youtube (2006), Twitter (2006), Flickr (2008) consideradas plataformas poderosas na interacção ou proximidade com os cidadãos.
Perceber como os candidatos às eleições presidenciais portugueses de 2011, utilizaram os novos media como instrumento nas suas estratégias de comunicação política junto do eleitorado.
Objectivo
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Índice Geral:
1. A Evolução das
campanhas
políticas na
internet
2. Campanha
tradicional
(televisão) versus
campanha digital
(web. 2.0)
2.1. Televisão
2.2. Internet
3. Como foi
utilizada a
internet e os
novos media na
campanha
eleitoral
presidencial de
2011
4. Como é que
os candidatos
presidenciais
utilizaram os
novos media na
campanha
4.1. Cavaco Silva
4.2. Manuel
Alegre
4.3.
Fernando Nobre
4.4.
Francisco Lopes
4.5.
Defensor Moura
4.6. José
Manuel Coelho
5. Algumas
conclusões
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1ª fase Proto web (início dos anos 1990)
A ferramenta mais utilização era o e-mail
A dimensão era de natureza offline
Público conquistou alguma autonomia em relação aos media tradicionais
O 1º trabalho académico sobre campanhas online surgiu em 1993 , referente às campanhas eleitorais de 1992 (EUA)
2ª fase Web 1.0 (2ª metade década 1990 até 2000)
As páginas eram utilizadas para arquivo e acesso a discursos, panfletos e materiais persuasivos;
O material online era um cópia electrónica do material empregue offline (divulgação dos conteúdos da televisão e jornais).
Posteriormente, já aparecem novos formatos como a hipertexto, os recursos multimédia etc… (ano 2000)
1. A Evolução das campanhas políticas na internet
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3ª fase Web 2.0 (actualmente)
Os conteúdos das páginas são centros distribuidores de tráfego que
remetem para sites de partilha de vídeos, fotos, sites de relacionamento
e de interacção.
Pressupõe a participação dos utilizadores na produção de conteúdos.
Difusão da informação e mobilização.
O modus operandi da campanha é cooperativo.
1. A Evolução das campanhas políticas na internet
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2.1. Televisão
Campanha eleitoral centrada na televisão aumenta a distância entre
representantes e representados.
A mensagem política sofre uma selecção e hierarquização de acordo com os
critérios jornalísticos.
Modelo “tradicional” de comunicação: uma mensagem de “um para muitos” –
comunicação vertical e unidireccional (Broadcast).
2. Campanha Tradicional (Televisão) versus campanha digital
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2.1. Televisão
A televisão não promove a participação e a interactividade entre os cidadãos.
A recepção da informação é feita de forma linear (um princípio e um fim).
Os cidadãos estão sujeitos a horários e a uma programação pré-definida.
Políticos estão sujeitos à pressão dos jornalistas.
A informação disponibilizada é condicionada pelo factor tempo.
2. Campanha Tradicional (Televisão) versus campanha digital
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2. Campanha Tradicional (Televisão) versus campanha digital
2.2. Internet
Desintermediação jornalística, em que os políticos retomam o contacto
directo com o eleitorado (humanização, personalização e interactividade,
pela troca e partilha de informação).
Aumenta a participação e o debate político entre os cidadãos no processo
democrático.
Promove a cidadania do conhecimento, pelo livre acesso aos espaços de
debate (cidadania digital).
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2. Campanha Tradicional (Televisão) versus campanha digital
2.2. Internet
Cidadãos-eleitores podem manifestar as suas opiniões e produzir o seu
próprio conteúdo.
Políticos mobilizam os eleitores e podem angariar fundos para a campanha
e recrutar voluntários.
Novo formato de comunicação (web 2.0) - “muitos para muitos”, traduzida
numa comunicação horizontal, directa, bidireccional e interactiva
(Socialcast);
Os actos políticos podem ganhar maior transparência.
