1. Aula 00 Contabilidade Geral e Societria p/ Prefeitura de
Niteri - Fiscal de Tributos Professores: Gabriel Rabelo, Luciano
Rosa
2. Contabilidade Geral e Societria para ISS/Niteri - 2015
Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa
Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa
www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 86 SUMRIO APRESENTAO
.............................................................................................................................2
O CURSO, EDITAL E PROVA
.............................................................................................................3
ASPECTOS INICIAIS
.......................................................................................................................7
CONCEITO DE
CONTABILIDADE........................................................................................................7
OBJETO E CAMPO DE APLICAO DA
CONTABILIDADE........................................................................8
FINALIDADE DA CONTABILIDADE E USURIOS DAS
DEMONSTRAES.................................................9 FUNES
DA
CONTABILIDADE.......................................................................................................
10 PATRIMNIO: COMPONENTES PATRIMONIAIS (ATIVO, PASSIVO E PATRIMNIO
LQUIDO) ...................10 BENS
..........................................................................................................................................
11
DIREITOS....................................................................................................................................
12
OBRIGAES...............................................................................................................................
12 SITUAO LQUIDA E EQUAO FUNDAMENTAL DO
PATRIMNIO...................................................... 15
TIPOS DE SITUAO LQUIDA
EXISTENTES.....................................................................................
17 ATIVO MAIOR DO QUE
PASSIVO.....................................................................................................
18 ATIVO MENOR DO QUE
PASSIVO....................................................................................................
18 ATIVO IGUAL AO
PASSIVO.............................................................................................................
19 ATIVO IGUAL A SITUAO
LQUIDA................................................................................................
20 ALGUMAS CONSEQUNCIAS
LGICAS.............................................................................................
20 APURAO DE
RESULTADOS..........................................................................................................
20 CONTAS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO.
.....................................................................................
21 CONCEITO DE CONTA, CONTAS PATRIMONIAIS E DE
RESULTADO...................................................... 21
CONTAS PATRIMONIAIS
................................................................................................................
22
RESULTADO.................................................................................................................................22
FUNES E ESTRUTURA DAS CONTAS.
...........................................................................................
22 RAZONETE E CONTAS
...................................................................................................................
22 TEORIA DAS
CONTAS....................................................................................................................
24 TEORIA
PERSONALISTA.................................................................................................................
24 TEORIA MATERIALSTICA
..............................................................................................................
24 TEORIA
PATRIMONIALISTA............................................................................................................
25 RESUMO TEORIA DAS CONTAS
......................................................................................................
25 FATOS CONTBEIS E RESPECTIVAS VARIAES PATRIMONIAIS E PLANO DE
CONTAS .........................25 ATOS E FATOS CONTBEIS E
RESPECTIVAS VARIAES
PATRIMONIAIS.............................................25 TCNICAS
CONTBEIS
..................................................................................................................
27
ESCRITURAO............................................................................................................................
27 ELABORAO DAS DEMONSTRAES
CONTBEIS............................................................................
28
AUDITORIA..................................................................................................................................
29 ANLISE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS
..................................................................................
30 DIFERENA ENTRE CAPITAL E
PATRIMNIO.....................................................................................
30 SISTEMA DE CONTAS, PLANO DE CONTAS. ESCRITURAO: CONCEITO
.............................................31 MTODOS DE
ESCRITURAO; PARTIDAS DOBRADAS; LANAMENTO CONTBIL ROTINA, FRMULAS;
PROCESSOS DE ESCRITURAO.
...................................................................................................
33 AULA 00: PATRIMNIO: COMPONENTES PATRIMONIAIS: ATIVO, PASSIVO E
SITUAO LQUIDA (OU PATRIMNIO LQUIDO). DIFERENCIAO ENTRE CAPITAL E
PATRIMNIO. EQUAO FUNDAMENTAL DO PATRIMNIO. REPRESENTAO GRFICA DOS
ESTADOS PATRIMONIAIS. FATOS CONTBEIS E RESPECTIVAS VARIAES
PATRIMONIAIS. CONTAS: CONCEITO, DBITO, CRDITO E SALDO TEORIAS, FUNO
E ESTRUTURA DAS CONTAS CONTAS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO. APURAO
DE RESULTADOS. SISTEMAS DE CONTAS. PLANO DE CONTAS. ESCRITURAO:
CONCEITO E MTODOS LANAMENTO CONTBIL: ROTINA E FRMULAS. ERROS DE
ESCRITURAO E SUAS CORREES. SISTEMA DE PARTIDAS DOBRADAS. BALANCETE
DE VERIFICAO.
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www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 86 CONTAS LANADAS A DBITO E A
CRDITO....................................................................................
33 ELEMENTOS ESSENCIAIS DE UM
LANAMENTO................................................................................
38 FRMULAS DO
LANAMENTO.........................................................................................................
39 1 FRMULA
................................................................................................................................
39 2 FRMULA
................................................................................................................................
39 3 FRMULA
................................................................................................................................
40 4 FRMULA
................................................................................................................................
40 TIPOS DE FATOS
CONTBEIS.........................................................................................................
40 FATO PERMUTATIVO OU
QUALITATIVO............................................................................................
41 1) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO ATIVO
.....................................................................................
41 2) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO PASSIVO
.................................................................................
41 3) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO ATIVO E
PASSIVO.....................................................................
42 4) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO PATRIMNIO LQUIDO
.............................................................. 42
FATO MODIFICATIVO OU QUANTITATIVO
........................................................................................
42 1) MODIFICATIVO
AUMENTATIVO...................................................................................................
43 2) MODIFICATIVO
DIMINUTIVO......................................................................................................
43 FATO MISTO
................................................................................................................................
44 1) FATO MISTO
AUMENTATIVO.......................................................................................................
44 2) FATO MISTO DIMINUTIVO
.........................................................................................................
44 INSUBSISTNCIAS X
SUPERVENINCIAS.........................................................................................
44 RETIFICAO DE LANAMENTO CONTBIL
......................................................................................
45 LIVROS CONTBEIS E FISCAIS
......................................................................................................
46 LIVRO
DIRIO..............................................................................................................................
46 LIVRO RAZO
..............................................................................................................................
48 LIVRO CAIXA
...............................................................................................................................
48 LIVRO REGISTRO DE INVENTRIO E ENTRADA E SADA DE MERCADORIAS
.........................................48 LIVROS OBRIGATRIOS PARA
AS SOCIEDADES ANNIMAS
.............................................................. 49
BALANCETE DE VERIFICAO
........................................................................................................
49 QUESTES
COMENTADAS..............................................................................................................
51 QUESTES COMENTADAS NESTA AULA
...........................................................................................
78 GABARITO DAS QUESTES COMENTADAS NESTA AULA
....................................................................
86 APRESENTAO Ateno! Curso ps-edital! Ol, meus amigos. Como esto?!
com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratgia Concursos, o
mais novo e revolucionrio site de preparao para concursos pblicos,
para ministrar para vocs a disciplina de Contabilidade Geral para o
concurso de Fiscal de Tributos, integrante do quadro de pessoal da
Prefeitura de Niteri. O Estratgia conta com os melhores professores
do Brasil, no tenha dvidas. Certamente, estudando pelo material que
ofereceremos aqui, em todas as disciplinas, voc no precisar de mais
nada para ter uma preparao slida e focada para este certame. Antes
de mais nada, permita que nos apresentemos: Meu nome Gabriel
Rabelo, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do
Rio de Janeiro, tendo, tambm, dentre outros, exercido o cargo de
Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Esprito
Santo.
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www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 86 Sou professor colaborador de
direito empresarial e contabilidade no stio do Estratgia. Ministro,
tambm, contabilidade e direito empresarial em cursos presenciais
preparatrios para concursos e, em videoaula, no Eu Vou Passar. Sou
autor dos livros 1.001 Questes Comentadas de Direito Empresarial
FCC e 1.001 Questes Comentadas de Direito Administrativo ESAF, este
ltimo em coautoria com a professora Elaine Marsula, ambos
publicados pela Editora Mtodo. Meu nome Luciano Rosa, sou Agente
Fiscal de Rendas da Secretaria da Fazenda do Estado de So Paulo,
aprovado no concurso de 2009. Anteriormente, trabalhei durante 10
anos na Assembleia Legislativa de So Paulo, aprovado em 1 lugar no
concurso de 1999, ocupando os cargos de Agente Tcnico Legislativo
Especializado rea de finanas, e, em comisso, durante 7 anos, o
cargo de Diretor Tcnico Legislativo do Servio Tcnico de Programao
Financeira. Sou professor de contabilidade para concursos. Autor de
diversos cursos na rea de contabilidade. Sou formado em Administrao
de Empresas pela Faculdade de Economia e Administrao FEA USP.
Possuo 17 anos de experincia em empresas privadas, na rea de
Controladoria, tendo ocupado os cargos de Assistente de Auditoria,
Analista de Custo, Chefe da Contabilidade Financeira e Controller.
Alm disso, lanamos juntos, pela Editora Mtodo, o livro
Contabilidade Avanada Facilitada para Concursos Teoria e questes e
mais de 200 questes comentadas. Este livro baseado nos
Pronunciamentos Contbeis emanados do Comit de Pronunciamentos
Contbeis e est disponvel para venda no site da editora e nas
diversas livrarias. O CURSO, EDITAL E PROVA O edital foi publicado
hoje, na data de 07 de outubro de 2015. Pelas condies de crise
severa em que o pas se encontra, esta uma tima oportunidade para
quem busca uma profisso segura, fora das oscilaes da vida privada.
O trabalho de auditor uma profisso digna e honrosa, sendo que os
diversos entes necessitam de pessoas dispostas a trabalhar e fazer
do Brasil um pas melhor. A banca organizadora do concurso ser a
Fundao Getlio Vargas, a nossa conhecida FGV.
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www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 86 As provas sero realizadas na
data de 13 de dezembro de 2015, portanto, o tempo de preparao
exguo. O concurso provavelmente ser para o provimento dos 30 cargos
vagos na Secretaria Municipal de Fazenda. A remunerao inicial
prevista de aproximadamente R$ 21.000,00. Isso mesmo, R$ 21.000,00.
Trata-se de uma salrio magnfico, para morar em uma cidade excelente
que Niteri. requisito para ingresso no cargo apresentar diploma,
devidamente registrado, de concluso de curso de nvel superior,
reconhecido pelo Ministrio da Educao. A diviso de disciplinas est
prevista do seguinte modo. Contabilidade Geral est prevista dentro
da prova de conhecimentos especficos, mas no sabemos ao certo a
quantidade de questes que sero cobradas.
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www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 86 Na nossa disciplina, temos
professores de grande gabarito e conhecimento no mercado.
