8
1.2 A cidade de Satã contra a realeza do Cristo - A revolução versus o reino social de Nosso Senhor. Pode-se dizer que a realeza do Cristo é o cen- tro da luta entre a cidade de Satã (a contra Igre- ja) e a Igreja Católica. Isto apareceu mais claramente depois que a revolução francesa conseguiu derrubar o reino social de Nosso Senhor na França, e da França no mundo inteiro. Não há dúvidas, a revolução foi suscitada pelo inferno. O demônio não tem outro objetivo senão a ruína do reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo na terra. Daí o grito de alarme dos papas. Assim o fez São Pio X fazendo do combate pelo Cristo Rei o único objetivo de seu pontificado 1 - Tudo instau- rar em Cristo. Ao julgo doce e suave do Salvador do mundo sucedeu “a peste do laicismo”, disse o papa Pio XI na sua encíclica Quas Primas. O resultado é “essa explosão de infortúnios que invadiram o universo”, ajuntou ele. A Revolução penetrou na Igreja na ocasião do Concílio Vaticano II Depois, os inimigos da Igreja passaram a uma etapa superior, conseguindo contornar a hierar- quia católica para a colocar do seu lado, e isso especialmente na ocasião do Concílio Vaticano II. Pode-se dizer que o combate central do Concí- lio foi a questão da liberdade religiosa, saída das lojas judeu-maçônicas 2 , sem ser negada, altera- da, pelos bispos, e vitoriosamente introduzida nos textos conciliares na última sessão. O ecu- menismo, outro ponto negro do Concílio, não é mais que uma consequência da liberdade religio- sa: na medida em que Nosso Senhor não reina mais, e onde todas as religiões tem um direito igual na sociedade, elas devem procurar se co- nhecer e trabalhar juntas para viver em harmo- nia. 3 Sem a oposição fundamental da Igreja, a estrada está livre para a nova civilização Nosso combate quotidiano pelo Cristo Rei Oportet illum regnare Baseado na conferência de Frei Marie Dominique, OP SANTOS E FESTAS DO MÊS: 01– Festa do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor; 02– Visitação da SS. Virgem; 08– Santa Isabel, rainha de Portugal; 13– Santo Anacleto; 14– São Boaventura; 15– Santo Henrique Beato Inácio de Azevedo e companheiros; 16– Nossa Senhora do Carmo; 18– São Camilo de Lellis; 20– Santa Margarida; 22– Santa Maria Madalena; 25– São Tiago Maior, apóstolo São Cristovão; 26– Santa Ana; 31– Santo Inácio de Loyola. NESTA EDIÇÃO: Combate pelo Cristo Rei 1 a 3 Exame de consciência 4 Comunhão espiritual e Santa Missa intencional 5 a 8 Notícias 9 Julho/ 2015 Edição 26 A Família Católica C A P E L A N O S S A S E N H O R A D A S A L E G R I A S Nota: O presente texto está baseado em uma conferência dada pelo Pe. Dominicano Marie Dominique, OP. Ambas as partes, mas a segun- da em particular, que será publicada em nossa próxima edição, possui algumas retoques feitos pelo Ir. Antônio da Cruz que passou este texto em forma de conferência para os fiéis de nossa Capela. Preâmbulo: O combate dos papas, o combate de Monse- nhor Lefebvre 1.1 A Igreja sabe que Nosso Senhor é Rei e por isso combate Qual é o coração do nosso combate? É aquele da Igreja de todos os tempos depois de sua fundação: Oportet illum regnare, disse São Pau- lo (1 Cor 15, 25). É preciso reler e estudar, com o lápis à mão, a Encíclica Quas Primas do Papa Pio XI, eco de toda a Tradição sobre o tema do Cristo Rei. O Papa relembra os fundamentos da realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre os indivíduos e sobre as nações: - Ele é Rei de todos os homens individualmente – mesmo dos não católicos – por direito natural, em razão de sua união hipostática – ou seja, por ser além de homem, Deus, o criador do universo; e Rei por direito de conquista depois que Ele nos libertou da escravidão do demônio pelo seu sacrifício da Cruz. - Ele é Rei das sociedades porque criou o ho- mem animal social, a fim de que os homens trabalhassem para sua salvação agrupando-se em sociedades. E o que são as sociedades se- não a união dos indivíduos – o que se manda ao indivíduo, manda-se à sociedade: “da forma dada a sociedade depende o alargamento das vias do Céu”, disse São Gregório Magno. - E é por entender o reino do Cristo no mundo inteiro, que a Igreja não cessou de trabalhar desde sua fundação na conversão dos chefes de estado e apoiando-se sobre eles fizessem reinar Nosso Senhor nos seus Estados.

A família católica, 26 edição. julho 2015

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Page 1: A família católica, 26 edição. julho 2015

1.2 A cidade de Satã contra a realeza do

Cristo - A revolução versus o reino social de

Nosso Senhor.

Pode-se dizer que a realeza do Cristo é o cen-

tro da luta entre a cidade de Satã (a contra Igre-

ja) e a Igreja Católica.

Isto apareceu mais claramente depois que a

revolução francesa conseguiu derrubar o reino

social de Nosso Senhor na França, e da França

no mundo inteiro. Não há dúvidas, a revolução

foi suscitada pelo inferno. O demônio não tem

outro objetivo senão a ruína do reinado de Nosso

Senhor Jesus Cristo na terra.

Daí o grito de alarme dos papas. Assim o fez

São Pio X fazendo do combate pelo Cristo Rei o

único objetivo de seu pontificado 1 - Tudo instau-

rar em Cristo. Ao julgo doce e suave do Salvador

do mundo sucedeu “a peste do laicismo”, disse

o papa Pio XI na sua encíclica Quas Primas. O

resultado é “essa explosão de infortúnios que

invadiram o universo”, ajuntou ele.