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2. Campanha Tradicional (Televisão) versus campanha digital
Os Blogs apresentam pontos de vista alternativos à informação mainstream
Os dispositivos mediáticos permitem codificar a mensagem em vários
formatos (multimedialidade, hipertextualidade, ou seja, imagem, som, texto
e áudio, que aumenta a interactividade).
Há temas que são transpostos para os sites políticos e redes sociais e dão
continuidade ao debate e esclarecimento dos mesmos.
O tempo de recepção da mensagem é mais flexível, uma vez que o
conteúdo está disponível a qualquer momento, permitindo apreender a
informação no momento que for mais oportuno.
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2. Campanha Tradicional (Televisão) versus campanha digital
As discussões lançadas todas as semanas nas redes sociais estão a dar a oportunidade aos eleitores de fazerem debates e reflexões sobre assuntos de interesse público que não têm lugar noutros espaços dos media tradicionais, reforçando a democracia. Os cidadãos passam a poder intervir no processo comunicacional político.
Promoção de fortes redes de comunicação interpessoal e espaços de
discussão que a televisão não permite.
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02-06-2011
A internet na campanha eleitoral presidencial de 2011 foi utilizada como instrumento de comunicação política por todos os candidatos.
Todos criaram um site de candidatura e aderiram às redes sociais.
Vários apoiantes nas redes sociais criaram blogues e grupos de apoio às
várias candidaturas.
3. Como foi utilizada a internet e os novos media na campanha eleitoral
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02-06-2011
Cavaco Silva, Manuel Alegre e Fernando Nobre criaram uma página na rede social Facebook, e Francisco Lopes, Defensor Moura e José Manuel Coelho criaram um perfil.
Todos os candidatos criaram uma conta no Twitter. O YouTube e Flickr
foram utilizados por todos os candidatos com excepção de Francisco
Lopes, Defensor Moura e José Manuel Coelho.
3. Como foi utilizada a internet e os novos media na campanha eleitoral
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02-06-2011
Na rede social facebook, os cidadãos mobilizaram-se e envolveram-se em actividades relacionadas com a campanha, quer através da criação de grupos de apoio às candidaturas, das opções “gosto” e dos “comentários”, aos “posts” partilhados, quer também através da partilha de vídeos, fotografias, e convites para participação em eventos criados pelo candidato;
O efeito multiplicador da rede social gerado pela partilha permitiu não
só aos candidatos expandirem as suas propostas, ideias e opiniões para
os seus apoiantes, mas também mobilizar outras pessoas em prol das
suas candidaturas.
Os cidadãos tiveram a oportunidade de contribuir com ideias, apresentar
opiniões, reagir a posições políticas do candidato e dos adversários,
trocarem argumentos, e participarem nas várias iniciativas dos
candidatos.
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02-06-2011
Todas as notícias que eram divulgadas nos media tradicionais eram partilhadas pelos candidatos nos sites e redes sociais, e muitas vezes eram os próprios apoiantes das candidaturas que as partilhavam, replicando a informação na rede, tornando os efeitos dos media mais ampliados e amplificados.
Muitas vezes os media tradicionais serviram-se das redes sociais como
fonte de informação e vice-versa.
As mensagens partilhadas na internet e nas redes sociais durante a
campanha eleitoral tiveram um efeito de contaminação.
A informação colocada na internet era actualizada diariamente.
3. Como foi utilizada a internet e os novos media na campanha eleitoral
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4.1. Cavaco Silva 2.0
Foi o candidato que melhor soube explorar a internet ao utilizar maior
diversidade de ferramentas. Cada uma delas tinha uma função
específica. Foi criado um sistema de distribuição de conteúdos digital
para tocar o maior nº de pessoas. O site (http://cavacosilva.pt/),
apresentou-se bem estruturado, organizado e funcionou como o grande
armazém de informação.
O site tinha referência a um conjunto de canais na internet onde se
podia clicar e aceder directamente às redes sociais: Facebook, Twitter;
YouTube; Sapo Vídeos; Vimeo; Flickr; FourSquare (rede social
georeferenciada) e Sound Cloud.
