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Manual para Emergêcias em APH

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Primeiros socorros Básico - BLS

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS EM ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIAS

EMERGÊNCIAS CLÍNICAS

DESMAIOS

É a perda momentânea da consciência. Pode

ocorrer, por exemplo, por falta de alimentação,

após uma doação de sangue, ou quando se

presencia alguém sangrando ou sofrendo.

Manifestas-se com palidez, transpiração

abundante, perturbação visual e pulso fraco.

Como proceder?

• Remova a vítima para um ambiente arejado.

• Desaperte-lhe as roupas, deixando-a confortável.

• Coloque a vítima deitada de costas, com as

pernas elevadas e a cabeça baixa.

• Se o desmaio durar mais de dois minutos,

procure auxílio médico.

• Mantenha sempre as vias aéreas livres.

• Não ofereça nada para cheirar, beber ou comer.

Caso a vítima volte a si, após alguns minutos, tente

colocá-la sentada e depois, devagar, ajude-a a ficar

em pé, sempre amparando-a até ter certeza de

que voltou ao normal.

Convulsão ou Epilepsia

As convulsões são contrações incontroláveis dos

músculos. Elas duram poucos minutos, são

contrações fortes, com movimentos desordenados

e em geral, acompanhados de perda de

consciência.

É comum a recuperação dos sentidos, não

apresentando maiores problemas, até cinco

minutos. Se persistir por tempo maior, deve-se

pedir ajuda médica.

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Geralmente, durante a convulsão, além da

contratura desordenada da musculatura, há

salivação abundante, ás vezes, eliminação de fezes

e urina. A queda da vítima é quase sempre

desamparada, podendo ocorrer ferimentos.

Como proceder?

• Proteja a cabeça da vítima.

• Afrouxe as roupas. Deixe-a debater-se

livremente.

• Evite a mordedura da língua, colocando um lenço

dobrado entre as arcadas dentárias. Nunca

coloque algum objeto entre os dentes da vítima.

Ela pode quebrá-los. Cuidado para não ter seus

dedos mordidos com violência.

• Uma vez sem a convulsão, mantenha a vítima em

repouso.

• Após a convulsão, é comum a sonolência. Deixe-a

dormir.

• Oriente a vítima a procurar um médico.

Evite comentários sobre atendimento à vítima

de convulsão durante e após o socorro.

Antes do ataque, a pessoa pode saber que vai

ocorrer. É conhecido como "aura". Ela refere sentir

cheiro ou gosto estranho, algumas vezes pode ter

alucinações visuais ou sonoras. A vítima, muitas

vezes, anuncia que a crise está para ocorrer.

Em crianças de até quatro anos a convulsão é

provocada, geralmente, pela febre alta. Para baixar

a febre, dê um banho morno de imersão de mais

ou menos 15 minutos. Mantenha a criança sem

roupa e passe uma esponja ou um pano com água

morna pelo corpo dela inúmeras vezes. A

evaporação faz baixar a febre. Nem por isso, deixe

de procurar auxílio médico.

Estado de Choque

O choque que aqui trataremos não é o choque

elétrico. O tipo mais comum é o choque em

decorrência de grande perda de sangue. A pessoa,

após um acidente grave, apresenta um

sangramento externo (visível) ou interno (invisível)

e, em decorrência disso, entra em

estado de choque.

O reconhecimento da vítima se faz por palidez,

transpiração intensa, pulso acelerado ou fraco,

fraqueza e respiração rápida.

Como proceder?

• Deite a vítima no chão e mantenha-a coberta

com cobertor ou qualquer outra roupa para

protegê-la do frio.

• Chame logo por socorro médico.

• Ao transportá-la, deixe-a deitada no plano, no

assento traseiro do carro, com as pernas mais

elevadas possível.

• Não dê água ou alimento.

ANOTAÇÕES:

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Urgências do Diabético

O açúcar do nosso sangue é mantido dentro de

uma faixa normal por um hormônio que vem do

pâncreas, que é a insulina. O açúcar é a nossa fonte

de energia. O diabético tem um pâncreas que não

possui insulina em quantidade suficiente, e o

açúcar se eleva na corrente sangüínea. No

diabético, pela falta de insulina, há uma

incapacidade de transformar o açúcar em energia.

