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Haydée Svab Orientador: Leonardo Avritzer Espaço Digital e Participação Real PRODEP / FAFICH / UFMG Co-orientadora: Rayza Sarmento Mecanismos de representação Mecanismos de participação DEMOCRACIA Participação social como intensificadora da democracia

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Apresentação da monografia "Espaço Digital e Participação Real" para a obtenção do título de especialista no Programa de Pós-Graduação em Democracia Participativa, República e Movimentos Sociais - UFMG.

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Mecanismos derepresentação

Mecanismos departicipaçãoDEMOCRACIA

Participação social como intensificadora da democracia

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Mecanismos derepresentação

Mecanismos departicipaçãoT I C

Internet

O quanto as pessoas da sociedade civil conhecem ereconhecem mecanismos de participação por meios digitais?

Como é o impacto desses mecanismo para o governo?

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Mecanismos de representação política

● método de formação de governo (Schumpeter, 2010)

● restrição do conceito de soberania como origem do elitismo democrático

● perda de adesão popular às instituições representativas a partir da terceira onda democrática (Avritzer; Santos, 2003)

● enfraquecimento da identidade partidária, mediadores entre cidadãos(ãs) e governo (Veiga, 2007; Dalton, 2002)

● crise da representação [eleitoral] (Avritzer, 2007):- não abarca a totalidade das relações entre atores sociais e Estado (Urbinati, 2006)

- não reflete a pluralidade de discursos existentes (Dryzek, 2000)

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Mecanismos de participação política

● Participação comunitária (Carvalho, 1995; Pateman 1992)

● Participação popular (Carvalho, 1995; Pereira, 1999)

● Participação social (Pateman, 1992)

“será somente praticando o governo popular em pequena escala que o povo terá alguma possibilidade de aprender a exercitá-lo em maior escala” (Pateman, 1992, p.58)

● Exemplos internacionais: conselhos de bairro em Chicago (Fung, 2003); Reformas na Índia (Isaac e Heller, 2003); Cidade Digital (Lemos, 2004; Castells, 2001; Guerreiro, 2006); “constituinte” na Islândia (Bani, 2012; Landemore, 2014)

● Exemplos nacionais: Orçamento Participativo de Porto Alegre (Santos, 1998; Marquetti, 2003; Baiocchi, 2003); Conselhos de Saúde (Decretos 8.659/1911 e 34.347/1954; Leis 378/1937 e 9.131/1995)

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● audiências públicas

● conferências

● conselhos

● referendo, iniciativa popular, plebiscito

● marchas e manifestações

● orçamento participativo

● meios digitais de participação

Gabinete Digital(estado do Rio Grande do Sul)

Participa.br(governo federal)

Mecanismos de Participação Social

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● não foi desenvolvida como produto de mercado

● nasceu da união entre contracultura e academia (Castells, 2001)

● inteligência distribuída nas pontas (Lessig, 2001)

● internauta é emissor e receptor (Cardon, 2012)

Internet

● “espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores”(Lévy, 2010)

● fenômeno da desterritorialização (Johnson, 2002; Barlow, 1996)

● Construção simbólica(Castells, 2005)

Ciberespaço

● sistema de nós interligados, estrutura aberta, dinâmica e sem centro (Castells, 2005)

● governança horizontal, cultura de troca e de inovação coletivas dentro de um contexto global (Benkler, 2006)

● Aproxima semelhantes(Cardon, 2012)

Rede

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Internet enquanto espaço público legítimo

● Prerrogativa da liberdade de expressão (Habermas, 1991)● Diálogo que permite pluralidades (Arendt, 2005)● Visibilidade (Cardon, 2012)

● Potência de gerar maior participação?

● Melhor convivência com diversidade de vocalizações

● Alcance imediato e com baixo custo para indivíduos e organizações hierarquizadas

● Mais acesso a informações e serviços públicos

● Experiências empíricas mostram haver impacto no governo e na sociedade civil que partem de mobilizações online.

● Possibilidade de criar novas assimetrias

● Possibilidade de fortalecer atitudes e regimes antidemocráticos

● Persistência dos tradicionais obstáculos ao exercício da democracia participativa

● Fragmentação do debate e dificuldade de produção de decisões coletivas.

