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III Simpósio Fronteiras da Consciência Consciência Consciência e e Iluminação Iluminação Fausto Lyra de Aguiar

Consciencia iluminacao

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Page 1: Consciencia iluminacao

III Simpósio Fronteiras da Consciência

Consciência Consciência

ee

IluminaçãoIluminação

Fausto Lyra de Aguiar

Page 2: Consciencia iluminacao

Consciência e Iluminação são conceitos além da lógica e dos modelos mentais que estamos habituadosVamos procurar construir esses conceitos ao longo da palestraProcurando:

– Ampliar o entendimento sobre o fenômeno– Ir além do que nos imaginamos ser– Ir além do Ego– Conectar com a "Mente Pura"

PremissasPremissas

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"Estar no Presente” Importante No “aqui e agora” Com “plena atenção

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Pilares do TrabalhoPilares do Trabalho

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Page 4: Consciencia iluminacao

A CiênciaA Ciência1915: Einstein

“Teoria Geral da Relatividade”

- Mudou a visão newtoniana

- Deformação do “tecido do espaço-tempo”

1905: Einstein publica “Teoria da Relatividade Especial”Tempo e espaço não são absolutosMedidas de tempo e espaço - função da velocidade relativa entre observadoresCada observador tem tempo e espaço próprios

350 anos atrás

Descartes e NewtonMetáfora: “mecanismo de relógio” Realidade pensada e analisada em partes: fragmentação do todo; exemplo:

Medicina: especialidades

Antiga lógica começa a separar-se do desenvolvimento científico- Campo eletro-magnético- Velocidade da luz constante, independente do observador

Século XIXSéculo XX

~ 1930: Mecânica Quântica - a “estranha realidade”

• Partícula e onda• Entrelaçamento• O “observador”• O colapso das

possibilidades e o “real”

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Afastamento cada vez maior entre a física e a lógica tradicionalConceitos novos surgindo a todo momento:- “Big Bang”, expansão inflacionária, oceano de Higgs,

branas, universo holográfico, vácuo cheio, cordas vibrantes, espaço de onze dimensões, não localidade, ...

De que é feito nosso Universo?- Partículas / Ondas (fótons, elétrons e quarks)

- Matéria Negra, Energia Negra

O conceito do ObservadorA física se aproximando do que os grandes sábios viam em suas meditações

A CiênciaA Ciência

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Observem que ao longo do tempo:Temos um "diálogo interno" - permanentemteSão pensamentos “soltos”

Atuando a partir de “arquivos” já existentes no cérebro, na memória

Estes “arquivos constituídos moldam a forma como: vemos, ouvimos, julgamos e filtramos

- “isso é bom”, “isso é ruim”- “isso é certo”, “isso é errado”

Estamos em um contexto social que possui seus "paradigmas"

A CogniçãoA Cognição

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CULTURA

FAMÍLIAVALORES

ESCUTA/PERCEBEO MUNDO

EXPER.PESSOAIS

“FÓRMULAS”DE

SOBREVIVÊNCIA

Espermatozóide

CarmaÓvulo

A CogniçãoA Cognição

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"Quem descobriu a água com certeza não foi um peixe"Pensamentos gerados por cultura, família, valoresInformações que vemos diz mais sobre nós do que a própria “realidade”Filtros modelam aquilo que vemosAgimos conforme estas CRENÇASO valor “científico” e “lógico” das informações é função do “conhecimento” em voga na sociedade

A Cognição: aA Cognição: a Mente Ilusória Mente Ilusória

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Somos moldados por essas informações pré-existentes”Estamos sob controle desses “arquivos”Esse arquivo é herdado dos ancestrais pelos cromossomos e por informações trazidas pela consciência na concepçãoO novo ser combina as 3 fontes de informação

• O DNA do espermatozóide• O DNA do óvulo e• O Carma

Como as percepções são moldadas?