A glicose em níveis elevados no sangue pode levar

à perda de consciência, que é o coma diabético. É

caso de tratamento apenas hospitalar.

As urgências mais comuns nos diabéticos ocorrem

principalmente quando há baixo nível de glicose no

sangue. Eles precisam usar insulina todos os dias e,

muitas vezes a injeção diária, há queda além do

nível desejado.

ANOTAÇÕES:

Como reconhecer a queda de glicose no

diabético?

• Alteração da respiração, que se torna mais

rápida, com sensação de cansaço.

• Pulso rápido. Há aceleração do coração.

• Sensação de fraqueza.

• Mudança na aparência, com tremor fino e

ansiedade.

• Alteração do nível de consciência.

Como proceder?

• Dê imediatamente algo doce para ingerir. Um

copo de água com duas colheres (de sopa) de

açúcar, uma barra de chocolate ou balas são

técnicas domésticas mais comuns.

• Não se preocupe com a quantidade de açúcar

que está oferecendo. A falta de glicose no sangue à

perda da consciência, pois o açúcar é fundamental

para o metabolismo do cérebro.

• Não deixe de procurar uma ajuda médica em

seguida.

As quedas de glicose em pacientes diabéticos

podem acontecer por dosagem ainda não ajustada

da insulina, como também em pacientes com

doses já definidas que, em condições de mudança

do hábito alimentar, doenças infecciosas, diarréia

ou vômito, voltam a descompensar. Nesses casos,

só o médico pode rever a dosagem e tratar a

patologia concomitante.

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Infarto Agudo do Miocárdio

O infarto é uma lesão no músculo do coração

causada pela obstrução de uma artéria coronária.

As coronárias são as responsáveis pela irrigação do

músculo cardíaco. Quando a artéria entope, o

músculo deixa de receber oxigênio, parando de

funcionar por um tempo. Ocorre "morte" dos

tecidos no local atingido e, dependendo da

extensão afetada, pode levar a pessoa à morte.

Uma estimativa da Sociedade Brasileira de

Cardiologia (SBC) mostra que, anualmente, cerca

de 35 mil mortes por infarto seriam evitadas se os

pacientes tivessem recebido os primeiros socorros.

Um movimento internacional, lançado pela

Associação Americana do Coração, criou o conceito

de "correne de sobrevivência" , com a intenção de

difundir os procedimentos básicos para manter um

paciente vivo até que chegue ao hospital. No

Brasil, o movimento ainda é pequeno.

A idéia é treinar, além dos profissionais de saúde,

bombeiros, policiais e funcionários de locais de

grande concentração de pessoas, como shopping

centers, estádios de futebol, etc.

Como reconhecer o infarto?

• Dor ou forte pressão no peito.

• Dor no peito refletindo nos ombros, no braço

esquerdo ou nos dois braços, no pescoço e maxilar.

• Suor. Há transpiração excessiva.

• Palidez.

•Sensação de morte iminente. O paciente

manifesta uma ansiedade muito grande e tem a

sensação de medo e morte.

• Síncope ou desmaio.

• Falta de ar.

• Enjôo e até vômito.

Como proceder quando alguém ao seu lado

apresentar esses sintomas?

Chamar imediatamente uma ambulância ou levar a

pessoa para um pronto-socorro mais próximo.

Nesse caso, o melhor médico é o médico perto.

Se tiver em mãos, dar dois comprimidos de ácido

acetilsalicílico (Aspirina e AAS, por exemplo) para o

paciente mastigar. Essa medicação pode

desobstruir a artéria, ou seja, desmanchar o

coágulo que se formou sobre a placa de

aterosclerose e, portanto, preservar o músculo

cardíaco.

ANOTAÇÕES:

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Enquanto espera a ambulância ou no percurso

para o hospital, mantenha a pessoa deitada com as

costas no chão. Se ele estiver com os olhos

fechados, perdeu os sentidos e não está

respondendo os estímulos, pode ter sofrido uma

parada cardíaca e/ou respiratória.

