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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SARANDI Rua José Emiliano de Gusmão, 565 Centro - Sarandi - Paraná CEP: 87111-230 PROPOSTA DE ABRIGO TIPO CASA LAR PREFEITO MUNICIPAL CARLOS ALBERTO DE PAULA JÚNIOR

PROPOSTA DE ABRIGO TIPO CASA LAR EM SARANDI/PR

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SARANDI Rua José Emiliano de Gusmão, 565 Centro - Sarandi - Paraná CEP: 87111-230

PROPOSTA DE ABRIGO TIPO CASA LAR

PREFEITO MUNICIPAL

CARLOS ALBERTO DE PAULA JÚNIOR

SECRETARIA MUNICIPALDE ASSISTÊNCIA SOCIAL E CIDADANIA

Janaína Claudia Santoro de Paula.

Sarandi /2011

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1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome da Instituição Proponente CNPJ78.200.482/0001-10Endereço Prefeitura do Município de Sarandi CEP 87111-230Telefone(44) 3035-0800

Fax (44) 3035-0800 [email protected]

Banco* Nº Agência Nº Conta Corrente Nome do Responsável Legal da Instituição ProponenteCARLOS ALBERTO DE PAULA JÚNIOR

Função Prefeito Municipal

RG 4.323.442-0 CPF 668 320 639-20

Telefone ( 44 ) 3264-8600

Celular ( )

E-mail

Endereço Residencial Rua das Violetas 181 CEP 87111-230Telefone ( 44 ) 3035-0800

Fax( 44 ) 3035-0800

Nome do Responsável Técnico da Instituição ProponenteFunção Psicóloga/Coordenadora

RG5.037510-2

CPF711.342.719-72

Telefone (44)3905-1873 (44) 9944-1969

Celular(44)99441969

E-mail [email protected]

Formação:psicóloga Número do Registro Profissional: CRP 08/08149-8

Não será a primeira vez que o saudável exercício de “olhar para trás”ajudará a iluminar os caminhos que agora percorremos, entendendo melhoro porquê de certas escolhas feitas por nossa sociedade.

Para começar, a história sobre a criança feita no Brasil, assim como noresto do mundo,vem mostrando que existe uma enorme distância entre omundo infantil descrito pelas organizações internacionais, pelas nãogovernamentais e pelas autoridades, daquele no qual a criança encontra-sequotidianamente imersa.

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Mary Del Priore

FORMULÁRIO CADASTRAL DE PROGRAMAS E SERVIÇOS

1. Identificação: ( ) Programa ( x ) Serviço

1.1. Nome: Abrigo

1.2. Nome da entidade: Abrigo tipo casa lar

1.3. Endereço: Rua Ponta Porã, n 1400

Bairro: Jardim Bela Vista CEP 87112-160

Ponto de Referência:

Horário de Funcionamento: permanente

1.4. Situação do imóvel: ( x ) próprio ( ) cedido ( ) alugado

1.5. Responsável da entidade:

Nome: Prefeitura do Município de Sarandi

1.6. Objetivo social da entidade:

"O abrigo é medida provisória e excepcional, utilizável como forma de transição para a colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade." (ECA/art.101/parágrafo único), visto que não há no momento alguma entidade não governamental que tenha interesse em assumir junto a Prefeitura do Município de Sarandi, os serviços de abrigamento, e a necessidade imediata da reestrutruão e Municipalização deste, visando a prioridade absoluta, no que se refere aos direitos da criança e adolescente, o Município de Sarandi, através da Secretaria de Assistencia Social tem como objetivo atender crianças/adolescentes , buscando um melhor desenvolvimento e atendimento de suas necessidades, não perdendo de vista a perspectiva de revinculação familiar e comunitária. Visando ainda, oportunizar às crianças e adolescentes que necessitem do espaço protetivo a vivência de um modelo de relações que possibilite o resgate da auto-estima e a construção de um projeto de vida.