A Revolução penetrou na Igreja na ocasião do

Concílio Vaticano II

Depois, os inimigos da Igreja passaram a uma

etapa superior, conseguindo contornar a hierar-

quia católica para a colocar do seu lado, e isso

especialmente na ocasião do Concílio Vaticano

II. Pode-se dizer que o combate central do Concí-

lio foi a questão da liberdade religiosa, saída das

lojas judeu-maçônicas 2, sem ser negada, altera-

da, pelos bispos, e vitoriosamente introduzida

nos textos conciliares na última sessão. O ecu-

menismo, outro ponto negro do Concílio, não é

mais que uma consequência da liberdade religio-

sa: na medida em que Nosso Senhor não reina

mais, e onde todas as religiões tem um direito

igual na sociedade, elas devem procurar se co-

nhecer e trabalhar juntas para viver em harmo-

nia. 3

Sem a oposição fundamental da Igreja, a estrada

está livre para a nova civilização

Nosso combate quotidiano pelo Cristo Rei

Oportet illum regnare

Baseado na conferência de Frei Marie Dominique, OP

SANTOS E

FESTAS DO MÊS:

01– Festa do Preciosíssimo

Sangue de Nosso Senhor;

02– Visitação da SS. Virgem;

08– Santa Isabel, rainha de

Portugal;

13– Santo Anacleto;

14– São Boaventura;

15– Santo Henrique

Beato Inácio de Azevedo e

companheiros;

16– Nossa Senhora do Carmo;

18– São Camilo de Lellis;

20– Santa Margarida;

22– Santa Maria Madalena;

25– São Tiago Maior, apóstolo

São Cristovão;

26– Santa Ana;

31– Santo Inácio de Loyola.

N E S T A

E D I Ç Ã O :

Combate pelo Cristo Rei 1 a 3

Exame de consciência 4

Comunhão espiritual e

Santa Missa intencional 5 a 8

Notícias 9

Julho/ 2015 Edição 26

A Família Católica C A P E L A N O S S A S E N H O R A D A S A L E G R I A S

Nota: O presente texto está baseado em uma conferência dada pelo Pe. Dominicano Marie Dominique, OP. Ambas as partes, mas a segun-da em particular, que será publicada em nossa próxima edição, possui algumas retoques feitos pelo Ir. Antônio da Cruz que passou este texto em forma de conferência para os fiéis de nossa Capela.

Preâmbulo:

O combate dos papas, o combate de Monse-nhor Lefebvre

1.1 A Igreja sabe que Nosso Senhor é Rei e

por isso combate

Qual é o coração do nosso combate? É aquele

da Igreja de todos os tempos depois de sua

fundação: Oportet illum regnare, disse São Pau-

lo (1 Cor 15, 25). É preciso reler e estudar, com

o lápis à mão, a Encíclica Quas Primas do Papa

Pio XI, eco de toda a Tradição sobre o tema do

Cristo Rei. O Papa relembra os fundamentos da

realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre os

indivíduos e sobre as nações:

- Ele é Rei de todos os homens individualmente

– mesmo dos não católicos – por direito natural,

em razão de sua união hipostática – ou seja,

por ser além de homem, Deus, o criador do

universo; e Rei por direito de conquista depois

que Ele nos libertou da escravidão do demônio

pelo seu sacrifício da Cruz.

- Ele é Rei das sociedades porque criou o ho-

mem animal social, a fim de que os homens

trabalhassem para sua salvação agrupando-se

em sociedades. E o que são as sociedades se-

não a união dos indivíduos – o que se manda

ao indivíduo, manda-se à sociedade: “da forma

dada a sociedade depende o alargamento das

vias do Céu”, disse São Gregório Magno.

- E é por entender o reino do Cristo no mundo

inteiro, que a Igreja não cessou de trabalhar

desde sua fundação na conversão dos chefes

de estado e apoiando-se sobre eles fizessem

reinar Nosso Senhor nos seus Estados.

Page 2: A família católica, 26 edição. julho 2015

entrevista histórica de 14 de julho de 1987 com o Cardeal

Ratzinger) sobre este tema. Ele mesmo fez reeditar, para que se

encontrasse em todas as capelas, o Catecismo dos Direitos Divi-

nos [de Nosso Senhor] na Ordem Social, do Padre Philippe, Re-

dentorista.

E é claro, foi esta questão do Cristo Rei a Pedra de tropeço

essencial entre ele e a nova Igreja conciliar:

Eis no que consiste a nossa oposição [a Roma atual] e

eis o porque não nos podemos entender. Não é primei-

ramente a questão sobre a Missa, porque a Missa é

justamente uma das consequências do fato de que se

quis aproximar-se do protestantismo e então transfor-

mar o culto, os sacramentos, o catecismo, etc.

A verdadeira oposição fundamental é o reino de Nosso

Senhor Jesus Cristo. Oportet I l lum Regnare, nos disse

São Paulo, Nosso Senhor veio para reinar. Eles dizem

não, e nós, nós dizemos

s im com todos os papas. 4

Monsenhor Lefebvre não vê

de nenhuma maneira a possibi-

lidade de reconciliação possível

com as autoridades romanas

atuais enquanto elas não reco-

roarem Nosso Senhor.

1.3 Monsenhor Lefebvre

traído

Monsenhor Lefebvre entregou

sua alma a Deus em 25 de

março de 1991.

Apenas um mês depois de

sua morte, o Padre Schmidber-

ger, Superior geral, mandou

que o retrato de João Paulo II,

papa reinante, fosse colocado

na sacristia de todas as cape-

las atendidas pela FSSPX. Ele

disse também que nossa situa-

ção não estava normal 5. O

que mostra claramente que ele

não tinha entendido nada do

combate de Monsenhor Lefeb-

vre.

Em 1998 começaram as

reuniões do GREC.

Do lado de Roma, foi a partir do jubileu do ano 2000 – ano em

que a Fraternidade fez uma peregrinação espetacular

(imprudente) à Roma – que as autoridades conciliares, emudeci-

das pelo desenvolvimento impressionante da obra de Dom Lefe-

bvre, começaram o seu funesto jogo. Os contatos amistosos

foram estabelecidos por Dom Fellay, por intermédio do muito

diplomata (e perigosíssimo) cardeal Castrillon Hoyos. Ele propôs

uma regularização canônica da Fraternidade São Pio X, meio

ideal para trazer o fim de seu combate, e em particular seu com-

bate pelo Cristo Rei. E o plano foi realizado.