O Mund

o

MemóriaExperiênciasPessoais

CulturaValoresFamília

Conheci-mentos

A CogniçãoA Cognição

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Page 10: Consciencia iluminacao

• O que tomamos por um objeto concreto é percebido como uma imagem mentalmente construída

• Suas características dependem de fatores externos e fatores subjetivos

• Os fatores subjetivos pertencem ao próprio processo de percepção, como emoções e desejos

• A imputação de conceitos sobre esse objeto em formação afeta sua construção perceptual

• Há uma mistura de conceitos e imagens mentais com o objeto observado pela percepção nua

Percepção-ConcepçãoPercepção-Concepção: : Sujeito e ObjetoSujeito e Objeto

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Page 11: Consciencia iluminacao

Percepção e Concepção: ‘Sujeito e Objeto’ Percepção e Concepção: ‘Sujeito e Objeto’ (em cada momento de percepção)(em cada momento de percepção)

O Objeto

1º Momento

Julgamento“arquivo”/

carma

2º Momento

ConceitoImputado

O que é registrado

pela Mente Ilusória

3º Momento

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• Analítico, linear, temporal, seqüencial

• Dominante em nossa cultura

• Foco específico• Sobrevivência (lutar

ou fugir), linguagem, auto-imagem

• Julga as informações com base em arquivos pré-estabelecidos - sistema de crenças

O O CCérebroérebro Esquerdo Esquerdo

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• Focado no todo, percepção ilimitada

• Não julga, não tem medo, é criativo e espacial

• Onde aparecem os “insights”

• Os grandes breakthrough’s científicos

• As visões dos místicos

O O CCérebroérebro Direito Direito

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O“presente” está no lobo frontalQuando concentramos a energia nesse local os “arquivos” perdem efetividade– Com treino meditativo pode-se estar no

“presente”– Sem esse treino há um meio simples:

• Focar energia nas áreas adjuntas aos ossos frontal e occipital

– Vamos fazer essa ‘experiência’?

O Cérebro: O Cérebro: Estar no Presente - ‘Experiência’Estar no Presente - ‘Experiência’

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É a experiência dos “olhos da mente e do espírito”A meditação permite:

- Ter o insight dos estados mais elevados de consciência

- Ter percepção da ‘mente pura e cristalina’- Estar no eterno presente”

- Sem a experiência da meditação

– Ficamos sem base– Sem compreensão

MeditaçãoMeditação

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Muitas maneiras de meditar- Cada um deve procurar a

suaPode variar com a idadeExemplos:

– Jovem: Zazen– Meia idade: Dançar– Terceira idade: “Plena

atenção”Osho dizia:

– deve-se meditar todo o tempo

– A ‘plena atenção’Plena Atenção é estar com a atenção concentrada no que se estiver fazendo, no “aqui e agora”

MeditaçãoMeditação

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Lá está o contato com a Existência, com Deus, com o Tao, com Buda Cérebro e coração parecem trabalhar em conjunto Na China o coração é considerado a sede da mente - 心 No ‘caminho da iluminação’ o meditador precisa conseguir percepções e concepções válidas Enquanto nossas percepções e concepções forem moldadas pelo “carma” estaremos sendo guiados por ele

Meditação, Cérebro e CoraçãoMeditação, Cérebro e Coração

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Depois das questões urgentes da vida cotidiana:- saúde, amor, estudos, carreira, trabalho e dinheiro

Aparece a questão espiritual– o que somos?– o que viemos fazer neste mundo?

Religião e ReligiosidadeReligião e Religiosidade

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Religião e ReligiosidadeReligião e Religiosidade

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Sidarta, o Buda, aos 29 anos embarcou em:• Busca religiosa, com práticas ascéticas e

disciplinas mentais, conhecidas por “ioga” Alcançou duas concentrações iogue1. O estado de “nada” e2. O estado de “nem percepção nem não

percepção”• As sétima e oitava dhyanas (concentração /

meditação) Isso não foi suficiente e Shakyamuni corta com a tradição de seu tempo

• que ensinava que esses estados de meditação liberariam das aflições do mundo

BudadarmaBudadarma: : Experiência de ShakyamuniExperiência de Shakyamuni

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Logo, tentou purificação com jejum e– Percebeu que isso enfraquecia a mente– Criou o Caminho do Meio

Então, sentou-se sob de árvore “bodhi” (iluminação)

