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Terapia Cognitivo Comportamental TCC

TCC - Terapia Cognitiva Comportamental

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Psicologia - Introdução TCC

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  • 1. Terapia Cognitivo Comportamental TCC

2. A TCC integra tcnicas e conceitos vindos de duas principais abordagens psicolgicas: COGNITIVA COMPORTAMENTAL 3. TERAPIA COMPORTAMENTAL A terapia comportamental tem como base as teorias e princpios da aprendizagem que se desenvolveram a partir do incio do sculo XX, apoiando-se principalmente nos conceitos de: condicionamento clssico (Pavlov), condicionamento operante (Skinner) e, aprendizagem social (Bandura). 4. TERAPIA COGNITIVA Sistema de terapia cujo princpio bsico de que as cognies (pensamentos, crenas, interpretaes) de um indivduo frente a situaes influenciam suas emoes e comportamentos. O terapeuta atua sobre as cognies, a fim de alterar as emoes e comportamentos que as acompanham. Proposta inicialmente por Aaron T. Beck (1976) que observou a existncia de trs principais reas de distoro cognitiva na depresso (trade cognitiva): Viso negativa de si mesmo, Viso negativa do ambiente de vida e Viso negativa para o futuro. Beck props o uso de estratgias para corrigir tais distores, que se revelaram efetivas. Posteriormente a terapia cognitiva foi estendida para diversos outros transtornos. 5. Os modelos principais de disfuno no processamento de informaes so baseados em: Pensamentos automticos - so cognies que aparecem rapidamente em uma determinada situao e no esto sujeitos anlise racional, relacionados, geralmente, com base em uma lgica defeituosa (erros cognitivos); Crenas centrais (incorporadas aos esquemas) - incluem as regras bsicas para a seleo e codificao da informao no ambiente. Estas construes organizacionais so desenvolvidas atravs da experincia da infncia e influncias posteriores. As distores cognitivas resultam em comportamentos desajustados e que causam sofrimento psiquico. 6. CRENAS CENTRAIS Em nossa experincia de vida, desde a infncia, possvel desenvolver idias negativas, distorcidas da realidade, equivocadas pela percepo que temos sobre os eventos da vida. Tais ideias se enraizam em nossa mente e so incorporadas como verdades absolutas e geram sofrimento psicolgico ao longo dos anos da idade adulta. Essas idias so chamadas, na Terapia Cognitiva, de crenas centrais. As crenas centrais podem ser: DESAMPARO - a pessoa tem uma certeza (irracional/inconsciente) de que incompetente e sempre ser um fracassado. Ex de PA: Sou inadequado, ineficiente, incompetente; Sou fraco e descontrolado; Eu no consigo mudar; Eu no tenho atitude; Sou uma vtima; Sou vulnervel, inferior, um fracasso, um perdedor; No sou igual aos outros. DESAMOR - a pessoa tem a certeza (irracional/inconsciente) de que ser rejeitada. Ex de PA: Sou diferente, indesejvel, feio, montono, no tenho nada a oferecer; No sou amado, querido, sou negligenciado; Sempre serei rejeitado, abandonado, sempre estarei sozinho; Sou diferente, imperfeito, no sou bom o suficiente para ser amado. DESVALOR - a pessoa acredita ser inaceitvel e sem importncia alguma. Ex de PA: Sou inaceitvel; Sou mau, louco, derrotado; Sou um nada, um lixo. Sou cruel, perigoso, maligno; No tenho valor, e no mereo viver. 7. Essas crenas podem ser: Em relao a si mesmo: citado acima Em relao aos outros: Os outros so categorizados de maneira inflexvel. So vistos como desprezveis, frios, prejudiciais, ameaadores e manipuladores. Tambm possvel desenvolver uma crena positiva em relao aos outros e em detrimento a si mesmo: as pessoas so superiores, muito eficientes, amveis e teis (diferente de si mesmo) Em relao ao mundo: o mundo injusto, hostil, imprevisvel, incontrolvel, perigoso. As crenas centrais so contedos dos esquemas cognitivos mal adaptativos e agem como uma lente que afeta a Percepo, isto , a pessoa passa a ver a situao apenas de um ponto de vista (equivocado, distorcido, exagerado). Com essas ideias na mente, a pessoa vai criando Estratgias Compensatrias para lidar com o sofrimento. Tais estratgias podem ser desadaptativas trazendo desajustes emocionais. EXEMPLO: Crena central: Sou insignificante Estratgia: melhor eu me isolar, evitar aproximao. Crena central: sou vulnervel Estratgia: Agir com firmeza, dominar, evitar qualquer possibilidade de ser prejudicado. 