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Pragas quarentenárias ausentes de relevância para fruticultura tropical Regina Sugayama Agropec Consultoria (Centro Colaborador do MAPA para Análise de Risco de Pragas) Workshop Ameaças Fitossanitárias Fortaleza, Setembro/2014

Pragas quarentenárias ausentes de relevância para fruticultura tropical

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Pragas quarentenárias ausentes de relevância para fruticultura tropical

Regina Sugayama

Agropec Consultoria (Centro Colaborador do MAPA para Análise de Risco de Pragas)

Workshop Ameaças FitossanitáriasFortaleza, Setembro/2014

Lobesia botrana

Videira

Lepidoptera: Tortricidae

Conteúdo

Estágios da invasão biológica

Análise de risco de pragas

Histórico de introdução de pragas no Brasil

• Geral

• Frutas

Metodologia

Resultados

Alguns exemplos

Considerações finais

TransporteAtivo/ passivo

Não sobrevive

Entrada

Não estabelece

Estabelecimento5-20% (EUA)

Permanece localizada

Dispersão

Impacto baixo

Impacto alto

Invasão biológica: Entrada > Estabelecimento > Dispersão > Naturalização

Período de latência

Entrada DetecçãoCaracterísticas intrínsecasCondições ambientaisCapacidade de diagnóstico

Análise de Risco de Pragas

Identifi-cação de perigos

Fase 1

Avaliação de Risco

Fase 2

Mitigação de Risco (MAPA)

Fase 3

Pelo menos 108 espécies entraram no Brasil desde 1890

O ano de detecção não é,

necessariamente, o ano em que a praga

entrou no Brasil.

Ou melhor, 109: Anthonomus tomentosus

Categorias de Pragas Exóticas Detectadas no Brasil – 1890 a 2014

4

10

19

9

8

21

Origem Biogeográfica das Pragas Exóticas Detectadas no Brasil

A origem biogeográfica não é, necessariamente, o

local a partir de onde a praga entrou no

Brasil

2

1

4

1

1

15

2

2

1

3

21

2

12

4

5

20

Primeira detecção no Brasil, por Unidade da Federação

O local de primeira detecção não é,

necessariamente, a UF onde a invasão

começou.

65% das espécies que entraram foram auxiliadas pelas atividades humanas

Introdução de pragas de fruteiras: FUNGOS

Colletotrichum acutatum, 1990

Colletotrichum brevisporum, 2008

Colletotrichum karstii, 2010

Elsinoe australis, 1930

Guignardia citricarpa, 1980

Mycosphaerella fijiensis, 1998

Neonectria galligena, 2002

Taphrina deformans, ?

Introdução de pragas de fruteiras: PROCARIONTES

Candidatus Liberibacter, 2004

Erwinia ananas

Phytomonas staheli, 1981

Xanthomonas axonopodis pv. Citri, 1957

Xanthomonas campestris pv. Passiflorae, 1968

Xanthomonas campestris pv. Viticola, 1999

Xanthomonas fragariae, 1970s

Xylella fastidiosa, 1987

Introdução de pragas de fruteiras: VÍRUS E VIROIDES

Citrus cachexia viroid, 1938

Citrus exocortis viroid, 1947

Citrus leprosis virus, 1933

Citrus psorosis virus, Antes de 1955

Grapevine leafroll virus, 1970s

Vírus da tristeza do citros, 1937

Zucchini yellow mosaic virus, 1990s

Introdução de pragas de fruteiras: ÁCAROS

Aceria litchii, 2010

Oligonychus annonicus, 2006

Panonychus ulmi, 1976

Raoiella indica, 2009

Schizotetranychus hindustanicus, 2010

Introdução de pragas de fruteiras: COLEÓPTEROS

Anthonomus tomentosus, 2014

Introdução de pragas de fruteiras: DÍPTEROS

Bactrocera carambolae, 1996

Ceratitis capitata, 1901

Drosophila suzukii, 2013

Erosomyia mangiferae, 1968

Zaprionus indianus, 1999

Introdução de pragas de fruteiras: HEMÍPTEROS

Aleurocanthus woglumi, 2001

Aonidiella aurantii

Aspidiotus destructor

Bemisia tabaci biotipo B, 1990

Diaphorina citri, 1940

Greenidea ficicola, 2003

Greenidea psidii, 2006

Maconellicoccus hirsutus, 2012

Parabemisia myricae, 2006

Selenaspidus articulatus, 1988

Introdução de pragas de fruteiras: LEPIDÓPTEROS

Cydia pomonella, 1991-2014

Grapholita molesta, 1929

Helicoverpa armigera, 2013

Mocis repanda

Phyllocnistis citrella, 1996

Introdução de pragas de fruteiras: TRIPS

Elixothrips brevisetis, 2010

Selenothrips rubrocinctus, 2004

Thrips palmi, 1993

Impactos potenciais da introdução de uma nova praga

Custos para fiscalização de trânsito e certificação fitossanitária

Custo de controle

Perdas diretas

Aumento no custo de produção

Perdas de mercados externos

Aumento no risco ocupacional

Pragas quarentenárias de relevância para fruticultura tropical

Espécies que atacam frutas tropicais

BDs

Bibliografia INs

Culturas consideradas

79

39 39 38

26 25 24 2418

14

Uva Melão Banana Mamão Goiaba Manga Coco Abacaxi Melancia Caju

Espécie de fruta x Número de espécies de pragas quarentenárias (total = 166)