– Fazendo voto de não se mover até alcançar seu objetivo

– Logo, Mara atacou tentando Shakyamuni– Teria recebido impulsos derivados de seu próprio

instinto de viver; ameaçado por seu voto de imobilidade

A iluminação ocorre após as 8 dhyanas e a eliminação dos conceitos de “eu” e “meu”

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BudadarmaBudadarma: : Experiência de ShakyamuniExperiência de Shakyamuni

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1º estágio de dhyana: pensamento aplicado, visando desapego e alegria

2º estágio: concentração, coração sereno, isento de pensamento aplicado

3º estágio: a mente equilibrada, em atenção consciente; alegria

4º estagio: nem doloroso nem prazeroso – na total pureza da

mente atenta.

Os Níveis Tradicionais de Meditação na Iluminação de

Sidarta Gautama

A Visão da Iluminação do Budana Tradição Budista

A Visão da Iluminação do Budana Tradição Budista

Níveis de ConsciênciaNíveis de Consciência

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5º estagio: além de percepção de forma, ‘vendo’ o “espaço sem fim”; permanece na ‘estação de espaço ilimitado.

6º estagio: além da ‘estação de espaço ilimitado, ‘vendo’ ‘consciência sem fim’, permanece na realização da ‘estação de consciência ilimitada’.

7º estagio: além da ‘estação de consciência ilimitada’, ‘vendo’ ‘não há nada’, ele permanece na realização da ‘estação de realmente nada’.

8º estagio: além do ‘campo de realmente nada; permanece na realização da ‘estação de nem percepção nem não percepção’.

Os NíveisTradicionais de Meditação na Iluminação de

Sidarta Gautama

A Visão da Iluminação do Budana Tradição Budista

A Visão da Iluminação do Budana Tradição Budista

Níveis de ConsciênciaNíveis de Consciência

Então, Sidarta elimina pela raiz todo sentido de “eu” e ‘meu’, deixando de existir como “pessoa”; torna-se o

Buda Shakyamuni

Page 24: Consciencia iluminacao

Então, para a iluminação seria necessário:

Obter os 8 níveis de meditação, as 8 Dhyanas

Entrar no “Caminho de Ver”, com percepções

válidas que duram mais que um momento

Mas, ainda sem remover a concepção da

existência inerente dos fenômenos

Inata aos seres desde o tempo sem começo

Iluminação e as Duas VerdadesIluminação e as Duas Verdades

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No nível seguinte, o “Caminho da Meditação”

– Fenômenos – inclusive o self - parecerão

existir inerentemente até que,

– Finalmente, quando todas as concepções

inatas de existência inerente são removidas

– O meditador obtém o “Caminho de Não Mais

Aprendizado”; tornou-se um Buda

Iluminação e as Duas VerdadesIluminação e as Duas Verdades

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Quando todas as concepções inatas de existência inerente são removidas, as duas verdades(1) A verdade convencional – a aparência convencional de fenômenos, inclusive as idéias de ‘eu’ e ‘meu’, e (2) A verdade fundamental – o vazio de todas as coisas e ausência de self (ou ego ou personalidade)

São vistas simultaneamente (onisciência) Não há mais distinção entre o período de meditação e o período de não meditação Todas as cognições Búdicas são diretas e válidas

Iluminação e as Duas VerdadesIluminação e as Duas Verdades

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Consciência e seus NíveisConsciência e seus Níveis

Bege 0 a 1,5 ano - Instintivo, sensório-motor, sobrevivência

Púrpura 1 a 3 - Animista, mágico, tribo, etnocêntrico

Vermelho 3 a 6 - Egocêntrico, heróico, poder, mundo selva

Azul 7 a 10 - Mítico, rebanho, certo x errado, religião, membro, viver pela regra

Laranja 12 a 14 - Científico, sucesso individualista, ganhos materiais, objetivo

Verde Pluralista, individualista, relativista, comunidade, Gaia

Amarelo Integrativo, flexibilidade, espontaneidade, conhecimento, competência

Turquesa 25/30 - Holístico, sentimento, conhecimento, espiritualidade

(Estudos Ocidentais; Wilber, Beck e Cowan) 27

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Consciência e seus NíveisConsciência e seus Níveis