SIM

O

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● Análise de arquivos dos portais Gabinete Digital e Participa.br

● Entrevista com gestores dos portais Gabinete Digital e Participa.br

● Survey piloto, presencial com representantes da sociedade civil

● Survey online com representantes da sociedade civil

Mét

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Util

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Estudos de Caso

● Caracterização dos portais a partir de análise de arquivos

● Compreensão da visão dos gestores (governo) em relação às ferramentas digitais de participação

● Indicações sobre a compreensão de membros da sociedade civil sobre as ferramentas digitais de participação

Res

ulta

dos

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● Survey piloto, presencial (31 repostas válidas):- feito presencialmente na Arena da Participação Social em Brasília;- não contava com Gabinete Digital entre as alternativas da escala Likert;- nível de significância não atingido para o tamanho da amostra não permitiu análise de correspondência múltipla.

● Survey online (292 respostas válidas):- acessível somente a quem tem internet, podendo gerar viés;- a análise de correspondência é uma técnica exploratória que não implica nem capacidade preditiva nem relação causa e efeito.

● surveys aplicados somente a pessoas da sociedade civil organizadas

Lim

itaçõ

es

Considerações Metodológicas

● programa de análise estatística STATA 11.1● sistema operacional de núcleo Linux● survey online feito via serviço gratuito web Qualtrics● análise de frequência de palavras foi feito por nuvem de palavras, via

serviço gratuito web Wordle● resultado da etapa piloto foi input para a etapa onlineO

bser

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Gabinete Digital – características gerais

● É um “conjunto de mecanismos para a participação que visa estabelecer um diálogo entre governo e sociedade”, que tem por objetivo “incorporar novas ferramentas de participação, oferecendo diferentes oportunidades ao cidadão de influenciar a gestão pública e exercer maior controle social sobre o Estado”.

● criado em maio/2011, vinculado ao executivo estadual do Rio Grande do Sul

● parte do Sistema Estadual da Participação Popular e Cidadã do Estado do Rio Grande do Sul

● Tecnologia: Wordpress, código licenciado em Afero GPL, conteúdo licenciado em Creative Commons 3.0, repositório utilizado GitHub

● Organização: Equipe Procergs (3) e Equipe Palácio Piratini (11)

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Gabinete Digital – características específicas

Ferramentas de participação digital:

● Governo Escutaaudiência pública transmitida em tempo real

● Governador Perguntagovernador propõe uma pergunta ampla para ouvir opinião popular

● Governador Respondegovernador responde à pergunta mais votada, feita por cidadãos(ãs)(ferramenta remodelada)

● Agenda Colaborativadespacho do governador, uma dia por mês, era feito em uma cidade do interior do Estado e a população poderia interferir na agenda desse dia (ferramenta descontinuada)

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Gabinete Digital – visão governo

● Entrevistados (entre 02 e 13 de junho de 2014):Vinícius Wu (coordenador geral)Luiz Carlos Damasceno Júnior (coordenador executivo)Uirá Porã Carmo Maia (articulador de políticas digitais)Guilherme Guerra (programador antigo)

● Surgimento:inicialmente no Gabinete do Governador do Rio Grande do Sul, depois segue para a Secretaria-Geral de Governo do Estado

● Concepção e implementação (stakeholders principais):governador (Tarso Genro)secretário de governo (Vinícius Wu)PROCERGSFundação Getúlio Vargas

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Gabinete Digital – visão governo

● Motivação:(i) contexto da primavera árabe;(ii) reunião de blogueiros e tuiteiros no contexto de campanha;(iii) a disposição do governador quando eleito;(iv) criar um canal para incidir sobre a tomada de decisão política não apenas nas eleições e sem necessidade de associações.

● Expectativas iniciais: participação efetiva da população e reconhecimento da legitimidade do canal.

● Impacto para dentro do governo:(i) expectativa de mudança de cultura do serviço público;(ii) utilização bem-sucedida de TICs no diálogo com sociedade civil;(iii) aperfeiçoamento da gestão pública;(iv) ressignificação da estrutura de participação já consolidada no RS para paradigmas da sociedade em rede.

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● Impacto externo e adesão da população:

(i) conta com cadastro de mais de 10mil usuários;(ii) maior adesão das pessoas na faixa etária de 16 a 29 anos, maioria de mulheres (Damasceno);(iii) público jovem, de pessoas interessadas pelas áreas de tecnologia e política (Maia):

“na consulta em que mais de 255 mil pessoas votaram diretamente, houve acompanha-mento do Banco Mundial - daqueles que declararam só terem participado da consulta por ser online, a maior parte eram jovens e a maior parte tinha participado dos protestos de junho de 2013”

(iv) Agenda Colaborativa - descontinuada por pouca adesão popular(v) Governador Responde – descontinuado por muita adesão do “público alvo errado” e retomada como “Diálogos da Copa”

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● Gestão: horizontal e com atuação em três fases:(i) captar e entender uma demanda da sociedade;(ii) montar uma plataforma em que as pessoas possam opinar e dar sugestões;(iii) acompanhar e garantir que haja alguma implementação no devido órgão.