Inobstante, estudar pelos em PDF oferece algumas vantagens aos
alunos e a maior delas, certamente, dado o prazo de praticamente
dois meses para estudo, a objetividade do material, pois so
direcionados para a banca. Por exemplo, matriculando-se neste
curso, voc ter: - Curso completo com todo o edital do ISS Niteri.
Com efeito, o candidato no precisar selecionar os assuntos a serem
estudados e as questes a serem resolvidas. Trataremos de todos os
temas aqui, com a profundidade e clareza necessrias. - Questes
atualizadas, especialmente da Fundao Getlio Vargas, e outras bancas
tradicionais, como a FCC, a ESAF e a Cesgranrio. Ateno: todas as
ltimas questes da FGV que se encaixarem na ementa do edital estaro
no curso! um compromisso nosso com vocs. - Acesso direto para
perguntas atravs do frum de dvidas. - Curso atualizado com as
ltimas modificaes contbeis existentes. Esta tambm uma grande
vantagem dos PDFs. - Contedo objetivo, direto e explicado de
maneira clara e compreensvel. - Apresentao de videoaulas para
auxiliar a compreenso dos PDFs (Ateno: nem todos os tpicos do
edital esto cobertos pelos vdeos. Estamos fazendo o possvel para
gravar a maior quantidade de aulas). Portanto, ofereceremos aqui
uma preparao completa. Nossa ementa a seguinte: Contabilidade Geral
e Societria: Patrimnio: componentes patrimoniais: ativo, passivo e
patrimnio lquido. Fatos contbeis e respectivas variaes
patrimoniais. Contas patrimoniais e de resultado. Sistema de contas
e plano de contas. Regime de competncia e regime de caixa. Mtodo
das partidas dobradas. Apurao de resultados; critrios de controle
de estoques (PEPS, UEPS e custo mdio ponderado). Legislao
societria: Lei n 6.404/1976, com as alteraes das Leis n 11.638/2007
e n 11.941/2009, e legislao complementar. Pronunciamentos emitidos
pelo CPC e aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
(at 31/08/2015). Estrutura conceitual para elaborao das demonstraes
contbeis. Demonstraes contbeis obrigatrias, de acordo com o CPC 26
(R1): estrutura, caractersticas, elaborao, apresentao e contedo dos
grupos e subgrupos; notas explicativas s demonstraes contbeis.
Apresentao do balano patrimonial. Demonstrao do resultado.
Demonstrao dos fluxos de caixa (mtodo direto e indireto).
Demonstrao do valor adicionado. Demonstrao das mutaes do patrimnio
lquido. Critrios de avaliao dos ativos e passivos. Ativo
imobilizado e critrios de depreciao. Ativo intangvel. Anlise das
demonstraes contbeis: anlise vertical, ndices de liquidez,
quocientes de
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www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 86 estrutura, rentabilidade,
lucratividade, prazos e ciclos. Consolidao de demonstraes contbeis.
Destinao de resultado. Nossas aulas, por sua vez, sero assim
divididas: AULA CONTEDO DATA Aula 0 Patrimnio: componentes
patrimoniais: ativo, passivo e patrimnio lquido. Fatos contbeis e
respectivas variaes patrimoniais. Contas patrimoniais e de
resultado. Sistema de contas e plano de contas. Mtodo das partidas
dobradas. Apurao de resultados; Disponvel Aula 1 Lanamentos
contbeis 11.10.2015 Aula 2 Demonstraes contbeis obrigatrias, de
acordo com o CPC 26 (R1): estrutura, caractersticas, elaborao,
apresentao e contedo dos grupos e subgrupos; Legislao societria:
Lei n 6.404/1976, com as alteraes das Leis n 11.638/2007 e n
11.941/2009, e legislao complementar. Pronunciamentos emitidos pelo
CPC e aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) (at
31/08/2015). Apresentao do balano patrimonial. Notas explicativas s
demonstraes contbeis. 16.10.2015 Aula 3 Demonstraes contbeis
obrigatrias, de acordo com o CPC 26 (R1): estrutura,
caractersticas, elaborao, apresentao e contedo dos grupos e
subgrupos; Legislao societria: Lei n 6.404/1976, com as alteraes
das Leis n 11.638/2007 e n 11.941/2009, e legislao complementar.
Pronunciamentos emitidos pelo CPC e aprovados pelo Conselho Federal
de Contabilidade (CFC) (at 31/08/2015). Apresentao do balano
patrimonial. Critrios de avaliao dos ativos e passivos. 21.10.2015
Aula 4 Ativo imobilizado e critrios de depreciao. 26.10.2015 Aula 5
Escriturao de operaes tpicas. Critrios de controle de estoques
(PEPS, UEPS e custo mdio ponderado). 02.11.2015 Aula 6 Regime de
competncia e regime de caixa. Demonstrao do resultado. 06.11.2015
Aula 7 Demonstrao dos fluxos de caixa (mtodo direto e indireto).
Demonstrao do valor adicionado. 10.11.2015 Aula 8 Demonstrao das
mutaes do patrimnio lquido. Destinao de resultado. 14.11.2015 Aula
9 Estrutura conceitual para elaborao das demonstraes contbeis.
Ativo intangvel. 19.11.2015 Aula 10 Pronunciamentos Contbeis para o
ISS Niteri 24.11.2015 Aula 11 Pronunciamentos Contbeis para o ISS
Niteri 29.11.2015 Aula 12 Anlise das demonstraes contbeis: anlise
vertical, ndices de liquidez, quocientes de estrutura,
rentabilidade, lucratividade, prazos e ciclos. Consolidao de
demonstraes contbeis. 04.12.2015 Aula Extra Princpios de
contabilidade 08.10.2015 Vamos aos estudos? Precisando, s chamar.
Grande abrao. Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.
8. Contabilidade Geral e Societria para ISS/Niteri - 2015
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www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 86 TEMOS O DESTINO QUE
MERECEMOS! O NOSSO DESTINO EST DE ACORDO COM OS NOSSOS MRITOS!
(ALBERT EINSTEN) Ateno! Antes de comearmos importantssimo fazermos
alguns esclarecimentos. Pessoal, a contabilidade a disciplina mais
fcil do edital? No! Definitivamente, um dos maiores calos de grande
parte dos concurseiros! Direito tributrio uma coisa que lemos e
prontamente entendemos! Portugus muito bom resolver exerccios de
regncia, pontuao, acentuao. Chega a ser divertido! Fazer operaes de
matemtica financeira, juros compostos, descontos, uma coisa
relativamente tranquila, que no vai fugir muito do que se v na
aula. E isso vale para grande parte das disciplinas! A
contabilidade assim? No! Mas por qu? Inicialmente, temos de saber
que o amadurecimento nesta disciplina depende de pacincia, foco,
persistncia. Uma vez que os tpicos se correlacionam, teremos de
falar sobre coisas na aula 00 que somente sero vistas com
profundidades mais adiante. E no tem como fugir disso. Ok? Ento,
leiam com ateno, faam os exerccios, sigam em frente! Anotem as
dvidas e mandem no frum de dvidas. Indubitavelmente, numa segunda
leitura ou com o avanar do curso a matria ser mais aprazvel! Tudo
bem? Confiem nas nossas orientaes! Estamos 100% disposio. Nosso
compromisso com a aprovao de vocs. ASPECTOS INICIAIS A aula de hoje
ser introdutria, trataremos de assuntos como conceito, objeto,
finalidade da contabilidade, entre outros aspectos iniciais, e
tambm essenciais para que vocs possam prosseguir na disciplina.
CONCEITO DE CONTABILIDADE Antes de comearmos o estudo da
contabilidade, temos de nos perguntar: o que vem a ser a cincia
contbil? Pois bem. H uma definio formal, estatuda no Primeiro
Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado nos idos de 1924:
Definio formal de contabilidade: Contabilidade a cincia que estuda
a pratica as funes de orientao, de controle e de registro dos atos
e fatos de uma administrao econmica (1 Congresso Brasileiro de
Contabilidade/1924). A contabilidade uma cincia! Cuidado com
questes que a definem como tcnica, metodologia, e at mesmo arte! A
ESAF, por exemplo, j cobrou isso em prova, da seguinte forma:
9. Contabilidade Geral e Societria para ISS/Niteri - 2015
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www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 86 Como foi cobrado em certames
anteriores: (ESAF/Tcnico do Tesouro Nacional/RFB/1992) O Primeiro
Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado na cidade do Rio
de Janeiro, de 17 a 27 de agosto de 1924, formulou um conceito
oficial de CONTABILIDADE. Assinale a opo que indica esse conceito
oficial. a) Contabilidade a cincia que estuda o patrimnio do ponto
de vista econmico e financeiro, observando seus aspectos
quantitativo e especfico e as variaes por ele sofridas. b)
Contabilidade a cincia que estuda e pratica as funes de orientao,
de controle e de registro relativas administrao econmica. c)
Contabilidade a metodologia especial concebida para captar,
registrar, reunir e interpretar os fenmenos que afetam as situaes
patrimoniais, financeiras e econmicas de qualquer ente. d)
Contabilidade a arte de registrar todas as transaes de uma
companhia que possam ser expressas em termos monetrios e de
informar os reflexos dessas transaes na situao econmico-financeira
dessa companhia. e) Contabilidade a cincia que estuda e controla o
patrimnio das entidades, mediante registro, demonstrao expositiva,
confirmao, anlise e interpretao dos fatos nele ocorridos.
Comentrios De plano poderamos eliminar as assertivas C e D, pois
trazem ao candidato a noo de que a contabilidade uma metodologia
especial e uma arte, o que j afirmamos ser errneo. Ficaramos com as
alternativas A, B e E. Das assertivas restantes, todas poderiam
atender razoavelmente ao conceito de contabilidade. Todavia, a
banca queria aquela que atendesse ao exato conceito que foi
proposto pelo 1 Congresso Brasileiro, que corresponde assertiva B,
nosso gabarito. Gabarito B. OBJETO E CAMPO DE APLICAO DA
CONTABILIDADE Como cincia que , a contabilidade possui um objeto.
Esse objeto o patrimnio das entidades. O patrimnio o conjunto de
bens, direitos e obrigaes de uma entidade. A contabilidade se
aplica s aziendas. Por azienda devemos entender o patrimnio de uma
pessoa que gerido de maneira organizada. A contabilidade se aplica
a entidades, que tenham fins lucrativos (empresrios), quer no
(Unio, Estados, associaes, por exemplo).