Testemunha Dual

Sujeito e objeto diferenciados

Equanimidade Unicidade - o Um igual ao Todo e vice versa

Testemunha Não Dual

Nem isso nem aquilo – sujeito e objeto indiferenciados

OM Nem dual nem não dual, isso, suchness

Mente Única A grande mente onde tudo surge e cessa

A visão oriental: em geral, depois dos 40 anos essa busca se inicia28

Page 29: Consciencia iluminacao

8. Turquesa (holístico)7. Amarelo (integrativo)6. Verde (pluralista)5. Laranja (científico)

4. Azul (mítico)3. Vermelho (egocêntrico)

2. Púrpura (animista)1. Bege (instintivo)

Níveis de Consciência Adotados 13. A Mente Única (onde tudo

surge e cessa) – o Um Coração12. Om (nem dual nem não dual) 11. Testemunha Não Dual (sujeito

e objeto indiferenciados)10. Equanimidade (unicidade) 9. Testemunha Dual (sujeito e

objeto diferenciados)

Wilber, Beck e Cowan (*)

(*) Integral Psychology e Spiral Dynamics

KW, Budadarma eExperiência Própria

Consciência Consciência E Seus NíveisE Seus Níveis

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O que acontece depois de se chegar aos estados mais elevados de consciência? Será que chegamos à iluminação?– É provável que não!- Essa experiência é geralmente localizada-Com o tempo vão aparecendo outros estresses, dentre as inumeráveis dislexias que trazemos no ‘arquivo’, que nos trazem para níveis mais baixos

Andando no “Caminho”, usando a “plena atenção” vamos ficando cada vez mais estáveis nos níveis mais elevados- Mas esse caminho é longo- Em cada estado almejado descobrimos que há algo mais adiante

Afinal qual é o objetivo?Afinal qual é o objetivo?Onde queremos chegar?Onde queremos chegar?

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Page 31: Consciencia iluminacao

Podemos voltar a níveis mais baixos– porque estão incorporados a nossa estrutura e– podem ser chamados a atuar dependendo das circunstâncias

Desde o nascimento crescemos partindo do nível bege (instintivo) em direção aos níveis mais elevados, Em cada um dos níveis– a visão do mundo é feita através dessa perspectiva– que é diferente de quem estiver em outro nível– isso é razão de muitos desencontros

A experiência do Buda diz que– somente a eliminação da idéia de “eu” e “meu”, que nos é inata, leva à iluminação

Afinal qual é o objetivo?Afinal qual é o objetivo?Onde queremos chegar? Onde queremos chegar? **

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Buda: seus ensinamentos não incluem um Deus criador do universo como nas religiões “judaico - cristã - islâmica”Sua metáfora mais próxima é a Mente Única (o Um Coração 一心 )– Fenômenos são manifestações (ou flutuações) desta

mente– Pode-se eliminar o conceito de sua existência inerente

O termo Consciência Universal poderia ser usada como metáfora desse “Um Coração” Os ‘nomes sagrados’ como Deus, Jeová, Alá, Brahman, Shiva e mesmo Iluminação, estão carregados de estresse emocional e energéticoÉ preciso meditação para melhor aceitar os aparentes conflitos de crença entre seus seguidoresDeus ou (o Um Coração 一心 ) é um só qualquer que seja a metáfora usada

Deus e Mente ÚnicaDeus e Mente Única 一心

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Page 33: Consciencia iluminacao

O estado “normal” é o da mente límpida sem pensamentos; pensar é um ato autônomo

O “normal” parece sem graça para a mente ilusória e seu gosto pelo drama!

Na tranqüilidade da mente búdica, não há– felicidade ou infelicidade– pesar nem desespero,– nem tragédias, nem ciúmes, nem amores, nem ódios– nem gols do Flamengo, nem novela da Globo, nem

BBBÉ o interesse pelo carnaval – bom ou ruim – que nos

faz ficar /voltar para a” mente ilusória”Sofrimento e alegria são dualidades de mesma

natureza; pertencem a mesma festa de carnaval

Qual a principal dificuldade paraQual a principal dificuldade paraalcançar aalcançar a I Iluminação?luminação?

