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O MEALHEIRO DO AMOR Nestes tempos que são de crise, as palavras mealheiro e amor e suas consequências são bastante escassas e até mesmo contraditórias. Aproxima-se um tempo quaresmal que nos indica caminhos de poupança e investimento. Para viver de acordo com aquilo que Jesus nos indicou nesta Quaresma , as crises e os desertos áridos têm que ser vencidos de forma coerente, como Jesus o fez. Pág. 2 ÁRVORE DOS AMIGOS Existem pessoas nas nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples facto de terem cruzado o nosso caminho. Algumas caminham ao nosso lado, vendo muitas luas passarem , mas outras apenas vemos entre um passo e outro. Pág 3 TEMPO DE FOLIA !!! Aproxima-se a passos largos mais um Carnaval!! Tempo de festa , tempo de folia . Três dias de excessos que servem para despedir do inverno e entrar na Quaresma. O tempo de carnaval decorria tradicionalmente entre os finais de dezembro , os começos de janeiro e o início da Quaresma . Havia uma intensificação de atividades à medida que a Quaresma se aproximava, principalmente nos dias que mais se identificam com o carnaval , ou seja , os que vão de sábado Gordo à quarta - feira de Cinzas. Pág. 2 MENSAGEM DO PAPA PARA A QUARESMA 2014 Queridos irmãos e irmãs : Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de S. Paulo : " Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza"(2 Cor 8,9 ) Pág. 8 REUNIÃO DO CONSELHO NACIONAL DOS CONVÍVIOS - FRATERNOS De acordo com os Estatutos dos Convívios-fraternos , reuniu ,em Fátima, no passado dia 18 de janeiro , o Conselho Nacional do Movimento constituído pelos Assistentes religiosos e 2 jovens de cada diocese. Nele foram discutidos vários assuntos de interesse para o movimento e preparado o XLI Convívio Animação Nacional a realizar nos dias 6 e 7 de Setembro 2014, em Fátima. Pág 7 EVANGELIZAÇÃO, TAREFA DE TODOS Esta missão representa um desafio para todos: sacerdotes, religiosos e leigos , a fim de que colaboremos nas nossas paróquias , escolas e instituições com projectos específicos que cheguem aos que sofrem e aos mais pobres. Pág. 6 (…) Já que por todos morreu Cristo e a vocação última de todos os homens é realmente uma só, a saber, a divina, devemos manter que o Espirito Santo a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal por um modo só de Deus Conhecido. (GS 22) O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO CONVIVIOS- FRATERNOS NAS DIOCESES Apesar da dificuldade em encontrar datas com três dias totalmente disponíveis para a realização dum convívio, mesmo assim, durante o mês de Dezembro, realizaram-se 8 convívios-fraternos nas dioceses em que participaram perto de 3 centenas de jovens. Um convívio é uma proposta de encontro com Deus para todos os jovens que nele participam. Pág 4, 5, 6 VALORIZAR A SABEDORIA DOS IDOSOS A velhice é muitas vezes encarada de uma forma negativa, como um tempo que é preciso "suportar", à espera da morte. Esta visão não tem razão de ser e leva necessariamente as pessoas a não aproveitarem a riqueza da experiência e sabedoria que foram acumulando ao longo dos anos. Pág. 2 O PAPA ESCREVE CARTA ÀS FAMÍLIAS Efetivamente, hoje, a Igreja é chamada a anunciar o Evangelho, enfrentando também as novas urgências pastorais que dizem respeito à família. E esta é uma tarefa que deve envolver todo o " povo de Deus, desde bispos, sacerdotes e pessoas consagradas, até aos fiéis leigos das Igrejas particulares do mundo inteiro. Pág.7 BOM DOMINGO E BOM ALMOÇO É com esta frase que o Papa Francisco se despede dos fiéis reunidos para o Angelus em cada domingo. É uma expressão habitual, há que o reconhecer. Pág. 3 O PAPA QUER JOVENS SEM MEDO DE "ESCOLHAS DEFINITIVAS" O Papa Francisco encontrou-se no Vaticano com 25 mil noivos, por ocasião do dia de S. Valentim, a quem pediu que vivam sem medo das escolhas definitivas. Pág 3 ANUNCIAR JESUS CRISTO TEM QUE NOS CAUSAR "BORBOLETAS" NA BARRIGA Jesus tem que ser o Amigo de sempre e de todas as horas e não apenas das horas mais tristes e difíceis. Tem que ser aquele a quem pedimos opinião quando temos em mãos uma decisão importante, Aquele que vai connosco para o bar , para a noite e para o shopping. Pág.6 PROPRIEDADE: CONVÍVIOS FRATERNOS * DIRECTOR REDACTOR: P. VALENTE MATOS * PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO: FIG - INDÚSTRIAS GRÁFICAS, S.A. 239 499 922 PUBLICAÇÃO BIMESTRAL - DEP. LEGAL Nº 6711/93 - ANO XXXIV- 321 - JANEIRO/FEVEREIRO 2014* ASSINATURA ANUAL: 10 EUROS * TIRAGEM: 10.000 EXS. * PREÇO: 1 EURO

Balada Janeiro_Fevereiro 2014

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O MEALHEIRODO AMOR

Nestes tempos que são de crise, as palavras mealheiro e amore suas consequências são bastante escassas e até mesmocontraditórias.Aproxima-se um tempo quaresmal que nos indica caminhosde poupança e investimento.Para viver de acordo com aquilo que Jesus nos indicou nestaQuaresma , as crises e os desertos áridos têm que ser vencidosde forma coerente, como Jesus o fez. Pág. 2

ÁRVORE DOS AMIGOSExistem pessoas nas nossas vidas que nos deixam felizes pelosimples facto de terem cruzado o nosso caminho. Algumascaminham ao nosso lado, vendo muitas luas passarem , masoutras apenas vemos entre um passo e outro. Pág 3

TEMPO DE FOLIA !!!

Aproxima-se a passos largos mais um Carnaval!!Tempo de festa , tempo de folia . Três dias de excessos queservem para despedir do inverno e entrar na Quaresma.O tempo de carnaval decorria tradicionalmente entre os finaisde dezembro , os começos de janeiro e o início da Quaresma .Havia uma intensificação de atividades à medida que aQuaresma se aproximava, principalmente nos dias que maisse identificam com o carnaval , ou seja , os que vão de sábadoGordo à quarta - feira de Cinzas. Pág. 2

MENSAGEM DO PAPAPARA A QUARESMA 2014Queridos irmãos e irmãs :Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com aesperança de que possam servir para o caminho pessoal ecomunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei aseguinte frase de S. Paulo : " Conheceis bem a bondade deNosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico se fez pobre porvós, para vos enriquecer com a sua pobreza"(2 Cor 8,9 ) Pág. 8

REUNIÃO DO CONSELHONACIONAL DOS

CONVÍVIOS - FRATERNOS

De acordo com os Estatutos dos Convívios-fraternos ,reuniu ,em Fátima, no passado dia 18 de janeiro , oConselho Nacional do Movimento constituído pelosAssistentes religiosos e 2 jovens de cada diocese. Neleforam discutidos vários assuntos de interesse para omovimento e preparado o XLI Convívio AnimaçãoNacional a realizar nos dias 6 e 7 de Setembro 2014, emFátima. Pág 7

EVANGELIZAÇÃO,TAREFA DE TODOS

Esta missão representa um desafio para todos:sacerdotes, religiosos e leigos , a fim de que colaboremosnas nossas paróquias , escolas e instituições comprojectos específicos que cheguem aos que sofrem e aosmais pobres. Pág. 6

(…) Já que por todos morreu Cristo e a vocação última de todos os homens é realmente uma só, a saber, a divina, devemosmanter que o Espirito Santo a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal por um modo só de DeusConhecido. (GS 22)

O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO

CONVIVIOS-FRATERNOS NAS

DIOCESESApesar da dificuldade em encontrar datas com trêsdias totalmente disponíveis para a realização dumconvívio, mesmo assim, durante o mês de Dezembro,realizaram-se 8 convívios-fraternos nas dioceses emque participaram perto de 3 centenas de jovens. Umconvívio é uma proposta de encontro com Deus paratodos os jovens que nele participam. Pág 4, 5, 6

VALORIZAR ASABEDORIA DOS

IDOSOSA velhice é muitas vezes encarada de uma forma negativa,como um tempo que é preciso "suportar", à espera da morte.Esta visão não tem razão de ser e leva necessariamente aspessoas a não aproveitarem a riqueza da experiência esabedoria que foram acumulando ao longo dos anos. Pág. 2