● Divulgação:(i) meios/formas: boca a boca; banners; vans da participação com tablets; redes sociais na Internet (Facebook e Twitter) e patrocinada.(ii) articulação entre dimensão presencial e virtual.

● Formulação da Agenda:(i) depende da ferramenta;(ii) ferramentas que perduraram: governo define pautas (sem critério claro de como isso é feito).

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● Autonomia do Cidadão:moderação a posteriori, com resistências internas

● Sistematização das discussões:(i) depende da ferramenta;(ii) não há fluxos e/ou processos estruturados;(iii) caráter experimentalista.

● Relação com democracia:(i) crise da representação e da legitimidade da política partidária;(ii) portal pode experimentar novas formas de relação governo-cidadão;(iii) aderência à Política Nacional de Participação Social;

“é possível utilizar instrumentos digitais de participação e cidadania na administração pública para alargar, aprofundar e aperfeiçoar a nossa democracia” (Wu)

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● Pontos Positivos:

- mudança de cultura- mudança de linguagem- caráter público não estatal- aumento da porosidade do Estado- inovação- respaldo do chefe do executivo- proximidade do cidadão- código aberto- nova forma de pensar política e governo

● Pontos Negativos:

- dificuldade de mudança institucional- falta de institucionalidade- dificuldade de articulação com outros órgãos- falta de respaldo do conjunto do governo- dificuldade de tratar as demandas- não haver garantia de que o espaço de participação será permanente- falta de interesse da população- falta de equipe (técnica) e comunidade de desenvolvimento

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● Desafios:

- melhorar comunicação- ampliar participação- inspirar outros órgãos do governo- promover mudança cultural dentro do governo- abrir mais o governo à participação e intervenção da população- obter relevância e respaldo junto à população- massificar acessos- dispor de equipe técnica dedicada e bem dimensionada

● Próximos passos:

- estabelecer login cidadão- adotar ferramentas de participação e tecnologias desenvolvidas no âmbito do Gabinete Digital em outros órgãos e áreas do governo- fortalecer comunidade/equipe de desenvolvimento- fortalecer essa nova forma de fazer política.

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Participa.br – características gerais

● É uma “plataforma virtual interativa em software livre voltada à construção de um conjunto de ambientes que poderão ser utilizados por gestores e servidores para proporcionar novas formas de participação a serem apropriadas pela cidadania e à contextualização, organização e facilitação do acesso do cidadão às formas de incidir nas políticas públicas do governo brasileiro, objetivando servir como um repositório agregador do conhecimento sobre participação social disperso na rede.”

● criado em novembro de 2013, vinculado ao executivo federal

● parte da Política Nacional de Participação Social

● Tecnologia: Noosfero, código licenciado em Afero GPL V3 or later, recomenda-se conteúdo licenciado em Creative Commons, repositório utilizado GitLab

● Organização: 8 consultores (PNUD) e 2 servidores (SGPR/SNAS/DPS)

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Participa.br – características específicas

Ferramentas de participação digital:

● Fórum● Comentário por parágrafo - alguém pode colocar um texto para

consulta de forma a coletar sugestões e críticas ancoradas a trechos que define.

● Avaliação de propostas aos pares - permite criar conjuntos de testes utilizando o método de combinações de pares quando se deseja elencar prioridades ou saber quais situações são mais bem avaliadas ou desejadas.

● HUB - é um canal de comunicação concentrador que capta informações do Facebook e do Twitter a partir de uma certa temática definida.

● Trilhas de participação - podem englobar quaisquer das outras ferramentas ou mesmo apontar etapas que não envolvam nenhuma delas.

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Participa.br – visão governo

● Entrevistados(as): Ricardo Augusto Poppi Martins (coordenador de Novas Mídias); Graziele Machado (consultora de relacionamento com comunidades); Paulo Roberto Miranda Meirelles (consultor de ciênciada informação); Daniela Soares Feitosa (consultora de desenvolvimento para ambientes de interação); e Mariel Zasso(partícipe protagonista na COMIGRAR)

● Surgimento:(i) manifestações de junho de 2013(ii) ser um canal de participação e diálogo entre sociedade e governo

● Concepção e implementação (stakeholders principais):- servidores Ricardo Poppi, Ronald Costa e Pedro Pontual, diretor deParticipação Social da Secretaria Nacional de Articulação Social- Ministro Gilberto Carvalho- equipe do SERPRO

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Participa.br – visão governo

● Motivação:(i) governo tem dificuldade de dialogar na linguagem das redes;(ii) experimentação;(iii) envolvimento mais direto da população em decisões de forma que não se precise de um filtro da mídia ou de representantes [formais]

● Expectativas iniciais:(i) controlar a expectativa do usuário;(ii) gerar casos de sucesso para público interno e externo;(iii) vincular sempre governo e sociedade para incidir sobre políticas públicas e eventos de governo.