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2. Programas e/ou serviços:

2.1. Regime de atendimento :Abrigamento Tipo Casa lar

Abrigamento de crianças e adolescentes com medida de proteção prevista no Estatuto da Criança e Adolescente ECA (artigos 92 e 94), adotada quando o vínculo familiar encontra-se rompido ou fragilizado e a criança/adolescente em situação de risco, a ponto de ser necessário o afastamento do convívio familiar.

Até o momento o abrigamento no Município de Sarandi, foi realizado por ONG, esta o Larcra - Lar Da Criança recanto do Amor, a qual na data de 31 de março, comunicou seu desligamento com o abrigamento de crianças de 0-12 anos.

Desta forma o Município de Sarandi, vem apresentar sua Proposta de Abrigamento a este Conselho, com a finalidade de executar os serviços de acolhimento de 20 crianças e adolescentes, entre 0 – 18 anos.

2.2. Objetivo:

O Abrigo Municipal tem por objetivo geral garantir a integridade física e psicológica das crianças e adolescentes, garantindo a execução da doutrina da Proteção Integral à Criança e ao Adolescente, de forma integrada, isto é, com a participação da família, dedicando-se ao seu bem estar, na forma estabelecida nos Arts. 226 a 230 da Constituição Federal e na Lei 8.069/90 de 13.07.90, que trata do Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo que, para o cumprimento desse objetivo, contará com a ajuda dos poderes governamentais visando os seguintes objetivos específicos:

-Garantir o respeito à inviolabilidade da sanidade física, afetiva, psíquica, moral e espiritual da criança, do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor;-Promoção a saúde;-Promoção da assistência social;-Promoção da segurança alimentar e nutricional;-Estímulo à educação e à religiosidade promovendo a ética, a paz, a cidadania, os direitos humanos, e a democracia;-Promoção do esporte solidário e do lazer comunitário;-Promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;-Defesa, preservação, e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;

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-Proceder a exames, visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo da criança e do adolescente, bem como prestar orientação aos seus familiares;-Promover ações que permitam a criança e adolescente o lazer, à cultura, a prática esportiva e a participação na vida familiar e comunitária, sem discriminação.

E ainda:

- Preservar os vínculos familiares preexistentes ao Processo de Abrigamento , estimulando contato com figura de referência afetiva, desde que não haja impedimento legal.

2.3. Critérios usados para ingresso:

Crianças e adolescentes de 0 a 18 anos que encontram-se com vínculos familiares rompidos e/ou fragilizados com medida protetiva de abrigamento aplicada pelo Juiz da Vara da Infância e da Juventude ou pelo Conselho Tutelar.

Em caráter excepcional e de urgência, poder-se-á abrigar crianças e adolescentes através do Conselho Tutelar, sem prévia determinação da autoridade competente, fazendo comunicação do fato até o 2° dia útil imediato, segundoArtigo 93 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

O desabrigamento da criança e/ou do adolescente ocorrerá por determinação da autoridade competente e com os devidos procedimentos para que o desabrigamento ocorra de forma saudável sem constrangimento, insegurança ou receio.

2.4. Fundamentação/Proposta pedagógica ( ainda em construção com prazo máximo de 90 dias para sua apresentação)

A Secretaria de Assistência Social é o órgão Gestor que executa Programas, Projetos e Serviços destinados ao atendimento da população em situação de vulnerabilidade social e/ou risco social seja através de rede própria ou conveniada. Tais ações estão voltadas à Infância e Juventude, População Adulta e Idosa, Família e Pessoas com Deficiência. A coordenação destes programas é dividida entre Coordenação da Proteção da Rede Especializada CREAS, Coordenação da Rede Básica e Coordenação Técnica e Administrativa.

O estabelecimento e a utilização de programas em regime de abrigo está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 90, inciso IV, no artigo 101, inciso VII e no parágrafo único deste artigo que, para além de conceituar o programa, delimita sua operacionalização: “o abrigo é medida

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provisória e excepcional, utilizável como forma de transição para a colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade”.