O PAPA ESCREVE CARTAÀS FAMÍLIAS

Efetivamente, hoje, a Igreja é chamada a anunciar o Evangelho,enfrentando também as novas urgências pastorais que dizemrespeito à família. E esta é uma tarefa que deve envolver todoo " povo de Deus, desde bispos, sacerdotes e pessoasconsagradas, até aos fiéis leigos das Igrejas particulares domundo inteiro. Pág.7

BOM DOMINGOE BOM ALMOÇO

É com esta frase que o Papa Francisco se despede dos fiéisreunidos para o Angelus em cada domingo. É uma expressãohabitual, há que o reconhecer. Pág. 3

O PAPA QUER JOVENS SEMMEDO DE "ESCOLHAS

DEFINITIVAS"O Papa Francisco encontrou-se no Vaticano com 25 mil noivos,por ocasião do dia de S. Valentim, a quem pediu que vivamsem medo das escolhas definitivas. Pág 3

ANUNCIAR JESUS CRISTOTEM QUE NOS CAUSAR

"BORBOLETAS"NA BARRIGA

Jesus tem que ser o Amigo de sempre e de todas as horase não apenas das horas mais tristes e difíceis. Tem queser aquele a quem pedimos opinião quando temos emmãos uma decisão importante, Aquele que vai connoscopara o bar , para a noite e para o shopping. Pág.6

PROPRIEDADE: CONVÍVIOS FRATERNOS * DIRECTOR REDACTOR: P. VALENTE MATOS * PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO: FIG - INDÚSTRIAS GRÁFICAS, S.A. 239 499 922PUBLICAÇÃO BIMESTRAL - DEP. LEGAL Nº 6711/93 - ANO XXXIV- Nº 321 - JANEIRO/FEVEREIRO 2014* ASSINATURA ANUAL: 10 EUROS * TIRAGEM: 10.000 EXS. * PREÇO: 1 EURO

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BALADA DA UNIÃO

Nestes tempos que são de crise, as palavrasmealheiro e amor e as suas consequêcias sãobastante escassas e até mesmo contraditórias.Aproxima-se um tempo quaresmal que nosindica caminhos de poupança e investimento.Para viver de acordo com aquilo que Jesusnos indicou, nesta Quaresma, as crises e osdesertos áridos têm que ser vencidos de formacoerente, como Jesus o fez. A Quaresma éuma boa oportunidade para parar e procurar aFonte. Saciar a sede água pura e retirar forçase vitaminas onde os outros só vêem fraquezase pedras a estorvar o caminho. Se a Quaresmaé um caminho para a felicidade que aressurreição de Jesus nos proporciona,também é uma experiência espiritual e ummomento para acumular riquezas que nos dãoessa felicidade. O mealheiro que todo o cristãodeve ter deve ir -se preechendo com joias deamor. Para fazer render essas preciosidades,temos de efetuar poupanças no mal, nopecado, no atropelo dos nossos irmãos paraatingir os nossos objetivos.No mealheiro do amor devemos colocar poucoa pouco todas as ações, todos osinvestimentos que renderão juros de felicidadeeterna.Jejum, abstinência, oração e amor são ocaminho para uma maior proximidade comDeus. Este caminho de 40 dias nada mais é doque aquele Caminho vivido por Jesus na suaexperiência no deserto, na qual foi posta àprova a Sua humanidade e a Sua divindade.É tudo uma questão de prioridades. O jejumfísico é muito importante, mas se não houverum esforço por renunciar ao mal, ao pecado, àfutilidade e maldade no nosso coração, aQuaresma será uma mera formalidade. Fazerabstinência é limpar o coração de tudo o quenos perturba para o prencher com bonsprincipios, boas atitudes e muitosinvestimentos de amor. Estes serãogarantidamente recompensados com os jurosmais altos de felicidade. Não há dieta nemjejum mais saudável do que este. A abstinênciavaloriza a abundância porque no lugar deagruras nascerão flores sem espinhos.Este jejum implica um reconhecimento de quealgo está mal e anulado o mal vence oAmor,como premicia de uma vida em Jesus.Com a oração aproximamo-nos bem juntinhoa Deus e bebemos a Água que nos dá vitaminase nos conforta na provação. Orar é estar unidoao Pai como Jesus esteve antes de ser

O mealheiro do amor

crucuficado. É mergulhar no amor supremo,na doação e abnegação de si mesmo. Por issoé que Jesus insistiu sempre: " Orai e vigiai".O espirito é forte mas a carne é fraca (quemresiste a não querer ficar sempre por cima?).A oração faz-nos concentrar no essencial ecolocar de lado o acessório e permanecer comJesus na hora das provas. Ele eleva a carnefraca ao patamar do espirito, onde oimportante é o amor.Muitas vezes fraquejamos porque nãoperguntamos: " o que farias Tu Jesus?" Seráesta aposta boa para render certificados deamor?Se nos dirirgirmos ao nosso banqueiro, aonosso gestor, ao nosso amigo de todo as horas,tudo será mais fácil e mais belo.

Muitas vezes agimos como se fossemos su-per homens, auto confiantes e cheios de todasas certezas. Investimos muito mal para tanta"sabedoria"!A oração é a água que acalma a sede e fortalececom garantias cerificadas de um amanhã cheiode felicidade. Quando estamos fracos surgemmuitas miragens tentadoras e as soluções maisfáceis são muito tentadoras. Quem prometeum rendimento rápido engana . O diaboprometeu tudo e mais alguma coisa a Jesus ese Jesus tivesse aceite o que teria acontecido.Jesus esperou rendimentos mais garantidos eresultou.Depois do Jejum, da abstinência, da oraçãosurgem os certificados de amor que seacumulam no nosso coração e são tesourosmuito preciosos. São as nossas ações. Se nãoamarmos o nosso próximo de nada servirá ojejum e oração. Cada oportunidade para amaré um momento único que nos permitiráacumular uma riqueza infinita. Estescertificados serão documentosimprescindiveis para a nossa ressurreição.Amar é doar-se, e perdoar é renovar a nossaforça para permanermos sempre em Jesus,"mesmo que tudo caia sobre nós".O mealheiro só se encherá com perdão e amor.Cada Cristão possui os seus próprioscertificados de amor. Como os descobrimos?Basta preparar o nosso coração e o nossoespirito, afiná-lo com o tom de Deus. Eleencarregar-se-á de nos dar coragem e tudo seráamor.

Elsa Tavares de PinhoCf 288

Aproxima-se a passos largos mais umcarnaval! Tempo de festa, tempo de folia,3 dias de excessos que servem paradespedir o Inverno e entrar na Quaresma.O tempo de Carnaval decorriatradicionalmente entre finais de Dezembroe começos de Janeiro e os inícios daQuaresma. Havia uma intensificação deactividades à medida que a Quaresma seaproximava, principalmente nos dias quemais se identificam com o Carnaval, os quevão do Sábado Gordo à Quarta-feira deCinzas.As manifestações do Carnaval eram, e são,muito variadas; os cortejos, asrepresentações teatrais burlescas, ascompetições, os repastos, e outras...O Carnaval é um tempo de excessos, commúltiplos significados:- É um período excepcional, em que serompe com os padrões da vida quotidiana,que é alvo de sátira.- É um tempo de festa e de exaltação dossentidos, quer através da ingestão de comida- o grande consumo de carne de porco, porex. e de bebida - quer através da sexualidade,a que se alude constantemente pela palavrae pela própria exibição do corpo.- Critica-se o poder, as autoridades e ashierarquias sociais, por vezes escondidosatrás das máscaras invertendo-se mesmo odesempenho de papéis sociais com homensdisfarçados de mulheres e mulheresdisfarçadas de homens, aproveitando ofacto de este ser um período de uma certalicença autorizada.O Carnaval, a que se chama também,Entrudo, nas zonas rurais de Portugal é,

Tempo de Folia!!!!sob todos os aspectos, um período quecontrasta com a Quaresma, tempo de ordem,de penitência, de controlo corporal, factoque encontra expressão na própria comidatida por apropriada o peixe e abolida a carne.O contraste do Carnaval com o quotidiano,o carácter satírico e mesmo profanador dosseus rituais e festejos, estão na base de doistipos de apreciação bastante diferentesquanto ao significado das suasmanifestações. Enquanto alguns vêem nasmanifestações uma espécie de válvula deescape da sociedade, pois as críticas eparódias desta época serviriam para libertartensões sociais, permitindo que tudocontinuasse na mesma, outros pensam queas manifestações podem ter um carácterpotencialmente perturbador. O que sucedepor vezes, convertendo-se a farsa emconflito aberto.Os festejos carnavalescos são muitovariados; ao lado do antigo Entrudo, quesobrevive em zonas rurais, com os seusmascarados, críticas e sátiras, existe umCarnaval urbano, centrado em desfiles - ondetambém está presente a crítica - e bailes,onde é muito notória a influência do CarnavalBrasileiro.Representado a alegria que os homensteimosamente procuram, a quadracarnavalesca surge como um símbolo derepouso, de pausa apetecida entre regrasimpostas e o desejo de anular, de combaterpadrões, em voos de liberdade, de coragem,de ousadia.

