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JANEIRO DE 2001 113 E u estaria satisfeito se encerras- se a reunião neste momento. Nós aprendemos muito. Quero cumprimentar a presidência por seus excelentes discursos. Vocês devem saber que elas se preocupa- ram, oraram e pediram ao Senhor que as ajudasse em sua preparação e em seus discursos. Temos uma gran- de dívida para com vocês, irmã Smoot, irmã Jensen e irmã Dew. Vocês realizaram um excelente tra- balho. Considero um precioso privilégio falar a vocês. Não há nenhuma outra congregação que se assemelhe a esta. Estamos falando do Tabernáculo da Praça do Templo, em Salt Lake City, mas vocês que nos ouvem estão espa- lhadas por quase todo o mundo. Estão reunidas nos Estados Unidos e no Canadá, nas nações da Europa, no México, na América Central e na América do Sul. Vocês se encontram unidas nesta grande congregação, embora estejam na Ásia, no sul do Pacífico e em outras terras distantes. Seu coração é um só. Vocês estão unidas porque amam o Senhor. Possuem um testemunho e uma con- vicção de que Ele realmente vive. Oram ao Pai em nome de Jesus. Compreendem a eficácia da oração. São esposas e mães. Vocês são viúvas e mães que criam os filhos sozinhas, tendo que carregar um fardo muito pesado. São mulheres recém-casa- das, e mulheres que ainda não se ca- saram. São uma grande multidão de mulheres d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Pertencem a essa grande organiza- ção, que tem mais de quatro milhões de mulheres como vocês. É impossí- vel calcular a imensa influência para o bem que vocês podem vir a ser. São as defensoras da família. São as administradoras do lar. Na compa- nhia da irmã Dew, desafio-as a le- vantarem-se e fortalecerem-se na defesa dessas grandes virtudes que têm sido a coluna mestra de nosso progresso social. Quando estão uni- das, seu poder não tem limites. Vocês podem realizar tudo o que de- sejarem. E quão imensamente neces- sárias são vocês neste mundo de valores decadentes, no qual o adver- sário parece estar no comando. Tenho imenso respeito e admira- ção por vocês, jovens mulheres, que passaram recentemente a fazer parte da Sociedade de Socorro. Vocês conseguiram vencer grande parte da tempestade que se abateu sobre vo- cês em sua juventude. Mantiveram- se limpas das manchas do mundo. Conservaram-se livres das nódoas e máculas da iniqüidade. Vocês são a nata da boa juventude da Igreja que está amadurecendo. Chegaram até aqui, limpas, belas e virtuosas. Cumprimento-as calorosamente. Cumprimento vocês, mulheres solteiras. Vocês sabem o que significa a solidão. Sentiram ansiedade, temor e um imenso anseio, mas não se dei- xaram vencer. Seguiram em frente com a sua vida, fazendo contribui- ções importantes e maravilhosas ao longo do caminho. Deus as abençoe, minhas queridas irmãs e amigas. Nesta noite, não posso falar dire- tamente a todas vocês. Escolhi diri- gir-me a um grupo específico desta imensa congregação, que é o de vo- cês, mães. Refiro-me também àque- las que ainda se tornarão mães. Que coisa maravilhosa vocês têm feito como mães! Deram à luz e criaram seus filhos. Foram co-participantes com nosso Pai Celestial no processo de prover uma experiência mortal aos filhos e filhas Dele. Eles são fi- lhos Dele e são seus filhos também, sangue de seu sangue, pelos quais Ele as considera responsáveis. Vocês se alegraram com eles, e em muitos casos sofreram por eles. Seus filhos trouxeram-lhes uma felicidade que nenhuma outra pessoa lhes poderia proporcionar. Também as fizeram so- frer como ninguém mais poderia ter feito. No geral, vocês fizeram um traba- lho notável na criação de seus filhos. Eu já disse muitas vezes que acredito termos hoje a melhor geração de jo- vens que já houve nesta Igreja. Eles têm mais instrução, são mais motiva- dos, conhecem as escrituras, vivem a Palavra de Sabedoria, pagam o dízi- mo, oram. Procuram fazer o certo. São brilhantes e capazes, limpos e saudáveis, atraentes e espertos. São estatisticamente bem melhores tam- bém. Há mais deles servindo numa missão do que em qualquer outra época. Mais deles se casam no tem- plo. Eles conhecem o evangelho e procuram vivê-lo, procurando a orientação e a ajuda do Senhor. Lamento dizer, porém, que mui- tos de nossos jovens estão nos esca- pando por entre os dedos. Procuram fazer uma insensatez após outra, sem jamais se darem por satisfeitos, até Seu Maior Desafio, Mãe Presidente Gordon B. Hinckley “Não conheço resposta melhor e essas práticas nocivas do que confrontar nossos jovens com os ensinamentos da mãe, transmitidos com amor e um claro tom de advertência.”