● Impacto para dentro do governo:(i) alta e rápida adesão de órgãos e gestores públicos predispostos(ii) baixa e/ou lenta adesão em relação à totalidade dos órgãos do governo federal

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Participa.br – visão governo

● Impacto externo e adesão da população:(i) Feitosa e Machado esperavam maior adesão à plataforma(ii) Meirelles e Martins talvez entendam que a adesão popular se dá por segmentos sociais

● Gestão:(i) descentralizada entre órgãos de governo(ii) almeja-se compartilhada entre sociedade civil e governo é o objetivo perseguido pela equipe

● Divulgação: Participação em eventos de governo ou da sociedade civil para qual o governo é convidado; utilização de perfis e/oupáginas em redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram); Utilização de campanhas publicitárias e bases de contatos da SGPR em momentos específicos; Divulgação na página da SGPR na Internet; Hangouts e tuitaços.

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Participa.br – visão governo

● Formulação da Agenda:(i) agenda pré-definida: cada agenda (ou tema) pode dar origem a uma comunidade e havia intenção inicial de que qualquer pessoa pudesse propor uma comunidade, sendo que dentro de cada comunidade a proposição de discussões é bastante livre e espera-se que sejam ligadas ao tema central da comunidade(ii) combinação do interesse concomitante da sociedade civil e do governo é condição sine qua non para a existência da comunidade

● Autonomia do Cidadão:depende da ferramenta e existe uma sensação de ser bastante livre

● Sistematização das discussões:(i) depende da ferramenta(ii) na pairwise o resultado da consulta se auto-sistematiza(iii) na de comentários por parágrafo existem metodologia desenvolvida

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Participa.br – visão governo

● Relação com democracia:(i) portal para que as pessoas possam exercer seu direito à democracia;(ii) aderência à Política Nacional de Participação Social;

“é um laboratório de uma nova democracia que está surgindo, que está exigindo muito mais diálogo direto entre os tomadores decisões, entre os servidores, e a população, do ponto de vista da participação direta [. . . ] é um laboratório também de construção de mecanismos de participação, de forma conjunta, a partir da lógica do uso de plataformas livres.” (Martins)

● COMIGRAR(i) articulação entre dimensões presencial e virtual(ii) ferramentas disponibilizadas com caráter informativo e formativo(iii) possibilita o registro de seu histórico (público)(iv) tornou-se também um repositório de referência na temática(v) dificuldade de engajar atores da sociedade civil na plataforma, captados a partir da divulgação em outras redes sociais

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Participa.br – visão governo

● Pontos Positivos:

- plataforma livre, aberta- metodologia de participação baseada em redes e comunidades- mobilização de alguns órgãos de governo- casos de sucesso- oportunidade de pesquisa e aproximação do governo com a academia- empoderamento da população- ser online pode tornar a participação mais acessível

● Pontos Negativos:

-dificuldade de adesão de outros setores do governo- dificuldade de estabelecer processo de gestão compartilhada entre sociedade civil e governo- dificuldade de engajar e mobilizar desenvolvedores para contribuir tecnicamente- sistematização insuficiente dos resultados atingidos- precisa melhorar sua usabilidade- ainda não são públicos todos os passos da participação pelo portal- pouca adesão da população

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Participa.br – visão governo

● Desafios:- engajar e mobilizar grande número de pessoas nas consultas e no portal- superar a lógica da atual formação das comunidade caminhando para processo mais autorregulado- aprimorar a concepção da(s) metodologia(s) de participação- mudar a cultura política- qualificar a participação- legitimar internet como meio de participação- ser perene- consequências das discussões

● Próximos passos:- disseminar a plataforma enquanto metodologia e experiência de participação social no interior do governo- divulgar a plataforma para que seja apropriada pelo conjunto da sociedade- trazer esses espaços de participação (conferências, etc.) para dentro da plataforma- se consolidar como uma plataforma confiável e viável- gerar resultado (em políticas públicas) a partir das discussões na plataforma

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Visão sociedade civil – etapa piloto● 31 questionários foram respondidos (16 mulheres e 15 homens)● Média etária de respondentes: 42,5 anos (desvio padrão de 13,04 anos)● Tempo de atuação médio em entidade: 10,7 anos (desvio padrão de 6,82

anos)● Respondentes de todos estados brasileiros e Distrito Federal: 5 da região

Centro-Oeste, 6 da Norte, 10 da Nordeste, 3 da Sul e 7 da Sudeste

Visão sociedade civil – etapa online● 180mil endereços eletrônicos da base de dados do Mapa das

