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Aracaju, junho de 2012. A reforma do Código Florestal Brasileiro Aracaju / junho de 2012

Reforma do Código Florestal - Deputado Federal Marcio Macedo (PT-SE)

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Palestra realizada pelo Deputado Federal Marcio Macedo na última segunda-feira a alunos do curso de engenharia civil da Faculdade Pio X.

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Aracaju, junho de 2012.

A reforma do Código Florestal Brasileiro

Aracaju / junho de 2012

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•A Constituição Federal assegura a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado;

•Incumbe ao Poder Público definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção.

Está na Constituição

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Legislação forte e abrangente que protege a natureza no Brasil, incluindo os recursos hídricos, vegetação, solos e demais recursos naturais.

O Código Florestal

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• A primeira versão do Código Florestal é de 1934;

Entendendo a polêmica

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Entendendo a polêmica

•Em 1965, foi promulgado um novo Código que, entre outras questões, estabelecia a Área de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente –APP.

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•Em outubro de 2010 o Deputado federal Aldo Rebelo é nomeado relator do Projeto de Lei Nº 1.876, de 1999 que revoga a Lei Nº 4771, de 1965 – Código Florestal e altera a Lei Nº 9.605, de 1998 – Código Florestal Brasileiro.

Entendendo a polêmica

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Por que o Código Florestal precisava ser revisto?

• O Brasil vive um novo momento histórico, com características muito diferentes das que geraram o Código em 1965;

• Ao longo dos anos, foi alterado por MPs, Decretos, Portarias, Resoluções, Instruções Normativas, alterando o seu sentido original.

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As principais mudanças propostas no Código estão relacionadas aos seguintes temas:

•Áreas de Preservação Permanente;

•Reserva Legal;

•Programa de Regularização Ambiental;

•Agricultura Familiar;

•Estadualização do Código.

Entendendo a polêmica

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Fonte: Folha de São Paulo – Edição de 24/05/2011

Como era o Código

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Fonte: Folha de São Paulo – Edição de 24/05/2011

O Relatório Aldo Rebelo

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Situação em 2011:

• No início da 54ª legislatura, havia um clima de “votação imediata” do relatório do Deputado Aldo Rebelo;

Entendendo a polêmica

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Requerimento nº 334/2011, do Deputado Márcio Macêdo, de 10 de fevereiro de 2011:

Agenda ambiental foi colocada na pauta da política de desenvolvimento sustentável do país;

Renovação de 46% da Câmara Federal com 233 novos parlamentares;

Era preciso pensar melhor

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Requerimento nº 334/2011, do Deputado Márcio Macêdo, de 10 de fevereiro de 2011: (cont.)

Compromisso assumido pela Presidenta Dilma Rousseff com a agenda ambiental, desenvolvimento sustentável e com a prevenção de eventos climáticos extremos e tragédias naturais;

Tragédias ambientais ocorridas na região serrana do Rio de Janeiro em especial pela degradação natural, motivada pela ocupação desordenada de Áreas de Preservação Permanente;

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Requerimento nº 334/2011, do Deputado Márcio Macêdo, de 10 de fevereiro de 2011: (cont.)

Enchentes ocorridas em Pernambuco e Alagoas em meados de 2010 relacionadas à ocupação irregular e degradação das matas ciliares, principalmente diante das categorias de área urbana e rural consolidadas;

Apreciar a compatibilidade legal entre o parecer do PL 1.876/1999, a Convenção de Diversidade Biológica e Protocolo de Nagoya;

O texto do PL e o parecer do relator Deputado Aldo Rebelo apresentam consideráveis alterações nas ocupações urbanas e rurais.

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Posicionamento do Governo Federal;

Amplo debate envolvendo a sociedade brasileira:

- Entidades ambientais;- Agricultores familiares;- Comunidade Científica;- Via Campesina;- CUT.

Código responsável e consensuado.

Conseqüência do requerimento

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Fonte: Folha de São Paulo – Edição de 25/05/2011

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“A emenda saiu pior que o soneto”

Resultado da votação do Código Florestal – 24 de maio de 2011:

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A Emenda 164, aprovada em 24 de maio, previa:

•Permissão da ocupação em áreas de proteção ambiental (APPs);

•Garantia da ocupação desordenada das áreas rurais, o que significa consolidar o desmatamento já praticado;

•Flexibilização da legislação, transferindo a política ambiental para os Estados;

•Anistia a quem desmatou até julho de 2008.