8. Crena Central Eu sou incompetente Crena Intermediria Se eu no entendo algo, ento eu sou burro Pensamentos Automticos Isso difcil demais... Eu jamais vou aprender... Situao Reaes AULA Comportamental Fisiolgico Emocional TRISTEZA DESCONFORTO SAI DA SALA 9. Distores Cognitivas, exemplos: Inferncia Arbitrria concluir ao contrrio do que apontam as evidncias; Abstrao Seletiva (Filtro Mental) concluir baseando-se apenas em uma pequena parte de dados; Magnificao ou Minimizao avaliar distorcidamente a importncia relativa dos eventos, para mais ou para menos; Personalizao relacionar eventos externos a prpria pessoa quando no h indcios para tanto; Pensamento Dicotmico classificar as pessoas ou a si mesmo em categorias rgidas e estanques; Pensamento Catastrfico previso de um pior desfecho possvel, sem levar em conta as alternativas. 10. TERAPIA COGNIVO-COMPORTAMENTAL Na dcada de 70 houve um grande desenvolvimento e reconhecimento da terapia comportamental devido ao surgimento de novas tcnicas, especialmente no tratamento de fobias, obsesses e disfunes sexuais. Foi nesta poca que Lang, Rachman e outros desenvolveram a ideia de que um problema psicolgico poderia ser compreendido sob trs enfoques diferentes (ou trs sistemas) ligados entre si, tais como: os sistemas comportamental, cognitivo/afetivo e fisiolgico. Esta ideia representou uma quebra com a viso unitria dos problemas psicolgicos que at ento existia. 11. A designao mais abrangente de terapia cognitivo- comportamental (TCC) a mais usual na atualidade, pois utiliza ao mesmo tempo intervenes tpicas do modelo cognitivo, como as tcnicas destinadas correo de crenas e pensamentos disfuncionais e incorpora tcnicas comportamentais da terapia comportamental, como a exposio e o uso de reforadores, entre outras. (KNAPP, 2008) 12. OBJETIVO DA TCC Seu objetivo compreender sistematicamente os processos que mantm a condio do sofrimento emocional, identificar as ideias, memrias, pensamentos e comportamentos que prejudicam a pessoa, refletindo sobre elas e, posteriormente, testando novos paradigmas de pensamento e comportamento para que seja possvel o desenvolvimento de uma vida mais saudvel e flexvel. 13. Modelo cognitivo comportamental EVENTO (Prepara-se para ir a uma festa) COMPORTAMENTO (D uma desculpa e no vai a festa) EMOO (Tenso e ansiedade) AVALIAO COGNITIVA (Sou desajustado e no sei o que fazer...) 14. O PAPEL DO TERAPEUTA importante que o terapeuta se comporte de forma a minimizar o sofrimento do cliente. Para isso necessrio que ele apresente-se como uma audincia no-punitiva e como um agente reforador, trazendo um aumento da tolerncia do cliente para a exposio a emoes aversivas e maximizando as chances do cliente aceitar interpretaes, seguir instrues e atentar quaisquer intervenes que o terapeuta possa fazer. 15. Na TCC os terapeutas: Encorajam o reconhecimento e a identificao de pensamentos patolgicos em dois nveis de processamento de informaes relativamente autnomos: pensamentos automticos e crenas centrais. Ensinam os pacientes a utilizar tcnicas para pensar sobre o pensamento a fim de atingir a meta de trazer as cognies autnomas ateno e ao controle consciente. 