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Page 34: Consciencia iluminacao

A energia do corpo; sem ela o corpo é morto; o momento da morte é o momento em que a consciência deixa o corpoO fantasma na máquinaO primeiro momento de consciência, antes que se misture com os conceitos pré-existentes na mente ilusóriaA consciência que encarna é chamada de Alma (judaico cristãs); Carma (Alayavijnana; Budadarma)Talvez só exista informação e a matéria um mito

O que é Consciência? O que é Consciência? Reflexões:Reflexões:

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1º - Em “plena atenção”,

2º - Simultaneamente nas “Duas Verdades” –

a Fundamental e a Convencional

3º - Tendo eliminado pela raiz qualquer idéia de

eu, meu, mim

4º - No espaço onde tudo surge e cessa 一 心

O que é Iluminação? O que é Iluminação? Reflexões:Reflexões:

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Sugestões de percurso:

1º - Estando em “plena atenção”2º - Ter coragem para “parar e ver” – meditação e

insight3º - Encontrar um Mestre4º - Evitar processos que reforcem ego e

personalidade5º - Ir pouco a pouco subindo nos níveis de meditação

e de consciência

6º - Chegar à “Mente Única” 一 心7º - Encontrar as “Duas Verdades” 8º - Eliminar pela raiz qualquer idéia de eu, meu, mim

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Qual o Caminho para a Iluminação?Qual o Caminho para a Iluminação?

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– A mente cada vez mais quieta, no aqui e agora– Diminuição progressiva de sofrimentos ligados

ao ego• Ciúme, inveja, cobiça, ressentimento, raiva• Visões de poder e similares da “mente

ilusória”– A pessoa opera com atenção plena, com

percepções e concepções cada vez menos moldadas

– Pensa no presente; livre de conceitos e formulas pré-existentes na mente ilusória

Experiência Fruto do CrescimentoExperiência Fruto do Crescimento

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Page 38: Consciencia iluminacao

Visão das Grandes Tradições Visão das Grandes Tradições

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Visão Budista Os Povos da Bíblia

- Não há dificuldade em relação a morte

- O conceito de sofrimento está justamente ligado ao carma que irá reencarnar e essa é a questão

- Infernos aparecem através do carma; inclusive onde renasce, de que pais, com que habilidades

• Percebem tudo que é ‘bom’ ou ‘mal’ com relação a regras ditadas por Deus

• A figura todo poderosa de um Deus e o medo de Deus

• A oração - encontro com Deus

• Ressurreição do corpo; vida eterna após a morte no céu ou no inferno

• O medo da morte

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- Lembrando que iluminação é difícil e deve-se estar preparado para um período longo de “ficar cada vez melhor”,

- E que meditação é condição necessária para uma vida mais plena, podemos concluir:

“Quando você descansa na clareza cristalina da percepção sempre presente, você não é Buda ou Bodhisattva, você não é isso ou aquilo, você não está aqui ou acolá; quando você relaxa na simples percepção eternamente presente, você é o grandioso não-nascido, liberado de quaisquer qualidades”.

Ken Wilber, The Eye of Spirit

ConclusãoConclusão

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Anexos

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Sutras Budistas (tradução de F. Aguiar)- Sutra de Hui-neng (3 versões)- Sutra Lótus- Sutra Coração- Os Três Sutras da Terra Pura- Sutra Vimalakirti- Sutra Sandhinirmorcana- Sutra Avatamsaka – A Escritura do Ornamento de Flores

- Livro 1 a livro 24- Livro 31 a livro 36

Uma Psicologia Budista–Introdução ao livro ‘As Setenta Stanzas’ de Nagarjuna, David Komito, PhD

Palestras de Osho Integral Psychology, K. Wilber Uma Nova e Milenar Maneira de Ver a Vida – F. Aguiar

Fontes PrincipaisFontes Principais

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Page 42: Consciencia iluminacao

Níveis Emocionais e de ConsciênciaNíveis Emocionais e de Consciência

• Níveis Emocionais

• Aceitação x Oposição• Disposição x Apatia ou

Raiva• Segurança x Vergonha• Igualdade x Culpa• União x Separação• No presente x Ausente