Eis o ideal de Ratzinger: desintegrar os integristas integrando-

os.

Não passaremos sobre os detalhes, este não é o objeto desta

conferência, mas a procura de um reconhecimento canônico por

Daqui por diante a Igreja não é mais um obstáculo para a ma-

çonaria instaurar sua nova ordem mundial totalitária: é a realiza-

ção do projeto da Alta Venda italiana de 1820.

"Façam com que o clero caminhe sob a vossa bandeira, crendo

caminhar sob a bandeira das Chaves Apostólicas! Estendei as

vossas redes; estendei-as no fundo das sacristias, dos seminários

e dos conventos (…) Pescareis amigos e os conduzireis aos pés da

Cátedra Apostólica. Pescais assim uma revolução em tiara e capa,

precedida da Cruz e do pendão; uma revolução que não terá ne-

cessidade senão de uma pequena ajuda para pegar fogo aos qua-

tro cantos do mundo."

Qual é esta nova civilização sem Nosso Senhor Jesus Cristo que

ela procura edificar? Não é simplesmente o ateísmo, mas um

antiteísmo.

Eles mesmos respondem:

Uma civilização que terá por

objetivo a divinização do ho-

mem pelo desenvolvimento

das ciências e das técnicas.

Neste universo globalizado de

onde a família e pátria terão

desaparecido, se praticará o

eugenismo e a eutanásia. O

indivíduo, libertado das regras

da moral, poderá se dar as

paixões mais vis. Quanto às

religiões, ela será unificada no

seio de uma Igreja universal

tendo por lei a religião de Noé,

cara aos cabalistas.

Depois da transformação de

todas as seitas religiosas, de

todas as formas de governo e

de estado, daquelas em outras,

[será] a idade de ouro que

precederá o julgamento final,

e então a característica política

será o advento da monarquia

universal por um governo de

um chefe único, invés do Rei e

do Padre. (CAMPANELLA, ca-

balista, citado por M. Jean-

Claude Lozac).

Este mestre da terra não será outro senão o Anticristo.

Ele já é nascido? São Pio X colocou a questão. Em todo caso, é

inegável que nós vemos a cidade de Satã expandindo seu impé-

rio dia após dia sobre o mundo inteiro.

A resistência heróica de Monsenhor Lefebvre

Na Igreja, contudo, ouve uma resistência a rendição do Concílio

aos inimigos da Igreja. Monsenhor Lefebvre, que não procurou

nada senão continuar na mesma linha que os papas anteriores

ao Vaticano II, fez do Cristo Rei o coração do seu combate e a

seu lado estava D. Antônio de Castro Mayer, a glória do Brasil.

Dom Lefebvre não cessou de falar nos seus sermões, nos seus

escritos (por exemplo, na obra “Do Liberalismo a apostasia), nas

suas entrevistas com as autoridades conciliares (como na sua

Page 3: A família católica, 26 edição. julho 2015

uma hierarquia modernista obriga necessariamente no atenuar

consideravelmente o combate da fé: pois é

claro, os ataques contínuos iriam indispor os

interlocutores romanos e congelar as discus-

sões; e uma vez obtido o reconhecimento

depois de tanto esforço, tudo deveria ser reor-

ganizado para não o perder, e o silêncio seria obrigatório. É o

que se passou com todos os ralliés.

Assim, Monsenhor Fellay não denunciou mais os escândalos

da Igreja conciliar e do papa, e não fez mais do Cristo Rei o cora-

ção do combate atual. Ele não cessa de declarar que “a primeira

preocupação da Fraternidade São Pio X, [...] é a Missa”. Pode-se

reportar a entrevista publicada no DICI, de 6 de Dezembro de

2013, à conferência dada no congresso do Corrier de Rome em

Paris, em Dezembro de 2014; ou a condenação do livro do Pa-

dre Pivert sobre Monsenhor Lefebvre e Roma, livro condenado e

proibido de ser vendido nos priorados, particularmente porque

ele explica que a ideia principal que anima Monsenhor Lefebvre

era o Cristo Rei. Esta nova política assimilou Monsenhor Fellay

dos superiores das comunidades ralliés que finalizaram o com-

bate e que mantém o mesmo discurso.

Meus amigos, lembramos que umas das táticas da revolução

para minar a resistência católica, é justamente – no primeiro

tempo – fazer passar ao segundo plano o combate pelo Cristo

Rei, para em seguida o fazer esquecido 6. É isso que ela está

fazendo com a Fraternidade. [O combate pela Missa e pelo sa-

cerdócio].

Desde a Revolução, nós assistimos periodicamente a movi-

mentos de resistência que acabam por ser ceifados; as jornadas

Jean Vaquiée deste ano estudaram algumas. E parece que hoje

em dia nós vivemos a neutralização da Fraternidade fundada

por Monsenhor Lefebvre. É necessário refletir sobre as causas

deste novo fracasso.

1.4 Nós podemos e devemos fazer alguma coisa?

Ao fim deste breve resumo da atualidade, uma questão é colo-

cada: “Podemos e devemos nós fazermos alguma coisa?”.

Bem, se o combate pelo Cristo Rei for um combate puramente

humano, pode-se dizer que tudo está perdido, e que não há

mais nada o que se fazer senão que se refugiar sem mais ten-

tando sobreviver prejudicando-se o menos possível.

Porém, a batalha que se trava hoje em dia é a batalha de

Deus. Ela terminará por uma vitória certa de Nosso Senhor.

Esta vitória, pode ser que não a vejamos durante nossa vida

terrena. Mas os filósofos do século 18, os revolucionários de

1789, os maçons do século 19, sabiam muito bem que não

veriam em sua vida o triunfo de suas ideias. Citemos a instrução

permanente da Alta Venda, de 1820:

O trabalho que nós iremos empreender, não é obra nem de um dia, nem de um mês, nem de um ano; isso pode durar muitos anos, um século pode ser, mas nas nossas fileiras os soldados morrem e o combate continua.