16. CARACTERSTICAS DA TCC Constitui um sistema de psicoterapia integrado, combinando o modelo cognitivo de personalidade e de psicopatologia a um modelo aplicado, que rene um conjunto de princpios, tcnicas e estratgias teraputicas fundamentado diretamente em seu modelo terico. Demonstra aplicabilidade eficaz, segundo estudos controlados, em reas diversas, por exemplo: educao, esporte, organizaes, tratamento de distrbios psquicos e orgnicos, etc. focal, requerendo uma definio concreta e especfica dos problemas do paciente e das metas teraputicas. 17. Possui um carter didtico, em que o objetivo no unicamente ajudar o paciente com seus problemas, mas dot-lo de um novo instrumento cognitivo e comportamental, a fim de que ele possa perceber e responder ao real de forma funcional. As sesses, bem como o processo teraputico, so semiestruturadas, envolvendo tarefas entre as sesses. colaborativa, ou seja, reflete um processo em que ambos, terapeuta e paciente, tm um papel ativo, ou seja, as intervenes so explcitas, envolvendo feedback recproco entre o terapeuta e o paciente. um processo teraputico de tempo curto e limitado, podendo sua aplicao variar entre aproximadamente de 10 a 20 sesses. Mostra-se eficaz para diferentes populaes, independente da cultura e nveis socioeconmicos ou educacionais. 18. FASES DA PSICOTERAPIA Primeira Fase enfatiza-se a definio da estratgia de interveno, ou seja, a conceitualizao cognitiva do paciente e de seus problemas, a definio das metas teraputicas e do planejamento do processo de interveno; Segunda Fase o terapeuta objetiva a normalizao das emoes do paciente para promover a motivao do paciente para o trabalho teraputico e sua vinculao ao processo. Terceira Fase o terapeuta enfatiza a interveno em nvel estrutural, ou seja, o desafio das crenas e esquemas disfuncionais, objetivando promover a reestruturao cognitiva. Quarta Fase onde promove-se, atravs de vrias tcnicas, a assimilao e generalizao dos ganhos teraputicos, bem como a preveno de recadas; 19. Trmino: A terapia em seu formato semanal deve ser encerrada quando a maioria dos sintomas tiver sua intensidade reduzida significativamente, causando interferncia mnima na rotina de vida do paciente. Nessa fase, faz-se a reviso das tcnicas aprendidas e orienta-se para a prtica contnua das mesmas, visando-se assim, a manuteno da melhora clnica. Deve-se tambm atentar para a recadas e seus potenciais desencadeantes. Finalmente, as consultas podem ser espaadas ao longo de um perodo, at a alta propriamente dita. 20. Depresso Transtornos de Ansiedade Transtornos Alimentares Abuso de Substncias e de lcool Transtornos de Personalidade Transtorno Psictico (Esquizofrenia, transtorno delirante). Transtorno Bipolar Transtorno de Dficit de Ateno com Hiperatividade Dor Crnica TRANSTORNOS INDICADOS 21. Doena mental orgnica, que implique comprometimento cognitivo (Demncia). Retardo Mental. Pouca capacidade para trabalhar introspectivamente (incapacidade de identificar pensamentos, emoes, crenas e express-los em palavras). Psicose aguda. Patologia grave do carter borderline ou antissocial. Ausncia de Motivao. CASOS CONTRAINDICADOS 22. O terapeuta e o paciente trabalham juntos para identificar crenas que a pessoa tem de si e utilizam tcnicas que incluem: Identificao e Registro de Pensamentos Automticos Disfuncionais (RPD) e Distores Cognitivas (ABC); TCNICAS COGNITIVAS COMPORTAMENTAIS Dia/hora Situao Pensamento Automtico Emoo Resposta adaptativa Resultado 23. Reestruturao Cognitiva: Inicia-se pela identificao e pelo registro de pensamentos automticos e crenas disfuncionais. Subsequentemente, feita uma anlise dos erros de lgica inerentes s interpretaes catastrficas. Para isso, importante que o paciente considere tais pensamentos como meras hipteses, e no como fatos. A forma mais usual de corrigir esses erros de lgica o chamado questionamento socrtico. Nessa tcnica, o paciente, juntamente com o terapeuta, faz um exame das evidncias que apoiam o seu pensamento e das evidncias que so contrrias, a fim de descobrir formas alternativas de interpretar suas sensaes fsicas. Aps a anlise das probabilidades, elaboram-se novas alternativas, que so chamadas de lembretes (por exemplo: estou tendo um ataque que no mata nem enlouquece. 