Níveis de Consciência

•OM•Testemunha Não Dual•Equanimidade•Testemunha Dual•Causal (êxtase, sida)•Sutil (amor incondicional)•Coral (mente psíquica)•Turquesa (holístico)•Amarelo (integrativo)•Verde (pluralista)•Laranja (científico)•Azul (mítico)•Vermelho (egocêntrico)•Púrpura (animista)•Bege (instintivo)

Os Espaços

Om, Mente Única e Buda

são usados para

auxiliar na “Cura” 42

Page 43: Consciencia iluminacao

Sidarta, o Buda a ser, aos 29 anos embarcou em– Busca religiosa, com práticas ascéticas e disciplinas

mentais– Conhecidas por “ioga”

Alcançou duas concentrações iogue1. O estado de “nada” e2. O estado de “nem percepção nem não percepção”- As sétima e oitava dhyanas (concentração / meditação)

Isso não foi suficiente e Shakyamuni corta com a tradição de seu tempo

– que ensinava que esses estados de meditação liberaria das aflições do mundo

A Experiência de ShakyamuniA Experiência de ShakyamuniO BudadarmaO Budadarma

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Page 44: Consciencia iluminacao

Logo, tentou purificação com jejum e– Percebeu que isso enfraquecia a mente– Criou o Caminho do Meio

Então, sentou-se sob de árvore “bodhi” (iluminação)– Fazendo voto de não se mover até alcançar seu objetivo– Logo Mara atacou tentando Shakyamuni– Teria recebido impulsos derivados de seu próprio

instinto de viver; ameaçado por seu voto de imobilidadeApós a oitava dhyana, seguiu-se:

– Na 1a vigília da noite, viu suas vidas passadas; como uma fita de cinema de sua biografias

A Experiência de ShakyamuniA Experiência de ShakyamuniO BudadarmaO Budadarma

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Page 45: Consciencia iluminacao

Na 2a vigília, viu todo o universo de nascimento e morte– Viu a morte e renascimento de todos os seres– Viu os cinco domínios em que os seres poderiam renascer– E isso seria resultado de suas próprias ações– Seus renascimentos seriam determinados por seus carmas

(ações) Na 3a, viu as “Quatro Nobres Verdades”, os “Doze Elementos da Originação Dependente” e o “Nobre Caminho Óctuplo”

– Formulações de solução lógica para a lei do carma e– A verdade do não self, que é a percepção fundamental que

leva a iluminação Na 4a vigília, obteve onisciência e, quando o sol nasceu, não era mais Shakyamuni, mas ‘um Buda’, ‘um iluminado’ Essa experiência é a base de seu ensinamentoA historia subseqüente do Budadarma é uma progressiva explicação e interpretação dessa experiência

A Experiência de ShakyamuniA Experiência de ShakyamuniO BudadarmaO Budadarma

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Page 46: Consciencia iluminacao

• Causalidade e suas implicações Não no sentido físico mecanicista ocidental onde a ação de um objeto provoca a ação de outro objeto; ex. bilhar Essa causalidade é a “originação dependente”:

Quando isso está presente, isso vem a ser;Do surgimento d’isso, isso surge.Quando isso está ausente, isso não vem a ser,Na cessação d’isso, isso cessa.

“Depende” é a palavra chave; seria incorreto dizer que ‘nome e forma’ causa os ‘seis campos dos sentidos’ A existência da matéria (forma) é um pré-requisito para a existência de um órgão sensorial, tal como um olho, o qual é pré-requisito para a existência de um campo visual Da mesma maneira, a ocorrência do contato entre um olho, uma forma material e uma consciência visual é pré-requisito para a ocorrência de um sentimento de prazer de uma visão agradável

CausalidadeCausalidade e e os Doze Elementos os Doze Elementos

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Page 47: Consciencia iluminacao

• 1. Ignorância• 2. Formações Cármicas• 3. Consciência• 4. Nome e Forma• 5. Seis Campos dos Sentidos• 6. Contato• 7. Sentimentos• 8. Desejo• 9. Ganância• 10. Vir a ser (bhava)• 11. Nascimento• 12. Morte, tristeza, sofrimento