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Seu Maior Desafio, MãePresidente Gordon B. Hinckley

“Não conheço resposta melhor e essas práticas nocivas do que confrontarnossos jovens com os ensinamentos da mãe, transmitidos com amor e umclaro tom de advertência.”

Eu estaria satisfeito se encerras-se a reunião neste momento.Nós aprendemos muito.

Quero cumprimentar a presidênciapor seus excelentes discursos. Vocêsdevem saber que elas se preocupa-ram, oraram e pediram ao Senhorque as ajudasse em sua preparação eem seus discursos. Temos uma gran-de dívida para com vocês, irmãSmoot, irmã Jensen e irmã Dew.Vocês realizaram um excelente tra-balho.

Considero um precioso privilégiofalar a vocês. Não há nenhuma outracongregação que se assemelhe a esta.Estamos falando do Tabernáculo daPraça do Templo, em Salt Lake City,mas vocês que nos ouvem estão espa-lhadas por quase todo o mundo.Estão reunidas nos Estados Unidos eno Canadá, nas nações da Europa,no México, na América Central e naAmérica do Sul. Vocês se encontram

unidas nesta grande congregação,

embora estejam na Ásia, no sul doPacífico e em outras terras distantes.

Seu coração é um só. Vocês estãounidas porque amam o Senhor.Possuem um testemunho e uma con-vicção de que Ele realmente vive.Oram ao Pai em nome de Jesus.Compreendem a eficácia da oração.São esposas e mães. Vocês são viúvase mães que criam os filhos sozinhas,tendo que carregar um fardo muitopesado. São mulheres recém-casa-das, e mulheres que ainda não se ca-saram. São uma grande multidão demulheres d’A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias.Pertencem a essa grande organiza-ção, que tem mais de quatro milhõesde mulheres como vocês. É impossí-vel calcular a imensa influência parao bem que vocês podem vir a ser.São as defensoras da família. São asadministradoras do lar. Na compa-nhia da irmã Dew, desafio-as a le-vantarem-se e fortalecerem-se nadefesa dessas grandes virtudes quetêm sido a coluna mestra de nossoprogresso social. Quando estão uni-das, seu poder não tem limites.Vocês podem realizar tudo o que de-sejarem. E quão imensamente neces-sárias são vocês neste mundo devalores decadentes, no qual o adver-sário parece estar no comando.

Tenho imenso respeito e admira-ção por vocês, jovens mulheres, quepassaram recentemente a fazer parteda Sociedade de Socorro. Vocêsconseguiram vencer grande parte datempestade que se abateu sobre vo-cês em sua juventude. Mantiveram-se limpas das manchas do mundo.Conservaram-se livres das nódoas e

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máculas da iniqüidade. Vocês são a

nata da boa juventude da Igreja que está amadurecendo. Chegaramaté aqui, limpas, belas e virtuosas.Cumprimento-as calorosamente.

Cumprimento vocês, mulheressolteiras. Vocês sabem o que significaa solidão. Sentiram ansiedade, temore um imenso anseio, mas não se dei-xaram vencer. Seguiram em frentecom a sua vida, fazendo contribui-ções importantes e maravilhosas aolongo do caminho. Deus as abençoe,minhas queridas irmãs e amigas.