Manuela Pires CF 860Bragança-Miranda

A velhice é muitas vezes encarada de umaforma negativa, como um tempo que épreciso "suportar", à espera da morte.Esta visão não tem razão de ser e levanecessariamente as pessoas a nãoaproveitarem a riqueza da experiência esabedoria que foram acumulando ao longodos anos.Como o Papa emérito declarou numacomunidade de idosos, em 2012, é beloser idoso! Nessa mesma ocasião afirmoutambém que a pessoa idosa não se devedeixar levar pela tristeza e saudade dotempo em que era jovem e por já nãopoder realizar tarefas que então levava acabo.O que acabamos de afirmar e outras coisasque poderíamos ainda afirmar significamque o optimismo e os frutos da sabedoriaacumulada não são um dado adquirido,mas uma conquista, que não é de todofácil. Quando se aproxima a velhice,deve-se assumir a própria existência e

Valorizar a sabedoria dos idosos

começar a pensar nas mudanças que o pesoda idade vai trazer, preparando-se, assim,para as encarar de maneira positiva.E isto é possível, porque se é verdade que,com os anos, se vai perdendo a capacidadede realizar determinadas tarefas, também écerto que surgem outras oportunidadesque, quando se era jovem, não era possívellevar a cabo.A velhice é, com efeito, um novo começo,em que a pessoa pode realizar "sonhos"que noutra idade não pôde realizar e aplicar-se em trabalhos que não terão uma eficáciatão visível, possuindo, porém, um valorprofundo.A sabedoria desta etapa da vida tem umagrande dose de gratuidade e interioridadeque antes não existiam. Esta sabedoriaadquire-se também, para o cristão, numcontacto mais íntimo e frequente com Deus,por meio da oração, já que a pessoa estámais disponível e com mais tempo paradedicar a Deus.

2 Janeiro/Fevereiro 2014

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Existem pessoas nas nossas vidas que nosdeixam felizes pelo simples fato de teremcruzado o nosso caminho.Algumas percorrem ao nosso lado, vendomuitas luas passarem, mas outras apenasvemos entre um passo e outro.A todas elas chamamos de amigo. Há muitostipos de amigos. Talvez cada folha de umaárvore caracteriza um deles.O primeiro que nasce do broto é o amigo paie o amigo mãe. Mostram o que é a vida.Depois vem o amigo irmão, com quemdividimos o nosso espaço para que ele floresçacomo nós. Passamos a conhecer toda a famíliade folhas, a qual respeitamos e desejamos obem.Mas o destino apresenta-nos outros amigos,os quais não sabíamos que iam cruzar o nossocaminho. Muitos desses denominamosamigos do peito, do coração. São sinceros,são verdadeiros, sabem o que nos faz feliz…Às vezes, um desses amigos do peito estala onosso coração e então é chamado de amigonamorado. Esse dá brilho aos nossos olhos,música aos nossos lábios, pulos aos nossospés.Mas também há aqueles amigos por umtempo, talvez umas férias ou mesmo um diaou uma hora. Esses costumam colocar muitossorrisos na nossa face, durante o tempo queestamos por perto.

Árvore dos AmigosE por Falar em perto, não podemos esqueceros amigos distantes. Aqueles que ficam naspontas dos galhos, mas que quando o ventosopra, sempre aparecem novamente entre umafolha e outra.O tempo passa, o verão vai embora, o outonoaproxima-se, e perdemos algumas das nossasfolhas. Algumas nascem num outro verão eoutras permanecem por muitas estações.Mas o que nos deixa mais feliz é que as quecaíram continuam por perto, continuamalimentar a nossa raiz com alegria. Lembrançasde momentos maravilhosos enquantocruzavam o nosso caminho.

Desejo a todas as folhas da "minha árvore",PAZ, AMOR, SAÚDE, SUCESSO,PROSPERIDADE… hoje esempre…simplesmente porque cada pessoaque passa na nossa vida é única. Sempre deixaum pouco de si e leva um pouco de nós. Há osque levam muito, mas não há os que nãodeixam nada. Esta é a maior responsabilidadeda nossa vida e a prova evidente de que aspessoas não se encontram por acaso.Obrigada a todos os meus amigos e irmãosfraternos em Cristo Jesus, por fazerem parteda minha vida e me ajudarem no meu caminhopara Jesus.

Cristina de Souza CF 1020Bragança-Miranda

É com esta frase que o Papa Francisco sedespede dos fiéis reunidos para oAngelus emcada domingo. É uma expressão inabitual, háque reconhecer. O que os pontífices anterioresse concediam era, quanto muito, um aceno demão a mais ou um sorriso que se abria.Naquela janela do Palácio Apostólico, tantoJoão Paulo II como Bento XVI, só para falardos mais recentes, mostraram-se sem véus, éverdade. Basta lembrar o lento e dolentecalvário do Papa Wojtyla que fazia algunscomentadores perguntarem se não seria demaisa exposição de tamanho sofrimento. Ou osúltimos Angelus do Papa Ratzinger, antes edepois da grande renúncia. Para quemquisesse ver estava tudo ali. E a forma decomunicação não era nem melhor nem pior:era simplesmente diferente. Mas o que tocatanta gente no estilo do Papa Francisco é estacapacidade, que parece fácil mas é muito rara,de avizinhar-se, de revelar-se familiar, deexpressar uma atenção concreta pelos outros.Traduzida por ele, a pastoral deixa de seruma ciência abstracta, feita de gráficos e

Bom domingo e bom almoçoorganigramas. Deixa de reger-se porcategorizações e manuais. É evangélica,instintiva e inclusiva; torna-se uma arte que ocoração conhece (e reconhece). É um pacto deconfiança que aceita a necessidadepermanente de refazer-se. É um passar dasoleira formal onde tantas vezes aevangelização, infelizmente, se detém. Jesusenviou os seus discípulos dizendo-lhes queentrassem nas casas, que se sentassem à mesa,que comessem e bebessem do que lhes fosseservido (Lc 10,8). Nessa comunhão de mesa ede destino realiza-se uma das viagens maissurpreendentes que se pode fazer, em qualquertempo e em qualquer civilização: o transcenderdaquele espaço que separa os outros dosnossos; o atravessar dos obstáculos quedividem o mundo entre estranhos e familiares.Quando ouvimos o Papa Francisco desejar"bom domingo e bom almoço" não é apenasuma forma tipificada de cortesia. É mais doque isso. É muito mais.

José Tolentino Mendonça

O Papa Francisco encontrou-se noVaticano com 25 mil noivos, por ocasiãodo dia de São Valentim, a quem pediu quevivam sem medo das "escolhasdefinitivas"."Hoje, muitas pessoas têm medo de fazerescolhas definitivas, por toda a vida,parece-lhes impossível. Hoje tudo mudarapidamente, nada dura muito", declarouperante participantes vindos de 30 países,incluindo quatro portugueses, numainiciativa promovida pelo ConselhoPontifício da Família sob o lema 'A alegriado sim para sempre'."Não devemos deixar-nos vencer pela

cultura do provisório, que hoje nos invadea todos", acrescentou o Papa.Francisco sustentou que a vida familiardeve ser construída não sobre a "areia dossentimentos que vão e volta", mas sobre"a rocha do amor verdadeiro, o amor quevem de Deus"."A família nasce deste projeto de amorque quer crescer, como se construísse umacasa que seja lugar de afeto, de ajuda, deesperança, de apoio"..Respondendo a três questões colocadaspor representantes da assembleia, o Papapediu que os noivos façam do seucasamento "uma verdadeira festa", umafesta "cristã, não uma festa mundana", mas"com Jesus"."É bom que o vosso casamento seja sóbrioe faça sobressair aquilo que éverdadeiramente importante. Alguns estãomais preocupados com os sinais exteriores,o banquete, as fotografias, o vestido e asflores: são coisas importantes numa festa,mas só se forem capazes de indicar overdadeiro motivo da vossa alegria".Francisco destacou que o matrimóniocatólico implica "estar juntos e saber amar-se para sempre" e precisa da oração.