Nós, soldados do Cristo Rei desde a nossa confirmação, filhos

da Igreja contra a qual as portas do inferno não prevalecerão

(Mt 16, 18), nós que somos os únicos que lutamos com a certe-

za da vitória, nós teremos menos zelo que os filhos das trevas?

Deve ressoar em nossos ouvidos o apelo de Monsenhor Lefeb-

vre no último sermão da última missa pontifical, no dia 1° de

Novembro de 1990, para os vinte anos da Fraternidade:

Meus caros amigos, vê-se claro a importância do seu trabalho.... vocês são o pequeno resto, mas que possui a flama ardente [...] Ah! Que bela chama! Que bela cruzada vocês tem diante de vós! O bom Deus vos fez nascer em uma época da história da humani-dade que é entusiasmante para jovens como vocês! Absolutamen-te como foi para os Macabeus. Judas Macabeus se encontrou com oitocentos soldados diante de um exército de vinte mil, e ele os venceu. Isso! Tenham confiança, meus caros amigos, Deus está convosco. Ele não vos abandanará, ele não nos abandonou no curso destes vinte anos. Ele não vos abandonará no futuro porque Deus se quer ele mesmo; Deus não quer desaparecer, ele é Deus, ele quer continuar Deus, não somente no céu, mas aqui em baixo. E é por isso que ele quer soldados no seu exército.

Mas enfim, é preciso passar às conclusões e resoluções práti-

cas. A linha geral parece nos ser traçada no magnífico estudo do

Sr. Jean Vaquiée sobre as duas batalhas:

- A batalha inferior, que é a batalha dos homens, “Estar atento, e

fortalecer o que resta, o que está perto de morrer”, disse o anjo a

Igreja de Sardes, no livro do Apocalipse (3,2). “Enquanto que os

outros destroem, nós devemos construir as cidades demolidas,

reconstruir os bastiões da fé”, escreve Monsenhor Lefebvre em

conclusão de seu livro “Do liberalismo a apostasia”.

A experiência da Fraternidade São Pio X nos mostra talvez que,

na fase atual da revolução, uma vasta estrutura internacional,

facilmente infiltrável, não é mais a solução; e que as circunstân-

cias vão nos obrigar a constituir o que por intuição disse o Padre

Calmel:

Pequenas unidades que se conhecem na medida em que elas po-dem, que se prestam socorro ocasionalmente, mas que se recu-sam em entrar em uma organização sistemática e universal.

Acima desta batalha inferior, se encontra a batalha superior,

que é a batalha de Deus, que resultará na ruína definitiva da

contra-Igreja. Nós veremos que nós somos também chamados a

colaborar nesta batalha superior.

Continuamos na próxima edição!

Notas:

1- “Nosso objetivo único no exercício do supremo pontificado é de tudo restaurar em Cristo”. São Pio X, encíclica E Supremi Apostolatus, 4-10-1903).

2- Ver o livro de Yves Marsaudon.

3- Harmonia que é justamente uma guerra a Nosso Senhor Jesus Cristo.

4- Mgr Lefebvre – A Igreja infiltrada pelo modernismo, Edições Fideliter 1993.

5- Testemunho de Monsenhor Faure. Ora, o que é normal para o Padre S.? Padre Schminberger está influenciado pela “filosofia kantiana” – fantasiosa, da quase negação da realidade. Essa afirmação pode talvez ser classificada inclusive como um perigo-so argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as re-gras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa. A princípio, essa afirmação pode impressionar. Especialmente os desprepa-rados, mas basta umas pouca considerações para refutar o espí-rito que move os seus autores. Primeiramente o normal deve ser a guarda da fé católica. Portan-to, o fato das autoridades romanas estarem em apostasia, nos leva a nos encontrarmos em uma situação anormal. Porque exatamente o normal é o Papa e os bispos serem católicos.

6- Conferir no artigo de Adrien Loubier, “As vias da redução”.

A Família Católica Julho/ 2015

Page 4: A família católica, 26 edição. julho 2015

I- É meio potentíssimo para nos conhecermos. Nada nos é mais desconhecido do

que nós mesmos. Como o olho vê tudo menos a si próprio, assim o coração é um

mistério para si mesmo! Tu conheces os defeitos dos outros, vês a palha no olho

do vizinho, criticas tudo e não sabes conhecer-te a ti mesmo! Mas se cada noite

tomas tua alma entre as mãos, se a estudas, se procuras com a lanterna os teus

defeitos, chegarás a conhecer-te um pouco. Fazes este exame todos os dias?

II- É meio eficacíssimo para nos emendarmos. Se visses em um espelho que teu

rosto está manchado, ficarias sem limpá-lo? Espelha-te cada tarde na lei de Deus,

no Crucifixo! Oh! Quantas manchas! Quantos pecados! Nem um só dia sem alguma

miséria!... Se fizeres este exame seriamente poderás dizer com indiferença: Hoje

pequei como ontem e até mais; não me importa!? Se depois disto não te emendas

é porque o fazes distraída e descuidosamente.

III– É valiosíssimo meio para te santificares. Só diminuir o número de pecados é já

progresso na virtude. Se tomas cada dia uma virtude para praticar; se cada noite

examinas de que modo, quantas vezes, com que sucesso a tens praticado, e, ven-

do-te deficiente propõe-te novamente praticá-la no dia seguinte com mais energia,

oh! Bem depressa chegarás a santificar-te. Porque tal exercício te custa um pouco,

perderás tamanhas vantagens?

Prática: Desde hoje começa a fazer bem o teu exame de consciência e não o dei-

xes mais.

O Exame de consciência

Breves meditações para todos os dias do ano e sobre as

solenidades da Igreja — Mons. Agostinho Berteu

Page 5: A família católica, 26 edição. julho 2015

Notas: 1- À qual não estamos assistindo, mas que temos

a intenção de nos unir espiritualmente.