Nesta noite, não posso falar dire-tamente a todas vocês. Escolhi diri-gir-me a um grupo específico destaimensa congregação, que é o de vo-cês, mães. Refiro-me também àque-las que ainda se tornarão mães. Quecoisa maravilhosa vocês têm feitocomo mães! Deram à luz e criaramseus filhos. Foram co-participantescom nosso Pai Celestial no processode prover uma experiência mortalaos filhos e filhas Dele. Eles são fi-lhos Dele e são seus filhos também,sangue de seu sangue, pelos quaisEle as considera responsáveis. Vocêsse alegraram com eles, e em muitoscasos sofreram por eles. Seus filhostrouxeram-lhes uma felicidade quenenhuma outra pessoa lhes poderiaproporcionar. Também as fizeram so-frer como ninguém mais poderia terfeito.

No geral, vocês fizeram um traba-lho notável na criação de seus filhos.Eu já disse muitas vezes que acreditotermos hoje a melhor geração de jo-vens que já houve nesta Igreja. Elestêm mais instrução, são mais motiva-dos, conhecem as escrituras, vivem aPalavra de Sabedoria, pagam o dízi-mo, oram. Procuram fazer o certo.São brilhantes e capazes, limpos esaudáveis, atraentes e espertos. Sãoestatisticamente bem melhores tam-bém. Há mais deles servindo numamissão do que em qualquer outraépoca. Mais deles se casam no tem-plo. Eles conhecem o evangelho eprocuram vivê-lo, procurando aorientação e a ajuda do Senhor.

Lamento dizer, porém, que mui-tos de nossos jovens estão nos esca-pando por entre os dedos. Procuramfazer uma insensatez após outra, sem

jamais se darem por satisfeitos, até
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caírem em um abismo do qual nãoconseguem sair sozinhos. Alguns denossos próprios filhos estão entre es-ses jovens, e são vocês, mães, quecarregam o fardo do sofrimento quedisso resulta. Eles são seus filhos efilhas. Nesta noite, portanto, na es-perança de ser-lhes útil, quero fazer-lhes um pedido.

Em alguns casos, talvez já sejamuito tarde, mas na maioria delesainda há chance de se guiar e persua-dir, de ensinar com amor, de conduzirpor caminhos frutíferos e produtivos,afastando-os de vias sem saída quenão trazem nenhum benefício.

Não há nada neste mundo queseja mais precioso para vocês do queseus filhos. Quando envelhecerem,e seus cabelos se tornarem brancos,e seu corpo ficar cansado, quandoestiverem mais dispostas a sentar-seem uma cadeira de balanço e medi-tar na vida, nada lhes será tão im-portante quanto saber no que seusfilhos se tornaram. A coisa mais im-portante não será o dinheiro queacumularam. Não será os carros quepossuíram. Não será a grande casaem que estiverem morando. A gran-de dúvida que se repetirá muitas ve-zes em sua mente será: Como meusfilhos se saíram?

Se a resposta for que eles se saí-ram muito bem, então sua felicidadeserá completa. Se eles não tiveremse saído tão bem, então nenhumaoutra satisfação poderá compensar asua perda.

Portanto, esta noite, quero pedir-lhes minhas queridas irmãs, que fa-çam silenciosamente um balanço deseu papel como mãe. Ainda não étarde. Quando tudo o mais falhar,ainda haverá a oração e a ajuda queo Senhor prometeu para auxiliá-lasem suas provações. No entanto, nãotardem em fazê-lo. Comecem agora,quer seus filhos tenham seis ou de-zesseis anos.

Fui informado de que recente-mente houve um grande eventonesta cidade, que reuniu 10.000 miljovens. Tenho certeza de que algunsdesses jovens eram nossos.

Foi-me contado que os atos prati-cados naquela noite de entreteni-

mento foram malignos e indecentes.