Se ocorrer parada cardíaca e/ou respiratória,

mantenha-se de joelhos ao lado dela e inicie as

manobras de reanimação. Clique aqui e trate-a

como está descrito em Massagem Cardíaca Para

Adultos no item Parada Cardiorrespiratória deste

guia de primeiros socorros.

O infarto do coração é também conhecido como

ataque cardíaco. A vida do paciente depende da

precocidade do atendimento.

ANOTAÇÕES:

Acidente Vascular Cerebral (AVC) - Derrame

Cerebral

É muito comum as pessoas se confundirem

imaginando que o derrame cerebral e o infarto

sejam a mesma coisa. Você já sabe que o infarto

do miocárdio é um evento do coração.

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença

que acontece no cérebro.

O derrame cerebral (AVC) acontece quando o

sangue deixa de chegar ao cérebro, quando os

vasos ficam obstruídos ou, então, quando ocorre a

ruptura de um deles. No caso de entupimento do

vaso, o AVC é chamado de isquêmico. Na ruptura

do vaso, é o AVC hemorrágico. Este último é

sempre mais grave e com mais seqüelas, levando

também à maior incidência de morte.

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Como reconhecer o paciente com derrame?

• Amortecimento com fraqueza da metade direita

ou esquerda do corpo, inclusive metade do rosto.

• Alteração na fala, que se torna enrolada.

• Dor de cabeça repentina e forte, sem uma causa

aparente.

• Alteração de visão, podendo chegar até mesmo à

cegueira.

• Dificuldade de andar.

• Boca entortada para um dos lados e baba.

• Pupilas desiguais.

• Perda do controle sobre atividade da bexiga e do

intestino.

Como proceder?

• Não hesite em chamar por ambulância ou

socorro médico.

• Se a vítima estiver consciente, deite-a com a

cabeça e os ombros ligeiramente erguidos e

apoiados.

• Incline a cabeça para um dos lados. É importante

para que possa dar saída a salivação e evitar

vômito com aspiração.

• Se a vítima perder a consciência, fique atento

para eventual parada cardíaca e/ou respiratória.

• Em caso de parada cardíaca e/ou respiratória,

proceda à reanimação. Clique aqui e trate-a como

está descrito em Massagem Cardíaca Para Adultos

no item Parada Cardiorrespiratória deste guia de

primeiros socorros.

Ao atender o paciente com derrame, não lhe

ofereça bebida ou alimento.

PARADA CARDIORESPIRATÓRIA

A parada cardiorrespiratória pode acontecer em

decorrência de várias situações, como doenças

cardíacas e respiratórias, engasgo, choque,

afogamento, alergias e outras.

A vítima se apresenta com ausência de respiração

e pulsação, inconsciência, pele fria e pálida. Os

lábios e as unhas ficam azulados.

Para que a vida possa ser preservada, é necessário

manter um fluxo de oxigênio para o cérebro. A

"bomba" que mantém esse suprimento é o

coração. Se ele parar, é a "parada cardíaca", e

ocorrerá a morte, a menos que se tomem medidas

urgentes.

Existe um aparelho chamado desfribilador, que faz

parte do equipamento de muitas ambulâncias,

capaz de reabilitar as funções do coração.

A manobra de atendimento da parada

cardiorrespiratória é conhecida como Reanimação.

Como proceder quando encontrar a vítima?

Se ela estiver de bruços e houver suspeita de

fraturas, mova-a rolando o corpo todo de uma só

vez, colocando-a de costas para o chão. É muito

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importante contar com a ajuda de duas ou três

pessoas.

Verifique se não há alguma coisa no interior da

boca que impeça a respiração.

Faça um primeiro reconhecimento do estado da

vítima.

Observe se a vítima ainda está consciente.

Não perca tempo e chame por socorro médico

imediato.

Aproxime sua cabeça e seu ouvido da boca do

paciente, ouça e sinta se há respiração. Observe se

há movimento no peito.