2- Acreditamos que essa preparação será muito útil, principal-

mente para as capelas da Resistência que não possuem, em sua

maioria, missas regulares ou diárias e, principalmente, missa

dominical. Pode ser utilizada tanto individualmente como em

conjunto, para os fiéis que se unem em suas capelas aos domin-

gos, por exemplo, ou mesmo em suas casas, não podendo ir à

capela, e até durante a semana nos dias que puderem.

Atos de contrição:

Meu Deus, tenho muita pena de ter pecado, porque ofendi a Vós meu Sumo Bem e porque mereci os castigos de Vossa Justiça. Perdoai-me, Senhor, não quero mais pecar.

Por amor que tendes a Maria Santíssima, e através d’Ela, eu Vos peço a graça do perdão, a graça da contrição e a graça de não tornar a Vos ofender.

Tende misericórdia de mim, pecador(a)!

Ó Maria Santíssima, alcançai de Nosso Senhor Jesus Cristo para mim a graça do perdão, a graça da contrição, graça da emenda, graça da paz.

Que Ele seja para com minhas faltas como alguém que não tem memória nem sabe contar.

Consertai para mim todos os males que eu fiz, alcançai de Nosso Senhor para mim o espírito de compunção, o horror a todo peca-do, a delicadeza de consciência, a vontade e a resolução firmes de não mais pecar e que deteste os meus pecados de todo o meu coração.

Atos de petição:

Ó Maria Santíssima, lançai para longe de mim os sentimentos, as imaginações, os desejos, as lembranças, os pensamentos, as ações, as ocasiões contra a santa pureza, contra a santa humil-dade, contra a santa caridade, contra a santa confiança, contra a santa paciência, contra a santa generosidade e contra a santa gratidão.

Protegei os meus olhos, para que não vejam o que não devem ver, os meus ouvidos, para que não ouçam o que não devem ouvir, o meu coração, para que não sinta o que não deve sentir, a minha vontade, para que não queira o que não deve querer, a minha imaginação, para que não imagine o que não deve imagi-nar, a minha memória, para não lembre o que não deve lembrar, o meu pensamento, para que não pense o que não deve pensar, que eu não faça o que não devo fazer, que eu não fale o que não devo falar.

Senhor, fazei que eu seja uma vítima de holocausto, unido (a) a Vós (que sois a vítima de holocausto do sacrifício da Cruz e do sacrifício do altar), em adoração, ação de graças, propiciação e petição.

Ó Maria Santíssima, das Vossas intenções e das Vossas disposi-ções peço-Vos a graça de fazer-me participante e de unir-me a elas.

Ó Senhor, tomai toda a minha inteligência, toda a minha vontade, toda a minha memória e toda a minha liberdade. Tudo o que eu tenho ou possuo Vós me destes, tudo eu Vos restituo e entrego inteiramente à Vossa vontade para tudo governar. Se me derdes somente a caridade para convosco e a Vossa graça santificante serei suficientemente rico, e isso me basta.

Ó Maria Santíssima, renuncio a mim mesmo e dou-me todo a Vós. Que a Vossa alma esteja em mim para glorificar o Senhor:

agora, quando me unir às Santas Missas de hoje, na Comunhão espiritual, sempre.

Ó Maria Santíssima, vinde receber Nosso Senhor Jesus Cristo em mim e por mim, para que Ele seja em tudo glorificado e em nada ofendido.

Ó Senhor, vinde e vivei em mim, Vós vivendo em Maria Santíssi-ma: no espírito de Vossa santidade, na plenitude do Vosso poder, na perfeição dos Vossos caminhos, na verdade de Vossas virtu-des e em união com os Vossos mistérios, para dominar contra todo poder adverso, no Vosso Espírito, para a glória do Pai. Assim seja.

Ó Maria Santíssima, preparai minha alma para receber Nosso Senhor!

Lançai para longe de mim todos os empecilhos que eu coloco à plena ação de Nosso Senhor em minha alma, para que Ele se sinta à vontade quando vier a mim pela Comunhão espiritual e possa pedir de mim o que Ele quiser. Realizai em mim esse mila-gre da graça!

Ó Maria Santíssima, vinde com todos os Anjos e com todos os Santos receber a Nosso Senhor em minha alma, com hinos de ação de graças, de louvor, de alegria, de caridade e de adoração, para que Ele se sinta feliz quando vier a mim pela Comunhão espiritual.

Atos de ação de graças:

Ó Maria Santíssima, agradeço-Vos por eu ser todo Vosso, por todos os meus serem Vossos e por todas as minhas coisas se-rem Vossas.

Ato de oferecimento:

Tudo o que Vos tenho dado é pouco para Vos honrar, mas pela Sagrada Comunhão espiritual eu Vos darei o mesmo presente que o Pai eterno Vos deu. Presente que mais Vos há de honrar que se eu Vos desse todos os bens do mundo. Jesus deseja des-cansar em Vós, embora em minha alma, mais suja e pobre do que o estábulo, ao qual Ele não opôs dificuldade em descer, pois Vós lá estáveis. Tomo-Vos inteiramente para mim: dai-me o Vosso Coração, ó Maria Santíssima!

Ato de Fé:

Senhor, creio firmemente que vou receber-Vos espiritualmente.

Ato de esperança:

Espero de Vossa infinita bondade todos os bens e graças que generosamente dais aos que Vos recebem com viva fé e inteira confiança. Dai-me, Senhor, uma viva fé e uma inteira confiança.

Ato de adoração:

Adoro-Vos na Sagrada Hóstia consagrada.

Ato de desejo:

Sois o médico de minha alma, quero procurar na Comunhão espi-ritual o meu remédio, a minha força e a minha vida. Vinde, Se-nhor, sede o meu remédio, a minha força e a minha vida! Vinde, Senhor, tomai posse de mim!

Oração de Fátima, que inclui atos de adoração, oferecimento,

reparação e petição (aqui esta oração está um pouco modifica-

da):

Santíssima Trindade, eu Vos adoro e Vos ofereço Nosso Senhor Jesus Cristo, presente em todas as Hóstias Consagradas da ter-

Preparação para a Comunhão espiritual e para a Santa Missa 1

Arsenius

Page 6: A família católica, 26 edição. julho 2015

ra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido por mim e pelos outros pecadores.