Papa quer jovens sem medo de "escolhasdefinitivas" e com "cortesia" na vida familiar

"Senhor, dá-nos hoje o amor nosso de cadadia" foi a oração que sugeriu e fez repetiraos presentes, parafraseando o Pai-Nosso.Segundo o Papa, a vida em conjunto é "umaarte", um caminho de paciência e de belezaque se faz todos os dias e para o qual sãonecessárias "três palavras", que já propôsnoutras ocasiões: Com licença, obrigado edesculpa."Hoje, nas nossas famílias, no nossomundo, tantas vezes violento e arrogante,há necessidade de muito mais cortesia",precisou.Francisco observou que a vida a dois devemanter viva "a consciência de que a outra

pessoa é um dom de Deus, que se temsempre de agradecer"."Sabemos todos que não existe a famíliaperfeita. Nem marido perfeito nem mulherperfeita. Não vamos sequer falar da sograperfeita...".A intervenção, aplaudida várias vezes pelospresentes, recordou ainda a tentação de"acusar o outro para se justificar a sipróprio"."É um instinto que está na origem demuitos desastres. Aprendamos a reconheceros nossos erros e a pedir desculpa".Francisco sublinhou a importância da"paz" em todos os lares, com pequenosgestos, para que os casais "nunca acabemo dia sem pedir-se perdão"."O casamento é um trabalho de todos osdias, um trabalho artesanal, porque o maridotem a missão de fazer da esposa maismulher e esta tem a missão de fazer domarido mais homem. Crescer emhumanidade, como homem e mulher" econcluiu."Os filhos terão esta herança, de ter umpai e uma mãe que cresceram juntos,fazendo-se, um ao outro, mais homem emais mulher".

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JOVENS EM ALERTA

Nos dias 19 à noite, 20,21 e 22 de Dezembrode 2013, um grupo de 20 jovens decidiuarriscar uma experiência diferente e lançou-sena aventura de 3 dias de encontro.Em ano vocacional, o tema escolhido foi "AOusadia do Sim". Também um numerosogrupo de jovens que já fez um ConvívioFraterno, ousou dizer sim à missão que Deuslhe confiou e, tornando-se instrumento nassuas mãos, levou Jesus Cristo ao coração dosjovens. Muito perto do Natal, este ConvívioFraterno número 1225, foi um despertar dafé para que Jesus pequenino pudesse nascerverdadeiramente.

A OUSADIA DO SIM

A festa de Encerramento decorreu na Paróquiados Santos Mártires e contou com a presençade D. José Cordeiro, Bispo da Diocese e devários Sacerdotes. Foi um momento de grandealegria e partilha da fé.Na Eucaristia de Encerramento, D. JoséCordeiro, desafiou os jovens a não ter medode responder ao chamamento de Deus.Que Deus nos dê a coragem e a ousadia deuma resposta firme e definitiva a essechamamento.

P'la equipa coordenadoraFabíola Mourinho

Foi nos passados dias 27, 28 e 29 deDezembro, que 54 novos convivas decidiramaceitar o desafio de viverem um Nataldiferente… ou talvez dissesse apenas "vivero Natal". Se à chegada se sentia o frio deDezembro, depressa cresceu o calor dentrode cada um, por sentir que não estava só nestadescoberta. Havia tantas outras caras adirigirem-se a um presépio há muito esperado,aquele que consegue dar um sentido à vida,que só é possível com o Emanuel, o Verboque se fez Homem e decidiu acampar entrenós.Com o passar do tempo, cada um foidescobrindo que o presépio mais bonito ondeDeus nasce é a nossa vida e a manjedoura onosso coração. Só um coração puro, sincero,livre, autêntico pode acolher este nascimento.

"… E o Verbo acampou no meio de Nós"

E como acontece com qualquer nascimento,ou (re)nascimento, é impossível ficar igual, éimpossível não sorrir, não estar feliz, nãolevar ao mundo esta boa noticia. Foi isto queestes jovens fizeram na noite doEncerramento, em Cesar, juntamente comfamiliares, amigos e convivas que seguiram aestrela para adorar o menino Deus trazido navoz destes jovens.Como mensagem final, não deixa de ecoarnos nossos ouvidos o desafio: "Tudo seriabem melhor, se o Natal não fosse um dia… ese as Mães fossem Maria e se os Pais fossemJosé… e se a gente se parecesse com Jesusde Nazaré".Shalom…

Pela Equipa Coordenadora:Hugo Cravo CF 945

Depois de perto de 6 anos à frente domovimento na Diocese de Santarém, échegada a hora de passarmos o testemunhoa quem poderá dar continuidade ao carismado movimento que é de jovens a evangelizarjovens. O António do Canto e eu sempre quisemos,e continuamos a querer, que o movimentoseja na diocese um impulsionador doevangelho de Cristo junto dos jovens e porisso, iremos continuar o nosso trabalhosempre com o objetivo de levarmos maisalém a boa-nova de Jesus Cristo e cada vezcom mais coragem para novos desafios que

Foi de 26 a 29 de Dezembro do último anoque se realizou o habitual Convívio fraternodo Natal na Diocese de Santarém: o 1233.Como já tem sido habitual, a Casa deRetiros das Irmãs de S. José de Cluny quaseque foi "pequena" para receber os 42 novosjovens convivas e os cerca de 90 convivasque se dispuseram a recebê-los e a partilhareste Cristo que se quer de todos.Durante estes dias, e sempre sobre oacolhimento e oração das Irmãs de S. Joséde Cluny, estes jovens descobriram ouaprofundaram a sua relação com Cristo. Efoi, de facto, maravilhoso poder observaresta transformação quase que numa"primeira fila", recordando também oprocesso que aconteceu dentro de cada umde nós quando realizámos o nossoConvívio Fraterno.Estes jovens, vindos de diversos pontosda nossa Diocese, são assim convidados arenovar as suas paróquias, grupos dejovens, universidades, escolas e lares.

Movidos pelo amor do PaiSempre como Luz reflectora de Cristo que,por si só, também renovou os corações decada um.A nós, elementos das equipas de apoio,resta-nos acompanhar e rezar por cada um;sempre movidos pelo Amor do Pai e pelaalegria que foi vê-los ter consciência desteAmor. Temos a certeza que cada um denós agradece ao Senhor por este encontro.Este Senhor que vai sempre à nossa frentepara que corramos atrás d'Ele, mas que,também desinquietou cada um destesjovens para que se deixem desafiar a correrconnosco.Hoje, com novo Convívio Fraterno à porta(já nos próximos dias 11 a 14 de Abril), émaravilhoso ver muitos destes jovensdesejosos de tomar parte desta experiência,proporcionando a outros a descoberta deJesus, a descoberta do próprio Amor, esseAmor que ainda lhes arde no coração.

Henrique Delfina

PASSAGEM DE TESTEMUNHO

Bragança

a igreja de Cristo, nos venha a colocar.Desde já gostaríamos de agradecer todo oapoio demonstrado ao longo destes anos,tendo a certeza que iremos acompanhar omovimento como membros ativos quesomos desta Igreja de Cristo.Assim informamos que os novoscoordenadores do movimento na diocese deSantarém são:Henrique Delfina: Henrique [email protected] Jorge: [email protected]

António do Canto,Jorge Messias

Porto

Santarém

4 Janeiro/Fevereiro 2014

Convívio 1233 para a Diocese de Santarém

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JOVENS EM ALERTA

Viseu

29 de Dezembro de 2013"Ao passar pela vida, eu sei, que nem tudo,vai ser como sonhei…"Hoje vou-me embora, sabendo que a portaque fica para trás ficará aberta para sempre,que me acompanhará sempre e que estarásempre à minha frente. Atrevo-me a levarcomigo cada abraço que recebi. Nãoimaginam quanto esse aconchego significoupara mim.Não há acasos do acaso e acredito que houveum grande motivo para aqui estar, por fazerparte desta GRANDE FAMÍLIA, do CF1230.Quando aqui cheguei estava vazio deesperança e talvez de JC.E HOJE? AGORA?Como não há acasos, fiz parte da equipaVERDE, que significa ESPERANÇA." Será que Ele se vai lembrar… de me ajudar.Será que sim?"Durante os três fervorosos dias, partilhámos- enquanto nova FAMÍLIA (30 novos e maisumas formiguinhas) - vivências. Estareisempre GRATO à minha equipa; ao Rui(219), ao Leandro (219), à Andreia, à AnaRita, à Ana Luísa, à Alísia, à Jéssica e a JC.Não, não me esqueci de ti, Cristina, porquequero dizer-te: tenho tantas cruzes, mastentarei viver feliz. Agradeço a JC por te tercolocado no meu caminho. É nos silênciosque se encontram as melhores palavras.Agradeço a JC por te ter colocado naquelemomento tão difícil para mim, por me teresouvido e nunca me teres julgado. Fui Eu,ali."Juntos como irmãos, Membros dumaIgreja, Vamos caminhando,Ao encontro do Senhor."Quando decidi vir, ninguém me disse queera fácil - aliás, não me disseram nada -, mastambém nada é fácil. E não foi fácil. NÃO,NÃO, NÃO FOI FÁCIL. E não será fácil.E tudo isto por Ti. Sinto a dor de uma novapresença; não me resta senão, compreendê-la e ser feliz. "Nada há a temer."

