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A Carmelita é uma alma que contemplou o Crucificado, que o viu oferecer-se como vítima ao Pai pelas almas, e , recolhendo-se nesta grande visão de caridade de Cristo, ela compreendeu a paixão do Amor que domina sua alma e quis também dar-se como Ele. Beata Elisabete da Trindade

Beata Elisabeth da Trindade

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A Carmelita é uma alma que contemplou o Crucificado, que o viu oferecer-se como vítima ao Pai pelas almas, e , recolhendo-se nesta grande visão de caridade de Cristo, ela compreendeu a paixão do Amor que domina sua alma e quis também dar-se como Ele.

Beata Elisabete da Trindade

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Caprichos de criança. Temperamento colérico até os sete anos

. Brigou com o Padre com 2 anos por ter “roubado” a sua boneca

. Aos três ou quatro anos, trancou-se em um quarto e chutava a porta violentamente

. Sua mãe só conseguia repreende-la e ensina-la a vencer-se por amor

depois que se acalmava por si só

. Com morte do pai, Elisabete percebe que precisa aprender controlar sua fúria

. Pecado dominante: tendência a encolerizar-se

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Conversão. Relatos afirmam que aos 7 anos se confessou pela primeira vez e

percebeu o quanto seu temperamento poderia ser desagradável a quem a rodeava

. Luta decididamente contra seus defeitos dominantes: ira e sensibilidade

. A dura fase de combate espiritual vai até aos dezoito anos.

. Padre da Primeira Comunhão: “Com o temperamento que tem, Elisabete será uma santa ou um demônio.”

. Primeira Comunhão: “O Mestre tomou posse total do seu coração”

. As pessoas percebiam a sua mudança súbita e profunda

. Por vezes, depois da Comunhão ouvia a palavra “Carmelo” e um chamado interior o qual a levou a fazer um voto de virgindade

. Namorava o Carmelo de sua sacada

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Festas mundanas e Férias de Verão. Era bem relacionada, viajava bastante para casa das tias

aonde tinha uma vida ativa na sociedade, bailes, passeios e conquistava muitos amigos

. “Nossa estada em Tarbes foi uma longa série de divertimentos: matinées dançantes, musicais, passeios no campo.”

. Apesar se enturmar com os jovens, ela sempre se destacava por sua personalidade que exalava Deus. Em um dos relatos em um sarau, um dos meninos tentou corteja-la porem percebeu que “ela não era como as outras garotas”

. Sente saudades do Carmelo; Longe dos convidados e amigos sem esforço encontra-se com o Cristo; Férias e mundanismo desaparecem facilmente de seu espírito.

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Obras de Apostolado. Em Dijon dedicou-se os serviços paroquiais: coro e

catequese

. Catequese infantil, tutoria as comungantes retardatárias e assistência às meninas indisciplinadas da fabrica de tabaco e outras obras de beneficência

. Dom de Deus para tratar com as crianças, compondo comédia, músicas, danças e histórias em geral; depois de calmos, sentavam-se e começava a leitura

. Com tática particular, adapta-se a tudo e a todos

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Primeiras Graças Místicas e Padre Vallée. “Hoje tive a alegria de oferecer ao meu Jesus muitos

sacrifícios, para vencer meu defeito dominante, mas como eles me custaram! Eu reconheço toda a minha fraqueza. Quando recebo uma observação injusta parece-me sentir o sangue ferver em minhas veias, todo meu ser se revolta! Mas Jesus estava comigo, eu ouvi sua voz no fundo do meu coração e então me senti disposta a suportar por amor Dele.”

. O caminho que Deus lhe traça não é o das grandes mortificações dos santos; assim o é no Carmelo; Deus espera outra prova de amor (contrário de minhas vontades).

. Só teve consciência dos toques divinos ao ler Santa Teresa de Jesus

. Às vésperas de sua entrada no Carmelo, conversava com seu orientador sobre a impressão de ser habitada.

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Seu ideal de Carmelita. Esperou pacientemente por dois anos o consentimento de

sua mãe para entrar para o Carmelo. Sua mãe percebeu que este era o único desejo de sua filha e não teve mais como impedi-la de partir.

. Fisionomia espiritual já revelada no recreio.

. Ideal de santidade: viver de amor para morrer de amor; predileção pelo silencio; devoção para com a alma de Jesus; vida interior: sepultar-se no mais profundo da alma para aí encontrar a Deus.