A Proteção Social Especial organiza, no âmbito do SUAS, a oferta de serviços, programas e projetos de caráter especializado, destinado a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, com violação de direitos. Tais situações podem incidir sobre as relações familiares e comunitárias, gerando conflitos, tensões e rupturas, demandando, portanto, atenção especializada e maior articulação com os órgãos de defesa de direitos e outras políticas públicas setoriais.

A atenção na Proteção Social Especial tem como objetivo principal contribuir para a prevenção de agravamentos e potencialização de recursos para a reparação de situações que envolvam risco pessoal e social, violência, fragilização e rompimento de vínculos familiares, comunitários e/ou sociais. Nesse sentido, algumas situações podem ser aqui elencadas: violência física, psicológica e negligência; abandono; violência sexual; situação de rua; trabalho infantil; cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto; afastamento do convívio familiar, dentre outras.

Considerando os níveis de agravamento, a natureza e a especificidade do atendimento ofertado, a atenção na Proteção Social Especial organiza-se em Proteção Social Especial de Média Complexidade e Proteção Social Especial de Alta Complexidade.

O abrigamento de crianças e adolescentes é uma medida de proteção de alta complexidade, prevista no Estatuto da Criança e Adolescente ECA (artigos 92 e 94), adotada quando o vínculo familiar encontra-se rompido ou fragilizado e a criança/adolescente em situação de risco, a ponto de ser necessário o afastamento do convívio familiar.

Até o momento o abrigamento no Município de Sarandi, foi realizado por ONG, esta Larcra, a qual na data de 31 de março, comunicou seu desligamento com o abrigamento de crianças de 0-12 anos.

Desta forma o município de Sarandi, vem apresentar sua Proposta de Abrigamento a este Conselho, com a finalidade de executar os serviços acolhimento de 20 crianças e adolescentes.

Deve-se salientar que no Programa de Atendimento que serár desenvolvidos os recursos a implantação e manutenção do abrigo serão previstos nas dotações orçamentárias dos órgãos públicos encarregados... observando-se o principio da prioridade absoluta ‘a criança e ao adolescente preconizado pelo caput do Art.227 da Constituição Federal e pelo caput e parágrafo único do Art. 4º desta lei.

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2. JUSTIFICATIVA

Com o desligamento da ONG Larcra na prestação dos serviços de abrigamento e, considerando que Município de Sarandi não possui outra forma de abrigamento, seja através de casa de acolhida, família substituta ou outras, tornou-se URGENTE a necessidade de implantação do abrigo de forma municipalizada, como alternativa imediata , buscando proporcionar às crianças e adolescentes a possibilidade de desenvolverem-se em um modelo de abrigagem que se aproxime do modelo familiar com atendimento adequado sendo necessário para isso reordenar metodologias, numa perspectiva que segundo Cláudia Fonseca (2006), garanta a diversidade de modelos de atendimento para contemplar as diferentes necessidades das crianças e adolescentes.

O estabelecimento e a utilização de programas em regime de abrigo estáprevisto no Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 90, inciso IV, no artigo 101, inciso VII e no parágrafo único deste artigo que, para além deconceituar o programa, delimita sua operacionalização: “o abrigo é medidaprovisória e excepcional, utilizável como forma de transição para a colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade”.

Cientes de que cabe ao poder executivo a responsabilidade primeira pelo estabelecimento de infra-estrutura adequada para a aplicação de medidas requeridas pelo Conselho Tutelar, Judiciário e pelo Ministério Público e que ainda pode-se contar com a parceria de instituições não-governamentais, de forma articulada, como previsto no artigo 86 do Estatuto da Criança e do Adolescente, foram feitos alguns contatos e solicitações para outras ONGs, no entanto após não aceitação destes em assumir em parceria com a Prefeitura do Município de Sarandi, tomou-se a iniciativa, ainda que com tempo estreito, de municipalizar o abrigo com modelo casa lar.