24. Tcnicas de Relaxamento A ansiedade uma resposta de proteo, que prepara o organismo para atacar ou fugir de perigos reais ou no. O relaxamento um processo psicofisiolgico, de aprendizagem das respostas biolgicas de relaxamento e inclui: Exerccios de respirao treino em padres de baixas taxas de respirao, inspirao-expirao profundas e amplas e respiraes diafragmticas. Esse treino distrai o paciente, dando-lhe sensao de controle sobre o organismo. Relaxamento muscular progressivo tensionar e relaxar diferentes grupos musculares para obteno de um estado de conforto e bem-estar. 25. Dessensibilizao Sistemtica O paciente, durante um estado de relaxamento fsico, vai imaginar uma hierarquia de situaes que lhe provocam ansiedade, com o objetivo de familiarizar-se com elas e, ao mesmo tempo, com a finalidade de reduzir as respostas ansiosas. Uma das principais tcnicas utilizadas no tratamento da fobia social e especfica e sndrome do pnico. 26. Treino de Assertividade Orienta-se o paciente a emitir respostas adequadas em situaes especficas ou pelo ensaio comportamental (procedimento para o treino da assertividade). uma tcnica eficaz no tratamento da fobia e da ansiedade social. Role-Playing Terapeuta e cliente se comportam imitando o comportamento de alguma pessoa relevante no ambiente natural do sujeito ou fazendo uma representao do comportamento do prprio sujeito em alguma situao social. Serve para treinar o paciente a interagir adequadamente em situaes sociais. 27. Parada do Pensamento uma tcnica de autocontrole, que consiste em formular um pensamento indesejado e com um comando de pare em voz alta, impedir a evoluo do pensamento. Essa tcnica muito til porque a presena de pensamentos incmodos favorece a ocorrncia de comportamentos indesejveis. Muito utilizada no tratamento do estresse ps-traumtico. Auto-instruo Consiste em ensinar ao paciente a desenvolver pensamentos adequados situao temida e realsticos quanto s possveis consequncias do comportamento. O que mais poderia acontecer? 28. Inoculao do Estresse Consiste em treinar o paciente na vivncia de uma situao estressante, para que ele desenvolva recursos de enfrentamento a serem utilizados na situao temida real. Muito utilizada no tratamento do pnico, fobias especficas, transtorno do estresse ps- traumtico, ansiedade generalizada, alcoolismo, entre outros. O treinamento programado conforme a queixa, as caractersticas e as necessidades de cada paciente e realizado em trs etapas: Preparao: o terapeuta informa e educa o paciente com relao ao conceito e a causa da ansiedade e do medo. Treino em habilidade bsicas: o paciente, inicialmente, antecipa a situao crtica e descreve o evento estressante. Aprende e ensaia respostas adequadas de autoinstruo para enfrentamento dessas situaes. Confronto: o paciente colocado com situaes reais, reconhecidas como estressantes, nas quais ter a oportunidade de aplicar suas habilidades. Iniciando com situaes de dificuldade mdia, orientado a confrontar cada situao e analisar suas respostas de enfrentamento. 29. Reconhecer e descrever o problema, apontando suas especificidades. Determinar os objetivos e propor possveis estratgias viveis de ao ao alcance da realidade pessoal do paciente. Ponderar sobre possveis consequncias de cada estratgia proposta, analisando ganhos e perdas a curto e mdio prazo. Avaliar se a alternativa selecionada esta conduzindo ao resultado desejado. Soluo de Problemas Exposio Consiste em expor o paciente, repetidamente, ao vivo ou na imaginao, diretamente a situao temida, que so evitadas por desencadearem ansiedade. Muito apropriada para tratamento de fobias. 30. Vdeo sobre a Prtica do Psiclogo de TCC 31. OBRIGADA! Grupo: Erika Barbosa de Araujo Ermelinda Piedade Mathias Oliveira Glaucia Lima de Magalhes Theophilo