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Feito um peixe confinado numa minúscula garrafa, atravessamos o ciclo dos dias e das noites desta vida terrena.

Dadinho

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Feito um peixe confinado numa

minúscula garrafa,

atravessamos o ciclo dos dias e das noites desta vida terrena.

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A morte física nada mais é do que

a ruptura da garrafa,

e o mergulho do peixe, da alma,

no eterno.

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Tivéssemos o dom de perceber as coisas

sob a perspectiva do espírito, veríamos

quão breve é a distância a separar

a velha anciã da menina pequenina

que um dia foi.

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Felizes os que mantêm viva a criança

que um dia foram.

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Felizes os que conservam a essência da alegria pura das brincadeiras infantis.

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Felizes os que se deixam guiar pela criança que um dia foram.

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Da criança que um dia fomos,

o que foi que restou?

O que foi que o tempo não apagou?

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Qual era o teu desenho preferido?

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Da criança de outrora,

o que foi que o tempo não apagou?

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A criança que sabia que a felicidade está nas coisas

pequeninas, ínfimas, insignificantes.

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Dadinhos de amendoim

(que derretem no céu da boca).

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A criança que tinha olhos para o céu, as nuvens, e o voo dos pássaros.

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Rico não é quem muito possui, mas sim quem rememora com constância a criança

que um dia foi.

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Rico é quem continua a se encantar com o mundo,

olhando-o a cada novo dia como se fosse pela primeira vez.

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“Quem não receber o Reino de Deus

como uma criança, nunca entrará nele”,

nos ensina o incomparável Mestre.

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Esta vida terrena é tempo de plantio,

de se cultivar no solo do nosso coração

as sementesda Bondade,

da Compaixão, do Perdão, do Amor,

da Partilha, da Doação, do Serviço,

da Generosidade.

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As breves décadas que compõem

nossa jornada pelomundo físicotão depressa se dissiparão.

Esta vida terrena é a infância

da eternidade.

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Tudo o que somos e fazemos haverá de

se apagar, de se dissipar pelo tempo,

salvo aquilo que realizamos por amor,

por compaixão,por generosidade.

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Somente o Amor, a Compaixão

e a Generosidade

conseguem lançar raízes ao cerne da Vida,

à essência do Existir.

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Tema musical:

“Minuete & Badineire”,

Johann Sebastian Bach

Formatação: [email protected]

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