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Estudo Elaborado: Pr. Ricardo Gondim Hebreus – O homem diante da Salvação Aula 7 – EBD 2015

Aula 7 O homem diante da salvação

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Estudo Elaborado: Pr. Ricardo Gondim

Hebreus – O homem diante

da Salvação

Aula 7 – EBD 2015

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Hebreus 5

Cada Grande Sacerdote é escolhido entre os homens e nomeado para servir a Deus em favor do povo, apresentando a Deus ofertas e sacrifícios pelos pecados. Como ele próprio tem as suas fraquezas, pode ter paciência com os ignorantes e com os que cometem erros. E, porque ele mesmo é fraco, precisa oferecer sacrifícios não somente pelos pecados do povo, mas também pelos seus próprios pecados. Ninguém escolhe para si mesmo a honra de ser Grande Sacerdote. É somente pela vontade de Deus que um homem é chamado para ser Grande Sacerdote, como aconteceu com Arão.

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Assim também Cristo não tomou para si mesmo a honra de ser Grande Sacerdote; foi Deus quem lhe deu essa honra, pois lhe disse: “Você é o meu Filho; hoje eu me tornei o seu Pai.” Em outro lugar das Escrituras Sagradas, ele também disse: “Você será sacerdote para sempre, na ordem do sacerdócio de Melquisedeque.” Durante a sua vida aqui na terra, Cristo, em voz alta e com lágrimas, fez orações e súplicas a Deus, que o podia salvar da morte. E as suas orações foram atendidas porque ele era dedicado a Deus. Embora fosse o Filho de Deus, ele aprendeu, por meio dos seus sofrimentos, a ser obediente.

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E, depois de ser aperfeiçoado, ele se tornou a fonte da salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

E Deus o nomeou Grande Sacerdote, na ordem do sacerdócio de Melquisedeque.

Salmo 110-4 Jurou o SENHOR, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.

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Hebreus 5 – pontos destacados

• Antes de iniciar a 3ª. Exortação, o autor chama a atenção para a superioridade do Sacerdócio de Jesus Cristo.

• A seguir apresentam-se as qualificações para o ofício de sumo sacerdote. Arão serve de modelo,

uma vez que ele foi o primeiro a servir no ofício de sumo sacerdote da ordem de Levi.

• Deus em sua graça estabeleceu uma aliança com o

seu povo. A lei era simplesmente o padrão proposto para aqueles que iriam aderir a essa aliança.

• O papel da lei não é justificar, mas mostrar-nos o que é o pecado. Ela foi a mestra para conduzir-nos a Cristo.

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Tenho muito a dizer sobre este assunto, mas é difícil argumentar com vocês, pois se apegaram ao mau hábito de não ouvir. Vocês já deveriam ser mestres, mas percebo que ainda precisam de alguém que se sente com vocês e ensine de novo os princípios elementares acerca de Deus, desde o início. Estão bebendo leite materno, quando deveriam estar, há muito tempo, ingerindo alimento sólido! O leite é para principiantes, inexperientes nos caminhos de Deus; o alimento sólido é para quem tem maturidade e alguma prática em discernir o certo do errado. A mensagem (Eugene Petersen)

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Hebreus 6:1-3

Portanto, vamos abandonar os rabiscos da pré-escola e passar para as grandes obras de arte que retratam Cristo. Cresçam em Cristo.

As verdades fundamentais estão estabelecidas:

virar as costas para a “salvação da autoajuda” e se voltar para Deus com toda a confiança; instruções batismais; imposição de

mãos; ressurreição dos mortos; castigo eterno. Se Deus nos ajudar, permaneceremos fiéis a tudo isso.

Mas isso não é tudo. Continuemos.

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Paulo dogmaticamente diz que a justificação se dá somente pela fé (Efésios 2:8-9) . Paulo nos informa que fomos criados para as boas obras (Efésios 2:10). Paulo espera tanto de uma vida transformada quanto Tiago, a ênfase de Paulo é na fé.