10. Contabilidade Geral e Societria para ISS/Niteri - 2015
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www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 86 A doutrina costuma
classificar a azienda, quanto ao fim a que se destina, em trs
tipos, a saber: 1) azienda econmica: Como, por exemplo, as
empresas. Objetivo de lucro. 2) aziendas econmico-sociais: So
exemplo as associaes, cuja sobra lquida destinado a outros fins que
no a remunerao do capital empregado. Por exemplo, a associao de
moradores da Barra da Tijuca reverte o dinheiro que obteve ao
trmino do exerccio com a limpeza e o cultivo de rvores na regio. 3)
aziendas sociais: No possui escopo lucrativo, tal como a Unio,
Estados, Municpios. FINALIDADE DA CONTABILIDADE E USURIOS DAS
DEMONSTRAES Ainda, h que se ressaltar a finalidade precpua da
cincia contbil, que prover os seus diversos usurios de informaes
sobre a situao patrimonial e financeira da entidade. Faz-se
essencial a investidores, credores, fornecedores, governo e at
mesmo aos prprios administradores da entidade que tenham a
gerenciada. As demonstraes contbeis so preparadas e apresentadas
para usurios externos em geral, tendo em vista suas finalidades
distintas e necessidades diversas. Governos, rgos reguladores ou
autoridades fiscais, por exemplo, podem especificamente determinar
exigncias para atender a seus prprios fins. Todavia, as exigncias
especficas de cada ente no devem afetar a elaborao das demonstraes
contbeis segundo os princpios gerais da contabilidade. Assim, um
exemplo clssico o clculo do lucro real, para contribuintes sujeitos
a este tipo de apurao, pela Receita Federal do Brasil. As diversas
entidades no devero, por exemplo, modificar as demonstraes contbeis
para que seja encontrado tal valor, mas, sim, escriturar outro
livro fiscal, o Livro de Apurao do Lucro Real (LALUR). Destarte,
reprise-se que as demonstraes contbeis devem fornecer informaes que
sejam teis na tomada de decises e avaliaes por parte dos usurios em
geral, no tendo o propsito de atender finalidade ou necessidade
especfica de determinados grupos de usurios. Os usurios das
demonstraes contbeis podem ser externos ou internos, conforme
tenham ou no ligao com a entidade que reporta essas informaes.
Vejamos: - Investidores. Necessitam de informaes para ajud-los a
decidir se devem comprar, manter ou vender investimentos. Os
acionistas tambm esto interessados em informaes que os habilitem a
avaliar se a entidade tem capacidade de pagar dividendos.
11. Contabilidade Geral e Societria para ISS/Niteri - 2015
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www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 86 - Empregados. Os empregados
e seus representantes esto interessados em informaes sobre a
estabilidade e a lucratividade de seus empregadores. Tambm se
interessam por informaes que lhes permitam avaliar a capacidade que
tem a entidade de prover sua remunerao, seus benefcios de
aposentadoria e suas oportunidades de emprego. - Credores por
emprstimos. Estes esto interessados em informaes que lhes permitam
determinar a capacidade da entidade em pagar seus emprstimos e os
correspondentes juros no vencimento. - Fornecedores. Os
fornecedores e outros credores esto interessados em informaes que
lhes permitam avaliar se as importncias que lhes so devidas sero
pagas nos respectivos vencimentos. - Clientes. Os clientes tm
interesse em informaes sobre a continuidade operacional da
entidade, especialmente quando tm um relacionamento a longo-prazo
com ela, ou dela dependem como fornecedor importante. - Governo e
suas agncias. Os governos e suas agncias esto interessados na
destinao de recursos e, portanto, nas atividades das entidades.
Necessitam tambm de informaes a fim de regulamentar as atividades
das entidades, estabelecer polticas fiscais e servir de base para
determinar a renda nacional e estatsticas semelhantes. - Pblico. As
entidades afetam o pblico de diversas maneiras. Elas podem, por
exemplo, fazer contribuio substancial economia local de vrios
modos, inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores
locais. As demonstraes contbeis podem ajudar o pblico fornecendo
informaes sobre a evoluo do desempenho da entidade e os
desenvolvimentos recentes. FUNES DA CONTABILIDADE A contabilidade
tem em sua essncia, basicamente, duas funes: a) funo
administrativa: como funo administrativa, a contabilidade ajude no
controle do patrimnio. A saber, por exemplo, quanto temos de
mercadoria em estoque, quanto temos de pagar de tributos, qual o
valor que temos a pagar de salrios, qual o montante que temo em
caixa, no banco. b) funo econmica: a funo econmica da contabilidade
est atrelada apurao do lucro ou prejuzo do exerccio. Tal apurao
feita em uma demonstrao especfica, chamada demonstrao do resultado
do exerccio, por meio do cotejo entre as receitas e despesas.
Quando as receitas suplantam as despesas, temos lucro. Caso
contrrio, prejuzo. PATRIMNIO: COMPONENTES PATRIMONIAIS (ATIVO,
PASSIVO E PATRIMNIO LQUIDO) Patrimnio o conjunto de bens, direitos
e obrigaes de uma entidade. A partir deste momento, chamaremos o
conjunto de bens e direito de ativo. Por seu turno, as obrigaes
sero chamadas de passivo.
12. Contabilidade Geral e Societria para ISS/Niteri - 2015
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www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 86 Gravem: Ativo: bens e
direitos Passivo: obrigaes Vamos fazer uma breve comparao entre
ativo, passivo, receita e despesa, antes que faamos uma anlise de
cada um destes itens patrimoniais... - Ativos so os bens e direitos
da empresa. Assim, quando a empresa compra uma mquina para ser
usada na produo, est comprando um Ativo. - Receita decorre de
ganhar dinheiro. Quando a empresa usa a mquina que uma ativo para
produzir produtos e vende esses produtos, est ganhando receita. -
Passivos so as obrigaes da empresa. Aquilo que ela tem que pagar.
Digamos que uma empresa compre uma mquina para usar na produo e ir
pagar em 12 prestaes mensais. A mquina (j vimos) um ativo. A dvida
com o fornecedor (as 12 prestaes que a empresa tem que pagar) um
Passivo. - Despesas so os gastos que a empresa incorre para
conseguir ganhar as receitas. Assim, temos: despesas de salrios
(pagamento aos funcionrios), despesa de administrao, despesa de
aluguel, etc. Essas explicaes ficaro mais claras ao longo do curso.
BENS Segundo a definio doutrinria, bem jurdico tudo aquilo que pode
ser objeto de direito. Alguns vo ainda mais longe e definem os bens
como tudo aquilo que pode proporcionar ao homem qualquer satisfao.
Levando em conta esta definio extrada da 7 edio do dicionrio
jurdico de Deocleciano Torrieri, podemos concluir que a sade um
bem, pois proporciona ao homem certa satisfao. A amizade tambm o .
Todavia, contabilmente, interessaremo-nos, na nossa disciplina,
somente naqueles bens que possam ser avaliados em termos monetrios.
Os bens hoje, basicamente, podem ser divididos em bens corpreos e
incorpreos (os chamados ativos intangveis). Como exemplo de bens
tangveis temos: caixa, terrenos, estoques, veculos. Como exemplo de
bens intangveis tem: software, patentes, propriedade intelectual.
Portanto, a partir deste momento, sempre que falarmos em bens,
temos de lembrar que eles integram o grupo do ativo. Guardem esta
regra.
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www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 86 DIREITOS Os direitos so
aquelas quantias que nossa entidade tem a receber ou a recuperar em
negcios jurdicos celebrados com terceiros, tal como uma venda a
prazo realizada, um adiantamento feito a um fornecedor, um cheque
que tenho a receber. Os direitos tambm integram o grupo que estamos
chamando de ativo. OBRIGAES Grosso modo, so valores que a minha
empresa deve a terceiros, tais como impostos a pagar, salrios a
pagar, financiamentos a pagar, emprstimos a pagar. As obrigaes, por
seu turno, compem o grupo que chamamos de passivo. E como as bancas
cobram isso?! Para montar as demonstraes contbeis existentes (e que
caem em concurso), tais como balano patrimonial e demonstrao do
resultado do exerccio, o candidato deve saber discernir o grupo ou
demonstrao a que aquela conta pertence. Se, por exemplo, a conta
caixa, que um bem, um ativo, for classificada erroneamente como uma
obrigao, isto poder comprometer a resoluo de toda a questo. E para
no errar isso na prova, somente treinando muito, com as questes que
deixaremos ao trmino da aula. Nada obstante a explicao posta acima,
existe uma definio formal do que vem a ser ativo, passivo e
patrimnio lquido. E, uma vez que o edital para expresso ao exigir
as normas emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, no nos
surpreenderia fossem essas definies cobradas no concurso vindouro,
posto que uma novidade (j nem tanto) estatuda no CPC 00 Estrutura
conceitual bsica da contabilidade. Apenas um adendo. Voc sabe o que
o Comit de Pronunciamentos Contbeis? preparo e a emisso de
Pronunciamentos Tcnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a
divulgao de informaes dessa natureza, para permitir a emisso de
normas pela entidade reguladora brasileira, visando centralizao e
uniformizao do seu processo de produo, levando sempre em conta a
convergncia da contabilidade brasileira aos padres internacionais
Os pronunciamentos passaram a ser obrigatrios, para as empresas, a
partir de 2010. Ou seja, os balanos fechados em 31.12.2010 foram os
primeiros elaborados conforme os padres internacionais.
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www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 86 Os pronunciamentos surgiram
principalmente pelos seguintes motivos: 1. Convergncia
internacional das normas contbeis. Esta convergncia tem o fito de
prover a reduo de custo de elaborao de relatrios contbeis, reduo de
riscos e custo nas anlises e decises, reduo de custo de capital.
Temos o exemplo prtico de uma empresa europeia, que apresentava
lucro de mais de U$ 370 milhes, e, desejando entrar no mercado
norte-americano, teve de se adaptar s normas nesse pas vigentes.
Para a surpresa da empresa, a converso das demonstraes levou a um
prejuzo da ordem de U$ 1 bilho. A padronizao das normas
internacionais reduz esse efeito; 2. Centralizao na emisso de
normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o fazem); 3.
