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Morfina Mestrado em Psicologia Clínica e Aconselhamento Telma Paz, 20120727 Teorias Biológicas e Psicofarmacologia

Morfina

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Morfina

Mestrado em Psicologia

Clínica e Aconselhamento

Telma Paz, 20120727

Teorias Biológicas

e Psicofarmacologia

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História

A origem da morfina é da planta Papaver somniferum mais comummente conhecida

por papoila do oriente que pertence à família das papaveráceas.

(Freier, & Fuchs, 1994)

Foi isolada pela primeira vez em 1804 pelo farmacêutico alemão Friedrich

Serturner, que lhe deu o nome em honra do deus grego do sono, Morfeu.

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História

As propriedades hipnóticas destas

substâncias são conhecidas desde

Hipócrates (460-377 a.C.), que usava

tais substâncias para os seus

tratamentos medicinais.

(Freier, & Fuchs, 1994)

Existe ainda referência à utilização

destas, por parte de Theophrastus (sec.

III a.C.) e aqui já como tratamento da

dor. É a primeira referência conhecida

onde esta substancia é utilizada no

combate à dor.

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História

A utilização com maior banalização, foi já no seculo I d.C

através de um médico romano chamado Galeno.

Foi daqui que se conheceu as suas propriedades analgésicas

(Freier, & Fuchs, 1994)

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Em 1677 fez parte da

farmacopeia de Londres, aqui

já denominada de morfina.

Chegou à Europa Ocidental como método

utilizado por médicos em 1500, através de

Paracelso. E mais tarde Thomas Sydenham

iniciou a utilização do ópio num preparativo

líquido, intitulado de Laudanum.

Utilização terapêutica

(Duarte, 2005).

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Em 1857 surgiu a agulha

hipodérmica, e foi possível o uso da

morfina de forma generalizada para

o tratamento da dor.

Cerca de 45 mil soldados

Manifestavam síndrome de dependência

Durante a Guerra Civil Americana

Utilização da Morfina

Tal, facilitou o consumo indevido…

(Duarte, 2005).

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Morfina

A utilização começou a ser feita não só para efeitos médicos, o que obrigou a uma

análise sobre as consequências desta utilização.

Os resultados foram assustadores em 1860, porque foi possível

concluir que existia uma taxa de mortalidade muito elevada, e

que cerca de 30% das mortes, estavam relacionadas com a

sobredosagem da morfina.

(Freier, et al 1994)

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Os receptores opióides são importantes na

regulação normal da sensação da dor. A

sua modulação é feita pelos opióides

endógenos (fisiológicos), como as

endorfinas e as encefalinas, que são

neurotransmissores.

Morfina

Os opióides são agonistas dos receptores opióides.

Estes existem em neurónios de algumas zonas do

cérebro, medula espinal e nos sistemas neuronais

do intestino.

(Sakel, 2009).

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Morfina

Existem três tipos de receptores opióides: µ, δ e k.

Os receptores µ são os mais significativos na acção analgésica, mas os δ e k partilham algumas funções.

Cada tipo de receptores é ligeiramente diferente do outro, e

apesar de alguns opióides activarem todos de forma

indiscriminada, alguns já foram desenvolvidos que activam

apenas um subtipo.

(Zöllner, & Stein, 2001)

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Os opióides endógenos são péptidos (pequenas proteínas). Os fármacos

opióides usados em terapia apesar de não serem proteínas têm conformações

semelhantes em solução às dos opióides endógenos, activando os receptores

em substituição destes.

Morfina

(Zöllner, & Stein, 2001)

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O sulco leitoso é dissecado e

pulverizado para obter um pó, sendo

que 25% do seu peso são alcalóides,

dos quais apenas alguns (morfina,

codeína, papaverina) têm utilidade

clínica.

O ópio é obtido das cápsulas das sementes imaturas de

papoilas da espécie Papaver somniferum.

Morfina

(Rang, Dale, Ritter, & Moore, 2003)

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Morfina

Os opióides são os fármacos mais poderosos para combater a dor. No entanto, o seu perfil

farmacológico nunca satisfez as exigências dos médicos e doentes, pelo que houve necessidade de

procurar alternativas, quer naturais, quer de síntese.

A morfina age diretamente sobre o SNC e órgãos com musculatura lisa.

(Garret, et al,. 1994).