Verifique se há pulso. Para isso, pressione

levemente com dois dedos na região da artéria

Carótida (ao pescoço logo atrás do popular pomo-

de-adão).

Nunca dê nada à vítima para beber, cheirar ou

comer, na intenção de reanimá-la.

Quais são os princípios básicos da reanimação?

Manter as vias aéreas livres - é necessário inclinar

a cabeça da vítima para trás e erguer o seu queixo

(Triplice Manobra).

Manter a circulação - se o coração está parado,

aplique compressões cardíacas (cerca de 100

compressões por minuto) para forçar o fluxo do

sangue através do coração e pelo resto do corpo.

Essas compressões devem ser combinadas com a

respiração artificial (caso seja de vontade do

socorrista).

Primeiro localize a borda da última costela da

vítima. Deslize os dedos até atingir, no centro do

tórax, uma saliência chamada apêndice xifóide.

Coloque a parte mais saliente da mão dois dedos

acima do apêndice xifóide. Esse é o ponto em que

deve ser aplicada a massagem.

Coloque a outra mão sobre a que ficou pousada no

tórax.

Faça 30 compressões, uma após outra, faça 02

insuflações (respirações artificiais), se você estiver

seguro.

Mantenha as mãos sempre na mesma posição.

ANOTAÇÕES:

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QUEIMADURAS

As queimaduras são lesões causadas por calor,

substâncias corrosivas, líquidos e vapores,

podendo ocorrer também pelo frio intenso e por

radiação solar e elétrica.

Quando apenas a pele é afetada, chamamos de

queimadura superficial. Ocorre vermelhidão,

inchaço e até bolhas. Se o tecido subcutâneo é

comprometido, a queimadura é profunda, ficando

a pele muito vermelha ou escura, podendo

inclusive, soltar água.

Considerando a profundidade, as queimaduras são

classificadas em:

• Primeiro grau: quando a lesão é superficial.

Aparecerão vermelhidão, inchaço e dor.

• Segundo grau: quando a ação do calor é mais

intensa. Além da vermelhidão, aparecem bolhas ou

umidade na região afetada. A dor é mais intensa.

• Terceiro grau: há destruição da pele. Atingem

gordura, músculo e até ossos. Pela destruição das

terminações nervosas, ocorre pouca ou nenhuma

dor. A pele apresenta-se esbranquiçada ou

carbonizada.

A extensão da área queimada é, muitas vezes mais

importante do que a profundidade da lesão para

determinar a gravidade. É o caso de uma

queimadura de primeiro grau, que, por exemplo,

pode atingir uma ampla área do corpo.

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A extensão é medida em porcentagem da área

total da superfície do corpo. É a "regra dos nove",

que divide o corpo em áreas de aproximadamente

9%, utilizada para calcular a extensão da

queimadura e decidir o tipo de tratamento.

Como proceder?

• Cubra suavemente a queimadura com um pano

limpo de tecido de algodão (lençol, fronha, fralda

ou lenço com soro fisiológico ou água limpa,

preferencialmente mineral). Evite tecidos

sintéticos.

• Se a roupa estiver molhada, retire-a

imediatamente. O tecido mantém o calor do

líquido.

• Se a roupa estiver pegando fogo, abafe com um

cobertor. Mantenha a pessoa deitada.

• Retire da área queimada qualquer roupa

apertada. Não se esqueça de que as queimaduras

podem causar inchaços.

O que não fazer?

• Nuca passe óleo, manteiga, creme ou loção anti

séptica.

• Não tente retirar pedaços de roupa queimada

que tenham grudado na pele.

• Não mexa na queimadura, principalmente se a

pele estiver levantando.

• Nunca arranque a pele.

• Não fure a bolha.

• Não passe material felpudo ou chamuço de

algodão.

Quando procurar um médico?

• Quando a queimadura tiver mais de um palmo.

• Se a pele tiver sido destruída.

• Quando não souber definir a gravidade da

queimadura, em especial se tiver atingido o rosto,

mãos ou pés.

• Se, após três dias, a queimadura não começar a

cicatrizar.

