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Discente: José Leandro Silva de Araújo. E-mail: [email protected] Fone: (091) 98036-3885 Universidade Federal Rural da Amazônia Campus Capitão Poço

USO DE FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO LENTA NA FORMAÇÃO DE POMARES DE CITROS

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  1. 1. Discente: Jos Leandro Silva de Arajo. E-mail: [email protected] Fone: (091) 98036-3885 Universidade Federal Rural da Amaznia Campus Capito Poo
  2. 2. EMPREGO DE FERTILIZANTES DE LIBERAO LENTA NA FORMAO DE POMARES DE CITROS
  3. 3. 1 Slide INTRODUO Maiores produtores mundiais em participao no mercado: Fonte: elaborado pelo PENSA, a partir de dados da USDA Em 2005, Brasil e EUA, presentaram 89% da produo mundial.
  4. 4. Maiores exportadores de suco de laranja mundiais em participao no mercado, em 2005: Fonte: elaborado pelo PENSA, a partir de dados da USDA 2SLIDE
  5. 5. 3SLIDE
  6. 6. Regies produtoras de citros no Brasil SE 4,0% BA 4,2% MG 3,0% SP 80,5% PR 2,1% RS 4,2% FIGURA-1: Porcentagem em relao rea total cultivada com citros no Brasil 4SLIDE
  7. 7. Citricultura em Capito Poo 5SLIDE Segundo estimativas da Empresa de Assistncia Tcnica e Extenso Rural do Estado do Par (Emater), o municpio de Capito Poo, no nordeste do estado, deve produzir em 2014. 180mil toneladas
  8. 8. Citricultura em Capito Poo 6SLIDE No municpio, cerca de mil agricultores se dedicam cultura, sendo que a maioria da produo se concentra na mo da agricultura familiar. Capito Poo e maior produtor do fruto no norte do Brasil Par, Maranho, Piau Amazonas e Amap, que consomem o fruto, da variedade pera, in natura, alm de So Paulo, onde a laranja paraense abastece as indstrias de suco. Segundo dados da Emater, por cada hectare de laranja plantada em Capito Poo, so colhidas cerca de 18 toneladas de fruto, um nmero considerado ainda baixo.
  9. 9. Citricultura em Capito Poo 7SLIDE Gera 50 milhes de reais e 30 mil empregos diretos e indiretos temporariamente. Quase 60% da populao do municpio Segundo o instituto brasileiro de geografia e estatstica (ibge), a populao de 52 mil habitantes.
  10. 10. Citricultura em Capito Poo 8SLIDE Capito Poo 49 kg/ planta. So Paulo 64,05 Kg/planta Capito Poo 18 t por ha. So Paulo 23,5 t por ha. Capito Poo 441,17 caixa de 40,8 kg por ha. So Paulo 578 caixa de 40,8 kg por ha. Capito Poo 1,57 caixa de 40,8 kg por planta. So Paulo 1,2 caixa de 40,8 Kg por planta. Safra 2013/2014 Paulista 50 t/ha, a produtividade ideal para uma planta ctrica ou para um pomar.
  11. 11. INTRODUO 9SLIDE A muda um dos insumos mais importantes para a formao de um pomar de citros, tendo-se em vista o carter perene da cultura. Figura-2: Pomar de laranja Per, Foto: Leandro Araujo, Saldanha e Eunice 2014
  12. 12. INTRODUO 10SLIDE A importncia da muda est no fato de que o potencial mximo de produtividade e de qualidade das frutas. Figura-3: Fruto de laranja Per, Foto: Leandro Araujo, 2014 Ser revelado 6 a 8 anos aps o plantio, e a longevidade do pomar s ser conhecida em um intervalo de tempo ainda maior -> (renovao do pomar)
  13. 13. INTRODUO 11SLIDE Os cuidados durante a formao do pomar nos trs primeiros anos aps o plantio so DECISIVOS ao sucesso do empreendimento. Sendo a fertilizao, indiscutivelmente, uma das principais prticas durante esse perodo. Representa aproximadamente 20% de todas as despesas em produo. Sendo 80% dos custos referentes adubao nitrogenada.