Tiago aparentemente está dizendo que a justificação é pela fé mais as obras. Este aparente problema é resolvido ao examinarmos com precisão sobre o que discorre Tiago. Tiago está negando a crença de que a pessoa possa ter fé sem produzir quaisquer boas obras (Tiago 2:17-18). Tiago está enfatizando o argumento de que a fé genuína em Cristo produzirá uma vida transformada e boas obras

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Salvação

O pecado é uma pré-condição para a salvação; e a salvação não é necessária se não houver pecadores que necessitem dela. Quanto à origem da salvação, existe um consenso universal entre os teólogos ortodoxos:

Deus é o autor da salvação, pois apesar de o pecado humano ter a sua origem nos homens, a salvação vem do céu, e tem a sua origem em Deus.

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• A origem da salvação é a vontade de Deus, que

decretou desde a eternidade que providenciaria a salvação

aqueles que cressem: “do SENHOR vem a salvação” (Jn

2.9).

• Como declarou Joao, os crentes são “filhos [...] os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (Jo

1.13).

• Paulo acrescenta: “Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece” (Rm 9.16), pois “nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.5).

• Em suma, a salvação se originou em uma decisão de Deus

em nos salvar. De outra forma, ninguém jamais poderia ser resgatado.

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• Apesar da fonte da salvação ser a decisão divina de nos salvar, a natureza da salvação é a graça de Deus.

• O dom magnífico da vida eterna somente chega até nós

por intermédio da graça, e somente por ela: “Mas, se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça” (Rm 11.6).

• Soteriologicamente falando, graça e obras são

mutuamente excludentes. “Fazer uma obra para obter a graça” representa uma contradição terminológica, pois

“àquele que faz qualquer obra, não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida” (Rm 4.4).

“Mas, àquele que não pratica, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça” (Rm 4.5).

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Comparação de Termos Soteriológicos

Inteiramente baseada na obra de Cristo. Ele tornou-se maldição por nós. Ele é a propiciação pelos nossos pecados. A graça é recebida diretamente pela fé, que é um dom de Deus. O Espírito Santo habita permanentemente no crente

(Rm 3.25; G1 3.13; Ef 2.8-9).

Nós somos justificados pela fé em Cristo.

O seu sacrifício satisfez as justas exigências de Deus e ele agora considera como justos todos os que nele confiam (Rm 4.5; 5.1).

A transformação espiritual operada em uma pessoa pelo Espírito Santo, pela qual ela passa a possuir uma nova vida.

A mudança do estado de morte espiritual para o de vida espiritual. Uma transformação da nossa natureza (2 Co 5.17; Ef 2.1; 1 Jo 4-7).

A obra de Deus visando desenvolver a nova vida e levá-la à perfeição.

O afastamento do que é pecaminoso e a separação para um propósito sagrado. Embora santificados plenamente em Cristo, gradualmente estamos nos tornando na experiência aquilo que somos em termos de condição (Rm 6.11; 12.1; 1 Co 1.2).

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A dimensão escatológica da Salvação

Adotando uma perspectiva simplista em relação a Salvação, baseado nas afirmações de Paulo, podemos entender que esta possui também uma dimensão escatológica e cronológica. Podemos, por exemplo, encaixar os conceitos de justificação, santificação e salvação em uma estrutura simplificada de passado, presente e futuro.

• Justificação, um evento passado que apresenta implicações no presente (santificação).

• Santificação, um evento presente, que depende de um evento passado (justificação).

• Salvação, um evento futuro, já antecipado e parcialmente experimentado por meio do evento passado da justificação e do evento presente da santificação e que, portanto, depende de ambos.

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A dimensão escatológica da Salvação

• A origem da salvação esta na natureza de Deus, que e um Ser amoroso (na sua onibenevolencia), já a

base da vontade divina em salvar os seres humanos pecadores encontra-se na sua onipotência e na capacidade concedida por Deus do livre-arbítrio humano.

• Como Deus é amor, e pelo fato do amor não poder ser

imposto sobre a parte amada (já que, como analisamos, um

“amor forcado” seria uma contradição), foi necessário que, caso Deus desejasse amar e ser amado pelas suas criaturas, Ele as criasse livres.

• Testemunhos a doutrina do livre-arbítrio humano (tanto anteriores, quanto posteriores a Queda) podem ser encontrados ao longo da historia da igreja.