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• Código é aprovado por 410 votos a favor, 63 contra e 1 abstenção;

• Pontos críticos:

> Prevê área rural consolidada – inciso III do art. 3º;

> Possibilidade de ocupação em áreas de APP – parágrafo 3º do art. 4º;

> Não trata da proteção de manguezais e veredas no art. 4º, que reza sobre APPs;

Votação do Código Florestal – 24 de maio de 2011:

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• Pontos críticos: (cont.)

> Legaliza a conversão do solo para agricultura ou pecuária em APP no Pantanal – art. 11;

> Isenção de reserva legal em propriedade com até 4 módulos fiscais – parágrafo 7º do art. 13;

> Em vez de recomposição, o relatório prevê regularização de área rural consolidada – art. 14;

> Flexibiliza a legislação, estadualizando e municipalizando-a – art. 27;

Votação do Código Florestal – 24 de maio de 2011:

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• Pontos críticos: (cont.)

> Anistia e regularização de áreas rurais consolidadas – parágrafo 5º do art. 33;

> Falta a garantia de pagamento por serviços ambientais para agricultura familiar – artigo 38;

> Abertura para regularização de desmatamentos futuros – inciso IV do parágrafo 5º do artigo 38.

Votação do Código Florestal – 24 de maio de 2011

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•Tratamento específico para os pequenos e médios agricultores;

•Esclarecimento quanto a cessações de penas;

•Supressão de dispositivos que podem ser interpretados como abertura para regularizar desmatamentos futuros;

• Retomada da obrigatoriedade do Cadastro Ambiental, a fim de permitir a substituição da averbação judicial por este.

Era necessário naquele momento

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• O código aprovado na Câmara vai para o Senado, onde é revisado com base em um amplo acordo costurado com a Câmara, com o Governo e com a sociedade;

• A seguir os principais pontos do projeto que foi aprovado pelo Senado.

O acordo no Senado Federal

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• Determina a criação do CAR e torna obrigatório o registro para todos os imóveis rurais, em até dois anos.

•Prevê a disponibilização do cadastro na internet, para acesso público;

O acordo no Senado Federal

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Regras para APPs:

• Regra geral - serão autorizadas em APPs atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e turismo rural consolidadas até 22 de julho de 2008.

• Margens de rios - será obrigatória a recomposição de 15m de mata em rios com largura de até 10m, a partir do leito regular. Para rios maiores, a pequena propriedade deverá recompor entre 30 e 100m. Médias e grandes propriedades seguirão regra dos conselhos estaduais de Meio Ambiente, observado o mínimo de 30m e máximo de 100 m.

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Regras para APPs:

• Nascentes – serão admitidas atividades consolidadas no entorno de nascentes e olhos d’água, sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo de 30m.

• Bacia hidrográfica degradada - a consolidação de atividades rurais dependerá do crivo do comitê de bacia ou conselho estadual de meio ambiente.

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• Encostas e morros - serão admitidas, em encostas com declividade superior a 45°, bordas dos tabuleiros ou chapadas e topo de morros, a manutenção de atividades florestais, culturas de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo. Pastoreio extensivo apenas em áreas de vegetação campestre natural. Para pequena propriedade é admitida atividades agrossilvipastoris nas bordas de tabuleiros.

• Manguezais - em apicum e salgado, serão mantidas ocupações em 2008.

O acordo no Senado Federal

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Supressão de vegetação: somente nas hipóteses de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental;

Recomposição: proprietário é obrigado a recompor a vegetação, ressalvados os usos autorizados na lei;

Propriedade familiar: é admitida cultura temporária e sazonal em terra de vazante, sem novos desmatamentos; Imóveis com até 15 módulos fiscais: admitida, na faixa de mata ciliar, a aquicultura e infraestrutura associada;

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Área urbana: mata ciliar em rio que delimite faixa de passagem de inundação terá largura fixada pelo plano diretor, ouvido o conselho estadual de meio ambiente;

Defesa civil: fica dispensada autorização do órgão ambiental para a execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e obra de interesse da defesa civil; Encosta: proibida a conversão de floresta nativa situada em áreas de inclinação entre 25º e 45º, sendo permitido o manejo florestal sustentável. Os senadores vedaram permissão, contida no texto da Câmara, para culturas de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo e atividades silviculturais.

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• Planície pantaneira: permitida exploração ecologicamente sustentável, com recomendações dos órgãos oficiais de pesquisa. Supressões de vegetação nativa condicionadas à autorização do órgão estadual do meio ambiente.

• Encostas com inclinação entre 25º e 45º: permitido o manejo florestal sustentável e o exercício de atividades agrossilvopastoris, bem como a manutenção da infraestrutura física associada.