E pelos méritos infinitos dEle e pelos méritos quase infinitos de Maria Santíssima peço-Vos a minha conversão e a dos outros pobres pecadores. Assim seja. (três vezes)

Santa Missa “intencional”

Pedimos-vos, Senhor, afasteis de nós as nossas iniquidades, para merecermos entrar no Santo dos Santos com a alma purifi-cada. Amém.

Nós Vos suplicamos, Senhor pelos méritos (de Vossos Santos cujas relíquias se encontram no altar desta capela e) e de todos os Santos, Vos digneis perdoar todos os meus pecados.

Kýrie, eléison. Kýrie, eléison. Kýrie, eléison.

Christe, eléison. Christe, eléison. Christe, eléison.

Kýrie, eléison. Kýrie, eléison. Kýrie, eléison.

Glória in excélsis Deo, et in terra pax homínibus bonae voluntátis. Laudámus te. Benedícimus te, Adorámus te. Glori-ficámus te. Grátias ágimus tibi propter magnam glóriam tuam. Dómine Deus, Rex caeléstis, Deus Pater omnípotens, Dómine Fili unigénite, Jesu Christe, Dómine Deus, Agnus Dei, Fílius Patris. Qui tollis peccáta mundi, miserére no-bis. Qui tollis peccáta mundi, súscipe deprecatiónem nostram. Qui sedes ad déxteram Patris, miserére nobis. Quóni-am tu solus Sanctus. Tu solus Dómi-nus. Tu solus altíssimus, Jesu Christe. Cum Sancto Spíritu in glória Dei Patris. Amen.

Ó Deus onipotente, dignai-Vos, por Vossa benigna misericórdia, purificar o meu coração e os meus lábios.

Dai-me, Senhor, a Vossa bênção. Esteja o Senhor em meu coração e em meus lábios.

Credo in unum Deum, Patrem omnipo-téntem, factórem caeli et terrae, visibí-lium ómnium et invisibílium. Et in unum Dóminum Jesum Christum, Fílium Dei unigénitum. Et ex Patre natum ante ómnia saécula. Deum de Deo, Lumen de Lúmine, Deum verum de Deo vero, Génitum non factum, consubstiálem Patri: per quem ómnia facta sunt. Qui propter nos hómines et propter nostram salútem descéndit de caélis. Et incarnátus est de Spíritu Sancto ex María Vírgine: ET HOMO FACTUS EST. Crucifíxus étiam pro nobis sub Póntio Piláto passus, et sepúltus est. Et resurréxit tértia die, secúndum Scriptúras. Et ascéndit in caélum: sedet ad déxte-ram Patris. Et íterum ventúrus est cum glória, judicáre vivos et mórtuos: cujus regni non erit finis. Et in Spíritum Sanctum, Dómi-num et vivificántem: qui ex Patre Filióque procédit. Qui cum Patre et Fílio simul adorátur et conglorifcátur: qui locútus est per Pro-phétas. Et unam sanctam cathólicam et apostólicam Ecclésiam. Confíteor unum baptísma in remissiónem peccatórum. Et expécto resurrectiónem mortuórum. Et vitam ventúri saéculi. Amen.

Recebei, Senhor, em todas as Santas Missas deste dia, a hóstia imaculada, que Vos oferecemos, por nossos inumeráveis peca-dos, ofensas e negligências, e por todos os fiéis cristãos, vivos e defuntos, a fim de que este sacrifício nos aproveite para a salva-ção na vida eterna e suba com suave odor à presença de Vossa divina Majestade, para a salvação nossa e de todo o mundo.

Ó Deus, que maravilhosamente criastes a dignidade da natu-

reza humana e mais prodigiosamente a ainda a reformastes, concedei-nos, pelo mistério do Santo Sacrifício da Missa, sermos participantes da divindade dAquele que se dignou revestir-se de nossa humanidade, Jesus Cristo, Vosso Filho, Nosso Senhor, que, sendo Deus, convosco vive e reina, em união com o Espírito San-to, por todos os séculos dos séculos. Amém.

Em espírito de humildade e coração contrito sejamos por Vós recebidos, Senhor, e assim se faça hoje este nosso sacrifício em Vossa presença, de modo que Vos agrade, ó Senhor Deus.

Recebei, Senhor, esse sacrifício para louvor e glória de Vosso nome assim como para utilidade nossa e de toda a Vossa Santa Igreja.

Verdadeiramente é digno e justo, razoável e salutar, que, sempre e em todo lugar, Vos demos graças, ó Senhor Santo, Pai onipo-tente, eterno Deus, por Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Sanctus, Sanctus, Sanctus, Dóminus, Deus Sábaoth. Pleni sunt caeli et terra glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus qui venit in no-mine Dómini. Hosánna in excélsis.

Clementíssimo Pai, nós Vos oferece-mos esse sacrifício antes de tudo por Vossa Santa Igreja Católica, para que Vos digneis, por toda a terra, dar-lhe a paz, protegê-la, uni-la e governá-la.

Senhor, concedei-nos em tudo a Vos-sa proteção.

Senhor, aceitai favoravelmente a oblação que Vos fazemos. Firmai os nossos dias em Vossa paz, arrancai-nos da condenação eterna e colocai-nos no número de Vossos eleitos.

Eu Vô-las ofereço em união com o Vosso Sagrado Coração, pedindo-Vos que, por intermédio do Coração Ima-culado de Maria, se reserve de cada Santo Sacrifício uma gota do Vosso

precioso Sangue para apagar os meus pecados e as penas mere-cidas por eles. Suplico-Vos também que, por meio destas Santas Missas, as almas do Purgatório sejam aliviadas, os pecadores se convertam, os agonizantes alcancem a Vossa misericórdia, as crianças pagãs em perigo de morte recebam a graça do santo Batismo e os jovens conservem intacto o lírio de sua pureza. Ó meu Jesus, peço-Vos ainda que concedais a Vossa divina luz e o conhecimento de Vossa santa vontade às almas juvenis, vacilan-tes na escolha de sua vocação e que, finalmente, jamais seja praticado o pecado mortal, dor tão cruciante para Vosso Sagrado Coração. Assim seja.