CONVÍVIO FRATERNO1230: ATREVE-TE

Numa das partilhas feitas, cruzei a minhavida com a dela. Subíamos uma escadaanáloga, com a mesma atitude de arrazoar,consegui reconhecer na história dela, a minha.Partilhou a forma mais bonita do apego.Perdoar! E é esta a forma de perdoar, quelevo comigo. Perdoar é como amar duasvezes.Noutra partilha, a minha fragilidade de afetoe afins fizeram-me abandonar a sala e quererdesistir daqui estar. Acredito que a suaconclusão, tenha sido como um verdadeiroabraço, unido, quente e os dois corações abaterem ao mesmo compasso. E que a varada videira, seja sempre verde, pronta a daralento ou a crescer, como o verdadeirosentido da Igreja, Família.…Era mais fácil que JC não colocasse osmomentos menos bons nas NOSSASVIDAS, mas "Ele dá as batalhas mais difíceisaos seus melhores soldados". Cada um éum soldado forte.Percorremos o mesmo caminho, os mesmoskm, até chegar aqui, ambos chegávamos como mesmo sentido de descoberta, ansiedade,estranheza, "seca".

Agora, quero agradecer ao verdadeirosentido de aqui estar: JC.Mas, confesso que houve momentos quenão o foram. EU cheguei aqui pobre dediversas maneiras, mas graças a Ti saio daquirico. Obrigado pelo grupo 1230 do CF queescolheste para mim. Foi o perfeito. Ossorrisos de cada um. Os olhares...Aqui voltei a fazer uma coisa importante,que já não fazia há pelo menos 4 anos,comunguei JC. Estou feliz! E os meusmedos, vou perdê-los, certamente, porqueagora acredito que estás mesmo ao meu lado.Obrigado JC.Atrevam-se a encontrar a vossa verdadeiraluz."Deus é amor: atreve-te a viver por amor.Deus é amor: nada há a temer."Um dos novos participantes do CF 1230 -viseu

"…não é o que fazemos que é importante,mas sim o amor que colocamos naquilo quefazemos…"

Foi o amor do Deus Menino que reuniu 23jovens no Convívio Fraterno 1227, o 49º daDiocese de Beja. A tão esperada noite do dia20 de dezembro chegava e, apesar das baixastemperaturas anunciadas para o fim-de-semana, havia nos corações dos novosconvivas e dos elementos da equipa, um fogodiferente e contagiante. Apesar de algumareticência, podia vislumbrar-se nos olhares enos sorrisos a intensidade desse fogo. E foinessa busca da vivência fraterna do amor deJesus, que o frio foi esquecido e a união entretodos se tornou notável, através dos váriosmomentos de partilha e oração.É maravilhoso poder descobrir no rosto decada irmão o rosto do próprio Jesus Cristoque nos fala, e nos diz "Vem e segue-Me".O encerramento realizou-se no dia 23 de

BejaSó o amor faz renascer a vida em nós!

dezembro, no salão do Centro Pastoral deBeja, onde pudemos partilhar a Boa Nova daRessurreição de Jesus. Foi neste momentoque os novos convivas manifestaram a alegriadesta descoberta e o desejo de manter viva achama (re)acendida nestes três dias.O culminar do encerramento foi a celebraçãoda eucaristia, presidida pelo Sr. D. AntónioVitalino Dantas, Bispo de Beja, e concelebradapor 6 padres desta diocese.Espera-se um "4º. Dia" cheio de dificuldadesna vivência desta experiência iniciada noconvívio, muito contrária ao mundo em quevivemos, mas com a certeza do Amor epresença de Deus.O Pós-Convívio vai realizar-se no dia 2 defevereiro de 2013, pelas 09h30m, noSeminário de Beja, para o qual todos osconvivas estão convidados.

P´la Equipa CoordenadoraDaniela Duarte

CONVÍVIOS RUMO AO FUTURO

Lista dos Convívios a realizar de fevereiro a abril de 2014Nos dias 21,22 e 23 de fevereiro de 20141234 - Em Paris, para jovens filhos de emigrantes portugueses

Nos dias 28 de fevereiro, 1 e 2 de março de 20141235 - Na Casa do Clero, em Bragança para jovens desta diocese

Nos dias 1, 2 e 3 de março de 20141236 - No lar do Gaiato, na Serra da Arrábida para jovens de Setúbal1237 - Na Casa de Retiros, em Vila Real, para jovens desta diocese1238 - Em Eirol, Aveiro, para jovens da diocese do Porto1239 - Em Palmeiral, para jovens da diocese do Algarve

Nos dias 14, 15 e 16 de março de 20141240 - Em Eirol, Aveiro, para jovens da diocese de Aveiro

Nos dias 12,13 e 14 de abril de 20141241 - Na Casa das Irmãs de S. José de Clunny, em Torres Novas, para a diocese deSantarém1242 - Em Eirol, Aveiro, para jovens da diocese do porto

Nos dias 14, 15 e 16 de abril de 20141243 - No Seminário de S. José, em Vila Viçosa, para jovens da Arquidiocese de Évora

Nos dias 25, 26 e 27 de abril de 20141244 - No Seminário do Preciosíssimo Sangue, em Proença-A-Nova, para jovens dadiocese de Portalegre Castelo Branco1245 - Na Casa de Retiros de Viseu, para jovens desta diocese1246 - Na Casa da Sagrada Família, em Mira, para jovens da diocese de Coimbra1247 - No Seminário do Fundão, para jovens da diocese da Guarda1248 - Em Fátima, junto à Casa Diocesana do Clero para jovens da diocese de Leiria-Fátima.

5Janeiro/Fevereiro 2014

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JOVENS EM ALERTA

Nos dias 13, 14 e 14 de Dezembro de 2013teve lugar, em Moçambique, o convívio-fraterno nº 1224. O convívio realizou-se emChibututuine, distrito da Manhiça e contoucom a presença de 35 jovens de ambos ossexos.No semblante dos jovens participantes eravisível a ardente vontade de encontar e vivero amor, mas sem saber onde, realmente,encontrá-lo, principalmente numa altura emque a sociedade moçambicana está mergulhadanuma crise de valores e vive uma totalincerteza devido ao imbróglio que se vive nopaís. "Anseiamos o amor, pois acreditamosque só ele pode devolver a dignidade não só anós, mas também ao mundo em geral", diziamos jovens.No decurso do convívio, os jovens foramdescobrindo que o verdadeiro amor só é, defacto, possível quando se tem Crsito nocoração e que esse amor consiste numa

Esse amor me transformou, a minha minhavida ela mudou…

verdadira doação aos outros sem distinção deraça, sexo, idade...Visivelmente eufórico, o Alfredo da Victóriadisse, durante o enceramento, que haviapercebido que o amor passava por umverdadeiro sacrifício e que durante os três diashavia sofrido uma verdadeira metamorfose.Essa transformação secundada por ElinaMucavel, segundo esta, só foi possível graçasà oportunidade que tiveram de "conversarintimamente com Deus" e com os irmãos.Ainda durante o enceramento, um jovem denome José disse que saía do convívio com amissão de dar a conhecer aos outros (amigose familiares) o verdadeiro amor queexperienciou durante os três dias do convívio.Deus queira que, de facto, o Seu Amor seespalhe por toda terra e que os jovens desteconvívio sejam os incansáveis arautos dopoderoso amor divino.