As queimaduras na boca e na garganta são muito

perigosas porque causam rapidamente inchaço e

inflamação das vias respiratórias, que pode

bloquear a passagem de ar, com sério risco de

asfixia. Há necessidade de cuidados médicos

urgentes.

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Queimadura de Sol

A queimadura solar tem sintomas equivalentes às

queimaduras leves: a pele fica avermelhada,

quente, dolorida e podem aparecer bolhas.

Como proceder?

• Esfrie a pele com banho frio de chuveiro ou

chuveiro.

• Se não tiver banheiro ou chuveiro, cubra a

pessoa por dez minutos com toalhas umedecidas

em água fria.

• Enxugue a pele delicadamente com toalha macia

felpuda ou pano de fralda.

• Aplique loção de calamina (Caladryl) ou outra

loção refrescante. Pode ser usado talco mentolado

ou compressas frias de bicarbonato de sódio. (1

colher das de café para cada litro de água).

• Mantenha a área coberta e longe do sol por

vários dias, até a sensibilidade da pele voltar ao

normal.

SANGRAMENTOS e HEMORRAGIAS

Sangramento é a perda de sangue dos vasos

sangüíneos. O sangue é bombeado pelo coração,

caminha pelas artérias e se espalha pelo resto do

corpo. O caminho de volta do sangue é feito

através de vasos chamados de veias, que levam,

portanto, o sangue do corpo para o coração.

Entre os dois sistemas, existe uma rede de

minúsculos vasos que são os capilares.

A importância do sangue é inquestionável. O

sangue é o meio onde é realizado o transporte de

oxigênio e nutrientes para as células e gás

carbônico e outras excretas para os órgãos de

eliminação.

O corpo humano possui normalmente um volume

sanguíneo de aproximadamente 70ml/Kg de peso

corporal para adultos e 80ml/Kg para crianças, ou

seja, um indivíduo com 70ml/Kg possui

aproximadamente 4.900ml de sangue.

Hemorragia é definida como a perda de sangue

devida ao rompimento de um vaso sanguíneo.

Quanto maior a quantidade perdida de sangue,

mais graves serão as hemorragias. Geralmente a

perda de sangue não pode ser medida, mas pode

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ser estimada através da avaliação do paciente

(sinais de choque compensado ou

descompensado).

Quanto mais rápida a hemorragia, menos

eficientes são os mecanismos compensatórios do

organismo. Um indivíduo pode suportar a perda de

um litro de sangue, que ocorre em um período de

horas, mas não tolera esta mesma perda se ela

ocorrer em minutos.

Os mecanismos normais que o corpo possui para

limitar as hemorragias são as contrações da parede

dos vasos sangüíneos, diminuindo o tamanho da

abertura por onde o sangue está escapando e a

coagulação do sangue, que é uma série de reações

químicas. Formando o trombo ou coágulo, que

bloqueia o escape de sangue pelo orifício de vaso

lesado.

Estes mecanismos têm como objetivo a

hemostasia, ou seja, o controle do sangramento

pelo organismo isoladamente defendendo-o, ou

em associações com técnicas de tratamento

médico-básico e avançadas (cirúrgicas).

Hemostasia é o conjunto de mecanismos que o

organismo emprega para coibir hemorragia. Para

tal, é formado um trombo que obstrui a lesão na

parede vascular. Ao contrário do que muitos

pensam, esse trombo não é constituído

de coágulo e sim de plaquetas. A coagulação, além

de fornecer pequena quantidade de fibrina para

o trombo plaquetário, colabora na estabilização do

trombo.

Os pacientes com distúrbios no mecanismo de

coagulação, por exemplo, os hemofílicos, podem

apresentar hemorragias graves por traumas

banais.

O sangramento pode ser externo e/ou interno.

Sangramento externo é visível na superfície do

corpo, e é decorrente de corte, raspão ou

perfuração, produzidos, por exemplo, por um

pedaço de vidro, um prego, uma faca, ou outro

objeto cortante. Qualquer ruptura anormal da pele

ou da superfície do corpo é chamada de ferimento.

Dessa maneira, ocorre o sangramento ou a

hemorragia.