Especificidade Praga x Hospedeiro

89

35

1912

4 3 1 2

1 2 3 4 5 6 7 8

me

ro d

e e

spé

cies

de

pra

gas

Número de plantas hospedeiras (entre as 10 consideradas)

Anastrepha suspensa

Altamente polífagaCaribe

Eudocima fullonia (Lepidoptera: Noctuidae)

Detalhes: http://www.aphis.usda.gov/plant_health/plant_pest_info/pest_detection/downloads/pra/efulloniapra.pdf

Eudocima fullonia (Lepidoptera: Noctuidae)

Fruit sucking mothÁsia, África, Oceania

Actinidia chinensis, Anacardium occidentale, Ananas comosus, Annona muricata, Annona squamosa, Artocarpus altilis, Artocarpus heterophyllus, Averrhoacarambola, Capsicum annuum, Carica papaya, Casimiroa edulis, Chrysophyllumcainito, Citrus, Citrus limon, Citrus maxima, Citrus reticulata, Citrus sinensis, Citrus x paradisi, Cocculus hirsutus, Coffea arabica, Cucumis melo, Dimocarpus longan, Diospyros kaki, Eichhornia, Erythrina subumbrans, Erythrina variegata, Eugenia dombeyi, Ficus carica, Litchi chinensis, Malus sylvestris, Mangifera indica, Muntingiacalabura, Musa, Nephelium lappaceum, Opuntia, Pachygone ovata, Passiflora edulis, Passiflora quadrangularis, Pometia pinnata, Prunus americana, Prunusdomestica, Prunus persica, Prunus salicina, Psidium cattleianum, Psidium guajava, Punica granatum, Salvinia molesta, Sandoricum koetjape, Solanum lycopersicum, Solanum melongena, Syzygium malaccense, Tinospora cordifolia, Tinosporasinensis, Vitis vinifera

Aleurocanthus spp. (exceto A. woglumi)

Ex.: Aleurocanthus spiniferusÁsia, África, EUA (Havaí)

Citrus spp., Vitis vinifera, Psidium guajava, Pyrus communis, Diospyros caki, Rosa spp.

https://www.eppo.int/QUARANTINE/insects/Aleurocanthus_spiniferus/ALECSN_ds.pdf

Ceratitis spp. (exceto C. capitata)

Ceratitis catoiriiÁfrica

Ceratitis rosaÁfrica, EUA (interceptações apenas)

Altamente polífagaForte competidora de C. capitata

Bactrocera spp. (exceto B. carambolae)

Ex.: Bactrocera invadensÁsia, África (em processo de expansão)

46 espécies em 23 famílias botânicasCompetidora de C. capitata

Icerya seychellarum

Altamente polífagaÁsia e África

Ceroplastes rubens

Altamente polífaga(centenas de espécies em pelo menos 80 famílias)

América, Oceania, África, Ásia

Thaumatotibia (= Cryptophlebia) leucotreta

> 70 plantas hospedeiras

Praga importante de citrus, algodão e frutas de caroço

África

Spodoptera littoralis

Extremamente polífaga

África, Europa, Ásia

128

158

188

218

2020 2030 2040

Estimativa

Suspensão de produtos

Lentidão no registro de

novos produtos

Leque reduzidode ferramentas

para MIP e manejode resistência

SUSTENTABILIDADE?

Maior trânsito de pessoas

e mercadorias

Introdução de pragasagrícola

Novas fronteirasagrícolas

Disseminaçãofacilitada

Considerações Finais

• Análise de Benefício: Custo como ferramenta para tomada de decisão

• Estabelecimento de planos de contingência

• Aumento da capacidade de diagnóstico

• Formação de pessoas

• Educação sanitária

Considerações finais

É esta a conta que vocês vão deixar para eu pagar?

Obrigada.

Regina Sugayama

[email protected]

• Agropec Pesquisa, Extensão e Consultoria www.defesaagropecuaria.com

• Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária www.defesaagropecuaria.net

• Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal www.mpdefesa.ufv.br

• Portal DefesaVegetal.Net www.defesavegetal.net

• Biofábrica Moscamed Brasil www.moscamed.org.br