Representao e processo democrticos na produo dessas informaes
(produtores da informao contbil, auditor, usurio, intermedirio,
academia, governo). Voltando. O CPC 00 Pronunciamento Conceitual
Bsico da contabilidade traz as definies formais para ativo, passivo
e patrimnio lquido. Conceito de ativo CPC 00: Ativo um recurso
controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do
qual se espera que resultem futuros benefcios econmicos para a
entidade. Vamos analisar: 1) Recurso controlado pela entidade: o
controle, e no a propriedade jurdica, determinante para a definio
do ativo. Em regra, so registrados no ativo os bens de propriedade
da empresa. Todavia, como isso uma regra existem excees, tais como,
o arrendamento financeiro, no qual os bens pertencem ao arrendador,
mas que ficam sob controle do arrendatrio, devem ser contabilizados
como ativo. 2) Como resultado de eventos passados: O ativo
resultado de algo que j ocorreu. Ou seja, a inteno de comprar
estoques, ou de vender estoques com lucro, no atende definio de
ativo. Todavia, a mercadoria que j foi recebida resultado de um
evento passado, qual seja, a compra. 3) E do qual se espera que
resultem futuros benefcios econmicos para a entidade: Essa a parte
mais importante para caracterizar um item como ativo. No basta
controlar ou construir um bem. No basta j ter efetuado alguma ao
passada, como a compra de um equipamento. Para caracterizar um
ativo, necessrio que o bem resulte em futuros benefcios econmicos
para a empresa.
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www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 86 O teste de recuperabilidade
(figura to cobrada em prova, a ser estudada adiante) destina-se a
comprovar que os ativos iro gerar benefcios futuros (pelo uso ou
pela venda) em valor superior ao seu registro contbil. Do contrrio,
ajusta-se o valor do ativo. Exemplo: vamos considerar um ativo
contabilizado pelo valor de R$ 100.000,00. Se a entidade continuar
utilizando este ativo, gerar receitas no montante de R$ 90.000,00
(valor em uso). Todavia, decidindo vende-lo, obter um valor lquido
pela venda deste ativo de R$ 80.000,00. Neste caso, como o maior
benefcio futuro que se pode obter com este ativo monta a R$
90.000,00, devemos fazer um ajuste. O valor do ativo dever ser
ajustado para constar na contabilidade pelo valor apurado (R$
90.000,00). D Despesa com teste de recuperabilidade 10.000 C Teste
de recuperabilidade (retificadora Ativo) 10.000 Em sntese, este o
chamado teste de recuperabilidade, previsto no artigo 183, 3 da Lei
das Sociedades por Aes, assunto constante em quase que todas as
provas atuais de contabilidade. O passivo Conceito de passivo CPC
00: Passivo uma obrigao presente da entidade, derivada de eventos j
ocorridos, cuja liquidao se espera que resulte em sada de recursos
capazes de gerar benefcios econmicos. 1) Obrigao presente da
entidade: gastos previstos e/ou esperados no constituem passivos.
Por exemplo, se uma empresa de aviao tem a previso de trocar os
motores de uma aeronave dentro de 2 anos, ao custo de R$
200.000,00, isto no constitui um passivo, pois no obrigao presente.
Dentro de dois anos, a empresa pode vender o avio e no realizar a
troca dos motores. 2) Derivada de eventos j ocorridos: eventos
futuros no constituem passivo. Ainda que o pagamento de uma obrigao
seja feito em data posterior, o evento que origina o passivo j deve
ter ocorrido. Por exemplo, a compra a prazo de uma mercadoria j
entregue configura evento j ocorrido. 3) Cuja liquidao se espera
que resulte em sada de recursos capazes de gerar benefcios
econmicos: O passivo dever ser liquidado com recursos capazes de
gerar benefcios econmicos.
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www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 86 Lembra-se da definio de
ativo? Pois , os recursos capazes de gerar benefcios econmicos so
os ativos da empresa. Assim, o passivo ser liquidado atravs da
entrega de ativos (dinheiro, duplicatas a receber, outros bens ou
mercadorias, entre outros). A maneira mais comum atravs do
pagamento do passivo em dinheiro. Mas tambm pode ocorrer a liquidao
de um passivo com a entrega de mercadoria, ou de qualquer outro
ativo. Assim, um passivo deve ser liquidado com um ativo, uma dvida
com fornecedores (passivo) ser quitada com a sada de dinheiro do
caixa (diminuindo o meu ativo). Para o pronunciamento CPC 00,
Definio de patrimnio lquido CPC 00 Patrimnio Lquido o valor
residual dos ativos da entidade depois de SITUAO LQUIDA E EQUAO
FUNDAMENTAL DO PATRIMNIO J sabemos o que um ativo (bens e direitos)
e o que um passivo (obrigaes). Agora, vejamos o seguinte exemplo...
A empresa KLS tem as seguintes contas registradas em sua
contabilidade: Caixa 100,00 Duplicatas a receber 200,00 Estoques
50,00 Fornecedores 60,00. Emprstimos a pagar 40,00. Classificando,
temos nesta situao o seguinte: Bens: caixa e estoques = 100 + 50.
Direitos: duplicatas a receber = 200. Obrigaes = fornecedores +
emprstimos a pagar = 60 + 40 = 100. A partir de agora, toda vez que
falarmos em ativo e passivo, graficamente vocs iro esquematizar do
seguinte modo: ATIVO PASSIVO Bens Obrigaes Direitos No nosso
exemplo, portanto, teremos:
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www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 86 ATIVO PASSIVO Caixa = 100
Fornecedores = 60,00 Estoques = 50 Emprstimos a pagar = 40,00 Dupl.
a receber = 200 O ativo representa os bens e direitos que esto
aplicados nas atividades empresariais, o passivo representa o
capital que devemos a terceiros, os capitais de terceiros que esto
empregados na nossa atividade. Por isso, contabilmente, diz-se que
o ativo representa a aplicao de recursos na entidade. J o passivo
representa uma origem. Estes recursos que os terceiros empregam nas
atividades da empresa so chamados de capital de terceiros (gravem
este nome, pois cai corriqueiramente em concursos). Pois bem. Mas,
imaginem conosco. Quando o scio vai constituir as atividades
empresariais ele emprega somente capitais de terceiros ou tambm
entrega capitais prprios (pertencentes a ele - scio) s atividades.
Ora, entrega capital prprio. Na contabilidade, este capital prprio
chamado de situao lquida. No exemplo que demos, temos o seguinte:
ATIVO PASSIVO Caixa = 100 Fornecedores = 60,00 Estoques = 50
Emprstimos a pagar = 40,00 Dupl. a receber = 200 Total = 350 Total
= 100 Vejam que no ativo temos um total de R$ 350,00, enquanto que
no passivo tem apenas R$ 100,00. O que podemos inferir? Os R$
250,00 faltantes representam a chamada situao lquida ou patrimnio
lquido (capital prprio) da empresa. Portanto, fica assim: ATIVO
PASSIVO Caixa = 100 Fornecedores = 60,00 Estoques = 50 Emprstimos a
pagar = 40,00 Dupl. a receber = 200 Total = 350 Situao Lquida = 250
Total = 350 E como fizemos para achar o valor da situao lquida?!
Ainda que sem perceber, utilizamo-nos de uma equao algbrica bsica:
a equao fundamental bsica da contabilidade.
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www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 86 EQUAO FUND. DA CONTAB.
ATIVO = PASSIVO + SITUAO LQUIDA Portanto, amigos. Fica assim. O
quadro que estamos montando para demonstrar o ativo e passivo
passar agora a ser chamado de balano patrimonial, sendo esta a
nossa principal demonstrao contbil. O lado esquerdo do balano
patrimonial sempre deve ser igual ao lado direito. Esta uma regra
que, numa escrita contbil regular, no comporta exceo. O ativo
representa tudo aquilo que est sendo empregado nas atividades da
entidade. Assim, se temos um veculo de R$ 10.000,00, dinheiro no
valor de R$ 50.000,00 e investimentos em outra companhia no valor
de R$ 20.000,00, nosso ativo de R$ 80.000,00. Este o capital total
aplicado nas atividades. Este valor possui uma origem. E que origem
esta?! Essa origem pode ser tanto de capital prprio, empregado
pelos scios, como de terceiros, quando a empresa obtm, por exemplo,
por um financiamento. Dizemos, assim, que o lado do ativo o lado da
aplicao de recursos. J o lado do passivo e do PL o lado da origem
de recursos. BALANO PATRIMONIAL LADO ESQUERDO LADO DIREITO ATIVO
PASSIVO APLICAO DE RECURSOS PATRIMNIO LQUIDO ORIGEM DE RECURSOS
TIPOS DE SITUAO LQUIDA EXISTENTES A situao lquida representa o
quanto os scios empregam de patrimnio sociedade, com recursos
prprios. Todavia, praxe que a expresso situao lquida seja entendida
tambm como patrimnio lquido (embora o patrimnio lquido seja uma das
espcies do gnero situao lquida). Mas, para ns, se a questo disser
situao lquida ou patrimnio lquido, trataremos de maneira igual:
vamos achar o capita prprio! Vejamos os tipos de situaes lquidas
patrimoniais existentes.
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www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 86 ATIVO MAIOR DO QUE PASSIVO.
BALANO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Bens 1.000 Obrigaes 500 Direitos
1.000 SL ? TOTAL 2.000 TOTAL 2.000 H que se observar que o ativo
maior do que o passivo exigvel por terceiros (isto , obrigaes).
Como os bens e direitos no so iguais s obrigaes, devemos achar a
situao atravs da equao bsica da contabilidade. Situao lquida =
Ativo Passivo = 2.000 500 = 1.500. Essa uma situao confortvel para
a empresa. Dissemos que as origens do capital podem ser de
terceiros (obrigaes) ou prprias (patrimnio lquido ou situao
lquida). Neste exemplo temos 75% de capital prprio (1.500/2000), o
que pode representar uma boa administrao da empresa. Neste tipo de
situao, temos: Ativo > Passivo exigvel Situao lquida > 0
ATIVO MENOR DO QUE PASSIVO. BALANO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Bens
1.000 Obrigaes 2.500 Direitos 1.000 SL ? TOTAL 2.000 TOTAL 2.000
Imagine uma empresa que tenha to-somente R$ 1.000 em caixa e um
carro velho avaliado em R$ 1.000, mas deve R$ 2.500 a um
fornecedor. Esta a chamada situao lquida negativa, pois os
elementos negativos superam os elementos positivos do balano. Essa
parte do Passivo para o qual no temos recursos suficientes para
pagar denominada passivo a descoberto. Este conceito explorado
pelas bancas de forma mais conceitual. Vejam como o CESPE o
fez:
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www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 86 (Assistente de
Saneamento/Tcnico Contbil/Embasa/2009/Cespe) Quando o valor do
passivo maior que o do ativo, ocorre a situao de passivo a
descoberto. O item transcreve exatamente o que dissemos aqui! Essa
questo recorrente em concursos. Gravem! Passivo a descoberto ocorre
quando o passivo exigvel maior que o ativo. Nesse caso, temos o que
alguns autores chamam de patrimnio lquido negativo, mas o nome
tecnicamente mais correto passivo a descoberto. O Passivo no fica
com valores negativos, o PL que fica. Assim: Ativo 10.000 Passivo
12.000 Patrimnio Lquido Capital social 3.000 Prejuzos acumulados
(5.000) Total do PL - 2000 Lembrando que Ativo = Passivo + PL.