Foram degradantes e repulsivos.Representavam as coisas mais avil-tantes que existem na vida. Não ha-via nenhuma beleza neles. Haviaapenas depravação e perversão. Era oque havia de pior em licenciosidade.

Aqueles jovens pagaram de 35 a50 dólares pela entrada. Em muitoscasos, o dinheiro veio dos pais.Coisas semelhantes estão aconte-cendo em todo o mundo. Alguns deseus filhos e filhas permitem que ospatrocinadores desse lixo prosperemem seus negócios escusos.

No domingo passado, o jornalDeseret News publicou um artigo de-talhado a respeito de festas ilícitasonde são fornecidas drogas ilegais.Elas começam às três da madrugadae continuam até 7h30 da manhã dedomingo. Nelas, rapazes e moças,adolescentes e jovens adultos, dan-çam ao som metálico daquilo queeles chamam de música, vertendode inúmeros amplificadores. “Algunsusam contas brilhantes e coloridas;outros agitam bastões luminosos.Alguns usam chupeta na boca, en-quanto outros vestem máscara depintor”. (Deseret News, 17 de setem-bro de 2000, B1.)

Drogas são passadas de trafican-tes para usuários, custando de 20 a25 dólares cada pílula.

Não conheço resposta melhor aessas práticas nocivas do que con-frontar nossos jovens com os ensina-mentos da mãe, transmitidos comamor e um claro tom de advertência.Sei que haverá fracassos. Haverá de-sapontamentos dolorosos. Haverátragédias, cruéis e impiedosas. Mas,em muitos casos, se o processo for ini-ciado bem cedo e tiver continuidade,haverá sucesso, felicidade, amor emuita gratidão. Simplesmente abrir abolsa e entregar dinheiro a um filhoou filha antes de correr para o traba-lho não trará esse resultado. Isso ape-nas levará a mais práticas iníquas.

Um provérbio citado há muitotempo declara: “Educa a criança nocaminho em que deve andar; e atéquando envelhecer não se desviarádele”. (Provérbios 22:6)

Outro ditado muito sábio decla-ra: “É de pequeno que se torce o pe-

pino”. (Alexandre Pope, Moral

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Essays , vol.2 de The Works ofAlexander Pope, Esq.; “Epistle I: ToSir Richard Temple, Lord Cobham”[1776] p. 119; linha 150)

Ensinem seus filhos desde a tenraidade, e nunca desistam. Enquantoeles estiverem no lar, façam deles oseu principal interesse. Tomo a li-berdade esta noite de sugerir váriascoisas que vocês poderiam ensinar-lhes. A lista não é completa. Vocêspodem acrescentar outras coisas.

Ensinem-nos a procurar bons ami-gos. Eles sempre terão amigos, sejameles bons ou maus. Esses amigos te-rão grande influência na vida deles.É importante que eles cultivem umaatitude tolerante em relação a todasas pessoas, mas é mais importanteainda que estejam no meio de pes-soas com os mesmos ideais, que pro-movam o que há de melhor dentrodeles. Caso contrário, podem vir aser influenciados pelo estilo de vidadaqueles com quem convivam.

Nunca esqueci uma história queo Élder Robert Harbertson contoudo púlpito deste Tabernáculo. Era arespeito de um menino índio quesubiu em uma montanha bem alta.Fazia frio lá em cima. A seus pés, eleviu uma cobra, uma cascavel. A ser-pente estava enregelada e implorouao rapaz que a apanhasse e a levassepara baixo, onde era mais quente.

O menino índio ouviu a súplicada serpente e concordou com seupedido. Apanhou-a nos braços e co-briu-a com sua camisa. Carregou-aaté o sopé da montanha, onde atemperatura era mais elevada, e co-locou-a gentilmente no chão. Assimque a serpente se aqueceu, ergueu acabeça e atacou o menino com suaspresas venenosas.

O menino amaldiçoou a serpentepor atacá-lo em troca de sua bonda-de. A serpente respondeu: “Você sabia quem eu era quando me apa-nhou”. (“Restoration of the AaronicPriesthood”, Ensign, julho de 1989,p. 77.)