O sangramento interno é aquele que surge em

decorrência de um ferimento interno, que faz com

que o sangue saia do sistema circulatório, mas

permaneça no corpo, sendo portanto uma

hemorragia interna. Os mais comuns ocorrem no

tórax e no abdome.

O que fazer com sangramentos externos?

• Colocar um pano ou papel limpo no ferimento.

• Fazer pressão sobre o local, o suficiente para

deter o sangramento.

• Eleve o braço ou a perna da vítima, mantendo a

pressão sobre o ferimento.

• Levar a vítima ao pronto-socorro.

Caso não seja possível encontrar um pano limpo ou

papel, comprima o local diretamente com a mão

ou apenas alguns dedos, até que o sangramento

pare ou até que a ajuda chegue. Se sua mão estiver

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suja ou cortada, faça a compressão usando a mão

da própria vítima.

Você também pode tratar o ferimento, cortando

parte da roupada vítima para usar na compressão.

É preferível o uso de gaze esterilizada, mas nem

sempre é possível.

Não use torniquete. Pode causar lesão no tecido e

até gangrena.

O torniquete somente deve ser aplicado em casos

extremos e como último recurso, quando não há a

parada do sangramento.

Classes de Hemorragias

ARTERIAL:

Sangramento pulsátil (em jatos) em grande escala,

acompanha o batimento cardíaco. Geralmente de

cor vermelho vivo.

VENOSO:

Sangramento de média escala, continuo e de

coloração escura.

CAPILAR:

Sangramento lento, de propriedade superficial

com baixo grau de risco.

INTERNA:

Apresenta palidez labial esfriamento de

extremidade de periféricos e tonalidade arroxeada

debaixo das unhas. Podemos identifica - lá

também pela rigidez abdominal.

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ENGASGO

Segure a criança por trás, pela cintura. Suspenda-a

no ar, de forma que o tronco, os braços e a cabeça

fiquem curvados para baixo.

Com uma das mãos, mantenha-a nesta posição.

Coloque a outra mão acima do umbigo da criança e

aperte rapidamente o punho contra o estômago

dela. Repita o movimento até que o corpo

estranho seja expelido pela boca.

Manobra de Heimlich

1. Fique de pé, atrás da vítima com seus

braços ao redor da cintura da pessoa.

2. Coloque a sua mão fechada com o polegar

para dentro, contra o abdômen da vítima,

ligeiramente acima do umbigo e abaixo do limite

das costelas.

3. Agarre firmemente o pulso com a outra

mão e exerça um rápido puxão para cima. Repita,

se necessário, 4 vezes numa seqüência rápida.

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RISCOS E CONDIÇÕES CHOQUE ELÉTRICO

Muitas pessoas não sabem, mas um choque

elétrico pode matar. Aprenda a evitá-lo.

1) Nunca mexa com a parte interna das tomadas,

seja com os dedos ou com objetos ( tesouras,

agulhas, facas, etc...)

2) Nunca deixe as crianças brincarem com as

tomadas. Vede todas as tomadas com protetores

especiais ou um pedaço de esparadrapo largo.

3) Ao trocar lâmpadas, toque somente na

extremidade do suporte ( de porcelana ou plástico

) e no vidro da lâmpada elétrica. Se possível

desligue a chave geral antes de fazer a troca.

4) Nunca toque em aparelhos elétricos quando

estiver com as mãos ou o corpo úmidos.

5) Não mude a chave de temperatura ( inverno –

verão ) do chuveiro elétrico com o corpo molhado

e o chuveiro ligado.

6) Mantenha os aparelhos elétricos em bom

estado. Não hesite em mandar consertá-los

sempre que apresentarem problemas ou causarem

pequenos choques.

7) Verifique sempre os fios elétricos que ficam à

vista. Com o tempo, sua capa protetora se

desgasta. Nunca deixe um fio elétrico descoberto.

8) Instale o fio terra em chuveiros e torneiras

elétricas.

9) Ao manusear objetos metálicos, tenha cuidado

para que não esbarre em nenhum cabo elétrico

aéreo.

10) Nunca pise em fios caídos no chão.