Segundo o ECA, a medida protetiva de abrigo é transitória, e a permanência da criança/adolescente deve ocorrer durante o menor tempo possível. Infelizmente a transitoriedade prevista nem sempre pode ser efetivada, levando-se em conta uma série de fatores:

- características do funcionamento familiar que inviabilizam o rápido retorno;

- fragilidade da rede de apoio às famílias em situação de risco pelas diversas políticas públicas (saúde, saúde mental, habitação e geração de renda);

- a vulnerabilidade cada vez maior que faz com que as famílias ampliadas não consigam assumir o cuidado das crianças e adolescentes até mesmo em situações de óbito dos pais;

- o número reduzido de adoções de crianças mais velhas, adolescentes e grupos de irmãos;

- a morosidade dos processos judiciais.

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Cabe salientar que o ingresso na Modalidade de Abrigagem não significa o encerramento das tentativas de revinculação familiar ou adoção; pelo contrário, deve manter-se o investimento no reforço e manutenção dos vínculos familiares e comunitário.

2.5. Metodologia de atendimento:

A metodologia de atendimento estará pautada nas leis que regem os Direitos da Criança e do Adolescente, visando resgatar a auto-estima, cidadania, saúde física e emocional, proporcionando a criança e adolescente um lar onde tenham amor, educação e um ambiente estruturador para um desenvolvimento saudável, regido por valores como respeito, cidadania, afeto, transparência, espiritualidade, ética, fraternidade, integração e visão de totalidade.

Odesafio de dar suporte, fortalecer vínculos fragilizados e reconstruir a partir do que a criança e/ou adolescente trás em sua memoria afetiva.

A vida das crianças que chegam a ser abrigadas é acompanhada de uma história interna e pessoal comumente marcada pelo abandono e pela violência. Muitas destas crianças preferiam ficar nas ruas como uma‘opção’ mais prazerosa que o próprio lar, lar este que deveria dar suporte, aconchego e segurança.

Suas redes pessoais e sociais de suporte apresentam-se esgarçadas por contínuas exclusões, tais como as dos equipamentos educacionais, de saúde, de lazer, assim como pela falta de aportes familiares e afetivos. São trajetórias que levam à situação de desfiliação.

O abrigo em questão atenderá meninos e meninas como desafio de configurar-se como casa, ainda que por curto tempo, abrigados, respeitando-os e oferecendo-lhes novas possibilidades, que incluem os limites para a convivência.a partir do trabalho de educadores, de projetos sociais, equipe técnica desejável e sugeridas pelas normas de abrigamento, contato direto com o CACAVV(Centro de Atendimento a Criança e Adolescente Vitima de Violencia), CREAS (Centro de Referencia Especializado Assistencia Social), Conselho Tutelar e demais órgãos com referencia a criança e adolescente, que visem contribuir, no sentido de minimizar as perdas sofridas por crianças e adolescentes abrigados.

Experiências positivas de abrigos demonstram a possibilidade de um trabalho individualizado e que impeça, ou pelo menos reduza, a produçãode marcas e estigmas da institucionalização na população atendida (Marcondi, 1997).

A construção de um paradigma de casa passa necessariamente pela construção daconvivência e do respeito ao outro. E este será com certeza um desafio.

A linguagem reconhecida e utilizada pelos meninos e meninas caracteriza-se, muitas vezes,pela violência. A resolução dos conflitos cotidianos pode se dar

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por meio da violência física, na maioria das vezes direcionada a eles próprios e, em outros momentos, aos funcionários e colegas para tanto se faz necessária a inserção de regras cotidianas e tais tarefas nos farão buscar a possibilidade de metodologias de trabalho que sejam construídas conjuntamente com as crianças e adolescentes.

A convivência e a mudança de paradigmas das relações pessoais, pode-se ter como base teórica a"Pedagogia da Presença" que trata da utilização do princípio da presença constante, da crença nos valores positivos de todacriança, e do estruturar-se a partir de práticas e vivências cotidianas.