Ó Senhor, pela Vossa infinita misericórdia, dai o descanso eterno a todas e a cada uma das santas almas do Purgatório. Assim seja.

Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, socorrei principalmente as que mais precisarem, não conforme os nossos méritos, mas segundo a Vossa misericórdia.

Pai Nosso etc.

Ó meu Jesus, faço a intenção de

participar dos preciosos frutos de

todas as Santas Missas que hoje

forem celebradas no mundo inteiro

e uno-me a todas elas.

Page 7: A família católica, 26 edição. julho 2015

Ó Senhor, livrai-nos de todos os pecados, de todas as tentações e de todos os castigos dos pecados, passados, presentes e futu-ros.

Que a Comunhão espiritual guarde a minha alma para a vida eterna.

Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi, miserére nobis. [perdoai os nossos pecados passados]

Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi, miserére nobis. [perdoai os nossos pecados presentes]

Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi, dona nobis pacem. [livrai-nos dos pecados futuros]

Senhor, não olheis para os meus pecados, mas a fé de Vossa Igreja e concedei-lhe a paz e a união segundo a Vossa vontade.

Senhor, livrai-me de todos os meus pecados e de todas as mi-nhas iniquidades. E fazei que eu observe sempre os Vossos pre-ceitos e nunca me afaste de Vós.

Senhor, que a Vossa espiritual vinda a mim sirva, por Vossa pie-dade, de defesa à minha alma e ao meu corpo e como de um remédio de que preciso.

Dómine, non sum dignus ut intres sub tectum meum [por causa dos meus pensamentos e de minha ingratidão], sed tantum dic verbo et sanábitur ánima mea.

Dómine, non sum dignus ut intres sub tectum meum [por causa das minhas palavras e das minhas infidelidades], sed tantum dic verbo et sanábitur ánima mea.

Dómine, non sum dignus ut intres sub tectum meum [por causa das minhas ações e das minhas resistências às vossas graças], sed tantum dic verbo et sanábitur ánima mea.

Comunhão espiritual:

Ó Maria Santíssima, renuncio a mim mesmo e dou-me todo a Vós.

Que a Vossa alma esteja em mim para glorificar o Senhor, que recebi espiritualmente.

Ó Maria, concebida sem pecado original, rogai por nós que recor-remos a Vós.

Ó Senhor, não olheis para os meus pecados, mas para a santida-de de Maria Santíssima!

Tenho confiança em Vós!

Santificai-me!

Senhor, concedei-me a graça de guardar, com o espírito puro, a Vós, que recebi na Comunhão espiritual.

Senhor, pelo amor que tendes a Maria Santíssima, dai-me a gra-ça de estar, a partir de agora, de tal maneira unido a Vós, que não haja mais em mim nenhum pecado; Vós que sois santíssimo, puríssimo e eterno e que tendes um poder total, inteiro e perfeito sobre mim.

Seja-Vos agradável, ó Santíssima Trindade, a oferta de minha servidão, a fim de que o Santo Sacrifício da Santa Missa, celebra-do hoje em toda a terra, que eu, indigno aos olhos de Vossa Divi-

na Majestade, Vos ofereci, seja aceito por Vós, e, por Vossa Mise-ricórdia, seja propiciatório para mim e para todos aqueles por quem o ofereci. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

Ação de graças da Comunhão espiritual e da Santa Missa “intencional”

Atos de agradecimento:

Agradeço-Vos, ó Senhor, por estardes em mim.

Agradeço-Vos, por haverdes vindo a mim.

Como é bom estar aqui convosco!

(Pedindo a Nossa Senhora que, com Suas mesma palavras, faça essa ação de graças em nosso lugar, suprindo nossa incapacida-de de a fazer bem)

“Magnificat”:

Minha alma glorifica o Senhor, e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador, porque lançou os olhos para a humilhação de Sua serva. Portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada. Porque o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas, e o Seu nome é santo. E a Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, dissipou aqueles que se orgu-lhavam com o pensamento do seu coração. Depôs do trono os poderosos, e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu vazios os ricos. Tomou cuidado de Israel, Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, a Abraão e à sua posteridade para sempre.

Glória ao Pai, etc.

Orações de Fátima, que incluem atos de Fé, adoração, esperan-ça, amor, oferecimento, reparação e petição (aqui a segunda oração está um pouco modificada):

(Rezar três vezes as duas orações seguintes)

Meu Deus, eu creio, adoro, espero e Vos amo.

Peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram, não espe-ram e não Vos amam.

Santíssima Trindade, eu Vos adoro e Vos ofereço Nosso Senhor Jesus Cristo, presente em todas as Hóstias Consagradas da ter-ra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido por mim e pelos outros pecadores.

E pelos méritos infinitos dEle e pelos méritos quase infinitos de Maria Santíssima peço-Vos a minha conversão e a dos outros pobres pecadores. Assim seja.

Atos de petição:

Senhor, convertei-me, perdoai-me, santificai-me, dai-me a perse-verança final, salvai-me e levai-me diretamente para o Céu.

Ó Maria Santíssima, intercedei por mim e alcançai-me de Nosso Senhor essas graças.

Senhor, colocai sobre minha mente o elmo da salvação, para repelir todos os ataques do demônio.

Ó Senhor, é preciso que Vós cresçais em minha alma e eu seja menos do que tenho sido.

Ó Maria Santíssima, é preciso que Vós cresçais em mim e eu seja menos do que tenho sido.

Ó Maria Santíssima, encomendo-Vos todas as Comunhões que se fazem hoje, para que não ofendam a Vosso Divino Filho.

Ó Maria Santíssima, esteja em mim a Vossa alma, esteja em mim o Vosso espírito, ponde-Vos como um selo sobre o meu coração, amai-me, ensinai-me, dirigi-me, sustentai-me e firmai-me, prote-gei-me.