Convíva Luís Alves

Hoje o meu coração divide-se entre uma grandealegria e uma deceção não muito grande, masque estraga a alegria. A alegria vem do fim-de-semana, vivido na fraternidade e na partilhada fé. A deceção, vem das atitudes de algumaspessoas que se dizem cristãs e que "anunciam"Jesus. Às vezes, a deceção, vem de mimprópria também. É que anunciar Jesus, é muitomais que uma mera "piedosa obrigação cristã"como método para atingir a salvação.Anunciar (e viver) em Jesus, não pode serum fardo, um "TPC" para fazer quandochegamos a casa, no final de um dia detrabalho. Se é assim que encaramos isto deevangelizar, ainda não entendemos averdadeira dimensão de ser cristão.Anunciar Jesus tem de ser bom. Tem de nosfazer bem. Tem de ser entusiasmante e radi-cal e bonito. Tem de nos causar borboletas nabarriga.Jesus tem de ser o amigo de sempre. De todasas horas e não apenas das horas mais tristese difíceis. Tem de ser Aquele a quem pedimosopinião quando temos em mãos uma decisãoimportante. Aquele que vai connosco para obar, para a noite e para o shopping. Jesustem de ser para nós natural como respirar oucomo a chuva. E tem de nos incomodar como

Anunciar Jesus tem de nos causarborboletas na barriga

a chuva, se for necessário. Se Jesus nosincomodar é bom sinal! É porque deixámosque Ele se metesse na nossa vida. Jesus é umaopção de vida e optar por Ele é difícil e já todossabemos disto. Mas mesmo sabendo disto,fingimos que essa opção pode até nem serradical. Moldamos o Deus de Jesus Cristo ànossa imagem e aí vamos nós com as nossas"exceções à regra" criadas pelo nosso egoísmo."Detesto que fales de mim, MAS se eu falar deti, talvez nem seja tão mau assim porque afinal,até mereces". " Detesto que me apontem falhas,MAS se eu apontar falhas a outros, estou a serdireto e frontal." E quando enchemos a bocapara dizer que "correu mal" mas não mexemosum dedo para ajudar ou para fazer melhor? Eas nossas ironias? E as nossas hipocrisias? Eas nossas antipatias de estimação? E os nossosrisinhos cínicos quando alguém faz ou dizalguma coisa que não vá de encontro aos nossospadrões?Se este texto é uma indireta? Não. É uma direta.É que esta deceção que me pesa aqui no coração,dói-me. A sério! E esta foi a forma mais delicadaque encontrei de exorcizar esta coisa má queme ficou cá dentro e que mata as borboletasque sinto na barriga, quando anuncio Jesus.

Fabiola Mourinho CF 833Bragança-Miranda

A Igreja "é, por sua própria natureza,missionária, já que tem a sua origem namissão do Filho e do Espírito Santo,segundo o plano do Pai" (ConcílioVaticano II, Ad Gentes, 2). "É esta avocação própria da Igreja, a suaidentidade mais profunda: existe paraevangelizar" (Paulo VI, Evangeliinuntiandi, 14). E a missão de evangelizarconsiste em levar a Boa Notícia do amorde Deus a todos os povos do mundo.Por conseguinte, a Igreja não podeencerrar-se em si mesma. A sua acção,em adesão à palavra de Cristo e sob ainfluência da sua graça e da sua caridade,deve fazer-se plena e actualmentepresente a todos os homens e a todos ospovos, para os conduzir a Cristo (cf. AdGentes, 5).É, por isso, necessário que tanto osbaptizados, de forma individual, comoas comunidades eclesiais se interessempela missão, não só de modo esporádicoe ocasional, mas de modo constante,como forma de vida cristã. A missão uni-versal implica a todos. O Evangelho não

Evangelização, tarefa de todospode ser um bem exclusivo de quem orecebeu, mas um dom que deve sercomunicado; constitui aquilo quepoderíamos chamar um dom-compromisso,confiado a todos os baptizados.Esta missão representa um desafio paratodos: sacerdotes, religiosos e leigos, a fimde que colaboremos nas nossas paróquias,escolas e instituições com projectosespecíficos que cheguem sobretudo aos quesofrem e aos mais pobres. A colaboraçãoentre todos é um dos pontos maissignificativos, quando se trata de promovera missão de Deus.Esta missão ainda está longe de estarterminada. Por isso, o Papa Francisco (e omesmo poderíamos dizer dos outros Papas)tem repetido com insistência que a Igrejanecessita de continuar com esta missão dedar a conhecer o amor de Deus pelo seupovo. Unamo-nos a ele e a toda a Igreja,para juntos levarmos com entusiasmo oEvangelho àqueles que ainda não oconhecem ou o conhecem mal.

António Coelho, s.j.

Dezassete jovens participaram, nos dias20, 21 e 22 de Dezembro de 2013, doConvívio-Fraterno nº1227, realizado noSeminário Cristo-Rei, na Matola. Apesarda visível ansiedade, repazes e raparigasdiziam uninanimamente: "estamos aquiporque escolhemos Cristo".Não havia, realmente, espaço para duvidarno que aqueles jovens briosos diziam, poistratava-se de uma época em que as pessoasde todos sexos e todas idades estavampreocupados em preparar de formapomposa suas festas de Natal e de final doano. "Mas que Natal seria sem Cristo?",Questionavam os 17 jovens participantesdo convívio. "Podemos até preparar grandefesta, mas não será Natal nenhum se nãotiermos Cristo no centro das atenções, poisnão é possível fazer uma festa de aniversáriosem o aniversariante", diziam e reiteravamos jovens.Foi dentro deste espírito de afirmações equestionamentos importantíssimos sobreCristo que decorreram os três dias doConvívio-Franterno, ao longo dos quais osjovens foram, durante os testemunhos e

Se queres ter ideal, escolhe Cristo...

conferências, descobrindo as implicações deescolher Cristo no quotidiano das suas vidas.Visivelmente emucionados e comprometidos comas palavras ditas a priori, durante o encerramento,Isaías Gomane disse que naquele momento sabiamuito bem que escolher Cristo implicava serhumilde, saber perdoar e amar gratuitamente osHomens. "Escolher Cristo significa, ainda, tê-locomo verdadeiro amigo que nunca nos abandona eque se pode confiar em todos momentos da nossavida", acrescentou a Beatriz.Foram, na verdadade, três dias que, de algummodo, fortificaram tanto a fé dos jovens de talforma que diziam ir embora querendo ficar maistempo nequele local em que tudo girava em tornode Cristo.Oxalá, caros jovens, embora não nesta casa quenos acolheu, continuemos com Crsito e que Olevemos não só à nossa família, mas também asociedade em geral, pois só assim estaremos aconstruir um mundo melhor e mais humano,demonstrando, deste modo, a importância deescolher Cristo para ter um ideal.

Convivas Nodondy da Clara e Gildo S.Maxaieie

6 Janeiro/Fevereiro 2014

Convívios em Moçambique - Maputo

Page 7: Balada Janeiro_Fevereiro 2014

BALADA DA UNIÃO

Apesar da grave crise económica que a todos afeta, os valores espirituais e culturais emnada devem ser afetados. É por essa razão que, apesar das dificuldades económicas queo movimento também vai sofrendo, vamos continuar a tentar publicar bimestralmente oBalada da União. E essa força e coragem é - nos dada pela generosidade dos nossosleitores que nunca deixaram de apoiar em todos estes anos o nosso jornal. É GRAÇAS ÀSUA GENEROSIDADE QUE ELE CONTINUA A SER O ELO DE UNIÃO ENTRETODOS OS JOVENS E CASAIS DO MOVIMENTO. Muitos dos nossos leitores têmaproveitado os vales de correio para enviar o seu contributo. A todos estamos agradecidospela generosidade manifestada. Também podem enviar o vosso contributo através doNIB: 003300005000103484305

BALADA DA UNIÃO

No dia dezoito de janeiro reuniu em Fátima oConselho Nacional do Movimento ConvíviosFraternos, onde estiveram presentes osrepresentantes das seguintes dioceses; Porto,Vila Real, Santarém, Évora, Beja, setúbal,Aveiro, Coimbra, Guarda, Portalegre e CasteloBranco, Viseu e Bragança.Após os cumprimentos iniciais deu-se inícioà reunião, invocando o Espirito Santo.O jornal Balada da União continua a ser umapreocupação do movimento, o qual acarretacustos elevados na sua edição em papel, peloque foi ponderada a possibilidade de umaedição em papel trimestral e uma edição emformato "news letter" online de periodicidademensal. No que concerne ao jornal foi referidaa necessidade de fornecer notícias sobre osdiferentes acontecimentos diocesanos,enriquecendo a vivência, o testemunho e apartilha entre os convivas.Na reunião realizou-se uma avaliação daperegrinação nacional de 2013, tendo sidoreferidos os seus pontos positivos e outros amelhorar, nomeadamente a comunicação como Santuário de Fátima, pelo que ficou assentea entrega de um guião com todos os detalhesda peregrinação de 2014 até junho.A Peregrinação Nacional do Movimento -Convívios Fraternos será nos dias 6 e 7 desetembro de 2014. Após análise de váriaspropostas, em consonância com o tema doSantuário foi escolhido e aprovado porunanimidade, o seguinte tema; Atreve-te aAmar.