Representam os vários ‘aspectos do ser humano em conjunção com seu ambiente’; é um todo dinâmico; os skandhas são estáticos O sistema funciona em círculo Bhava – os 3 níveis de realidade ou modos de existência; os domínios do desejo, forma e não forma

Os Doze Elementos da Originação Os Doze Elementos da Originação DependenteDependente - Pratitya samutpada - Pratitya samutpada

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Page 48: Consciencia iluminacao

A doutrina fundamental do Budismo enunciado pelo Buda Shakyamuni em seu primeiro sermão (Dharma cakra pravartana sutra) ensina que:

1. Duhkha - toda existência é frustrante e sofrida2. Samudaya (surgimento) – sofrimento surge devido ao desejo

por sensações e experiências prazerosas3. Nirodha (cessação) – é possível livrar-se do sofrimento e

conseguir nirvana4. Marga - existe uma maneira de atingir este objetivo,

Consiste de 8 fatores que coletivamente podem levar ao Nirvana – o Nobre Caminho Óctuplo

As Quatro Nobres VerdadesAs Quatro Nobres Verdades

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Page 49: Consciencia iluminacao

• 1. Visão Correta – aceitação do Ensinamento (Darma); relacionado com insights e prajna

• 2. Decisão Correta – ter perspectiva positiva; determinação pela iluminação

• 3. Fala correta – falar de forma positiva e produtiva, em lugar de mentir, enganar ou ferir;

• 4. Ação correta – manter os 5 preceitos básicos; proibindo matar, roubar, má conduta sexual, mentir e usar drogas

• 5. Meio de vida correto – evitar profissões que possam ferir a outros

• 6. Esforço correto – dirigir a mente para religiosidade; nutrir os estados saudáveis da mente

• 7. Plena atenção correta – estar todo o tempo presente e atento,no que estiver fazendo, pensando ou sentindo

• 8. Meditação correta – treinar a mente para alcançar o estado de atenção focada necessária para entrar nas 8 dhyanas

Grupamentos: (1) e (2) – Insight (prajna; sabedoria); (3) a (5) – Moralidade (sila); (6) a (8) – Meditação (samadhi)

O Nobre Caminho ÓctuploO Nobre Caminho Óctuplo

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Page 50: Consciencia iluminacao

CAMPO OBJETIVO CONSCIÊNCIA ÓRGÃO DOS SENTIDOS

Formas Consciência Visual Olho

Sons Consciência Auditiva Ouvido

Cheiros Consciência Olfativa Nariz

Paladares Consciência de Sabor Língua

Tangíveis Consciência Tátil Corpo

Conceitos Consciência Mental Mente

Consciência e Percepção no Consciência e Percepção no BudismoBudismo

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Page 51: Consciencia iluminacao

Uma percepção ocorre quando há contato entre um órgão dos sentidos, um objeto em seu campo e consciência; por exemplo

Ver: contato entre forma - olho - consciênciaEsses três – órgão, objeto e campo de consciência

- surgem e cessam juntos ao longo da seqüência de momentos

Um momento é um pequeno intervalo de tempo; diz-se que há 65 desses momentos no ‘estalar um dedo’

A tabela parece identificar seis tipos de consciência; mas, há apenas uma consciência fundamental a “consciência primária”, ou “consciência”.

Consciência e Percepção no Consciência e Percepção no Budismo MahayanaBudismo Mahayana

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Page 52: Consciencia iluminacao

Percepção e Concepção‘Sujeito e Objeto’ em cada momento de percepção

O Objeto

1º Momento

Julgamento“arquivo”/

carma

2º Momento

ConceitoImputado

O que é registradopela mente

ilusória

3º Momento

Page 53: Consciencia iluminacao

Shariputra pergunta à AvalokiteshvaraComo deveria treinar quem deseja se engajar na prática

da perfeição da sabedoria?”A resposta resumida:• Os cinco agregados são vazios de existência

intrínseca• Forma é vazio, vazio é forma, vazio não é outro que

forma, forma também não é outro que vazio• Da mesma forma, sentimentos, percepções,

formações mentais e consciência são todos vazios• Todos os fenômenos são vazios e sem características

definidoras• Não nascem, não cessam, não são deficientes, não

são completos

Sutra Coração Sutra Coração (resumido)