Ativo 10.000 = Passivo 12.000 + PL (- 2.000 = o PL negativo). Neste
tipo de situao, temos: Ativo < Passivo Patrimnio Lquido < 0
ATIVO IGUAL AO PASSIVO Nesta situao o ativo igual ao passivo
exigvel, no havendo que se falar em resduo para os proprietrios no
caso de dissoluo da empresa, isto , no existe capital prprio. O
total dos bens e direitos igual aos valores das obrigaes dos
proprietrios. BALANO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Bens 1.000 Obrigaes
2.000 Direitos 1.000 SL ??? TOTAL 2.000 TOTAL 2.000 A situao lquida
neste caso nula.
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www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 86 ATIVO IGUAL A SITUAO LQUIDA
Este o caso tpico da constituio da sociedade. Quando um scio
emprega R$ 100,00 de capital nas atividades (e este o nico fato
contbil existente), teremos: BALANO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Bens
100 PL 100 TOTAL 100 TOTAL 100 Esta a situao tpica da constituio da
empresa. O ativo igual ao patrimnio lquido. Pode ser o caso tambm
de uma entidade que somente trabalhe com recursos prprios e no
queria captar capitais de terceiros. No h qualquer dvida quando se
est diante desta situao. ALGUMAS CONSEQUNCIAS LGICAS De tudo o que
expusemos at o momento, podemos tomar algumas concluses. So elas: O
ativo pode ser maior ou igual a zero. O ativo no poder, jamais, ser
negativo. No podemos ter, por exemplo, um veculo que valha R$ -
100,00, ou caixa no montante de R$ - 30,00. O mesmo vale para o
passivo, que pode ser maior ou igual a zero, mas no negativo. No h
possibilidade de ter obrigao de R$ - 1.000,00 com terceiros. O
patrimnio lquido (situao lquida), por seu turno, pode ser positivo,
negativo ou nulo. APURAO DE RESULTADOS. O patrimnio lquido da
entidade pode variar. Mas variar como? Imaginemos que os scios A e
B tenham entregues cada um o montante de R$ 100.000,00 para
constituio de uma sociedade. Esta sociedade regularmente inscrita.
A partir deste momen resultado de suas operaes, dever ser computado
para a sociedade, devido ao que chamamos de princpio contbil da
entidade. Portanto, esta sociedade tem um capital social (dinheiro
que os scios injetam na empresa) de R$ 200.000,00. Na
contabilidade, o lado do passivo e do patrimnio lquido onde os
valores que so aplicados no ativo tm origem.
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www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 86 Assim, praxe chamarmos os
valores provenientes do passivo e do patrimnio lquido de origem,
enquanto que tambm escorreito nominarmos aqueles valores do ativo
como um todo de aplicao de recursos. Com efeito, imagine-se que
esta sociedade tenha gerado receitas que lhe deram um lucro de R$
50.000,00 recebido totalmente em dinheiro. Ora, este valor no poder
ir diretamente para o bolso dos scios. Por que no? Pois, a partir
da constituio da sociedade, h uma clara distino do patrimnio da
sociedade do patrimnio dos scios. Ento analisemos. Este dinheiro,
R$ 50.000,00 de lucro, foi recebido em dinheiro, certo? Onde ele se
encontrar? No ativo da empresa, na conta caixa ou bancos,
provavelmente. Mas para existir essa aplicao no ativo, no certo que
devemos ter tambm uma origem? claro! Esses R$ 50.000,00 so valores
que os scios conseguiram agregar, adicionar, ao montante inicial
investido. Portanto, vocs acreditam que eles representam origem de
capital prpria ou de terceiros? Prpria, exatamente. Portanto, os
valores de lucros ou prejuzos acumulados que a entidade obtm no
decorrer de suas operaes devem figurar no patrimnio lquido. A
apurao do lucro da entidade feita em uma demonstrao parte, chamada
demonstrao do resultado do exerccio. L, fazemos o cotejo entre
receitas e despesas. Sobrepondo-se as receitas s despesas, temos
lucro. Ao revs, prejuzo. Esse resultado transferido para o
patrimnio lquido (capital prprio), fazendo com que ele varie. Esse
assunto ser estudado com mais profundidade quando estudarmos o
grupo do patrimnio lquido e a demonstrao do resultado do exerccio.
Por ora, basta que voc saiba isto: o patrimnio lquido varia
conforme o lucro ou prejuzo do exerccio seja transferido da
demonstrao do resultado do exerccio para o balano patrimonial.
CONTAS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO. CONCEITO DE CONTA, CONTAS
PATRIMONIAIS E DE RESULTADO De agora em diante, quando falarmos em
caixa de uma empresa, falaremos em conta caixa. Quando falarmos em
bancos, entenda-se conta bancos. Os registros contbeis so feitos
atravs das contas. Todos os acontecimentos que ocorrem na empresa,
como compra, venda, pagamento, recebimento, so registrados por meio
de contas.
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www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 86 As contas podem ser de dois
tipos: patrimoniais e de resultado. CONTAS PATRIMONIAIS As
patrimoniais so as que representam os bens, direitos, obrigaes e o
patrimnio lquido da empresa. Por exemplo, conta caixa, conta bancos
movimento, conta capital social, conta estoques de produtos
acabados, conta reserva de gio na emisso de aes. RESULTADO As
contas de resultado so as receitas e despesas. Elas no esto no
balano patrimonial e servem para saber se a empresa apresentou
lucro ou prejuzo. Aparecem na demonstrao do resultado do exerccio.
Por exemplo, receita de vendas, custo das mercadorias vendidas,
ICMS sobre vendas, despesas operacionais. Grave-se: Contas
patrimoniais Ativo, passivo e patrimnio lquido Contas de resultado
Receitas e despesas FUNES E ESTRUTURA DAS CONTAS. RAZONETE E CONTAS
As contas, a partir de agora, sero apresentadas no chamado
razonete. Como funciona? A ttulo de exemplo, mostremos o razonete
da conta caixa: Caixa Lado do dbito Lado do crdito Saldo devedor
Saldo credor Funcionar assim para todas as contas, sejam elas
patrimoniais ou de resultado: sempre que desejarmos fazer
lanamentos contbeis, devemos Fornecedores Bancos Conta Movimento
Lado do dbito Lado do crdito Lado do dbito Lado do crdito
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www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 86 Saldo devedor Saldo credor
Saldo devedor Saldo credor A conta tem por finalidade representar
cada um dos itens contbeis, quer patrimoniais, quer de resultado.
Embora, para ns, as contas sejam representadas da forma como
expusemos acima, formalmente, elas so assim apresentadas no livro
razo: Razo Analtico (Exemplo) KLS Comrcio LTDA Data: CNPJ:
00.000.000/0001-00 Perodo: Conta: Bancos Conta Movimento - XXXX S/A
Data Histrico da Operao Dbito Crdito Saldo 01.01.2008 Saldo Inicial
1.000,00 D 02.01.2008 Depsito 500,00 1.500,00 D 02.01.2008 Cheque n
050070 200,00 1.300,00 D Totais 500,00 200,00 1.300,00 D So
elementos essenciais das contas: - Nome da conta; - Valor debitado;
- Valor creditado; - Saldo devedor ou credor; - Histrico do
lanamento; - Data do lanamento. Algumas contas aumentam por meio de
dbito (contas de natureza devedora), outras por meio de crdito
(contas de natureza credora). - Contas de natureza devedora: contas
de ativo (bens e direitos), contas de despesa, - Contas de natureza
credora: contas do passivo (obrigaes), contas do patrimnio lquido,
contas de receita. Assim, por exemplo, considere os seguintes
lanamentos na conta caixa: Primeiro temos de analisar: a que grupo
pertence a conta caixa? Ao ativo, logo, uma conta de natureza
devedora (aumenta a dbito), e, conseqentemente, diminui a crdito. -
Recebimento de R$ 100,00 em espcie, pela integralizao de capital
social. - Sada de R$ 50,00 para aquisio de mercadorias; - Entrada
de R$ 30,00 pela venda de mercadorias. Ficaria assim:
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www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 86 Caixa 100,00 50,00 30,00
80,00 Alm disso, as contas podem ser vistas por dois aspectos:
qualitativos e quantitativos. Segundo o aspecto qualitativo,
devemos olhar para o que a conta representa. Por exemplo, a conta
caixa, em seu aspecto qualitativo, representa os numerrios que
temos guardados. J pelo aspecto quantitativo representa o quanto
temos guardado. TEORIA DAS CONTAS As principais teorias das contas
exploradas pelas bancas examinadoras so as seguintes: 1) Teoria
personalista; 2) Teoria materialstica; e 3) Teoria patrimonialista.
TEORIA PERSONALISTA Segundo a teoria personalista, as contas so
fictamente como pessoas. Temos trs tipos de pessoas: proprietrios,
correspondentes e agentes consignatrios. Representa a contabilidade
sob uma viso mais jurdica. A) Proprietrios: Os proprietrios so os
responsveis pelas contas do patrimnio lquido e pelas receitas e
despesas da sociedade. Portanto, so contas dos proprietrios:
capital social, receita de vendas, custo da mercadoria vendida,
ICMS sobre vendas, devolues de vendas, receitas financeiras,
reserva legal. B) Correspondentes: So as pessoas que representam as
contas de direitos (logo, ativo) e obrigaes (logo, passivo). So as
pessoas com quem a entidade mantm esse tipo de relao jurdica, tal
como clientes e fornecedores. C) Consignatrios: So as pessoas a
quem a entidade confia a guarda bens (ativo). Por exemplo, caixa,
veculos, terrenos. TEORIA MATERIALSTICA Esta uma viso mais econmica
do que vem a ser a conta. Para esta teoria, as contas no so
pessoas, mas, to-somente, entradas e sadas de valores.
26. Contabilidade Geral e Societria para ISS/Niteri - 2015
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www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 86 As contas so divididas em
apenas dois grupos: A) Contas integrais: Representam o ativo e
passivo exigvel (obrigaes); B) Contas diferenciais: Representam o
patrimnio lquido, receitas e despesas. TEORIA PATRIMONIALISTA Pela
teoria patrimonialista, que a utilizada na contabilidade hodierna,
as contas podem ser divididas em dois grandes grupos, a saber: A)
Contas patrimoniais: Representam as contas de ativo, passivo e
patrimnio lquido. B) Contas de resultado: Representam as receitas e
despesas. RESUMO TEORIA DAS CONTAS Um rpido resumo sobre isso:
Teoria Personalista: - Agentes consignatrios (bens) - Agentes
correspondentes (direitos e obrigaes) - Proprietrios (receitas,
despesas e Patrimnio lquido) Teoria Materialista: - Integrais
(bens, direitos e obrigaes) - Diferenciais (receitas, despesas e
Patrimnio lquido) Teoria Patrimonialista: - Patrimoniais (bens,
direitos, obrigaes e Patrimnio Lquido) - Resultado (receitas e
despesas) FATOS CONTBEIS E RESPECTIVAS VARIAES PATRIMONIAIS E PLANO
DE CONTAS ATOS E FATOS CONTBEIS E RESPECTIVAS VARIAES PATRIMONIAIS.