A diocese de Bragança ficou responsável pelacriação da letra e música do Hino, inspirando-se no tema "atreve-te a amar", o qual será entoadoao longo da peregrinação e de uma forma solene,no momento de ação de graças, acompanhadopela coreografia na escadaria do Santuário. No decurso da reunião preparou-se oprograma de atividades para a PeregrinaçãoNacional, as quais ficaram assim distribuídas:No dia 6 de setembro (sábado), o acolhimentopelas 14h30, no Centro Pastoral Paulo VI,será realizado pela diocese de Beja. Após oacolhimento realizar-se-á no auditório doCentro Pastoral Paulo VI a celebraçãopenitencial, a qual será dinamizada pela dio-cese do Porto. Após a celebração penitencialcoletiva, no espaço adjacente ao Centro Pas-toral Paulo VI acontecerá o momento deRessurreição animado pela diocese da Guarda.

Reunião do Conselho Nacionaldo Movimento Convívios Fraternos

Pelas 16h45 ocorrerá a concentração e desfilede todos os jovens e casais, na frente daBasílica da Santíssima Trindade até àCapelinha das Aparições.Pelas 17h00 ocorrerá a saudação a NossaSenhora e a Celebração da Palavra naCapelinha das Aparições, dinamizada peladiocese de Santarém.Pelas 18h00 Os jovens e casais convivas sãoconvidados a realizarem uma oração por dio-cese, em locais previamente determinados emsede de diocese.Pelas 21h30 celebrar-se-á o Terço do Rosáriona Capelinha das Aparições e a Procissão deVelas. Os textos para o terço de sábado sãopreparados pela diocese de Vila Real, a leiturados mistérios será realizada pela seguinteordem de dioceses;1º Vila Real,2º Évora, 3ºCoimbra, 4º Porto (casais) e 5º Setúbal. A dio-cese de Viseu levará o Andor de Nossa Senhoranuma fração do percurso da procissão develas.Após a procissão de velas, os convivas sãoconvidados a participar com a sua alegria nafesta do Sarau, que decorrerá no Centro Pas-toral Paulo VI, dinamizado pela diocese deÉvora.No domingo dia 7 de setembro pelas 10h15,rezar-se-á o Terço do Rosário na Capelinhadas Aparições, seguido de cortejo litúrgicocom a imagem de Nossa senhora de Fátimapara o altar da esplanada do recinto, ondeserá celebrada a Eucaristia. A diocese daGuarda levará o Andor numa fração do

percurso do cortejo litúrgico.No que respeita ao terço do Rosário deDomingo, os textos são preparados pela dio-cese de Aveiro. A leitura dos mistérios serárealizada pela seguinte ordem de dioceses;1ºAveiro,2º Beja, 3ºGuarda, 4º Bragança e 5ºViseu.A festa da despedida, pelas 14h30, serádinamizada pela diocese de Bragança econtagiada pela alegria conviva de todas asdioceses.Todos os convivas, com as suas camisolas,faixas, músicas e juventude são convidados aparticipar na Caminhada de Fé que é aPeregrinação Conviva.Sê Conviva da paz e do amor!Vai pelo mundo e mostra a tua herança e"atreve-te a amar!"

António Silva

Apresento-me à porta da vossa casa para vosfalar de um acontecimento que vai realizar-se, como é sabido, no próximo mês deOutubro, no Vaticano: trata-se da Assembleiageral extraordinária do Sínodo dos Bispos,convocada para discutir o tema "Os desafiospastorais sobre a família no contexto daevangelização". Efectivamente, hoje, a Igrejaé chamada a anunciar o Evangelho,enfrentando também as novas urgênciaspastorais que dizem respeito à família.Este importante encontro envolve todo o Povode Deus: Bispos, sacerdotes, pessoasconsagradas e fiéis leigos das Igrejasparticulares do mundo inteiro, que participamactivamente, na sua preparação, comsugestões concretas e com a ajudaindispensável da oração. O apoio da oração émuito necessário e significativo,especialmente da vossa parte, queridasfamílias; na verdade, esta Assembleia sinodalé dedicada de modo especial a vós, à vossavocação e missão na Igreja e na sociedade, aosproblemas do matrimónio, da vida familiar,da educação dos filhos, e ao papel das famíliasna missão da Igreja. Por isso, peço-vos parainvocardes intensamente o Espírito Santo, afim de que ilumine os Padres sinodais e osguie na sua exigente tarefa. Como sabeis, aesta Assembleia sinodal extraordinária, seguir-se-á - um ano depois - a Assembleia ordinária,que desenvolverá o mesmo tema da família.E, neste mesmo contexto, realizar-se-á oEncontro Mundial das Famílias, na cidade deFiladélfia, em Setembro de 2015. Por isso,unamo-nos todos em oração para que a Igrejarealize, através destes acontecimentos, umverdadeiro caminho de discernimento e adopteos meios pastorais adequados para ajudaremas famílias a enfrentar os desafios actuais coma luz e a força que provêm do Evangelho.

Queridas famílias,

Estou a escrever-vos esta carta no dia em quese celebra a festa da Apresentação de Jesusno templo. O evangelista Lucas conta queNossa Senhora e São José, de acordo com aLei de Moisés, levaram o Menino ao templopara oferecê-Lo ao Senhor e, nessa ocasião,duas pessoas idosas - Simeão e Ana -, movidaspelo Espírito Santo, foram ter com eles ereconheceram em Jesus o Messias (cf. Lc 2,22-38). Simeão tomou-O nos braços eagradeceu a Deus, porque tinha finalmente"visto" a salvação; Ana, apesar da sua idadeavançada, encheu-se de novo vigor e pôs-se afalar a todos do Menino. É uma imagem bela:um casal de pais jovens e duas pessoas idosas,reunidos devido a Jesus. VerdadeiramenteJesus faz com que as gerações se encontrem eunam! Ele é a fonte inesgotável daquele amorque vence todo o isolamento, toda a solidão,toda a tristeza. No vosso caminho familiar,partilhais tantos momentos belos: as refeições,o descanso, o trabalho em casa, a diversão, aoração, as viagens e as peregrinações, as acçõesde solidariedade... Todavia, se falta o amor,falta a alegria; e Jesus é quem nos dá o amorautêntico: oferece-nos a sua Palavra, queilumina a nossa estrada; dá-nos o Pão de vida,que sustenta a labuta diária do nosso caminho.Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínododos Bispos será um tesouro precioso queenriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peçoque rezeis também por mim, para que possaservir o Povo de Deus na verdade e na caridade.A protecção da Bem-Aventurada VirgemMaria e de São José acompanhe sempre atodos vós e vos ajude a caminhar unidos noamor e no serviço recíproco. De coraçãoinvoco sobre cada família a bênção do Senhor.Vaticano, 2 de Fevereiro - festa daApresentação do Senhor - de 2014.