Alertem seus filhos a respeito daspresas venenosas daqueles que pro-curam seduzi-los e tentá-los comuma conversa suave, para depoisprejudicá-los e possivelmente des-

truí-los.
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Ensinem-lhes o valor dos estudos.“A glória de Deus é inteligência ou,em outras palavras, luz e verdade.”(D&C 93:36)

O povo desta Igreja recebeu omandamento do Senhor de adquiririnstrução. Isso irá abençoar-lhes avida agora e durante todos os anosvindouros.

Assisti fascinado, certa noite, aum programa de televisão que con-tava a história de uma família domeio-oeste dos Estados Unidos. Afamília era formada pelo pai, a mãe,três filhos e uma filha.

O pai e a mãe decidiram, quandose casaram, que fariam todo o possí-vel para que os filhos tivessem asmelhores experiências educacionais.

Eles viviam em uma casa simples.Seu estilo de vida era modesto. Maseles criaram seus filhos com sabedo-ria. Todos os filhos alcançaram su-cesso de modo notável. Todosreceberam excelente instrução. Umdeles tornou-se reitor de uma uni-versidade, e os outros tornaram-seexecutivos de grandes empresas,tendo muito sucesso.

Ensinem-nos a respeitar seu próprio

corpo. Há uma prática cada vez mais

difundida entre os jovens, que é ada tatuagem e do “piercing”. Tempovirá em que se arrependerão disso,mas então será muito tarde. As es-crituras declaram de modo bem cla-ro: “Não sabeis vós que sois otemplo de Deus e que o Espírito deDeus habita em vós?

Se alguém destruir o templo deDeus, Deus o destruirá; porque otemplo de Deus, que sois vós, é san-to”. (I Coríntios 3:16–17)

É triste e lamentável ver os rapa-zes e moças com o corpo tatuado. Oque eles esperam ganhar com esseprocesso doloroso? Há alguma coisa“virtuosa, amável, de boa fama oulouvável” (Regras de Fé 1:13) emimpregnar a pele com algo impró-prio a que dão o nome de arte, ten-do que carregar isso consigo a vidainteira, até a velhice e a morte? Elesdevem ser aconselhados a afasta-rem-se dessas coisas e a absterem-sedisso. Chegará um momento em quelamentarão tê-lo feito, mas não ha-verá como fugirem desse constantelembrete de sua insensatez, a nãoser por meio de outro processo cus-toso e doloroso.

Embora hoje seja algo comum, é

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muito feio ver rapazes com as ore-lhas furadas, usando não apenas umpar, mas vários brincos.

Será que eles não têm nenhumrespeito por sua aparência? Será queconsideram inteligente ou atraenteadornarem-se dessa forma?

Não considero isso um adorno. Éalgo que enfeia o que era bonito. Aspessoas não furam apenas a orelha,mas também outras partes do corpo,inclusive a língua. É um absurdo.

Nós, a Primeira Presidência e oConselho dos Doze, assumimos umaposição que citarei agora: “A Igrejadesaprova a tatuagem. Também de-saprova o “piercing”, ou o ato de fu-rar o corpo, a não ser por motivosmédicos, embora ela não se manifes-te em relação a um pequeno furonas orelhas das mulheres para a uti-lização de um par de brincos”.

Ensinem seus filhos e filhas a fugiremdas drogas ilegais como se fossem umadoença. O uso desses narcóticos irádestruí-los. Eles não podem maltratardessa forma o seu próprio corpo, nãopodem criar dentro de si mesmos umapetite tão maléfico e escravizadorsem causarem um dano incalculável.

Um hábito leva a outro, até que a
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vítima, em muitos casos, chega a umestado de total abandono, com a per-da completa do autocontrole, a pon-to de não conseguir mais deixar ohábito.