O patrimnio societrio sofre constante movimento, haja vista que
sofrem atos de gesto contnua. Esses acontecimentos podem ser
divididos basicamente em dois grandes grupos: A) Atos contbeis. B)
Fatos contbeis. Os atos contbeis so acontecimentos que ocorrem na
entidade e no provocam alteraes do patrimnio, tais como admisso de
empregados,
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www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 86 assinatura de um contrato
de compra, venda, o aval de um ttulo de crdito, uma fiana prestada
em favor de terceiros. Os atos relevantes que faam parte das
atividades da empresa devem ser apresentados em notas explicativas,
como ordena a Lei 6.404/76: Art. 176. (...) 4 As demonstraes sero
complementadas por notas explicativas e outros quadros analticos ou
demonstraes contbeis necessrios para esclarecimento da situao
patrimonial e dos resultados do exerccio. Art. 176. (...) 5o As
notas explicativas devem: (Redao dada pela Lei n 11.941, de 2009) I
apresentar informaes sobre a base de preparao das demonstraes
financeiras e das prticas contbeis especficas selecionadas e
aplicadas para negcios e eventos significativos; (Includo pela Lei
n 11.941, de 2009) II divulgar as informaes exigidas pelas prticas
contbeis adotadas no Brasil que no estejam apresentadas em nenhuma
outra parte das demonstraes financeiras; (Includo pela Lei n
11.941, de 2009) III fornecer informaes adicionais no indicadas nas
prprias demonstraes financeiras e consideradas necessrias para uma
apresentao adequada; e (Includo pela Lei n 11.941, de 2009) IV
indicar: (Includo pela Lei n 11.941, de 2009) a) os principais
critrios de avaliao dos elementos patrimoniais, especialmente
estoques, dos clculos de depreciao, amortizao e exausto, de
constituio de provises para encargos ou riscos, e dos ajustes para
atender a perdas provveis na realizao de elementos do ativo;
(Includo pela Lei n 11.941, de 2009) b) os investimentos em outras
sociedades, quando relevantes (art. 247, pargrafo nico); (Includo
pela Lei n 11.941, de 2009) c) o aumento de valor de elementos do
ativo resultante de novas avaliaes (art. 182, 3o ); (Includo pela
Lei n 11.941, de 2009) d) os nus reais constitudos sobre elementos
do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras
responsabilidades eventuais ou contingentes; (Includo pela Lei n
11.941, de 2009) e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as
garantias das obrigaes a longo prazo; (Includo pela Lei n 11.941,
de 2009) f) o nmero, espcies e classes das aes do capital social;
(Includo pela Lei n 11.941, de 2009) g) as opes de compra de aes
outorgadas e exercidas no exerccio; (Includo pela Lei n 11.941, de
2009) h) os ajustes de exerccios anteriores (art. 186, 1o); e
(Includo pela Lei n 11.941, de 2009) i) os eventos subsequentes
data de encerramento do exerccio que tenham, ou possam vir a ter,
efeito relevante sobre a situao financeira e os resultados futuros
da companhia. (Includo pela Lei n 11.941, de 2009)
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www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 86 Os fatos contbeis, por sua
vez, so os acontecimentos que provocam variaes no patrimnio da
entidade. Os fatos contbeis so contabilizados atravs das contas
patrimoniais (ativo, passivo, patrimnio lquido) e/ou das contas de
resultado (receitas e despesas). Os fatos contbeis podem ser
divididos em trs tipos: permutativos, modificativos e mistos. Esse
assunto, todavia, ser visto quando estudarmos lanamentos. TCNICAS
CONTBEIS So quatro as tcnicas utilizadas na contabilidade:
escriturao, elaborao das demonstraes contbeis, auditoria e anlise
das demonstraes contbeis. ESCRITURAO Funciona, grosso modo, mais ou
menos da seguinte forma: Imagine-se que ns, Gabriel e Luciano,
somos administradores da sociedade KLS. Cada nota fiscal de compra
de mercadoria, cada NF de venda, cada cheque emitido, cada compra
de ativo imobilizado para a produo, tudo isso tem de ser
controlado. Pensem vocs se no houvesse um controle de todos os atos
e fatos que ocorrem no mbito de uma empresa. O que seria desta
empresa?! O que seria do mercado? E o que seria da economia
nacional? Pois bem, todos esses eventos devem ser contabilizados.
Ento, no perodo de competncia, colheremos todos os documentos
necessrios e lanaremos nos respectivos livros contbeis. A tcnica
utilizada para o registro dos fatos contbeis chamada de escriturao.
Ento, em um primeiro momento, devemos escriturar, por meio de
lanamentos contbeis, todas as notas fiscais e documentos que
comprovem alterao no patrimnio da entidade. Segundo a Lei 6.404/76:
Art. 177. A escriturao da companhia ser mantida em registros
permanentes, com obedincia aos preceitos da legislao comercial e
desta Lei (a prpria 6.404) e aos princpios de contabilidade
geralmente aceitos, devendo observar mtodos ou critrios contbeis
uniformes no tempo e registrar as mutaes patrimoniais segundo o
regime de competncia. Ainda segundo a Lei 6.404/76: a companhia
observar exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem
qualquer modificao da escriturao mercantil e das demonstraes
reguladas nesta Lei, as disposies da lei
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www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 86 tributria, ou de legislao
especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que
prescrevam, conduzam ou incentivem a utilizao de mtodos ou critrios
contbeis diferentes ou determinem registros, lanamentos ou ajustes
ou a elaborao de outras demonstraes financeiras (LSA, art. 177, 2).
E o que quer dizer este artigo? Se, hipoteticamente, ao apurar o
Imposto de Renda do exerccio, a legislao do IR prescreva um mtodo
diferente que est previsto nos critrios contbeis, como a utilizao
de regime de caixa, em vez de se utilizar do regime de competncia,
esta apurao tributria dever ser feita em um livro auxiliar, sem que
haja modificao da escriturao contbil (que ordena a utilizao do
regime de competncia). ELABORAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS As
entidades, em sua constituio, elegem o que chamamos de exerccio
social. Segundo a Lei das SAs: Art. 175. O exerccio social ter
durao de 1 (um) ano e a data do trmino ser fixada no estatuto.
Pargrafo nico. Na constituio da companhia e nos casos de alterao
estatutria o exerccio social poder ter durao diversa. Vejam, o
exerccio social tem durao de 1 ano. Isso no equivale a 12 meses
(juridicamente falando). 1 ano = 365 dias 1 ms = 30 dias 12 meses =
360 dias. Na maioria das questes de contabilidade, pode considerar
12 meses = 1 ano. Normalmente, as bancas no fazem distino. Mas, a
rigor, so coisas distintas. Ao trmino do exerccio, as sociedades tm
de publicar o que chamamos de demonstraes financeiras. Todo ms
faremos os lanamentos de fatos contbeis, procedendo escriturao dos
livros. As demonstraes financeiras so um compilado de tudo o que
ocorreu na empresa durante o exerccio social. Vejam que se trata de
uma seqncia cronolgica. Se somarmos todas as vendas realizadas no
exerccio, encontraremos a chamada receita bruta de vendas, na
demonstrao do resultado do exerccio. Se somarmos tudo o que entrou
e tudo o que saiu do caixa, teremos achado ento o saldo da conta
caixa. E assim por diante.
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www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 86 Segundo a Lei 6.404/76:
Art. 176. Ao fim de cada exerccio social, a diretoria far elaborar,
com base na escriturao mercantil da companhia, as seguintes
demonstraes financeiras, que devero exprimir com clareza a situao
do patrimnio da companhia e as mutaes ocorridas no exerccio: I -
balano patrimonial; II - demonstrao dos lucros ou prejuzos
acumulados; III - demonstrao do resultado do exerccio; e IV
demonstrao dos fluxos de caixa; e (Redao dada pela Lei n 11.638,de
2007) V se companhia aberta, demonstrao do valor adicionado.
(Includo pela Lei n 11.638,de 2007) Alm dessas, o CPC 26 Apresentao
das demonstraes contbeis lista como demonstraes contbeis a
demonstrao das mutaes do patrimnio lquido DMPL e a demonstrao dos
resultados abrangentes. O FIPECAFI entende que essas demonstraes
passam a ser obrigatrias para todos os tipos societrios, inobstante
a Lei 6.404 seja silente. AUDITORIA Uma vez elaborada as
demonstraes contbeis, elas precisam passar pela verificao sobre se
a escriturao est escorreita nos termos do que prescrevem as normas
e princpios contbeis. Esse processo chamado de auditoria. Segundo a
Lei 6.404: Art. 176: 3o As demonstraes financeiras das companhias
abertas observaro, ainda, as normas expedidas pela Comisso de
Valores Mobilirios e sero obrigatoriamente submetidas a auditoria
por auditores independentes nela registrados. A auditoria realizada
por auditores da CVM em companhias abertas e nas fechadas de grande
porte denominada de auditoria independente. Alm da independente,
temos as auditorias interna (elaborada por empregados da companhia)
e fiscal (elaborada por auditores fiscais da Unio, Estados,
Municpios e/ou Distrito Federal, no mbito de suas
competncias).
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www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 86 ANLISE DAS DEMONSTRAES
CONTBEIS Depois que as demonstraes foram publicadas e auditadas, os
seus usurios tm interesse nas informaes nelas contidas. Um
investidor desejar saber, por exemplo, o quanto essa empresa est
dando de retorno para cada ao do capital social. O credor por
emprstimo desejar saber o quanto tem de garantia para poder
conceder tranquilamente o emprstimo que deseja. E assim por diante.
Tudo isso feito atravs da tcnica contbil chamada de anlise das
demonstraes contbeis ou anlise de balanos. DIFERENA ENTRE CAPITAL E
PATRIMNIO O conceito de capital pode ser visto sob diversos ngulos.