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a) 80% no imóvel situado em área de florestas;b) 35% no imóvel situado em área de cerrado;c) 20% no imóvel situado em área de campos gerais; d) Nas demais regiões do país: 20%

Cálculo da reserva legal: admitido o cômputo das APPs no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel desde que não implique a conversão de novas áreas; a área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação; o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no CAR.• Proteção e uso: admitida a exploração econômica mediante manejo sustentável, com procedimentos simplificados para pequena propriedade ou posse rural familiar. Será obrigatória a recomposição da reserva legal, em até dois anos, em caso de desmatamento ilegal a partir de 22 de julho de 2008, sem prejuízo das sanções administrativas e penais cabíveis. É obrigatório o registro da reserva legal no CAR.

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• Percentual mínimo: 20 metros quadrados de área verde por habitante em novas expansões urbanas. Prefeituras terão até 10 anos para rever plano diretor e leis de uso do solo.

• Instrumentos para implantar áreas verdes: prioridade na compra de remanescentes florestais; transformação de reserva legal em área verde; exigência de áreas verdes nos loteamentos, empreendimentos comerciais e na implantação de infraestrutura; aplicação de recursos oriundos da compensação ambiental.

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• Pagamento por serviços ambientais: remuneração pela manutenção de florestas que resultam em benefícios para a sociedade, como sequestro de carbono, conservação da beleza cênica natural, da biodiversidade, dos recursos hídricos e do solo, entre outros.

• Benefícios creditícios, fiscais e tributários: crédito agrícola com taxa de juros menores e prazos maiores; seguro agrícola em condições melhores; dedução de APP e de reserva legal da base de cálculo do Imposto Territorial Rural (ITR); isenção de impostos para insumos e equipamentos; prioridade em políticas de comercialização; dedução do imposto de renda de parte dos gastos efetuados com a recomposição de matas;

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• Recursos para investimentos: Destinação de pelo menos 30% da arrecadação pelo uso da água para manutenção e recuperação de APP. Investimentos a serem feitos pelas concessionárias de serviços de abastecimento de água e de energia. Utilização de fundos públicos para concessão de crédito para recomposição de APPs e reservas legais desmatadas até 22 de julho de 2008.

• Conversão de multa: autoriza o governo federal a implantar programa para conversão das multas por desmatamento ilegal para imóveis rurais autuados até 22 de julho de 2008.

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• Simplificação das regras: retirada de vegetação em APP e reserva legal para atividades de baixo impacto ambiental será autorizada com simples declaração a órgão ambiental. Para registro da reserva legal de pequenas propriedades no Cadastro Ambiental Rural (CAR), o órgão ambiental ficará responsável pela captação de coordenadas geográficas. Também o licenciamento ambiental será simplificado. • Cálculo da reserva legal: poderão ser computados plantios de árvores frutíferas, ornamentais ou industriais, cultivadas em consórcio com espécies nativas.• Manejo florestal: exploração da reserva legal sem propósito comercial independe de autorização dos órgãos ambientais, estando limitada a retirada anual de dois metros cúbicos de madeira por hectare. Com propósito comercial, depende de autorização simplificada do órgão ambiental.• Apoio técnico: determina a criação de programa de apoio técnico e de incentivos financeiros, com linhas de financiamento para preservação de vegetação nativa acima dos limites estabelecidos na lei, proteção de espécies ameaçadas de extinção; implantação de sistemas agroflorestal e agrosilvipastoril; recuperação ambiental de APPs e de reserva legal; entre outros.

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• Barreira ambiental: autoriza a Câmara do Comércio Exterior (Camex) a adotar medidas de restrição às importações de bens de origem agropecuária ou florestal produzidos em países que não observem normas e padrões de proteção do meio ambiente compatíveis com as estabelecidas pela legislação brasileira.

• Acesso ao crédito: após cinco anos da data da publicação do novo código, os bancos oficiais só concederão crédito agrícola para proprietários rurais que estejam inscritos no CAR e que comprovem sua regularidade legal.

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• Regra geral – regularização de propriedade com área de reserva legal desmatada até 22 de julho de 2008 a partir da recuperação da vegetação, sendo permitido plantio de espécies nativas e exóticas ou da compensação no mesmo bioma. Proprietários que desmataram seguindo lei em vigor à época, ficam dispensados de recomposição.

• Pequena propriedade (até quatro módulos fiscais) - regularização com percentual de reserva legal existente em 22 de julho de 2008.