  14. 14. Mesmo em perodos de dificuldades financeiras, quando a lucratividade do citricultor estreita, a adubao nitrogenada indispensvel sobrevivncia da atividade INTRODUO 12SLIDE
  15. 15. Os programas de adubao nitrogenada durante a formao dos pomares quase sempre se baseiam em fertilizantes solveis. Sob condies de clima subtropical a tropical e solos mais arenosos, recomenda-se a aplicao parcelada desses fertilizantes, a fim de reduzir perdas de nitrognio. INTRODUO SLIDE
  16. 16. INTRODUO 14SLIDE Aumento dos custos de produo em vista da necessidade de constantes aplicaes Problema:
  17. 17. Adubao nitrogenada, hoje fundamentada em fertilizantes como: Nitrato de amnio, Uria agrcola Sulfato de amnio. A eficincia da adubao nitrogenada, conforme a fonte do fertilizante e as condies da aplicao, pode ser da ordem de 44% OU menos. INTRODUO 15SLIDE
  18. 18. Essa baixa eficincia ora advm das perdas de nitrognio no ambiente via lixiviao ou volatilizao. Pela inadequao entre perodo de fertilizao e perodo de demanda nutricional pela planta ctrica (macha de absoro). INTRODUO 16SLIDE
  19. 19. Fertilizante de liberao lenta 17SLIDE Uma tcnica alternativa de fertilizao consiste no emprego de adubos encapsulados de liberao gradual. Recobrimento dos fertilizantes tradicionais por substncias orgnicas, inorgnicas ou resinas sintticas, tais fertilizantes liberam nutrientes de forma gradual. Tais substncias so, em sua maioria, derivadas de uria, como poliamidas, enxofre elementar ou ainda, polmeros das mais diversas naturezas.
  20. 20. Figura-3:Grnulos de ureia recobertos com enxofre A aplicao de fertilizantes revestidos, particularmente envoltos por enxofre, pode aumentar a acidez localizada do solo. No entanto, a acidificao pode favorecer a absoro de fsforo e ferro. Fertilizante de liberao lenta 18SLIDE
  21. 21. Fertilizante de liberao lenta 19SLIDE
  22. 22. Fertilizante de liberao lenta 20SLIDE O processo de encapsulao influi diretamente no mecanismo e intensidade do processo de liberao. No caso dos fertilizantes recobertos por resinas e polmeros, h liberao eficiente de nutrientes quando da disponibilidade de gua e temperatura ideal do solo por volta de 21C. Uma vez que a temperatura promove expanso da camada de resina, provocando aumento de sua permeabilidade gua.
  23. 23. Esse processo ocorre independentemente da permeabilidade, pH ou atividade microbiolgica do solo. Fertilizante de liberao lenta 21SLIDE Podendo variar de poucos meses at quase 20 meses para liberao total, sendo a longevidade especfica de cada formulao do fertilizante.
  24. 24. As principais vantagens dos fertilizantes de liberao lenta, so: Fornecimento regular e contnuo de nutrientes para as plantas. Menor frequncia de aplicaes em solos. Reduo de perdas de nutriente devida lixiviao, imobilizao e volatilizao. Eliminao de danos causados a razes pela alta concentrao de sais; Maior praticidade no manuseio dos fertilizantes; Contribuio reduo da poluio ambiental pelo NO3-, Atribuindo valor ecolgico atividade agrcola (menor contaminao de guas subterrneas e superficiais). Reduo nos custos de produo. Fertilizante de liberao lenta 22SLIDE
  25. 25. Um dos mais empregados e estudados fertilizantes de liberao lenta a uria recoberta por enxofre ou sulfurcoated urea (SCU). Fertilizante de liberao lenta 23SLIDE Esse fertilizante constitui-se de uria recoberta por enxofre elementar, contendo em torno de 31 a 38% de N. Outro tero da quantidade restante do fertilizante ao longo do tempo. Muitas vezes no chegando a 70% de liberao total aps 180 dias (6 meses) de aplicao
  26. 26. Emprego de fertilizantes de liberao lenta durante o perodo de formao de pomares de citros 24SLIDE O enfoque principal a comparao entre a eficincia de fertilizantes solveis e os de liberao lenta, em promover o crescimento vegetativo das plantas. JACKSON & DAVIES (1984) estudaram o crescimento de tangelo Orlando sobre Poncirus trifoliata (L.) Raf. em funo da aplicao de N em trs tratamentos: fertilizante solvel em quatro aplicaes anuais uria recoberta por enxofre aplicada uma vez uria recoberta por enxofre aplicada duas vezes no ano. Aps dois anos, os tratamentos final das plantas foram equivalente.