Torna-se ainda necessárias discussões conjuntas com a equipe que irá compor o quadro de servidores, para a busca de regras e limites a serem respeitados na casa. Este com certeza serão momentos de exercício de democracia e de participação na construção conjunta; são tentativas ainda de interação dos operadores sociais com as crianças e adolescentes moradores da casa. Sabemos que será necessária a intermediação dos técnicos na elaboração destes espaços, pois normalmente estas crianças e adolescentes são extremamente exigentes consigo mesmo e, em geral, propõem regras e procedimentos inflexíveis aos quais, provavelmente, eles próprios não conseguiriam aderir.

O modelo de casa não é algo incorporado na experiência destas crianças eadolescentes, porque se assim fossem, não estariam na situação de abrigamento. Propor uma rotina dentro da qual se deve acordar efazer as refeições em um mesmo horário, respeitar limites, cuidar de suas coisas, dentre outras tantas tarefas e obrigações é, para alguns, uma transição muito difícil em relação ao que se vivenciava.

Outro aspecto a ser trabalhado é que o modelo introjetado e vivenciado por eles em suas casas de origem não são de experiências positivas e todos os sentimentos então‘armazenados’ são transferidos para o novo espaço.

Para tanto a metodologia será pautadas em metas que visam:Acolher 20 crianças e/ou adolescentes encaminhadas pela Vara da infância ou Conselho Tutelar, propiciando:

- Acolhida;

- Cadastramento;

- Registro de comportamentos (ansiedade, resistência, choro, medo, etc);

- Entrevista e anamenese se possível (com pais, parentes próximos);

- Verificação carteira de vacinação;

- Fortalecimento de vínculos entre familiares e crianças/adolescentes privados do convívio familiar;

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- Encaminhamento para serviços de saúde, escolarização, esporte , cultura e lazer;

- Atendimento familiar, garantindo acompanhamento das famílias, inserindo-as em grupos, projetos e atividades sociais que venham garantir o fortalecimento de vínculos e um novo projeto de vida, incluindo e aceitando a(s) criança(s) e/ou adolescente(s) em sua rotina, com perspectiva de mudança de hábitos e com planejamento adequado esperados em uma família saudável;

- Fortalecimento de vínculos entre educadores , equipe técnica e educando, com intuito de propiciar um espaço de convivência coletiva saudável e acolhedor, visando alcançar os objetivos esperados;

- Manutenção de banco de dados com fichas de avaliação, notas importantes e prontuário com a possibilidade de que seja visível o entendimento dos procedimentos realizados com a criança e/ou adolescente inserido na casa;

- Acompanhamento lúdico e pedagógico , no sentido de organizar horários adequados de estudo e lazer , conciliando ambos para um melhor desenvolvimento psicopedagógico.

Outras situações a serem observadas referentes a socialização, desenvolvimento e comportamento emocional.

Características do atendimento - socialização

1. Admissão – verificando grau de ansiedade de separação realizando trabalho técnico para adaptação rápida;2. Identificação de membros da família;3. Convivência com grupo de irmãos;4. Vivência num ambiente familiar e comunitário.

Características do atendimento - emocional

1. Verificar grau de carência afetiva; com a finalidade de suporte individual se necessário ( a ser realizado pelo CACAVV)2. Observação na mudança no humor, brilho nos olhos, sorriso, etc.4. Medos inclusive de retornar ao lar.

Características do atendimento - desenvolvimento infantil

1. verificação de atraso no desenvolvimento biopsicomotor;2.verificar se há fragilidade na saude;3. se há dificuldade de ganhar peso;4.se há linguagem reduzida; proporcionar um trabalho que melhore o vocabulário, se há outras dificuldades fazer os devidos encaminhamentos;5.Se existe dificuldade de compreender as coisas comuns do cotidiano, com a proposta de enriquece-la com experiências cotidianas.

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Observação: o plano de atendimento individual, assim como cronograma de atividades e anexos da metodologia estão sendo construído juntamente com a equipe de transição, sendo que há prazo de 90 dias para reorganização e adequação dos procedimentos. Parte da bibliografia a ser utilizada encontra-se ao final deste.