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• Programa de regularização: os estados terão dois anos para criar Programas de Regularização Ambiental (PRAs), cujas normas gerais serão definidas pela União em até 180 dias após a publicação do novo código. O produtor rural deve aderir ao PRA em, no máximo, dois anos e a inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) é condição para participar do programa.

• Termo de Compromisso: após aderir ao PRA, o produtor assinará um Termo de Compromisso e, a partir de então, não poderá ser autuado por infrações cometidas antes de 22 de julho de 2008, por desmatamento em APP ou reserva legal.

• Sanções: a partir da assinatura do Termo de Compromisso, ficam suspensas sanções por desmatamento ilegal. Durante a vigência do termo fica suspensa a punibilidade dos crimes previstos na Lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998.

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• Regularização: Cumpridas as obrigações, as multas serão consideradas como convertidas em serviços ambientais, estando regularizadas as áreas rurais consolidadas. Com a regularização, extingue-se a punibilidade.

• Área Rural Consolidada: conceito incluído na Câmara, não previsto no código em vigor. Poderão ser regularizadas atividades agrossilvopastoris mantidas em área protegida, existentes em 22 de julho de 2008. A data coincide com a publicação do Decreto 6.514/2008, que define penas para crimes ambientais, previstos na Lei de Crimes Ambientais

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Apicuns e salgados: A produção de camarão e sal poderá ser expandida, desde que a área total ocupada seja de até 10% dos apicuns e salgados existentes em estados do bioma amazônico e de até 35% nos demais estados. Essa regra vale para produções a partir de 2008, uma vez que toda a produção existente até esta data está automaticamente regularizada, nas disposições transitórias.

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•Retorna os termos da emenda 164, diminuindo a recomposição de APP e consolidando as atividades desenvolvidas e libera as áreas que margeiam as Unidades de Conservação;

•Supressão do conceito de área abandonada, subutilizada ou utilizada de forma inadequada;

•Dispensa de APP nas margens de reservatórios naturais ou artificiais, inferiores a 1 hectare;

O retorno à Câmara dos Deputados

#Relatório Piau:

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•Permite a supressão de vegetação para a prática de aquicultura e sua infraestrutura, em imóveis acima de 15 módulos fiscais, nas áreas de APP;

•Consolida e autoriza a ampliação de empreendimentos de carcinocultura em apicuns e salgados;

•Favorece o desmatamento nas áreas de reserva legal e áreas de preservação permanente;

•Amplia a ameaça de extinção das espécies.

O retorno à Câmara dos Deputados

#Relatório Piau:

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• Buscam recompor o texto acordado no Senado;

• Eliminam a possibilidade de anistia aos desmatadores;

• Mantém os estatutos das APPs e Reserva Legal.

Os vetos da Presidenta Dilma

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• A proposta do governo é corajosa e tecnicamente mais bem elaborada do que o ocorrido até então. Foram considerados de forma mais detalhada a estrutura fundiária brasileira e as medidas são dirigidas prioritariamente para os agricultores familiares; • O governo considerou além da estrutura fundiária, o tamanho dos módulos fiscais em todos os municípios do país e adotou maiores critérios ambientais e sociais para a sua formulação.

A MP 571/2012

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• Privilegia os agricultores familiares, tratando de forma diferenciada os imóveis rurais, a partir da estrutura fundiária, e com critérios sociais e ambientais; • Busca a preservação ambiental e a preocupação com a manutenção da produção agrícola;

• Não haverá anistia para o desmatamento irregular, independentemente da caracterização dos imóveis;

• Resgatam em grande numero o texto do Senado Federal;

• A responsabilidade dos grandes proprietários rurais será maior na regularização ambiental;

A MP 571/2012 – Linhas adotadas

Page 52: Reforma do Código Florestal - Deputado Federal Marcio Macedo (PT-SE)

• Retomados todos os princípios contidos no art. 1° do texto do Senado Federal;

• Acesso ao credito rural apenas para aqueles proprietários que cumprirem, cumulativamente, a adesão ao CRA e a adequação e regularização ambiental prevista no PRA;

• Mantém o regramento de APP para as áreas de: nascentes, olhos d’agua, veredas, áreas úmidas, encostas, pousios, manguezais, apicuns e salgados;

A MP 571/2012 - Destaques

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• Mantém as porcentagens previstas no Senado Federal para as áreas de Reserva Legal (20, 35 ou 80%);

• Fortalece o SISNAMA e não dá autoridade para os órgãos ambientais estaduais ou municipais adotarem medidas de proteção inferiores às que estarão sendo apresentadas;

• Os gestores públicos terão autorização para ampliar as medidas de proteção, e não diminuí-las em relação ao regulamento a ser apresentado.

