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Semana da Bíblia Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho. Sl119.105

A Origem e História da Bíblia

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Semana da BíbliaLâmpada para os meus pés é tua palavra e

luz, para o meu caminho. Sl119.105

A Bíblia é um livro singular não apenas por séculos de história, mas sobretudo por ser a revelação de Deus aos homens.

O termo “Bíblia” deriva da forma plural, no grego, “livros”; a origem do nome é atribuída a cidade fenícia Biblos. Que era uma das mais importantes produtoras de papiros do mundo antigo.

O termo “testamento” inicialmente foi usadoao longo do século II d.C., sob o pretexto dediferenciar a Bíblia judaica da cristã; o termoem grego, diatheke, denota O sentido de pacto,concerto ou aliança.

As línguas em que as Sagradas Escriturasforam originalmente registradas são:

• Hebraico: todo a Antigo Testamento, com exceções.

• Aramaico: passagens do Antigo Testamento (Dn 2.4 – 7.28; Ed 4.8 – 6.18; 7.12-26; Jr 10.11) e poucas citações atribuídas a Jesus e Paulo.

Grego : toda a narrativa do Novo Testamento, exceto poucas expressões paulinas e citações “nos evangelhos” conferidos a Cristo.

Sobre a divisão em capítulos e versículos, existem algumas contradições das fontes de pesquisa; todavia, usaremos a sugerida pelo Pr. Antônio Gilberto, em seu manual da Escola Dominical.

• Capítulos são 1.189, sendo 929 no antigo Testamento e 260 no Novo Testamento.

Basicamente , os materiais de inscrição bíblica são o papiro, utilizado a partir do século III a. C., e o pergaminho, comumente usado por volta do século I d.C.

Cerca de 40 homens participaram do registro do cânon sagrado, levando um período de aproximadamente 1500 anos.

• Versículos são 31.173, sendo 23.214 no Antigo Testamento em 1445 pelo Rabi Natham; o Novo Testamento em 1551 por Robert Stevens, um impressor de Paris, Stevens publicou a primeira Bíblia dividida em capítulos e versículos em 1555, sendo esta a Vulgata Latina.

Foi dividida em 1250 d.C por Hugo Saint Cher, abade dominicano.

Acerca de sua cronologia, podemos elaborar alguns cronogramas que facilitam o entendimento. Em primeira estabelecemos a datação da narrativa descrita na Bíblia; em seguida, apresentamos os governos mundiais que serviram como “pano e fundo” para o contexto das Escrituras.

MOMENTO HISTÓRICO DATAÇÃO

Adão até o dilúvio ??? – 2.400 a. C.

Dilúvio até Abraão 2.400 a. C. – 2.000 a. C.

Abraão até Davi

Davi até Cristo 1.000 a. C. – ano zero

2.000 a. C. – 1.000 a.C.

MOMENTO HISTÓRICO DATAÇÃO

Governo da Assíria

Governo da Babilônia

Governo Medo-Persa

Governo Grego

Governo Romano

1.000 a.C. - 612 a.C.

612 a.C. - 521 a.C.

521 a.C. - 331 a.C.

146 a.C. - 476 d.C.

331 a.C. - 146 a.C.

Cânon ou Escrituras canônicas é a coleção completa dos livros divinamente inspirados, que constituem a Bíblia.

Cânon é palavra grega, e significa, literalmente, “vara reta de medir”, assim como uma régua de carpinteiro.

No Antigo Testamento, o termo aparece no original em passagens como Ezequiel 40.5

No sentido religioso, cânon não significa aquilo que mede, mas aquilo que serve de norma e regra. denotando o sentido de padrão, modelo ou conduta a ser seguida

Vi um muro que cercava completamente a área do templo. O comprimento da vara de medir na mão do homem era de seis medidas longas, cada uma com meio metro. Ele mediu o muro, que tinha três metros de espessura e três de altura. Ez 40.5 (NVI)

Entre os judeus, o cânon do Antigo Testamento tem divisões, as quais Jesus citou em Lc 24.44

• LEI, PROFETAS, ESCRITOS.

A divisão dos livros no cânon hebraico é diferente da nossa. Consiste em 24 livros em vez dos nossos 39, isto porque são considerados um só livro cada grupo dos seguintes:

Os dois de Samuel 1Os dois de Reis 1 os dois de Crônicas 1Os dois de Esdras e Neemias 1Os demais livros do Antigo Testamento 19

Total 24LEI – 5 livrosPROFETAS – 8 livrosESCRITOS – 11 livros

E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos. Lc 24.44 (ARC).