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Eleição e Livre-Arbítrio

• O primeiro dom que um eleito recebe para a

salvação é o conhecimento. • O homem não pode buscar a Deus sem saber

quem Ele é e sem saber como deve fazê-lo.

• Deus é luz; o pecado são as trevas da alma humana, a profunda escuridão que impede o

homem de ver a Deus como Ele realmente é, de contemplar sua Verdade, sua Bondade e sua Beleza absolutos.

• Pelo Espírito de Deus, são retiradas do homem as amarras do pecado e ele pode então ver diante

de si a Deus como Ele realmente é.

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23 "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, 24 Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor." (Jeremias 9:24,25) 27 "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar." (Mateus 11:27)

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O Plano de Salvação Deus previu tudo que aconteceria na queda do homem e planejou exatamente a salvação necessária antes da fundação da terra. Antes do primeiro pecado cometido no universo, antes da terrível crise provocada pelo homem rebelde, que fora feito a imagem e semelhança da Divindade, o Senhor planejou e proveu um meio de fuga das armadilhas e condenação do pecado. Nosso Deus não foi pego de surpresa. Ele já sabia que a queda aconteceria e pré-ordenou o plano perfeito para resgate do homem. O plano de salvação de Deus é tão simples que o menor entre os filhos dos homens tem totais condições de entendê-lo o bastante para se tornar participante dele, experimentando assim seu poder transformador. Ao mesmo tempo é tão profundo que nenhuma imperfeição jamais foi descoberta nele. De fato, os que o conhecem melhor ficam continuamente espantados com a idéia de que um e apenas um plano de salvação seja necessário para satisfazer inúmeras carências espirituais em meio às variações quase ilimitadas das necessidades dos homens em cada raça, cultura e situação entre as nações do mundo.

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CALVINISMO A doutrina de Calvino não foi criada por ele, mas ensinada por Agostinho, o grande teólogo do século IV. Tampouco foi criada por Agostinho, que afirmava estar interpretando a doutrina do apostolo Paulo sobre a graça de Deus.

A doutrina de Calvino: a salvação provém inteiramente de Deus; o homem não tem condições nenhuma de prover sua salvação. Se ele, o homem, arrepender-se, crer e se entregar a Jesus Cristo, é inteiramente por causa do poder atrativo do Espírito Santo de Deus. Isso se deve ao fato de que a vontade do homem se corrompeu tanto desde a queda que sem a ajuda de Deus ele não pode nem se arrepender, nem crer, nem escolher corretamente o caminho da salvação. Esse foi o ponto de partida de Calvino, “entendo como completa servidão da vontade do homem ao mal”. A salvação, então, não pode ser de outra maneira senão a execução de um decreto de Deus que fixa sua extensão e suas condições.

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João 10.28-29 “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu

conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.”

Romanos 11.29 “Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento.”

Filipenses 1.6 “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.”

I Pedro 1:5 “Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se

revelar no último tempo.”

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Romanos 8:35 “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?”

João 6:37 “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que

vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”.

João 6:39 “E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas

que o ressuscite no último dia”.

João 6:44 “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia”.

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ARMINIANISMO

O ensino do arminianismo: a vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos; porque Cristo morreu por todos. Por essa finalidade ele oferece sua graça a todos. Embora a salvação

seja obra de Deus, absolutamente livre e independente de nossas boas obras ou

méritos, o homem tem certas condições a cumprir. Ele pode escolher aceitar a graça de Deus, ou pode resistir-lhe e rejeitá-la. Seu direito de livre arbítrio sempre permanece.

As Escrituras certamente ensinam a predestinação, mas não que Deus predestinou alguns para a vida eterna e outros para o sofrimento eterno. Ele predestina todos os que querem ser salvos, e esse plano é bastante amplo para incluir todos que realmente desejam ser salvos. Essa verdade é explicada da seguinte maneira: na parte de fora da porta da salvação, lemos as palavras: “quem quiser, pode vir”; quando entramos por essa porta e somos salvos, lemos as palavras no outro lado da porta: “eleitos segundo a presciência de Deus”. Deus, em razão de seu conhecimento, previu que essas pessoas aceitariam o evangelho e permaneceriam salvas, assim predestinou para essas pessoas uma herança celestial. Ele previu o destino delas, mas não o predeterminou nem interferiu.