Principalmente se a queda foi conseqüência de

uma tempestade.

11) Não empine pipas em locais onde houver cabos

elétricos aéreos.

ASFIXIA

Os casos de asfixia são mais comuns do que se

imagina.

A falta de ar é o sintoma principal da asfixia, mas,

além disso, as batidas do coração se aceleram e a

pele em volta da boca e em baixo das unhas fica

arroxeada.

Conforme o caso pode ocorrer também

convulsões, contrações musculares e desmaios.

O QUE PODE CAUSAR A ASFIXIA:

• afogamento;

• grande traumatismo do tórax;

• envenenamento por drogas ou gases;

• Enforcamento;

• choque elétrico;

• qualquer bloqueio da vias respiratórias.

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Se não tiver socorro imediato, a pessoa asfixiada

morre. Por isso, é importante que você saiba que

medidas tomar até que seja possível conseguir o

atendimento médico.

As crianças são as principais vítimas de asfixia. Em

geral, a asfixia infantil é decorrência de

brincadeiras inocentes e desconhecimento ou falta

de controle da situação. Veja como socorrer uma

criança asfixiada:

• Identifique a causa da asfixia.

• Aja com rapidez.

• Você tem no máximo 5 minutos para fazer com

que a criança volte a respirar .

CORPOS ESTRANHOS NO NARIZ

Tente fazer a criança respirar pela boca e segurar o

ar nos pulmões.

Aperte a narina desobstruída e peça para a criança

assoar. Esta manobra requer a colaboração da

criança, o que nem sempre é possível.

Se o objeto não for expelido ou se a criança não

colaborar, não insista. Leva-a imediatamente ao

pronto-socorro mais próximo.

ASPIRAÇÃO DE VÔMITO

Ao vomitar, a criança pode aspirar o próprio

vômito, que vai para os pulmões.

Deite a criança de lado. A cabeça deve ficar mais

baixa que o corpo.

Com os dedos, tape as duas narinas da criança.

Coloque a sua boca na dela e aspire forte até

retirar o máximo de vômito dos pulmões.

Não deixe a criança deitar de costas. Leve-a ao

pronto-socorro mais próximo.

É natural que esta manobra provoque nojo em

algumas pessoas. Mas lembre-se de que você está

salvando uma vida, portanto, controle-se.

ASPIRAÇÃO DE PÓ

Faça a criança tossir bastante.

Estimule a tosse com leves tapas nas costas.

Deite a criança de lado.

ANOTAÇÕES:

TELEFONES ÚTEIS

Os telefones relacionados abaixo são referentes ao

município de São Paulo, e podem lhe ser úteis para

qualquer eventualidade.

• Acidentes de Trânsito - 194

• Água e Esgoto - 195

• SAMU / Pronto Socorro - 192

• Centro de Controle de Zoonose - 6224 5500

• ComGás - 0800 110 197

• Corpo de Bombeiros - 193

• Defesa Civil - 199

• Disque DERSA - 0800 555 510

• EletroPaulo - 0800 196 196

• Hospital das Clínicas - 3069 6000

• Hospital Universitário (USP) - 3039 9200

• IML - 3088 7559

• Instituto Adolfo Lutz - 3068 2800

• Instituto Butantã - 3726 7222

• Instituto Pasteur - 3288 0088

Page 17: Manual para Emergêcias em APH

MANUAL DE PROCEDIMENTOS EM ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E EMERGÊNCIAS

www.3rbrazil.com.br [email protected]

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ABNT RELACIONADAS

ABNT 14276.............................................................................................................................Brigada de Incêndio

ABNT 15219..................................................................................................Plano de Emergência Contra Incêndio

Protocolo Internacional do AHA (American Heart Association) para Manobra de RCP (Reanimação Cardio

Pulmonar).

Protocolos de Emergências do Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.

Elaboração:

Robson Maziero – Gestor em Segurança e Medicina do Trabalho

Referências:

- ABNT 14.276/06 (Brigadas de Incêndio).

- ABNT 15.219/05 (Plano de Ação Mutua para Edificações e Estabelecimentos Comerciais).

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