4. Como é que os candidatos presidenciais utilizaram os novos media na campanha eleitoral
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4.1. Cavaco Silva 2.0
O site disponibilizou ainda um link com um endereço próprio para se
poder tirar dúvidas sobre a utilização das redes sociais (
[email protected]). Estes canais tinham a função de distribuir
a informação de acordo com a especificidade do conteúdo da campanha.
Também foi facilitado o acesso a este sistema de distribuição de
conteúdos ao cidadão através de uma aplicação mobile (Iphone e
Sistema Android).
Aderiu à rede social facebook no dia 20 de Outubro de 2010, tendo sido
o último candidato a aderir a esta rede social.
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02-06-2011
4.1. Cavaco Silva 2.0
A Web TV foi um canal de televisão próprio na internet (Cavacosilva TV -
CSTV), que permitiu ao cidadão fazer o acompanhamento em tempo real
da campanha, e ter informação que concorria com as televisões offline, o
que permitiu à candidatura do prof. Cavaco Silva ter um estilo de
informação neutral evitando a lógica propagandística.
Quando a candidatura queria fazer alguma crítica, não a fazia
directamente, mas utilizava os blogs, artigos de notícias de jornais etc.
que era depois reflectida no sistema de distribuição de conteúdos online
da candidatura.
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02-06-2011
4.1. Cavaco Silva 2.0
No dia 23 de Janeiro a candidatura de Cavaco Silva anuncia que a página
do facebook teve mais de um milhão de Post Views e que recebeu até às
eleições mais de 45 mil comentários.
No Twitter, o candidato teve 1.347 seguidores e 313 tweets.
Os vídeos no YouTube foram vistos 5 764 vezes.
Através do canal SAPO, também foi possível visualizar alguns
vídeos (28), 1.145 vezes.
No canal Flickr foram colocadas 2.471 fotos.
O site oficial teve 126.748 visitantes únicos.
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02-06-2011
4.1. Cavaco Silva 2.0
Através de um número de SMS (3301) foi possível manifestar o apoio à
candidatura do professor Cavaco Silva.
Até ao dia das eleições, a rede social com mais impacto na sua
candidatura foi o facebook que contou com 29.100 apoiantes/amigos.
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02-06-2011
4.1. Cavaco Silva 2.0
O candidato, no facebook partilhou informação que através dos links das
redes sociais permitiu o acesso a entrevistas e notícias relacionadas com
a campanha; discursos, visualização de fotos; blogs; anúncios de
eventos/reuniões e conferências; notícias relacionadas com a sua
candidatura através de links de outros media (televisão, imprensa,
rádio), etc.
Em vários eventos onde esteve envolvido, respondeu em directo nas
redes sociais, a perguntas colocadas pelos apoiantes, através do link
“Pergunte ao candidato”.
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02-06-2011
4.2. Manuel Alegre
Apresentou um site de candidatura e foi o primeiro a aparecer na rede
social facebook no dia 02 de Janeiro de 2010 através de um grupo de
apoiantes. Oficialmente aderiu a 01 de Outubro de 2010. Aderiu também
aos canais Twitter, YouYube e Flickr.
No site acedia-se directamente às plataformas das redes sociais que
utilizou (facebook, Twitter, Flickr e Youtube).
No facebook partilhou links de acesso a entrevistas e notícias relacionadas
com a campanha; discursos, visualização de fotos; blogs; anúncios de
eventos/reuniões e conferências, e partilhou links de outros media
(televisão, imprensa, rádio) de notícias relacionadas com a sua candidatura
etc.
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02-06-2011
4.2. Manuel Alegre
A Estratégia de comunicação foi centrada nos media tradicionais e só
depois era reflectida no digital (facebook e outras plataformas).
Tinham também uma equipa que acompanhava o candidato nas várias
acções ao longo da campanha (de acordo com a agenda), incluindo uma
jornalista (que trabalhava os conteúdos do site), um operador de vídeo e
um fotógrafo, o mandatário digital (facebook) para além dos jornalistas dos
vários órgãos de informação. O conteúdo que era enviado para as
redacções eram automaticamente enviados para o mandatário digital.