Senhor, desejo receber-Vos em minha alma, mas como agora não

posso receber-Vos sacramentalmente, vinde ao menos espiritual-

mente ao meu coração.

E como se Vos tivesse já recebido, uno-me inteiramente a Vós.

Não permitais jamais, Senhor, que eu me separe de Vós.

Page 8: A família católica, 26 edição. julho 2015

Edição:

Capela Nossa Senhora das Alegrias - Vitória, ES.

http:/www.nossasenhoradasalegrias.com.br

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Notícias da Resistência

MÊS DE ANIVERSÁRIO!

Em nossa última edição comunicamos que faríamos um sorteio entre nossos leitores em comemoração ao segundo ano de nos-

so jornal. A ganhadora do livro foi a Sra. Geruza Nass, da Capela Nossa Senhora das Alegrias, e da Missa, o Sr. Daniel Maria, da

Missão Cristo Rei. Parabéns!

Concedei-me que Jesus Cristo se forme em mim, para a glória do Pai. Assim seja.

Ó Senhor, concedei-me a Vossa graça santificante, concedei-me a graça que essa graça santificante permaneça em mim para sempre, eternamente, e sempre cresça de grau, até a minha entrada na eternidade.

Que eu tenha sempre o mesmo querer Vosso, que eu tenha sem-pre o mesmo não querer Vosso, que eu me desapegue do mundo e de mim mesmo, que eu descanse em Vós, que o meu coração se pacifique em Vós.

Aumentai em mim a ação dos Vossos Dons, iluminai-me, lançai para longe de mim as tentações, os pecados e as ocasiões de pecado. Concedei-me a graça de não consentir em nenhuma dessas coisas. Dai-me a Vossa paz, a Vossa graça eficaz, a Vossa devoção, os Vossos frutos e a graça de Vos glorificar.

Dai-me a generosidade, elevai a minha mente, desapegai-me do amor desordenado que tenho a mim mesmo e uni-me a Vós com um vínculo inseparável da caridade para conVosco. Assim seja.

(Pedindo a Nossa Senhora que rogue a Seu Filho, presente agora em mim, por todos aqueles que me fizeram algum bem):

Ave Maria, etc. (três vezes)

(Pelas intenções do Sumo Pontífice):

Pai Nosso, etc.

Ave Maria, etc.

(Pedindo a Nossa Senhora que nos obtenha a(s) graça(s) que particularmente lhe pedimos por esta seguinte oração):

Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implo-rado a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a Vós, Virgem singular, como Mãe recorro e de Vós me valho, e gemen-do sob o peso dos meus pecados, eu me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus hu-manado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e me alcançar o que Vos rogo. Amém.

Ato de oferecimento ao Amor Misericordioso:

A fim de viver em um ato de perfeito amor, ofereço-me como vítima de holocausto ao Vosso Amor Misericordioso, suplicando-Vos me consumais sem cessar, deixando transbordar em minha alma a infinita caridade que em Vós está encerrada, e assim eu me torne, ó meu Deus, mártir de Vosso Amor. Que este martírio, após haver-me preparado para comparecer diante de Vós, faça-me afinal morrer, e minha alma se precipite sem tardar na eterna posse de Vossa Caridade que se inclina sobre nossa miséria. Quero, Senhor, a cada palpitar de meu coração, renovar-Vos este oferecimento, até que, entrando na eternidade, possa redizer-Vos o meu amor no eterno face a face. Assim seja.

* Neste mês tivemos em nossa capela uma Festa Julina em honra de São Pedro, São João e Santo Antônio, visando a arrecadação de

fundos para a compra dos móveis da sacristia. Foi um momento de feliz e honesto divertimento entre os fiéis. Durante a festa tivemos

uma ótima conferência (cuja primeira parte se encontra na matéria de capa de nosso jornal) sobre o nosso combate pelo Cristo Rei,

dada pelo Ir. Antônio da Cruz, fiel de nossa Capela. Aproveitamos a ocasião para agradecer a colaboração de todos à nossa confrater-

nização.

* Gostaríamos de pedir a todos que ofereçam suas orações e sacrifícios na intenção do Seminário São Luís Maria Grignion de Mont-

fort que abrirá suas portas em 3 de outubro, em Angers, França, sob a direção de Mon. Faure. Que Nossa Senhora, Rainha dos sacer-

dotes, possa proteger esta obra tão necessária para o Reinado de seu Divino Filho. Com a graça de Deus, o Brasil enviará para lá 4

seminaristas, entre eles um de nossos fiéis.

* No último dia 14 se deu a inauguração do primeiro priorado da União Sacerdotal Marcel Lefebvre, na França: Priorado Nossa Senho-

ra do Cristo Rei, na propriedade Villeneuve. Estavam presentes nossos dois bispos que após a Santa Missa dirigiram aos fiéis algumas

palavras acerca da situação atual, assim como os Pe. Pivert e Pinaud. Dom Tomás de Aquino e Pe. Joaquim, FBMV, também estavam

presentes, bem como outros padres que se encontravam na França por ocasião das jornadas Jean Vaquié. Publicaremos na próxima

edição as impressões de um fiel brasileiro, que estava lá, sobre as jornadas, o povo frânces e sua resistência.

* Os dirigentes do MJCF (Movimento da Juventude Católica Francesa), fundado em 1970 pelos dominicanos de Avrillé, se pronuncia-

ram acerca da crise da FSSPX, em uma circular dirigida aos seus membros. A carta veio acompanhada de uma lista cronológica de

fatos e declarações dos últimos dez anos e explicita que a “realidade dos fatos mostra sem dúvida uma mudança de orientação na

direção da FSSPX”. Assim sendo, “nós rejeitamos portanto em participar na cegueira dos espíritos, queremos, pelo contrário, prevenir

às almas do perigo”; “estejamos seguros que Nosso Senhor saberá abençoar nossos esforços, nosso amor à verdade, nosso ardor a

confessar nossa fé, a lutar por transmiti-la sem mancha”. Até o momento o distrito da França não se pronunciou publicamente a res-

peito da carta.