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I Timóteo 2:4-6 “Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.”

Hebreus 2:9 “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.”

II Coríntios 5:14 “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram.”

Tito 2:11-12 “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente.”

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Retornar para o texto Hebreus 6:1-3

Portanto, vamos abandonar os rabiscos da pré-escola e passar para as grandes obras de arte que retratam Cristo. Cresçam em Cristo.

As verdades fundamentais estão estabelecidas:

virar as costas para a “salvação da autoajuda” e se voltar para Deus com toda a confiança; instruções batismais; imposição de

mãos; ressurreição dos mortos; castigo eterno. Se Deus nos ajudar, permaneceremos fiéis a tudo isso.

Mas isso não é tudo. Continuemos.

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Hebreus 4 Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, 5 E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, 6 E recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério. 7 Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; 8 Mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada. 9 Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos.

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Hebreus (texto grego LTT – melhor tradução)

4 Porque é impossível àqueles já de uma vez por todas

havendo sido iluminados, e havendo provado do dom- gratuito

celestial, e havendo sido tornados participantes do Espírito Santo,

5 E havendo provado da boa Palavra de Deus e dos poderes do

mundo que está vindo,

6 E havendo recaído, outra vez renová-los para arrependimento,

assim novamente- crucificando o Filho de Deus para (salvação de) si

mesmos, e O expondo à vergonha pública.

7 (Porque a terra, havendo embebido a chuva (aquela

freqüentemente caindo sobre ela) e produzindo erva proveitosa

para aqueles através de quem também é lavrada, recebe a bênção

proveniente- de- junto- de Deus;

8 Mas aquela (terra) produzindo espinhos e abrolhos {*}, é

reprovada, e perto está da maldição; da qual o fim é para a

queima.)

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Impossibilidade dos que experimentaram

King James Calvinistas históricos

Apóstolo Paulo Santo Agostinho João Calvino

A doutrina de Calvino não foi criada por ele, mas ensinada por Agostinho, o grande teólogo do século IV. Tampouco foi criada por Agostinho, que afirmava estar interpretando a doutrina do apostolo Paulo sobre a graça de Deus.

Os problemas na compreensão de Hebreus 6 acaloraram ao longo dos anos a discussão soteriológica e uma quantidade muito significativa de interpretações do texto tem surgido. Sendo, como na concepção do

teólogo Willian Barclay, “uma das mais terríveis passagens nas Escrituras, que começa com uma espécie de lista dos privilégios da vida cristã” sem dúvida essa é uma das porções neotestamentárias que mais tem desafiado os estudiosos.

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Análise do Texto

4 É impossível, (g. adunatos=incapaz de ser feito) pois, (g.gar=porque) que aqueles que uma vez (g.hapax=uma vez por todas) É o desejo de Deus que o crente progrida para a

maturidade, embora não o obrigue a fazê-lo (6:3- Vamos em frente! E, se Deus quiser, é isso o que faremos.).

Alguns daqueles judeus já teriam regredido ao ponto de não poderem avançar mais. Pensavam que

tinham a opção de voltar atrás ao judaísmo e depois arrepender-se para voltar à fé cristã, assim apagando o pecado de apostasia.

Mas conforme a sua posição diante de Deus, eles não tinham essa opção, pois era impossível.

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A Identidade dos Iluminados

A identidade daqueles que o autor de Hebreus tem em mira na passagem precisa ser identificada. Eles são descritos “em cinco orações subordinadas

consecutivas”, identificados como

1. “aqueles que uma vez foram iluminados,

2. e provaram o dom celestial, 3. e se tornaram participantes do Espírito Santo,

4. e provaram a boa palavra de Deus

5. e os poderes do mundo vindouro”

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1.“aqueles que uma vez foram iluminados,

A questão principal aqui é identificar quem são os iluminados? À primeira vista parece que as pessoas descritas aqui eram

verdadeiros crentes que caíram. Grant R. Osborne, comentando essa passagem, diz o seguinte: “Não há descrição mais detalhada do crente verdadeiro em todo o Novo Testamento”.