. “Vê-o brilhar através de todas as coisas. Eis a vida do Carmelo: viver n’Ele.”

O Carmelo

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Graças sensíveis do Postulado. Deus encaminha aos poucos as almas para as alturas

. “Não posso suportar tantas graças.”

. É pelo Tabor que se vai ao Calvário

. Passava silenciosa e recolhida pelos claustros e nada podia distraí-la do Cristo

. Na sua tomada de hábito, o Senhor também ocupava toda a sua atenção.

. É um face a face contínuo; só com o Só.

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Purificações do Noviciado. Durante um longo ano, Deus irá abandoná-la a si mesma, à

impotência, ao abatimento, às hesitações sobre o próprio futuro.

. Nesse período, apegou-se em demasia a uma de suas companheiras. Ao perceber o coração preso, afastou-se sem violência e procurou manter esta amizade em companhia do Senhor.

. Nesta situação, adquiriu uma fé mais forte e uma experiência do sofrimento que vai servir-lhe para compreender e consolar outras almas experimentadas por Deus.

. “ Compreendi que meu céu começa na terra, o céu na fé, com o sofrimento e a imolação pelo Amado.”

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Vida Profunda. No dia seguinte a profissão, pôs-se a busca da perfeição,

que irá de sacrifício em sacrifício até a consumação do Calvário

. Por vezes, manifestavam-se ainda em seu interior pequenas agitações, porém, ela se acalmava cada vez dia mais.

. “A vida da Carmelita é uma comunhão com Deus da manhã até a noite, da noite à manhã. Se Ele não enchesse nossas celas e nossos claustros, como isso seria vazio! Mas nós O vemos em tudo, porque O trazemos em nós e nossa vida é um céu antecipado.”

. Era a noviça sempre fiel, toda “escondida em Deus com o Cristo”.

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Rumo a União Transformante. Meses depois, grande fadiga se apoderou dela que sem o

socorro de Deus teria sucumbido imediatamente.

. “Era-me então mais fácil ficar atenta a Deus. Mas depois encontrava de novo minha fraqueza e, sem ser percebida, graças à obscuridade, voltava como podia à cela, apoiando-me muitas vezes à parede.”

. Os sintomas da grave moléstia do estomago declararam-se na Quaresma, tendo que se instalar definitivamente na enfermaria depois da festa de São José: “ Eu bem sabia que São José viria me buscar este ano. Ei-lo já a porta!”

. Organizou-se em vão uma cruzada de orações, pois o mal progredia.

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Rumo a União Transformante. “É Ele que age em mim e me consome. Eu me entrego e me

abandono a Ele, sentindo-me, de antemão, feliz por tudo quanto fizer em mim”.

. No Domingo de Ramos, uma síncope veio agravar subitamente seu estado; o Padre foi chamado para administrar a unção

. As Irmãs esperavam a sua morte, porém no dia seguinte a encontraram de joelhos no pé da cama.

. A volta à vida foi uma grande decepção : “Quanto me custaria voltar à terra! Ela me parece tão vil, ao sair do meu belo sonho!”

. Sem tardar, compreendeu o plano de Deus: “ Se Deus me restituiu um pouco de vida, só pode ser para sua Glória”.

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Rumo a União Transformante. Enquanto seu físico caminhava para a destruição, a alma

cada vez mais feliz ultrapassada a si mesma e se esquecia.

. Seu desejo era “morrer transformada no Divino Crucificado”. O Calvário é a única estrada que leva à Santíssima Trindade

. “ Se o Mestre me desse a escolher entre um êxtase e a morte no abandono do Calvário, escolheria esta última para me assemelhar a Ele”.

. Até a ultima semana, ela participou das Laudes noturnas. Enquanto lhe permitiu a sua fraqueza, foi fiel até o fim, às menores observâncias da Ordem.

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Rumo a União Transformante. Próxima de sua morte, ditou sua ultima mensagem: “Eis, a

meu ver, o grande dia tão ardentemente desejado do encontro com o Esposo unicamente amado, adorado”.

. Nove dias de intensa agonia antecederam sua partida no dia 9 de Novembro de 1906.

. Suas últimas palavras: “ Vou para a Luz, para o Amor, para a Vida”.

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Ó meus Três, meu Tudo, minha Beatitude, solidão infinita, Imensidade em que me perco, entrego-me a Vós como uma presa. Sepultai-Vos em mim, para que eu me sepulte em Vós, esperando ir contemplar na Vossa Luz o abismo das Vossas grandezas.