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DOENÇA PERIODONTAL RELACIONADA AO FUMO Autores*: Camargo, C. R. C.; Barcia, M.M.; Rosa, M. A.; Oba R. Y.; Biondi Filho O.; Bertolini P.F.R. Orientador**: Profa. Dra. Patrícia Bertolini e Prof. Ms. Oswaldo Biondi Filho * Estudantes do Curso de Odontologia da Universidade Paulista – UNIP, campus Sorocaba - São Paulo. **Professores do curso de graduação em Odontologia, disciplina de Odontologia– UNIP. INTRODUÇÃO: Nos dias de hoje, o hábito de fumar é um relato frequente no dia a dia da clínica odontológica. Estudos demonstram que a prevalência e a incidência de doenças bucais e sistêmicas podem ser relacionadas a este hábito. A ocorrência de doença periodontal é associada à presença de biofilme bacteriano específico, relacionado à resposta inflamatória e imunológica do paciente. O fumo interfere nesta resposta, sendo assim pacientes fumantes possuem chance de desenvolver doença periodontal cerca de 5 a 6 vezes, sendo considerado um fator de risco para doença periodontal. PROPOSIÇÃO: Este trabalho através de uma revisão de literatura caracteriza como se dá a influência do fumo sobre os tecidos periodontais. UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Odontologia – Campus SOROCABA REVISÃO DE LITERATURA: A nicotina aumenta a suscetibilidade para a doença periodontal, por ocorrer a supressão da proliferação de osteoblastos, estimulando a atividade da fosfatase alcalina. Há limitação da síntese de colágeno, interferindo na secreção de proteína e impedindo a formação óssea, dessa forma há uma cicatrização limitada e os tratamentos periodontais têm seus resultados com eficácia reduzida. Nos fumantes ocorre uma superprodução de moléculas inflamatórias, por esse motivo há destruição do tecido conjuntivo e osso alveolar. CONCLUSÃO: Levando em consideração esses aspectos conclui-se que o fumo é prejudicial à saúde bucal e associado ao sistema imunológico e higiene oral deficiente do paciente ele pode ser um fator agravante para o aumento da prevalência e da progressão da doença periodontal, portanto é de grande importância a intervenção do cirurgião dentista através de orientação e prevenção aos pacientes em relação aos riscos que há no hábito de fumar. REFERÊNCIAS: Lindhe, J.; Lang, NP. Tratado de Periodontia Clínica e Implantodontologia Oral. Guanabara Koogan, 5ª edição. Bernardes, V.S., Ferres, M.O; Lopes Júnior, W. O tabagismo e as doenças periodontais. FOL, Faculdade de Odontologia de Lins, Unimep, 23(1), 37-45, jan.-jun, 2013. http://www.planosdesaudesenior.com.br/blog/o-tabagismo-cigarro-e-as-doencas-periodontais-gengiva/ http://www.odontosites.com.br/odonto/a-influencia-do-fumo-na-doenca-periodontal.html Há um aumento da perda de inserção e retração nas superfícies linguais dos dentes superiores e incisivos inferiores pelo efeito térmico do calor da fumaça. Em pacientes fumantes as chances de perda dentária é duas vezes maior. Quando aspirada a fumaça do tabaco, a nicotina é absorvida pelo organismo, sendo metabolizada em cotinina que leva a vasoconstrição nos vasos sanguíneos, diminuindo a permeabilidade das paredes do mesmo, impedindo a passagem das células de defesa e alterando a função destas. Além disso, diminui a circulação periférica, diminuindo a oxigenação celular levando a um prejuízo na desinflamação e cicatrização do tecido doente. Esses eventos de defesa do paciente fumante, diminuem o sangramento e favorece a colonização por bactérias mais agressivas. Com relação à influência do fumo na ocorrência de periopatógenos (Aa, Porphyromonas gingivalis e Prevotella intermedia) têm-se relatado que fumantes e não fumantes diferem em relação à composição microbiana da placa dental, pois o fumo pode aumentar a proporção de bactérias anaeróbias, devido ao seu potencial oxiredutor na placa bacteriana. Além disso, outros autores relatam que fumantes abrigam níveis significantemente mais altos de Bacteroides forsythus, P. gingivalis e Aa.