O capital prprio representa o patrimnio lquido da entidade, ou
seja, os recursos que esto aplicados na entidade que pertencem aos
seus scios. O capital de terceiros todo aquele valor que se
encontra aplicado na empresa, mas que pertence a terceiros. o
passivo exigvel (passivo circulante e no circulante). Dentro do
capital prprio, temos o capital social, que a conta do PL composta
pelas aes subscritas na constituio da sociedade ou com o aumento de
capital. dividida em capital social e capital social a realizar. A
lei das S.As dispe que: Art. 182. A conta do capital social
discriminar o montante subscrito e, por deduo, a parcela ainda no
realizada. Quando os scios subscrevem o capital, mas ainda no
integralizaram, aparece a conta capital a integralizar. Vamos supor
que os scios de determinada empresa subscreveram o valor de R$
100.000 para o capital social, mas ainda no inscreveram. Pela
subscrio, o scio assume o compromisso de integralizar o capital. O
lanamento inicial ficaria assim: D - Capital a integralizar
(Retificadora do PL) 100.000 C - Capital Social (PL) 100.000
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www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 86 Vamos supor que, uma semana
depois, os scios integralizem 60.000 em dinheiro. Lanamento: D -
Caixa (Ativo) 60.000 C - Capital a integralizar (Retificadora do
PL) 60.000 O balano patrimonial fica assim: Ativo Caixa 60.000
Passivo PL Capital Social 100.000 Capital a integralizar (40.000)
Repare que o Capital Integralizado sai por diferena (capital Social
menos Capital a integralizar). A Lei das S.As prescreve que a
integralizao mnima de 10% do capital social. As aes podem ser
subscritas em dinheiro ou quaisquer bens suscetveis de avaliao em
dinheiro. O capital autorizado, por fim, representa aquele valor
que est previsto no estatuto social pelo qual pode haver aumento do
capital social sem que haja necessidade de alterar este
instrumento. Assim, se o estatuto permitisse que, no exemplo citado
acima, a empresa aumentasse seu capital at o limite de 200.000,00,
poderamos constituir mais 100.000,00 sem a necessidade de fazer
alteraes no estatuto e, consequentemente, proceder a todos os
trmites burocrticos frente a Junta Comercial. Patrimnio, contudo,
em contabilidade, poder ser entendido como patrimnio lquido, que o
valor dos capitais prprios empregados s atividades empresariais ou
patrimnio bruto, hiptese em que representa o valor total do ativo
da entidade. SISTEMA DE CONTAS, PLANO DE CONTAS. ESCRITURAO:
CONCEITO Dissemos que a cincia contbil se utiliza, para sua
perfeita existncia, de tcnicas. Quatro so as tcnicas que
apresentamos: escriturao, elaborao das demonstraes contbeis,
auditoria e anlise de balanos.
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www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 86 Visto o conceito de
escriturao, passemos a entender o processo amide. O processo de
escriturao hoje est regulamentado pelo CFC 1.330/2011. A escriturao
contbil deve ser realizada com observncia aos princpios de
contabilidade (item 3, CFC 1.330). O nvel de detalhamento da
escriturao contbil deve estar alinhado s necessidades de informao
de seus usurios. Nesse sentido, o Conselho Federal de Contabilidade
(CFC) no estabelece o nvel de detalhe ou mesmo sugere um plano de
contas a ser observado. O detalhamento dos registros contbeis
diretamente proporcional complexidade das operaes da entidade e dos
requisitos de informao a ela aplicveis e, exceto nos casos em que
uma autoridade reguladora assim o requeira, no devem
necessariamente observar um padro pr-definido. Com efeito, de
esperar uma complexidade maior nas demonstraes contbeis de uma
entidade tal como a Unilever (que produz mercadorias tais como Axe,
Dove, Ades, Comfort, Seda, entre outros) do que nas demonstraes de
uma pequena locadora de DVDs. A fim de padronizar a execuo da
escriturao, a Resoluo prescreve certas formalidades. E essas
finalidades so muito cobradas em concursos. Vejamos: 5. A
escriturao contbil deve ser executada: a) em idioma e em moeda
corrente nacionais; b) em forma contbil; c) em ordem cronolgica de
dia, ms e ano; d) com ausncia de espaos em branco, entrelinhas,
borres, rasuras ou emendas; e e) com base em documentos de origem
externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou
evidenciem fatos contbeis. Lembrando novamente, dissemos que a
escriturao contbil feita atravs de contas. Na contabilidade, conta
o nome dado aos componentes patrimoniais (bens, direitos e
obrigaes) e de resultado (despesas e receitas). O dinheiro em
espcie existente, por exemplo, chamado de conta caixa. As contas
podem ser patrimoniais (ativo [bens e direitos], passivo [obrigaes]
e patrimnio lquido [capital prprio]). O conjunto de todas as contas
existentes dentro de uma entidade, para uniformizar os registros
contbeis, denominado plano de contas. O plano de contas varia tambm
de uma empresa para outra. Assim, uma indstria de calados no ter o
mesmo plano de contas de um supermercado. Esse entendimento est em
consonncia com o item 4 da Resoluo do CFC 1330/2011.
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www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 86 Definio Plano de contas:
conjunto de todas as contas existentes dentro de uma entidade para
uniformizar os registros contbeis. Temos ainda o chamado sistema de
contas. O sistema de contas algo que mais tem a ver com a
finalidade das contas em si. Ao agruparmos as contas, por exemplo,
em contas patrimoniais e contas de resultado. O sistema de contas
racionalmente organizado vai ajudar a compreender melhor o
patrimnio. MTODOS DE ESCRITURAO; PARTIDAS DOBRADAS; LANAMENTO
CONTBIL ROTINA, FRMULAS; PROCESSOS DE ESCRITURAO. Mtodo o caminho
de que nos utilizamos para chegar a uma meta. Na contabilidade, o
mtodo utilizado para se escriturar o mtodo das partidas dobradas.
Esse mtodo consiste em considerar que para todo e qualquer item que
ingressa no patrimnio, h um lugar de onde ele proveniente. Ou seja,
no h gerao espontnea de patrimnio, mas sim uma origem para todo
elemento que se aplica no patrimnio, passando a integr-lo. Ao
registro de um fato contbil chamamos lanamento. Este efetuado em
livros contbeis prprios como o dirio, razo, caixa, duplicatas a
receber etc. Ao conjunto de registros ou lanamentos que chamamos
escriturao. Antes de aprendermos a efetuar lanamentos em espcie,
devemos entender quando e quais contas so lanadas a dbito ou a
crdito. CONTAS LANADAS A DBITO E A CRDITO No confundir a palavra
dbito da linguagem comum com a utilizada na terminologia contbil.
Assim, esquea o entendimento da vala comum de que dbito equivale a
uma dvida. esquerdo sempre o lado do dbito, na terminologia
contbil. Assim... Conta Caixa Lado do dbito Lado do crdito
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www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 86 lado esquerdo. E o outro
lado? O outro lado s pode ser o do crdito. No podemos tambm
confundir a palavra crdito usada na linguagem comum com o sentido
com quem usada na contabilidade. Gravem (regra geral): As contas do
ativo e as de despesa tm natureza devedora As contas do passivo, PL
e as de receita tm natureza credora. E o que quer dizer saldo
devedor e saldo credor? Simples. Saldo devedor significa dizer que
o total dos dbitos em uma conta supera o total dos crditos. Assim,
se tenho registrado na conta caixa R$ 1.000,00 em dbitos e R$
600,00 em crditos, isto me d um saldo devedor total de R$ 400,00.
Agora, tivssemos R$ 4.000,00 de crditos na conta fornecedores e R$
1.000,00 de dbitos, o saldo seria credor de R$ 3.000,00. O saldo
poderia tambm ser nulo, quando os totais dos crditos e dos dbitos
se equivalem. Assim, se a conta caixa aumentar em R$ 500, por causa
de um recebimento de tambm de razonete. Conta Caixa 500,00 Como as
contas do ativo tm natureza devedora, elas aumentam quando diminui,
conseqentemente, a crdito). Por outro lado, a contas de natureza
Credora (Passivo, Patrimnio Lquido e Receitas) aumentam com
lanamentos a crdito e diminuem com lanamentos a dbito. Ateno:
Considere que apenas uma conveno. Vamos explicar esta situao por
meio de um exemplo. Observem este balano patrimonial:
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www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 86 ATIVO PASSIVO Caixa
Fornecedores 300 200 Mercadorias PL 200 Capital Social 300 TOTAL
500 TOTAL 500 Ele equivale ao seguinte: ATIVO PASSIVO Caixa 300
Fornecedores 200 Mercadorias 200 Capital Social 300 TOTAL 500 TOTAL
500 Suponhamos que essa entidade tenha sido constituda por dois
scios, que firmaram contrato social criando a pessoa jurdica KLS.
Eles dispuseram de R$ 300 (R$ 150 cada) para dar incio s
atividades. Esse montante inicial pode ser em dinheiro ou em
quaisquer bens suscetveis de avaliao em dinheiro (Lei 6.404/76,
art. 7) e denominado de capital social (nome importantssimo!).
Vamos analisar a situao: o Caixa aumentou (passou de zero para R$
300). A conta Caixa uma conta do Ativo e tem natureza devedora. Se
o saldo da conta Caixa aumentou, vamos debitar a conta, para
representar esse aumento. O PL tambm aumentou. Mas o PL tem
natureza credora. Portanto, vamos creditar a conta Capital Social,
no PL, em contrapartida ao dbito efetuado na conta caixa. O
lanamento desta operao ser feito da forma seguinte: Dbito Caixa
(ativo) 300,00 Crdito Capital Social (patrimnio lquido) 300,00 Fcil
no ? Est feito. este o registro contbil (lanamento).
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www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 86 Agora, j em funcionamento,
esta empresa compra mercadorias a prazo, no valor de R$ 200,00.
Como o lanamento contbil?! Dbito Mercadorias (ativo) 200,00 Crdito
Fornecedores (passivo) 200,00 Veja-se. As mercadorias esto sendo
compradas, passando, com a entrega (tradio) a serem propriedade da
empresa. Debitamos a conta Estoque para registrar o aumento pela
entrada da mercadoria. E creditamos a conta Fornecedores (que uma
conta de Passivo e tem natureza credora) para registrar a dvida da
empresa com os fornecedores. Com o decurso das aulas, estes
lanamentos ficaro automticos, de modo que vocs sabero: As contas do
ativo e as de despesa tm natureza devedora As contas do passivo, do
PL e as de receita tm natureza credora. Se uma conta do ativo
aumenta a dbito, consequentemente, ela diminui a crdito. De igual
modo, se uma conta do patrimnio lquido aumenta por lanamento a
crdito, diminui por lanamento a dbito. Mais um exemplo para fixao.