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02-06-2011
4.2. Manuel Alegre
As notícias eram depois reflectidas no site com ligação ao facebook. Isso
acabava por modelar a mensagem que era passada, na medida em que, as
notícias que iam para os media tradicionais saíam ao mesmo tempo no
digital.
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02-06-2011
4.2. Manuel Alegre 2.0
No facebook, a página do candidato esteve sempre aberta à partilha da
informação por parte dos seus apoiantes.
Grande parte do conteúdo era escrito ou validado pelo candidato Manuel
Alegre.
Conseguiu atingir no dia das eleições no facebook 14 859 apoiantes; 825
seguidores no Twitter; 7 775 visualizações de vídeos no YouTube e
partilhou 1 668 fotos da campanha eleitoral.
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02-06-2011
4.3. Fernando Nobre 2.0
Começou a campanha eleitoral mais cedo que todos os outros candidatos.
Aderiu à rede social facebook no dia 20 de Fevereiro de 2010. Aderiu ao
canal de vídeo YouTube, ao Flickr e à rede Twitter. O candidato criou um
site de candidatura.
Através do site podemos aceder directamente às principais plataformas
das redes e media sociais que utilizou (facebook, Twitter, Flickr e Youtube).
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02-06-2011
4.3. Fernando Nobre 2.0
No facebook partilhou links de acesso a entrevistas e notícias relacionadas
com a campanha; discursos, visualização de fotos; blogs; anúncios de
eventos/reuniões e conferências, divulgação da agenda etc., e partilhou
links de outros media (televisão, imprensa, rádio) de notícias relacionadas
com a sua candidatura etc.
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02-06-2011
4.3. Fernando Nobre 2.0
A página do candidato era aberta à partilha de informação por parte dos
seus apoiantes.
No dia 11 de Abril de 2011 saiu do facebook quando foi apresentado para
cabeça de lista do PSD por Lisboa às eleições do dia 5 de Junho de 2011.
O facebook foi a plataforma mais utilizada por este candidato.
Conseguiu atingir no dia das eleições, 38 534 apoiantes no facebook; 1
055 seguidores no Twitter; 7 173 visualizações de vídeos no canal YouTube
e partilhou 224 fotos da campanha eleitoral.
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02-06-2011
• 4.4. Francisco Lopes 2.0
O candidato criou um perfil na rede social facebook a 30 de Novembro de
2010.
Aderiu também ao canal Twitter.
Conseguiu atingir no dia das eleições, 2 164 apoiantes no facebook e
apenas 43 seguidores no Twitter.
Não utilizou os canais YouTube e Flickr. As fotos, o áudio e os vídeos foram
partilhados no separador multimédia do site.
O site foi a plataforma mais utilizada pelo candidato e tinha um link para a
rede social facebook.
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02-06-2011
• 4.4. Francisco Lopes 2.0
A presença na rede social facebook foi muito tímida, pouco interactiva e
limitou-se a partilhar informação que estava disponível no site.
O candidato privilegiou formas de comunicação política mais tradicionais:
contacto directo com os cidadãos no terreno através das arruadas,
comícios e jantares comício. O contacto com os “trabalhadores” deu-se
também em contexto empresarial e industrial.
A candidatura de Francisco Lopes, não quis utilizar a internet e as redes
sociais apenas para passar uma imagem de modernidade, mas, sobretudo,
para utilizar todas as potencialidades ao alcance do partido para passar a
mensagem política.
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02-06-2011
4.5. Defensor Moura 2.0
O candidato criou um perfil na rede social facebook a 25 de Julho de 2010.
Conseguiu atingir no facebook no dia das eleições 2 739 apoiantes e
apenas 70 seguidores no Twitter.
O site foi a plataforma mais utilizada pelo candidato e tinha um links para
a rede social facebook YouTube e Twitter.
A utilização do facebook permitiu não só a divulgação das acções da
campanha, mas também interagir com os seus apoiantes e esclarecer
dúvidas sobre a candidatura.