Outros, porém, a interpretam de maneira diferente. John Owen, em seu comentário sobre Hebreus, oferece quatro razões pelas quais as pessoas aqui não eram verdadeiros crentes:

(1) Não há menção à sua fé. (2) A despeito do que se diga delas, não se diz que foram

regeneradas, santificadas ou que foram feitas filhos de Deus. (3) Elas são comparadas, no verso 8, à terra que produz espinhos e

abrolhos, prontas para serem queimadas. (4) Elas são distintas dos verdadeiros crentes.

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Encontramos a expressão “iluminados” (photizo, que conta com 11

ocorrências no NT) outra vez em Hebreus 10.32 aplicada diretamente aos leitores: “Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos”.

Nesse contexto a expressão parece estar relacionada à experiência concreta de fé em Cristo, o que não é de forma alguma uma idéia estranha ao Novo Testamento se for observado textos como João 1.9, Efésios 1.18

e 2 Timóteo 1.10.

Ademais, segundo o Apóstolo Paulo em Atos, sua vocação apostólica às nações tinha por propósito “lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre

os que são santificados pela fé em mim” (26:18). Assim, a iluminação da qual Hebreus trata “não pode de

forma alguma ser confinada a uma mera convicção ou um entusiasmo religioso temporário”.

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Assim, a iluminação da qual Hebreus trata “não pode de forma alguma ser confinada a um mera convicção ou entusiasmo religoso temporário”.

Ser “iluminado”, mesmo antes do Novo Testamento e a parte do contexto judaico-cristão, indicava uma experiência e uma relação com o universo das divindades que, mormente estava relacionado à metáfora da luz.

Uma profunda experiência relacionada a salvação, justificação, regeneração e santificação

1. “aqueles que uma vez foram iluminados,

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2. e provaram o dom celestial,

“e (g.te= não apenas, mas também) provaram (g.geuomai =

experimentaram, testaram o sabor de, provaram, serviram-se) o

dom (g.dorea = dádiva, presente) celestial, (g.epouranios =

coisas do céu, templo celeste ou santuário, habitação de Deus o céu

em si mesmo) ou seja, tiveram experiência real do dom

de Deus que era o Messias.

Uma profunda experiência com Cristo, provando o dom Celestial de Deus

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3. e se tornaram participantes do Espírito Santo,

e (g.te = não apenas, mas também) se tornaram (g.ginomai =

vir a existência, começar a ser, começar a vida, erguer-se, aparecer

na historia, apresentaram-se em público) participantes

(g.metochos = comunhão, companheiro) do Espírito (g.penuma

= Espírito, Terceira Pessoa da Trindade, SantoEspírito) Santo,

receberam o Espírito Santo ao se converterem

Uma profunda experiência com E.S. , tornando-se participante de Sua obra

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4. e provaram a boa palavra de Deus

e (g.te= não apenas, mas também) provaram (g.geuomai =

experimentaram, testaram o sabor de, provaram, serviram-se) a

boa (g.kalos = excelente, eminente, escolhido, insuperável,

preciosa, proveitosa, apropriada, recomendável, admirável) palavra (g.rhema = aquilo que é ou foi proferido por viva voz,

algo falado, palavra, fala, discurso) de Deus

foram beneficiados com o conhecimento e ensino da Palavra Uma profunda experiência com a Palavra

de Deus, provando de sua eficácia, benefício e conhecimento

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5. e os poderes do mundo vindouro”

e (g.te = não apenas, mas também) os poderes (g.dunanis =

poder, força, poder que reside numa coisa pela virtude de sua natureza, poder para realizar milagres, poder moral, excelência de

alma) do mundo (g.aion = para sempre, eternidade, universo,

periodo de tempo, geração) vindouro, (g.mello = idéia de

expectativa, estar prestes, estar a pontod e)

viram milagres apostólicos, amostra dos poderes que serão manifestados no reino do Messias

Uma profunda experiência com a certeza dos benefícios que serão manifestados no Reino.

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Hebreus 4 Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, 5 E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, 6 E recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério. 7 Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; 8 Mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada. 9 Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos.

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