Um recente programa de televisãodeclarou que 20% dos jovens queusam drogas foram iniciados no víciopelos pais. O que acontece com essaspessoas? O uso de drogas ilegais éuma via sem saída. Ela não leva a lu-gar algum, exceto à perda do auto-controle, à perda do respeito próprio,e à autodestruição. Ensinem seus fi-lhos a fugirem delas como se fossemuma doença maligna. Desenvolvamneles uma total aversão a essas coisas.

Ensinem-nos a ser honestos. As pri-sões do mundo estão cheias de pes-soas que iniciaram suas atividadesiníquas com pequenos atos de deso-nestidade. Uma pequena mentirageralmente leva a outra mentiramaior. Um pequeno furto freqüente-mente leva a pessoa a cometer umroubo maior. Em pouco tempo, apessoa fica presa em uma rede daqual não consegue se livrar. A largaavenida da prisão começa com umcaminho pequeno e atraente.

Ensinem-nos a ser virtuosos.Ensinem os rapazes a respeitarem asmoças como filhas de Deus investi-das com algo muito precioso e belo.Ensinem suas filhas a terem respeitopelos rapazes, pelos portadores dosacerdócio, pelos jovens que têm odever de erguerem-se acima dosperniciosos males deste mundo eque verdadeiramente o fazem.

Ensinem-nos a orar. Nenhum denós é suficientemente sábio para con-seguir vencer sozinho. Precisamos daajuda, da sabedoria e da orientaçãodo Todo-Poderoso para tomarmosaquelas decisões que serão tremenda-mente importantes em nossa vida.Não há nada que substitua a oração.Não há melhor fonte de ajuda.

Minhas queridas mães, essas coi-sas que mencionei evidentementenão são novas. Elas são tão velhasquanto Adão e Eva. Mas, embora alista não esteja completa são tão se-guras em sua causa e efeito quanto osol que se levanta pela manhã.

Mesmo abstendo-se de todas es-

sas coisas, há muitas maneiras de

seus filhos se divertirem e teremprazer na vida. Poderão sentir muitaalegria na companhia de bons ami-gos. Não é preciso que sejam dema-siadamente puritanos. Eles podemdivertir-se e já demonstraram querealmente o fazem.

Deus as abençoe, minhas queri-das amigas. Não troquem seu direitoinato de serem mães por algum valorpassageiro. Que seu principal inte-resse esteja no lar. O bebê que hojeseguram nos braços irá crescer tãorapidamente quanto o nascer e opôr-do-sol de um dia corrido. Esperoque quando isso acontecer, vocêsnão sejam levadas a exclamar o mes-mo que o rei Lear: “Mais dolorosodo que a picada da serpente é ter umfilho ingrato!” (Rei Lear, I, iv, 312)Em vez disso, espero que tenham to-do motivo para ter orgulho de seusfilhos, amá-los, ter fé neles, vê-loscrescer em retidão e virtude peranteo Senhor; e vê-los tornarem-semembros úteis e produtivos da socie-dade. Se depois de tudo o que tive-rem feito, ainda houver um fracassoocasional, ao menos poderão dizer

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que tentaram dar o melhor de si enão permitiram que nada tomasse olugar de seu papel como mãe. Os fra-cassos serão poucos se agirem assim.

Para que não pensem que estoucolocando toda essa responsabilida-de em suas costas, quero dizer quepretendo falar aos pais a respeitodesse mesmo assunto na ReuniãoGeral do Sacerdócio daqui a duassemanas.

Que as bênçãos do céu estejamcom vocês, minhas queridas irmãs.Oro para que nunca venham a pre-ferir algo de valor temporário em lu-gar do bem maior que é ter filhos efilhas, meninos e meninas, rapazes emoças; sendo sua a responsabilidadeimprescindível de criá-los.

Que a vida virtuosa de seus filhosvenha a santificar e abençoar a suavelhice. Que vocês sejam levadas aexclamar com gratidão, tal comoJoão: “Não tenho maior gozo do queeste, o de ouvir que os meus filhosandam na verdade”. (III João 1:4)Oro por isso, com toda a sincerida-de, no sagrado nome de JesusCristo. Amém. �