2.6. Capacidade de atendimento:

20 crianças e/ou adolescentes, que necessitem de espaço provisório e excepcional em situação de risco pessoal ou social, que encontram-se privados da convivência familiar e tiveram seus direitos violados.

3. Atividades desenvolvidas:

4. Atividades desenvolvidas pelo Programa e/ou Serviço:

As estratégias a serem desenvolvidas com crianças,adolescentes e famílias, formas de avaliação dos serviços, dos programas, assim como de funcionários serão descritas na metodologia como ressaltado anteriormente.

5. Recursos humanos:

N. Função Formação Vínculo Obs.

01coordenador Superior

01 psicólogaSuperior efetivo

01 Assistente socialSuperior efetivo

01 motorista xxxxxxefetivo

04 Serviços gerais xxxxxx efetivosexofeminino preferencialmente

02 Cozinheiras xxxxxx efetivo

O1 Auxiliar administrativo

xxxxxxx

08 educadores xxxxxxxTeste seletivo

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O Coordenador:

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente noseu artigo 92, parágrafo único:"O dirigente de entidade de abrigo é equiparado ao guardião, para todos os efeitos de direito".Portanto, mais do que um administrador do abrigo, o dirigenteé o responsável legal pelas ações de assistência material,moral e educacional dos abrigados. Além disso, devepropiciar apoio à equipe técnica e aos demais funcionáriosnas suas atividades diárias.

Os Educadores:

Têm atribuições e responsabilidades diferenciadas, detalhadas no regimento interno. Porém, todos devem trabalhar com a finalidade de garantir o cumprimento dos direitos da criança e do adolescente e a efetivação do plano de trabalho.

Equipe técnica:

A Equipe Técnica deverá contar com equipe multidisciplinar,composta por assistentes sociais, psicólogos, pedagogose outros profissionais. Responsáveis em realizar e registrar atividades com familiares, grupos, encaminhamentoa rede especializada, prestar informações ao Ministério publico, poder judiciário, Conselho tutelar , CMDCA e demais órgão de garantia de direitos.

Equipe de Apoio:

Auxiliar de serviços gerais,motorista, , cozinheira e outros, deverão seguir o regimento interno, ressaltando que todos são responsáveis por educar, independente de suas atribuições, deverão ser qualificados para fazer as correções necessárias junto as criança e/ou adolescente, com intuito de manter harmônica e respeitável a convivência diária.

Administrativo:

Responsável em agendar, anotar e resguardar toda a documentação da casa. Zelando pela confidencialidade, sigilo e presteza em organizar horários e agendamentos de medico, carro, escola , etc...

6. Relações externas estabelecidas:

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7.1. Existem parcerias / articulações nas atividades propostas?

( x ) Sim ( ) Não ( ) Sistemáticas ( ) Assistemáticas

6.1.1. Com quem?

Secretarias de saúde, educação, cultura esporte e lazer, Universidades Publicas e Privadas, ANPR, APAE, Pastoral, Igrejas, Rotary e demais entidades e instituições que possam oferecer parcerias adequadas aos serviços voltados a criança e ao adolescente.

6.1.2. que tipo de atividades:

Serviços odontológicos, nutricionais, lúdicos, atividades físicas desportivas, fisioterapia, fonoaudiologia, serviços de educação especial e reabilitação, voluntariados em palestras referentes a sexualidade, orçamento e organização familiar, drogadição, cuidados domésticos e de saúde, higiene, conservação de alimentos e aproveitamento, entre as diversas oportunidades em trabalhar em grupo com pais, familiares, familias substitutas ou adotivas, etc...

7. Outras informações:

Informações dadas por: DeboraSant’Anna

Vínculo/Função na Entidade: Coordenadora de Proteção Social Especial

Sarandi, 18 de abril de 2011

________________________

Assinatura

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BIBLIOGRAFIA

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