O critério Determinante: Alguns pressupostos foramcolocados, ao longo dos anos, para servir comocritérios de canonicidade de um livro; todavia elesforam rejeitados. Alguns destes foram:

• A idade de um livro: fato que não significa muitacoisa, pois vários livros antigos não eram sagrados.

• Ser escrito em língua hebraica: não procede, poistemos originais das Escrituras em aramaico e grego.

• Estar de acordo com a Torá: o Talmude e a Midrash(livros de preceitos judaicos) estão em consonânciacom a Lei, mas não tidos como sagrados.

• Ter valor religioso: muitos escritos de diversasfontes são religiosos.

Logo, conclui-se que o critério determinante para a canonicidade é a inspiração divina do escrito.

O livro é julgado como expressão da vontade de Deus e, então, aceito em sua canonicidade.

Mais adiante veremos os cinco requisitos que validam decisivamente o lugar no Cânon Sagrado.

• Autoridade de um livro: ele alega ser a Palavra deDeus

• Autoridade profética de um livro: ele foi escrito porum homem de Deus ?

• Confiabilidade de um livro: ele apresenta erros e seuconteúdo é verdadeiro ?

• Natureza dinâmica de um livro: ele é capaz detransformar vidas ?

• Aceitação de um livro: ele é aceito, lido e praticadopelo povo

Ressalta-se que alguns livros eram aceitos pelaclareza de um destes aspectos, ao passo queoutros aspectos não ficavam nítidos na obra.

Muitas vezes os aspectos se prestavam mais areprovar os livros indignos que mesmo verificarsua aprovação.

O importante é que houve um consenso quanto alegitimidade deste Cânon; uma vez que os 66livros foram aceitos, não ocorreram novasdiscussões quanto a legitimidade dos livros quecompõem a Palavra de Deus.

A palavra “apócrifo” significa, literalmente, “escondido”, “oculto”, isto em referência a livros que tratavam de coisas secretas, misteriosas, ocultas. No sentido religioso, o termo significa “não genuíno”, “espúrio”.

Nas Bíblias de edição da igreja romana, o total de livros é 73, porque essa igreja, desde o concílio de Trento, em 1546, incluiu no cânon sagrado do Antigo Testamento 7 livros apócrifos, além de 4 acréscimos ou apêndices a livros canônicos, acrescentando, assim, ao todo, 11 escritos apócrifos.

Os apócrifos foram escritos entre Malaquias e Mateus, ou seja, entre o Antigo e o Novo Testamento, numa época em que cessara por completo a revelação divina; e isto basta para tirar-lhes qualquer pretensão de canonicidade. Josefo rejeitou-os totalmente.

Nunca foram reconhecidos pelos judeus como parte do cânon hebraico. Jamais foram citados por Jesus nem foram reconhecidos pela igreja primitiva.

Jerônimo, Agostinho, Atanásio, e outros homens de valor dos primitivos cristãos, opuseram-se a eles na qualidade de livros inspirados.

São 14 os escritos apócrifos: 10 livros e 4 acréscimos a livros. Antes do Concílio de Trento, a igreja romana aceitava todo, mas depois passou a aceitar apenas os 4 acréscimos.

Os sete livros apócrifos constantes das Bíblias de edição católico-romana são:

• 1) TOBIAS (após o livro canônico de Esdras)

• 2) JUDITE (após o livro de Tobias)

• 3) SABEDORIA DE SALOMÃO (após o livro canônico de Cantares)

• 4) ECLESIÁSTICO (após o livro e Sabedoria)

• 5) BARUQUE (após o livro canônico de Jeremias)

• 6) 1 MACABEU

• 7) 2 MACABEU (ambos, após o livro canônico de Malaquias)

Os 4 acréscimos ou apêndices são:

• 1)ESTER (a Ester, 10.4 - 16.24)

• 2) CÂNTICO DOS TRÊS SANTOS FILHOS (a Daniel, 3.24-90)

• 3) HISTÓRIA DE SUZANA (a Daniel, cap. 13) e

• 4) BEL E O DRAGÃO (a Daniel, cap 14)

A igreja romana aprovou os apócrifos em 18 de Abril de 1546, para combater o movimento da Reforma Protestante, então recente.

Que possamos a cada dia reconhecer o valor da Bíblia Sagrada e que Ela venha ser continuamente o nosso manual de regra, fé e prática.

Deus continue vos abençoando em

Cristo Jesus.