Como contabilizar a compra de um veculo vista, no valor de R$
30.000,00? Veja que o veculo um bem. Em que grupo devemos
classificar os bens? No ativo! Se for vista est saindo dinheiro do
caixa (outra conta do ativo). Na compra do veculo, est recebendo o
carro (o que aumenta o Ativo) e diminuindo o Caixa, pela sada do
dinheiro, portanto teremos: Dbito Veculos (ativo) 30.000,00 Crdito
Caixa (ativo) 30.000,00 Est feito o lanamento. E se essa compra
fosse 50% vista e 50% a prazo? Bem, neste caso, teramos o mesmo
dbito em veculos, de R$ 30.000,00 e o mesmo crdito de caixa, mas no
montante de R$ 15.000,00. O restante seria computado como obrigao.
E onde lanamos as obrigaes? No passivo exigvel. Ficaria assim:
Dbito Veculos (ativo) 30.000,00 Crdito Caixa (ativo) 15.000,00
Crdito Financiamentos a pagar (passivo) 15.000,00
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www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 86 Vejam que segundo o mtodo
das partidas dobradas o valor dos crditos deve ser sempre igual ao
dos dbitos. E se esse veculo fosse vendido metade vista, metade a
prazo, antes do registro de qualquer depreciao, sem lucro ou
prejuzo. Como lanaramos? Dbito Caixa 15.000,00 Dbito Duplicatas a
receber 15.000,00 Crdito Veculo 30.000,00 Resumindo! Grave: Contas
do ativo Aumentam a dbito e diminuem a crdito. Consta do passivo e
PL Aumentam a crdito e diminuem a dbito. O que voc deve conceber
agora que sempre que houver qualquer aumento ou diminuio de uma ou
mais contas a dbito, ter de existir uma compensao com o aumento ou
diminuio de uma ou contas a crdito. Isso o chamado mtodo das
partidas dobradas. Com base no mtodo das partidas dobradas, algumas
concluses podem ser tomadas: 1) A soma dos dbitos sempre igual soma
dos crditos. 2) Um ou mais dbitos numa ou mais contas deve
corresponder a um ou mais crditos de valor equivalente em uma ou
mais contas. 3) O total do ativo ser sempre igual soma do passivo
exigvel com o patrimnio lquido. Imaginemos agora as seguintes
situaes e faamos os lanamentos contbeis: 1) Constituio da sociedade
KLS mediante R$ 100.000,00 totalmente integralizados em espcie. 2)
Compra de um veculo por R$ 10.000,00 vista. 3) Compra de
mercadorias por R$ 50.000,00 a prazo. 4) Pagamento de metade da
dvida com o fornecedor. 5) Entrada de outro scio com capital social
de R$ 30.000,00, integralizado com um terreno. Vamos l! 1)
Constituio da sociedade KLS mediante R$ 100.000,00 totalmente
integralizados em espcie. Dbito Caixa 100.000,00 Crdito Capital
Social 100.000,00
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www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 86 2) Compra de um veculo por
R$ 10.000,00 vista. Dbito Veculos 10.000,00 Crdito Caixa 10.000,00
3) Compra de mercadorias por R$ 50.000,00 a prazo. Dbito
Mercadorias 50.000,00 Crdito Fornecedores 50.000,00 4) Pagamento de
metade da dvida com o fornecedor. Dbito Fornecedores 25.000,00
Crdito Caixa 25.000,00 5) Entrada de outro scio com capital social
de R$ 30.000,00, integralizado com um terreno. Dbito Terrenos
30.000,00 Crdito Capital Social 30.000,00 ELEMENTOS ESSENCIAIS DE
UM LANAMENTO essencial que conste em um lanamento: Elementos
essenciais do lanamento 1) Local (pode ser suprimido,
considerando-se feito no local do estabelecimento) e data; 2) Conta
debitada; 3) Conta creditada; 4) Histrico; 5) Valor. Por exemplo. O
lanamento de uma compra vista de mercadorias no valor de R$ 100
pode ser descrito da seguinte forma: Vitria/ES, 21 de dezembro de
2010. Dbito Mercadorias Crdito Caixa Conforme nota fiscal de compra
n. 1.000, emitida pela empresa X LTDA R$ 100. questes. Basta
fazer
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www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 86 D Mercadorias C Caixa 100.
Ou Mercadorias a Caixa 100. . Admite-se o uso de cdigos e/ou
abreviaturas, nos histricos dos lanamentos, desde que permanentes e
uniformes, devendo constar o significado dos cdigos e/ou
abreviaturas no Livro Dirio ou em registro especial revestido das
formalidades extrnsecas daquele. FRMULAS DO LANAMENTO Os lanamentos
podem ser de: 1 FRMULA Envolve uma conta a dbito e uma conta a
crdito. Exemplo: compra de mercadoria vista D Mercadorias C Caixa
100. 2 FRMULA Envolve uma conta a dbito e duas ou mais a crdito.
Exemplo: compra de mercadoria, metade vista, metade a prazo. D
Mercadorias 100 C Caixa 50 C Fornecedores 50. Ou assim, Mercadorias
100 a Diversos a Caixa 50 a Fornecedores 50
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www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 86 3 FRMULA Envolve duas ou
mais contas a dbito e uma conta a crdito. Exemplo: Realizao da
prestao de servio, recebida metade vista e metade para 30 dias. D
Caixa 100 D Clientes 100 C Receita de prestao de servios 200
Pessoal, as contas de resultado (receita de prestao de servio,
neste caso), embora seja demonstrada na demonstrao do resultado do
exerccio, so transferidas para o patrimnio lquido. Afinal, a DRE
apura o lucro ou prejuzo do exerccio, e estes, por seu turno, sero
acrescidos aos valores dos scios. 4 FRMULA Envolve duas ou mais
contas a dbito e duas ou mais contas a crdito. Exemplo: compra de
canetas, no valor de R$ 100, sendo metade vista e metade a prazo, a
ser utilizada metade como estoque de material de consumo e metade
como mercadoria para revenda. D Material de consumo 50 D Mercadoria
para revenda 50 C Caixa 50 C Fornecedores 50 Macete Lanamento Dbito
Crdito 1a frmula 1 1 2a frmula 1 2 3a frmula 2 1 4a frmula 2 2 s
ver a seqncia de nmeros e teremos: 11, 12, 21, 22. Em ordem
crescente. Observando: onde est escrito 2, deve ser entendido como
2 ou mais. TIPOS DE FATOS CONTBEIS Dissemos que fatos contbeis so
aqueles que tm por escopo promover alterao no patrimnio (conjunto
de bens, direitos e obrigaes) de uma entidade.
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www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 86 J os atos contbeis so atos
relevantes que no alteram o patrimnio da entidade, tal como a
contratao de empregados, o simples fato de se conceder fiana a um
terceiro ou avalizar um cheque. Os fatos contbeis so divididos hoje
em trs grupos: 1) Modificativos; 2) Permutativos; 3) Mistos. FATO
PERMUTATIVO OU QUALITATIVO Como o prprio nome j diz, os fatos
permutativos alteram o patrimnio somente em aspectos qualitativos.
Seria como, por exemplo, trocar o meu Fusca, avaliado em R$
3.000,00, pela sua Braslia, avaliada pelo mesmo valor. Os fatos
permutativos configuram apenas trocas, permutas, entre bens do
ativo e passivo exigvel, sem que haja alterao no valor total do
patrimnio lquido e contas de resultado. As trocas podem ser entre
elementos do ativo, passivo, de ambos, ou entre elementos da situao
lquida. 1) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO ATIVO Suponha a compra de
mercadoria vista no valor de R$ 500,00. O lanamento, como j visto,
o que se segue: D Mercadorias 500,00 C Caixa 500,00 Vejam que ambas
as contas so do ativo. Tivemos um aumento na conta mercadorias e
uma diminuio na conta caixa. 2) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO PASSIVO
Suponha, por exemplo, que a empresa A tenha uma dvida com B, no
montante de R$ 1.000,00. Porm, B pediu a A que promovesse a quitao
perante C. Se na contabilidade de A tivssemos: Dvida com B 1.000
Com a transferncia da dvida ficaria:
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www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 86 Dvida com B Dvida com C (i)
1.000 1.000 1000 (i) 3) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO ATIVO E PASSIVO
Por exemplo, compra de mercadoria a prazo. Dbito Mercadoria
1.000,00 (+ Ativo) Crdito Fornecedores 1.000,00 (+ Passivo) Quando
promovermos o pagamento desta mercadoria, teremos outro fato
permutativo. Dbito Fornecedores 1.000 (- Passivo) Crdito Caixa
1.000 (- Ativo) 4) PERMUTA ENTRE ELEMENTOS DO PATRIMNIO LQUIDO A
primeira coisa aqui importante que vocs percebam que no se trata
este tipo de fato permutativo de aumento do grupo PL, mas somente
de permuta entre contas deste grupo. Por exemplo, se a sociedade A
tem uma reserva estatutria no valor de R$ 100.000,00 e resolve se
utilizar deste valor para aumentar seu capital social. Isto ser
registrado pelo lanamento: D Reservas estatutrias 100.000,00 C
Capital social 100.000,00 Reservas estatutrias Capital Social (i)
100.000 100.000 (i) 100.000 FATO MODIFICATIVO OU QUANTITATIVO Os
fatos modificativos so aqueles que tm o condo de alterar, para mais
ou para menos, o patrimnio lquido. A doutrina tambm os denomina
como fatos quantitativos. Enquanto os fatos permutativos envolvem
apenas contas patrimoniais, os fatos modificativos envolvem tambm
conta de resultados (receitas e despesas).
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www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 86 Assim, frise-se, o fato
modificativo provoca aumento ou reduo do ativo ou passivo e,
concomitantemente, modificao na situao lquida. Os fatos
modificativos podem ser: 1) MODIFICATIVO AUMENTATIVO aquele que
provoca aumento da situao lquida mediante aumento do ativo ou
diminuio do passivo. Amigos, quando falamos de situao lquida e
apresentamos contas de resultado (apuradas na DRE), lembrem-se de
que o resultado do exerccio (lucro ou prejuzo) integra o capital
prprio. Exemplo 1: Recebimento de receita de juros no valor de R$
700,00, em 31.05.2011, referente ao ms de maio de 2011. Dbito
Bancos conta movimento 700,00 (+ Ativo) Crdito Receita de juros
700,00 (+ Receita) Exemplo 2: O Governo do Estado do Rio de Janeiro
publicou lei que concede remisso do ICMS. A empresa ALFA tem dbito
no valor de R$ 5.000,00 que foram abrangidos. Dbito ICMS a pagar
5.000 (- Passivo) Crdito Receita operacional/tributria 5.000 (+
Receita) Ateno! As diversas bancas consideram que a i