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Tem como função a “analgesia, sonolência, euforia, redução de temperatura corporal,

interferência com a resposta adrenocortical ao stress (em altas doses), redução da

resistência periférica com pequeno ou nenhum efeito sobre o coração e miose” .

(Levandovski, 2007)

A síntese laboratorial ainda se revela bastante dispendiosa e complexa

porque a extracção deste fármaco continua a ser do ópio ou da própria

papoila.

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Morfina

A utilização desde opióde como terapêutico, serve para quadros clínicos diferentes.

(Kahan, et al,. 2003).

No caso de tratamento da dor crónica, este é apontado como primeira opção no

tratamento (pós-operatorio; cancro; etc). No tratamento da dor neuropática

também é seleccionado, aqui habitualmente as doses são mais elevadas. Ainda

como anestésico geral, dor em casos de fibromialgia e parto.

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Morfina

A administração desta substancia pode ser via oral, intravenosa, intramuscular e

subcutânea.

(Prontuário, 2011)

Como exemplo desta medicação temos o Oramorph, Sevredol e o Grumorph .

Os efeitos adversos, são ao nível das tonturas, náuseas ou mesmo vómitos, palpitação, hipotensão,

ainda com alguns registos de confusão mental, anorexia, inquietação, alterações de visão,

depressão respiratória., espasmos do trato urinário, alucinações, rigidez muscular.

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A abstinência gera tremores,

depressão respiratória, náuseas,

agitação ou mesmo alucinações.

Morfina

Ainda como efeito colateral, regista-se a dependência

física que desencadeia sintomas de abstinência. A

sobredosagem pode levar ao coma ou mesmo à morte.

Quando há dependência física, culmina também numa

dependência psíquica com efeitos de um compulsivo

desejo em consumir morfina

(Oliveira, et al., 2007).

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Morfina

(Poles & Boccia, 2000)

Num estudo realizado pela Universidade da Califórnia,

com cerca de 9.600 médicos, cerca de 20% admitiu ter

consumido morfina com fins não terapêuticos.

A ocorrência é impressionante, duas vezes superior à média de

consumo de drogas da população em geral.

Vários autores indicam que esta droga é a que mais têm incidência

na comunidade médica, devido a estes terem fácil acesso a ela.

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A diacetilmorfina, uma

substância três vezes mais

potente que a morfina.

Devido a essa potência,

considerada "heróica", a Bayer

decidiu baptizar oficialmente a

nova substância com o nome de

heroína.

Morfina vs. Heroína

A heroína é descendente directa da morfina, e ambas são

tão relacionadas, que a heroína ao penetrar na corrente

sanguínea e ser processada pelo fígado, é transformada

em morfina.

(Oliveira, et al., 2007).

Em 1898, nos laboratórios da Bayer, na Alemanha, surgiu o que

se acreditou na época ser o substituto ideal:

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Morfina vs. Heroína

(Poles & Boccia, 2000)

A heroína foi aplicada em viciados em morfina, e os cientistas comprovaram

que a droga aliviava os sintomas de abstinência dos morfinômanos.

Mais tarde, ficou demostrado que a heroína é ainda mais viciante do que a

morfina, podendo criar dependência em apenas algumas semanas de uso.

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Morfina vs. Heroína

Como o efeito é relativamente breve (+ ou - 60 minutos), o usuário é impelido a consumir de novo.

Vai sentindo a necessidade de quantidades cada vez maiores de

heroína, não para sentir prazer, mas simplesmente para evitar os

terríveis sintomas da abstinência.

O viciado em heroína torna-se apático e obcecado pela droga, perdendo todo interesse pelo mundo que o cerca. Ficar

sem a droga significa um verdadeiro sofrimento, passa a sentir muitas dores , febres, delírios, suores frios, náusea,

diarreia, tremores, depressão, perda de apetite, fraqueza, crises de choro, vertigens, etc. (Sakel, 2009).

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Conclusão

É importante referir a importância da morfina, porque permite a muitas pessoas alguma qualidade

de vida por diminuir ou mesmo eliminar dores que muitas vezes fazem as pessoas desesperar.

Grande consumo, por parte de pessoas com cancro e em cuidados paliativos.

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Conclusão

Alguns avanços tem sido alcançados, para um melhor uso deste medicamento. Também se fazem

esforços, no sentido de alertar a população para o efeitos aditivos, procurando combater o papel

recreativo desta substancia.

Trata-se de um medicamento muito importante se não o mais efectivo no que diz respeito ao combate à dor.

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Obrigada

pela vossa

atenção!