Organizações da Sociedade Civil● 548 respostas, 292 registros válidos (142 mulheres e 150 homens)● Média etária de respondentes: 45,2 anos (desvio padrão de 11,68 anos)● Tempo de atuação médio em entidade: 10,8 anos (desvio padrão de 8,72

anos)● Respondentes de todos estados brasileiros e Distrito Federal: 11 da região

Centro-Oeste, 18 da Norte, 68 da Nordeste, 57 da Sul e 138 da Sudeste

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Participa.br - visão sociedade civil

● Mapa perceptual do grau de proximidade versus conhecimentoabrangência nacional

Gabinete Digital- visão sociedade civil

● Mapa perceptual do grau de proximidade versus conhecimentoabrangência Estado do Rio Grande do Sul

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Visão sociedade civil – Gabinete Digital e Participa.br

● Quem conhece ferramentas digitais de participação em nível federal, frequentemente conhece também em nível estadual e/ou municipal. O mesmo ocorre em relação ao uso das ferramentas: quem declara já ter utiliza em nível federal, frequentemente também o declara para os níveis estadual e municipal.

● As categorias da variáveis que indicam conhecimento de ferramentas digitais de participação (seja nível federal, seja nível estadual) apresentam associação com as categorias das variáveis relativas ao grau de conhecimento / envolvimento dos portais específicos analisados neste trabalho: Participa.br e Gabinete Digital.

● As categorias da variáveis específicas dos portais Participa.br e GabineteDigital apresentam associação entre si e com as categorias do Portal da Transparência, o mais consolidado entre os exemplos expostos ao respondente.

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Participa.br - visão sociedade civil

● Mapa perceptual que relaciona as categorias das variáveis “região”, “grau de conhecimento/ envolvimento com o Participa.br”, “se conhece algum instrumento ou ferramenta digital de participação do governo estadual” e “se conhece algum instrumento ou ferramenta digital de participação do governo federal”

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Gabinete Digital - visão sociedade civil

● Mapa perceptual que relaciona as categorias das variáveis “estado”, “grau de conhecimento/ envolvimento com o Gabinete Digital” e “se conhece algum instrumento ou ferramenta digital de participação do governo estadual”

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Visão sociedade civil

etapa piloto etapa online

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ReferênciasARENDT, H. A Condição Humana. 10 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005. 352 p.

AVRITZER, L. Sociedade Civil, Instituições Participativas e Representação: DaAutorização à Legitimidade da Ação. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio deJaneiro, v. 50, n. 3, p. 443–464, 2007.

AVRITZER, L.; SANTOS, B. D. S. Para ampliar o cânone democrático. 2003. 1–30 p.

BAIOCCHI, G. Participation, Activism, and Politics: The Porto Alegre Experiment.In: FUNG, A.; OLIN, W. E. (Ed.). Deepening Democracy: Institutional Innovations inEmpowered Participatory Governance - The Real Utopias Project IV|. London: Verso, 2003.p. 45–76.

BANI, M. Crowdsourcing Democracy: the Case of Icelandic Social Constitutionalism.Politics and Policy in the Information Age, p. 1–20, 2012.

BARLOW, J. P. A Declaration of the Independence of Cyberspace. 1996.

BENKLER, Y. The Wealth of Networks: How Social Production Transforms Marketsand Freedom. SiSU, 2006. 398 p.

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ReferênciasBRASIL. Decreto n o 8.243, de 23 de maio de 2014. Institui a Política Nacional deParticipação Social - PNPS e o Sistema Nacional de Participação Social - SNPS, e dá outras providências. 2014. 3–9 p.

CARDON, D. A Democracia Internet: Promessas e Limites. 1 a . ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012. 116 p.

CARVALHO, A. I. Conselhos de saúde no Brasil: participação cidadã e controle social. Rio de Janeiro: FASE/IBAM, 1995. 135 p.

CASTELLS, M. The Internet Galaxy: Reflections on the Internet, Business and Society. Oxford: Oxford University Press, 2001.

CASTELLS, M. A Sociedade em Rede: do Conhecimento à Política. In: CASTELLS, M.; CARDOSO, G. (Ed.). A Sociedade em Rede: Do Conhecimento à Acção Política. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 2005. p. 17–30.

DALTON, R. J.; WATTENBERG, M. P. Parties without partisans: political change in advanced industrial democracies. Oxford: Oxford University Press, 2002. 328 p.

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