DOENÇA PERIODONTAL RELACIONADA AO FUMO

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DOENÇA PERIODONTAL RELACIONADA AO FUMODOENÇA PERIODONTAL RELACIONADA AO FUMO

Autores*: Camargo, C. R. C.; Barcia, M.M.; Rosa, M. A.; Oba R. Y.; Biondi Filho O.; Bertolini P.F.R.Orientador**: Profa. Dra. Patrícia Bertolini e Prof. Ms. Oswaldo Biondi Filho

* Estudantes do Curso de Odontologia da Universidade Paulista – UNIP, campus Sorocaba - São Paulo.**Professores do curso de graduação em Odontologia, disciplina de Odontologia– UNIP. 

INTRODUÇÃO: Nos dias de hoje, o hábito de fumar é um relato frequente no dia a dia da clínica odontológica. Estudos demonstram que a prevalência e a incidência de doenças bucais e sistêmicas podem ser relacionadas a este hábito. A ocorrência de doença periodontal é associada à presença de biofilme bacteriano específico, relacionado à resposta inflamatória e imunológica do paciente. O fumo interfere nesta resposta, sendo assim pacientes fumantes possuem chance de desenvolver doença periodontal cerca de 5 a 6 vezes, sendo considerado um fator de risco para doença periodontal.

PROPOSIÇÃO:Este trabalho através de uma revisão de literatura caracteriza como se dá a influência do fumo sobre os tecidos periodontais.

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIPOdontologia – Campus SOROCABA UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIPOdontologia – Campus SOROCABA

REVISÃO DE LITERATURA:A nicotina aumenta a suscetibilidade para a doença periodontal, por ocorrer a supressão da proliferação de osteoblastos, estimulando a atividade da fosfatase alcalina. Há limitação da síntese de colágeno, interferindo na secreção de proteína e impedindo a formação óssea, dessa forma há uma cicatrização limitada e os tratamentos periodontais têm seus resultados com eficácia reduzida.

Nos fumantes ocorre uma superprodução de moléculas inflamatórias, por esse motivo há destruição do tecido conjuntivo e osso alveolar.

CONCLUSÃO:Levando em consideração esses aspectos conclui-se que o fumo é prejudicial à saúde bucal e associado ao sistema imunológico e higiene oral deficiente do paciente ele pode ser um fator agravante para o aumento da prevalência e da progressão da doença periodontal, portanto é de grande importância a intervenção do cirurgião dentista através de orientação e prevenção aos pacientes em relação aos riscos que há no hábito de fumar.

REFERÊNCIAS:Lindhe, J.; Lang, NP. Tratado de Periodontia Clínica e Implantodontologia Oral. Guanabara Koogan, 5ª edição.Bernardes, V.S., Ferres, M.O; Lopes Júnior, W. O tabagismo e as doenças periodontais. FOL, Faculdade de Odontologia de Lins, Unimep, 23(1), 37-45, jan.-jun, 2013.http://www.planosdesaudesenior.com.br/blog/o-tabagismo-cigarro-e-as-doencas-periodontais-gengiva/http://www.odontosites.com.br/odonto/a-influencia-do-fumo-na-doenca-periodontal.html

Há um aumento da perda de inserção e retração nas superfícies linguais dos dentes superiores e incisivos inferiores pelo efeito térmico do calor da fumaça.

Em pacientes fumantes as chances de perda dentária é duas vezes maior.

Quando aspirada a fumaça do tabaco, a nicotina é absorvida pelo organismo, sendo metabolizada em cotinina que leva a vasoconstrição nos vasos sanguíneos, diminuindo a permeabilidade das paredes do mesmo, impedindo a passagem das células de defesa e alterando a função destas. Além disso, diminui a circulação periférica, diminuindo a oxigenação celular levando a um prejuízo na desinflamação e cicatrização do tecido doente. Esses eventos de defesa do paciente fumante, diminuem o sangramento e favorece a colonização por bactérias mais agressivas.

Com relação à influência do fumo na ocorrência de periopatógenos (Aa, Porphyromonas gingivalis e Prevotella intermedia) têm-se relatado que fumantes e não fumantes diferem em relação à composição microbiana da placa dental, pois o fumo pode aumentar a proporção de bactérias anaeróbias, devido ao seu potencial oxiredutor na placa bacteriana. Além disso, outros autores relatam que fumantes abrigam níveis significantemente mais altos de Bacteroides forsythus, P. gingivalis e Aa.