A MP 571/2012 - Destaques

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• Até 1 módulo fiscal – obrigatória a recomposição das faixas marginais em 5 metros;

• 1 a 2 módulos fiscais – 8 metros;

• 2 a 4 módulos fiscais – 15 metros;

• 4 a 10 módulos fiscais – 20 metros para cursos d’água com até 10 metros de largura;

• Nos demais casos a extensão será correspondente à metade da largura do curso d’água, observado o mínimo de 30 e o máximo de 100 metros.

A MP 571/2012 – Margens de rios

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• Nas áreas rurais consolidadas em APPs no entorno de nascentes e olhos d’água perenes, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo de 5 a 15 metros, dependendo do tamanho da propriedade;

• No caso de imóveis rurais, será obrigatória a recomposição de faixa marginal com largura que varia de 5 a 30 metros, também dependendo do tamanho da propriedade.

A MP 571/2012 – Entorno de nascentes

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• Apresentei um total de 19 emendas, sendo 3 para substituir o frágil “termo de compromisso”, previsto na MP, pelo mais sólido TAC – Termo de Ajuste de Conduta, nos seguintes casos:

1. Na regularização das atividades e empreendimentos de carcinicultura e salinas com localização em apicum ou salgado;

2. No registro da área de Reserva Legal no órgão ambiental competente por meio de inscrição no CAR;

3. No caso de descumprimento do TAC, o produtor fica impedido de receber incentivos;

4. Para suspender a punibilidade dos crimes previstos no Código.

Emendas que apresentei

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Mais 15 emendas:

5. Para garantir que os programas de regularização possam indicar os sítios prioritários para a criação de ARL’s coletivas ou condominiais;

6. Para tipificar o que é área urbana consolidada ou área rural consolidada;

7. Para garantir os requisitos básicos do PRA rural que garantam condições ecológicas e de segurança ambiental nas encostas, topos de morros e qualidade hídrica;

Emendas que apresentei

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8. Para propor instrumento para as regularizações fundiárias de interesse social em APPs que garantem o respeito ao Estatuto das Cidades e a lei 12.608 de 2012 que determina as ações de caráter preventivo e emergencial para habitações em área de risco geológico e de inundações;

9. Para suprimir artigo que dispõe que os plantios de eucaliptos e outros tipos madeireiros passarão a ser tratados nos mesmos patamares que o plantio de alimentos, e passível de enquadramento no crédito rural, disputando os subsídios destinados ao setor.

Emendas que apresentei

Page 60: Reforma do Código Florestal - Deputado Federal Marcio Macedo (PT-SE)

10. Para determinar que a contratação do pagamento por serviços ambientais rurais terá como prioridade os agricultores e empreendedores familiares rurais;

11. Para que a compensação da Reserva Legal ocorra o mais próximo possível da área a ser compensada, dentro do mesmo ecossistema, na mesma microbacia, para que a compensação cumpra com sua função ecológica;

12. Para garantir acesso aos mercados institucionais para os produtos florestais e do extrativismo, não madeireiros, que são a fonte de renda de milhares de famílias.

Emendas que apresentei

Page 61: Reforma do Código Florestal - Deputado Federal Marcio Macedo (PT-SE)

13. Para retirar do órgão estadual a competência de autorizar novas supressões nas regiões de pantanal ou nas planícies pantaneiras, remetendo ao SISNAMA esta competência;

14. Para assegurar aos Servidores efetivos do IBAMA e do ICMBio que especifica, poder de polícia e, quando designados por portaria para as atividades de fiscalização, o porte de arma de fogo.

Emendas que apresentei

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15. Para garantir que os dados do CAR serão disponibilizados para acesso público por meio da rede mundial de computadores;

16. Para restringir o uso de espécies vegetais exóticas para a recomposição de área de Reserva Legal em até 50% da área total a ser recomposta;

17. Para garantir a equivalência ecológica no mesmo ecossistema e na mesma microbacia para a manutenção e preservação das áreas florestais utilizadas como Reserva Legal;

Emendas que apresentei

Page 63: Reforma do Código Florestal - Deputado Federal Marcio Macedo (PT-SE)

18. Para considerar a atividade extrativista praticada pelos agricultores familiares como sendo de interesse social;

19. Para caracterizar com atividade de interesse social a produção de mudas e sementes de espécies nativas, florestais, frutíferas e de culturas alimentares, desenvolvida pelos agricultores familiares, desde que não implique supressão da vegetação existente.

Emendas que apresentei

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