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Page 54: Consciencia iluminacao

• No vazio não há forma, nem sentimentos, nem percepções, nem formações mentais, e nem consciência• Não há olho, ouvido, nariz, língua, corpo, nem mente• Não há forma, som, cheiro, sabor, textura ou objetos

mentais• Não há ignorância, não há extinção de ignorância, não

há envelhecimento e morte, nem extinção de envelhecimento e morte

• Não há sofrimento, origem, cessação ou caminho• Não há sabedoria, nem realização, nem não realização

• Mantra:Tadyatha gaté gaté paragaté parasamgaté bodhi svaha!

Sutra Coração Sutra Coração (resumido)

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Page 55: Consciencia iluminacao

• “Da mesma maneira, sentimentos, percepções, formações mentais (atividades) e consciência são todos vazios”.

• Perceber o isso (suchness) de todos os fenômenos é a verdade fundamental sobre a natureza da realidade.

• As duas verdades (convencional e fundamental) são dois aspectos de uma única realidade 

• A pessoa pode perceber diretamente a ausência completa de realidade independente em todas as coisas e eventos

• Em tal estado, não há formas, nem sentimentos, nem sensações, nem percepção, nem formações mentais, ou seja, nada mesmo!

• Para uma pessoa imersa na realização direta do vazio, características como originação e cessação - ou qualquer dualidade – não são encontradas

Conselho: Não se baseie meramente no entendimento intelectual, mas na experiência direta

Sutra CoraçãoSutra CoraçãoComentários do Dalai Lama

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1. Alegria Extrema– Fazem as práticas dos seres iluminandos e

beneficiam os seres sencientes com alegria; desenvolvem raízes de bondade; foco nos votos

2. Pureza– Honestidade total, seguindo o caminho do insight

correto para o domínio da realidade; remoção de todos aviltamentos

3. Refulgência– Realizam as oito dhyanas; plena atenção correta;

desapego; comprometimento com a iluminação

( ‘Escritura do Ornamento de Flores’)

Os Dez Estágios de IluminaçãoOs Dez Estágios de Iluminaçãodos Seres Iluminandosdos Seres Iluminandos

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4. Fulgor– Entrando na luz do Darma; atenção; concentração; fé;

cooperação; energia; mente pura– Igualdade; imparcialidade; equanimidade;

entendimento das duas verdades, a convencional e a fundamental

6. Difícil de Conquistar– Participar do mercado com profissões mundanas;

desenvolver seres sencientes7. Presença

– Entrando no Ensinamento profundo; equanimidade; não dualidade de existência e não existência de todas as coisas; vendo coisas por sua natureza intrínseca; analise de ignorância; prajna

Os Dez Estágios de IluminaçãoOs Dez Estágios de Iluminação

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7. Indo Longe– O Caminho, meios expedientes, intenção pura;

prajna; não dualidade da essência de ser e não ser; todos elementos de iluminação são cumpridos momento a momento

– Parecem praticar os caminhos de não budistas e seguem ocupações mundanas

8. Imóvel- Todos os elementos acima são executados sem

esforço; contemplação em prajna; foco no Caminho Búdico

Os níveis(9) Mente Boa e (10) Nuvem de Pensamento

– são aprofundamentos na onisciência

Os Dez Estágios de IluminaçãoOs Dez Estágios de Iluminação

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Qualquer assunto – aprendizado, amor, sexo, dinheiro, trabalho, sucesso, felicidade, iluminação - pode ser fonte de estresse e desequilíbrio energético Utiliza-se sistema holístico com base em bio-feedback para determinar dislexias que forem prioridades para o corpo da pessoa Como as respostas são binárias é necessário ter listagem de dislexias para nomear as prioridades Conhecendo-se e medindo-se esses estresses é possível desativá-los Os métodos para desativação podem ser vários, desde que o facilitador tenha intimidade com eles O sistema Terapia do Swami Amano pode ajudar nessa tarefa, com suas tabelas de estressores e o uso de bio-feedback

Bio-feedback , Estresse e TerapiaBio-feedback , Estresse e Terapia

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