FRANCISCUS

7Janeiro/Fevereiro 2014

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Queridos irmãos e irmãs! Por ocasião da Quaresma, ofereço-vosalgumas reflexões com a esperança de quepossam servir para o caminho pessoal ecomunitário de conversão. Como motivoinspirador tomei a seguinte frase de São Paulo:"Conheceis bem a bondade de Nosso SenhorJesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobrepor vós, para vos enriquecer com a suapobreza" (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreveaos cristãos de Corinto encorajando-os aserem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalémque passam necessidade. A nós, cristãos dehoje, que nos dizem estas palavras de SãoPaulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite àpobreza, a uma vida pobre em sentidoevangélico? A graça de Cristo Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada,qual é o estilo de Deus. Deus não Se revelaatravés dos meios do poder e da riqueza domundo, mas com os da fragilidade e da pobreza:"sendo rico, fez-Se pobre por vós". Cristo, oFilho eterno de Deus, igual ao Pai em poder eglória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio,aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, "esvaziou-Se", para Se tornar em tudosemelhante a nós (cf. Fil 2, 7; Heb 4, 15). Aencarnação de Deus é um grande mistério.Mas, a razão de tudo isso é o amor divino:um amor que é graça, generosidade, desejo deproximidade, não hesitando em doar-Se esacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. Acaridade, o amor é partilhar, em tudo, a sortedo amado. O amor torna semelhante, criaigualdade, abate os muros e as distâncias. Foio que Deus fez connosco. Na realidade, Jesus"trabalhou com mãos humanas, pensou comuma inteligência humana, agiu com umavontade humana, amou com um coraçãohumano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante anós em tudo, exceto no pecado" (CONC.ECUM. VAT. II, Const. past. Gaudium etspes, 22).A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi apobreza em si mesma, mas - como diz SãoPaulo - "para vos enriquecer com a suapobreza". Não se trata dum jogo de palavras,duma frase sensacional. Pelo contrário, é umasíntese da lógica de Deus: a lógica do amor, alógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fezcair do alto a salvação sobre nós, como aesmola de quem dá parte do próprio supérfluocom piedade filantrópica. Não é assim o amorde Cristo! Quando Jesus desce às águas doJordão e pede a João Batista para O batizar,não o faz porque tem necessidade depenitência, de conversão; mas fá-lo para Secolocar no meio do povo necessitado deperdão, no meio de nós pecadores, e carregarsobre Si o peso dos nossos pecados. Este foio caminho que Ele escolheu para nos consolar,salvar, libertar da nossa miséria. Fazimpressão ouvir o Apóstolo dizer que fomoslibertados, não por meio da riqueza de Cristo,mas por meio da sua pobreza. E todavia SãoPaulo conhece bem a "insondável riqueza deCristo" (Ef 3, 8), "herdeiro de todas as coisas"(Heb 1, 2).Em que consiste então esta pobreza com aqual Jesus nos liberta e torna ricos? Éprecisamente o seu modo de nos amar, o seuaproximar-Se de nós como fez o BomSamaritano com o homem abandonado meiomorto na berma da estrada (cf. Lc 10, 25-37).

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2014Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9)

Aquilo que nos dá verdadeira liberdade,verdadeira salvação e verdadeira felicidade éo seu amor de compaixão, de ternura e departilha. A pobreza de Cristo, que nosenriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobreSi as nossas fraquezas, os nossos pecados,comunicando-nos a misericórdia infinita deDeus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza:Jesus é rico de confiança ilimitada em DeusPai, confiando-Se a Ele em todo o momento,procurando sempre e apenas a sua vontade ea sua glória. É rico como o é uma criança quese sente amada e ama os seus pais, nãoduvidando um momento sequer do seu amore da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele sero Filho: a sua relação única com o Pai é aprerrogativa soberana deste Messias pobre.Quando Jesus nos convida a tomar sobre nóso seu "jugo suave" (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua "ricapobreza" e "pobre riqueza", a partilhar comEle o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-

nos filhos no Filho, irmãos no IrmãoPrimogénito (cf. Rm 8, 29).Foi dito que aúnica verdadeira tristeza é não ser santos(Léon Bloy); poder-se-ia dizer também quesó há uma verdadeira miséria: é não vivercomo filhos de Deus e irmãos de Cristo. O nosso testemunho Poderíamos pensar que este "caminho" dapobreza fora o de Jesus, mas não o nosso:nós, que viemos depois d'Ele, podemos salvaro mundo com meios humanos adequados. Istonão é verdade. Em cada época e lugar, Deuscontinua a salvar os homens e o mundo pormeio da pobreza de Cristo, que Se faz pobrenos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja,que é um povo de pobres. A riqueza de Deusnão pode passar através da nossa riqueza,mas sempre e apenas através da nossapobreza, pessoal e comunitária, animada peloEspírito de Cristo.À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos,somos chamados a ver as misérias dos irmãos,a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalharconcretamente para as aliviar. A miséria nãocoincide com a pobreza; a miséria é a pobrezasem confiança, sem solidariedade, semesperança. Podemos distinguir três tipos demiséria: a miséria material, a miséria moral e amiséria espiritual. A miséria material é a que

habitualmente designamos por pobreza eatinge todos aqueles que vivem numa condiçãoindigna da pessoa humana: privados dosdireitos fundamentais e dos bens de primeiranecessidade como o alimento, a água, ascondições higiénicas, o trabalho, apossibilidade de progresso e de crescimentocultural. Perante esta miséria, a Igreja ofereceo seu serviço, a sua diakonia, para ir aoencontro das necessidades e curar estas chagasque deturpam o rosto da humanidade. Nospobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo;amando e ajudando os pobres, amamos eservimos Cristo. O nosso compromissoorienta-se também para fazer com que cessemno mundo as violações da dignidade humana,as discriminações e os abusos, que, em muitoscasos, estão na origem da miséria. Quando opoder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos,acabam por se antepor à exigência dumadistribuição equitativa das riquezas. Portanto,é necessário que as consciências se convertam

à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha.Não menos preocupante é a miséria moral,que consiste em tornar-se escravo do vício edo pecado. Quantas famílias vivem naangústia, porque algum dos seus membros -frequentemente jovem - se deixou subjugarpelo álcool, pela droga, pelo jogo, pelapornografia! Quantas pessoas perderam osentido da vida; sem perspetivas de futuro,perderam a esperança! E quantas pessoas seveem constrangidas a tal miséria por condiçõessociais injustas, por falta de trabalho que aspriva da dignidade de poderem trazer o pãopara casa, por falta de igualdade nos direitosà educação e à saúde. Nestes casos, a misériamoral pode-se justamente chamar um suicídioincipiente. Esta forma de miséria, que é causatambém de ruína económica, anda sempreassociada com a miséria espiritual, que nosatinge quando nos afastamos de Deus erecusamos o seu amor. Se julgamos não ternecessidade de Deus, que em Cristo nos dá amão, porque nos consideramosautossuficientes, vamos a caminho da falência.O único que verdadeiramente salva e liberta éDeus.O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra amiséria espiritual: o cristão é chamado a levara todo o ambiente o anúncio libertador de que

8 Janeiro/Fevereiro 2014

existe o perdão do mal cometido, de queDeus é maior que o nosso pecado e nos amagratuitamente e sempre, e de que estamosfeitos para a comunhão e a vida eterna. OSenhor convida-nos a sermos jubilososanunciadores desta mensagem demisericórdia e esperança. É bomexperimentar a alegria de difundir esta boanova, partilhar o tesouro que nos foi confiadopara consolar os corações dilacerados e daresperança a tantos irmãos e irmãs imersosna escuridão. Trata-se de seguir e imitarJesus, que foi ao encontro dos pobres e dospecadores como o pastor à procura daovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidosa Ele, podemos corajosamente abrir novasvias de evangelização e promoção humana.Queridos irmãos e irmãs, possa este tempode Quaresma encontrar a Igreja inteira prontae solícita para testemunhar, a quantos vivemna miséria material, moral e espiritual, amensagem evangélica, que se resume noanúncio do amor do Pai misericordioso,pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. Epoderemos fazê-lo na medida em queestivermos configurados com Cristo, que Sefez pobre e nos enriqueceu com a suapobreza. A Quaresma é um tempo propíciopara o despojamento; e far-nos-á bemquestionar-nos acerca do que nos podemosprivar a fim de ajudar e enriquecer a outroscom a nossa pobreza. Não esqueçamos quea verdadeira pobreza dói: não seria válidoum despojamento sem esta dimensãopenitencial. Desconfio da esmola que nãocusta nem dói.Pedimos a graça do Espírito Santo que nospermita ser "tidos por pobres, nós queenriquecemos a muitos; por nada tendo e,no entanto, tudo possuindo" (2 Cor 6, 10).Que Ele sustente estes nossos propósitos ereforce em nós a atenção e solicitude pelamiséria humana, para nos tornarmosmisericordiosos e agentes de misericórdia.Com estes votos, asseguro a minha oraçãopara que cada crente e cada comunidadeeclesial percorra frutuosamente o itinerárioquaresmal, e peço-vos que rezeis por mim.Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhoravos guarde!

Vaticano, 26 de dezembro de 2013