  27. 27. ZEKRI & KOO (1991) desenvolveram estudo por trs anos com laranja Valncia (C. sinensis) sobre citrange Carrizo (P. trifoliata x C. sinensis). Emprego de fertilizantes de liberao lenta durante o perodo de formao de pomares de citros 25SLIDE Observaram-se os efeitos de trs fontes de N e K do tipo liberao lenta (N recoberto por poliamida, N recoberto por enxofre elementar e K recoberto por enxofre elementar) aplicadas duas vezes ao ano. fontes solveis (NH4NO3 e KCl) aplicados seis vezes no primeiro ano, cinco no segundo e quatro no terceiro, todos com a mesma dosagem. Ao final do experimento, no se encontraram diferenas entre os tratamentos quanto ao crescimento do dimetro do porta-enxerto e do enxerto.
  28. 28. Fertilizantes de liberao lenta podem influenciar os teores de nutrientes nas folhas dos citros Verificaram maior teor foliar de N em plantas ctricas fertilizadas com uria recoberta com enxofre e outros fertilizantes de liberao lenta aplicados no solo Emprego de fertilizantes de liberao lenta durante o perodo de formao de pomares de citros 26SLIDE
  29. 29. Na Flrida, observou que perdas com lixiviao excederam 50% da dose de N aplicado em solos via fertilizantes solveis (NH4NO3 e Ca(NO3)2). Emprego de fertilizantes de liberao lenta durante o perodo de formao de pomares de citros 27SLIDE Enquanto as mesmas perdas, relativas a doses de N aplicadas como fertilizante de liberao lenta (SCU, ResinCoated e Osmocote) no excederam 5% do total Os solos da Flrida so, em geral, muito arenosos, sendo as perdas por lixiviao de nitrognio na forma de nitrato um srio problema agronmico, alm de fator de contaminao de lenis freticos.
  30. 30. Concluso 28SLIDE Em geral, nos trabalhos relatados, no ocorreu crescimento insatisfatrio de plantas ctricas pelo uso de fertilizantes de liberao lenta aplicados ao solo durante perodo de formao do pomar, comparando-se ao emprego de fontes solveis tradicionais tambm aplicadas em cobertura. O equilibrado acordo entre todos os estudos indica que fertilizantes de liberao lenta teriam o potencial de reduzir significativamente a freqncia de aplicao, comparando-os a fertilizantes solveis, especialmente os nitrogenados, sem prejuzo ao desenvolvimento vegetativo das plantas ctricas.
  31. 31. Contudo, todos os trabalhos revisados foram desenvolvidos em outros pases, sob condies edafoclimticas e econmicas diferentes das do Brasil. O que torna necessria a conduo de experimentos envolvendo fertilizantes de liberao lenta em nossas condies, de modo a estabelecer relaes custo-benefcio, bem como quantificar a contaminao ambiental e a eficincia agronmica da adubao, validando, dessa forma, o emprego desse tipo de fertilizante na formao de nossos pomares de citros. Concluso 29SLIDE
  32. 32. FRASE O fracasso somente a oportunidade de comear de novo, agora de forma mais inteligente. (Henry Ford)