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02-06-2011
4.6. José Manuel Coelho 2.0
José Manuel Coelho foi o último candidato a entrar na corrida às eleições
presidenciais e foi apoiado pelo partido Nova Democracia.
Para além de ter criado um site (plataforma wordpress) e um blogger.
Aderiu às redes sociais facebook (perfil) e Twitter.
Muito do conteúdo divulgado na internet foi aproveitado de blogs que já
utilizava.
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02-06-2011
4.6. José Manuel Coelho 2.0
A estratégia foi juntar vários meios que fizessem de espelho entre si. AS
informações no site, no blog e no Youtube, reflectiram-se automaticamente
nas redes sociais, e foram a forma de disseminar a informação para o
maior número de pessoas e em pouco tempo. Essas informações eram
depois projectadas para os meios convencionais.
O candidato aderiu ao facebook a 1 de Novembro de 2010. No dia das
eleições contabilizou 2.754 amigos/apoiantes e foi seguido por 136 pessoas
no Twitter.
O candidato tem dado continuidade à sua página no facebook.
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02-06-2011
Considero que a campanha eleitoral para as presidenciais de 2011 foi uma verdadeira campanha digital, não só porque foi utilizada a internet - que aliás já tinha sido utilizada nas eleições presidenciais de 2006, mas porque pela primeira vez em Portugal foram utilizadas as redes sociais.
Embora a internet e as redes sociais tenham sido importantes nesta
campanha eleitoral, os candidatos ainda consideram a televisão o meio
privilegiado na divulgação das suas ideias e propostas políticas, porque
para além da substância política da mensagem, a imagem que passa na
televisão ainda é um factor determinante em período eleitoral. Os debates
e as entrevistas geram grandes audiências.
6. Algumas conclusões
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02-06-2011
A mensagem tem um efeito de espelho dos media convencionais para os media digitais (efeito de contaminação). Os dois meios contaminam-se mutuamente e vão criando um ciclo positivo de notícias. OS efeitos que vão produzir na sociedade vão ser muito grandes.
Existe uma combinação de vários media, como a televisão, internet, rádio,
imprensa, e telemóveis.
Continuam a privilegiar a habitual forma de interagir com o público:
comícios, outdoors, folhetos, arruadas, jantares etc., e consideram a
internet e os novos media um instrumento complementar de divulgações
das suas acções numa campanha eleitoral.
6. Algumas conclusões
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02-06-2011
Com os novos media, foi criado um novo espaço de cidadania (esfera
pública virtual), aberta à possibilidade de partilharmos informação,
manifestarmos as nossas opiniões e produzirmos o nosso próprio conteúdo.
Esta nova dimensão da realidade e virtualidade, aproxima os cidadãos das
instituições, promove a participação democrática, a discussão política entre
os cidadãos, a troca de ideias e opiniões de assuntos em geral
(representando um acréscimo aos modelos directos e representativos da
democracia).
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02-06-2011
Para os candidatos políticos, os novos media ainda são utilizados mais
numa perspectiva informativa e não tanto interactiva, se considerarmos
aqui o conceito de interactividade como um diálogo directo e permanente
entre político/candidato e eleitor.
O uso das novas tecnologias em campanhas eleitorais pode contribuir
para o fortalecimento da democracia, ao facilitar e estimular a participação
das pessoas e uma efectivação da cidadania, princípio fundamental do
Estado Democrático de Direito.
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02-06-2011
A internet é apenas mais uma ferramenta utilizada na estratégia de
comunicação política. Em Portugal ter site na internet e páginas/perfis nas
redes sociais, não é determinante para se ganhar umas eleições. Não
existem ainda estudos científicos que provem que existe uma relação
causa-efeito.
É preciso salientar que, embora as mensagens nas páginas da internet e
das redes sociais divulgadas pelos políticos ou candidatos políticos não
sofram as interpretações dos media tradicionais, podem ser mensagens
modeladas de acordo com as estratégias e tácticas de cada candidatura.
6. Algumas conclusões
02-06-2011
Obrigada pela atenção
…